2012 NeziaBrazMartins

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i

Universidade de Brasília

OS JOGOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA VISÃO


DO EDUCADOR NO ENSINO FUNDAMENTAL

NÉZIA BRAZ MARTINS

ABUNÃ - PORTO VELHO – RO


2012
NÉZIA BRAZ MARTINS

OS JOGOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA VISÃO


DO EDUCADOR NO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho Monográfico apresentado como


requisito final para aprovação na
disciplina Trabalho de Conclusão de
Curso II do Curso de Licenciatura em
Educação Física do Programa Pró-
Licenciatura da Universidade de Brasília –
Pólo – Porto Velho – RO.

Orientação: PROF.ª ESP. JOSILENE ALMEIDA DE BARROS

ABUNÃ - PORTO VELHO – RO


2012

ii
TERMO DE APROVAÇÃO

NÉZIA BRAZ MARTINS

OS JOGOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA VISÃO DO


EDUCADOR NO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho Monográfico defendido e aprovado como requisito final para aprovação na


disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II e no Curso de Licenciatura em
Educação Física do Programa Pró-Licenciatura da Universidade de Brasília – Pólo
Porto Velho – RO.

____________________________________________
Profª. Especialista Josilene Almeida de Barros

____________________________________________
Profº. Especialista Daniel Oliveira de Souza

DATA: 08 de Dezembro de 2012

CONCEITO FINAL:

PORTO VELHO - RO
2012

iii
DEDICATÓRIA

Dedico a toda minha a família, em


especial ao meu esposo e aos meus quatro
filhos que mesmo diante das dificuldades
estiveram ao meu lado compreendendo minha
ausência nas horas mais importantes da família
estar juntos.
Minha mãe e ao meu pai que me
deram a vida.
A minha saudosa sogra Terezinha
Veras já falecida, que nos meus momentos de
fraqueza me incentivou muito nesse estudo.

iv
AGRADECIMENTOS

Este agradecimento vem Primeiramente ao Meu “DEUS” UNO, por ter me


dado à graça da vida e de está concluindo este trabalho. Á minha família: O meu
esposo Ademir Veras, aos meus filhos: Anderson, Alison, Armerson e Amanda
Thalita, meus pais Cosmeana e Idol que estiveram sempre ao meu lado me
incentivando, me ajudando e me dando forcas.
Aos meus colegas de curso num todo pelo incentivo. As colegas Maria
Moreira e Melissa. Aos colegas de trabalho, pelo entendimento e compreensão, que
em muitas das vezes tiveram que assumirem meu papel na Escola desde os
professores ao pessoal de apoio. Em especial minha amiga e comadre Maria Chênia
Dimas, que foi uma das primeiras pessoas a nos ajudar com a internet em sua casa
por mais de um ano, tendo paciência conosco, eu e minhas duas amigas
acadêmicas, Edilma e Ediana, que também foram e fomos grandes incentivadoras
uma da outra na hora em que uma pensava em fraquejar ou desistir, éramos o
suporte uma da outra.
Aos professores, tutores presenciais e a distancia da UAB/UNB, que me
orientaram no decorrer deste curso. A equipe Técnica e Pedagógica composta por
Cristiane Anita nossa Coordenadora Pedagógica; Luiza Secretária do Pólo de Porto
Velho e Arisleide Máximo Técnica de Informática, equipe está que foram bastante
competentes e presentes quando necessário nas nossas dúvidas nos orientando
com paciência e dedicação.
A meus orientadores desde os que me orientaram no Projeto de Pesquisa até
a Monografia que tiveram a paciência em todos os passos na construção desse
trabalho Monográfico com bastante competência.
Enfim, diante de toda esta caminhada, agradeço a todos que de alguma forma
ou de outra que contribuíram na minha caminhada acadêmica até que eu alcance o
meu objetivo final que é minha aprovação com a permissão de Deus, podendo um
dia exercer a profissão de Professora Licenciada em educação Física; sonho esse
que almejo desde jovem, onde estou vendo realizar-se aos 48 anos. Mas como
dizemos: Nunca é tarde quando se quer alcançar algo.
Há todos que caminharam comigo o meu muito obrigado!

v
RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo ressaltar a importância dos jogos no


processo de aprendizagem na visão do educador para a educação fundamental em
uma escola pública de Porto Velho-RO localizada no Distrito de Abunã, Município de
Porto Velho. Para tal, realizou-se um estudo bibliográfico e descritivo baseado em
uma pesquisa qualitativa e quantitativa. Foram aplicados questionários para seis
professoras do ensino fundamental. Nesse sentido, procurou-se averiguar qual a
importância do jogo no processo de aprendizagem do aluno na visão do educador. A
pesquisa aponta que o jogo representa a possibilidade de ampliação do espaço
social da criança, em função da interação, convivência e dos laços estabelecidos
com outros sujeitos que com ela brinca. O jogo como parte metodológica das aulas
de educação física, como também nas demais disciplinas, contribui de forma
significativa para o desenvolvimento do aluno na construção de sua aprendizagem
no espaço escolar. Também proporciona a criança acesso a vários tipos de
conhecimentos e habilidades. O jogo, da mesma forma que a educação física,
dentro da escola pode se tornar um grande aliado na aprendizagem, pois pode
auxiliar na construção da personalidade da criança, contudo, é preciso que o
professor seja o mediador dessa construção e para isso precisa ser bem qualificado
e dispor de recursos metodológicos que contribuam para está prática.

Palavras-chave: Jogos; Educação Física; Educador; Educando; Aprendizado.

vi
ABSTRACT

This research aimed to highlight the importance of games in the learning


process in view of the educator for primary education in a public school in Porto
Velho, RO located in the District of Abuna, city of Porto Velho. To this end, we carried
out a bibliographic and descriptive based on a qualitative and quantitative research.
Questionares were applied to six elementary school teachers. Accordingly, we
sought to ascertain the importance of play in the learning process of students in view
of the educator. The research shows that the game is the possibility of expanding the
social space of the child, depending on the interaction, coexistence and links
established with other subjects with which she plays. The methodological part of the
game as physical education classes, but also in other disciplines, contributes
significantly to the development of the student in the construction of their learning in
school. It also gives the child access to multiple types of knowledge and skills. The
game, the same way that physical education within the school can become a great
ally in learning because it can help build the child's personality, however, it is
necessary that the teacher is the mediator of this building and it needs to be well
qualified and have methodological features that contribute to this practice.

Keywords: Games, Physical Education, Educator, Educating, Learning.

vii
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Os jogos influência o desenvolvimento social da criança? ......................32

Gráfico 2: A educação física representa no espaço de aprendizagem para a


criança?.....................................................................................................................33

Gráfico 3: O professor precisa ter sensibilidade e cuidado quando intervém nas


situações de jogos, exercendo, sobretudo, ações de propor reflexões e
problematizações acerca do que ocorre durante o jogo?..........................................34

Gráfico 4: Os jogos e as brincadeiras contribuem para facilitar a aprendizagem da


criança?.....................................................................................................................35

Gráfico 5: Qual a importância dos jogos no processo de aprendizagem na sua visão


como educador na educação fundamental?..............................................................36

Gráfico 6: Sendo os jogos na educação física um instrumento de desenvolvimento,


seria possível trabalharmos a socialização, emoção, autoconhecimento individual e
coletivo no aprendizado da criança? .........................................................................37

viii
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................9
1.1 Objetivo Geral...........................................................................................10
1.2 Objetivos Específicos................................................................................10
1.3 Hipótese....................................................................................................11

2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................12


2.1 A disciplina educação física......................................................................12
2.2 A educação física e diversidade ...............................................................14
2.3 A educação física nas escolas..................................................................15
2.4 A importância da prática da educação física no ensino fundamental e suas
características de aprendizagem ....................................................................19
2.5 As mudanças na relação professor-aluno.................................................21
2.6 Jogos e seu objetivo no âmbito escolar ....................................................23
2.6.1 Jogos e recreação .................................................................................24
2.6.2 Jogos e Brincadeiras no Processo de Ensino – Aprendizagem.............25

3. METODOLOGIA ...................................................................................................30
3.1 Tipo de pesquisa.......................................................................................30
3.2 Universo de amostra.................................................................................31
3.3 Unidade de análise ...................................................................................31
3.4 Instrumento utilizado.................................................................................31
3.5 Procedimento utilizado..............................................................................31
3.6 Análises dos dados...................................................................................32

4. APRESENTAÇÃO DOS DADOS..........................................................................33

5. ANÁLISE E DISCUSSÃO .....................................................................................39

6. CONCLUSÔES .....................................................................................................46

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................49

APÊNDICE ...............................................................................................................52
APÊNDICE – QUESTIONÁRIO / PROFESSORES ..................................................53

ANEXO .....................................................................................................................54
ANEXO 1 – TERMO DE CONCORDÂNCIA .............................................................55

ix
1 INTRODUÇÃO

Partindo-se do pressuposto de que a Educação é um direito de todos, e


que por sua vez deve ser de qualidade, assim também é a Educação Física no
nível fundamental, é um direito humano e social de todos, sem qualquer distinção
decorrente de origem geográfica; caracteres de fenótipo (cor da pele, traços de
rosto e cabelo); etnia; nacionalidade; sexo; deficiência física ou mental, nível
socioeconômico ou classe social. Pois as atividades lúdicas na Educação Física
proporcionam uma maior interação entre o educando e o aprendizado, fazendo
com que os conteúdos fiquem atrativos e as crianças mais interessadas. Nesse
contexto, cabe ao educador inovar sempre as suas práticas educativas, inserindo
atividades lúdicas no processo de Ensino Aprendizagem.

Segundo Luckesi, (1995) um dos desafios colocados para o professor é


refletir sobre as possibilidades atuais dos jogos, resguardando as suas
especificidades. E, dentro dessas especificidades estão presentes as formas
esportivas e os jogos que precisam ser trabalhadas na escola, sem se preocupar
com os padrões, as regras e a técnica dos esportes federados.

A educação física na Educação Fundamental contribui significativamente


na vida e no aprendizado. Pois se sabe que as atividades lúdicas (jogos,
brincadeiras, danças e etc.) são instrumentos pedagógicos de suma importância
para o processo de ensino aprendizagem; proporcionando ao educador e ao
educando estimulo no aprimoramento do conhecimento e das habilidades, sejam
elas físicas, psíquicas e afetivas. Mas cabe ao educador, saber aplicar esses
conteúdos ou atividades, visto que elas devem ser aplicadas com intuito
educativo. É importante, ressaltar que é nessa primeira fase da vida que se
constrói e constitui as bases para todas as ações, emoções e raciocínios futuros.

É na primeira fase da vida, que a criança precisa descobrir e exercer


atividades que lhe dêem maior competência em equilíbrio estático e dinâmico,
consciência corporal, lateralidade, domínio motor amplo, velocidade, ritmo, entre
outros aspectos.

9
Um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no
aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam
parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade
educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver.

Os jogos têm uma dimensão vital para o desenvolvimento da criança no


sentido pedagógico. Representa um espaço de aprendizagem para ela. Nesse
sentido questiona-se: Os jogos contribuem para facilitar a aprendizagem do
aluno?

A Educação Física exerce enquanto Disciplina Escolar, uma função


Institucional de avaliação, de seleção, de adaptação e de controle, pautada nos
princípios do ideal pedagógico. É importante compreender que de acordo com os
critérios adotados para utilização dos jogos em sala de aula, este pode estimular
ou não a participação dos alunos em sala de aula. Daí a importância de buscar
avaliar a importância do jogo na Educação Física no ensino fundamental para o
processo ensino-aprendizagem, bem como compreender a influencia dos jogos
no espaço escolar propicia na vida da criança. Justificando assim a realização
deste estudo.

1.1 Objetivo Geral

Ressaltar a importância dos jogos no processo de aprendizagem na visão


do educador para a educação fundamental em uma escola pública de Porto
Velho-RO localizada no Distrito de Abunã, Município de Porto Velho.

1.2 Objetivos Específicos

 Descrever quais critérios é adotado para utilização dos jogos em sala


de aula;

 Identificar o ponto de vista do educador quanto aos jogos estimularem


10
ou não a participação dos alunos em sala de aula;

 Avaliar a importância do jogo na Educação Física no ensino


fundamental para o processo ensino-aprendizagem;

 Destacar o que o ensino dos jogos propicia na vida da criança.

1.3 Hipótese

Cada aluno tem seu ritmo próprio, uns mais lento outros mais rápidos. E
assim a Educação Física exerce enquanto Disciplina Escolar, uma função
Institucional de avaliação, seleção, adaptação e controle, pautado nos princípios
do ideal pedagógico. Nesse sentido, acredita-se que a criança necessita ter livre
trânsito no processo ensino-aprendizagem para poder avançar em seu
desenvolvimento cognitivo, reinterpretar conhecimentos e adquirir cultura. E
através dos jogos as atividades tornam-se significativas, prazerosas, o que
sempre incentiva o aluno a participar, descobrir, criar e criticar, promovendo
reflexão e o pensamento ativo.

11
2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A disciplina educação física

A Educação Física é uma disciplina que trata, pedagogicamente, na escola,


do conhecimento de uma área denominada aqui de cultura corporal. Sabe-se que
os espaços no ambiente da educação fundamental, são próximos do mundo
imaginário das crianças, cercado de muitas cores, transmitindo alegria. A
Educação Física é considerada hoje um currículo de suma importância na vida
dos educando da classe fundamental, ou seja, é nessa fase de vida que se
constroem e constituem as bases para todas as ações, emoções e raciocínios
futuros (SOARES, 1992).

No Brasil a educação física segundo Betti e Zuliani (2002, p.73):

Passa a constituir-se, nas universidades, como uma área acadêmica


organizada em torno da produção e sistematização desses
conhecimentos. Essa situação gera um questionamento da atual prática
pedagógica da Educação Física escolar por parte dos próprios alunos
que, não vendo mais significado na disciplina, desinteressam-se e
forçam situações de dispensa.

Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), a


Educação Física é uma disciplina que possibilita talvez mais do que outras,
espaço onde pode dar inicio às mudanças significativas na maneira de se
programar o processo ensino-aprendizagem, tendo em vista as diversas situações
em que os dados do cotidiano, associados à cultura de movimento, podem ser
utilizados como objetos para reflexão. Ela possui esta aparente vantagem, mas o
que é visto na realidade é que, possui uma grande fonte de estudos didáticos
pedagógicos renovados (BRASIL, 1996).

Um dos motivos para não estar ocorrendo o desencadeamento de


mudanças, em que a área de Educação Física se torne tão importante
quanto às demais, pode ser o fato de os próprios educadores se oporem
às novas dinâmicas, parecendo que a forma tradicional/tecnicista ainda é
o jeito “mais fácil” de ensinar (...) (LIBÂNEO, 1986, p.39).

12
É necessário que esses trabalhados sejam abertos e saiam da mesmice ou
do tradicional e seja vivenciado dentro das realidades sociais, do contrario a
Educação Física vai continuar sendo tratada de forma inventada e não
assimilada, sendo apenas o desenvolvimento de aptidão física do indivíduo, estar-
se-á contribuindo, cada vez mais para a atitude passiva do ser humano à
sociedade, alienando-o da sua condição de sujeito histórico, capaz de interferir na
transformação da mesma.

Educação física é uma expressão antiga que surgiu no século XVIII. A


educação física vem somar-se à educação intelectual e à educação moral.

A concepção de Educação Física na escola deve ser visto, como um


mecanismo de transformação da prática pedagógica.

A Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica


deve assumir então outra tarefa: introduzir e integrar o aluno na cultura
corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la,
reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo,
do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de
aptidão física, em benefício da qualidade da vida. Essa ação pedagógica
a que se propõe a Educação Física será sempre uma vivência
impregnada da corporeidade do sentir e do relacionar-se. A dimensão
cognitiva far-se-á sempre sobre esse substrato corporal (BETTI;
ZULIANI, 2002, p.75).

O professor de Educação Física deve auxiliar o aluno a compreender o seu


sentir e o seu relacionar-se na esfera da cultura corporal de movimento. A partir
do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, deve-se promover a iniciação nas formas
culturais do esporte, das atividades rítmicas/dança e das ginásticas.

Segundo Zonta, Betti e Liz (2000) estudos demonstram uma progressiva


desmotivação em relação à Educação Física já desde o final do Ensino
Fundamental.

A progressiva centralização e burocratização do ensino retiraram do


professor a responsabilidade por muitas decisões. Para as três primeiras séries
do Ensino Fundamental, uma metodologia de base lúdica e que favoreça a
criatividade do aluno é a mais indicada. A partir daí, muitas outras estratégias

13
podem ser mobilizadas, em virtude das características do conteúdo e dos
objetivos específicos a atingir.

2.2 A educação física e diversidade

A escolha dos conteúdos deve, tanto quanto possível, incidir sobre a


totalidade da cultura corporal de movimento, incluindo jogos, esporte, atividades
rítmico-expressivas, dança, lutas/artes marciais, ginásticas e práticas de aptidão
física, com suas variações e combinações.

Em todas as fases do processo de ensino devem-se levar em conta as


características, capacidades e interesses do aluno, nas perspectivas motora,
afetiva, social e cognitiva.

A avaliação em Educação Física tem características e dificuldades comuns


aos demais componentes curriculares, mas também apresenta peculiaridades. Na
concepção progressista, o professor, orientador da aprendizagem, faz
diagnóstico, considera a capacidade de aprendizagem do aluno, e se auto-avalia;
o aluno, sujeito da aprendizagem, é mais crítico e também se auto-avalia; a
avaliação é contínua, e serve para a reorientação do processo.

“A atribuição de conceitos implica um julgamento da qualidade do trabalho


dos alunos, que se dá por meio de informações sobre eles, e da percepção
genérica sobre o seu desempenho global” (GIMENO-SACRISTÁN, apud BETTI;
ZULIANI 2002).

É preciso que o professor considere a amplitude da avaliação, o que avaliar


no aluno. As concepções mais progressistas propõem a avaliação da totalidade
do aluno, e refletem um rendimento ideal, determinado pelo conteúdo legitimado
institucionalmente no currículo, e pelo conceito de cultura legitimado a transmitir.

De maneira geral, houve na educação escolarizada uma ampliação do que


se considera objeto da avaliação. A avaliação em Educação Física deve
privilegiar tais tipos de conhecimento e habilidades.

14
Nos procedimentos de avaliação, o professor deve refletir criticamente
sobre: o que avaliar, inclui o como avaliar e para que avaliar. Especialmente, o
professor é influenciado pelo comportamento do aluno, medido pelos parâmetros
das exigências da instituição, e da necessidade de manter a ordem da classe
(GIMENO,1988).

Uma nova concepção de Educação Física, baseada no conceito de cultura


corporal de movimento, exige, contudo, uma melhoria de qualidade dos
procedimentos de avaliação. Isso inclui a avaliação da dimensão cognitiva, pouco
considerada pela Educação Física, e uma explicitação e diferenciação dos
aspectos a serem considerados para a atribuição de conceitos aos alunos, e dos
que serão úteis para a auto-avaliação do professor e do próprio ensino:

 A avaliação deve englobar os domínios cognitivo, afetivo ou


emocional, social e motor.
 A avaliação deve referir-se às habilidades motoras básicas, ao jogo,
esporte, dança, ginásticas e práticas de aptidão física.
 A avaliação deve referir-se à qualidade dos movimentos
apresentados pelo aluno, e aos conhecimentos a ele relacionados.
 A avaliação deve referir-se aos conhecimentos científicos
relacionados à prática das atividades corporais de movimento.
 A avaliação deve operacionalizar-se na aferição da capacidade do
aluno expressar-se, pela linguagem escrita e falada, sobre a
sistematização dos conhecimentos relativos à cultura corporal de
movimento, e da sua capacidade de movimentar-se nas formas
elaboradas por essa cultura (BETTI; ZULIANI, 2002, p.79).

É necessário que a avaliação inclua, ao longo do ano, várias dessas


estratégias. O professor poderá avaliar assim a compreensão do mecanismo e
das regras do jogo por parte das crianças, bem como sua capacidade de
simbolização.

2.3 A educação física nas escolas

De acordo com Marinho (1998) foi a partir de conhecimentos sobre


anatomia, fisiologia e outras disciplinas da área médica, que lhe são exigidos, que
o professor de educação física adquiriu status profissional. Esse é o motivo pelo

15
qual muitos são levados a considerar a educação física como uma ciência para-
médica.

Os benefícios que a prática dos exercícios físicos pode trazer à saúde


foram o argumento decisivo para a introdução da educação física na escola,
durante o século XIX.

O perfil do professor que atua nessa área ficou delineado por sua
inserção no campo esportivo e pela natural atração que o esporte exerce
em todos os segmentos da sociedade contemporânea. Os últimos 50
anos caracterizaram-se por um marcante interesse pelo reconhecimento
das atividades físicas no contexto educacional (SARTORI, 1997, p.19).

Mas estará realmente a educação física integrada na escola, contribuindo


para a educação de uma forma adequada e eficaz? Alguns afirmam que a
pedagogia inscreveu a educação física nos seus registros mais por dever, a fim
de satisfazer formalmente o postulado da educação global. Outros comentam
que, nos planos para reformas escolares, podemos encontrar apenas leves
indícios de que se irá conceder à educação física uma especial importância.

Percebe-se, portanto, uma crítica à mera formalidade que levou a prática


dos exercícios físicos ao ambiente escolar, embora em todo o mundo se envidem
esforços para incluir a educação física no sistema mais amplo da educação.

É a partir da filosofia da educação, da antropologia da educação e da


sociologia da educação que poderemos elaborar a filosofia da educação física, a
antropologia da educação física e a sociologia da educação física, como
disciplinas fundamentais e obrigatórias nos cursos de formação de professores
especialistas nessa área (SARTORI, 1997).

No Brasil encontramos vários exemplos de intelectuais que se


preocuparam com a educação física, o que ajudou a levá-la a integrar os
currículos escolares. Rui Barbosa aparece como um dos pioneiros em relação a
esse posicionamento. Por intermédio de seus pareceres de 1882 sobre a reforma
do ensino (1879), Leônico de Carvalho recomenda a inclusão da ginástica em
todos os níveis de escolaridades, identificando a necessidade de uma educação
integral. Em uma das recomendações nos citados parecer demonstra
16
preocupação com a importância restrita que era dada ao profissional que atuava
na área: “valorizar o professor de educação física, dando-lhe paridade, em direitos
e vencimentos, categoria e autoridade aos demais professores” (SOARES, 2004).

Fernando de Azevedo, em da educação física, posiciona-se como Rui


Barbosa, dando relevância à educação física no âmbito escolar. Na referida obra,
que se inverte de um intenso sentido crítico, Azevedo já lamentava a situação no
começo do século. E o desprestigio que envolve entre nós o professor desta
cadeira - considerada quase como uma excrescência num programa ginasial.
Mais recentemente, Lourenço Filho constata a existência de aulas de ginástica
sem orientação educativa nem professores devidamente preparados e, par
conseguinte, sem um engajamento no quadro geral da educação (THOMPSON,
1981).

Atualmente, podemos observar um quadro diferente daquele apresentado


pelos autores citados anteriormente. Hoje já podemos identificar vários cursos
destinados a preparação de professores em todas as áreas, entre elas a
educação física, o que ainda deixa a desejar é a falta de incentivo para que os
professores sejam motivos a buscar essa preparação, buscar a qualificação para
que os alunos possam receber um ensino de qualidade.

De qualquer forma, as mudanças que ocorreu na educação propiciaram


uma corrida desenfreada pelo diploma superior e mobilizou todas as camadas da
sociedade, passando a educação física a assumir uma importância social que
antes não lhe era creditada.

Apesar do não cumprimento do preceito constitucional que obriga a


escolaridade para todos os brasileiros na faixa etária dos 7 aos 14 anos percebeu
a importância e, por que não dizer, a prioridade que deve ser concedida à
educação física escolar. Mas o que faltará à ciência que se utiliza da ginástica,
dança, jogos e esportes, como seus principais elementos, para ocupar o espaço
que lhe cabe no ambiente educacional.

Em educação física encontram-se razoavelmente bem definidas três áreas


de influência: biomédica, técnico-esportiva e pedagógico-humanista. Na primeira,
estudam-se biologia, anatomia, fisiologia, anesiologia e outras afins, cuja ênfase
17
colocada a educação física como ciência paramédica. Na área técnico-esportiva,
são estudados a ginástica, a dança e os esportes não só em nível de iniciação
como também de treinamento. A ênfase nessa área situa o professor como um
formador de atletas com tendências elitistas e, por conseguinte, com um salto de
deformação social. Na última área pedagógica humanista, incidem as disciplinas
mais reflexivas, ou seja, filosofia, história e psicologia, entre outras. Estas são as
que se propõem realmente a formar mentes críticas e conscientes, de modo a
gerar professores de educação física prontos a adotar uma postura pedagógica
adequada ao seu papel (FRAGA; WACHS, 2007).

Cabe observar que não será apenas a existência de matérias da área de


ciências humanas que poderá transformar o professor num verdadeiro educador.
O que sugerimos é que, a partir da reflexão emanada pelas disciplinas com
inspiração humanista, possa o professor, em qualquer circunstância, não perder
de vista os seus objetivos, procurando imprimir ao seu trabalho um caráter
eminentemente pedagógico. Somente quando os programas de educação física
estiverem relacionados com os valores humanos, esta disciplina sobreviverá
dentro do complexo educacional (FORQUIN, 2002).

Ressalta-se ainda, que não pretendemos minimizar a importância dos


estudos nas áreas médica e esportiva, pois é exatamente aí que se encontram os
elementos de que se utiliza o professor para o cumprimento da sua tarefa. Além
do mais, devemos continuar enfatizando os estudos nessas duas áreas sob pena
de se descaracterizar uma profissão que seguramente já detém um amplo e
determinado mercado de trabalho (FORQUIN, 2002).

O que parece evidente, entretanto, é que a educação física escolar


ressente-se da falta de uma fundamentação filosófica que a oriente em direção às
suas finalidades educativas. E aí que as escolas de educação física encontram
sua função mais relevante: desfazer a imagem tradicional e deformada que a
sociedade tem do professor dessa área, visto simplesmente como um “fazedor de
músculos” ou um especialista em dirigir exercícios de ordem unida, conferindo-lhe
inadvertidamente o título de “disciplinador”; criar uma atmosfera que permita o
despertar de uma consciência crítica que permitirá ao futuro profissional estar
apto a cumprir a sua missão: educar; impedir, portanto, que a educação física em
18
especial a escola transforme-se numa máquina de não fazer nada (AZEVEDO,
2004).

Desta forma, a educação física encontra o seu verdadeiro lugar, onde


nunca esteve e de onde nunca deverá sair.

2.4 A importância da prática da educação física no ensino


fundamental e suas características de aprendizagem

É muito importante a prática de educação física no ensino fundamental


para que os alunos sejam capazes de compreender a cidadania como
participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos,
civis e sociais, adotando no dia-a-dia atitudes de solidariedade, cooperação e
repúdio as injustiças respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito,
posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) descreve que utilizando o


diálogo como forma de medir conflitos e de tomar decisões coletivas; conhecer
características fundamentais nas dimensões sociais, materiais e culturais como
meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e
o sentimento da pertinência ao país, conhecer e valorizar a pluralidade do
patrimônio sócio-cultural de outros povos e nações, posicionando-se contra
qualquer discriminação baseadas em diferenças culturais, de classe social, de
crença, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais; perceber-
se integrante, dependente e agente transformado do ambiente, identificando seus
elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do
meio ambiente.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) também descreve que se


deve desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de
confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética de inter-
relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de
19
conhecimento e no exercício da cidadania; conhecer e cuidar do próprio corpo,
valorizando e adotando hábitos saudáveis, como um dos aspectos básicos da
qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação a sua saúde e
saúde coletiva; utilizar as diferentes linguagens (verbal, matemática, gráfica e
corporal) como meio de produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e
usufruir das produções culturais em contextos públicos e privados, atendendo a
diferentes intenções, situações e comunicação; saber utilizar diferentes fontes de
informações e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,
utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, e intuição, a capacidade
de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

As características da aprendizagem da primeira série apresentação em


diferentes centros:

 Caracterizações intelectuais: são o pensamento de operação e a


consciência de ação, no jogo: mais individual do que coletiva;
 Características motoras: a noção de espaço e tempo no grupo social
ainda é pequena;

 Características sensoriais: promovem uma “educação dos


sentimentos” = visão, sons, cheiros, experiência tátil e sabores;

 Características morais: há julgamento de valores como “certo” e


“errado” e o desenvolvimento do jogo de regras;

 Características sociais: a manifestação cultural é coletiva do jogo


depende da cooperação. A criança começa a aprender que, para ter
sucesso na competição, o melhor caminho é a cooperação;

 Características efetivas: a criança ainda se divide entre a família e


outras instituições como a escola.

As características de aprendizagem de segunda, terceira e quartas séries


são:

20
 Caracterizações intelectuais: são o pensamento de operação e a
consciência de ação, no jogo: mais coletiva do que individual, embora
ainda continue amigo da fantasia;
 Características motoras: a noção de espaço e tempo no grupo social
aumenta, pois a confiança cresce. As crianças começam a pensar
sobre posicionamentos no jogo;

 Características morais: há discussão, construção e desenvolvimento


do jogo de regras com muito conversa, o jogo passa a ser muito
verbal, de questionamento;
 Características sociais: a manifestação cultural e coletiva, tornando-se
mais cooperativa.

A educação física como uma disciplina com um eixo próprio e diferenciado


para cada ciclo escolar visa capacitar o aluno para o convívio social (GALLARDO,
2003). A Educação Física na escola é importante para a apreensão das normas e
regras que servem de base para o convívio em grupo

A Educação Física deve levar o aluno a descobrir motivos e sentidos nas


práticas corporais, favorecer o desenvolvimento de atitudes positivas para com
elas, levar à aprendizagem de comportamentos adequados à sua prática, levar ao
conhecimento, compreensão e análise de seu intelecto os dados científicos e
filosóficos relacionados à cultura corporal de movimento, dirigir sua vontade e sua
emoção para a prática e a apreciação do corpo em movimento (BETTI, 1992).

2.5 As mudanças na relação professor-aluno

Freire (1981, p.108), afirma que:

No processo de ensino-diálogo o professor deveria procurar ser 50%


professor e 50% aluno, de maneira que um processo comum de ensino o
professor têm que aprender a “morrer como exclusivamente professor, e
renascer como professor-aluno”, ao mesmo tempo em que o aluno,
também precisa aprender a “morrer como exclusivamente aluno, e
renascer como aluno-professor”.

21
Para Kunz (1991) uma primeira tentativa, neste sentido, para as aulas de
Educação Física bem poderia ser a análise conjunta de professores e alunos da
situação sócio-cultural (como crianças vivem, o que faz e, como fazem, como é
que brinca, joga, etc.) da qual procede aos alunos. Desvelara-se, assim, uma das
principais causas de marginalização da maioria pelo processo de ensino. Isso
deverá obrigatoriamente, incluir a reflexão sobre o mundo vivido e respectivo
mundo do movimento do aluno.

Esta análise conjunta só será possível quando a relação entre professores


e alunos for ao sentido horizontal, ao contrário da relação vertical opressora e
alienante da concepção bancária de ensino, o que também só é concretizável
pelo processo da “Ação Comunicativo”, conforme Freire (1981), pelo diálogo
como método.

É pelo diálogo que se consegue que o processo da formação da


consciência se desenvolve a partir do mundo vivido do educando. Através deles
os conhecimentos e conteúdos do processo de ensino não apresentados com a
intenção de reagir sobre a Realidade Concreta, de onde são extraídos e para
onde vem retornar pela competência do aluno de poder melhor entendê-la,
explicá-la e transformá-la.

Para entender e utilizar no ensino o mundo do movimento do aluno, as


formas de movimentos e jogos que formam um reflexo da realidade concreta e
dos movimentos tipificados pela prática do cotidiano, o professor tem também,
com toda certeza, algo que aprender com os alunos, além de conhecê-los melhor.

A Educação Física Escolar, quando bem estruturada, possibilita a


preparação de um ambiente de aprendizado e de desenvolvimento que favoreça
todas as crianças (pessoas) a desenvolverem ao máximo suas potencialidades,
bem como movimentar-se com liberdade e fatores que influência, levando-se em
consideração suas características e limitações.

22
2.6 Jogos e seu objetivo no âmbito escolar

A grande maioria dos jogos tradicionais já era muita antiga no século XVI.
Alguns deles, como amarelinha, por exemplo, continuam capazes de despertar a
curiosidade e o prazer das crianças nos dias de hoje. Se os jogos tradicionais têm
força para atravessar o tempo e o espaço, por que tão poucos conseguem
atravessar os muros da escola? São várias as condições necessárias para
desenrolar de jogos e brincadeiras, garantindo certa liberdade de escolha pela
criança. O papel do adulto é fundamental nesse processo, pois o ambiente que
cerca influencia as crianças em suas experiências lúdicas (BENTO, 2008).

Segundo Hutt (1979 apud Fontana, 1991), o jogo parece ter papel
importante em todas as áreas da vida psicológica de uma criança. É um erro
considerá-lo, mesmo para crianças mais velhas, como uma atividade de perca de
tempo. É um erro ignorar o fato de que o objetivo do jogo, do ponto de vista da
criança, é unicamente uma diversão. Uma criança não se envolve
conscientemente em um jogo a fim de descobrir como as coisas funcionam, ou
experimentar papéis adultos, ou estimular a imaginação, ou fazer qualquer uma
das coisas que as pessoas, ao longo dos anos, têm declarado identificar em
vários aspectos do jogo.

É inadequado ver a infância como meramente uma preparação para a


vida adulta, em vez de uma fase da vida. Na infância, as emoções
possuem frequentemente, uma qualidade mais incisiva e intensa do que
na vida posterior, e negar a uma criança a oportunidade de sentir prazer
é negar-lhe experiências que podem nunca mais surgir da mesma forma
(FONTANA, 1991, p. 56).

Desse modo quando a criança brinca extravasa seus sentimentos e


consegue transportar-se para o mundo da imaginação. Segundo Fontana (1991) o
jogo envolve gradativamente um maior uso de objetos físicos (muitos dos quais
representam, simbolicamente, outras coisas à medida que a criança cresce) e
segue visível padrão de desenvolvimento, envolvendo uma complexidade sempre
crescente. Essas utilizações de objetos físicos indicam tanto as habilidades

23
manipulatórias disponíveis aos humanos através do uso dos dedos, quanto à
presença da imaginação.

A capacidade de pensamento da criança ajuda no desenvolvimento de


métodos mais complexos de jogos. Brincando a criança pode agir numa esfera
cognitiva, ela é livre para determinar suas próprias ações, é dona de seu destino,
pode tomar decisões, pode comunicar-se. “O saber se constrói, fazendo o próprio
conhecimento do outro” (FERNANDEZ 1990, p. 165).

Assim a criança pode ir transformando seu modo de agir e pensar pode


recuperar o prazer de jogar, experimentar, estabelecer confiança e criar seu
próprio tempo e espaço.

A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da


criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa, afirma que
toda criança gosta de brincar porque a brincadeira lhe dá prazer, alegria,
satisfação e o envolvimento de maneira que a criança fica atenta ao que
está fazendo (PIAGET, 1978, p 48).

Então, por que não fazer da brincadeira uma forma de suscitar a


aprendizagem na Educação Infantil? Na visão sócio-histórica de Vygostsky (1996,
p.98), ”A brincadeira, o jogo, é uma atividade específica da infância, em que a
criança recria a realidade usando sistemas simbólicos”.

Neste sentido, no contexto cultural e social é uma atividade humana e


criadora, na qual a imaginação, a fantasia e a realidade interagem na produção de
novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças,
assim como novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos,
crianças e adultos.

2.6.1 Jogos e recreação

Para Freire (1989) dizer que a criança tem acesso ao símbolo é o mesmo
que dizer que ela tem acesso à representação mental de suas ações. Há pessoas
que não gostam quando dizemos que crianças muito novas não pensam, mas é
24
apenas nesse sentido, de que não chegaram ainda a um nível de
desenvolvimento que lhes permita representar suas ações através de imagens.
Até ai, sua inteligência se vincula apenas às ações motoras e sensações. Isso é o
que se chama inteligência sensório-motora.

Essa importante conquista possibilita, portanto, que a criança comece a


imaginar, a refletir, a raciocinar, conferindo-lhe essa aquisição de um saber fazer
físico ou mental um novo poder, o qual se posta em ação, é acompanhado de um
prazer que estimula seu exercício,

A inteligência, segundo Piaget, é um recurso de adaptação ao mundo, seja


do ponto de vista mental. Essa adaptação demanda esforços, resolução de
conflitos e problemas. A ação mental dá-se, portanto, em meio a esse duplo jogo
de superar problemas, conflitos e ao mesmo tempo, exercer o prazer de
realização da ação, transformando-a numa atividade em que se confundem ação
adaptativa e jogo. A tal ponto que se torna muito difícil observar na criança
alguma ação que não seja o brinquedo. Na verdade, além do brinquedo, estão
acontecendo constantemente atividades diversas de adaptação, em que ela
adquire novos conhecimentos.

2.6.2 Jogos e Brincadeiras no Processo de Ensino - Aprendizagem

O jogo tem um papel fundamental no desenvolvimento da criança, pois, por


meio dele, a criança pode vivenciar inúmeras formas de aprendizagem.

Ortega apud Murcia (2005, p.18) afirma que a criança conhece e


compreende o mundo que a cerca por meio do jogo. Jogando, a criança constrói
valores e princípios que nortearão sua formação como indivíduo. A criança
explora suas possibilidades corporais, interage com outros sujeitos e incrementa
seu desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo.

25
É importante disponibilizar a criança, variados desafios e formas de
aprendizagem no jogo, para que, a partir delas, ela possa experimentar os mais
diversos estímulos em sua caminhada e maturação.

É por meio da vivencia corporal que a criança desenvolve suas


capacidades cognitivas. Ou seja, levando em conta as contribuições de PIAGET
(1978), pode-se compreender que o jogo viabiliza situações de manipulação,
experimentação e de conflito do indivíduo consigo próprio, com outros e com os
objetos, dando base para o desenvolvimento cognitivo da criança.

Brincar é capaz de apresentar, de maneira abreviada como ferramenta


competente, vias para o desenvolvimento dos aspectos da formação do ser
humano, como a cognição, a afetividade, o amadurecimento psicológico e a
motricidade.

O uso de jogos e brinquedos educativos com fins pedagógicos remete para


a relevância desse instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de
desenvolvimento infantil.

A criança na fase pré-escolar aprende de modo intuitivo, assimilam noções


espontâneas, de forma interativa, envolvendo o ser humano com suas cognições,
afetividade, corpo e interações sociais, o brinquedo desenvolve um papel de
grande relevância para desenvolvê-la.

Desde que existam as condições para a expressão do jogo, ou seja, a ação


intencional da criança para brincar, o educador está potencializando as situações
de aprendizagem.

Utilizar jogo na educação infantil significa transportar para o campo do


ensino-aprendizagem condições para maximizar a construção do
conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer, da
capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora. Ao usar a quadrilha
para a apreensão de noções de conjunto de pares e impares ou o
boliche, para a construção de números, estão presentes propriedades
metafóricas do jogo, que possibilitam à criança o acesso a vários tipos
de conhecimentos e habilidades (KISHIMOTO, 2009, p. 36).

26
Para Kishimoto, (2005) o brinquedo educativo tem função lúdica em que o
brinquedo propícia diversão, prazer e até desprazer e como método educativo o
ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu conhecimento e sua
apreensão do mundo.

Essas especificidades do brinquedo educativo contribuem para estimular a


construção do conhecimento. O brinquedo educativo ganhou espaço permanente
na educação infantil.

Wittizorecki (2009) lembra que no sentido de ensino-aprendizagem, é


preciso superar o modelo escolar repressor e que tolhe a corporeidade infantil,
pois as crianças são restringidas em seus movimentos e treinadas a adotarem
modelos estabelecidos pelas instituições. A escola não atende somente as
mentes ou aos corpos de seus estudantes. Faz-se necessário visualizá-los na sua
integridade e, assim, promover na escola inúmeras vivências, corpóreo
intelectuais, para que o indivíduo possa desenvolver-se na sua completude.

A sala de aula poderia ser menos séria e mais alegre, logo, ser mais
viva. Se assim ocorresse, se estaria partindo para uma aprendizagem
que privilegiasse o homem como um ser em sua integridade, que é um
corpo, que sente o corpo, que vive esse corpo e que expressa suas
emoções por intermédio desse corpo (CATUNSA, 2005, p.30).

A escola em junto com o professor deve proporcionar para o aluno um


ambiente acolhedor e propor situações diferenciadas, para que eles possam
também explorar e desenvolver suas potencialidades corporais, favorecendo
decisivamente nas dimensões afetiva, social e cognitiva.

Nesse contexto, é importante destacar que essas idéias possuem algumas


semelhanças com os ensinamentos de Freire (1996, p.32), quando diz que “saber
ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua
própria produção ou a sua construção”.

Trata-se então de ensinar a criança a brincar, mas de propor novos jogos,


novos desafios, novas situações, tentando relacionar a experiência e as
aprendizagens vividas nestas com outras anteriormente construídas.

27
Sem dúvida, é no que o lúdico se faz presente que se percebe como este é
um ingrediente necessário para o relacionamento entre as pessoas. Jogando e
brincando, a criança terá oportunidade de desenvolver capacidades
indispensáveis a sua futura atuação, tais como a afetividade, a concentração, a
cooperação, a coordenação, o equilíbrio e outras habilidades psicomotoras
(AGUIAR, 1998).

Como exemplo desta afirmação pode-se citar:

 Num jogo de encaixar peças, pode-se observar que os encaixes de


peças em formas especificam estimula o desenvolvimento da
coordenação motora da criança.

 Na brincadeira de papai-e-mamãe, a criança tem a representação dos


papeis de pai e de mãe; quando uma criança brinca com outras
crianças, com desenvolvimento igual ou diferente do seu, ela acaba
por iniciar o processo de compreensão da importância que cada papel
representa.

 Em brincadeiras de pular corda, jogar peteca, pular na cama elástica


ou jogar com bola, a criança aperfeiçoa suas habilidade motoras
básicas como: correr, saltar, lançar, equilibrar-se e rebater.

 Brincando de pega-pega, a criança aprende a avaliar sua força e


velocidade, criar estratégias e respeitar seus companheiros,
preservando a integridade delas (AGUIAR, 1998).

É importante o brincar para a criança, visto que esta atividade contribui de


diversas formas para o desenvolvimento cognitivo da criança, e este é possível
identificar em vários aspectos da aprendizagem e do desenvolvimento físico e
psicológico do ser humano conforme podemos perceber nos exemplos citados
anteriormente.

O professor deve saber mediar o jogo da criança, esclarecendo que o


prazer, a satisfação e a vitória são elementos perenes e que traduzem parte da
essência do ato de jogar.

28
É importante que o professor ofereça espaços, materiais e até mesmo se
disponha a participar das atividades envolvendo jogos, dessa forma também
incentiva os alunos a participarem, além propiciar sua livre iniciativa de começo e
mudança nos seus rumos. O professor deve em outras ocasiões e com outras
finalidades, propor, conduzir, intervir, retomar e até mesmo finalizar o jogo, de
modo a atingir seu planejamento pedagógico.

Brincadeira é a atividade principal e mais efetiva para o crescimento da


criança, nos planos: motor, intelectual, social, afetivo, entre outros. O jogo
consolida habilidades já dominadas pela criança e a prática das mesmas em
novas situações.

29
3. METODOLOGIA

3.1 Tipo de pesquisa

A presente pesquisa que tem como objetivo identificar a importância dos


jogos no processo de aprendizagem na visão do educador para a educação
fundamental em uma escola pública de Porto Velho-RO localizada no Distrito de
Abunã, Município de Porto Velho, é classificada como qualitativa e quantitativa,
que utilizará a metodologia de estudo de caso.

Nisbett e Watt (1978) sugerem que o estudo de caso seja entendido como
“uma investigação sistemática de uma instância específica”. O estudo de caso
nos leva a visualizar uma imagem que poderia ser descrita como a de uma
convergência de informações, de vivências e de troca de experiências. A grande
vantagem do estudo de caso é permitir ao pesquisador concentrar-se em um
aspecto ou situação específica e identificar os diversos processos que interagem
no contexto estudado.

Para o desenvolvimento da pesquisa de campo utilizou-se da metodologia


quantitativa e exploratória na busca de informações referentes à análise e
observação quanto à importância dos jogos no processo de aprendizagem na
visão do educador para a educação fundamental.

3.2 Universo de amostra

O universo dessa pesquisa foi composto pelos profissionais que atuam no


ensino fundamental da Escola Marechal Rondon. Para este estudo contou-se com
04 (quatro) professores da educação física, sendo 03 do sexo feminino e 01 do
sexo masculino na faixa etária de 32 a 42 anos, e ainda 02 (dois) pedagogos do
sexo feminino na faixa etária de 30 a 45 que atuam na referida escola.

30
3.3 Unidade de análise

A pesquisa foi desenvolvida na Escola Municipal de Ensino Fundamental


Marechal Rondon Distrito de Abunã no município de Porto Velho-RO.

A Escola Municipal de Educação Fundamental Marechal Rondon foi criada


pelo decreto nº 396 de 15/09/2010 da prefeitura Municipal de Porto Velho
Secretaria Municipal de Educação – SEMED.

3.4 Instrumento utilizado

Para a coleta de dados foi desenvolvido pela pesquisadora questionário


com perguntas abertas. O referido questionário consta de 06 perguntas abertas
sobre a importância dos jogos no processo de ensino aprendizagem dos alunos.
Utilizou-se ainda o método de observação das aulas de educação física com
critérios definidos para analisar a prática pedagógica dos profissionais
questionados, algumas horas de observação durante as aulas no intuito de se
observar o cotidiano da sala de aula especialmente nos momentos de utilização
das brincadeiras lúdicas na educação fundamental desta da Escola Marechal
Rondon.

A pesquisa deu ênfase à importância da utilização dos jogos no processo


de aprendizagem na visão do Educador no Ensino Fundamental. Para conseguir
um melhor resultado, foi realizada a observação da prática docente com
professores além do questionário com perguntas abertas.

3.5 Procedimentos utilizados

O primeiro passo, para o desenvolvimento da pesquisa foi à realização do


estudo bibliográfico a fim de subsidiar as etapas de coleta e análise de dados.

31
Com estas informações iniciou-se a pesquisa de campo em que foi realizada
visita à escola para apresentação do projeto e solicitação de autorização para a
realização da pesquisa junto à direção da escola com assinatura do Termo de
Concordância. Em seguida, estabeleceu-se uma conversa informal com as
professoras de Educação Física para informá-la sobre os fins da pesquisa.
Esclareceram-se para os participantes os objetivos deste estudo, seguido da
solicitação de autorização através da assinatura do termo de consentimento livre
e esclarecido de participação na pesquisa.

A observação foi realizada durante todo o período de aula por trinta dias,
com objetivo de analisar as interações da professora com os alunos e os alunos
entre si. As observações foram registradas para posteriormente, fazer a relação
teoria – prática.

Paralelo às observações, foi realizado a questionário com perguntas aberta


junto às professoras no intuito de coletar informações sobre sua metodologia de
trabalho e sobre sua percepção a cerca do tema da pesquisa.

3.6 Análises dos dados

Para análise dos resultados desta pesquisa os questionários foram


organizados de acordo com as respostas obtidas e analisados quantitativamente
buscando sustentabilidade nos autores de referências. Os dados foram
apresentados em forma de gráficos para melhor visualização e entendimento da
amostra da pesquisa.

32
4. APRESENTAÇÃO DOS DADOS

Os resultados alcançados através da aplicação dos questionários foram


tratados por meio dos métodos quantitativos. Os resultados serão apresentados
em gráfico permitindo assim, melhor compreensão.

O questionário aplicado aos professores de Educação Física lotados na


Escola Municipal de Ensino Fundamental Marechal Rondon, localizada no Distrito
de Abunã do Município de Porto Velho (RO) teve o intuito de identifica a visão do
profissional de educação física frente utilização dos jogos no processo de
aprendizagem no ensino fundamental. Os professores que fizeram parte do
universo da pesquisa não tiveram seus nomes divulgados por questão ética,
conforme solicitação dos mesmos.

A seguir apresentam-se os resultados e analise dos questionários:

Fonte: Dados da Pesquisa, Braz (2012)

De acordo com o gráfico 01, todos foram unânimes em afirmarem que sim,
os jogos influenciam o desenvolvimento social da criança.

33
Durante o questionamento alguns professores fizeram questão de
justificarem porque da resposta:

Professor “A” – Relata que o lúdico permite a criança contribuir sua


personalidade e desenvolver suas potencialidades.

Professor “B” – Porque o lúdico auxilia o desenvolvimento da criança em


todos os aspectos.

Professor “C” – Porque é mais fácil aprender brincando.

Professor “D” - Porque permite a criança a desenvolver com confiança as


atividades.

Professor “E” – A didática em grupo, como geralmente é usada em jogos


na sala de aula, já é uma manifestação de socialização.

Professor “F” – Sem dúvida o lúdico além de estimular ele proporcionar a


interação da criança com a sociedade.

Percebe-se que a criança consegue aprender com mais facilidade


brincando, pois libera sua imaginação.

Conforme o gráfico 2 existe visões diferentes acerca do que vem


representar a educação física no espaço de aprendizagem para a criança

Fonte: Dados da Pesquisa, Braz (2012)


34
Os professores também completaram suas respostas por meio de suas
considerações pessoais, conforme segue abaixo:

Professor A, B e C (50) – Concordam que, a educação física no espaço


escolar é uma forma de socializar. Proporcionam uma maior interação entre o
educando e o aprendizado, fazendo com que os conteúdos fiquem atrativos e as
crianças mais interessadas.

O professor D e E (33) – as crianças desenvolvem o conhecimento, a


percepção de formas, cores, espaço, raciocínio lógico etc.

Professor F – A educação física é uma forma de competir e ela existe


durante as aulas de educação, mais de forma lúdica e visando o incentivo a
melhorar cada vez mais.

A educação física apresenta no espaço da aprendizagem para a criança


como bem afirmam a maioria do grupo uma forma de socialização, tanto no
espaço escolar como na comunidade.

Fonte: Dados da Pesquisa, Braz (2012)

O gráfico 3 demonstra unanimidade entre o grupo que participou do


questionamento ao afirmarem que sim, o professor precisa ter sensibilidade e
cuidado quando intervém nas situações de jogos.
35
Este resultado conforme foi possível observação durante a pesquisa, é
visível, visto que durante as práticas de educação física em que se usam
atividades de jogos a criança necessita de uma orientação e coordenação para
sua realização com resultados satisfatórios. A criança não nasce sabendo, é
dever de o professor conduzir sua capacidade da criança para raciocinar e
aprender.

Fonte: Dados da Pesquisa, Braz (2012)

O gráfico 4 demonstra que a maioria dos professores A, B, C e D (67)


confirma que sim, os jogos e brincadeiras facilitam a aprendizagem da criança.

Não é necessário ser professor para perceber essa contribuição, nos mais
diversos ambientes em que se desenvolvam atividades de jogos ou brincadeiras,
dependendo da forma como é dirigida é possível transmitir conhecimento e
aprendizagem para a criança. No espaço escolar essa contribuição é mais visível
ainda, já que essas atividades têm uma metodologia voltada para a alfabetização
da criança. Foca-se o processo ensino e aprendizagem sejam na leitura ou
escrita, ou até mesmo para a compreensão das diferenças sociais que se
manifesta durante as atividades em grupo.

36
Fonte: Dados da Pesquisa, Braz (2012)

O gráfico 5 expõe que 83 acham muito importante o jogo no processo de


aprendizagem na educação fundamental, 17 afirmam que vêem como pouco
importante esta metodologia para a educação fundamental (Professora F).

Conforme demonstra o gráfico 5, a maioria dos professores (A, B, C, D e E)


afirmou ser muito importante o jogo no processo de aprendizagem na educação
fundamental.

Durante a pesquisa em campo, alguns professores relataram que os jogos


facilitam o trabalho com a interdisciplinaridade na educação, seja na Educação
Física ou outra disciplina curricular.

Os jogos permitem mudar a realidade da escola e contribui para mudar a


prática pedagógica através de atividades que crie oportunidade para o
desenvolvimento físico, moral e intelectual. Consegue trazer a criança para a
sala de aula com mais prazer para aprender algo novo.

37
Fonte: Dados da Pesquisa, Braz (2012)

Com certeza, de acordo com o resultado do gráfico 6, é possível sim os


jogos na educação física ser um instrumento de desenvolvimento, seja no social,
emocional, autoconhecimento individual ou coletivo na criança durante seu
processo de aprendizagem. Todos os professores concordam com este
questionamento. Para eles os jogos possibilitam trabalhar conceitos atitudinais,
valores morais, éticos e respeito ao próximo. De acordo com os professores os
jogos são importantes para no processo de aprendizagem do aluno na visão do
educador.

38
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO

De acordo com os resultados obtidos por meio dos questionários, que teve
como objetivo ressaltar a visão do profissional de educação física frente utilização
dos jogos no processo de aprendizagem no ensino fundamental, observa-se que
os professores compreendem que é importante o jogo como didática facilitadora
do processo de ensino e aprendizado do aluno no ensino fundamental.

Os resultados mostra que é possível conforme descreve Braga (1977,


p.73), afirmar que o jogo representa uma possibilidade de ampliação do espaço
social da criança, em função da interação, convivência e dos laços estabelecidos
com outros sujeitos que com ela brinca, incorporando e reconstruindo pautas
sociais de relacionamento.

Da mesma forma, compreender que a educação física apresenta no


espaço da aprendizagem para a criança uma forma de socialização, tanto no
espaço escolar como na comunidade. A criança não nasce sabendo, é dever de o
professor conduzir sua capacidade da criança para raciocinar e aprender.
Cabendo envolver nessa aprendizagem o uso do jogo de forma didática com
objetivo de aprimorar o processo de ensinar na educação fundamental.

O jogo como uma expressão lúdica cria liberdade e espontaneidade,


fazendo com que a criança conheça os limites e regras, além de proporcionar o
desenvolvimento na construção das atividades proposta em sala de aula. A
criança quando brinca expõem sua imaginação, pois ao brincar ela transporta-se
para um mundo imaginário, onde busca soluções para o que acham ser problema.
Contudo a criança interage com as outras, buscando dessa forma a socialização
com o mundo real.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, é muito importante a


prática de educação física no ensino fundamental para que os alunos sejam
capazes de compreender a cidadania como participação social e política, assim
como exercício de direitos e deveres políticos, civil e social.

39
É fato que a educação física, dentro da escola pode se tornar um grande
aliado na aprendizagem é fonte de prazer, pois permite um equilíbrio do corpo e
contribui para o desenvolvimento físico da criança. Pode auxiliar na construção da
personalidade da criança na educação infantil, contudo, é preciso que o professor
seja o mediador dessa construção da criança e para isso precisa ser bem
qualificado.

De acordo com Bento (2008) as condições necessárias para desenrolar de


jogos e brincadeiras, garantindo certa liberdade de escolha pela criança são
variáveis. O papel do adulto ou professor é fundamental nesse processo, pois o
ambiente que cerca influência as crianças em suas experiências lúdicas.

Nesse contexto, o professor é peça fundamental para essas


transformações que se manifestam por meio da utilização de jogos e brincadeiras
no espaço escolar.

Enquanto que Kishimoto (2009) defende que utilizar jogo na educação


infantil significa transportar para o campo do ensino-aprendizagem condições
para maximizar a construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do
lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora.

Já Jean Chateau (1977, p. 126), defende que: "o jogo prepara para o
trabalho, sendo introdutório ao grupo social. Para a criança maior, jogar é cumprir
uma função, ter um lugar na equipe; o jogo, como trabalho, é, por seguinte,
social".

Dessa forma percebe que na visão deste autor a criança toma contato com
as outras, habitua-se a considerar o ponto de vista dos outros, e sai de seu
egocentrismo original, sendo o jogo visto como uma atividade de grupo.

O jogo proporciona a criança acesso a vários tipos de conhecimentos e


habilidades, entre elas a capacidade de memorizar os números em brincadeiras e
jogos de matemática, entre tantos outros conhecimentos.

Completando esse entendimento, vale ressalta o ponto de vista de Nesse


sentido Guy Jacquim (1963) quando diz que para a criança é algo importante na

40
sua vida. O jogo é, nas mãos do educador, um excelente meio de formar a
criança. Por essas duas razões, todo educador - pai ou mãe, professor, dirigente
de movimento educativo - deve não só fazer jogar como utilizar a força educativa
do jogo.

É preciso que o educador esteja capacitado para que possa trabalhar com
os jogos nas atividades de educação física, sendo esta metodologia um
instrumento auxiliar para a construção do desenvolvimento do educando.

Nesse contexto, Garaigordobil (1990) apud Murcia et al. (2005) defendem


que a brincadeira possibilita à criança vivenciar novas experiências, estimulando,
entre outras, habilidades como a capacidade do pensamento. Também oferece a
oportunidade de resolver problemas, ajudando na elaboração e no
desenvolvimento das estruturas mentais (memória, atenção, etc.) favorece, ainda,
a distinção entre fantasia e ajuda a melhorar a linguagem. A brincadeira através
dos jogos aplicados nas aulas de educação física é um instrumento de
socialização por excelência.

Deve existir uma metodologia aliada ao sistema educacional e a uma


prática pedagógica de forma que quando o conteúdo ministrado for jogos, não
tenha simplesmente o objetivo de passar o tempo da aula ou de fazê-lo porque os
alunos gostam. Os jogos na Educação Física Escolar, deve-se promover o
aprender a harmonizar conflitos, crises e confrontos, aperfeiçoando a habilidade
de viver em sociedade, criando solidariedade, cooperação e companheirismo. Daí
a importância de aplicar os jogos, em especial os jogos cooperativos como
ferramenta de educação e de transformação social.

Fica claro que o jogo é uma atividade que tem valor educacional intrínseco
e tem sido utilizado como recurso pedagógico pelos educadores que participaram
do estudo.

Essa ferramenta contribui para facilitar a aprendizagem do aluno, visto que


tal ferramenta tem a capacidade de despertar o interesse e a curiosidade da
criança. De acordo com KISHIMOTO (2009, p.21) o desenvolvimento da criança
deve ser entendido como um processo global, no brincar a criança está andando,

41
correndo, ou seja, desenvolvendo a sua motricidade, paralelamente é um
desenvolvimento social porque ela brinca com parceiros, com pessoas diferentes.

Vale destacar que, a contribuição é perceptível pelos professores, mas não


basta, é preciso os pais também compreender essa contribuição e facilitar as
atividades proposta pelo educador não só no ambiente escolar mais também no
convívio familiar.

Como já afirma FROEBEL (1826) “(...) o grande educador faz do jogo uma
arte, um admirável instrumento para promover a educação para as crianças”. A
brincadeira favorece a criatividade e a espontaneidade, desenvolvendo o habito
da pesquisa, da exploração, da comunicação, da imaginação e da criação.
Transmite atitudes e valores, já que se trata da assimilação de regras de conduta.
Por meio da brincadeira descobre-se a vida social dos adultos e as regras que
regem essas relações. Estimula o desejo de superação pessoal e de êxito.

Durante a pesquisa de campo não se observou de forma unânime a


interação do educador nos jogos ou brincadeira. Os professores orientam sem se
envolverem na execução das atividades propostas na sala de aula.

Tal fato é visto como um aspecto negativo. Visto que, é importante que o
professor conheça as práticas lúdicas, seja a que vivenciou ou vivenciará, para
poder analisar e refletir que sensações essas atividades lhe propiciam e, assim,
melhor compreender e intervir nas práticas infantis. Permite conhecer suas
possibilidades e limitações, ter visão sobre a importância do jogo e do brinquedo
para a vida da criança e construir uma maior disponibilidade corporal para brincar.

A utilização de atividades envolvendo jogos e brincadeiras nas escolas


contribuem para uma melhoria nos resultados obtidos pelos alunos. Claro, que
atividades de cunho lúdico não abarcariam toda a complexidade que envolve o
processo educativo, mas podem auxiliar na busca de melhores resultados por
parte dos educadores interessados em promover mudanças. Estas atividades são
mediadoras de avanços e contribui para tornar a sala de aula um ambiente alegre
e favorável a aprendizagem.

42
Os jogos trazem possibilidades de crescimento pessoal, pois quando a
criança brinca ou participa de jogos, libera necessidades e interesses
espontaneamente. Para facilitar a aprendizagem da leitura e da escrita é
necessário que o professor ofereça condições prazerosas para atrair a criança
através de um trabalho pedagógico a partir de utilização dessa metodologia.

Observou-se que os jogos trazem possibilidades de crescimento pessoal,


pois quando a criança brinca ou participa de jogos, libera necessidades e
interesses espontaneamente.

Os jogos têm uma série de contribuições para o desenvolvimento da


criança. A brincadeira é a atividade principal e mais efetiva para o crescimento da
criança, nos plano motor, intelectual, social e afetivo.

Foi possível ainda, compreender que os principais aspectos a serem


levados em conta na formação do professor para que este atue adequadamente
com o jogo. Também foi possível identificar que é fundamental para o professor
implicar-se corporalmente nas atividades propostas, adotar uma atitude
acolhedora, mediadora e atenta ao aluno, decidindo o melhor momento de
intervir.

Os jogos têm uma dimensão vital para o desenvolvimento da criança no


sentido pedagógico. Representa um espaço de aprendizagem para ela. Nesse
sentido o adulto ou professor precisa ter sensibilidade e cuidado quando intervém
nas situações de jogos, exercendo, sobretudo, ações de propor reflexões e
problematizações acerca do que ocorre durante o jogo.

Através do jogo a criança conhece e compreende o mundo que a cerca.


Explora suas possibilidades corporais, interage com outros sujeitos e desenvolve
suas dimensões cognitiva, motora e afetivo-social

Sugere-se que os professores contemplem sua formação pessoal, de modo


a construir uma maior disponibilidade corporal para brincar, o que certamente lhe
permitirá compreender, interagir e dar um melhor suporte no jogo realizado pelos
alunos.

43
Faz-se necessário adotar uma postura de disponibilidade e sensibilidade
frente ao contexto do jogar e brincar. Brincando com os alunos, o professor
ensina ao mesmo tempo em que aprende. É necessário que o professor procure
ampliar cada vez mais as vivências da criança com o ambiente, com jogos,
brincadeiras e outras crianças.

Nesse sentido, o corpo docente pode realizar um plano de ação que possa
contornar esses pontos negativos juntos aos responsáveis pela área educacional
na cidade de Porto Velho.

De acordo com o grupo as atividades contribuem para que a criança


participe mais, se soltem, desenvolvam mais a percepção, o raciocínio, a
organização do espaço e do coletivo, aprende e desenvolve suas habilidades,
complementa a aprendizagem e é facilitador para o educador / educando.

A percepção de que a criança estar interessada e canaliza suas energias


para aquilo que faz, e também o fato de o jogo ser um meio tão poderoso para a
aprendizagem faz notar que, ao se aplicar em qualquer atividade, as crianças se
interessam e se apaixonam por essas ocupações.

De acordo com PIAGET (1993) os trabalhos escolares terão uma seriedade


que não poderiam ter de outro modo, porque é apenas na atividade-jogo que a
criança preserva o esforço e se dá por inteira na atividade que realiza.

Portanto, conforme os relatos do grupo que participam da pesquisa os


jogos e brincadeiras estimulam a participação dos alunos em sala de aula.

Tal resultado nos remete a compreender que o desenvolvimento da criança


deve ser entendido como um processo global, no brincar a criança está andando,
correndo, ou seja, desenvolvendo a sua motricidade, paralelamente é um
desenvolvimento social porque ela brinca com parceiros, com pessoas diferentes
como defende KISHIMOTO (2009).

As atividades direcionadas com jogos e brincadeiras no espaço escolar


contribuem para desperta o interesse da criança nos assuntos exposto em sala de

44
aula, e tais atividades são importantes para a aprendizagem, pois desperta o
interesse da criança.

Os jogos influenciam no desenvolvimento e aprendizagem da criança,


como o recurso pedagógico contribui para colocar o pensamento da criança em
ação. Nesse contexto, o professor deve intervir de forma a estimular a prática do
jogo no ambiente escolar. Por meio da brincadeira descobre-se a vida social dos
adultos e as regras que regem essas relações que permite conhecer suas
possibilidades e limitações. Por fim, o papel do educador é fundamental no
sentido de preparar a criança para a competição sadia, na qual impera o respeito
e a consideração pelo adversário. Formar professores para uma plena e inteira
introdução do lúdico na escola é sem dúvida um desafio fundamental para o
aprendizado da criança.

A educação física deve ser integrada à educação intelectual e à educação


moral na educação fundamental e contribuir na vida e no aprendizado do
educando.

Da mesma forma, o jogo na educação infantil deve transpor o campo do


ensino-aprendizagem e proporcionar condições para ampliar a construção do
conhecimento, seja utilizando o lúdico, a ação ativa e motivadora.

É notório que os jogos no processo de aprendizagem na visão do educador


no ensino fundamental contribuem para a formação da criança tanto no espaço
escolar como social. Assim, torna-se cada vez mais necessário que os
educadores busquem se qualificarem e inovar as inúmeras metodologias que
podem ser aplicada na disciplina de educação física utilizando os jogos como
ferramenta, importante para o ensino e aprendizagem do educando.

45
6 CONCLUSÔES

A pesquisa teve como objetivo ressaltar a importância dos jogos no


processo de aprendizagem na visão do educador para a educação fundamental
em uma escola pública de Porto Velho-RO localizada no Distrito de Abunã,
Município de Porto Velho. De forma especifica buscou-se identificar o ponto de
vista do educador quanto aos jogos estimularem ou não a participação dos alunos
em sala de aula; avaliar a importância do jogo na Educação Física no ensino
fundamental para o processo ensino-aprendizagem e destacar o que o ensino dos
jogos propicia na vida da criança.

Nesse sentido, a pesquisa foi satisfatória após sua conclusão, haja vista,
que foi possível após analise e discussão dos resultados por meio dos dados
fornecidos pelos professores identificar que na visão dos educadores que os
jogos são importantes para auxiliar a aprendizagem na educação fundamental.

No entanto, o que se pode observar que apesar de terem esta visão


observa-se conforme relatos dos professores que falta por parte dos educadores
uma maior inserção dos jogos ou mesmo se trabalhar com o lúdico em suas
aulas, seja ela prática ou teórica, na Educação Física ou em outra disciplina.

Esta metodologia, tanto para os alunos quanto para os professores só tem


a acrescentar e enriquecer o aprendizado. Deve ser trabalho de forma mais
agradável esta didática na escola pesquisa, visto que, para parte dos professores
esta modalidade é difícil de ministrar em conseqüência do comportamento dos
alunos. É importante que, mesmo os que têm dificuldades ou resistência em
inserir os jogos, compreendam os benefícios e as diversas formas de ministrar
aulas com essa didática, independente de ser ou não nas aulas de educação
física.

Muitas vezes os professores não percebem que para a criança cada


atividade desenvolvida é uma novidade e um aprendizado para o resto da sua

46
vida, daí a importância de um professor comprometido com a disciplina que
dispõe a desenvolver na sala de aula.

Os jogos trazem possibilidades de crescimento pessoal, pois quando a


criança brinca ou participa de jogos, libera necessidades e interesses
espontaneamente. Assim, para facilitar a aprendizagem da leitura e da escrita é
necessário que o professor ofereça condições prazerosas para atrair a criança
através de um trabalho pedagógico a partir de utilização de jogo.

A educação física na educação fundamental contribui significativamente na


vida e no aprendizado do educando. Os jogos têm uma dimensão vital para o
desenvolvimento da criança no sentido pedagógico. A Educação Física é uma
disciplina que trata, pedagogicamente, na escola, do conhecimento de uma área
denominada aqui de cultura corporal.

A concepção de educação física na escola deve ser visto, como um


mecanismo de transformação da prática pedagógica. O professor de educação
física deve auxiliar o aluno a compreender o seu sentir e o seu relacionar-se na
esfera da cultura corporal de movimento. Deve-se promover a iniciação nas
formas culturais do esporte, das atividades rítmicas/dança e das ginásticas.

A escola e as aulas podem envolver atividades lúdicas, entre elas o jogo,


de forma a conectar-se com a essência da criança, o prazer do movimento e da
vivencia corporal.

A pesquisa permitiu compreender que o jogo representa a possibilidade de


ampliação do espaço social da criança, em função da interação, convivência e
dos laços estabelecidos com outros sujeitos que com ela brinca. A educação
física, dentro da escola pode se tornar um grande aliado na aprendizagem é fonte
de prazer, pois pode auxiliar na construção da personalidade da criança, contudo,
é preciso que o professor seja o mediador dessa construção e para isso precisa
ser bem qualificado.

Ao utilizar o jogo no espaço escolar estar se transpondo para o campo do


ensino-aprendizagem condições para ampliar a construção do conhecimento,

47
introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e
ação ativa e motivadora.

Os jogos facilitam o trabalho com a interdisciplinaridade na educação, em


especial na educação física. É um instrumento que permite auxiliar o aluno para
seu desenvolvimento, seja no social, emocional, autoconhecimento individual ou
coletivo durante o processo de aprendizagem. Para tanto, é preciso que o
educador inove sempre seus conhecimentos para que possa trabalhar com os
jogos nas atividades de educação física, sendo esta metodologia visto que, é um
instrumento que auxilia no desenvolvimento do educando.

É importante que o professor tenha consciência de que no uso de jogos


como recursos metodológicos se possibilitam o desenvolvimento psicomotor,
cognitivo e afetivo da criança. É mais uma ferramenta que auxilia o professor a
aprimorar a capacidade de aprender da criança visando incentivá-la no processo
de ensino-aprendizagem para toda a sua vida.

Sugere-se que os professores aprimorem sua capacitação profissional


acerca desta modalidade, antiga e ao mesmo tempo nova para aqueles que ainda
não conhecem seu valor para o processo de aprendizagem da criança no ensino
fundamental, de forma que seja capacitado para exercer com eficiência o que se
propôs de modo a construir uma maior disponibilidade para o uso do jogo no
espaço escolar, o que certamente lhe permitirá compreender, interagir e dar um
melhor suporte no jogo realizado pelos alunos.

Outro aspecto importante como sugestão, seria que os órgãos


responsáveis possam dedicar uma maior atenção acerca das questões que
envolvem materiais didáticos voltados para essa metodologia. Muitas escolas,
entre elas, a que serviu de campo para essa pesquisa, não possuem espaço
adequado e matérias didáticos apropriados, bem como suficientes para suprir as
necessidades da comunidade escolar.

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Acesso em; 15 setembro 2012.

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APÊNDICE

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APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO / PROFESSORES

1) Os jogos influência o desenvolvimento social da criança?


( ) Sim ( ) Não

2) A educação física representa no espaço de aprendizagem para a criança?


( ) Conhecimento
( ) Forma de socializar
( ) Aprender a competir
( ) Não interfere na aprendizagem

3) O professor precisa ter sensibilidade e cuidado quando intervém nas


situações de jogos, exercendo, sobretudo, ações de propor reflexões e
problematizações acerca do que ocorre durante o jogo?
( ) Sim ( ) Não

4) Os jogos e as brincadeiras contribuem para facilitar a aprendizagem da


criança?
( ) Sim ( ) Não

5) Qual a importância dos jogos no processo de aprendizagem na sua visão


como educador na educação fundamental?
( ) Muito importante
( ) Pouca importância
( ) Nenhuma importância

6) Sendo os jogos na educação física um instrumento de desenvolvimento,


seria possível trabalharmos a socialização, emoção, autoconhecimento
individual e coletivo no aprendizado da criança?
( ) Sim ( ) Não

53
ANEXO

54
ANEXO 1 – TERMO DE CONCORDÂNCIA

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