Aula 5
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DO EXERCÍCIO
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3. Plano transversal: divide o corpo horizontalmente em metades superior e
inferior, sendo que cada metade contém a mesma massa. Também pode
ser chamado de plano horizontal.
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Figura 4 - Plano anatômico de referência 2D (III)
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TEMA 2 – VISÃO 2D – EIXO DE MOVIMENTO
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1. Flexão: inclui movimentos direcionados anteriormente dos segmentos da
cabeça, tronco, braço, antebraço, mão e quadril e inclui movimentos
direcionados posteriormente do joelho.
2. Extensão: é definido como o movimento que retorna o segmento corporal
à posição anatômica na direção oposta da flexão.
3. Hiperextensão: é o movimento além da posição anatômica em direção
oposta à flexão.
4. Flexão plantar: ocorre na articulação do tornozelo. É o abaixamento da
planta do pé, ou seja, é o movimento de levar a ponta do pé em direção
ao chão.
5. Dorsiflexão: ocorre na articulação do tornozelo. É o movimento oposto da
flexão plantar, que traz o dorso do pé na direção da perna.
Figura 5 – Movimentos do plano sagital
Créditos: Kjpargeter/Shutterstock.
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Os movimentos do plano frontal são:
1. Abdução: um segmento corporal afastando da linha mediana do corpo.
2. Adução: um segmento corporal aproximando da linha mediana do corpo.
3. Flexão lateral para direita: ocorre no tronco. É o movimento de afastar o
tronco da linha média para o lado direito.
4. Flexão lateral para esquerda: ocorre no tronco. É o movimento de afastar
o tronco da linha média para o lado esquerdo.
5. Elevação: ocorre na cintura escapular. É o movimento de elevar a
escápula, como quando os ombros são elevados.
6. Depressão: ocorre na cintura escapular. É o movimento de abaixar as
escápulas, como quando os ombros são abaixados.
7. Desvio radial: ocorre na articulação do punho. É o movimento de
aproximar a mão da linha mediana do corpo.
8. Desvio ulnar: ocorre na articulação do punho. É o movimento de afastar a
mão da linha mediana do corpo.
9. Inversão: ocorre na articulação do tornozelo. É o movimento aproximar o
pé da linha mediana do corpo.
10. Eversão: ocorre na articulação do tornozelo. É o movimento de afastar a
mão da linha mediana do corpo.
Os movimentos do plano transversal são:
1. Rotação para a direita: ocorre na cabeça, no pescoço, no tronco e no
quadril. É o movimento de rotação do segmento na direção da linha
mediana do corpo e também é chamada de rotação medial.
2. Rotação para a esquerda: ocorre na cabeça, no pescoço, no tronco e no
quadril. É o movimento de rotação do segmento na direção de
afastamento da linha mediana do corpo e também é chamada de rotação
lateral.
3. Supinação: ocorre na articulação radioulnar. É a rotação lateral do
antebraço.
4. Pronação: ocorre na articulação radioulnar. É a rotação medial do
antebraço.
5. Abdução horizontal: ocorre na articulação do ombro e do quadril. É a
abdução destas articulações quando estão em 90° de flexão.
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6. Adução horizontal: ocorre na articulação do ombro e do quadril. É a
adução destas articulações quando estão em 90° de flexão.
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Para estudar força, é necessário abordar as três leis de Newton. A
primeira lei, da inércia, regulamenta que um corpo tende a permanecer em seu
estado natural, seja ele parado ou em velocidade constante, quando nenhuma
força é exercida nele. A segunda lei, da aceleração, regulamenta que a
aceleração adquirida por um corpo é diretamente proporcional à intensidade da
resultante das forças que atuam sobre este corpo. Por fim, a terceira lei, da ação
e reação, regulamenta que para cada ação de uma força sobre um objeto, há
uma reação de força de mesma intensidade, direção, porém de sentido oposto.
As forças que agem sobre o corpo humano podem ser dividas em forças
de contato e forças de campo:
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força máxima em um padrão específico de movimento em uma
determinada velocidade. Os músculos recebem um sinal elétrico e o
transformam em força mecânica, transmitida pelos tendões inseridos nos
ossos e conseguem fazer com que uma alavanca se mova.
4. Força elástica: é aquela exercida sobre um corpo que possui elasticidade.
Ela determina, portanto, a deformação desse corpo quando ele se estica
ou se comprime e isso dependerá da direção da força aplicada, ou seja,
a deformação causada pela força exercida sobre um corpo é diretamente
proporcional à deformação causada, chamada de lei de Hooke. Os ossos
têm capacidade de deformação, devido ao seu tecido, permitindo que o
osso se deforme quando submetido à ação de uma força, e que volte ao
seu estado normal quando essa força cessa. Isso garante que osso
suporte forças de compressão e tensão, até certo ponto, sem sofrer
fraturas. Outros tecidos elásticos do corpo humano são os ligamentos e
os tendões, cuja elasticidade permite que os ligamentos e os tendões
acumulem energia, gerando muita força para as articulações e fazendo
com que o movimento seja mais eficiente e seguro.
5. Força inercial: em várias circunstâncias do movimento humano, um
segmento corporal pode exercer uma determinada força sobre outro,
fazendo com que esse segmento se movimente sem interferência da ação
muscular. Quando isso ocorre, é gerada uma força inercial, em outras
palavras, é quando um segmento proximal exerce uma força inercial em
um segmento distal. Um exemplo é durante a corrida, em que o tornozelo
fica em flexão plantar ao se erguer do solo e levemente dorsiflexionado
ao aterrissar. Durante a fase de balanço, o tornozelo fica relaxado e o
movimento muscular em torno desta articulação é muito limitado, mas a
perna também se projeta para frente e exerce uma força inercial no pé,
fazendo com esse segmento se movimente para a posição de dorsiflexão.
Analogamente, o segmento da coxa também exerce uma força inercial na
perna.
A força de campo inclui:
1. Força gravitacional: é a lei da gravitação dos corpos, que regulamenta
que há uma força que atrai todos os corpos ao centro da terra. A força
gravitacional que atua no corpo humano é a força peso, a qual é definida
como a quantidade de força gravitacional exercida sobre um corpo. À
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medida que a massa de um corpo aumenta, seu peso aumenta
proporcionalmente. O fator de proporcionalidade é a aceleração da
gravidade, -9,8 m/s2 e o sinal negativo indica que a aceleração está
voltada para baixo, para o centro da terra. A força peso atua no centro de
gravidade dos corpos, o qual é o ponto ao redor do qual o peso corporal
está igualmente equilibrado, não importando seu posicionamento.
Uma força pode gerar um torque e é através do torque gerado pelas forças
que uma alavanca do corpo humano se move ou que mantemos o equilíbrio, por
exemplo. Neste tema será identificado braço de toque, uma variável que
determina se há exercício ou não, ou que determina o quanto o exercício está
difícil.
4.1 Alavancas
Uma alavanca é formada por uma barra rígida girada em torno de um eixo
de rotação e para a barra rígida ser girada, ela precisa de uma força de
resistência e uma força de esforço. Além disso, há dois braços de alavanca
designados como braço de resistência e braço de esforço, sendo que o primeiro
é a distância perpendicular desde a linha de ação da força de resistência até o
eixo de rotação. O braço de esforço é a distância perpendicular desde a linha de
ação da força de esforço até o eixo de rotação.
No corpo humano são as alavancas que geram os movimentos realizados
pelos segmentos corporais, além de também serem capazes de manter o
equilíbrio corporal. Uma alavanca no corpo humano é formada por uma barra
rígida (osso), uma articulação (eixo de rotação), uma força de esforço (força
muscular) e uma força de resistência (gravidade, sobrecarga externa, o próprio
peso do segmento).
Há três classes de alavanca. Na alavanca de primeira classe, também
chamada de interfixa, a força de esforço e a força de resistência se encontram
em lados opostos do eixo de rotação. Um exemplo desta é uma gangorra, em
que há o eixo de rotação, de um lado há a força de esforço e do outro, a força
de resistência. No corpo humano há alavancas de primeira classe, que
geralmente funcionam como alavancas para manter o equilíbrio e um exemplo é
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a articulação atlantoccipital, a qual é formada entre o osso occipital do crânio e
a atlas, primeira vértebra da coluna cervical. A articulação é o eixo de rotação, o
peso da cabeça, o qual é maior na parte anterior do crânio, é a força de
resistência e a força muscular dos músculos esplênios para manter a cabeça
sobre a articulação é a força de esforço.
Em uma alavanca de segunda classe, também chamada de inter-
resistente, a força de esforço e a força de resistência atuam do mesmo lado do
eixo de rotação. Nesta classe de alavanca, a força de resistência atua entre a
força de esforço e o eixo de rotação. No corpo humano, há pouquíssimas
alavancas de segunda classe e um exemplo é a articulação do tornozelo no
movimento de elevação de panturrilha, em que o eixo é a articulação do
tornozelo, a força de resistência é o próprio peso do indivíduo e a força de esforço
é realizada pelos músculos do gastrocnêmio.
Em uma alavanca de terceira classe, também chamada de interpotente, a
força de esforço e a força de resistência também atuam do mesmo lado do eixo
de rotação. No entanto, a força de esforço é entre a força de resistência e o eixo
de rotação. Este é o tipo mais importante de alavancas no corpo humano, pois
quase todas as articulações funcionam como alavancas de terceira classe e um
exemplo é a articulação do cotovelo no movimento de flexão, em que a
articulação é o eixo de rotação e os músculos que realizam a flexão de cotovelo
são a força de esforço.
Um critério importante sobre as alavancas é a vantagem mecânica, ou
seja, o resultado do braço de esforço pelo braço de resistência (VM = braço de
esforço / braço de resistência), que avalia a eficácia mecânica das alavancas.
Quando VM =1, não há vantagem e nem desvantagem mecânica, pois o braço
de esforço é igual ao braço de resistência, tendo a função de equilibrar a
alavanca e a maioria das alavancas de primeira classe no corpo humano se
enquadram neste caso. Quando VM > 1, há vantagem mecânica, ou seja,
quando o braço de esforço é maior do que o braço de resistência, neste caso, a
força de esforço não precisa ser muito grande para vencer a resistência, porque
as alavancas de segunda classe do corpo têm vantagem mecânica. Por fim,
quando VM < 1, há desvantagem mecânica, ou seja, quando o braço de esforço
é menor do que o braço de resistência. Neste caso, há necessidade de realizar
uma força de esforço muito grande para vencer a força de resistência, pois as
alavancas de terceira classe se encaixam na desvantagem mecânica. Quando
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este tipo de alavanca aplica muita força de esforço, ela aumenta a velocidade do
movimento. Portanto, parece haver ênfase na maior velocidade de movimento
no sistema musculoesquelético, devido à maior concentração de alavancas de
terceira classe (Quadro 1).
Créditos: udaix/Shutterstock.
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4.2 Torque
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porquê carregar as sacolas desta maneira é mais fácil do que carregar as
sacolas na mão. Considerando o cotovelo como o eixo de rotação e as sacolas
como a resistência aplicada sobre o antebraço, quanto mais perto do eixo de
rotação a resistência é aplicada, menor o braço de torque. Assim, a tarefa de
carregar as sacolas fica mais fácil.
Outro exemplo que pode ocorrer em uma sala de musculação é o local
onde uma caneleira pode ser colocada para deixar o movimento mais fácil ou
mais difícil sem modificar a sobrecarga. O exercício de abdução do quadril com
caneleiras pode ser deixado mais fácil ou mais difícil se uma mesma caneleira
for colocada mais perto ou mais longe do eixo de rotação, que neste caso é o
quadril. Se a caneleira foi colocada mais perto do segmento do pé, maior o braço
de momento, ou seja, maior torque deverá ser gerado, fazendo com que o
exercício seja mais difícil. Por outro lado, se a mesma caneleira for colocada
mais próxima da articulação do quadril, menor o braço de momento e,
consequentemente, menor o torque a ser gerado, fazendo com que o exercício
seja mais fácil de ser realizado.
Portanto, o braço de torque ajuda os profissionais de educação física a
prescreverem um exercício com a intensidade correta para seus alunos. Ainda,
entender o braço de torque faz com que o profissional de educação física
entenda, de acordo com cada exercício, em quais articulações e músculos são
gerados mais torque, o porquê e como usar isso a seu favor.
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O movimento a ser analisado será a hiperextensão de quadril na polia.
Neste exercício, o indivíduo está em pé e a articulação que se movimenta é a
coxofemoral, é ela que faz os movimentos em todos os planos e eixos de
movimento.
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Figura 8 – Movimento de hiperextensão do quadril na polia
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
HALL, S. J. Biomecânica básica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2018.
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