Tratameto Térmico
Tratameto Térmico
Tratameto Térmico
TRATAMENTOS TÉRMICO
(Teste de Dureza)
São Cristóvão SE
2024
SUMÁRIO.
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................................................
2.TRATAMENTO TÉRMICO..................................................................................................................................................
2.1. Fatores de Influência nos Tratamentos Térmicos.............................................................................................................
2.2. Normalização........................................................................................................................................................................
Figura 2. Representação esquemática da normalização.........................................................................................................
2.3. Têmpera................................................................................................................................................................................
Figura 3. Representação esquemática do tratamento térmico de têmpera.(qual o tamanho disto?)................................
2.4. Revenido..........................................................................................................................................................6
2.5. Recozimento....................................................................................................................................................6
3.MATERIAIS E METÓDOS (Tratamento térmico do aço
1020)...................................................................7
3.1. Materiais.........................................................................................................................................................7
3.2. Métodos...........................................................................................................................................................7
3.3. Preparação das Amostras.............................................................................................................................8
4. RESULTADOS E
DISCUSSÕES...................................................................................................................8
4.1. Microdureza Vickers (HV)..................................................................................................................................................
Tabela 1. Valores experimentais de microdureza em Vickres................................................................................................
Tabela 2. Valores experimentais de microdureza em Vickres................................................................................................
Tabela 3. Valores experimentais de microdureza em Vickres................................................................................................
Tabela 4. Valores experimentais de microdureza em Vickres................................................................................................
4.2. Micrografias ópticas antes do tratamento térmico...........................................................................................................
Fig.1: Microscópio Óptico do Aço 1020 sem Ataque Químico (Peça Base)...........................................................................
Fig.2: Microscópio Óptico do Aço 1020 sem Ataque Químico (Normalização)...................................................................
Fig.3: Microscópio Óptico do Aço 1020 sem Ataque Químico (Têmpera-Revenido)1........................................................
Fig.4: Microscópio Óptico do Aço 1020 sem Ataque Químico (Recozimento)......................................................................
Fig.5: Microscópio Óptico do Aço 1020 sem Ataque Químico (Têmpera)............................................................................
4.3 Micrografias óptica após tratamento térmico e pós ataque químico...............................................................................
Fig.6: Microscópio Óptico do aço 1020 com Ataque Químico (Peça Base)...........................................................................
Fig.7: Microscópio Óptico do aço 1020 com Ataque Químico (Normalização)...................................................................
Fig.8: Microscópio Óptico do Aço 1020 com Ataque Químico (Têmpera-Revenido).........................................................
Fig.9: Microscópio Óptico do Aço 1020 com Ataque Químico (Recozimento).....................................................................
Fig.10: Microscópio Óptico do Aço 1020 com Ataque Químico (Têmpera)..........................................................................
5. CONCLUSÕES.......................................................................................................................................................................
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................................................................
1. INTRODUÇÃO
● Remoção de tensões internas, que podem ser resultado de resfriamento desigual, trabalho
mecânico ou outras causas;
● Ajuste da dureza do material, aumentando ou diminuindo conforme necessário;
● Aumento da resistência mecânica, proporcionando maior capacidade de suportar cargas;
● Melhoria da ductilidade, facilitando a deformação plástica sem fratura;
● Aumento da usinabilidade, tornando o material mais fácil de ser trabalhado por processos de
usinagem;
● Melhoria da resistência ao desgaste, prolongando a vida útil do material em condições
abrasivas;
● Aprimoramento das propriedades de corte, facilitando operações de corte e conformação;
● Reforço da resistência à corrosão, protegendo o material contra deterioração devido à
exposição a ambientes corrosivos;
● Aprimoramento da resistência ao calor, garantindo estabilidade dimensional em temperaturas
elevadas;
● Modificação das propriedades elétricas e magnéticas, adaptando o material para aplicações
específicas.
2.2. Normalização
A normalização consiste em refinar e homogeneizar a estrutura dos aços, melhorando as
propriedades obtidas através do recozimento.
Quanto aos efeitos na dureza, a normalização geralmente resulta em uma redução na dureza do
material em comparação com o estado inicial. Isso ocorre devido à formação de uma estrutura mais
grosseira e menos uniforme durante o resfriamento controlado. A perlita, uma estrutura constituída
por camadas alternadas de ferrita e cementita, é uma das fases que se forma durante a normalização.
Essa estrutura é mais macia do que outras estruturas mais refinadas que podem ser obtidas por
tratamentos térmicos mais rigorosos, como a têmpera.
Portanto, embora a normalização possa melhorar outras propriedades, como a usinabilidade e a
tenacidade, ela geralmente resulta em uma diminuição na dureza do material. Este efeito é
considerado quando se escolhe o tratamento térmico mais adequado para atender às necessidades
específicas de uma aplicação.
2.3. Têmpera
Consiste no resfriamento rápido do aço de uma temperatura superior à sua temperatura crítica
(mais ou 50 ° C acima da linha A1 os hipereutetoides) em um meio como óleo, água, salmoura ou
mesmo ar. A velocidade de resfriamento, nessas condições, dependerá do tipo de aço, da forma e das
dimensões das peças. Como na têmpera o constituinte final esperado é a martensita, sob o ponto de
vista de propriedades mecânicas, deve verificar-se o aumento da dureza até uma determinada
profundidade, Chiaverini et al (2003).
Resultam também da têmpera redução da ductilidade (baixos valores de alongamento e
estricção), da tenacidade e o aparecimento de apreciáveis tensões internas. Tais inconvenientes são
atenuados ou eliminados pelo revenido. Para que a têmpera seja bem sucedida vários fatores devem
ser levados em conta.
Inicialmente, a velocidade de resfriamento deve ser tal que impeça a transformação da austenita
nas temperaturas mais elevadas, em qualquer parte da peça que se deseja endurecer.
2.4. Revenido
2.5. Recozimento
3.1. Materiais
3.2. Métodos
Para analisar as diferenças de tratamento térmico nas peças, inicialmente foi necessário cortá-
las. Utilizamos um tubo de aço 1020 e cortamos pedaços pequenos, realizando quatro cortes para
submeter aos tratamentos térmicos e um corte que não seria submetido a nenhum tratamento para
fins de comparação de dureza e microestrutura.
Após o corte das peças segue-se à etapa do tratamento térmico. Primeiramente, a primeira
peça foi submetida à normalização em um forno mufla, na qual se utilizou a temperatura de patamar
de 900° C por uma hora. O resfriamento ocorreu via convecção natural dentro do forno, até a
temperatura ambiente.
A segunda e terceira peças foram submetidas a têmperas, no qual ocorreu em uma mufla na
temperatura de patamar de 860°C, na qual se manteve por uma hora, posteriormente fez se o
resfriamento brusco em água, caracterizando o choque térmico da têmpera.
Na terceira peça, a fim de aliviar ou até eliminar as tensões provocadas pela têmpera, fez-se o
revenido a uma temperatura de 350° C por uma hora.
A quarta peça sofreu recozimento, no qual estava junto com a têmpera, porém, enquanto a
têmpera foi tirada do forno para que ocorresse o choque térmico com a água, a peça de recozimento
continuou no forno para que pudesse esfriar junto com ele
A quinta peça não sofreu nenhum tratamento e foi usada como comparação, para que pudesse
se analisar as mudanças.
3.3. Preparação das Amostras
As quatros peças, obtidas após os tratamentos térmicos, foram então submetidas à etapa de
lixamento. Foram utilizadas lixas d’água 80, 100, 180, 220, 280, 300, 400, 600, 1200, 1500, 2000 em
etapas sucessivas em média 5 minutos em cada lixa. Sendo que o lixamento foi realizado de maneira
manual.
Posterior à essa etapa, foi feito o polimento da peça na politriz utilizando pasta diamantada de
granulometria de 1 μm. A peça foi atacada com nital 2 %, sendo imersa no fluido por 10 segundos e
lavada em água corrente. Seguiu-se para a etapa de avaliação microscópica para obtenção da
microestrutura constituinte da peça e logo após foi feito o teste de dureza.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A microdureza foi efetuada em três pontos distintos da peça, após o tratamento térmico, a fim
de comprovar a variação das propriedades mecânicas da peça. Vale ressaltar que os pontos foram
escolhidos de modo a avaliar a dureza de maneira homogênea, pois esta propriedade tende a mudar
ao longo da seção transversal da peça.. Os resultados
estão apresentados nas Tab. (1), Tab. (2), Tab. (3), e Tab(4), onde as peças foram submetidas
a uma carga de 9,8 HV.
NORMALIZAÇÃO
Estágio 1ª 2ª 3ª Média
endentaç endentaç endentaç (HV)
ão ão ão
Pré-
tratamento 133 137,4 128,6
,5 133,1
Pós-
tratamento 125,1 120,3 123,6 123,0
Estágio 1ª 2ª 3ª Média
endentaç endenta endentaç (HV)
ão ção ão
Pré- 133
tratamento ,5 137,4 128,6 133,1
Pós-
tratamento 174,0 189,3 182,3 181,8
Têmpera com Revenido: A peça, após passar pelo processo de têmpera seguido de revenido,
apresentou uma microdureza de ( 181,8 Vickers ). Esse valor, substancialmente superior ao da peça
base, destaca a eficácia desse tratamento térmico em elevar a dureza do material
TÊMPERA
Estágio 1ª 2ª 3ª Média
endentaç endentaç endentaç (HV)
ão ão ão
Pré-
tratamento 133,5 137,4 128,6 133,1
Pós-
tratamento 174,0 164,7 171.5 170,0
Têmpera: A peça temperada exibiu uma microdureza significativamente maior (170,0 Vickers) do que
a peça base. Esse aumento na dureza sugere que o processo de têmpera, ao resfriar rapidamente o aço
após o aquecimento, promoveu a formação de uma estrutura cristalina mais dura e resistente.
RECOZIMENTO
Estágio 1ª 2ª 3ª Média
endentaç endentaç endentaç (HV)
ão ão ão
Pré-
tratamento 133 137,4 128,6 133,1
,5
Pós-
tratamento 115, 111,6 116,8 114,
2 5
Fig.1: Microscópio Óptico do Aço 1020 sem Ataque Químico (Peça Base)
Em seguida, as próximas fotos abaixo representam após o ataque químico, de cada tratamento
realizado:
Fig.6: Microscópio Óptico do aço 1020 com Ataque Químico (Peça Base)
Após a realização dos tratamentos térmicos nas peças de aço 1020, foi possível observar diferentes
efeitos sobre suas propriedades mecânicas e microestrutura. A normalização resultou em uma
microdureza ligeiramente inferior, enquanto a têmpera seguida de revenido e a têmpera isolada
aumentaram significativamente a dureza do material. Por outro lado, o recozimento resultou em uma
redução na microdureza. Esses resultados destacam a influência dos tratamentos térmicos na obtenção
de propriedades específicas, adequadas para diferentes aplicações industriais.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Callister, Jr. W.D., 2008, Ciência e engenharia dos materiais: Uma introdução; tradução Sérgio
Murilo Stamile Soares – Rio de Janeiro: LTC, sétima edição.
Chiaverini, V., 2008, Aços e ferros fundidos: Características gerais, tratamentos térmicos, principais
tipos e materiais – São Paulo: Associação Brasileira de metalurgia, sétima edição.
Chiaverini, V., 2003, Tratamento térmico das ligas metálicos, São Paulo, Associação
Brasileira de metalurgia. Garcia, A., Spim, J. A., Santos, C. A. dos, 2000, Ensaios dos
Materias, LTC.
Handbook, Heat treating: Volume 4
Hanbook, Metallography and Microstructures: Volume 9