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Aula 08

Gestão e Governança de TI p/ Polícia


Federal (Perito - Área 3 - TI) Anterior à
retificação - 2020

Autor:
Pedro Henrique Chagas Freitas
Aula 08

22 de Abril de 2020
PedroProf.
Henrique
PedroChagas
Freitas Freitas
Aula 08

1 – Introdução ............................................................................................... 2
2 – Elaboração e Fiscalização de Contratos..................................................... 2
Acompanhamento da Execução Contratual ............................................... 9
Critérios de remuneração por esforço versus produto ........................ 13
Acompanhamento da Execução Contratual ............................................. 21
Papel do preposto da contratada ................................................................. 30
Definição e aplicação de penalidades e sanções administrativas ... 31
Condições para recebimento e aceite ........................................................ 37
3 - IN04 – Gestão Contratual .......................................................................
1265118
42
Início do Contrato .............................................................................................. 44
Condições para recebimento e aceite ........................................................ 48
Acompanhamento da Execução Contratual ............................................. 49
Transição e Encerramento Contratual ....................................................... 57
4 – Resumo .................................................................................................. 61
5 – Hora de Praticar ..................................................................................... 67
Lista de Questões ...................................................................................................... 67
Questões Comentadas .............................................................................................. 72

........................................................................................... 82

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1 – INTRODUÇÃO
Olá pessoal! Na aula de hoje falaremos da fase de Acompanhamento do
Contratos de TI (Gestão do Contrato). Minha ideia é estabelecer a relação
mais lógica possível entre estes tópicos de tal maneira que vocês
compreendam como “funciona” a gestão de um contrato de TI e assim
consigam resolver qualquer questão de prova sem terem que,
necessariamente, se agarrarem às decorebas! A maioria dos tópicos
relacionados está explicitada separadamente nesta aula, mas os tópicos
Registro e notificação de irregularidades e Aplicação de penalidades e
sanções administrativas são citados ao longo do fluxo do acompanhamento
contratual.

Bom, dito isto, passemos à aula!

2 – ELABORAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS


De acordo com o Guia de Contratações de TI do Ministério do Planejamento,
Contratar é fazer contrato, ou seja, é um acordo ou convenção entre duas
ou mais pessoas para a execução de alguma coisa, sob determinadas
condições. O contrato é, portanto, o documento em que se registra esse
acordo ou convenção. E estas condições devem estar todas escritas no
referido instrumento. Vejamos agora os itens específicos constantes no
edital!

O que deve contar nos contatos? O contrato é escrito, obviamente, com


base no TR – Termo de Referência ou PB – Projeto Básico e deve, de acordo
com a Lei 8.666/93, conter um conteúdo mínimo que visa estabelecer
todas as regras utilizadas ao longo da sua execução.

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No Artigo 54, a Lei 8.666/93 estabelece que os contratos devem


estabelecer em suas cláusulas as condições para sua execução com
clareza e precisão e o Art. 55 determina que cláusulas são estas.

Vamos dar uma lida no Art. 55.

“Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que


estabeleçam:

I - o objeto e seus elementos característicos;

II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;

III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e


periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização
monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo
pagamento;

IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de


entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;

V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da


classificação funcional programática e da categoria econômica;

VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando


exigidas;

VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades


cabíveis e os valores das multas;

VIII - os casos de rescisão;

IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de


rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei;

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X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para


conversão, quando for o caso;

XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou


a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;

XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos


casos omissos;

XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução


do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas,
todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.”

O contrato administrativo deve respeitar tudo


aquilo que foi estabelecido na licitação, sob pena
de nulidade (princípio da vinculação ao instrumento
convocatório). O instrumento convocatório fixa as cláusulas do futuro
contrato. A minuta do contrato deve ser um anexo obrigatório do
instrumento convocatório (art. 40, §2º da Lei 8666/93). Vamos analisar
os principais incisos do artigo transcrito.

Observem que o Art. 55 define cláusulas necessárias em um contrato,


dentre estas estão a descrição do objeto do contrato, a maneira como o
contrato será executado (regime de execução ou forma de fornecimento).

Penso que vale a pena vermos quais são os regimes de execução previstos
na Lei. São eles:

• Empreitada por preço global (L8666/93, Art. 6º, VIII, “a”) -


Aquele em que se define em detalhes o que deve ser feito e o seu
custo total é conhecido na fase de licitação. Seu pagamento, no
entanto, pode ser feito de forma parcelada. A licitação ocorre em

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cima do valor do projeto inteiro, embora existam pagamentos


intermediários. Por exemplo:

Projeto A = R$ 500,00 preço global, onde seu pagamento acontecerá


nas condições a seguir:
Produto A → prazo de entrega de 30 dias = R$ 150,00
Produto B → prazo de entrega de 60 dias = R$ 200,00

Produto C → prazo de entrega de 90 dias = R$ 150,00

• Empreitada por preço unitário (L8666/93, Art. 6º, VIII, “b”) -


Aquele em que se contrata por preço certo de unidade demandada,
onde ao longo da contratação vários projetos serão realizados, porém
cada um deles não é completamente conhecido na fase de licitação,
no entanto, o método, ou seja, cada uma das etapas para realização
destes projetos é conhecido e definido em detalhes. O tamanho ou
custo de cada um dos projetos será definido com base em métrica
que determinará o valor previsto de cada etapa. Como algumas
características, para a realização das etapas, podem variar ao longo
do tempo, por razões diversas, o custo final do projeto pode variar,
para cima ou para baixo. A presença de uma planilha de custos
unitários permite a realização de aditivos a fim de viabilizar a
conclusão das etapas/projetos visto que o preço de cada componente
é conhecido.

Exemplo: Contratação de serviços de desenvolvimento ou


manutenção de sistemas com escopo aberto pago por ponto de
função.

• Regime de execução por Tarefa (L8666/93, Art. 6º, VIII, “d”)


- Aquele em que se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por

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preço certo, com ou sem fornecimento de materiais observando o


disposto na Lei 8.666/93. (L8666/93, Art. 23, II, “a” e §único)

Exemplo: Serviço de pintura de sala com o fornecimento de material

• Empreitada integral (L8666/93, Art. 6º, VIII, “e”) - Aquele em


a empresa assume totalmente, completamente, integramente as
responsabilidades pelos serviços finais. Toda a parte de fiscalização,
acompanhamento dos serviços é feita por ela sozinha, cabendo a
Contratante um gerenciamento e fiscalização de natureza
administrativa. O pagamento acontece mediante a comprovação do
resultado final, ou seja, se tá funcionando ou não, se atende ou não
os objetivos.

Exemplo: Construção de um prédio que deverá ser entregue no ponto


em que possibilite a contratante colocar em operação suas
atividades.

Agora observem o inciso III do Art.55. Ele fala dos preços e condições de
pagamento, mas também de critérios de reajustes. Falaremos mais
sobre esta possibilidade de reajustes na próxima aula, mas guardem desde
já que é este inciso que permite a correção de eventuais desequilíbrios
econômicos financeiros nos contratos. Mas para que isto seja feito, as
regras devem obrigatoriamente estar previstas no contrato.

Já o inciso V trata da previsão orçamentária. Lá no Art. 7º, a Lei 8.666/93


determina que obras e os serviços somente poderão ser licitados quando
houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento

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das obrigações e esta previsão orçamentária também deve constar no


contrato, conforme determina o Art. 55.

Para fecharmos o estudo desse artigo, considero importante ressaltar que


devem ser colocadas no contrato todas as possibilidades de multas e
penalidades cabíveis. Se a previsão de multas ou penalidades no caso de
descumprimento, por exemplo, do nível de serviço contratual, não
estiverem fixadas em contrato, a contratante não poderá aplicar nenhum
tipo de sanção.

Outro artigo importante é o 56 que trata das garantias a serem prestadas


e que devem constar no contrato.

“Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde


que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de
garantia nas contratações de obras, serviços e compras.”

No caso de exigência desta prerrogativa de exigência de garantia ser


exercida pela Administração, o contratado poderá optar por:

• Caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública;


• Seguro-garantia;
• Fiança bancária.

Importante: O valor dessa garantia não pode ser superior a 5% do valor


do contrato. Esta é a regra! E se temos uma regra temos uma exceção.
Vejam o que diz a própria Lei:

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“§ 3o Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo


alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis,
demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela
autoridade competente, o limite de garantia previsto no parágrafo anterior
poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato.”

Sendo assim pessoal, se ocorrerem os critérios do parágrafo 3°, a garantia


exigida poderá ser de até 10%.

Além destes pontos, devo mencionar que a lei prevê ser nulo qualquer
contrato verbal com a administração exceto aquelas compras de pronto
pagamento. Não existem contrato por prazo indeterminado e todo contrato
obviamente deve ter os nomes das partes e os de seus representantes, a
finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da
licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às
normas desta Lei e às cláusulas contratuais.

Por fim, vale dizer que todo e qualquer contrato da administração pública
deverá ter seu resumo publicado na imprensa oficial para que tenha
eficácia. A administração deverá fazer a publicação em até 20 dias da
assinatura do contrato, conforme o Parágrafo Único do Art. 61:

“Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato


ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição
indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração
até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no
prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que
sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.”

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Observem que, caso não haja tal publicação, o contrato não terá eficácia.

Agora vou inverter um pouco a ordem de como os tópicos normalmente


aparecem nos editais, mas todos eles serão cobertos. Mais uma vez, estou
fazendo isso para buscar o entendimento mais lógico possível. Por isso,
vamos começar pelo item “Acompanhamento da Execução Contratual”.

ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO CONTRATUAL

Antes de qualquer coisa, cabe mencionar que a gestão, acompanhamento


e fiscalização de contratos é “poder-dever” da Administração, bem como
dispõe o art. 67 da lei 8666/93:

“Art.67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada


por um representante da Administração especialmente designado,
permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição.”

Ou seja, a Administração deverá designar um representante (no mínimo


um) que será o responsável pelo acompanhamento do contrato. Veremos
mais a frente que estes representantes em geral, são o gestor do contrato
e o fiscal do contrato (que também pode e, em alguns casos, deve ser mais
de um). Observem que a lei permite a contratação de terceiros para
“ajudar” no acompanhamento do contrato, mas não esqueçam que a
responsabilidade é da Administração (Servidor).

O objetivo dessa gestão (ou acompanhamento) e fiscalização é garantir o


disposto no art. 66 da lei 8666/93:

“Art.66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de


acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo
cada uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial.”

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Voltando no artigo 67, temos os seguintes incisos:


“§ 1° O representante da Administração anotará em registro próprio
todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato,
determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos
observados.

§ 2° As decisões e providências que ultrapassarem a competência do


representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil
para a adoção das medidas convenientes.”

Observem que o representante da Administração tomará nota das


ocorrências e determinará a regularização de faltas ou defeitos. Se não
estiver na sua competência, este representante deve comunicar a seus
superiores para que as medidas sejam tomadas.

Mas que quem é esse “representante”? Em geral é o Gestor ou os Fiscais


do contrato. Ainda nessa aula veremos todo o processo definido pelas
“Boas Práticas” e as atribuições de cada um desses “representantes”.

Considero importantes os arts. 69 e 70 da lei 8666/93, vejamos:

“Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir


ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato
em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da
execução ou de materiais empregados.

Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à


Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na
execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a
fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.”

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O art. 69 é bem autoexplicativo e por isso não merece maiores detalhes.


Já o art.70 define que o contratado é responsável pelos danos causados à
Administração ou a terceiros, seja por dolo ou culpa. Chamo a atenção de
vocês para última parte do artigo, onde a lei estabelece que não haverá
redução ou exclusão dessa responsabilidade em função da fiscalização
exercida pelo órgão, isto é, o fato de a Administração fiscalizar o contrato
não exime o contratado da responsabilidade.

Sobre a execução do contrato, a lei geral de licitações estabelece ainda que


o contratado é responsável pelos encargos trabalhistas,
previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do
contrato. Aqui temos um ponto de atenção, pois a inadimplência dos
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere a responsabilidade
para a Administração. Vejamos o art. 71, § 1:

“Lei 8666/93 […]

Art. 71

[…]

§ 1° A inadimplência do contratado, com referência aos encargos


trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração
Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar
o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras
e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.”

Observem que, além de não transferir a responsabilidade do pagamento


para a Administração, essa inadimplência não pode ser motivo para onerar
o contrato ou impedir que a administração usufrua do objeto contratado.
Já pensou o preposto (veremos suas atribuições mais frente) entrando na
sala do gestor do contrato e falando:

“- Oi chefe! O dia tá lindo hoje não é mesmo? Então, veja bem... é que a
minha empresa não está conseguindo recolher o FGTS do pessoal que

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trabalha aqui no nosso contrato... então será que não dá pra fazer uma
“aditivozinho” aí no contrato não?”

Rsrs... não dá né pessoal?! Isso não pode!

Mas cuidado! Entende-se que a Administração responde


subsidiariamente em relação aos encargos trabalhistas.
Isto quer dizer que, caso a contrata não honre suas
obrigações, a Administração deverá arcar de forma subsidiária, isto é, a
Administração pagará, caso a empresa comprove não ter condições para
tal (falência, por exemplo) e isso somente por decisão judicial!

O aluno (a) mais atento (a) deve ter percebido que os encargos
previdenciários não entraram no §1º. Isso porque no caso dos encargos
previdenciários, a Administração responde solidariamente com o
contratado. Isto está definido no § 2º do mesmo art.71.

“Lei 8666/93 […]

Art. 71

[…]

§ 2º A Administração Pública responde solidariamente com o contratado


pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato...”

Ok, pessoal? Então vamos em frente! Essas informações não são aplicáveis
somente ou especificamente aos contratos de TI, mas têm muita
importância para entendermos melhor o processo de
acompanhamento/fiscalização dos contratos da nossa área!

Para fechar essa visão geral sob a ótica da 8.666, cabe mencionar o art. 72
onde está definido que o contratado poderá subcontratar partes do
serviço ou fornecimento de bens até o limite que a Administração
impuser. Essa possível subcontratação não exclui as
responsabilidades contratuais e legais do contratado perante a

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Administração. A subcontratação sem autorização da administração


pode ensejar até a rescisão contratual.

CRITÉRIOS DE REMUNERAÇÃO POR ESFORÇO VERSUS PRODUTO

Precisamos discorrer um pouco sobre “terceirização” na Administração


Pública para entender melhor tais critérios.

A terceirização de serviços na administração pública é uma ação


incentivada em determinados casos. A decisão de contratar um serviço ou
realiza-lo com servidores de carreira deve ser estratégica. Isto mesmo, a
terceirização é uma decisão que deve ser tomada em nível estratégico
dentro de qualquer organização. Segundo Aragon1, as organizações
terceirizam por que:

• Têm necessidade de manter o foco no negócio principal;


• A TI está cada vez mais complexa, ou seja, um negócio para
especialistas;
• A mudança tecnológica é muito veloz e a organização não tem a
capacidade de investimento para se atualizar, portanto, procura um
fornecedor cujos recursos possam ser compartilhados com outras
organizações de forma muito rápida;
• O custo interno da TI é muito alto e precisa ser reduzido;
• Como os investimentos em TI têm um risco muito alto, é preferível
transferi-los;

Geralmente, as soluções de terceirização levam a uma redução de custos,


mas isto não se trata de uma verdade absoluta, pois a terceirização nem
sempre é melhor opção do que a solução interna. Além disso, a

1
ARAGON, Aguinaldo. Implantando a Governança de TI.

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terceirização nem sempre é total, podendo ser parcial e até mesmo


adotando a estratégia de não terceirizar.

Como vimos, a ideia é que a administração recorra, sempre que possível,


à execução indireta para a realização material das tarefas. O objetivo é
que a Administração (seus servidores) se preocupe com as atividades de
planejamento, controle, coordenação e supervisão.

Tudo isso está previsto no DL 200/67, aplicável à Administração Pública


Federal, mas de certo modo, extensível a todas as esferas e tem sido o
entendimento de diversas cortes de contas.

A execução indireta (terceirização de serviços) deverá ser realizada


mediante contrato. É o exemplo de serviços de desenvolvimento de SW
por empresa contratada para este fim. Mas observem que as atividades de
gestão, controle, coordenação e supervisão não podem ser terceirizadas.

Além disso, de acordo com as boas práticas e vasta jurisprudência, não


podem ser objetos de contratação:

• Mais de uma Solução de Tecnologia da Informação em um único


contrato; e
• Gestão de processos de Tecnologia da Informação, incluindo gestão
de segurança da informação.

O suporte técnico aos processos de planejamento


e avaliação da qualidade das Soluções de Tecnologia
da Informação poderá ser objeto de
contratação, desde que sob supervisão exclusiva de servidores do órgão
ou entidade.

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Outro ponto importante sobre a contratação de serviços é o fato que a


administração deve se abster de contratar “postos de trabalho”, conforme
transcrição abaixo, extraída do Acórdão 265/2010-TCU:

“Abstenha-se de contratar por postos de trabalho, evitando a mera


alocação de mão de obra e o pagamento por hora trabalhada ou por posto
de serviço, dando preferência ao modelo de contratação de execução
indireta de serviço baseado na prestação e na remuneração de serviços
mensuradas por resultados sempre que a prestação do serviço puder ser
avaliada por determinada unidade quantitativa de serviço prestado ou por
nível de serviço alcançado...”

O que a legislação e boas práticas “mandam” é que as contratações


remunerem o fornecedor somente após a entrega dos resultados
esperados, seja lá qual for o modelo de remuneração (remuneração por
esforço (homem hora) ou remuneração por produto)

Pessoal, há muito tempo (nem tanto assim vai...) a administração está


impedida de contratar por postos de trabalho, fazendo com que seja cada
vez mais raro o pagamento por hora trabalhada (homem hora) ou por posto
de trabalho ocupado.

A legislação atual obriga que a administração remunere seus contratados


pelos resultados (produtos) que forem obtidos e/ou por determina
unidade quantitativa que de serviço prestado, como por exemplo, a
remuneração de serviços de desenvolvimento de sistemas baseada em
Pontos de Função (PF).

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Agora observem como, em um único contrato, podemos “amarrar” a


remuneração em tamanho mensurável (quantitativamente), produtos
entregues (remuneração por produto) e níveis de serviço (TNS –
Terceirização por Níveis de Serviço). No exemplo dos serviços de
desenvolvimento de sistemas, a administração somente pagará o que for
medido em pontos de função (unidade quantitativa). Além disso, um
processo de desenvolvimento de SW gera alguns produtos ao longo do
caminho, como por exemplo, especificações, códigos, manuais, etc. Se no
contrato estiver estabelecido que a administração pagará, uma quantidade
X de pontos de função por produto (ou conjunto de produtos) entregues e
aprovados, estamos falando de pagamentos a serem realizados com base
em unidades quantitativas (pontos de função) e por resultados alcançados
(produtos entregues). Agora, não satisfeita, a administração pode (e deve)
estabelece níveis mínimos de serviço. Digamos que, no exemplo em voga,
a contratada deverá “entregar” Y pontos de função em determinado prazo
(ou com determinada qualidade), caso não o faça, haverá uma redução de
10% no valor do ponto de função para o pagamento da demanda em
atraso.

Esse é o melhor dos mundos. Há uma mensuração quantitativa do serviço


prestado, os pagamentos são realizados em contrapartida a produtos
entregues e os níveis de serviço são aplicados e influenciam no valor pago.

Mas observem que, de acordo com o final do trecho transcrito, permite-se


também que a remuneração do contrato seja realizada tão somente nos
níveis mínimos de serviço contratuais. É a terceirização por níveis de
serviço. Isto começa a ocorrer em alguns Ministérios aqui em Brasília,
principalmente em serviços voltados à infraestrutura e a operações de TI.
Nestes casos, estabelece-se um nível mínimo de disponibilidade de um link,
por exemplo. Caso este nível seja mantido pela contratada em
determinado mês, o valor mensal previsto em contrato será pago sem

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nenhuma redução, caso contrário (nível de serviço não atingido) haverá


redução (em geral progressivo = quanto menor o nível de serviço atingido,
maior o desconto) do valor a ser pago.

Ainda sobre a terceirização por níveis de serviço,


trago um trecho de um artigo2 publicado pelo SERPRO
– Serviço Federal de Processo de Dados que já foi
objeto de prova (de outra banca).

“Temos no Brasil uma singular experiência no setor público, onde a


prática da terceirização desvirtuou-se a tal ponto que alcançamos uma
quase-unanimidade a seu respeito: como está não atende aos propósitos
do Estado. Declarações recentes de líderes do Ministério do Planejamento
e do Tribunal de Contas da União indicam claramente a insatisfação e os
riscos envolvidos com o modelo atual. A forma encontrada até hoje para
suprir a necessidade de serviços, pela contratação de mão-de-obra
terceirizada constitui uma ameaça à boa gestão pública, tanto pela
ausência de garantias de qualidade dos serviços, quanto pela baixa
eficiência dos métodos de contratação de empregados. Hoje, terceirização
no setor público brasileiro é sinônimo de contratação de "cabeças" e
homens-hora, modalidades que não proporcionam ao administrador público
a melhor gestão dos serviços executados.

(...)

Duas alternativas devem ser consideradas: a Terceirização por Níveis de


Serviço - TNS e a Parceria Público-Privada - PPP.

2
http://www1.serpro.gov.br/publicacoes/tema/173/materia12.htm

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Estas formas de terceirização – TNS e PPP – poderão proporcionar ao


Estado brasileiro avanços significativos em qualidade e eficiência de
serviços, de forma extremamente transparente. Tomando como exemplo
as operações de Tecnologia de Informação, que possuem inúmeros casos
de sucesso em TNS no setor governamental no Brasil e ao redor do mundo,
observamos as seguintes razões para a terceirização por níveis de serviço:

Em primeiro lugar, pela urgência; o ritmo ditado pela economia digital


demanda respostas muito mais rápidas do que outrora e os órgãos públicos
não podem manter níveis de sobre-capacidade (ineficiência) em suas
estruturas de TI para atender a estas situações;

Em segundo lugar pela complexidade e diversidade tecnológica; embora


seja mais acessível, a tecnologia de informação atual demanda um conjunto
crescente de peças efêmeras e de complexo acoplamento exigindo um
contínuo e variado desenvolvimento de capacitações internas, sempre lento
e difícil;

Em terceiro lugar pela escassez de recursos humanos qualificados;


especificamente para a área de tecnologia, contamos com um déficit
estrutural de pessoal qualificado em um setor cujo mercado de trabalho é
bastante competitivo;

Em quarto lugar pela cobrança social; os cidadãos estão cada vez mais
conscientes da relação impostos versus ofertas de serviços públicos,
tornando-se mais exigentes pela qualidade dos serviços prestados pelo
governo, não importando se estes serviços são prestados diretamente pelo

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Estado ou através de uma empresa contratada para tal, desde que estas
empresas produzam resultados concretos e facilitem as suas vidas.”

Se temos uma regra, temos uma exceção. A


prestação de serviços baseada em postos de trabalho
é autorizada excepcionalmente, desde que seja
plenamente justificado e remunerado por resultados. Do contrário,
configura terceirização ilegal. Peço atenção ainda para a terceirização por
níveis de serviço (TNS) que parece ser uma tendência atual as áreas de TI
com maior nível de maturidade (governança). Nestes casos,
resumidamente, temos um contrato, em geral de operações de serviços de
TI, cuja remuneração contratual é baseada nos níveis de serviço atingidos.
Simploriamente falando, neste tipo de contrato há um valor de
remuneração mensal previsto para a prestação do serviço. Caso os níveis
de serviços contratuais não sejam atingidos pelo contratado em
determinado período, o valor a ser pago será menor.

Vedações previstas no Manual de Licitações e Contratos do TCU:

1) indexação de preços contratados por índices gerais, setoriais ou que


reflitam a variação de custos em contratos com duração inferior a um ano;

2) caracterização do objeto exclusivamente como fornecimento de mão-de-


obra;

3) previsão de reembolso de salários pelo contratante;

4) subordinação dos empregados do contratado à Administração.

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Sendo assim, um termo de referência (ou projeto básico como está no


nosso edital) para contratações de serviços (inclusive serviços de TI) não
pode conter previsão de indexação de preços em contratos inferiores a um
ano, não deve caracterizar a contratação pura de mão-de-obra como objeto
do contrato. Além disto, não pode prever reembolso de salários a ser
realizado pela contratante e é vedada também a subordinação direta dos
empregados terceirizados junto à administração.

Não importam as características dos serviços


contratados ou das métricas utilizadas para o
cálculo do valor a ser pago, a remuneração do
fornecedor deverá estar sempre vinculada aos
resultados previstos no edital, seja sob a forma de produtos a serem
entregues ou sobre o esforço.

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ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO CONTRATUAL

Já vimos que sempre que a prestação do serviço objeto da contratação


puder ser avaliada por determinada unidade quantitativa de serviço
prestado, esta deverá estar prevista no edital e no respectivo contrato, e
será utilizada como um dos parâmetros de aferição de resultados.

Já estudamos também que atualmente a terceirização de serviços vem


sendo realizada nos moldes de Acordos de Nível de Serviço, mas não é
somente neste tipo de contratação, onde a remuneração se baseia
principalmente dos níveis de serviços atingidos (ou não), que as cláusulas
de SLA devem ser previstas.

Importante frisar que os acordos de nível de serviços estabelecem os


parâmetros de qualidade de um bem ou um serviço de TI contratado. Com
isto, torna-se possível que a avaliação e a homologação de um serviço de
TI prestado sejam realizadas com base em parâmetros objetivos, ou seja,
levando-se em consideração o nível mínimo de serviço estabelecido.
Percebam que a ausência de níveis mínimos de serviços nos contratos
elevaria muito o nível dos riscos contratuais para ambos os lados.

O SLA ou Acordo de Nível de Serviço pode ser definido como a parte de um


contrato de serviços entre duas ou mais entidades no qual o nível da
prestação de serviço é definido formalmente. Na prática, o termo é usado
no contexto de tempo de entregas de um serviço ou de um desempenho
específico.

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Deve haver também um processo de gerencie o nível de serviço


estabelecido em contrato, normalmente denominado de SLM (Service Level
Management) – Gerenciamento de Nível de Serviço – conjunto de
processos pela qual se formalizam procedimentos de gerenciamento para
assegurar que os SLA´s cumpridos.

Bom, então já entendemos o que são os Níveis Mínimos de Serviço e que


as cláusulas que os estabelecem devem constar em todos os contratos de
aquisições de bens e serviços de TI.

Vamos agora lançar mão de mais um normativo federal para fecharmos o


tópico:

“SLTI/MP n.º 02/2008

Art. 33. A verificação da adequação da prestação do serviço deverá ser


realizada com base no Acordo de Níveis de Serviço, quando houver,
previamente definido no ato convocatório e pactuado pelas partes.

§ 1º O prestador do serviço poderá apresentar justificativa para a prestação


do serviço com menor nível de conformidade, que poderá ser aceita pelo
órgão ou entidade, desde que comprovada a excepcionalidade da
ocorrência, resultante exclusivamente de fatores imprevisíveis e alheios ao
controle do prestador.

§ 2º O órgão contratante deverá monitorar constantemente o nível de


qualidade dos serviços para evitar a sua degeneração, devendo intervir

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para corrigir ou aplicar sanções quando verificar um viés contínuo de


desconformidade da prestação do serviço à qualidade exigida. ”

Percebam que existe a possibilidade excepcional de autorizar, em hipóteses


específicas e pontuais, e em virtude de fatores imprevisíveis e alheios ao
controle da contratada, a prestação do serviço com menor nível de
conformidade daquele previsto. Além disso, é necessário que os níveis de
serviço tenham sido previamente definidos e pactuado em contrato.

Vejamos também o entendimento do TCU quanto à definição do “SLA” para


contratos com a administração:

“69. Na Administração Pública, porém, em virtude da exigência de clareza


do objeto para fins de isonomia licitatória, não é possível negociar Acordos
de Nível de Serviço, na acepção mundialmente aceita. Assim, fica mais
coerente com a legislação de licitações e contratos a expressão Nível
Mínimo de Serviço Exigido, que decorrerá dos requisitos obrigatórios do
edital (ou da proposta vencedora, quando esta superar os requisitos
obrigatórios) e, quando for o caso, da pontuação obtida nos requisitos
pontuáveis" (Acórdão 1.480/2007 - TCU - Plenário, relatório adotado pelo
Relator, grifamos).”

O TCU prega que não há “acordos” em contratos junto à Administração


Pública, mas sim Níveis Mínimos Exigidos. Neste sentido assume-se que
não são possíveis alterações ou renegociações dos níveis mínimos de
serviços definidos em edital e contrato, pois tal situação feriria o princípio
da vinculação ao instrumento convocatório.

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Por fim, cabe mencionar que as reduções de


pagamento decorrentes do descumprimento de
SLA não devem ser interpretadas como
penalidades, mas sim como adequações pelo não atendimento das metas
estabelecidas. Assim, o objetivo das cláusulas de SLA é vincular o
pagamento dos serviços aos resultados alcançados, em complemento à
mensuração dos serviços efetivamente prestados, não devendo as
reduções de pagamento, originadas pelo descumprimento dos SLA, ser
interpretadas como penalidades ou multas, as quais exigem a abertura do
regular processo administrativo e do contraditório.

Papel do fiscalizador do contrato

Sobre este tópico, já vimos que a 8.666/93, em seu Art. 67, determina que
a Administração designe um representante para fiscalizar o contrato. A lei
não define os papéis de Gestores e Fiscais de contratos, apenas se limita a
estabelecer a regra de fiscalização e acompanhamento, determinando
ainda que tal representante anote, em registro próprio, todas as
ocorrências relacionadas à execução do contrato e determine a
regularização das faltas ou defeitos identificados.

Além disso, determina a lei que, caso as providências e decisões


ultrapassem a competência deste representante, este deverá solicitar, de
maneira tempestiva, a adoção de medidas corretivas aos seus superiores.
Pois bem, isso é o que diz a lei. Vamos ver como as boas práticas definem
o papel do fiscalizador e do gestor do contrato.

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Já vimos que, de acordo com o guia de boas práticas do Ministério do


Planejamento, o gestor do contrato é servidor com atribuições
gerenciais, designado para coordenar e comandar o processo de
gestão e fiscalização da execução contratual, indicado por autoridade
competente. Percebam que esta afirmação atende perfeitamente o
disposto na 8.666/93, mas ressalta que o gestor é responsável por
“comandar” o processo de gestão e fiscalização do contrato.

Dentre as responsabilidades do gestor do contrato, podemos destacar:

• Elaboração dos Planos de Inserção e de Fiscalização;


• Convocar e realizar a Reunião Inicial;
• Encaminhar as Ordens de Serviço (avaliando oportunidade e
conveniência);
• Decidir sobre o encaminhamento para a aplicação de penalidade ou
o envio das demandas para correção pela Contratada;
• Elaborar, juntamente com o fiscal requisitante, o termo de
recebimento definitivo;
• Rejeitar os produtos ou serviços entregues fora dos parâmetros
exigidos em contrato;
• Autorizar a emissão de Nota Fiscal (NF);
• Encaminhar a NF para o fiscal administrativo;
• Analisar necessidades de modificações contratuais (aditivos, por
exemplo) encaminhadas pelos fiscais;
• Analisar, com base em verificações feitas pelos fiscais, a manutenção
da necessidade, economicidade e oportunidade do contrata continuar
em execução;
• Manter histórico de gestão do contrato, contendo registros formais
de todas as ocorrências positivas e negativas da execução do
contrato, por ordem histórica.

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Percebam que a lista é relativamente grande, mas na maioria dos casos


bem intuitiva.

Já o papel de fiscalização é subdividido em 3 (três papéis) pelo Guia e


seguem a mesma nomenclatura utilizada pelos “integrantes” lá da fase de
planejamento da contratação. Vamos a eles.

O fiscal técnico é o representante da área de TI que deve fiscalizar


tecnicamente (nada mais óbvio, não?) o contrato. As principais atividades
do fiscal técnico são:

• Confecção do termo de recebimento provisório;


• Aplicação das listas de verificação (avaliação da qualidade);
• Identificação de não conformidades;
• Verificação da manutenção das condições classificatórias;
• Encaminhamento de demandas de correção (por delegação do gestor
do contrato);
• Verificação de manutenção das condições definidas nos Modelos de
Execução e de Gestão do contrato.

Observem que o fiscal técnico (e veremos que o requisitante também) atua


ativamente no recebimento dos produtos ou serviços entregues e pode
ainda, por delegação, encaminhar demandas de correção à contratada.
Lembre-se disso: O encaminhamento de demandas de correção é
responsabilidade do gestor do contrato que pode, por delegação,
imbuir o fiscal técnico de tal competência.

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Veremos agora o papel de fiscal requisitante. Percebam que, na maioria


dos casos, ele atua em conjunto com o fiscal técnico (nas mesmas
atividades), mas é claro que a ótica do fiscal requisitante está muito mais
voltada para a “funcionalidade” do que para qualquer outra coisa e é por
isso que as competências destes dois papéis devem se complementar.
Explico: Pode ser que um sistema entregue cumpra todos os requisitos
funcionais definidos, ou seja, o sistema faz exatamente o que foi idealizado
pela área requisitante, porém onera demais o processamento dos
servidores, não foi desenvolvido seguindo a metodologia de SW do órgão;
usa componentes não homologados pelo contratante; há duplicação de
linhas de código acima do nível aceito pelo órgão... Enfim, há uma série de
problemas técnicos que precisam ser reparados para que o produto seja
aceito pela contratante, apesar do fiscal requisitante estar bem feliz! Ou
seja, se fosse só pelo fiscal requisitante, o produto seria aceito (com
louvores) e pago, o que causaria prejuízo à Administração. Certamente o
contrário também pode acontecer!

Vamos listar as atividades do fiscal requisitante:

• Aplicação das Listas de Verificação (avaliação da qualidade);


• Identificação de não conformidades;
• Confecção e assinatura do termo de recebimento definitivo (junto
com o Gestor);
• Verificação da manutenção da necessidade, economicidade e
oportunidade da contratação (com apoio do fiscal técnico);
• Verificação da manutenção definidas nos modelos de execução e
gestão do contrato;

Percebam caros (as) concurseiros (as), que única atividade do fiscal


requisitante que não é executada em conjunto com o fiscal técnico é a de

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confecção e assinatura do termo de recebimento definitivo, pois esta é


executada juntamente com o gestor do contrato. Até na verificação da
manutenção da necessidade, economicidade e oportunidade da
contratação, o fiscal requisitante conta com o apoio do fiscal técnico.

Por fim, falemos do fiscal administrativo! Esse papel deve ser


desempenhado por servidor representante da Área Administrativa, indicado
pela autoridade competente dessa área para fiscalizar o contrato quanto
aos aspectos administrativos. Ele também participará de todas as etapas
de acompanhamento do contrato, sempre “de olho” no cumprimento das
questões administrativas por parte do contratado. Trata-se de um papel
de igual relevância aos dos demais fiscais, para comprovar isso basta dizer
que este é o fiscal administrativo que pega a Nota Fiscal do contratado e
verifica se todas as obrigações trabalhistas, previdenciárias, comerciais,
etc., foram cumpridas para somente aí o pagamento ser efetuado.

Este “somente aí o pagamento é efetuado” é controverso e só aplicável em


um mundo “ideal” onde o contratado esteja adimplente com todas as
exigências, pois a Jurisprudência atual não aceita que a
Administração deixe de efetuar pagamentos por serviços ou
produtos recebidos, mesmo que o contratado não esteja “em dia”
com suas obrigações, pois configuraria enriquecimento ilícito da
Administração.

Vamos ver suas atribuições de acordo com o guia de boas práticas:

• Verificação da aderência aos termos contratuais;


• Verificação da manutenção das condições classificatórias (junto com
o fiscal técnico);

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• Verificação das regularidades fiscais, trabalhistas e previdenciárias


para fins de pagamento;

Bom, para fecharmos esta parte do nosso estudo, basta relembrar que o
gestor do contrato e os fiscais devem ser nomeados ao final da fase de
Seleção do Fornecedor, por autoridade competente da Área
Administrativa, pois, assim que o objeto for adjudicado, o processo
licitatório homologado e o contrato assinado, o gestor e os fiscais precisam
preparar os planos de inserção e fiscalização e “partir para o início do
contrato” com a reunião inicial.

Os fiscais poderão ser aqueles mesmo que antes eram os integrantes da


equipe de planejamento da contratação, já que esta equipe, como vimos,
é automaticamente dissolvida com a assinatura do contrato.

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PAPEL DO PREPOSTO DA CONTRATADA

Outro tópico explícito em nosso edital é o papel a ser desempenhado por


um representante da contrata, formalmente alocado no contrato cuja
denominação é preposto.

A lei 8666/93 obriga que a empresa contratada mantenha um funcionário


no local da execução do serviço, de acordo com o Art.68.

“Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração,


no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do contrato.”

De acordo com o guia de boas práticas o preposto é o representante da


contratada, responsável por acompanhar a execução do contrato e atuar
como interlocutor principal junto à contratante, incumbido de receber,
diligenciar, encaminhar e responder as principais questões
técnicas, legais e administrativas referentes ao andamento contratual.

Sendo assim pessoal, o preposto é o representante da contratada que


estará presente no dia a dia do contrato e será o principal contato junto à
contratante. Importa ressaltar que o preposto deve “ser aceito” pela
administração com estabelecida em lei, esta aceitação passa por critérios
técnicos e de comportamento. Não raro a Administração solicita a
substituição de prepostos com o objetivo de melhorar a interlocução e
atingir os resultados esperados.

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Memorizem as atribuições do preposto, pois não há mais nada que a ESAF


possa cobrar em relação a este tópico.

Agora que já entendemos o papel de cada um desses atores no


acompanhamento da execução contratual, vamos analisar o sub-processo
de “Início do Contrato” e em seguida os demais sub-processos desta fase.

DEFINIÇÃO E APLICAÇÃO DE PENALIDADES E SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

Vamos começar enumerando quais são as possíveis cláusulas que devem


constar nos contatados para que, durante a fase de execução do
contrato, tais penalidades e sanções possam ser aplicadas.

Vimos que as reduções no pagamento pelo descumprimento dos SLA não


são interpretadas como penalidades ou multas. Então o que são
penalidades?

Primeiro vamos definir sanção. Sanção é um termo jurídico que aceita duas
definições, podendo ser conceituado como a punição ou pena
correspondente à violação de uma lei. Quando a sanção é favorável, se
chama sanção premial. Ao passo que, quando for desfavorável, é
denominada pena.

Assim sendo pessoal, para nós, sanção é gênero do qual penalidades e


multas são espécies.

Vamos ver quais são as sanções previstas na 8.666/93.

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“Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o


contratado à multa de mora, na forma prevista no instrumento
convocatório ou no contrato.

§ 1o A multa a que alude este artigo não impede que a Administração


rescinda unilateralmente o contrato e aplique as outras sanções previstas
nesta Lei.

§ 2o A multa, aplicada após regular processo administrativo, será


descontada da garantia do respectivo contratado.

§ 3o Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além


da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, a qual será
descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou
ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente.”

Esta é a primeira possibilidade de sanção prevista na 8.666/93. Vimos que


o contrato, por força do Art. 55 deve conter os prazos de início de etapas
de execução, de conclusão e de entrega dos bens ou serviços contratados.
Caso haja atraso injustificado na execução do contrato, o contratado
deverá ser multado! Mas o caput do Art. 86 deixa claro que a “forma”
para aplicação desta multa deve constar no contrato (ou no instrumento
convocatório).

Observem que a Administração poderá rescindir o contrato unilateralmente


em caso de atraso injustificado também e isto independe da aplicação de
multa ou não. Além disto, vejam que aquela garantia que foi exigida pela
Administração e fornecida pelo contratado será utilizada para o

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“pagamento” das multas. Pessoal, estas garantias funcionam assim:


Imagine um contrato de 01 ano no valor de 100 mil reais. A garantia é de
5%, portanto 5 mil reais. Caso o contrato seja executado adequadamente,
ao final deste (após 01 ano) a contratada receberá de volta essa garantia.
Mas, digamos que houve uma multa no valor de R$ 1.000,00. Este
montante será descontado da garantia e a contratada receberá apenas 4
mil de volta ao final do contrato.

Além disto, caso a multa seja superior ao valor da garantia, esta será
totalmente consumida e o contratado terá que pagar a diferença, seja com
valores descontados nos pagamentos a serem realizados pela
Administração por ocasião da prestação dos serviços ou fornecimento de
bens ou, se necessário for, via cobrança judicial. Pessoal, a cobrança de
tais multas é ato vinculado! Isto é, a Administração não pode deixar de
cobrar, sob pena de ferir o princípio da indisponibilidade do interesse
público.

“Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração


poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes
sanções:

I - advertência;

II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de


contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

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IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a


Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da
punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria
autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o
contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.”

Agora a Lei fala das aplicáveis em caso de inexecução total ou parcial do


contrato e prevê as sanções de advertência e multa. Além destas, A
contratada pode ser suspensa por até 02 anos, ficando impedida de
participar de licitações, bem como de contratar com a Administração.

Em seguida temos a declaração de inidoneidade. Nesta sanção “o buraco


é mais em baixo!” Aliás, observem que há uma gradação das sanções a
serem aplicadas pelo Art. 87. Advertência é uma sanção mais “branda”
que multa e assim sucessivamente até chegarmos à declaração de
inidoneidade. Aqui há certo grau de discricionariedade na “escolha” pela
Administração da sanção a ser aplicada. Isto é, as sanções previstas no
artigo não são vinculadas a fatos determinados, restando ao Administrador
Público a missão estabelecer a punição dentro de uma proporcionalidade
com a conduta infratora, lembrando que sempre deverá ser assegurado o
contraditório e a ampla defesa.

Voltando à declaração de inidoneidade, uma empresa declarada inidônea


fica impedida de contratar com a Administração Pública até que a
própria autoridade que aplicou a penalidade a “reabilite”. Para que isto
aconteça, a empresa deverá ressarcir a Administração pelos prejuízos
causados e, além disso, deve ter transcorrido o prazo da suspensão
aplicada de acordo com o inciso III.

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Repararam nas palavras que marquei em vermelho?? Pois é! Estas palavras


“Administração” (sozinha) e Administração Pública é que embasam o
entendimento atual sobre o alcance destas sanções.

Por exemplo:

A suspensão temporária:

• Restringe-se apenas ao órgão, entidades ou unidades administrativas


que aplicou a sanção?
• Abrande toda Administração Pública?
• Abrange somente a unidade federativa a qual pertence o órgão que
aplicou a sanção?

Para responder ao questionamento do exemplo, precisamos conhecer o Art.


6º da própria Lei 8.666/93, onde está definido o seguinte:

XI – Administração Pública – a administração direta e indireta da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as
entidades com personalidade jurídica de direito privado sob controle do
poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas;

XII – Administração – órgão, entidade ou unidade administrativa pela


qual a Administração Pública opera e atua concretamente;

Conhecendo estas definições dadas pela própria Lei de


Licitações, e considerando que aqui não há margem
para interpretações diversas, podemos dizer que a

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suspensão temporária produz efeito na entidade administrativa que


a aplicar, enquanto a declaração de inidoneidade produz efeito em
todos os órgãos da Administração Pública, ou seja, em todos os entes
federativos.

Este entendimento é corroborado pelo Tribunal de Contas da União – TCU:

“A sanção de suspensão temporária de participação em licitação e


impedimento de contratar com a Administração, prevista no art. 87, inciso
III, da Lei 8.666/1993, alcança apenas o órgão ou a entidade que a aplicou.
(Acórdão 842/2013-Plenário).”

Outra informação importante sobre a declaração de inidoneidade é que esta


somente pode ser aplicada por Ministro de Estado, do Secretário Estadual
ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no
respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista,
podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação.

Pessoal, para aplicação das sanções de Advertência, Multa e Suspenção,


deverá ser facultada a defesa prévia do interessado no respectivo processo,
no prazo de 5 (cinco) dias úteis.

Vamos ao Art. 88:

“Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo anterior


poderão também ser aplicadas às empresas ou aos profissionais que, em
razão dos contratos regidos por esta Lei:

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I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos,


fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos;

II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da


licitação;

III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a


Administração em virtude de atos ilícitos praticados.”

Vejam que a suspenção e a declaração de inidoneidade podem ser aplicadas


a empresas ou profissionais que sejam claramente inidôneas. Isto é o que
faz, por exemplo, o Ministro Chefe da Controladoria Geral da União – CGU
– com algumas empresas. Observem que não se trata de uma inexecução
parcial ou total de nenhum contrato específico, mas sim de condenações
por fraudes, frustração de processos licitatórios a partir de atos ilícitos
(combinação de preços - Conluio, por exemplo) ou qualquer outro ato ilícito
que demonstre a falta de idoneidade para contratar com a Administração
Pública.

Para finalizarmos a “seção de Sanções Administrativas”, vale mencionar


que a Advertência, a Multa e a Declaração de Inidoneidade podem ser
aplicadas juntamente com a Suspenção.

CONDIÇÕES PARA RECEBIMENTO E ACEITE

No contrato deverão estar descritos no os critérios de aceitação do objeto.


Critérios de aceitação para nossa prova são os parâmetros objetivos
e mensuráveis utilizados para verificar se um bem ou serviço recebido

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está em conformidade com os requisitos especificados. Isto é, de que


maneira a administração irá avaliar se o que foi entregue pela contratada
é o que de fato foi contratado e por isso poderá ser pago. Sobre este
assunto, estabelece a 8.666/93:

“Art. 73 (Lei 8.666/93) Executado o contrato, o seu objeto será recebido:

I - em se tratando de obras e serviços:

a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e


fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até
15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;

b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade


competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após
o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a
adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art.
69 desta Lei;

II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:

a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do


material com a especificação;

b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do


material e conseqüente aceitação.

§ 1º - Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o

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recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais,


mediante recibo.

§ 2º - O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade


civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional
pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela
lei ou pelo contrato.

§ 3º - O prazo a que se refere a alínea b do inciso I deste artigo não poderá


ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais,
==134dde==

devidamente justificados e previstos no edital.

§ 4º - Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se


refere este artigo não serem, respectivamente, lavrado ou procedida dentro
dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que comunicados
à Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão dos mesmos.”

Bom, vamos analisar cada item importante do artigo. Se forem obras ou


serviços, será emitido um termo de aceite provisório, assinado pelas
partes (não é só a contratante que assina não!), no prazo de 15 dias
após a comunicação escrita da entrega feita pelo contratado.

A alínea “b” nos diz que, após a realização da vistoria que comprove que a
obra ou serviço foi executado em conformidade com o contrato ou após o
término do prazo para esta vistoria, o serviço ou obra será recebido
definitivamente. O prazo para esta vistoria não poderá ser superior
a 90 dias, salvo em casos excepcionais devidamente justificados.

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Observem também o final do dispositivo. Ele fala da necessidade de


observância ao art. 69. Este artigo fala da responsabilidade do contratado
na correção, às suas expensas, de qualquer incorreção ou defeito que seja
encontrado, mesmo após o aceite definitivo, por motivo de má execução
ou emprego de materiais inapropriados.

Quando estivermos falando de compras ou locação de equipamentos, os


bens serão recebidos provisoriamente para posterior verificação por parte
da Administração. Uma vez realizada tal verificação e atestada a qualidade
e quantidade do material, este será recebido definitivamente.

Para finalizarmos a análise deste artigo, cabe ressaltar que o termo de


recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade do

contratado, conforme dispõe o § 2º.

Além disso, de acordo com o § 4º, caso a Administração não cumpra os


prazos estabelecidos para a emissão do termo de recebimento provisório
(15 dias) e a realização da vistoria (90 dias), tais atos serão considerados
realizados, desde que a contratada comunique o fato à Administração 15
dias antes da expiração do prazo. Já pensou o contratado ficar 6 meses
pela boa vontade do responsável pela homologação serviço para receber
pelo serviço prestado?

Já o art. 74 define as possibilidades de dispensa do termo de aceite


provisório. Vejamos quais são:

a) gêneros perecíveis e alimentação preparada;

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b) serviços profissionais;

c) obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso II, alínea "a",
desta Lei, desde que não se componham de aparelhos, equipamentos e
instalações sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade.

Nos casos relacionados acima, o recebimento será realizado mediante


recibo.

Para finalizarmos, temos os dois seguintes artigos:

“Lei 8666/93 […]

Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do edital, do convite ou


de ato normativo, os ensaios, testes e demais provas exigidos por normas
técnicas oficiais para a boa execução do objeto do contrato correm por
conta do contratado.

Art.76. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço ou


fornecimento executado em desacordo com o contrato.”

A regra é que os testes, ensaios e demais provas exigidas por normas


técnicas sejam por conta do contratado. Isso quer dizer que, se um bem
contratado deve ser certificado pelo INMETRO (por exemplo) para ser
recebido pela administração, o custo dessa certificação é da contratada.

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E o art. 76 é o óbvio né, pessoal? A Administração não pode aceitar nada


que tenha sido executado, produzido ou entregue em desacordo com o
contrato.

Pois bem, vamos então entrar na gestão contratual preconizada pela IN04.
Neste tópico vamos abordar também o registro e notificação de
irregularidades que acontece ao longo da gestão do contrato.

3 - IN04 – GESTÃO CONTRATUAL

Tudo o que nós vimos até aqui sobre o acompanhamento e fiscalização do


contrato está disposto em um processo que o Guia de Contratações de TI
do Ministério do Planejamento chama de Gestão Contratual. Tal processo
foi “montado” a partir das regras da IN04.

Veremos agora como a IN e o Guia de Contratações de TI do Ministério do


Planejamento, tratam a Gestão dos Contratos de TI. Primeiro vamos ver o
fluxo para percebermos como os sub-processos que compõem esta fase
estão dispostos:

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Figura 1 - Fluxo da Gestão de Contrato de TI

Observem que o fluxo de gestão do contrato prevê as etapas de início do


contrato, encaminhamento das ordens de serviço, monitoramento da
execução, uma atividade de encaminhamento de aditivo, a transição
contratual e por fim o encerramento. Todas estas etapas devem ser
cumpridas para que seja atendido o Art. 31 da IN 04 que diz o seguinte:

“Art. 31. A fase de Gestão do Contrato visa acompanhar e garantir a


adequada prestação dos serviços e o fornecimento dos bens que compõem
a Solução de Tecnologia da Informação durante todo o período de
execução do contrato.”

Agora vamos analisar cada um dos sub processos da gestão contratual.

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INÍCIO DO CONTRATO

A iniciação do contrato é a tarefa onde são dispostos e organizados todos


os elementos (pessoas, processos e tecnologias) necessários à realização
do objeto e ao alcance do objetivo da contratação. Neste sub-processo ou
tarefa, o gestor do contrato, juntamente com os fiscais técnico,
administrativo e requisitante, elaborará os Planos de Inserção e de
fiscalização do contrato e realizará a reunião inicial.

Sobre o Plano de Inserção, a IN04 estabelece o seguinte no Art. 32:

“I - elaboração do Plano de Inserção da contratada, pelo Gestor do


Contrato e pelos Fiscais Técnico, Administrativo e Requisitante do
Contrato, observando o disposto nos arts. 17, 18, 19 e 20 e a proposta
vencedora, contemplando, no mínimo:

a) o repasse à contratada de conhecimentos necessários à execução dos


serviços ou ao fornecimento de bens; e

b) a disponibilização de infraestrutura à contratada, quando couber; ”

De acordo com Guia de Contratações de TI do MPOG o Plano de Inserção


é o documento que contém procedimentos, atividades e alocação
de material, necessários para o início da execução do contrato.
Como vimos no inciso transcrito, tal documento deve garantir o repasse à
contratada dos conhecimentos que forem necessários à execução dos
serviços ou ao fornecimento de bens, além de disponibilizar a infraestrutura
à contratada.

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Já o Plano de Fiscalização da Contratada é o documento que prevê a


metodologia, procedimentos, controles e recursos necessários à
fiscalização. Este documento deve trazer o refinamento dos procedimentos
de testes e inspeção que subsidiarão a elaboração dos termos de
recebimento provisório e definitivo. Deve ainda considerar a possibilidade
de utilização de ferramentas para implantação e acompanhamento de
indicadores. Além disto, é previsto o refinamento de lista de verificações.

Vejamos o inciso II do Art.32 que trata do Plano de Fiscalização:

“II - elaboração do Plano de Fiscalização da contratada, pelo Gestor do


Contrato e pelos Fiscais Técnico, Administrativo e Requisitante do Contrato,
observando o disposto nos arts. 17, 18, 19 e 20 e a proposta da contratada,
contemplando, no mínimo:

a) o refinamento dos procedimentos de teste e inspeção detalhados no


Modelo de Gestão do contrato, para fins de elaboração dos Termos de
Recebimento Provisório e Definitivo;

b) configuração e/ou criação de ferramentas, computacionais ou não,


para implantação e acompanhamento dos indicadores; e

c) refinamento ou elaboração de Listas de Verificação e de roteiros de


testes com base nos recursos disponíveis para aplicá-los. ”

Não confundam Plano de Inserção com Plano de


Fiscalização. Este último é novidade da última atualização
da IN e vocês sabem que as bancas adoram uma novidade! Fiquem atentos!

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Atenção também para o Parágrafo Único do Art. 32 que diz que esses dois
planos podem constar em um único documento.

“Parágrafo único. A critério do Gestor e dos Fiscais do contrato, o Plano de


Inserção e o Plano de Fiscalização poderão compor um único documento.”

Com os planos de inserção e de fiscalização prontos é hora de convocar e


realizar a reunião inicial. Nesta reunião, a presença do representante
legal da contratada é obrigatória e nesta ocasião ele apresentará o
preposto que atuará no contrato. Além disso, a contratada deverá
entregar os termos de compromisso e de ciência. É nesta reunião
também, que haverá o esclarecimento de questões operacionais,
administrativas e de gestão do contrato. Vamos à redação da IN sobre a
reunião inicial (ainda no Art. 32):

“III - realização de reunião inicial convocada pelo Gestor do Contrato


com a participação dos Fiscais Técnico, Requisitante e Administrativo do
Contrato, da contratada e dos demais intervenientes por ele identificados,
cuja pauta observará, pelo menos:

a) presença do representante legal da contratada, que apresentará


o preposto da mesma;

b) entrega, por parte da contratada, do termo de compromisso e do


termo de ciência, conforme art. 19, inciso V; e

c) esclarecimentos relativos a questões operacionais, administrativas


e de gestão do contrato. ”

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Pessoal, observem que nessa reunião haverá praticamente uma


apresentação dos planos elaborados e a contratada tomará ciência dos
“pormenores” do acompanhamento da execução contratual.

Para encerrar este assunto, vamos dar uma olhada no fluxo constante no
Guia de Contratações de TI para vermos como isso tudo “funciona”.

Figura 2 - Início do Contrato

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CONDIÇÕES PARA RECEBIMENTO E ACEITE

Após a realização da reunião inicial já possível encaminhar demandas à


contratada. Trata-se de um processo relativamente simples, mas que deve
observar algumas exigências determinadas pela IN04/2014. A norma
estabelece que o encaminhamento formal de demandas deverá ocorrer
preferencialmente por meio do encaminhamento de Ordens de Serviço
ou Fornecimento de Bens ou conforme definido no Modelo de
Execução do contrato.

Pessoal, vejam que a utilização de ordens de serviço não é


obrigatória (pelo menos não com este nome). A IN fala em
“preferencialmente” e deixa a possibilidade de utilização de qualquer outro
instrumento que tenha sido definido no “Modelo de Execução do contrato”.

Seja lá qual for o nome que do instrumento que será utilizado para
encaminhar as demandas à contratada, ele deverá conter, no mínimo:

• Definição e especificação dos serviços a serem realizados ou


bens a serem fornecidos;
• O volume de serviços a serem realizados ou a quantidade de
bens a serem fornecidos, segundo as métricas definidas;
• O cronograma de realização dos serviços ou entrega dos bens,
incluídas todas as tarefas significativas e seus respectivos
prazos;
• Identificação dos responsáveis pela solicitação do bem ou
serviço na Área Requisitante da Solução.

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Vale ressaltar que o encaminhamento das ordens de serviço deve ocorrer


de maneira tempestiva, de acordo com análise de oportunidade e
conveniência a ser realizada pelo gestor e pelos fiscais do contrato, a fim
de garantir os prazos estabelecidos, observando-se o modelo de execução
definido no Termo de Referência ou Projeto Básico. Isto é o que determina
o Parágrafo Único do Art.33:

“Parágrafo único. O encaminhamento das demandas deverá ser planejado


visando a garantir que os prazos para entrega final de todos os bens
e serviços que compõe a Solução de Tecnologia da Informação, satisfeitas
as condições dispostas no art. 19 desta norma, estejam compreendidos
dentro do prazo de vigência contratual. ”

ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO CONTRATUAL

É no monitoramento da execução que as principais atividades previstas na


lei geral de licitações e normas “adjacentes” são executadas com o objetivo
de fazer com que as cláusulas contratuais sejam cumpridas. Peço que
vocês analisem o fluxo a seguir e se possível o imprimam, para que possam
“dar uma olhada” nele enquanto leem esta parte da aula (ou o coloquem
em outro arquivo e usem o Alt+Tab).

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Figura 3 - Monitoramento da Execução

Bom, uma demanda foi feita à contratada e ela irá entregar um serviço ou
um bem em contrapartida a esta solicitação (pelo menos espera-se que
sim). Neste ponto, há o recebimento do objeto (serviço ou bem) pelo fiscal
técnico que tem 15 dias (no caso obras ou serviços) para elaborar o termo

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de recebimento provisório. Trata-se da declaração formal de que a


Administração está recebendo algo que será avaliado posteriormente. A
IN04 determina que seja elaborado um termo de recebimento provisório
para cada uma das ordens de serviço emitidas (aqui a relação é um pra
um!).

Depois de emitido o referido termo (provisório ainda), os fiscais técnico e


requisitante (lembram que eles andam juntos na maior parte do tempo?)
devem avaliar a qualidade e identificar possíveis não conformidades no
objeto entregue. Para realizar esta análise, os fiscais devem utilizar as
“Listas de Verificação” juntamente com os Critérios de Aceitação
previamente definidos (no contrato).

Caso haja não conformidades identificadas, o gestor as encaminhará


para correção e enviará a indicação de glosa e sanção previstas no
contrato.

Pessoal, a responsabilidade por identificar não conformidades


é dos fiscais técnico e requisitante que deverão reportar isso
ao Gestor do contrato que encaminhará a demanda para correção e
indicará, para a área administrativa que uma glosa e/ou uma sanção devem
ser aplicadas.

As demandas são enviadas para correção (se for o caso) e a contratada


deverá efetuar os ajustes (às suas expensas) e se houver glosas e sanções
a serem aplicadas, o gestor do contrato deverá encaminhar esta indicação
para que a área administrativa as aplique. De acordo com o Guia, as
sanções podem ser geradas a partir da:

• Identificação de Não Conformidades;

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• Falta de aderência aos Termos Contratuais;


• Irregularidades Fiscais, Trabalhistas e Previdenciárias.

O Guia estabelece ainda que, caso as correções não sejam realizadas ou se


estas não se enquadrem nos critérios e níveis de aceitação estabelecidos,
o gestor do contrato deverá “rejeitar o lote”, devolvendo-o, através do fiscal
técnico, à contratada.

Este procedimento está legalmente amparado pelo Art. 76 da lei geral de


licitações que vimos na aula anterior:

“Lei 8666/93 […]

Art.76. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço ou

fornecimento executado em desacordo com o contrato.”

Aí entra em ação, o papel do fiscal administrativo que vai verificar a


aderência aos termos contratuais e a manutenção das condições
classificatórias e de habilitação técnica. Pessoal, percebam que a
manutenção da habilitação também é verificada e, portanto a atividade
deve ser executada inclusive nas licitações do tipo menor preço. Ok?

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Guardem para a prova os responsáveis por cada uma destas avaliações,


por favor!!!

• Avaliar Qualidade – Fiscais Técnico e Requisitante


• Identificar Não conformidades – Fiscais Técnico e Requisitante
• Avaliar Aderência aos Termos Contratuais – Fiscal Administrativo
• Verificar Manutenção das Condições Classificatórias – Fiscal Administrativo (com
participação do Fiscal Técnico).

Cabe ressaltar ainda que toda essa comunicação é feita com o preposto da
contratada. As irregularidades devem ser endereçadas a este “ator” de
maneira formal para ele providencie as correções necessárias. Além disso,
todas as irregularidades identificadas, bem como as sanções e glosas
aplicadas devem ser documentadas, de acordo com a Lei, em registro
próprio da Administração.

Todo esse trâmite de rejeição e correção de lote só ocorre se os fiscais


“pegarem” problemas ao avaliarem o objeto entregue. Caso não haja
problema algum, passamos ao “caminho feliz” que vai direto para
elaboração do “Termo de Recebimento Definitivo” que deve ser feito pelo
gestor do contrato. Então a emissão da Nota Fiscal é autorizada e com a
sua emissão, o fiscal administrativo volta para verificar as regularidades
fiscais, trabalhistas e previdenciárias. Estando tudo ok, ele envia para
liquidação e pagamento.

Voltando ao fluxo do monitoramento da execução, percebam que há uma


atividade, a cargo do fiscal requisitante (com o apoio do fiscal técnico) que
é: “Verificar a Manutenção da Necessidade, Economicidade e
Oportunidade”. Esta atividade está lá, pois não é só no planejamento da
contratação que este tipo de questão deve ser avaliada. A Administração

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deve, ao longo de todo o contrato, verificar se é necessário, viável


economicamente e oportuno continuar com este contrato. Esta atividade
é essencial para tomada de decisão sobre a renovação ou não dos contratos
que, em geral, têm duração de 01 ano, prorrogável por iguais períodos até
o limite de 60 meses (5 anos) e também pode ensejar alterações
contratuais.

A outra atividade que temos no referido fluxo sob a responsabilidade dos


fiscais Requisitante e Técnico, é a “Verificação da Manutenção das
Condições Definidas”. Tais condições, como vimos no Planejamento da
Contratação, são definidas nos Modelos de Gestão e de Execução e devem
constar no TR ou PB.

Se houver necessidade de modificações contratuais, chegamos à


necessidade de “Celebração de Termos Aditivos”. Digo isto porque a partir
da verificação desta necessidade de alteração, o Gestor do contrato
encaminha os pedidos de modificação contratual que podem resultar em
Apostilamentos ou Aditivos e em seguida atualizar o histórico de gestão do
contrato.

Não são raras as vezes em há necessidade da realização de ajustes ao


longo da execução contratual. Em alguns casos, esses ajustes requerem
um processo mais formal denominado “celebração de termos aditivos”. Nos
contratos de TI, os casos mais comuns que nos levam a fazer um aditivo
são as possíveis mudanças em metodologias e/ou quantitativos e as
mudanças em serviços de operação de rede, necessidade de alteração de
regime de execução, etc.

Para exemplificar, vamos supor que em um contrato de “help-desk”, de


acordo com os termos contratuais, o serviço seria prestado a partir do

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ambiente da contratante, porém, posteriormente, foi verificado que a


infraestrutura necessária para o serviço não existe (falha no planejamento
da contratação). Será necessária uma modificação contratual para que o
serviço seja prestado, por exemplo, a partir das instalações do próprio
contratado que, neste caso, deve concordar com tal modificação para que
esta seja realizada.

Não é escopo específico da nossa matéria, mas é bom lembrarmos que em


todos os casos de alteração contratual, a Administração deve atentar-se
para o fato de que o núcleo do objeto da contratação deverá
permanecer imutável e que a lei geral de licitações estabelece que os
contratos devem ser “aditivados” em no máximo 25% da quantidade
prevista inicialmente (esta é a regra).

Todo este fluxo que expliquei pra vocês até aqui está em 14 incisos do Art.
34 da IN04. Acho que agora devemos lê-lo e fazer as conexões deste com
o sub-processo que acabamos de estudar.

“Art. 34. O monitoramento da execução deverá observar o disposto no


Plano de Fiscalização da contratada e o disposto no Modelo de Gestão do
contrato, e consiste em:

I - confecção e assinatura do Termo de Recebimento Provisório, a


cargo do Fiscal Técnico do Contrato, quando da entrega do objeto
resultante de cada Ordem de Serviço ou de Fornecimento de Bens;

II - avaliação da qualidade dos serviços realizados ou dos bens


entregues e justificativas, a partir da aplicação das Listas de Verificação e
de acordo com os Critérios de Aceitação definidos em contrato, a cargo dos
Fiscais Técnico e Requisitante do Contrato;

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III - identificação de não conformidade com os termos contratuais, a


cargo dos Fiscais Técnico e Requisitante do Contrato;

IV - verificação de aderência aos termos contratuais, a cargo do Fiscal


Administrativo do Contrato;

V - verificação da manutenção das condições classificatórias referentes


à pontuação obtida e à habilitação técnica, a cargo dos Fiscais
Administrativo e Técnico do Contrato;

VI - encaminhamento das demandas de correção à contratada, a cargo


do Gestor do Contrato ou, por delegação de competência, do Fiscal Técnico
do Contrato;

VII - encaminhamento de indicação de glosas e sanções por parte do


Gestor do Contrato para a Área Administrativa;

VIII - confecção e assinatura do Termo de Recebimento Definitivo para


fins de encaminhamento para pagamento, a cargo do Gestor e do Fiscal
Requisitante do Contrato, com base nas informações produzidas nos incisos
I a VII deste artigo;

IX - autorização para emissão de nota(s) fiscal(is), a ser(em)


encaminhada(s) ao preposto da contratada, a cargo do Gestor do Contrato;

X - verificação das regularidades fiscais, trabalhistas e previdenciárias


para fins de pagamento, a cargo do Fiscal Administrativo do Contrato;

XI - verificação da manutenção da necessidade, economicidade e


oportunidade da contratação, a cargo do Fiscal Requisitante do Contrato,
com apoio do Fiscal Técnico do Contrato;

XII - verificação de manutenção das condições definidas nos Modelos de


Execução e de Gestão do contrato, conforme disposto nos arts. 19 e 20,
respectivamente, a cargo dos Fiscais Técnico e Requisitante do Contrato;

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XIII - encaminhamento à Área Administrativa de eventuais pedidos de


modificação contratual, a cargo do Gestor do Contrato; e
XIV - manutenção do Histórico de Gestão do Contrato, contendo registros
formais de todas as ocorrências positivas e negativas da execução do
contrato, por ordem histórica, a cargo do Gestor do Contrato.

Parágrafo único. No caso de substituição ou inclusão de empregados por


parte da contratada, o preposto deverá entregar termo de ciência assinado
pelos novos empregados envolvidos na execução contratual, conforme art.
19, inciso V.”

Chamo a atenção de vocês para o Caput e o Parágrafo único do artigo


transcrito. Todo este monitoramento deve observar o Plano de Fiscalização
e o Modelo de Gestão do contrato afinal, esses documentos não foram
criados à toa!

Quanto ao Parágrafo Único, sempre que “chegar” profissionais novos da


contratada para atuar no contrato, o preposto deverá providenciar a
assinatura do termo de ciência e entregar tais documento à contratante.

TRANSIÇÃO E ENCERRAMENTO CONTRATUAL

Os últimos artigos da IN tratam da transição e encerramento do contrato.


Penso que neste caso, vale a leitura dos artigos inicialmente e em seguida
farei alguns comentários. São apenas 3 artigos.

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“Art. 35. As atividades de transição contratual, quando aplicáveis, e de


encerramento do contrato deverão observar:

I - a manutenção dos recursos materiais e humanos necessários à


continuidade do negócio por parte da Administração;

II - a entrega de versões finais dos produtos e da documentação;

III - a transferência final de conhecimentos sobre a execução e a


manutenção da Solução de Tecnologia da Informação;

IV - a devolução de recursos;

V - a revogação de perfis de acesso;

VI - a eliminação de caixas postais; e

VII - outras que se apliquem.

Art. 36. No caso de aditamento contratual, o Gestor do Contrato deverá,


com base na documentação contida no Histórico de Gestão do Contrato e
nos princípios da manutenção da necessidade, economicidade e
oportunidade da contratação, encaminhar à Área Administrativa, com pelo
menos 60 (sessenta) dias de antecedência do término do contrato,
documentação explicitando os motivos para tal aditamento.

Art. 37. Os softwares resultantes de serviços de desenvolvimento deverão


ser catalogados pela contratante e, sempre que aplicável, disponibilizados
no Portal do Software Público Brasileiro de acordo com o regulamento do
Órgão Central do SISP.”

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Percebam que o Caput do Art. 35 fala em transição quando esta for


aplicável. Isto porque entende-se por transição a “passagem de bastão”
de uma contratada para a outra. Acontece demais nos serviços ditos
continuados, como por exemplo, o serviço de suporte. Seja na transição
(quando necessária) ou no encerramento, a IN04 estabeleceu alguns
pontos que precisam ser observados. Na maioria das vezes, estes pontos
estão voltados para a continuidade do negócio depois que o contratado “for
embora” (transferência final de conhecimentos) e para a segurança da
informação (remoção dos perfis de acesso, por exemplo).

Quanto ao Art. 36, percebam que o aditamento de contratos de TI deverá


ser realizado com base no histórico do gerenciamento do contrato e na
manutenção dos princípios que “justificam” a contratação: necessidade,
economicidade e oportunidade e isso tudo obviamente observando a lei.

Em relação ao Art. 37, temos um portal do SW público brasileiro e a IN


determina que, sempre que for aplicável, os SWs desenvolvidos deverão
ser disponibilizados neste portal. Percebam que a disponibilização no portal
é “sempre que aplicável”, mas a catalogação destes SWs pela contratante
deverá sempre acontecer.

Bom, percorremos todo o caminho da IN04. Faltam apenas as “Disposições


Finais”. Nestas a IN04 informa que a IN02/2008 (que versa sobre as
contratações de serviços de um modo geral) será aplicada subsidiariamente
nas contratações de TI.

Em seguida, temos que as áreas de licitações, compras e contratos


apoiarão as contratações de TI.

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E por fim, o Art. 40 e seu parágrafo único. Nestes dispositivos está escrito
que, em caso de prorrogações contratuais, as normas da IN04 deverão ser
observadas, mesmo que os contratos tenham sido assinados antes do início
da vigência da IN. Além disso, se não puderem ser feitos os ajustes para
que os contratos já vigentes passem estar de acordo com as regras da
norma, a IN determina que os órgãos os prorroguem por no máximo mais
12 meses e iniciem o planejamento de uma nova contratação.

“Art. 40. As normas dispostas nesta IN deverão ser aplicadas nas


prorrogações contratuais, ainda que de contratos assinados antes do início
da vigência desta IN.

Parágrafo único. Nos casos em que os ajustes não forem considerados


viáveis, o órgão ou entidade deverá justificar esse fato, prorrogar uma
única vez pelo período máximo de 12 (doze) meses e imediatamente iniciar
novo processo de contratação. ”

Bom pessoal, é isso por hoje! Espero sinceramente que tenham gostado
da aula!

Vamos ao resumo!

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4 – RESUMO
Os regimes de execução previstos na Lei são:

• Empreitada por preço global;


• Empreitada por preço unitário;
• Regime de execução por Tarefa;
• Empreitada integral.

Devem ser colocadas no contrato todas as possibilidades de multas e


penalidades cabíveis.

O contratado poderá optar, para prestação da garantia, por:

• Caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública;

• Seguro-garantia;

• Fiança bancária.

O valor da garantia não pode ser superior a 5% do valor do contrato,


salvo se as obras, os serviços e os fornecimentos forem de grande
vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros
consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente
aprovado pela autoridade competente. Nestes casos a garantia
exigida pela Administração pode ser de até 10%.

É nulo qualquer contrato verbal com a administração exceto aquelas


compras de pronto pagamento.

Qualquer contrato da administração pública deverá ter seu resumo


publicado, na imprensa oficial, em até 20 dias da assinatura, para
que tenha eficácia.

No contrato deverão estar descritos no os critérios de aceitação do


objeto. Critérios de aceitação para nossa prova são os parâmetros
objetivos e mensuráveis utilizados para verificar se um bem ou

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serviço recebido está em conformidade com os requisitos


especificados.

Os acordos de nível de serviços estabelecem os parâmetros de


qualidade de um bem ou um serviço de TI contratado.

A ausência de níveis mínimos de serviços nos contratos eleva o nível


dos riscos contratuais para ambos os lados.

Existe a possibilidade excepcional de autorizar, em hipóteses


específicas e pontuais, e em virtude de fatores imprevisíveis e alheios
ao controle da contratada, a prestação do serviço com menor nível
de conformidade daquele previsto.

O TCU prega que não há “acordos” em contratos junto à


Administração Pública, mas sim Níveis Mínimos Exigidos. Neste
sentido assume-se que não são possíveis alterações ou renegociações
dos níveis mínimos de serviços definidos em edital e contrato, pois
tal situação feriria o princípio da vinculação ao instrumento
convocatório.

As reduções de pagamento decorrentes do descumprimento de SLA


não devem ser interpretadas como penalidades, mas sim como
adequações pelo não atendimento das metas estabelecidas.

Caso haja atraso injustificado na execução do contrato, o contratado


deverá ser multado.

A “forma” para aplicação da multa deve constar no contrato (ou no


instrumento convocatório).

A Administração poderá rescindir o contrato unilateralmente em caso


de atraso injustificado também e isto independe da aplicação de
multa ou não.

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A garantia que foi exigida pela Administração e fornecida pelo


contratado será utilizada para o “pagamento” das multas.

Caso a multa seja superior ao valor da garantia, esta será totalmente


consumida e o contratado terá que pagar a diferença.

Há uma gradação das sanções a serem aplicadas pelo Art. 87:

• Advertência;
• Multa;
• Suspenção;
• Declaração de Inidoneidade.

A suspensão temporária produz efeito na entidade administrativa que


a aplicar, enquanto a declaração de inidoneidade produz efeito em
todos os órgãos da Administração Pública, ou seja, em todos os entes
federativos.

Declaração de inidoneidade somente pode ser aplicada por Ministro


de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso.

A suspenção e a declaração de inidoneidade podem ser aplicadas a


empresas ou profissionais que sejam claramente inidôneas
(condenações por fraudes, frustração de processos licitatórios a partir
de atos ilícitos (combinação de preços - Conluio, por exemplo) ou
qualquer outro ato ilícito que demonstre a falta de idoneidade para
contratar com a Administração Pública).

A Advertência, a Multa e a Declaração de Inidoneidade podem ser


aplicadas juntamente com a Suspenção.

A terceirização de serviços na administração pública é uma ação


incentivada em determinados casos. A ideia é que a administração
recorra, sempre que possível, à execução indireta para a realização
material das tarefas.

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O suporte técnico aos processos de planejamento e avaliação da


qualidade das Soluções de Tecnologia da Informação poderá ser
objeto de contratação, desde que sob supervisão exclusiva de
servidores do órgão ou entidade.

Situação ideal: Mensuração quantitativa do serviço prestado, os


pagamentos são realizados em contrapartida a produtos entregues e
os níveis de serviço são aplicados e influenciam no valor pago.

A prestação de serviços baseada em postos de trabalho é autorizada


excepcionalmente, desde que seja plenamente justificado e
remunerado por resultados. Do contrário, configura terceirização
ilegal.

A gestão, acompanhamento e fiscalização de contratos é “poder-


dever” da Administração;

A lei permite a contratação de terceiros para “ajudar” no


acompanhamento do contrato;

O representante da Administração tomará nota das ocorrências e


determinará a regularização de faltas ou defeitos;

Gestor do Contrato: servidor com atribuições gerenciais, designado


para coordenar e comandar o processo de gestão e fiscalização da
execução contratual, indicado por autoridade competente;

Fiscal Técnico do Contrato: Servidor representante da área de


Tecnologia da Informação, indicado pela autoridade competente
dessa área para fiscalizar tecnicamente o contrato;

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Fiscal Administrativo do Contrato: Servidor representante da área


administrativa, indicado pela autoridade competente dessa área para
fiscalizar o contrato quanto aos aspectos administrativos;

Fiscal Requisitante do Contrato: Servidor representante da área


requisitante da solução, indicado pela autoridade competente dessa
área para fiscalizar o contrato do ponto de vista funcional da Solução
de Tecnologia da Informação.

Preposto: Representante da contratada, responsável por acompanhar


a execução do contrato e atuar como interlocutor principal junto à
contratante, incumbido de receber, diligenciar, encaminhar e
responder as principais questões técnicas, legais e administrativas
referentes ao andamento contratual.

Plano de Fiscalização da Contratada – Documento que prevê a


metodologia, procedimentos, controles e recursos necessários à
fiscalização. Este documento deve trazer o refinamento dos
procedimentos de testes e inspeção que subsidiarão a elaboração dos
termos de recebimento provisório e definitivo. Deve ainda considerar
a possibilidade de utilização de ferramentas para implantação e
acompanhamento de indicadores. Além disto, é previsto o
refinamento de lista de verificações;

A fase de Gestão do Contrato visa acompanhar e garantir a adequada


prestação dos serviços e o fornecimento dos bens que compõem a
Solução de Tecnologia da Informação durante todo o período de
execução do contrato.

A iniciação do contrato é a tarefa onde são dispostos e organizados


todos os elementos (pessoas, processos e tecnologias) necessários à
realização do objeto e ao alcance do objetivo da contratação.

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A norma estabelece que o encaminhamento formal de demandas


deverá ocorrer preferencialmente por meio do encaminhamento de
Ordens de Serviço ou Fornecimento de Bens ou conforme definido no
Modelo de Execução do contrato.

As ordens de serviços devem conter, no mínimo:

• Definição e especificação dos serviços a serem realizados ou


bens a serem fornecidos;
• O volume de serviços a serem realizados ou a quantidade de
bens a serem fornecidos, segundo as métricas definidas;
• O cronograma de realização dos serviços ou entrega dos bens,
incluídas todas as tarefas significativas e seus respectivos
prazos;
• Identificação dos responsáveis pela solicitação do bem ou
serviço na Área Requisitante da Solução.

A responsabilidade por identificar não conformidades é dos fiscais


técnico e requisitante que deverão reportar isso ao Gestor do contrato
que encaminhará a demanda para correção e indicará, para a área
administrativa que uma glosa e/ou uma sanção devem ser aplicadas.

Toda comunicação é feita com o preposto da contratada. As


irregularidades devem ser endereçadas a este “ator” de maneira
formal para ele providencie as correções necessárias.

O aditamento de contratos de TI deverá ser realizado com base no


histórico do gerenciamento do contrato e na manutenção dos
princípios que “justificam” a contratação: necessidade,
economicidade e oportunidade.

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5 – HORA DE PRATICAR

LISTA DE QUESTÕES

1. (ESAF - 2012 – Receita Federal do Brasil) Conforme determina


a Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, são cláusulas necessárias em
todo contrato administrativo:

I. o objeto e seus elementos característicos.

II. o preço e as condições de pagamento.

III. o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da


classificação funcional programática e da categoria econômica.

IV. a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução


do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele
assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas
na licitação.

V. os casos de rescisão.

a) Todas as assertivas estão corretas.


b) Apenas as assertivas I, II, IV e V estão corretas.
c) Apenas as assertivas I, II e V estão corretas.
d) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
e) Apenas as assertivas I e II estão corretas.

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2. (ESAF - 2010 – CVM) A critério da autoridade competente, e


desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida
prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras,
cabendo ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de
garantia, exceto:

a) caução em dinheiro.

b) seguro-garantia.

c) cédula hipotecária.

d) fiança bancária.

e) caução em títulos da dívida pública.

3. (FGV - 2010 – FIOCRUZ) Com relação ao Service Level


Agreement (SLA), assinale a afirmativa incorreta:

a) O SLA especifica, formalmente, os requisitos mínimos aceitáveis


para um serviço proposto.

b) O SLA tem como objetivo o tempo de atendimento do suporte.

c) O SLA é um instrumento que estabelece uma linguagem comum


sobre padrões de qualidade esperado.

d) O SLA pode definir as penalidades a serem aplicadas, em caso de


falhas no serviço.

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e) O SLA é um instrumento para calcular o custo de serviço.

4. (CESPE - 2013 – INPI - Adaptada) Sobre a IN04 / 2014, julgue


os itens que se seguem.

A referida norma define como preposto o funcionário responsável por


acompanhar a execução do contrato e atuar como interlocutor
principal junto à contratante.

5. (CESPE – 2014 – ANATEL) O preposto deve ser um servidor


representante da área administrativa indicado pela autoridade
competente dessa área para fiscalizar o contrato no que se refere aos
aspectos administrativos.

6. (CESPE – 2010 – ABIN) Julgue o seguinte item, com relação a


aspectos de contratação de bens e serviços de TI no serviço público
e à Instrução Normativa Nº 04 do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão (IN4/MPOG).

De acordo com a IN4, na fase de gerenciamento de contrato, os


órgãos do governo federal devem seguir um conjunto de atividades
mínimas, que inclui a análise de viabilidade da contratação, a
estratégia de contratação e a análise de riscos.

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7. (CESPE – 2010 – ABIN - Adaptada) Considerando a Instrução


Normativa Nº 04, do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, julgue o item a seguir.

Exigir atestados de capacidade técnica em relação a itens não


significativos para a obra ou serviço como um todo, de forma a
restringir o caráter competitivo da licitação, é solicitação indevida na
seleção de fornecedores.

8. (CESPE – 2012 – TC-DF) À luz da legislação pertinente a


contratações de TI pela administração pública, julgue o item que se
segue.

Não há base legal para a exigência de atendimento de nível de serviço


(qualidade e desempenho) em contratos públicos de TI, mas apenas
boas práticas − como, por exemplo, o ITIL −, que foram incorporadas
à IN-4.

9. (CESPE – 2013 – PCF) Com relação à governança de tecnologia


da informação (TI), julgue o item subsequente.

Com base na SLTI MP IN n.º 4/2014, em uma contratação de solução


de TI, a fase de planejamento da contratação prescinde a fase de
seleção do fornecedor.

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10. (CESPE – 2013 – TRT17) Julgue o seguinte item relativo à


responsabilidade e aos papéis da área de TI.

O fiscal técnico de um contrato, que é indicado por autoridade


competente, deve ser um servidor com atribuições gerenciais,
técnicas e operacionais relacionadas ao processo de gestão do
contrato.

23. (CESPE – 2013 – MPU) Com base na Instrução Normativa


MPOG n.º 4, julgue o item a seguir, acerca de contratação de bens e
serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC).

A indicação da fonte de recursos para a contratação dos serviços de


TIC deve ser feita no momento da assinatura do contrato.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (ESAF - 2012 – Receita Federal do Brasil) Conforme determina


a Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, são cláusulas necessárias em
todo contrato administrativo:

I. o objeto e seus elementos característicos.

II. o preço e as condições de pagamento.

III. o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da


classificação funcional programática e da categoria econômica.

IV. a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução


do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele
assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas
na licitação.

V. os casos de rescisão.

a) Todas as assertivas estão corretas.


b) Apenas as assertivas I, II, IV e V estão corretas.
c) Apenas as assertivas I, II e V estão corretas.
d) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
e) Apenas as assertivas I e II estão corretas.

Comentários:

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Pessoal!!! Todas as assertivas estão corretas. Vamos rever o Art. 55:

“Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que


estabeleçam:

I - o objeto e seus elementos característicos;

II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;

III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e


periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização
monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do
efetivo pagamento;

IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de


entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;

V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da


classificação funcional programática e da categoria econômica;

VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução,


quando exigidas;

VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades


cabíveis e os valores das multas;

VIII - os casos de rescisão;

IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de


rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei;

X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para


conversão, quando for o caso;

XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou


ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;

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XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente


aos casos omissos;

XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução


do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele
assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas
na licitação.”

Decoreba, mas é assim que a ESAF faz na maioria das vezes quando
o assunto é este!

Gabarito: A

2. (ESAF - 2010 – CVM) A critério da autoridade competente, e


desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida
prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras,
cabendo ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de
garantia, exceto:

a) caução em dinheiro.

b) seguro-garantia.

c) cédula hipotecária.

d) fiança bancária.

e) caução em títulos da dívida pública.

Comentários:

Mais uma questão decoreba! o contratado poderá optar por:

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• Caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública;

• Seguro-garantia;

• Fiança bancária.

Gabarito: C

3. (FGV - 2010 – FIOCRUZ) Com relação ao Service Level


Agreement (SLA), assinale a afirmativa incorreta:

a) O SLA especifica, formalmente, os requisitos mínimos aceitáveis


para um serviço proposto.

b) O SLA tem como objetivo o tempo de atendimento do suporte.

c) O SLA é um instrumento que estabelece uma linguagem comum


sobre padrões de qualidade esperado.

d) O SLA pode definir as penalidades a serem aplicadas, em caso de


falhas no serviço.

e) O SLA é um instrumento para calcular o custo de serviço.

Comentários:

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Pessoal, embora tenhamos dito na aula que a aplicação de um SLA


não é uma sanção, a FGV não entende assim. Não conheço nenhuma
questão da ESAF que nos “diga como ela pensa” sobre este assunto,
mas analisando a questão, ficaríamos em dúvida entre as letras D e
E e por exclusão poderíamos acertá-la. Neste caso, a letra E é “mais
incorreta” que a letra D, pois o SLA não é utilizado para calcular custo
de serviço. Na minha opinião, caberia recurso!

Gabarito: E

4. (CESPE - 2013 – INPI - Adaptada) Sobre a IN04 / 2014, julgue


os itens que se seguem.

A referida norma define como preposto o funcionário responsável por


acompanhar a execução do contrato e atuar como interlocutor
principal junto à contratante.

Comentários:

Exatamente né pessoal! Preposto é o representante da contratada,


responsável por acompanhar a execução do contrato e atuar como
interlocutor principal junto à contratante, incumbido de receber,
diligenciar, encaminhar e responder as principais questões técnicas,
legais e administrativas referentes ao andamento contratual.

Gabarito: Certo

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5. (CESPE – 2014 – ANATEL) O preposto deve ser um servidor


representante da área administrativa indicado pela autoridade
competente dessa área para fiscalizar o contrato no que se refere aos
aspectos administrativos.

Comentários:

Oi?? Preposto não é servidor... Preposto é um funcionário da


contratada. O CESPE escreveu preposto e trouxe a definição de Fiscal
Administrativo!

Gabarito: Errada

6. (CESPE – 2010 – ABIN) Julgue o seguinte item, com relação a


aspectos de contratação de bens e serviços de TI no serviço público
e à Instrução Normativa Nº 04 do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão (IN4/MPOG).

De acordo com a IN4, na fase de gerenciamento de contrato, os


órgãos do governo federal devem seguir um conjunto de atividades
mínimas, que inclui a análise de viabilidade da contratação, a
estratégia de contratação e a análise de riscos.

Comentários:

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As atividades mencionadas na questão não fazem parte da fase de


gestão contratual não... algumas delas fazem parte do planejamento
da contratação.

Gabarito: Errada

7. (CESPE – 2010 – ABIN - Adaptada) Considerando a Instrução


Normativa Nº 04, do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, julgue o item a seguir.

Exigir atestados de capacidade técnica em relação a itens não


significativos para a obra ou serviço como um todo, de forma a
restringir o caráter competitivo da licitação, é solicitação indevida na
seleção de fornecedores.

Comentários:

Correta a afirmativa né pessoal!? Não devemos restringir a


competitividade do certame com exigência que não trarão ganhos
significativos à contratação.

Gabarito: Certa

20. (CESPE – 2012 – TC-DF) À luz da legislação pertinente a


contratações de TI pela administração pública, julgue o item que se
segue.

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Não há base legal para a exigência de atendimento de nível de serviço


(qualidade e desempenho) em contratos públicos de TI, mas apenas
boas práticas − como, por exemplo, o ITIL −, que foram incorporadas
à IN-4.

Comentários:

Caramba... às vezes o examinador supera todas as expectativas, não


é mesmo??.

Claro que há base legal para a exigência de SLA em contratos


públicos. A IN02 é um exemplo de norma que trata o assunto. Aí
vem o examinador e mistura ITIL com IN04 pra falar de algo que está
na IN02?! Quanta imaginação não é mesmo?

Gabarito: Errada

8. (CESPE – 2013 – PCF) Com relação à governança de tecnologia


da informação (TI), julgue o item subsequente.

Com base na SLTI MP IN n.º 4/2014, em uma contratação de solução


de TI, a fase de planejamento da contratação prescinde a fase de
seleção do fornecedor.

Comentários:

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E o que falar desta questão do CESPE? O problema maior aqui é


saber interpretar o enunciado que de tão óbvio, se torna perigoso.
Na hora da prova... o relógio correndo... você lê essa questão “na
transversal”, sem a devida atenção e... erra!

É o “joguinho de palavras do CESPE”... a palavra “prescinde” que


dizer dispensa... reescrevendo o trecho temos:

Com base na SLTI MP IN n.º 4/2014, em uma contratação de solução


de TI, a fase de planejamento da contratação dispensa a fase de
seleção do fornecedor.

Aí não né pessoal! A fase de planejamento precede a fase de seleção


do fornecedor e não a prescinde (ou dispensa)!

Gabarito: Errada

9. (CESPE – 2013 – TRT17) Julgue o seguinte item relativo à


responsabilidade e aos papéis da área de TI.

O fiscal técnico de um contrato, que é indicado por autoridade


competente, deve ser um servidor com atribuições gerenciais,
técnicas e operacionais relacionadas ao processo de gestão do
contrato.

Comentários:

Servidor com atribuições gerenciais, técnicas e operacionais


relacionadas ao processo de gestão do contrato é o Gestor do
Contrato e não o fiscal técnico!

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Gabarito: Errada

10. (CESPE – 2013 – MPU) Com base na Instrução Normativa


MPOG n.º 4, julgue o item a seguir, acerca de contratação de bens e
serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC).

A indicação da fonte de recursos para a contratação dos serviços de


TIC deve ser feita no momento da assinatura do contrato.

Comentários:

Pessoal, indicação da fonte de recursos ocorre lá na fase de


planejamento.

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C E Certa Errada Errada Certa Errada Errada Errada Errada

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