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INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO

PSICOLÓGICA: CONCEITOS E PROCESSO


Profa. Dra. Lariana Paula Pinto
[email protected]
Profa. Dra. Lariana Paula Pinto
Psicóloga pela Universidade do Vale do Sapucaí – Univás
Mestre e Doutora em Psicologia/Avaliação Psicológica pela Universidade São Francisco - USF
Extensão em Neuropsicologia com Formação em Reabilitação Cognitiva (Núcleo de Estudos
Prof. Dr. Fernando Gomes Pinto)
Docente na Graduação em Psicologia e Pedagogia, e no Programa de Pós-Graduação Stricto
Sensu em Educação, Conhecimento e Sociedade (Mestrado e Doutorado) - Univás
Conselheira Editorial na Editora Universitária (Univás)
Docente nos cursos de especialização em Avaliação Psicológica e em Neuropsicologia do IPOG
Psicóloga Clínica
Parecerista Ad Hoc no Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – SATEPSI/CFP (2018/2021)
INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO
PSICOLÓGICA: CONCEITOS E PROCESSO
Profa. Dra. Lariana Paula Pinto
[email protected]
NOSSOS ACORDOS

1. Colaboração de todxs e sejam felizes!

2. Insiram seus nomes completos no Zoom, por gentileza.

3. Por favor, deixem os microfones desligados. Contudo, a qualquer momento


você pode (e deve! J) ligar o microfone para participar da aula com
perguntas, sugestões, exemplos.

4. Atenção para os horários das chamadas e intervalos. As chamadas serão


realizadas via Google Forms.
O INÍCIO DE UMA CAMINHADA
1) INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: CONCEITOS E PROCESSO
2) AVALIAÇÃO EM PSICOPATOLOGIA E SAÚDE MENTAL
3) ENTREVISTAS E ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS PSICOLÓGICOS
4) AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE –TESTES DE AUTORRELATO E EXPRESSIVO
5) AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
6) AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA EM ADULTOS E IDOSOS
7) AVALIAÇÃO PARA PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS
8) AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA I
9) AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA II
10) AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL
11) PERÍCIA PSICOLÓGICA FORENSE
12) AVALIAÇÃO DE PERSONALIDADE PELO MÉTODO DE RORSCHACH
13) MÉTODO DE RORSCHACH APLICADO ÀS PSICOPATOLOGIAS
14) AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PARA MANUSEIO DE ARMA DE FOGO
15) AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO CONTEXTO DAS NRS, SEGURANÇA E FORÇAS ARMADAS
16) ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E DE CARREIRA
17) PSICODIAGNÓSTICO INFANTIL
18) AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE –TÉCNICAS APERCEPTIVO-TEMÁTICAS
1) INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: CONCEITOS E
PROCESSO
UNIDADE I Introdução ao processo de avaliação UNIDADE III O processo de Avaliação Psicológica
psicológica: Definições e aspectos históricos da avaliação – Parte I (sábado – vespertino)
Psicológica (sexta-feira – noturno) 3.1. Fundamentos, principais problemas e
1.1. Conceitos: avaliação psicológica e testagem psicológica questões éticas em Avaliação Psicológica
1.2. Regulamentação/Resoluções da Avaliação Psicológica 3.2. Perspectivas futuras em Avaliação
(CFP & SATEPSI) Psicológica
1.3. A polêmica do uso dos testes psicológicos; 3.3. Aspectos preliminares a uma avaliação
1.4. Técnicas e instrumentos de avaliação; psicológica
1.5. Os testes psicológicos, suas classificações;
1.6. Âmbito internacional UNIDADE IV O processo de Avaliação Psicológica
1.7. Âmbito nacional – Parte II (Domingo - matutino)
1.8. Perspectivas futuras 4.1. Seleção dos instrumentos e testes
4.2. Administração
UNIDADE II Propriedades psicométricas dos testes 4.3. Correção e interpretação
psicológicos (sábado – matutino) 4.4. Os diferentes contextos de avaliação (clínica;
1.1. Construção de um instrumento psicológico; escolar; neuro; forense; organizacional; esporte;
1.2. Evidências de validade; vocacional; trânsito; hospitalar, etc);
1.3. Estimativas de precisão; 4.5. Estudo Dirigido – Análise de casos
1.4. Padronização;
1.5. Normatização;
Avaliação
* Frequência e participação (envolvimento no módulo)

Avaliação Notas

Atividade 1 (Colocando o teste à prova) 0 – 3,5

Atividade 2 (estudo dirigido) 0 – 3,5

Prática online - postar até 06/09/2021 0 – 3,0

Atividade destinada SOMENTE PARA OS ALUNOS QUE NÃO ASSITIRAM A AULA AO VIVO
postar até 06/09/2021
Questão Norteadora

- Quais são os possíveis benefícios da


Avaliação Psicológica?
- Há alguma limitação em relação à prática? Se
sim, quais?
UNIDADE I Introdução ao processo de avaliação
psicológica: Definições e aspectos históricos da avaliação
Psicológica
1.1. Conceitos: avaliação psicológica e testagem psicológica
1.2. Regulamentação/Resoluções da Avaliação Psicológica (CFP & SATEPSI)
1.3. A polêmica do uso dos testes psicológicos;
1.4. Técnicas e instrumentos de avaliação;
1.5. Os testes psicológicos, suas classificações;
1.6. Âmbito internacional
1.7. Âmbito nacional
1.8. Perspectivas futuras
O que é Avaliação Psicológica?
Lei Nº 4.119, DE 27 DE AGOSTO DE
1962

Resolução CFP 009/2018

Resolução CFP 006/2019

Resolução CFP 018/2019

LEI E RESOLUÇÕES
• LEI Nº 4.119/1962
• Dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo.

• RESOLUÇÃO CFP 009/2018


• Estabelece diretrizes para a realização de Avaliação Psicológica no exercício profissional da
psicóloga e do psicólogo, regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos -
SATEPSI RESOLUÇÃO CFP 009/2018.

• Resolução CFP 006/2019


• Institui regras para a elaboração de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no
exercício profissional e revoga a Resolução CFP 015/1996, a Resolução CFP 007/2003 e a
Resolução CFP 004/2019.

• RESOLUÇÃO CFP 018/2019


• Reconhece a Avaliação Psicológica como especialidade da Psicologia e altera a Resolução CFP
nº 13, de 14 de setembro de 2007, que institui a Consolidação das Resoluções relativas ao Título
Profissional de Especialista em Psicologia.
Avaliação Psicológica - Definições

• Avaliação Psicológica (AP) é inerente ao


exercício profissional de qualquer psicólogo

• Ainda que os métodos investigativos por


ele utilizados possam ser diferentes em
cada contexto;

• E também estar atrelados à sua


formação teórica. AP
• A atividade profissional do psicólogo ou uma
avaliação do fenômeno observado, SENDO
PAUTADA NA CIÊNCIA PSICOLÓGICA, será
denominada avaliação psicológica.

(REPPOLD; ZANINI; NORONHA, 2019)


Avaliação Psicológica - Definições

Resolução CFP 009/2018


Avaliação Psicológica - Lei Federal 4.119, de 27/08/1962, em vigor, veio
Definições para regulamentar a profissão do psicólogo no
Brasil.
Os Testes Psicológicos são
instrumentos de avaliação - Art. 13, Parágrafo Primeiro -
Em outras
ou mensuração de palavras
características Constitui função privativa do Psicólogo a
psicológicas, constituindo-
se um método ou uma
utilização de métodos e técnicas psicológicas
técnica de uso privativo com os seguintes objetivos:
do psicólogo.
Impactos a) diagnóstico psicológico;
Na AP?
b) orientação e seleção profissional;
Março/2021 – STF
c) orientação psicopedagógica;
Ação Direta de d) solução de problemas de ajustamento
Inconstitucionalidade -
ADI nº 3481
(comercialização dos testes
psicológicos) Sobre a ADI nº 3481...

LEI Nº 4.119/1962
Avaliação Psicológica - Definições
• Processo de coleta de informação, com vistas a
identificar o problema, conhecer o indivíduo e
programar a tomada de decisões.

• Finalidade:
• Responder questões específicas e tomar decisões
relevantes.

• Por que se justifica?


• Para fornecer informações cientificamente
fundamentadas que orientem, sugiram e
sustentem, o processo de tomada de decisão em
algum contexto específico

• No qual a decisão precisa levar em consideração


informações sobre o funcionamento psicológico.
Avaliação Psicológica – Competências do psicólogo
• Planejar e realizar o processo avaliativo com
base em aspectos técnicos e teóricos. Tópicos
norteadores:

• O contexto em que a avaliação psicológica se


insere;
• Quais os propósitos da avaliação psicológica?
• Quais os construtos psicológicos a serem
investigados?
• Adequação das características dos
instrumentos/técnicas aos indivíduos a serem
avaliados;
• Condições técnicas, metodológicas e
operacionais do(s) instrumento(s) de
avaliação.
Resolução CFP 009/2018
Fontes fundamentais:
a) Testes psicológicos aprovados pelo CFP para uso profissional da Avaliação Psicológica –
psicóloga e do psicólogo e/ou; Fontes de coleta de dados
b) Entrevistas psicológicas, anamnese e/ou;
c) Protocolos ou registros de observação de comportamentos
obtidos individualmente ou por meio de processo grupal e/ou
técnicas de grupo.

Fontes complementares:
a) Técnicas e instrumentos não psicológicos que possuam respaldo da literatura
científica da área e que respeitem o Código de Ética e as garantias da
legislação da profissão;
b) Documentos técnicos, tais como protocolos ou relatórios de equipes
multiprofissionais.

Resolução CFP 009/2018


No processo de AP,

Responsabilidade Preocupação com Responsabilidade


científica o bem-estar Social

Questão Norteadora
- Quais são os possíveis benefícios da Avaliação Psicológica?
Avaliação Psicológica
Testes Psicológicos
Qualidades
Psicométricos
Psicométricas
Projetivos
P
R
O Fontes Entrevista Psicológica
C Fundamentais SATEPSI
E
D Observação do
I comportamento
Devolutiva
M
Documentos
E Técnicas e
N instrumentos não
T Fontes psicológicos (respaldo
O Complementares da literatura)
S Documentos técnicos,
tais como protocolos
ou relatórios de
equipes
multiprofissionais
E o registro do processo de
avaliação psicológica?

Resolução CFP 009/2018


O curso possui um módulo específico para tratar questões sobre Elaboração de Documentos Psicológicos:
“ENTREVISTAS E ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS PSICOLÓGICOS”

Resolução CFP 006/2019


Teste Psicológico

• Um conjunto de tarefas predefinidas;

• Procedimentos sistemáticos de observação e


descrição do comportamento humano, nas
E os testes suas diversas formas de expressão,
acordados pela comunidade científica.
psicológicos?
• Objetivos
• Identificar, descrever, qualificar e
mensurar características psicológicas.

Resolução CFP n°009/2018.


Teste Psicológico

• É uma medida objetiva e padronizada


de uma amostra;

• Os testes psicológicos devem ser


instrumentos AUXILIARES na avaliação
psicológica;

• A utilização dos instrumentos


psicológicos é de inteira competência e
responsabilidade do psicólogo;
TESTAGEM
PSICOLÓGICA
AVALIAÇÃO
PSICOLÓGICA
Em Síntese à Avaliação Psicológica é um
Processo avaliativo que geralmente envolve:

• Levantamento de demandas; • Análise, interpretação e triangulação dos


• O que será avaliado? E para que? dados obtidos;

• Elaboração de um plano de trabalho • Elaboração de um documento psicológico e


• Definição do método ou das estratégias a devolução dos resultados obtidos
mais indicadas para a coleta dos dados,
bem como dos objetivos da avaliação.

• Estabelecimento de um contrato de
trabalho;

• Execução do plano constituído;

(REPPOLD; ZANINI; NORONHA, 2019)


Voltando à situação apresentada no
É avaliação psicológica?
início do módulo
NÃO
Pois NÃO é possível se identificar ...

- Raciocínio científico;

- Observação sistemática do fenômeno estudado (pautado


Você é psicóloga(o)?
Sim! na ciência);

- Hipóteses levantadas;

- Técnicas utilizadas;

- Ponderação de condicionantes históricos, sociais e


Claro contextuais sobre os resultados obtidos;
Está me
avaliando/analisando? que não!
- Preceitos éticos e normativos da profissão.

(REPPOLD; ZANINI; NORONHA, 2019)


E qual(is) seria(m)
o melhor(es)
teste(s)?
Aprendi um monte de testes
na minha graduação. Vou
usar sempre aqueles

Melhor ainda, tenho um(a)


amigo(a) psicólogo(a) que
pode me ensinar a aplicar os
testes e me dizer qual(is)
é(são) o(s) melhor(es)
Não fique mais “batendo cabeça”
Esta formação irá, ao longo dos módulos,
desenvolver o senso crítico necessário para
que você possa ter mais nitidez sobre
processos de avaliação psicológica (AP),
bem como análise crítica de ferramentas
em AP
ASPECTOS HISTÓRICOS
Aspectos Históricos a AP

• Historicamente, a testagem psicológica/ elaboração de testes teve


suas raízes a partir das pesquisas realizadas por 4 representantes
significativos:

• Francis Galton
• James Cattell
• Alfred Binet
• Charles Spearman
Francis Galton (1822-1911) - Inglaterra
• Laboratório de antropometria, medida dos
atributos psicológicos e físicos, em 1884.

• “Pai da psicometria” – contribuições para o


desenvolvimento de análises estatísticas

• Por influência do darwinismo da época,


apresentou os primeiros estudos fundamentados
na genética do comportamento
• Estudos sobre diferenças individuais (voltados
para aptidões humanas)
James McKeen Cattell (1860 – 1944) – Estados Unidos

• Interesse pelas diferenças


individuais e desempenho
acadêmico de crianças (1890).
Charles Spearman (1863-1945) - Inglaterra
• Introduziu a metodologia matemática
na Psicologia, e concebeu a teoria da
inteligência do fator geral, em 1904.

• Influenciado pelo Galton e baseando-


se na técnica de correlação (de
Pearson), Spearman iniciou os estudos
científicos da inteligência humana, na
avaliação das diferenças individuais

• Spearman dá origem à Psicometria


Clássica.
Alfred Binet (1857-1911) - França
• Até então, a avaliação psicológica era marcada pela
proposta de instrumentos voltados para o tempo de
reação;

• Em 1882 foi aprovada na França uma lei que obrigava


o ensino primário para crianças, coincidindo com os
interesses de Binet sobre a área da educação e
subnormalidade
• Tal fase implicou na visibilidade de crianças
consideradas com problemas mentais

• Assim, no início do século XX o interesse passou a


ser em medidas preditivas nos contextos
educacionais e de saúde;

• Criou (juntamente com Simon) a escala de


inteligência Binet-Simon, em 1905. Difundida e
utilizada em nível internacional.
Entre 1910 a 1940
• Era dos testes de inteligência
• Avaliação de recrutas do exército (durante a Primeira Guerra Mundial)
• Army Alpha e Beta (em 1918)
• Posteriormente os testes de inteligência foram direcionados e
largamente utilizados em outros contextos (Organizacional,
Educacional etc)

• Além disso, a partir da década de 1920, os instrumentos de


personalidade também tiveram um incremento.
• Testes projetivos como Teste das Manchas de Rorschach (1921) e Teste
de Apercepção Temática de Murray (1935)
A partir de 1940
• Observou-se o fortalecimento internacional da testagem como instrumental
científico da psicologia.
• Nesse período testes continuaram a ser criados e revisões das primeiras
edições de alguns testes foram realizadas.
• Importantes ações da Associação de Psicologia Americana (APA) e outras
entidades.

• Assim, a TESTAGEM PSICOLÓGICA firma-se como uma importante prática


para o psicólogo e ampliou seus horizontes para outras frentes (clínica,
empresas, escolas, Forças Armadas, dentre outros).
Enquanto isso no Brasil...
• A psicologia brasileira se firmou nas
primeiras décadas do século XX
• Tendo o país seguido o incremento das
investigações internacionais na área da
avaliação psicológica.
Um marco no desenvolvimento da Psicologia
brasileira em geral foi a criação, em 1947, do Instituto
• 1924 - Publicação do livro Tests, de José
de Seleção e Orientação profissional (ISOP), por
Joaquim Campos da Costa Medeiros e Emilio Mira y Lopez.
Albuquerque.
A partir de então, inúmeros estudos psicométricos,
de validação e padronização de instrumentos
• Década de 1920 - vinda de Pierón para foram realizados por esse Instituto.
lecionar Psicologia Experimental e
Psicometria.
A história da testagem no Brasil está mesclada ao próprio desenvolvimento da Psicologia
como ciência e profissão. Geralmente é apresentada em cinco fases:

1836-1930 1930-1962
1962-1970
Produção médico- Estabelecimento da
Criação dos cursos de
científica oriunda do Psicologia no contexto
Psicologia;
meio acadêmico; universitário;

Década 1980
• Uso indiscriminado de testes
1970-1987 estrangeiros sem adaptação no Brasil. 1987-Atualidade
1993
Cursos de pós- • Computação revoluciona a testagem. Criação dos laboratórios
graduação; • Resultados de investigações confirmam de pesquisa.
a estabilidade longitudinal de muitas
características psicológicas.
• Evidências empíricas indicam rapidez e 1997
economia no processo de avaliação
psicológica.

2002 2001
SATEPSI
(2002)
Avaliação Psicológica no Brasil
Desde então...

• Retomada das pesquisas em Avaliação


Psicológica, com a ampliação da produção
científica.

• Ampliação da AP no exercício profissional,


em virtude da constatação crescente da
relevância da Avaliação Psicológica nas
atividades da Psicologia;

• Reconhecimento do seu papel na


promoção da qualidade de vida da
população.
Avaliação Psicológica no Brasil
(IBAP, 2021)

(HAZBOUN; ALCHIERI, 2013)


Avaliação Psicológica no Brasil
• AP brasileira alcançou um Nível de Excelência?

Por isso que estamos aqui!

AP é uma área que passa por constantes


atualizações

Ainda não...
UNIDADE II Propriedades psicométricas dos testes
psicológicos

1.1. Construção de um instrumento psicológico;


1.2. Evidências de validade;
1.3. Estimativas de precisão;
1.4. Padronização;
1.5. Normatização
Conversaremos sobre esses
pontos nesta parte do
módulo

Resolução CFP n°009/2018.


Resolução CFP 009/2018
Conteúdo da resolução:

§1 - Será considerada falta ética, conforme disposto


na alínea c do Art. 1º e na alínea f do Art. 2º do Código
de Ética Profissional da psicóloga e do psicólogo, a
utilização de testes psicológicos com parecer
desfavorável ou que constem na lista de Testes
Psicológicos Não Avaliados no site do SATEPSI,
salvo para os casos de pesquisa na forma da legislação
vigente e de ensino com objetivo formativo e histórico
na Psicologia.

Resolução CFP n°009/2018.


Resolução CFP n°009/2018.
https://site.cfp.org.br/dialogo-digital-do-cfp-discute-testes-psicologicos/
Mas o que seria esse tal SATEPSI?
• Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI) - https://satepsi.cfp.org.br/
• É um sistema informatizado que tem por objetivo avaliar a qualidade técnico-científica de
instrumentos submetidos à apreciação da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do
Conselho Federal de Psicologia (CFP);
https://satepsi.cfp.org.br/
(Resolução CFP n°009/2018).
Agora ficou fácil. É só olhar no SATEPSI. Lá no SATEPSI tem a lista
com os melhores testes psicológicos. Se está no SATEPSI quer dizer que
todos os testes psicológicos são excelentes!!!

SERÁ?
Para serem reconhecidos (estarem no SATEPSI) os testes devem atender a
requisitos mínimos obrigatórios...
I) Apresentação de fundamentação VII) Apresentação explícita da aplicação e correção para que haja a garantia de
teórica - Com especial ênfase na uniformidade dos procedimentos;
definição do(s) construto(s) – atributos
psicológicos, descrevendo seus VIII - Atenção aos requisitos explicitados nos artigos 30, 31, 32 e 33.
aspectos constitutivo e operacional; Justiça e proteção dos direitos humanos na avaliação psicológica
II) Definição dos objetivos do teste e Art. 30 - Na AP, a(o) psicóloga(o) deverão considerar os princípios e artigos previstos no Código de Ética
contexto de aplicação, detalhando a Profissional, bem como atender aos requisitos técnicos e científicos definidos nesta Resolução.
população-alvo;
Art. 31 – À/Ao psicóloga(o), na produção, validação, tradução, adaptação, normatização, comercialização e
III) Pertinência teórica e qualidade aplicação de testes psicológicos, é vedado: a) realizar atividades que caracterizem negligência, preconceito,
exploração, violência, crueldade ou opressão; b) induzir a convicções políticas, filosóficas, morais,
técnica dos estímulos utilizados nos testes;
ideológicas, religiosas, raciais, de orientação sexual e identidade de gênero; c) favorecer o uso de
conhecimento da ciência psicológica e normatizar a utilização de práticas psicológicas como
IV) Apresentação de evidências empíricas
instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de violência.
sobre as características técnicas dos itens
do teste (Exceto para os métodos Art. 32 – As(Os) psicólogas(os) não poderão elaborar, validar, traduzir, adaptar, normatizar,
comercializar e fomentar instrumentos ou técnicas psicológicas, para criar, manter ou reforçar
projetivos/expressivos)
preconceitos, estigmas ou estereótipos.
V) Apresentação de evidências empíricas
Art. 33 – A(O) psicóloga(o), na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas para a produção de
de validade e estimativas de precisão das conhecimento e desenvolvimento de tecnologias, atuarão considerando os processos de desenvolvimento
interpretações para os resultados do teste humano, configurações familiares, conjugalidade, sexualidade, orientação sexual, identidade de gênero,
identidade étnico-racial, características das pessoas com deficiência, classe social, e intimidade como
VI) Apresentação do sistema de correção construções sociais, históricas e culturais.
e interpretação dos escores,
Resolução CFP n°009/2018.
Sim, porém você deve ter visto uma série de
informações sobre evidências empíricas de
validade, estimativas de precisão,
padronização e normatização.

Tudo isso é de extrema importância para o


entendimento acerca da qualidade dos testes
psicológicos.
Psicometria e Avaliação Psicológica?

PSICO METRIA

Relativo a PSICOLOGIA, Relativo a medidas, processos e


fenômenos psicológicos. técnicas de mensuração.
Psicometria
• Conjunto de técnicas e procedimentos para a
construção e validação de testes e instrumentos.

• Campo de conhecimento da Psicologia voltado para


a construção de evidências por meio da modelagem
dos construtos psicológicos (atributos psicológicos).

• Serve também para se investigar padrões de


manifestação de fenômenos psicológicos e
comportamentos de forma sistemática.
PSICOMETRIA
Permite investigar os modelos teóricos,
ESTATÍSTICA
compará-los e refutá-los por meio de
métodos quantitativos.

Para produzir conhecimento


técnico e científico.

- Quantificação
- Objetividade
- Comunicação clara e precisa
- Replicabilidade
Retomando, para serem
reconhecidos (estarem no
SATEPSI) os testes devem
atender a requisitos mínimos
obrigatórios...

Aspectos
Psicométricos

Evidências empíricas de
validade
Estimativas de precisão
Padronização
Normatização

Resolução CFP n°009/2018.


EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS DE VALIDADE
Evidências de validade - Definições
Grau, e não tudo ou nada.

“Grau / extensão em que a evidência acumulada sustenta as


interpretações intencionadas para os propósitos prometidos
(propostos)”

Validade de inferências, hipóteses que são Vários propósitos / vários métodos


testadas.

AERA, APA e NCME (1999) e Urbina (2004)


Evidências de validade - Definições
• O processo de validação é cumulativo e visa validar não o teste em si, mas as
interpretações propostas por ele e as aplicações práticas intentadas

Evidência Evidência Evidência


de de de
Validade Validade Validade

• Não há uma fonte única de evidência de validade que seja suficiente para dar conta de todos os
aspectos que precisam ser considerados para se admitir que a validade foi alcançada.

• Os diferentes tipos de evidências de validade cobrem aspectos distintos que devem ser
considerados para que a validade possa ser alcançada.

(PRIMI; MUNIZ; NUNES, 2009)


Evidências de Validade: A “santíssima trindade”
* Encontradas em diversos artigos de estudos psicométricos

VALIDADE DE CONTEÚDO Universo de situações que o teste pretende


representar.

O grau que o sujeito possui em um traço


VALIDADE DE CONSTRUTO
presumidamente medido pelo teste.

VALIDADE DE CRITÉRIO Prever a situação do sujeito em uma variável


externa ao teste no futuro ou no presente.

Anastasi e Urbina (1997)


Anastasi & Urbina (1997) AERA, APA e NCME (1999)

Evidências baseadas no
Validade de Conteúdo Conteúdo

Validade de Critério
Previsão do Critério/ (“Preditiva”) Evidências baseadas nas relações
-Concorrente com outras variáveis
-Preditiva

Validade de Construto
Evidências baseadas na
estrutura interna
Mudanças desenvolvimentais
Correlações com outros testes
Validade convergente – discriminante
Intervenções experimentais
Modelagem de equação estrutural Evidências baseadas
no processo de
resposta.
Psicologia Cognitiva

Evidências baseadas nas


consequências da testagem.

Análise fatorial/ Consistência interna


Definições contemporâneas de evidências de validade

Evidências baseadas no Evidências baseadas


Conteúdo nas relações
com outras variáveis

Evidências baseadas na
estrutura interna

Evidências baseadas
no processo de Evidências baseadas nas
resposta. consequências da testagem.

AERA, APA e NCME (1999)


Evidências baseadas no
Conteúdo
Evidências baseadas no conteúdo
• Levanta dados sobre a • Principais métodos: Análise dos itens
representatividade/relevância dos por juízes/ Aplicação do instrumento em
itens (ou escalas) do teste um grupo de interesse (estudo
investigando se eles consistem em piloto/análise semântica)
amostras abrangentes do domínio
que se pretende avaliar com o teste.

• Esse tipo de validade só é aplicável


quando se pode definir a priori uma
amostra de comportamentos que
são capazes de representar o
universo por meio do qual o traço
latente se expressa.
Evidências baseadas no conteúdo

Método
Foi construída uma escala voltada ao apego à
moradia de pessoas que residem em área de risco
em que se buscou evidências de validade de
conteúdo do instrumento.
O construto foi observado de modo indireto por
meio de pesquisa teórica e de campo, na qual foi
realizada a análise de juízes e análise semântica
dos itens da escala com pessoas que residem em
área de risco.
Procedimentos
1) O primeiro deles foi a delimitação do construto: Fenômeno apego ao lugar
2) Construção do instrumento: elaboraram-se os itens que representaram os atributos do construto – critérios:
a) Critério comportamental: os itens descrevem o comportamento em si;
b) Desejabilidade: os itens não sugerem ou dão a entender ao participante respostas certas ou erradas;
c) Simplicidade: os itens buscaram ser escritos de forma clara, de modo a evitar ambiguidade, assim como
apresentaram apenas uma característica do construto;
d) Clareza: as afirmações buscaram ser entendidas pelos diferentes estratos de escolaridade dos participantes;
e) Relevância: todo item foi construído com base no conhecimento científico de modo a atender ao foco da pesquisa;
f) Precisão: cada item tentou mensurar de forma precisa o comportamento investigado;
g) Variedade: os itens elaborados buscaram evitar a monotonia e a tendenciosidade de quem irá respondê-los.
Razão de Validade de Conteúdo (RVC)
Evidências baseadas no conteúdo
RVC = (nE – N/2) / (N/2)
ANÁLISE DE JUÍZES
7 estudantes de um Programa de Pós-Graduação Onde:
do Curso de Psicologia de uma Universidade nE = número de juízes que consideraram o item como essencial;
Federal do Sul (4 possuíam conhecimento acerca N = número total de juízes
do objeto de estudo, e 3 possuíam experiência em
construção de instrumentos).

Para os juízes, foi enviado um documento em


Word via e-mail (Ele continha a definição do
construto apego ao lugar, as definições de cada
uma das três dimensões e uma tabela contendo
os 68 itens elaborados.

Verificou-se a Razão de Validade de Conteúdo


(RVC) por meio de uma escala Likert (‘se o item
era essencial’; ‘útil, porém não essencial’ ou
‘não necessário’).

Como se tratava de sete juízes, adotou-se o valor


mínimo da RVC de 0,9920 a fim de que tal
concordância não ocorresse por acaso.

Itens Retirados/ Revistos


Evidências baseadas no conteúdo

ANÁLISE SEMÂNTICA

Pessoas que compunham a população-alvo do instrumento de medida (30 pessoas participaram).


Buscou-se verificar a clareza dos itens para que pessoas com menor grau de escolaridade
consigam compreender o instrumento.

Nessa etapa, foi solicitado aos participantes o feedback acerca da clareza e da compreensão das
instruções, do conteúdo dos itens e da escala apresentada.

Além disso, foi avaliado se as respostas dos participantes davam efeito teto ou efeito chão, ou seja,
se as respostas tendiam no mínimo 80% para um ponto extremo (concordo totalmente ou discordo
totalmente).

Os itens também são revistos a partir de tais informações


Evidências baseadas na
estrutura interna
Evidências baseadas na estrutura interna
• Levanta dados sobre a estrutura das correlações entre itens avaliando o mesmo
construto e também sobre as correlações entre subtestes avaliando construtos
similares.

• Principais métodos: Análise Fatorial (Exploratória e Confirmatória).

• A Análise Fatorial objetiva encontrar um modo de condensar (resumir) a informação


contida em diversas variáveis originais em um conjunto menor de novas dimensões
compostas (fatores), com perda mínima de informação.
Análise Fatorial
Verificação de padrões de correlação entre diferentes variáveis,
visando seu agrupamento = Redução de dados.
GENERALIZAÇÃO
Evidências baseadas
nas relações
com outras variáveis
Evidências baseadas nas relações com outras variáveis

• Levanta dados sobre os padrões de correlação entre os escores do teste e outras


variáveis medindo o mesmo construto (convergência) ou construtos relacionados e com
variáveis medindo construtos diferentes (divergência).

• Também traz dados sobre a capacidade preditiva do teste de outros fatos de interesse
direto (critérios externos) que possuem importância por si só e associam-se ao propósito
direto do uso do teste (por exemplo, sucesso no trabalho).
• Esse é o caso de estudos que buscam descrever padrões de resposta típicos de grupos clínicos que se
diferenciam do desempenho de grupos controle.

• SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE

• Principais métodos: correlação, comparação de grupos, análise de regressão.


Evidências baseadas nas relações com outras variáveis

Testes medindo Testes medindo


o mesmo Testes medindo construtos
construto construtos diferentes
relacionados

Correlação: relação entre duas variáveis

Primi, Muniz e Nunes (2009)


Correlação: relação entre duas variáveis (quando os valores em uma variável
mudam, valores na outra variável também mudam, de maneira previsível).
MAS NÃO PODEMOS DIZER QUE UMA VARIÁVEL CAUSA A OUTRA

O que precisamos olhar nas análises de correlação?

Magnitude (força da correlação)


Direção da correlação (Positiva ou Negativa)
Valor Interpretação

Instrumentos de Sintomas 0,0 a 0,20 Sem relação/Relação nula


de Depressão e Ansiedade
0,20 a 0,30 Relação fraca

Instrumentos de Sintomas 0,30 a 040 Relação moderada


de Depressão e Percepção
de Qualidade de Vida 0,40 a 0,70 Relação forte

0,70 a 1,00 Relação muito forte

Significância (valor de p à <0,05)


Ex: Correlações entre escores do teste ouro com os demais
Teste
Sujeito Teste X Teste Y Teste Z Teste A Teste Y
OURO
16

A 12 23 14 4 26 14

12

B 14 24 11 3 20 10

6
C 10 18 12 5 11 4

D 5 17 9 10 14
2

0
r = 0,54
0 5 10 15 20 25

E 2 8 11 15 31
Teste Z
F 17 32 15 2 23 16

14

G 20 37 15 1 18 12
r = - 0,95
10

H 9 20 3 7 9 8

4
Teste A 2
Teste X
35 0
40 0 5 10 15 20 25
30
35
25
30

25 20

20 15

15 10
10
5
r = - 0,08
5

0
r = 0,97 0
0 5 10 15 20 25
0 5 10 15 20 25
Escala de Distorções Cognitivas Depressivas (EDICOD)
Escala Baptista de Depressão (EBADEP-A)
Escala de Pensamentos Depressivos (EPD)
Escala de Atitudes Disfuncionais (DAS)
Escala de Autorregulação Emocional (EARE)
Correlação entre o subteste Códigos do Beta-III e o subteste Códigos do WAIS-
III
Correlações Códigos WAIS-III
r 0,66
Códigos BETA-III
p <0,001
Correlação entre a EsAvI e os fatores da BFP
Bateria Fatorial de Personalidade
Fatores

Neuroticismo Extroversão Socialização Realização Abertura


Falta de concentração e de
Fatores da EsAvI

persistência 0,62** -0,15* -0,27** -0,31** 0,01

Controle cognitivo -0,38** 0,14 0,30** 0,59** 0,13

Planejamento futuro 0,10 0,06 -0,16* 0,06 0,02


Audácia e temeridade 0,03 0,49** 0,14 0,28** 0,32**
* p<0,05; ** p<0,01
As evidências de validade baseadas nas relações com outras variáveis
também podem ser realizadas com base em dados sobre a capacidade
preditiva do teste (critérios externos), que possuem importância por si
só e associam-se ao propósito direto do uso do teste

Estudos de diferenças de médias de respostas em relação a grupos


Clínicos e não-clínico; por idade; por escolaridade etc

Estudos de Sensibilidade e Especificidade


Evidência de validade de critério: Figuras Complexas de
Rey e grupo clínico (Epilepsia)

Percepção visual
Grupos N M DP t p
Epilepsia (Clínico) 24 34,41 2,20
1,33 0,189
Não Epilepsia 24 33,54 2,34

Memória imediata
Grupos N M DP t p
Epilepsia (Clínico) 24 17,85 2,20
-3,39 0,003
Não Epilepsia 24 21,64 2,34
• Teste Pictórico de Memória – TEPIC-M e sua relação com idade

20
19
18
17
16
15
14
13
12
11

média
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
17-36 anos 37-59 anos 60 anos ou mais

faixas etárias
Sensibilidade Especificidade
• É a capacidade que o teste apresenta de • É a capacidade que o teste tem de
detectar os indivíduos verdadeiramente detectar os verdadeiros negativos:
positivos: • Probabilidade de o teste ser negativo,
• Probabilidade de o teste ser positivo, dado que o indivíduo testado
dado que o indivíduo testado realmente não tem a doença
realmente tem a doença (diagnóstico).
(diagnóstico).

Verdadeiro positivo
(o teste é positivo em pacientes doentes)
Teste Grupo Média t p
Verdadeiro negativo Sem
21
(o teste é negativo em paciente saudáveis) Sintomas de depressão
- 11,75 0,001
depressão Com
63
Falso positivo depressão
(o teste é positivo em pacientes saudáveis)

Falso negativo
(o teste é negativo em pacientes doentes)
Evidências baseadas
no processo de
resposta.
Evidências baseadas no processo de resposta

• Levanta dados sobre os processos mentais envolvidos na realização


das tarefas propostas pelo teste.

• Para subsidiar o desenvolvimento de modelos teóricos sobre o


funcionamento cognitivo.

São raros os estudos atuais da psicologia brasileira que se


destinam à investigação de evidências baseadas nos processos de
respostas, com exceção das pesquisas sobre avaliação assistida.
Teste Cloze, tal como criado por Taylor em 1953, A PRINCESA E O FANTASMA
consiste de um texto do qual se suprimem alguns
Acácia A. Angeli dos Santos (2005)
vocábulos, pedindo-se ao leitor que preencha os
espaços com as palavras que melhor
completarem o sentido do texto.

Era uma vez uma princesa que vivia muito infeliz em seu palácio. Ela era
apaixonada por _____um fantasma que vivia escondido ____.lá
misterioso
Um dia chegou um ________________ ela que o seu
estrangeiro e disse à ____
fantasma ______era um príncipe enfeitiçado.
A ____________
princesa ficou
suspirou de alívio e ________ pensando em uma maneira ____ de
que se o fantasma soubesse ____
tirar aquele feitiço. Achou ______ do seu amor por ele, ___ o
feitiço desapareceria.
Acreditando nisso, __a princesa armou um plano __ e prendeu o fantasma numa
caixinha
______________ amor
de música. Declarou seu ________ a ele e, ao abrir a caixinha, o som
da música se transformou num príncipe maravilhoso.
Evidências baseadas nas
consequências da testagem.
Evidências baseadas nas consequências da
testagem
• Examina as consequências sociais intencionais e não intencionais do
uso do teste para verificar se sua utilização está surtindo os efeitos
desejados de acordo com o propósito para o qual foi criado.

• Isso é especialmente relevante no caso da avaliação da efetividade e


eficácia de uma intervenção.

Essa evidência de validade não se restringe aos escores do teste


em si, mas ao processo avaliativo e terapêutico como um todo, e,
por si, traz uma perspectiva ética sobre a pertinência do uso de
determinados instrumentos e intervenções.
Anastasi & Urbina (1997) AERA, APA e NCME (1999)

Evidências baseadas no
Validade de Conteúdo Conteúdo

Validade de Critério
Previsão do Critério/ (“Preditiva”) Evidências baseadas nas relações
-Concorrente com outras variáveis
-Preditiva

Validade de Construto
Evidências baseadas na
estrutura interna
Mudanças desenvolvimentais
Correlações com outros testes
Validade convergente – discriminante
Intervenções experimentais
Modelagem de equação estrutural Evidências baseadas
no processo de
resposta.
Psicologia Cognitiva

Evidências baseadas nas


consequências da testagem.

Análise fatorial/ Consistência interna


ESTIMATIVAS DE PRECISÃO
Estimativas de precisão (Fidedignidade e/ou Confiabilidade)
• Estimativa do quão livre de erro está o resultado de um teste psicológico
• Quanto maior a precisão dos escores de um teste, mais ele estará livre de erros de medida.

Habilidade (verdadeira/observada)
Habilidade verdadeira: quanto existe de fato de um determinado traço em uma pessoa
(estimativa matemática, teórica)

Qualquer Habilidade observada: o que o teste foi capaz de aferir


pontuação de
teste Erro (Sistemático+Aleatório)
psicológico é Erro sistemático: algo que objetivamente conduz a um erro (Ex.: música alta em um teste de
formada por: atenção)

Erro aleatório: causados por questões circunstanciais, muito sutis (alguém derruba um
caderno na sala silenciosa exatamente no momento em que você estava concluindo um
raciocínio)

É esperado que qualquer instrumento de medida tenha erro; por isso é importante se conhecer quanto de erros e quais
suas fontes, para que se possa tomar decisões justas
Ex: Ansiedade.
Habilidade
verdadeira
(não observável
diretamente)
VARIÂNCIA
VERDADEIRA

Habilidade X1 X3 Ex: Postura pouco acolhedora;


observada ambiente pouco iluminado.
(manifesta) Ex: Xerox ruim.

X2

VARIÂNCIA VERDADEIRA + ERRO


Estimativas de precisão
Quais podem ser as fontes de erro de um resultado de um teste psicológico?

Contexto
da
testagem

Pessoa Teste em
testada si
Erros relacionados ao contexto de testagem
• O aplicador
• Seguiu o padrão de aplicação corretamente? Teve uma postura acolhedora, tranquilizadora
e não intrusiva?

• O avaliador
• Seguiu os padrões de correção e apuração adequadamente? Realizou corretamente as
pontuações e contas?

• Ambiente de testagem
• É confortável? Bem iluminado? Com clima adequado? Silencioso?

• Motivo de aplicação
• Os resultados do teste podem favorecer ou prejudicar a pessoa?
Erros relacionados ao testando
• Má compreensão da tarefa
• Baixa escolaridade
• Uso de substâncias

• Estados emocionais alterados

• Horário de aplicação (descanso X cansaço)

• Acertos ao acaso (chutes)

• Disposição para responder ao teste


• Tem a ver com o motivo da aplicação
• Tentativas de manipulação
Erros relacionados ao teste em si
• Itens mal construídos
• Amostras de comportamento pouco representativas do construto
• Itens de difícil compreensão

• Critérios subjetivos para pontuação do teste

• Questões teóricas
Estimativas de Precisão

Precisão pelo método de


Consistência Interna Precisão por formas alternadas

Precisão por teste-reteste

Precisão pelo método


das metades Precisão entre avaliadores
(split half)

AERA, APA e NCME (1999)


Precisão pelo método de
Consistência Interna
Precisão por consistência interna
• Teste é aplicado uma única vez

• Correlação das respostas em cada item com o


total do teste

• Verifica o quanto os itens são homogêneos,


levando as pessoas a responderem de forma
consistente 2019

• Quanto mais homogêneos os itens, maior o


coeficiente

• Coeficientes Alfa de Cronbach e Kuder-


Richardson
• Variam entre 0 e 1
• CFP considera aceitáveis valores acima de 0,60
(o que é muito pouco...)
Precisão pelo método
das metades
(split half)
Precisão pelo método das metades
(split half)
• O teste é aplicado uma vez

• Divide-se o teste em duas metades


homogêneas
• Primeira metade/segunda metade
A B • Itens pares e ímpares (ideal para provas
com nível de dificuldade)

• Se o teste avaliar o construto sem viés,


de forma homogênea em toda a sua
extensão, então haverá correlação muito
alta entre as partes.
Correlação (+) moderada a
forte
Precisão por teste-reteste
Precisão por teste-reteste
• O mesmo teste é aplicado duas vezes, com
intervalo de tempo definido entre elas
• Entre uma semana e alguns meses, dependendo
do construto ou da situação
2019

• Avalia a estabilidade temporal, ou seja, a


possibilidade do teste avaliar com erro
em diferentes momentos

• Testes de personalidade: traço ou estado?

• Os resultados nas duas situações são


correlacionados
• Quanto mais próximos de 1, maior a precisão
Precisão por formas alternadas
Precisão por formas alternadas (ou formas paralelas)

• A pessoa responde a duas ou mais formas


do mesmo teste
Forma A
Itens 1, 3, 7, 8, 11
• São itens diferentes, mas avaliando o
mesmo construto, de uma mesma forma
Forma B Pessoa • É necessário construir dois testes
Itens 2, 4, 6, 9, 13 responde a
todas as formas
• Resultados nos dois testes são
correlacionados, e espera-se coeficientes
Forma C próximos a 1
Itens 5, 10, 12, 14, 15
Verifica-se as
correlações
Precisão entre avaliadores
Precisão entre avaliadores
• Duas ou mais pessoas avaliam um mesmo teste

• Se o teste contar com formas objetivas de corrigir a interpretar, então espera-


se que haja concordância entre os avaliadores

• Informa quanto de erro devido à subjetividade do avaliador


• Em alguns testes, a pontuação depende de um julgamento do avaliador
• Ex.: técnicas projetivas
Precisão x Validade
Precisão x Validade

• A precisão é uma característica necessária, mas não


suficiente para a validade de um instrumento.

• Baixa precisão: os escores são pouco confiáveis e


comprometem a validade das interpretações que
seriam feitas.

• Alta precisão: ainda que indique pouca


vulnerabilidade às fontes de erro, não constitui
evidência suficiente de que as interpretações
associadas aos escores sejam legítimas
Padronização
Padronização
• Uniformidade dos procedimentos no uso de um teste
• cuidados a serem tomados na aplicação do teste (condições da testagem)
• parâmetros ou critérios para interpretação dos resultados dos sujeitos submetidos aos instrumentos.

• A padronização oferece garantias de um processo de boa qualidade, no que se refere à coleta de


dados/informações.

• Diz respeito a informações sobre


• Ambiente de testagem e condições de aplicação.
• Aplicação individual e/ou coletiva
• Pertinência do teste.
• Tempo para a realização do teste psicológico etc.
Normatização
Normatização
• Modelos/padrões de como se deve interpretar um resultado que a pessoa atingiu no teste.
• Um teste necessita ser contextualizado para poder ser interpretado.

• A interpretação de testes referenciada em normas usa padrões baseados no desempenho de grupos


específicos de pessoas para fornecer informações para a interpretação de escores.
• Isoladamente, não transmite nenhum significado, por exemplo, escores altos podem ser um resultado
favorável em um teste de habilidade, mas desfavorável em testes que avaliam algum aspecto de uma
psicopatologia.

• Este tipo de interpretação é útil primariamente quando precisamos comparar indivíduos ou uns com os
outros, ou com um grupo de referência, para avaliar diferenças entre eles nas características medidas
pelo teste

O termo normas se refere ao desempenho no teste ou ao comportamento


típico de um ou mais grupos de referência.

Urbina (2009)
Euforia

Luto
NOMOTÉTICA

IDIOGRÁFICA Espectro
do Humor

Depressão
Normatização
Bases para interpretação dos dados:
• Nomotética (diretrizes empíricas + regras estatísticas): mostram frequências e
no que as pessoas se assemelham (análise quantitativa)
• Ideográfica (diretrizes conceituais + julgamento crítico): revelam as
singularidades (análise qualitativa)

DIFERENÇA INTER- DIFERENÇA INTRA-


INDIVIDUAL INDIVIDUAL
Medir diferenças existentes Medir o comportamento do
quanto a determinada mesmo indivíduo em
característica, entre diversos diferentes ocasiões.
sujeitos.
Diferentes Métodos para referência a norma
• Normas desenvolvimentais
• Normas por série escolar (equivalentes às séries escolares)
• Normas por idade.
• Normas intragrupo (compara-se a nota do indivíduo com a nota média de grupos mais próximos a ele).
• Etc

• Percentis: Escala de 1 a 100 (Indica a classificação de determinada pessoa quando seu escore em
comparação ao resto do grupo)

• Escore Padrão “z” à representa o número


de desvios-padrão a partir do ponto central da
população referência. pontuação
média

desvio padrão

Enquanto o Percentil quantifica os indivíduos desde o início até o final da distribuição (de próximo a zero até
próximo a 100), o Escore-Z quantifica a partir da Mediana ou Percentil 50.
Etapas para construção de
Testes Psicológicos
ELABORAÇÃO do Manual do
teste;

VERIFICAÇÃO DAS
CARACTERÍSTICAS
PSICOMÉTRICAS
Análise dos itens,
Análise da precisão e validade dos
escores derivados do instrumento,
Normatização.

ENVIO PARA O
FUNDAMENTAÇÃO SATEPSI
Definição do construto Resolução CFP
psicológico a ser examinado; 009/2018

OPERACIONALIZAÇÃO DESSE CONSTRUTO


De forma a possibilitar a sua mensuração experimental
e/ou psicométrica;
A tramitação dos testes psicológicos submetidos
I - Submissão on-line ao SATEPSI; ao SATEPSI obedecerá às seguintes etapas:
https://satepsi.cfp.org.br/
VIII - Prazo para
II - Designação de 2 (dois) VI - Apreciação e decisão interposição de recurso;
pareceristas ad hoc para análise pelo Plenário do CFP do
do teste psicológico; relatório da CCAP; XI - Envio do parecer final
sobre o recurso aos
requerentes.
III - Avaliação do teste psicológico VII - Envio do parecer final do
por pareceristas; CFP aos requerentes;
X - Apreciação da análise
do recurso pelo Plenário do
IV - Análise dos pareceres emitidos FOI RECONHECIDO COMO CFP;
e elaboração de relatório TESTE PSICOLÓGICO?
conclusivo por membro da CCAP; IX - Análise do recurso pela
Não CCAP (e se APROVADO)
V - Apreciação do relatório
conclusivo pelo colegiado da
CCAP; O Teste Psicológico entra
SIM
para a lista do SATEPSI

Resolução CFP 009/2018


• Art. 14 - Os estudos de validade, precisão e normas
dos testes psicológicos terão prazo máximo de 15
Resolução CFP 009/2018
(quinze) anos, a contar da data da aprovação do teste Dos prazos
psicológico pela Plenária do CFP.

• §1º - Caso novas versões do teste sejam apresentadas e


recebam parecer favorável, versões anteriores poderão
ser utilizadas até o vencimento dos estudos de
normatização, validade e precisão.

• §2º - Os testes com parecer favorável no SATEPSI com


data anterior à publicação desta Resolução (2018) terão
sua vigência mantida para os estudos de validade (20
anos) e para normas (15 anos).

• §3º - Não sendo apresentada a revisão no prazo


estabelecido no caput deste artigo, o teste psicológico
perderá a condição de uso e será excluído da relação
de testes com parecer favorável pelo SATEPSI.
UNIDADE III - O processo de Avaliação Psicológica –
Parte I

3.1. Fundamentos, principais problemas e questões éticas em Avaliação


Psicológica
3.2. Perspectivas futuras em Avaliação Psicológica
3.3. Aspectos preliminares a uma avaliação psicológica
Formação em AP
DESAFIOS
• Não há testes que sirvam bem a todos os propósitos e com todas as
pessoas.

• Mudanças na instrução, nos itens, e/ou na forma como os itens são


administrados fragilizam a utilização de um teste.

• Imprecisa apropriação de métodos e técnicas da Psicometria por parte de


outras áreas.

• Pequena adoção de recursos tecnológicos para criação e administração de


testes (testagem adaptativa).
Formação em AP
DESAFIOS
• Uso de estudantes para amostra de normatização.

• Dificuldade de formação de profissionais especialistas em Psicometria.

• Gap entre desenvolvimento científico nacional e internacional.

• Mais publicações científicas de qualidade.


• AP e as diversas demandas sociais: exige
uma diversidade de recursos e instrumentos válidos que
ainda precisam ser desenvolvidos. Formação em AP
• O debate da inserção da AP nos vários âmbitos de Um olhar para o FUTURO
atuação do psicólogo.
• Criação de critérios mínimos de validação de um teste.
• Aumentar produção acadêmica de AP, tanto no que
tange ao processo quanto no aprimoramento de suas
ferramentas.
• Cursos de formação/especialização.
• Preocupações como a Avaliação Psicológica tem sido
entendida e utilizada.
• Como a Avaliação Psicológica tem sido proposta e
ensinada nos cursos.
• Realizações das intervenções sem a efetiva
avaliação psicológica.
Mal conseguimos “cumprir” alguns desses destaques em relação ao
olhar para o FUTURO da AP e já tomamos “baldes de água fria”

1º 2º

Ação Direta de Inconstitucionalidade


Pandemia ADI nº 3481

Pandemia
I. As consultas e/ou atendimentos
psicológicos;

II. Os processos de Seleção de Pessoal;

III. Utilização de instrumentos psicológicos


devidamente regulamentados por
resolução pertinente, sendo que os testes
psicológicos devem ter parecer
favorável do Sistema de Avaliação de
Instrumentos Psicológicos (SATEPSI),
com padronização e normatização
específica para tal finalidade;
E o que temos no SATEPSI?
IV. A supervisão técnica dos serviços
prestados por psicólogas e psicólogos nos
mais diversos contextos de atuação.
CFP (2020)
CFP (2020)
E os aspectos técnicos?

CFP (2020)
Aplicações de testes psicológicos
• Atualmente, há duas maneiras de aplicar E o controle de variáveis (espaço físico,
os testes psicológicos por meio das TIC
(informatizada e remota) luminosidade, ruído, quem está respondendo
ao teste etc)?

• Aplicação informatizada: são requeridas - Aplicação informatizada (maior controle


as presenças do avaliador e do avaliando disso);
no mesmo espaço físico e temporal
- Aplicação remota (o controle dessas
variáveis pode ficar prejudicada)
• Aplicação remota: o avaliador e avaliando
não estão no mesmo local. Essas podem
ser:
• Síncronas: a interação ocorre
simultaneamente
• Assíncronas: em que pode haver um
tempo de espera para se obter a
resposta.
CFP (2020)
• Algumas informações relevantes sobre esse aspecto:

Contextos de vulnerabilidade social É necessário considerar as diferentes


precisam ser considerados, uma vez que os características dos contextos/
avaliandos podem não contar com acesso circunstâncias à Por exemplo: nas
adequado a dispositivos tecnológicos e avaliações psicológicas compulsórias
ambiente propício (ex.: privacidade). (determinadas na legislação - como
aquelas necessárias para obtenção da CNH
ou de porte de arma, e as avaliações
solicitadas no sistema de justiça).
No caso de crianças e adolescentes,
segundo a Resolução CFP nº 11/2018, a Neste tipo de contexto, a participação do
avaliação é permitida com o consentimento avaliando não é voluntária e os resultados
Portanto, se faz necessário que
dos responsáveis legais e apenas se geram consequências importantes para a
o psicólogo considere o
tecnicamente viável. vida da pessoa, podendo resultar em
controle destas variáveis e
perdas de direitos civis, por exemplo.
reflita se a Avaliação
Observação importante: a avaliação de Psicológica é tecnicamente
crianças e adolescentes pode ser Em função disso, o avaliando pode não
plausível antes de iniciar o
influenciada no setting remoto pelos cooperar no processo avaliativo ou tentar
processo.
genitores, sem que o psicólogo perceba alterar a percepção do psicólogo sobre sua
real condição.
MARASCA et al. (2020)

Ação Direta de Inconstitucionalidade


ADI nº 3481
Resolução CFP 002/2003 Perspectivas futuras.
Define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização Ação Direta de Inconstitucionalidade
de testes psicológicos ADI nº 3481
Art. 18. Todos os testes psicológicos estão sujeitos ao disposto
nesta Resolução e deverão:
III - ter sua comercialização e seu uso restrito a psicólogo • Em 05 de março de 2021 o STF
regularmente inscritos em Conselho Regional de Psicologia. (Supremo Tribunal Federal) decidiu
que o inciso III e os parágrafos 1º e
§ 1º Os manuais de testes psicológicos devem conter a informação, 2º do artigo 18 da resolução nº
com destaque, que sua comercialização e seu uso são restritos a 002/2003 do CFP são
psicólogos regularmente inscritos em Conselho Regional de INCONSTITUCIONAIS
Psicologia, citando como fundamento jurídico o § 1º do art. 13 da
Lei nº 4.119/62 e esta Resolução.
• A decisão reitera que a
§ 2º Na comercialização de testes psicológicos, as editoras, por meio comercialização de testes psicológicos
de seus responsáveis técnicos, manterão procedimento de controle não pode ser restrita a psicólogos
onde conste o nome do psicólogo que os adquiriu, o seu número de
inscrição no CRP e o(s) número(s) de série dos testes adquiridos. https://site.cfp.org.br/perguntas-e-respostas-decisao-do-stf-sobre-
testes-psicologicos/

https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1189594735/acao-direta-
de-inconstitucionalidade-adi-3481-df-0001758-5220051000000
Por que isso?
• Os julgadores entenderam que a restrição da venda dos testes
psicológicos é contrária às liberdades de expressão e de acesso à
informação (resguardadas pela Constituição)

É o fim da Avaliação Psicológica?


Calma, vamos discutir sobre isso

A comercialização não é mais restrita,


porém a aplicação (utilização) sim
Implicações dessa decisão:
• Nos diversos espaços de atuação do psicólogo

• Em especial nas avaliações compulsórias

• Cada vez mais a Psicologia é convidada a conceber a avaliação


psicológica para além dos testes psicológicos (multimétodo)
UNIDADE IV - O processo de Avaliação Psicológica –
Parte II

4.1. Seleção dos instrumentos e testes


4.2. Administração
4.3. Correção e interpretação
4.4. Os diferentes contextos de avaliação (clínica; escolar; neuro; forense;
organizacional; esporte; vocacional; trânsito; hospitalar, etc);
4.5. Estudo Dirigido – Análise de casos
Como podemos planejar o processo de Avaliação
Psicológica?

Quais etapas são necessárias?

Elas são as mesmas em todos os contextos?


Aspectos preliminares da AP

Formação em Psicologia,
Características do examinador.

Características pessoais (idade,


sexo, etnia, empatia,
linguagem...). Treinamento, competência
profissional,

Sua visão de mundo e do


outro,
A relação entre o examinador
e examinando (clínica,
judicial, educação...). Ética pessoal e profissional.
Aspectos preliminares da AP

Características do(a)
examinando(a)
Aspectos preliminares da AP

Características do ambiente

Em caso de uso de testes psicológicos – Observar


as informações de Padronização
Etapas do processo de avaliação psicológica
• Rapport e Entrevista inicial
• Anamnese (entrevista estruturada, semi-estruturada com a pessoa e/ou responsáveis);
• Enquadramento

• Etapas posteriores:
1. Seleção de Testes e Escalas para a avaliação;
2. Administração de Testes e Escalas Psicológicas com parecer favorável pelo SATEPSI;
3. Correção e Interpretação dos resultados psicológicos;
4. Elaboração de laudos;
5. Devolutiva;
6. *Discussão do caso clínico com outros profissionais.

Pasquali (2001)
Rapport e Entrevista Inicial
• As condições físicas e psicológicas.

• Motivação/interesse submeter-se à AP.

• Atmosfera agradável e de aceitação.

• Verificar se o examinando compreende a demanda de avaliação.

• Observar orientação auto (em relação a si) e alopsíquica (em relação ao mundo – tempo
e espaço).

• Ansiedade e desejabilidade social.


Entrevista Psicológica

• Entrevista como um método de obter informação por intermédio da


comunicação direta envolvendo troca recíproca.

• As entrevistas diferem com relação a muitas variáveis, tais como


propósito, duração e natureza

Teremos um módulo específico no curso para tratarmos


esses especificidades
Entrevista Psicológica

1 ETAPA – Paciente encaminhada(o) pela avaliação


Contato com a fonte de encaminhamento para levantamento de informações.

2 ETAPA – Entrevista com paciente e responsáveis

Paciente adulto Paciente adolescente Paciente criança


A primeira entrevista A primeira entrevista A primeira entrevista é
geralmente é realizada pode ser realizada com realizada com os
com o próprio paciente. o próprio paciente, responsáveis.
seguida por entrevista Posteriormente, com a
com os responsáveis. criança.

3 ETAPA – Entrevistas com outras fontes de informação


(Sempre com a autorização do paciente e, se for o caso, de seus responsáveis)
Serafini (2016)
Consulta a terceiros
• Somente com autorização.
• Esclarecer o que será perguntado.
• Familiares, amigos, conhecidos, profissionais que convivem com o
examinando (escola, saúde, cuidadores, entre outros).
• Avaliar contradições.
• Outras perspectivas da demanda.
Observação comportamental
• A observação comportamental, como é empregada por
profissionais da avaliação, pode ser definida como a monitoração
das ações dos outros ou de si mesmo por meios visuais e
eletrônicos ao mesmo tempo em que se registram as informações
quantitativas e/ou qualitativas relativas a essas ações.

• É utilizada frequentemente como um auxílio diagnóstico em vários


contextos
Silêncio
• Retornar ao Rapport (acolher, esclarecer, contato)

• Direito do examinando

• Disponibilidade para não colaborar

• O peso do silêncio na avaliação


Etapa I – Seleção dos testes
• Selecionar os melhores instrumentos disponíveis e favoráveis, de acordo
com os objetivos da avaliação.

• Avaliar as características psicométricas dos testes


• Estudos psicométricos de validade e precisão
• Normatização
• Padronização

• Considerar as características do sujeito

• Avaliar o seu domínio em relação à aplicação, correção e interpretação dos


resultados do teste psicológico.
Não se deve usar testes psicológicos
• Quando o objetivo é desconhecido ou pouco claro
para o psicólogo;

• Quando não se sabe para onde irão os resultados,


ou como eles serão usados;

• Quando o testando pode sofrer algum dano;

• Quando o local e as condições de testagem são


inadequados.
Etapa II – Administração dos testes
• Esclarecer os objetivos da avaliação
• Ambiente físico com condições favoráveis
• Preparar o material com antecedência
• Rapport
• Atentar-se ao comportamento durante a avaliação, não se ausentar ou
desviar a atenção
• Seguir rigorosamente as instruções do manual
• Responsabilizar-se pela aplicação correta dos testes.
Sobre o/a avaliado/a
• O grau de ansiedade que estão vivenciando e o quanto essa ansiedade poderia afetar
significativamente os resultados de seu teste.
• O quanto entendem e concordam com a razão para a avaliação.
• Sua capacidade e disposição para cooperar com o examinador ou compreender as instruções
escritas do teste.
• O grau de dor física ou sofrimento emocional que estão experimentando.
• O grau de desconforto físico provocado por não ter comido o suficiente, por ter comido demais
ou por outras condições físicas.
• O quanto estão alertas e bem acordados, em oposição a desligados.
• O quanto estão predispostos a concordar ou discordar quando frente a afirmações de
estímulo.
• A extensão do treinamento prévio que receberam.
• A importância que podem atribuir ao fato de se descreverem de forma positiva (ou negativa).
• O quanto são, na falta de um termo melhor, “sortudos” e podem “superar as expectativas” em
um teste de desempenho (ainda que possam não ter aprendido a matéria).
Etapa III – Correção e interpretação
• Correção baseada nas tabelas e conversões utilizadas nos
instrumentos;

• Escores Bruto/Nota Ponderada/ Z escore/Percentil

• Análise quantitativa e qualitativa;

• Interpretação dos resultados;

• Arquivo e sigilo dos dados;


Etapa IV – Elaboração de laudos e relatórios
• Neutralidade nas conclusões;

• Relatório claro, com ênfase na dinâmica observada;

• Utilizar-se de linguagem clara;

• Redigir as informações psicométricas em formato de laudo;

• Devolutiva adequada;

Teremos um módulo específico no curso para tratarmos


esses especificidades
Elas são as mesmas em todos os contextos?
Os diferentes contextos de avaliação
Psicologia clínica
Saúde Mental
Psicologia Escolar/Educacional
Neuropsicologia
Forense e Perícia
Organizacional e do Trabalho
Orientação Profissional e de Carreira
Trânsito
Hospitalar
Esporte
Outros...
Psicologia Clínica
• Diagnóstico diferencial;

• Traços estáveis; estados afetivos transitórios e atitudes decorrentes;

• Processos psicológicos subjacentes ou privados que interferem no


funcionamento global da personalidade;

• Forças e fraquezas (grau de perturbação) com implicações para o tratamento


de intervenções;

• Avaliações de resultados de tratamento.


Saúde Mental
• Diagnóstico e tratamento de doenças mentais.

• A predisposição para se engajar e progredir no tratamento.

• As características de personalidade associadas com as origens e a


evolução da doença física.

• A adaptação à incapacidade crônica, ou com a tolerância para os


procedimentos médicos e cirúrgicos mais estressantes e/ou
manutenção de um estilo de vida saudável.
Psicologia Escolar/ Educacional
• Problemas de aprendizagem ou condutas;
• Problemas cognitivos e/ou emocionais interferindo no desempenho
escolar;

• Informações a respeito da cognição e personalidade dos alunos


podem ser utilizadas para chegar a conclusões e fazer
recomendações úteis para uma ampla gama de aplicações
educacionais
• Como acompanhamento e atendimento psicopedagógico, interdisciplinar
(fonoaudiólogos, neuropsicólogos, terapeutas ocupacionais etc).
Psicologia Forense/Jurídica
• Competência ou capacidade de discernimento.

• Sanidade mental (termo jurídico).

• Investigação de danos pessoais.

• Determinação da guarda dos filhos/direito de visitação.

• Maior predisposição para comportamentos violentos.

• O engajamento e o progresso num tratamento.

• Risco para sua própria vida ou para a vida de outras pessoas


Psicologia Organizacional e do Trabalho
• Seleção e avaliação de pessoal.

• Avaliação de desempenho e produtividade.

• Avaliação de competências.

• Capacidade de análise e síntese.

• Capacidade de tomar decisões.

• Relações interpessoais.

• Liderança.

• Criatividade e capacidade inovadora.

• Comportamentos antissociais.

• Avaliação de clima e cultura organizacionais.


Avaliações Psicológicas Compulsórias
• Por avaliação psicológica compulsória, entende-se uma avaliação de
caráter obrigatório, quando o indivíduo deve realizá-la por alguma
exigência legal, em cumprimento a alguma exigência normativa.

• Modalidades de Avaliação Psicológica Compulsória:


• Contexto do Trânsito
• Porte de Armas
• Concurso Público
• Cirurgia Bariátrica
• Redesignação de sexo
• Entre outras.

(FAIAD; ALVES, 2018).


Contexto do trânsito
• Resolução CFP 001/2019 - Institui normas e procedimentos para a
perícia psicológica no contexto do trânsito e revoga as Resoluções CFP
nº 007/2009 e 009/2011.

• Aspectos avaliados:
• aspectos cognitivos: atenção concentrada; atenção dividida; atenção
alternada; memória visual; inteligência.
• juízo crítico/comportamento (reações/decisões adequadas).
• traços de personalidade: impulsividade adequada; agressividade
adequada; ansiedade adequada.

• Avaliação realizada por meio de entrevista e testes psicológicos.


Porte de arma
• Instrução Normativa 78 da Polícia Federal, de 10 de fevereiro de
2014, em seu anexo V estabelece os aspectos a serem avaliados:

• Atenção necessária (concentrada e difusa),


• Memória (auditiva e visual)
• Indicadores psicológicos necessários (adaptação, autocrítica, autoestima,
autoimagem, controle e estabilidade emocional, decisão, empatia,
equilíbrio, flexibilidade, maturidade, prudência, segurança e senso
crítico).

• Nessa instrução normativa da Polícia Federal, os indicadores não


estão acompanhados de uma definição.
Concursos Públicos
• Resolução CFP 002/2016.
• O edital do concurso público especificará, de modo objetivo, os
construtos/dimensões psicológicas a serem avaliados, devendo ainda detalhar
os procedimentos cabíveis para interposição de recursos.

• Cabe ao profissional:
• selecionar métodos e técnicas psicológicas com base nos estudos
científicos, que contemplem as atribuições e responsabilidades dos cargos;
• à luz dos resultados de cada instrumento, proceder à análise conjunta destes
de forma dinâmica,
• seguir, em todos os procedimentos relacionados à administração, apuração
dos resultados e emissão de documentos;
• zelar pelo princípio da competência técnica profissional quando da utilização
de testes psicológicos.
Cirurgia Bariátrica
• Análise global, considerando os fenômenos biopsicossociais do paciente com objetivo de
avaliar se ele possui recursos internos e suporte familiar para enfrentar não só o procedimento
cirúrgico mas também todas as restrições e conflitos frequentes após a cirurgia.

• Avaliar possíveis psicopatologias.

• Ainda não há regulamentações que especifiquem de forma mais detalhada o processo de


avaliação, apontando construtos que devem ser avaliados e/ou determinando quais
instrumentos devem ser utilizados

https://crppr.org.br/guia-avaliacao-psicologica-cirurgia-bariatrica/
Redesignação de sexo
• O acompanhamento psicológico, requerido pelo Ministério da Saúde, deve basear-se no
acolhimento, e/ou na escuta e/ou na avaliação psicológica, quando necessário, ao longo de todo o
processo transexualizador.
• A assistência psicológica não deve se orientar por um modelo patologizado ou corretivo da
transexualidade e de outras vivências trans, mas atuar como ferramenta de apoio ao sujeito, de modo a
ajudá-lo a certificar-se da autenticidade de sua demanda, englobando todo o seu contexto social.

• No processo de avaliação psicológica, aspectos não correlatos a vivência trans e/ou ao processo
transexualizador, como traumas, transtornos alimentares, dismórficos corporais e quaisquer
características de desordens psíquicas precisam ser devidamente consideradas com a finalidade de
promoção da saúde do sujeito.

• Não existem diretrizes no que diz respeito à avaliação psicológica nesse contexto.

• Campo de reflexão urgente.

Nota técnica sobre processo transexualizador e demais formas de assistência às pessoas trans
https://transparencia.cfp.org.br/wp-content/uploads/sites/14/2017/12/Nota-t%C3%A9cnica-processo-Trans.pdf
Ambientes Isolados, Confinados e Extremos (ICE)

• Ambientes Isolados, Confinados e Extremos (ICE) são aqueles identificados


como de alto potencial ofensivo à vida e à sua manutenção, e que exigem
condutas de cuidado e proteção.

• No Brasil, refere-se a avaliação de fatores de riscos psicossociais em espaços


confinados e para o trabalho em altura, respectivamente Normas
Regulamentadoras (NR) 20 (brigada de emergência), 33 (espaço confinado) e
35 (trabalho em altura).

• Avaliação Psicossocial irá contemplar aspectos comportamentais,


psicopatológicos, cognitivos e de personalidade. Utilização de instrumentos
que avaliam o colaborador visando mapear seu perfil psicossocial.
Devolutiva do processo de Avaliação
Psicológica Na entrevista devolutiva, considerar e analisar os
Teremos um módulo específico no curso para condicionantes históricos e sociais e seus efeitos
tratarmos esses especificidades no psiquismo

Por enquanto, questões a serem


consideradas:
Devolutiva e Escola

Devolutiva e Criança

Devolutiva e Interdisciplinaridade
(Neurologista, Psiquiatra, Fonoaudiólogos,
Fisoterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, dentre
outros) à Prognóstico
Por fim: “Em defesa da avaliação psicológica”
Críticas:
Ferramentas de rotulação e exclusão social dos indivíduos. / Ferramentas reducionistas da subjetividade humana.
Questiona a carência de parâmetros científicos dos instrumentos.

Defesa: Defesa:
- A necessidade de medir é muito antiga e remonta à - Deixar de fazer uma avaliação psicológica também pode
origem das civilizações. ter efeitos danosos; sem avaliar as consequências sociais
- O progresso do ser humano é demonstrado pelo maior ou de não testar, e dessa forma ter de confiar em outros
menor uso da medida; mede-se, por exemplo, para verificar procedimentos, ainda menos precisos do que a testagem
se as metas foram atingidas. para a tomada de decisão.
- Avaliar e testar são tarefas que realizamos o tempo todo
no nosso dia a dia. - Os testes não tem a pretensão de revelar todas as
- Os testes demonstram eficiência estatística em tempo e nuances e transcendência do ser humano.
custo.
- Precisa-se de instrumentos para fortalecer argumentos, - São como mapas, fornecem noções rápidas com certa
aprofundar reflexões e subsidiar decisões mais complexas. margem de segurança.
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• Conselho Federal de Psicologia. (2018). Resolução nº 11, de 11 de maio de 2018. Regulamenta a prestação de serviços
psicológicos realizados por meios de tecnologias da informação e da comunicação e revoga a Resolução CFP nº 11/2012.
Brasília: Autor. Recuperado de https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2018/05/RESOLU%C3%87%C3%83O-N%C2%BA-11-
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Muito obrigada!!!
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Lariana Paula

Lariana Paula Pinto

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