Anatomia Do Sistema Linfático

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DESCRI ÇÃO

Apresenta ção anatômica e funcional dos elementos que compõem o sistema linfático,

í
correlacionando-os em um contexto cl nico e cir úrgico.

PROP ÓSITO

Compreender aspectos morfofuncionais do sistema linf ático e seus constituintes, ação

fundamental para o profissional da área de saúde.

OBJETIVOS

M ÓDULO 1

Reconhecer os conceitos gerais sobre o sistema linf ático

M ÓDULO 2

Descrever os órgãos linfáticos primários e secundários

INTRODU ÇÃO
O sistema linf ático funciona como uma rede de tecidos, órgãos e vasos que ajudam a manter

í
o equil brio de fluidos corporais, a eliminar as subst âncias estranhas desses fluidos e a gerar

c élulas imunológicas que atuam na defesa do organismo.

Este conte údo visa discutir a anatomia do sistema linfático – cuja estrutura e função estão

intimamente ligadas ao sistema imunol ógico – e o seu papel na recuperação de fluidos e

imunidade. Ser ão abordados aspectos gerais do sistema linfático, como suas funções e seus

principais componentes celulares, al ém dos órgãos primários e secundários presentes nele.

M ÓDULO 1

 Reconhecer os conceitos gerais sobre o sistema linf ático

GENERALIDADES SOBRE O SISTEMA

LINF ÁTICO

A manuten ção da homeostase no corpo requer um combate contínuo contra agentes

nocivos. Apesar da exposi ção constante a uma variedade de patógenos produtores de

doen ças, como bactérias e vírus, a maioria das pessoas permanece saudável. A imunidade,

termo que define a capacidade de evitar danos ou doen ças por meio de nossas defesas,

í
possui dois tipos gerais: inata e adaptativa ou espec fica.

A imunidade inata, cujo prop ósito é impedir a entrada de patógenos no corpo, refere-se às

defesas que est ão presentes no nascimento, não envolve o reconhecimento específico de um

pat ógeno e atua contra todos da mesma maneira. Entre os componentes da imunidade inata

est ão a primeira linha de defesa e a segunda linha de defesa.


PRIMEIRA LINHA DE DEFESA

í í
Barreiras f sicas e qu micas da pele e das membranas mucosas.

SEGUNDA LINHA DE DEFESA

Subst âncias antimicrobianas, células NK, fagócitos, inflamação e febre.

A imunidade adaptativa refere-se a defesas que envolvem reconhecimento de um micr óbio,

uma vez que ele violou a imunidade inata de defesas. Ela é baseada em uma resposta

í
espec fica a um micr óbio; ou seja, adapta-se ou se ajusta para lidar com um micróbio

í
espec fico.

O sistema do corpo respons ável tanto pela imunidade adaptativa quanto por alguns

aspectos da imunidade inata é o sistema linfático, que está intimamente ligado ao sistema

cardiovascular e funciona em conjunto com o sistema digestivo na absor ção de alimentos

gordurosos.
 A rela ção do sistema linfático com o sistema vascular.

De modo geral, o sistema linf ático é composto pelos seguintes elementos:

LINFA

O fluido que o sistema coleta dos espa ços intersticiais dos tecidos e retorna à corrente

í
sangu nea.

VASOS LINF ÁTICOS

Transportam a linfa.

TECIDO LINF ÁTICO (OU LINFOIDE)

Composto de agregados de linf ócitos e macrófagos em diversos órgãos do corpo.


ÓRGÃOS LINFÁTICOS

Concentram ou produzem linf ócitos e macrófagos.

O sistema linf ático é responsável por diversas funções. Observe um breve estudo sobre cada

uma delas:

RECUPERA ÇÃO DE FLUIDOS


O fluido é filtrado continuamente dos capilares sanguíneos nos espaços entre os tecidos

í
(intersticiais). Os capilares sangu neos reabsorvem cerca de 85% dele, mas os 15% que n ão

s ão absorvidos pelos capilares equivalem, ao longo de um dia, de 2 a 4L de água e de um

í
quarto a metade das prote nas plasm áticas. Um indivíduo morreria de falha circulatória em

poucas horas se essa água e essas proteínas não voltassem à corrente sanguínea. Uma tarefa

do sistema linf ático é reabsorver esse excesso e devolvê-lo ao sangue. Qualquer distúrbio na

drenagem linf ática pode fazer com que os tecidos inchem com o excesso de fluido, condição

conhecida como edema.

 Edema de membros inferiores.

IMUNIDADE

À medida que o sistema linfático recupera o excesso de fluido do tecido, ele também coleta

c élulas estranhas e substâncias químicas dos tecidos. Algumas dessas células são

pat ógenas, microrganismos com potencial para causar doenças. Em seu caminho de volta à
í
corrente sangu nea, esse fluido passa pelos linfonodos, que atuam como filtros onde as

c élulas imunológicas ficam de guarda contra patógenos e ativam respostas imunológicas

protetoras.

ABSOR ÇÃO DE LIPÍDIOS


No intestino delgado, os vasos linf áticos especiais, chamados de vasos lácteos, absorvem os

í
lip dios dos alimentos que n ão foram absorvidos pelos capilares sanguíneos intestinais.

LINFA E VASOS LINF ÁTICOS

A linfa é um fluido transparente e incolor, semelhante ao plasma sanguíneo, mas com baixo

í í
teor de prote na. Ela se origina a partir do l quido intersticial que foi absorvido pelos vasos

linf áticos. Sua composição varia substancialmente de um lugar para outro.

 EXEMPLO

Ap ós uma refeição, por exemplo, a linfa que drena o intestino delgado tem uma aparência

í
leitosa devido ao seu alto teor de lip dios. Essa linfa intestinal é chamada de quilo.

A linfa que sai dos linfonodos – o principal suprimento de linfócitos para a corrente

sangu nea í – contém muitos linfócitos. A linfa também pode conter macrófagos, hormônios,

bact érias, vírus, detritos celulares e até células cancerígenas itinerantes. A linfa corre por

meio de um sistema de canais, denominados vasos linf áticos, semelhantes aos vasos

venosos. Eles come çam com capilares linfáticos microscópicos – também chamados de

linf áticos terminais –, que penetram quase todos os tecidos do corpo, mas estão ausentes na

cartilagem, no osso, na medula óssea e na córnea.

 ATEN ÇÃO

Os vasos linf áticos terminais estão intimamente associados aos capilares sanguíneos, mas,

diferentemente, deles s ão fechados em uma das extremidades.


Um capilar linf ático consiste em um saco de células endoteliais finas que se sobrepõem

frouxamente como as telhas de um telhado. As c élulas são amarradas ao tecido circundante

í
por filamentos de prote na que impedem o colapso do vaso.

Ao contr ário das células endoteliais dos capilares sanguíneos, as células endoteliais

linf áticas não são unidas por zonas de oclusão nem possuem uma lâmina basal contínua.

Isso faz com que as lacunas entre as c élulas endoteliais sejam tão grandes que bactérias,

linf ócitos e outras células e partículas maiores possam entrar com o fluido do tecido. Desse

modo, a linfa que chega a um linfonodo leva uma esp écie de relatório sobre o estado de um

tecido, de acordo com o tipo e a quantidade de elementos que ir ão constituir a linfa.

 Um capilar linf ático e sua relação com os vasos sanguíneos.

Os vasos linf áticos maiores são semelhantes às veias em sua histologia. Eles têm uma túnica

interna com endot élio e válvulas, uma túnica média com fibras elásticas e músculo liso e

uma fina t única externa. Suas paredes são mais finas, e suas válvulas estão mais próximas

do que as das veias.


 Representa ção de um vaso linfático, no qual se demonstra o funcionamento da sua

v álvula.

À medida que os vasos linfáticos convergem ao longo de seu caminho, eles se tornam cada

vez maiores e sofrem certas mudan ças na nomenclatura. A rota da linfa de volta à corrente

sangu neaí é dada da seguinte forma:

Capilares linf áticos → Vasos coletores → Seis troncos linfáticos → Dois ductos coletores →

Veias subcl ávias/jugulares internas

Os capilares linf áticos convergem para formar vasos coletores. Cabe ressaltar que existem

dois sistemas de vasos, um sistema de vasos linf áticos superficiais e outro profundo. Os

vasos superficiais drenam a linfa para os vasos profundos.

Os vasos linf áticos profundos viajam ao lado de veias e artérias e compartilham uma bainha

de tecido conjuntivo comum com elas. Em intervalos irregulares, eles esvaziam nos

linfonodos. A linfa escorre lentamente pelo linfonodo, onde as bact érias são fagocitadas, e

as c élulas do sistema imunológico monitoram o fluido em busca de antígenos. Ele deixa o

outro lado do linfonodo por meio de outro vaso coletor (eferente), que viaja e encontra

outros linfonodos. Ou seja, o vaso linf ático eferente é responsável por levar linfa filtrada de

um linfonodo para outro.

Por fim, os vasos coletores convergem para formar troncos linf áticos maiores, cada um dos

quais drena uma parte importante do corpo. Existem 11 troncos linf áticos, cujos nomes

indicam suas localiza ções e partes do corpo que drenam – um tronco intestinal solitário e
pares de troncos jugular, subcl ávio, broncomediastinal, intercostal e lombar. O tronco

lombar drena n ão apenas a região lombar, mas também os membros inferiores. A união dos

troncos lombares com o tronco intestinal forma uma estrutura anat ômica denominada

cisterna do quilo.

CISTERNA DO QUILO

Tamb ém chamada de cisterna de Pecquet. A estrutura representa um saco proeminente

assim chamado devido à grande quantidade de quilo que coleta após uma refeição.

A cisterna do quilo apresenta formas vari áveis em 84% dos casos, dos quais ela pode se

apresentar fusiforme (37%), irregular (22%), sigmoide (11%), triangular (11%) arredondada

ou ovalada (3%). Topograficamente, est á nivelada no eixo longitudinal do plano mediano e

apresenta os seguintes dados morfol ógicos:

a) Anterior à coluna vertebral, entre os níveis T11 e L3, com maior frequência no nível da 1ª

e2 ª vértebras lombares (77%).

b) Posicionada entre os dois pilares do diafragma (81%).

c) Posterior à parte abdominal da aorta (88%).


d) Altura varia entre 9mm e 43mm (m édia de 17mm), largura entre 5mm e 21mm (média de

9,3mm).

Os troncos linf áticos convergem para formar dois grandes ductos coletores:

O ducto linf ático direito se forma através da união dos troncos jugular, subclávio e

broncomediastinal do lado direito da cavidade tor ácica. Esse ducto recebe drenagem

linf ática do membro superior direito e do lado direito do tórax e da cabeça. Desemboca na

veia subcl ávia direita.

O ducto tor ácico, à esquerda, é maior e mais longo. Ele começa logo abaixo do diafragma,

anterior à coluna vertebral, no nível da segunda vértebra lombar. Aqui, os dois troncos

lombares e o tronco intestinal se unem e formam a cisterna do quilo. Torna-se ducto

tor ácico depois de passar pelo diafragma.

Ao subir, em conjunto com a aorta e de forma adjacente à coluna vertebral, o ducto torácico

recebe linfa adicional dos troncos broncomediastinal esquerdo, subcl ávio esquerdo e

jugular esquerdo, e ent ão deságua na união da veia subclávia esquerda com a veia jugular

interna esquerda ( ângulo venoso de Pirogoff). Coletivamente, esse ducto drena todo o corpo

abaixo do diafragma, o membro superior esquerdo e o lado esquerdo da cabe ça, pescoço e

t órax.

 Esquema em que se demonstram os grandes troncos linf áticos.

 Imagem demonstrando a cisterna do quilo e a trajet ória do ducto torácico (em destaque).

Note sua rela ção com a coluna vertebral.

A estrutura dos linfonodos e seus agrupamentos no corpo humano ser ão descritos

posteriormente.

C ÉLULAS E TECIDOS LINFÁTICOS


Al ém dos vasos linfáticos, outro componente do sistema linfático são os tecidos e as células

linf áticas, também chamadas de linfócitos, que variam de células vagamente dispersas nas

membranas mucosas dos tratos digestivo, respirat ório, reprodutivo e urinário até

popula ções de células compactas encapsuladas em órgãos linfáticos.

Os tecidos linf áticos são compostos por uma variedade de linfócitos e outras células com

v ários papéis na defesa e na imunidade. As células linfáticas podem ser agrupadas em seis

tipos diferentes. A seguir veremos cada uma delas.

C ÉLULAS NK

S ão linfócitos grandes, cujo nome deriva do termo em inglês Natural Killer , ou seja,

“exterminadora natural”. Esses linf ócitos atacam primariamente bactérias, células

transplantadas e c élulas do próprio hospedeiro que se tornaram infectadas ou cancerígenas.

Est ão em constante “patrulha” na busca dessas células anormais e são, portanto, células de

defesa prim ária contra o câncer.

LINF ÓCITOS T (OU CÉLULAS T)

S ão assim chamados porque desenvolvem por um tempo no timo e depois dependem dos

horm ônios tímicos para regular a sua atividade. O T significa dependente do timo. Existem

quatro subclasses de c élulas T: as células T citotóxicas, as células T “helper”, as células T

regulat órias e as células T de memória, cada uma com uma função específica.

LINF ÓCITOS B

Diferenciam-se em c élulas plasmáticas, que são células do tecido conjuntivo que secretam

í
prote nas defensivas chamadas de anticorpos. Os linf ócitos B foram assim nomeados pois

foram encontrados em um órgão presente exclusivamente nas aves (a Bursa de Fabricius),

que possui estrutura semelhante à do timo. Os linfócitos B vão para a medula óssea, um

tecido linfoide prim ário, para amadurecer. Algumas células B tornam-se células B de
mem ória em vez de células plasmáticas, funcionando de forma similar aos linfócitos T de

mem ória para conferir imunidade duradoura.

 Esquema representando as precursoras das c élulas da linhagem branca.

MACR ÓFAGOS

Desenvolvem-se a partir de mon ócitos que saíram da corrente sanguínea. Os macrófagos

s ão células muito grandes e de caráter fagocítico. Eles fagocitam restos de tecido,

neutr ófilos mortos, bactérias e outros corpos estranhos, além de processar corpos

estranhos e transportar fragmentos antigenicamente ativos deles (determinantes

antig ênicos) para a superfície celular, onde os “exibem” para os linfócitos T. Isso estimula

uma resposta imunol ógica contra o agente invasor. Macrófagos, linfócitos B e células

reticulares s ão chamados coletivamente de células apresentadoras de antígenos (APCs)

í
porque exibem fragmentos de ant genos para outras c élulas do sistema imunológico.

C ÉLULAS DENDRÍTICAS
S ão leucócitos (células de linhagem branca) que apresentam estruturas semelhantes aos

galhos de uma árvore. Podem ser encontradas na epiderme, nas membranas mucosas e nos

órgãos linfáticos.

C ÉLULAS RETICULARES

S ão células estacionárias que contribuem para o estroma dos órgãos linfáticos e atuam

como APCs no timo. N ão devemos confundir as células reticulares do sistema linfático com

as fibras reticulares, que s ão finas fibras de colágeno.

Os tecidos linf áticos podem ser considerados agregados de linfócitos nos tecidos

conjuntivos das membranas mucosas e de v ários órgãos. A forma mais simples é o tecido

linf ático difuso, no qual os linfócitos estão espalhados em vez de densamente agrupados. É

particularmente prevalente nas passagens do corpo que se abrem para meio externo.

 EXEMPLO

Podemos citar os tratos respirat ório, urinário e reprodutivo, onde é chamado de tecido

linf ático associado à mucosa (MALT).

TECIDO LINF ÁTICO ASSOCIADO À MUCOSA

No trato gastrointestinal, esse agregado de linf ócitos é denominado tecido linfático

associado ao trato gastrointestinal (GALT).

Em alguns lugares, os linf ócitos e macrófagos se reúnem em massas densas chamadas de

n ódulos linfáticos (folículos), que vêm e vão, conforme os patógenos invadem os tecidos e o

sistema imunol ógico responde ao desafio. Nódulos linfáticos abundantes são, entretanto,

í í
uma caracter stica relativamente constante em linfonodos, am gdalas e ap êndice. No íleo,

na por ção distal do intestino delgado, os nódulos linfáticos formam aglomerados chamados

de placas de Peyer (ou conglomerados linfonodulares ileais) e podem ser observados em

prepara ções histológicas simples.


As placas de Peyer s ão particularmente grandes no íleo, sendo encontradas,

principalmente, na parte do intestino oposta ao mesent ério (borda antimesentérica

intestinal). S ão tecidos ovalados e densos localizados na membrana mucosa do intestino,

formando áreas alongadas, e a sua superfície está livre das vilosidades e depressões

(gl ândulas Lieberkühn) que caracterizam a parede intestinal.

CONCEITOS GERAIS DO SISTEMA

LINF ÁTICO

O especialista Jose Carlos Siciliano Oliveira far á um breve resumo do módulo.


VERIFICANDO O APRENDIZADO

M ÓDULO 2

 Descrever os órgãos linfáticos primários e secundários

CLASSIFICA ÇÃO

Os órgãos e tecidos linfáticos amplamente distribuídos são classificados, com base em suas

fun ções, em dois grupos: órgãos linfáticos primários e órgãos linfáticos secundários.

Os órgãos linfáticos primários são os locais onde as células-tronco se diferenciam e se

tornam imunocompetentes. Eles incluem a medula óssea vermelha (encontrada em ossos

í
como esterno e quadril e presente nas ep fises de ossos longos de adultos) e o timo. As

c élulas-tronco pluripotentes na medula óssea vermelha dão origem aos linfócitos B e a

c élulas pré-T, que migram para o timo e se tornam células T imunocompetentes.


Os órgãos e os tecidos linfáticos secundários são os locais onde ocorrem a maioria das

respostas imunol ógicas. Eles incluem os linfonodos, o baço e os nódulos linfáticos

í
(fol culos).

O timo, os linfonodos e o ba ço são considerados órgãos, porque, diferentemente dos MALT,

cada um deles é circundado por uma cápsula de tecido conjuntivo.

Vimos anteriormente como o sistema linf ático age e quais são suas principais células. Aqui,

iremos descrever anatomicamente os órgãos pertencentes ao sistema linfático – como

medula óssea vermelha; timo; baço; tonsilas; e linfonodos –, de modo que possamos

correlacionar suas fun ções.


MEDULA ÓSSEA VERMELHA

A medula óssea vermelha pode não parecer um órgão. Quando aspirado dos ossos para fins

de bi ópsia ou transfusão, simplesmente parece um sangue bastante grosso. Apesar disso,

um exame microsc ópico minucioso da medula mostra que ela possui um grau estrutural

surpreendente e que é formada por múltiplos tecidos, portanto, atende aos critérios que a

denominam como órgão.

Existem dois tipos de medula óssea: a amarela e a vermelha. A medula óssea amarela é

í
constitu da por tecido adiposo e, portanto, n ão será descrita. A medula óssea vermelha está

envolvida na hematopoiese e na imunidade; portanto, é de nosso interesse.

Em crian ças, a medula óssea vermelha – importante fornecedor de linfócitos para o sistema

imunol ógico – ocupa os espaços medulares de quase todo o esqueleto. Em adultos, é

limitada a partes do esqueleto axial e às epífises do úmero e do fêmur.

 Esquema representando o f êmur, um osso longo, e a medula óssea vermelha e amarela.

A medula óssea vermelha é caracterizada por ser um material macio, pouco organizado e

altamente vascular, separado do tecido ósseo pelo endósteo do osso. Produz todas as

classes de elementos formados do sangue; sua cor vermelha vem da abund ância de

eritr ócitos (glóbulos vermelhos). Numerosas pequenas artérias entram no forame nutrício

í
na superf cie do osso, penetram no osso e des águam em grandes sinusoides na medula. Os
sinusoides drenam para uma veia longitudinal central que sai do osso pela mesma rota que

as art érias entraram.

Os sinusoides, com 45 µm a 80µm de largura, são revestidos por células endoteliais, como

í
outros vasos sangu neos, e s ão circundados por tecido conjuntivo reticular. As células

reticulares secretam fatores estimuladores de col ônias que induzem à formação de vários

tipos de leuc ócitos. Nos ossos longos dos membros, as células reticulares envelhecidas

acumulam gordura e se transformam em c élulas adiposas, eventualmente, substituindo a

medula óssea vermelha por medula óssea amarela.

 Algumas c élulas formadas pela medula óssea vermelha.

Os espa ços entre os sinusoides são ocupados por ilhas de células hematopoiéticas,

compostas por macr ófagos e células sanguíneas em todos os estágios de desenvolvimento.

Os macr ófagos destroem as células sanguíneas malformadas, e os núcleos são descartados

pelos eritr ócitos em desenvolvimento. À medida que as células sanguíneas amadurecem,

elas abrem caminho atrav és das células reticulares e endoteliais para entrar no seio nasal e

í
fluir na corrente sangu nea. As plaquetas tamb ém entram na corrente sanguínea dessa

forma.

 ATEN ÇÃO
Como j á é sabido, a medula óssea vermelha fornece linfócitos que irão para órgãos-alvo

para amadurecerem.

TIMO

O timo, um órgão linfoide primário, está localizado na parte inferior do pescoço e na parte

anterior do mediastino superior. É uma glândula dividida em dois lobos. Situa-se posterior

ao man úbrio do esterno e se estende até o mediastino anterior, anteriormente ao pericárdio

fibroso.

 A posi ção do timo e seu aspecto bilobulado.

Uma camada de tecido conjuntivo mant ém os dois lobos próximos, mas uma cápsula de

tecido conjuntivo os divide. Extens ões da cápsula, chamadas de trabéculas, penetram e

dividem cada lobo em l óbulos. Cada lóbulo tímico consiste em um córtex externo com

colora ção escura e uma medula central de coloração mais clara. O córtex é composto por

muitos linf ócitos T e células dendríticas dispersas, assim como células reticulares e

macr ófagos. Os linfócitos T imaturos (células pré-T) migram da medula óssea vermelha

para o c órtex do timo, onde se proliferam e começam a amadurecer.


 Esquema mostrando a arquitetura interna do timo.

C élulas dendríticas, que são derivadas de monócitos, auxiliam no processo de maturação

dos linf ócitos. Cada uma das

c élulas reticulares especializadas tem vários processos longos que circundam e servem

como estrutura para at é 50 linfócitos T. Essas células reticulares ajudam a “educar” as

c élulas pré-T em um processo conhecido como seleção positiva. Além disso, eles produzem

horm ônios tímicos que parecem auxiliar na maturação dos linfócitos T. Apenas cerca de 2%

das c élulas T em desenvolvimento sobrevivem no córtex. As células restantes morrem por

apoptose.

Macr ófagos tímicos ajudam a limpar os restos de células mortas e células incompetentes.

Os linf ócitos T sobreviventes entram na medula do timo, que consiste em células T, mais

maduras e amplamente dispersas, c élulas reticulares, células dendríticas e macrófagos.

MON ÓCITOS

Essas c élulas são assim chamadas porque têm projeções longas e ramificadas que se

assemelham aos dendritos de um neur ônio.


 EXEMPLO

Em beb ês, o timo tem uma massa de cerca de 70g. Após a puberdade, o tecido conjuntivo

adiposo e areolar come ça a substituir o tecido tímico. Quando uma pessoa atinge a

maturidade, a por ção funcional da glândula é reduzida consideravelmente; e na velhice, a

por ção funcional pode pesar apenas 3g. Antes da atrofia do timo, ele povoa os órgãos e

tecidos linf áticos secundários com células T. No entanto, algumas células T continuam a

í
proliferar no timo ao longo da vida de um indiv duo, mas esse n úmero diminui com a idade.

O rico suprimento arterial do timo é derivado principalmente dos ramos intercostais

anteriores e dos ramos mediastinais anteriores das art érias torácicas internas. As veias do

timo terminam nas veias braquiocef álica esquerda, torácica interna e tireoide inferior. Os

vasos linf áticos do timo terminam nos troncos paraesternal, braquiocefálico e

traqueobr ônquico.

BA ÇO

O ba ço é um órgão de coloração geralmente púrpura e polpuda, de tamanho e forma

semelhantes ao punho de um indiv duo.í É relativamente delicado e considerado o órgão

abdominal mais vulner ável em relação aos demais. O baço está localizado na parte

superolateral do quadrante superior esquerdo, mais especificamente no hipoc ôndrio

esquerdo do abdome, onde recebe parcialmente prote ção das costelas inferiores.
 Posi ção do baço dentro da cavidade abdominal.

O ba ço é um órgão móvel, embora normalmente não desça abaixo da região costal (costela);

ele repousa sobre a flexura c ólica esquerda (no intestino), também conhecida como flexura

espl ênica, dada sua relação com o baço. Ele está associado posteriormente com a nona até a

d écima primeira costela esquerda e separado delas pelo diafragma e o recesso

costodiafragm ático. No que tange à topografia do baço, ele mantém relações anteriores com

o est ômago, relações posteriores com o diafragma, que o separa da pleura, do pulmão e das

costelas (nona at é a décima primeira). Inferiormente ao baço, poderemos encontrar a

flexura espl ênica do intestino e, medialmente, o baço mantém relação com o rim esquerdo.

O ba ço entra em contato com a parede posterior do estômago e está conectado à sua

curvatura maior pelo ligamento gastroespl ênico e ao rim esquerdo pelo ligamento

esplenorrenal. Esses ligamentos, contendo vasos espl ênicos, estão fixados no hilo do baço

em sua face medial. O hilo espl ênico frequentemente está em contato com a cauda do

p âncreas e constitui o limite esquerdo da bolsa omental.


 í
As superf cies de contato do ba ço com os demais órgãos da cavidade abdominal.

Como o maior dos órgãos linfáticos, o baço participa do sistema de defesa do corpo como

um local de prolifera ção de linfócitos (leucócitos) e de vigilância e resposta imunológica. No

í
per odo pr é-natal, ele é um órgão hematopoiético, mas, após o nascimento, está envolvido,

principalmente, na identifica ção, remoção e destruição de eritrócitos gastos e plaquetas

degradadas e na reciclagem de ferro e hemoglobina.

 VOC Ê SABIA

O ba ço serve como reservatório de sangue, armazenando hemácias e plaquetas e, em um

grau limitado, pode fornecer uma esp écie de “autotransfusão” em resposta ao estresse

imposto pela hemorragia. Apesar de seu tamanho e das muitas fun ções úteis e importantes

que fornece, n ão é um órgão vital e pode ser removido por meio da esplenectomia em

algumas situa ções.

Para acomodar essas fun ções, o baço possui uma massa vascular (sinusoidal) macia com

uma c ápsula fibroelástica relativamente delicada. A cápsula fina é coberta por uma camada

de perit ônio visceral que circunda inteiramente o baço, exceto no hilo esplênico, onde os

ramos espl ênicos da artéria e as veias esplênicas entram e saem. Consequentemente, é

capaz de expans ão acentuada e algumas contrações relativamente rápidas.


 VOC Ê SABIA

O ba ço varia consideravelmente em tamanho, peso e forma. Geralmente tem

í
aproximadamente 12cm de comprimento e 7cm de largura. A superf cie diafragm ática do

ba ço é convexa e se ajusta à concavidade do diafragma e dos corpos curvos das costelas

adjacentes. A estreita rela ção do baço com as costelas que normalmente o protegem pode

ser prejudicial na presen ça de fraturas de costela.

Como j á vimos, o baço possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso que o envolve. A

por ção interna da cápsula emite trabéculas que se estendem para dentro do parênquima

espl ênico. A cápsula, em conjunto com as trabéculas, as fibras reticulares e os fibroblastos

constituem o estroma do ba ço. Já o parênquima do baço consiste em dois tipos diferentes de

tecido, chamados de polpa branca e de polpa vermelha.

A polpa branca é formada por tecido linfático majoritariamente composto por linfócitos e

macr ófagos dispostos em torno de ramos da artéria esplênica, denominados artérias

centrais.


A polpa vermelha consiste em seios

venosos cheios de sangue e verdadeiros cord ões de tecido esplênico chamados de cordões

espl ênicos. Os cordões esplênicos consistem em glóbulos vermelhos, macrófagos,

linf ócitos, células plasmáticas e granulócitos. As veias estão intimamente associadas à

polpa vermelha.
 Esquema representando a anatomia interna do ba ço.

O suprimento arterial do ba ço provém da artéria esplênica, o maior ramo do tronco celíaco.

Esse vaso segue um curso tortuoso, posteriormente à bolsa omental, anteriormente ao rim

esquerdo e ao longo da borda superior do p âncreas. Entre as camadas do ligamento

esplenorrenal, a art éria esplênica se divide em cinco ou mais ramos que entram no hilo.

A drenagem venosa do ba ço se dá através da veia esplênica, que é formada por várias

tribut árias que emergem do hilo. Recebe a veia mesentérica inferior durante sua trajetória e

em seguida se une à veia mesentérica superior para formar a veia porta hepática.


Os vasos linf áticos do baço deixam os nódulos linfáticos no hilo esplênico e passam ao longo

dos vasos espl ênicos para os linfonodos pancreático-esplênicos, que, por sua vez, drenam

í
linfa para os linfonodos cel acos.

Os nervos do ba ço possuem função vasomotora e são derivados do plexo celíaco e se

distribuem em conjunto com os ramos da art éria esplênica.

Í
NOTA CL NICA: Ruptura de ba ço

O ba ço é o órgão mais frequentemente danificado em casos de trauma abdominal. Golpes

fortes sobre o t órax inferior esquerdo ou abdome superior podem fraturar as costelas que o

protegem. Essa les ão por esmagamento pode resultar em ruptura do baço, o que causa

hemorragia e choques significativos.

A remo ção do baço é necessária, para prevenir a morte por sangramento; e outras

estruturas, particularmente a medula óssea vermelha e o fígado, podem assumir algumas

fun ções normalmente desempenhadas por ele. As funções imunológicas, no entanto,

diminuem na aus ência de um baço, o que coloca o paciente em maior risco de sepse devido à

perda das fun ções de filtragem e de fagocitose do baço.

SEPSE

Sepse é a presença de microrganismos piogênicos e outros organismos patogênicos, ou suas

í
toxinas, na corrente sangu nea ou nos tecidos. É uma infecção no sangue. Para reduzir o

risco de sepse, os pacientes que foram submetidos à retirada do baço tomam antibióticos

profil áticos (preventivos) antes de qualquer procedimento invasivo.

Í
NOTA CL NICA: Esplenomegalia
Quando o ba ço está acometido por alguma doença, como a leucemia granulocítica (alta

contagem de leuc ócitos), ele pode aumentar para 10 ou mais vezes seu tamanho e peso

normais, processo chamado de esplenomegalia.

O ba ço geralmente não é palpável no adulto. Se sua borda inferior puder ser detectada ao

palpar abaixo do rebordo costal esquerdo no final da inspira ção, ela está cerca de três vezes

maior que seu tamanho “normal”. Caso haja esplenomegalia, o hipoc ôndrio esquerdo fica

preenchido, deixa de apresentar timbre timp ânico e passa a maciço ao exame de percussão.

Esse espa ço anatômico (semilunar de Traube) tem forma de lua crescente, circundado pela

margem inferior do pulm ão esquerdo, a margem anterior do baço, o rebordo costal

esquerdo e a margem inferior do lobo esquerdo do f gado. í

De modo geral, esse espa ço tem largura de 12cm e altura de 9cm, projetando-se da 6ª à 9-

10 ª costelas. A expressão “Traube Livre”, muito usada no cotidiano dos hospitais e por

acad êmicos, significa dizer que a percussão do espaço apresenta o timbre timpânico e que a

loja de Traube encontra-se “livre” de ocupa ção, conforme normal.

A esplenomegalia tamb ém ocorre em algumas formas de anemias hemolíticas ou

í
granuloc ticas, nas quais eritr ócitos ou leucócitos, respectivamente, são destruídos em

taxas anormalmente altas. Nesses casos, uma esplenectomia tamb ém é necessária.

Í
NOTA CL NICA: Ba ços acessórios

Um ou mais pequenos ba ços acessórios podem se desenvolver no período pré-natal próximo

ao hilo espl ênico. Eles podem estar embutidos parcial ou totalmente na cauda do pâncreas,

entre as camadas do ligamento gastroespl ênico, no compartimento infracólico, no

mesent ério ou nas proximidades de um ovário ou testículo.

í
Na maioria dos indiv duos afetados, apenas um ba ço acessório está presente. Baços

acess órios são relativamente comuns, geralmente pequenos (aproximadamente 1cm de

di âmetro e variam de 0,2cm a 10cm) e podem se assemelhar a um linfonodo. A consciência

í
da poss vel presen ça de um baço acessório é importante porque, se não for removido

durante uma esplenectomia, os sintomas que indicam a sua remo ção (por exemplo, anemia

espl ênica) podem persistir.

TONSILAS
As tonsilas, conhecidas tamb ém como amígdalas, são agregados de tecido linfático

localizadas na entrada da faringe, onde protegem a regi ão contra patógenos ingeridos e

inalados. Cada tonsila é coberta por um epitélio e possui fossas profundas chamadas de

criptas tonsilares, revestidas por n ódulos linfáticos. As criptas geralmente contêm restos de

comida, leuc ócitos mortos, bactérias e produtos químicos antigênicos. Abaixo das criptas,

as tonsilas s ão parcialmente separadas do tecido conjuntivo subjacente por uma cápsula

fibrosa incompleta.

Existem quatro conjuntos principais de tonsilas:

Uma única tonsila faríngea, conhecida como adenoide, na parede superior e posterior da

faringe, logo atr ás da cavidade nasal.


Um par de tonsilas palatinas na margem posterior da cavidade oral, entre o arco

í
palatoglosso e palatofar ngeo,

Numerosas tonsilas linguais, cada uma com uma única cripta, concentradas em um

í
remendo de cada lado da raiz da l ngua.
Tonsilas tub árias, situadas perto do tórus tubário, uma reflexão da porção membranosa da

tuba auditiva, localizada na nasofaringe. Essas tonsilas, em conjunto, formam o chamado

anel linf ático faríngeo (anel linfático de Waldeyer).

 Esquema demonstrando algumas tonsilas.

Clinicamente, as tonsilas palatinas e a adenoide s ão as mais importantes: as primeiras

geralmente s ão alvo de processos infecciosos que causam inchaço e secreção purulenta,

chamado de amigdalite.
 Diferen ça de uma cavidade oral normal para uma com tonsilite. Note, na segunda e na

terceira representa ção, como as tonsilas palatinas estão inflamadas e inchadas.

J á a adenoide, caso aumentada, pode se tornar quase do tamanho de uma bola de pingue-

pongue e bloquear completamente o fluxo de ar atrav és das passagens nasais.

 ATEN ÇÃO

Mesmo que a adenoide aumentada n ão seja substancial o suficiente para bloquear

fisicamente a parte posterior do nariz, ela pode obstruir o fluxo de ar o suficiente para que

respirar pelo nariz requeira uma quantidade desconfort ável de trabalho, e a inalação ocorra

pela boca aberta. A adenoide aumentada tamb ém pode obstruir as vias aéreas nasais o

suficiente para afetar a voz, sem realmente interromper o fluxo de ar nasal por completo.

Nessas situa ções, ela é removida cirurgicamente.


 Hipertrofia da adenoide.

LINFONODOS

Os linfonodos s ão os mais numerosos órgãos linfáticos: existem cerca de 600 linfonodos

espalhados ao longo do corpo, ao redor de vasos linf áticos. Os linfonodos possuem formato

de um gr ão de feijão e estão situados tanto superficialmente (na tela subcutânea) quanto

profundamente. Grandes grupos deles est ão presentes perto das glândulas mamárias e nas

axilas e na virilha, por ém há numerosos linfonodos ao redor de órgãos da cavidade

abdominal e p élvica.

 VOC Ê SABIA

Os linfonodos, outrora chamados de g ânglios linfáticos, possuem algo entre 1mm a 25mm

de comprimento e, assim como o timo e o ba ço, são revestidos por uma cápsula de tecido

conjuntivo denso que se projeta internamente por meio de trab éculas, dividindo o linfonodo

em compartimentos. Al ém disso, as trabéculas dão suporte e fornecem rotas para os vasos

í
sangu neos.

Novamente, assim como estudamos no timo, a c ápsula, as trabéculas, as fibras reticulares e

os fibroblastos constituem o estroma (estrutura de suporte do tecido conjuntivo) de um


linfonodo, enquanto o par ênquima (parte funcional) de um linfonodo é dividido em um

c órtex, superficial, e uma medula, situada profundamente.

Oc órtex possui uma porção externa e uma porção interna. Dentro do córtex externo

encontram-se aglomerados ovoides de c élulas B, denominados nódulos linfáticos. Um

n ódulo linfático consistindo principalmente de células B é chamado de nódulo linfático

prim ário. A maioria dos nódulos linfáticos no córtex externo são nódulos linfáticos

secund ários, que se formam em resposta a um antígeno e são locais de formação de células

plasm áticas e células B de memória.

 Anatomia interna de um linfonodo.

Depois que as c élulas B em um nódulo linfático primário reconhecem um antígeno, o nódulo

linf ático primário transforma-se em um nódulo linfático secundário. O centro de um nódulo

linf ático secundário contém uma região de células que se coram pela luz, denominada

centro germinativo onde est ão as células B, as células dendríticas foliculares (um tipo

especial de c élula dendrítica) e os macrófagos. Quando as células dendríticas foliculares

í
“apresentam” um ant geno (lembrando, é uma célula apresentadora de antígeno, APC), as

c élulas B proliferam e se desenvolvem em células plasmáticas produtoras de anticorpos ou

se desenvolvem em c élulas B de memória.


As c élulas B de memória persistem após uma resposta imune inicial e “lembram” de ter

í í
encontrado um ant geno espec fico. As c élulas B que não se desenvolvem adequadamente

sofrem apoptose e s ão destruídas pelos macrófagos. A região de um nódulo linfático

secund ário ao redor do centro germinativo é composta por densos acúmulos de células B

que migraram de seu local de origem dentro do n ódulo. O córtex interno não contém

n ódulos linfáticos. Consiste principalmente em células T e células dendríticas que entram

em um linfonodo de outros tecidos.

As c élulas dendríticas apresentam antígenos às células T, causando sua proliferação. As

c élulas T recém-formadas então migram do linfonodo para áreas do corpo onde há

atividade antig ênica. A medula de um linfonodo contém células B, células plasmáticas

produtoras de anticorpos que migraram do c órtex para a medula e macrófagos.

Em rela ção ao fluxo da linfa, ela chega ao linfonodo em apenas uma direção, através de

v ários vasos linfáticos aferentes que penetram na superfície convexa do linfonodo. Os vasos

aferentes cont êm válvulas que se abrem em direção ao centro do nódulo, direcionando a

linfa para dentro. Dentro do linfonodo, a linfa entra em uma s érie de canais irregulares que

cont êm fibras reticulares ramificadas, linfócitos e macrófagos, denominados seios. Essa

linfa percorre o linfonodo at é chegar à medula.


í
A partir da , a linfa entra nos seios medulares, que drenam para um ou dois vasos linf áticos

eferentes, que s ão mais largos e em menor número do que os vasos linfáticos aferentes,

levando a linfa para fora de um linfonodo e, consequentemente, encontrando vasos

linf áticos aferentes de outro linfonodo, até essa linfa alcançar a circulação venosa.

DESCRI ÇÃO TOPOGRÁFICA DOS LINFONODOS

Linfonodos da cabe ça

Est ão subdivididos da seguinte forma:

OCCIPITAIS

De um a tr ês, situam-se na parte posterior da cabeça junto à borda do músculo trapézio.

Recebe linfa do couro cabeludo e direciona a linfa para os linfonodos profundos do pesco ço.

AURICULARES

Aqui, temos dois grupos, os auriculares anteriores, que se disp õem anteriormente ao

pavilh ão auricular; e os auriculares posteriores, que se situam posteriormente ao pavilhão

auricular. Recebem linfa da regi ão temporal, parietal e orelha e conduzem-na para os

linfonodos cervicais.

PAROT DEOS Í

Formam dois grupos, um est á inserido na massa da glândula parótida, enquanto o outro

situa-se na parede lateral da faringe. Drenam parte da face, regi ão temporal, meato
ac ústico, e levam a linfa para linfonodos cervicais.

FACIAIS

Est ão situados abaixo da órbita, ao redor da boca e próximo ao músculo masseter, na

í
mand bula. Drenam as regi ões adjacentes e conduzem linfa para os linfonodos

submandibulares.

FACIAIS PROFUNDOS

Podem ser encontrados ao redor da art éria maxilar, drenando as regiões adjacentes.

LINGUAIS

Est ão na base da língua.

RETROFAR NGEOS Í

Situam-se na f áscia bucofaríngea, profundamente.

Linfonodos do pesco ço

Est ão subdivididos da seguinte maneira:

SUBMANDIBULARES

como o nome indica, est ão situados no corpo da mandíbula e da glândula submandibular. O

mais constante é chamado de linfonodo de Stahr, que pode ser encontrado quando a artéria

facial se curva sobre a mand bula.í


SUBMENTONIANOS

Situados entre os ventres do m úsculo digástrico, abaixo da região conhecida popularmente

como queixo (mentual).

CERVICAIS SUPERFICIAIS

Localizam-se ao redor da veia jugular externa.

CERVICAIS ANTERIORES

S ão irregulares e inconstantes. Os linfonodos dessa cadeia podem ser encontrados

anteriormente à traqueia.

CERVICAIS PROFUNDOS

S ão os mais numerosos. Recebem a linfa dos linfonodos da cabeça e dos demais linfonodos

do pesco ço. Formam uma verdadeira cadeia ao redor da bainha carotídea e situam-se,

portanto, lateralmente à traqueia e esôfago. Com frequência, um linfonodo infartado

pr óximo ao músculo digástrico pode ser palpado, durante inflamações de garganta. Os

vasos eferentes desses linfonodos formam o tronco jugular.

Outro linfonodo de grande import ância pertence à cadeia supraclavicular esquerda e recebe

o nome de linfonodo de Virchow em homenagem a um patologista do s éculo XIX. Esse

linfonodo encontra-se frequentemente infartado em casos de met ástases de cânceres da

cavidade tor ácica, abdominal e pélvica, ou em doenças como tuberculose e sífilis. Sua

palpa ção é denominada na literatura de sinal de Troisier.


 Algumas cadeias linfonodais da cabe ça e do pescoço.

Linfonodos do membro superior

Os linfonodos do membro superior s ão divididos em superficiais e profundos.

Os linfonodos do grupo superficial s ão escassos e classificados em supratrocleares, que

est ão superiormente ao epicôndilo medial do úmero, nas proximidades da veia basílica; e

linfonodos deltopeitorais, que se encontram ao lado da veia cef álica, perto da clavícula.


J á os linfonodos profundos são maiores e mais numerosos (em torno de 25) e estão situados

majoritariamente na axila, por ém podem ser encontrados linfonodos durante a trajetória

das veias sat élites.

Os linfonodos axilares est ão divididos de acordo com a sua posição em relação à axila; e

portanto, podem ser divididos em laterais, peitorais, subescapulares, centrais e

subclaviculares. Os linfonodos da axila recebem linfa de todo o membro superior, assim

como a mama e parte da parede tor ácica e os vasos eferentes formam o tronco subclávio.
 Alguns grupos de linfonodos do membro superior.

Linfonodos do t órax

Podemos dividir os linfonodos do t órax em parietais e viscerais.

Os linfonodos parietais s ão os:

ESTERNAIS

Situados nas extremidades anteriores dos espa ços intercostais, ao lado da artéria torácica

interna. Recebem vasos linf áticos das mamas, de estruturas profundas da parede

í
abdominal e parte do f gado.

INTERCOSTAIS

Ocupam as partes posteriores dos espa ços intercostais e mantêm relações com os vasos

intercostais. Recebem vasos da face posterolateral do t órax. Os vasos dos linfonodos

intercostais mais inferiores desembocam na cisterna no quilo ou no segmento inicial do

ducto tor ácico. Já os dos espaços intercostais superiores vão diretamente para o ducto

tor ácico, do lado esquerdo e os da direita no ducto linfático direito.

DIAFRAGM ÁTICOS
Situam-se na face superior do diafragma.

Os linfonodos viscerais s ão:


MEDIASTINAIS ANTERIORES

Est ão situados na parte anterior do mediastino superior, acima do arco da aorta.

Relacionam-se com as veias braquiocef álicas e ramos do arco aórtico. Recebem linfa do

timo, peric árdio e linfonodos esternais, e seus vasos eferentes unem-se aos dos linfonodos

traqueobronquiais, formando os troncos broncomediastinais direito e esquerdo.

MEDIASTINAIS POSTERIORES

Situados posteriormente, est ão em relação com o esôfago e a aorta descendente. Recebem

linfa do es ôfago, pericárdio e diafragma, assim como parte do fígado. Seus vasos eferentes

na maioria das vezes drenam para o ducto tor ácico ou para os linfonodos

traqueobronquiais.

TRAQUEOBRONQUIAIS

Podem ser subdivididos em quatro grupos: os traqueais, laterais à traqueia; os bronquiais,

entre os br ônquios; broncopulmonares, no hilo de cada pulmão; e pulmonares, situados no

par ênquima pulmonar. Drenam os pulmões, coração, brônquios e parte da traqueia. Como

visto anteriormente, seus vasos eferentes se unem com os vasos eferentes dos linfonodos

mediastinais anteriores; formando, assim, os troncos broncomediastinais direito e

esquerdo. Os linfonodos traqueobronquiais s ão grandes e fibrosos devido à poeira e à

polui ção inaladas constantemente.

Linfonodos do abdome e da pelve

Assim como no t órax, as cadeias de linfonodos podem ser divididas em parietais e viscerais.

Os linfonodos parietais podem ser divididos em:

Í
IL ACOS EXTERNOS

í
De oito a dez, encontram-se ao longo dos vasos il acos externos. Recebem linfa do membro

inferior, parede abdominal p ênis, uretra, próstata, bexiga, útero e vagina.

Í
IL ACOS COMUNS
í
De quatro a seis, situados ao redor dos vasos il acos comuns. Recebem linfa dos vasos

eferentes dos linfonodos descritos anteriormente.

EPIG ÁSTRICOS

De tr ês a quatro, encontrados na trajetória dos vasos epigástricos inferiores.

CIRCUNFLEXOS IL ACOS Í

Podem estar ausentes, mas, em geral, s ão de dois a quatro linfonodos situados na trajetória

í
dos vasos circunflexos il acos profundos.

Í
IL ACOS INTERNOS (HIPOG ÁSTRICOS)

í
Recebem linfa das v sceras p élvicas, períneo, glúteo e região posterior da coxa. Seus vasos

í
desembocam nos linfonodos il acos comuns, j á descritos.

SACRAIS

Situam-se na face p élvica do sacro, ao redor das artérias sacrais laterais e artéria sacral

mediana.

A ÓRTICOS LATERAIS

Os linfonodos do lado direito se situam anteriormente à veia cava, próximo da

desembocadura da veia renal. Os do lado esquerdo formam uma verdadeira cadeia na aorta

e se situam sobre o pilar esquerdo do diafragma. Recebem linfa dos linfonodos il acos í

í
comuns, do test culo, ov ário, tuba uterina e útero, assim como linfa do rim, glândula
suprarrenal e da parede lateral do abdome. Seus vasos eferentes formam os troncos

lombares direito e esquerdo, que desaguam na cisterna do quilo.

PR É-AÓRTICOS

Est ão situados ao redor do tronco celíaco, da artéria mesentérica superior e da artéria

mesent érica inferior, portanto, são divididos dessa forma. Recebem linfa que corresponde

ao suprimento arterial da art éria adjacente. Formam o tronco intestinal, que desemboca na

cisterna do quilo.

RETROA ÓRTICOS

Recebem parte da linfa dos linfonodos a órticos laterais e seus vasos linfáticos eferentes

desaguam na cisterna do quilo.

 Algumas cadeias de linfonodos do abdome.


 ATEN ÇÃO

í
Cabe ressaltar que cada v scera do abdome tamb ém possui um grupo próprio de linfonodos,

que, em última instância, drenam para os linfonodos pré-aórticos. Esses linfonodos seguem

a vasculariza ção da região e podem ser divididos em:

G ástricos

Hep áticos

Pancreaticoduodenais

Pancre ático-esplênicos

Mesent éricos (superiores e inferiores)

Ileoc ólicos

C ólicos direito e esquerdo

Mesoc ólicos

Pararretais

Linfonodos do membro inferior

Consiste nos seguintes grupos:

LINFONODO TIBIAL ANTERIOR

Frequentemente ausente, trata-se de um pequeno linfonodo sobre a membrana inter óssea,

pr óximo aos vasos tibiais anteriores;


LINFONODOS POPL TEOS Í

S ão em número de 6 a 10, imersos na gordura da fossa poplítea, esses linfonodos emitem

vasos eferentes que seguem ao longo dos vasos femorais para levar linfa para os linfonodos

inguinais.

LINFONODOS INGUINAIS

S ão subdivididos em superficiais e profundos. Os linfonodos inguinais superficiais formam

cadeias distais ao ligamento inguinal. Drena parte do p ênis, bolsa escrotal, períneo,

n ádegas e parte da parede abdominal. Os linfonodos inguinais profundos são menos

numerosos e situam-se profundamente à fáscia lata, medialmente à veia femoral. O

linfonodo mais proximal é chamado de linfonodo de Cloquet (ou Rosenmuller). Drenam o

p ênis ou o clitóris.

 Algumas cadeias linfonodais do membro inferior.

Í
NOTA CL NICA: Met ástases

As neoplasias (c ânceres) se espalham pelo corpo por contiguidade, ou seja, crescem em

tecidos adjacentes pr óximos, ou por metástase – processo definido como a disseminação de


c élulas tumorais para locais distantes do tumor original, também chamado de primário.

As met ástases podem ocorrer por três maneiras: invasão direta das membranas serosas de

cavidades corporais, como o perit ônio; propagação linfogênica; e propagação

hematog ênica. Iremos discutir a respeito da disseminação por via linfática, que é a forma

mais comum de dissemina ção para carcinomas, os tipos mais comuns de cânceres.

Nesse meio de propaga ção, as células liberadas no local primário do câncer entram e viajam

atrav és dos vasos linfáticos. As células transmitidas pela linfa são filtradas e aprisionadas

pelos n ódulos linfáticos, que se tornam locais de câncer secundários. O padrão de

envolvimento dos linfonodos cancerosos segue as vias naturais da drenagem linf ática.

Dessa maneira, ao remover um tumor potencialmente metast ático, os cirurgiões podem

classificar o grau de dissemina ção do câncer ao remover e examinar os linfonodos

adjacentes; ou seja, linfonodos que recebem linfa de determinado órgão acometido pelo

c âncer.

Por isso, é importante que a drenagem linfática seja estudada. Torna-se fácil saber quais

linfonodos s ão mais suscetíveis de serem afetados quando um tumor é identificado em um

determinado local ou órgão e para ser capaz de determinar os locais prováveis de locais

prim ários de câncer (fontes de metástase) quando um nódulo aumentado é detectado. Os

n ódulos cancerosos aumentam à medida que as células tumorais dentro deles aumentam;

no entanto, ao contr ário dos nódulos infeccionados inchados, os nódulos cancerosos

geralmente n ão doem quando comprimidos.


ÓRGÃOS LINFÁTICOS PRIMÁRIOS E
SECUND ÁRIOS

O especialista Jose Carlos Siciliano Oliveira far á um breve resumo do módulo.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

CONCLUS ÃO

CONSIDERA ÇÕES FINAIS

O sistema linf ático é essencial para a homeostase. Ele auxilia na filtração de fluidos e

remove o excesso de fluidos dos tecidos. Age, tamb ém, dando suporte ao sistema venoso de

drenagem.

Estudamos que o sistema linf ático tem papel importante na defesa do organismo contra

pat ógenos, corpos estranhos e tumores. Primeiramente, focamos mais os aspectos gerais do

sistema linf ático e pudemos estudar o líquido que faz parte do sistema: a linfa, que corre

atrav és de vasos linfáticos – os quais possuem estruturas semelhantes às veias. Vimos

tamb ém algumas das células de defesa do sistema linfático, como os diversos tipos de

linf ócitos, macrófagos e células dendríticas.


Observamos a exist ência de aglomerados de tecidos linfoides nas mucosas de diversos

outros sistemas, como o sistema digestivo. S ão chamados de MALT (tecido linfoide

associado à mucosa), que estão presentes em diversas regiões e adquirem siglas específicas

quando associados a esses sistemas. Por exemplo, o tecido linfoide associado à mucosa do

trato gastrointestinal (GALT) é formado pelas placas de Peyer, no íleo.

Posteriormente, estudamos os órgãos que compõem o sistema linfático. Estes são divididos

em prim ários (timo e medula óssea vermelha) e secundários (baço e linfonodos, por

exemplo). Um órgão primário diz respeito ao local de secreção de células que se tornarão

linf ócitos, enquanto um órgão secundário, em essência, é o local onde esses pré-linfócitos

amadurecem e s ão armazenados.

Al ém de descrevermos esses órgãos, a função de cada um no papel de secreção, maturação e

armazenamento de linf ócitos foi debatida, assim como as funções secundárias desses

órgãos e também seus aspectos clínicos.

Por fim, descrevemos a distribui ção das cadeias de linfonodos do corpo humano. Os

linfonodos tendem a se aglomerar em regi ões específicas, gerando grupos de linfonodos que

drenam a linfa de um determinado órgão ou local.

 PODCAST

AVALIA ÇÃO DO TEMA:

REFER ÊNCIAS
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EXPLORE+

Para saber mais sobre os assuntos explorados, pesquise:

í
O v deo intitulado “The Lymphatic System Overview, Animation”. H á uma animação

sobre aspectos gerais do sistema linf ático e sua função imunológica, assim como seu

papel de apoio ao sistema circulat ório (no YouTube, em inglês, com legendas em

ingl ês).

O artigo publicado por Natale, Boci e Ribatti (2017) “Scholars and scientists in the

history of the lymphatic system”, que traz uma revis ão histórica a respeito do sistema

linf ático ao longo das eras (na internet, em inglês).

O artigo publicado por de Bree, Tsiaoussis e Schoretsanitis (2018) “The History of

Lymphatic Anatomy and the Contribution of Frederik Ruysch”, que disserta a respeito

da contribui ção específica de Frederik Ruysch, um anatomista que descreveu a

presen ça das válvulas dos vasos linfáticos e corrigiu a descrição do fluxo da linfa (na

internet, em ingl ês).

CONTEUDISTA

M árcio Antônio Babinski

 Í
CURR CULO LATTES

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