Escb PT Eurosistema
Escb PT Eurosistema
Escb PT Eurosistema
O EUROSISTEMA
O SISTEMA EUROPEU DE
BANCOS CENTRAIS
ÍNDICE
Marcos históricos 10
2. Estrutura e atribuições
2.1 O Sistema Europeu de Bancos Centrais e o Eurosistema 12
2.2 O Banco Central Europeu 12
2.3 Atribuições do Eurosistema 13
2.4 Independência 14
2.5 Bancos centrais nacionais 16
2.6 Órgãos de decisão do BCE 16
2.7 Comités do SEBC 19
3. Política monetária
3.1 Estabilidade de preços 20
3.2 A estratégia de política monetária do BCE 20
3.3 Instrumentos de política monetária 21
3.4 Comunicação 23
3.5 Estatísticas monetárias e financeiras 24
4. O sistema TARGET2 26
6. Supervisão bancária 30
Glossário 32
2
PREFÁCIO
Esperamos que aprecie a leitura desta brochura, quer na sua versão impressa,
quer online.
Jean-Claude Trichet
Presidente do Banco Central Europeu
3
O PERCURSO DA UNIÃO ECONÓMICA
E MONETÁRIA
ver Glossário
4
1.
1
O percurso da União 1.1 Integração europeia 1.4 Principais características da área
Económica e Monetária 1.2 Integração económica do euro
1.3 Critérios de convergência 1.5 Benefícios do euro
Marcos históricos
2
Estrutura e atribuições
3
Política monetária
4
O sistema TARGET2
5
As notas e moedas
de euro
6
Supervisão bancária
enunciada no Relatório Werner 1 de 1970, que previa a sua consecução em três fases
a concluir até 1980. No entanto, estes primeiros planos para uma união económica
e monetária nunca se realizaram, devido às consideráveis perturbações monetárias
observadas a nível mundial, após o colapso do sistema de Bretton Woods no início
da década de setenta, e à recessão internacional desencadeada pela primeira crise
petrolífera, em 1973.
Na segunda metade dos anos 80, a ideia de uma união económica e monetária foi Tratado de Maastricht assinado
reavivada com o Acto Único Europeu de 1986, que estabeleceu um mercado comum. em 1992
Porém, tomou-se consciência de que os benefícios de um mercado comum só
poderiam ser colhidos com a introdução de uma moeda única para todos os países
participantes. Em 1988, o Conselho Europeu deu instruções ao Comité Delors
no sentido de este analisar as possibilidades de ser criada a União Económica
e Monetária (UEM) . O Relatório Delors de 1989 conduziu às negociações para
o Tratado da União Europeia, que deu origem à União Europeia e introduziu
alterações ao Tratado que institui a Comunidade Europeia. Assinado em Maastricht
em Fevereiro de 1992 (daí ser, por vezes, designado “Tratado de Maastricht”),
o Tratado da União Europeia entrou em vigor em 1 de Novembro de 1993.
A progressão no sentido da UEM desenrolou-se em três fases. A primeira fase As três fases no sentido da UEM:
(1990-1993) caracterizou-se sobretudo pela constituição de um mercado único I. Mercado Único Europeu
europeu, através da abolição de todos os entraves à livre circulação de pessoas, II. Instituto Monetário Europeu
mercadorias, capital e serviços na Europa. III. O BCE e o euro
5
O PERCURSO DA UNIÃO ECONÓMICA
E MONETÁRIA
1.3
CRITÉRIOS DE CONVERGÊNCIA
Políticas económicas orientadas Os países que desejem adoptar o euro como a sua moeda têm de
para a estabilidade e bancos alcançar um elevado grau de “convergência sustentável”. O grau de convergência
centrais independentes é avaliado com base em vários critérios definidos no Tratado de Maastricht, os
quais requerem que o país em questão apresente:
• um elevado grau de estabilidade de preços
• finanças públicas sólidas
• uma taxa de câmbio estável
• taxas de juro de longo prazo baixas e estáveis.
Estes critérios foram concebidos para assegurar que apenas os países com
políticas económicas orientadas para a estabilidade e um historial de estabilidade
de preços possam passar à Terceira Fase da UEM. O Tratado impõe também que
o banco central do respectivo país seja independente (consultar o artigo 108.º).
16 Estados-Membros Em Maio de 1998, numa cimeira da União Europeia em Bruxelas, confirmou-se que
adoptaram o euro 11 dos então 15 Estados-Membros – a Alemanha, a Áustria, a Bélgica, a Espanha, a
Finlândia, a França, a Irlanda, a Itália, o Luxemburgo, os Países Baixos e Portugal –
preenchiam os critérios para a adopção da moeda única. No dia 1 de Janeiro de 1999,
estes países adoptaram o euro como a sua moeda comum. A Grécia aderiu a este
grupo de países em 1 de Janeiro de 2001, quando preencheu os critérios exigidos.
Desde então, outros países passaram a cumprir os critérios de convergência e
integraram a área do euro – a Eslovénia, em 1 de Janeiro de 2007, Chipre e Malta,
em 1 de Janeiro de 2008, bem como a Eslováquia em 1 de Janeiro de 2009. Um
Estado-Membro, a Suécia, não cumpriu ainda todas as condições. Além disso,
ver Glossário
6
a Dinamarca e o Reino Unido são “Estados-Membros com um estatuto especial”.
Nos protocolos anexos aoTratado que institui a Comunidade Europeia, foi concedido
a estes dois países o direito de escolherem se querem ou não participar na Terceira
Fase da UEM, isto é, adoptar o euro.Ambos os países utilizaram esta cláusula, designada
de “opt-out” (não participação), tendo notificado o Conselho da UE de que não
tencionam passar à Terceira Fase da UEM, ou seja, de que não desejam ainda passar
a fazer parte da área do euro.
1.
A Suécia e oito dos 12 países que aderiram desde 2004 são considerados
membros com uma derrogação , visto que ainda não satisfazem todas as
condições para adoptarem o euro. Quando um Estado-Membro beneficia de
uma derrogação, está isento de algumas das disposições – mas não de todas –
normalmente aplicadas a partir do início da Terceira Fase da UEM. Por exemplo,
está isento de todas as disposições relativas à transferência da responsabilidade
pela política monetária para o Conselho do BCE .
Como acontece com a Suécia, os restantes Estados-Membros da União Europeia Dois Estados-Membros utilizaram
que ainda não adoptaram o euro não dispõem de cláusulas de “opt-out” tais a cláusula de “opt-out ”
como as negociadas pela Dinamarca e o Reino Unido.
Este facto implica que, ao aderirem à União Europeia, os novos Estados-Membros Os novos Estados-Membros da
comprometem-se a adoptar o euro quando preencherem os critérios de União Europeia comprometem-se
convergência . O BCE e a Comissão Europeia elaboram relatórios de dois a adoptar o euro
em dois anos – ou a pedido do Estado-Membro com uma derrogação – sobre
os progressos feitos no sentido do cumprimento dos critérios de convergência.
Esses relatórios de convergência têm também em linha de conta outros factores
passíveis de influenciar a integração do país na economia da área do euro, sendo
com base neles que o Conselho da UE decide se um país pode ou não passar
a fazer par te da área do euro.
1.4 Os diferentes países que compõem actualmente a área do euro eram eco-
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DO EURO
7
O PERCURSO DA UNIÃO ECONÓMICA
E MONETÁRIA
A área do euro é uma das maiores economias do mundo, com uma população
Uma das maiores que, em 2006, ascendia a 318 milhões de habitantes. Na sua totalidade, a União
economias mundiais Europeia é composta por 27 países e uma população de 493 milhões de
habitantes. Em comparação, os Estados Unidos e o Japão contam com,
respectivamente, 299 e 128 milhões de habitantes.
Dependência limitada relativamente Embora possa ser consideravelmente afectada pela evolução da economia mundial,
ao comércio externo o facto de a área do euro ter uma economia menos aberta significa que os movi-
mentos nos preços de produtos estrangeiros têm apenas um impacto limitado nos
seus preços internos. No entanto, é uma economia mais aberta do que os Estados
Unidos ou o Japão. Em percentagem do PIB, as exportações de bens e serviços da
área do euro em 2006 (21,6%)2 foram significativamente mais elevadas do que as
dos Estados Unidos (11%) e do Japão (16,8%).
1.5
B E N E F Í C I O S D O E U RO
Um verdadeiro mercado único Com a criação da União Económica e Monetária (UEM) , a União Europeia
de bens e serviços deu um passo importante no sentido da realização do mercado interno. Agora os
consumidores e as empresas podem facilmente comparar preços e identificar os
fornecedores mais competitivos na área do euro. Além disso, a UEM proporciona
uma conjuntura de estabilidade económica e monetária em toda a Europa, que
propicia um crescimento sustentável e a criação de emprego, e a moeda única
eliminou as perturbações decorrentes dos movimentos bruscos das taxas de câmbio
das anteriores moedas nacionais.
9
MARCOS HISTÓRICOS
1952 1979
Criação do Sistema Monetário Europeu
(SME).
1981
1986
Entrada em vigor dos Tratados de
Roma; estabelecimento da Comunidade
Económica Europeia (CEE) e da
Comunidade Europeia da Energia Adesão de Portugal e Espanha.
1987
Atómica (EURATOM).
1967
O Tratado de Fusão combina as três
comunidades existentes (CECA, CEE,
EURATOM).
1970
1989
Apresentação do Relatório Werner,
a primeira proposta de um “projecto”
de união monetária.
1973
Adesão da Dinamarca, da Irlanda e
do Reino Unido às Comunidades
Europeias.
Apresentação pelo Comité Delors
do relatório sobre a União Económica
e Monetária (UEM).
10
1.
1990 2001
Início da Primeira Fase da UEM. A Grécia passa a ser o 12.º país
1993
participante na área do euro.
1994
e moedas de euro.
2003
Entrada em vigor do novo Tratado
da União Europeia alterado (Tratado
de Nice).
2004
1995
Adesão da Áustria, da Finlândia e Em 1 de Maio, adesão à União Europeia
da Suécia à União Europeia. de mais dez países.
1998 2007
Liquidação do IME e estabelecimento Adesão da Bulgária e da Roménia
do Banco Central Europeu em à União Europeia, que passa a contar
Frankfurt am Main. com 27 Estados-Membros. Entrada da
1999
Eslovénia na área do euro. Assinatura
do Tratado de Lisboa em Dezembro.
2008
Entrada de Chipre e Malta na área do
euro, que conta agora com 15 países.
2009
Entrada da Eslováquia na área do euro.
11
ESTRUTURA E ATRIBUIÇÕES
2.1 E
O S I S T E M A E U RO P E U D E B A N C O S C E N T R A I S
O E U RO S I S T E M A
O Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC) foi criado em conformidade
com o disposto no Tratado de Maastricht e nos Estatutos do Sistema Europeu
de Bancos Centrais e do Banco Central Europeu (Estatutos do SEBC).
O SEBC é constituído pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelos bancos centrais
nacionais (BCN) de todos os Estados-Membros da União Europeia.
O BCE é uma instituição substituído o seu antecessor, o Instituto Monetário Europeu (IME). É uma
supranacional instituição supranacional com personalidade jurídica própria. Presentemente, o
BCE ocupa três edifícios no centro de Frankfur t am Main, mas, em 2011,
mudar-se-á para a sua nova sede, em construção na zona leste da cidade.
ver Glossário
12
1.2.
1
O percurso da União
Económica e Monetária
2
Estrutura e atribuições 2.1 O Sistema Europeu de Bancos 2.4 Independência
Centrais e o Eurosistema 2.5 Bancos centrais nacionais
2.2 O Banco Central Europeu 2.6 Órgãos de decisão do BCE
2.3 Atribuições do Eurosistema 2.7 Comités do SEBC
3
Política monetária
4
O sistema TARGET2
5
As notas e moedas
de euro
6
Supervisão bancária
Os BCN do Eurosistema transferiram activos de reserva para o BCE, no valor Activos de reserva detidos pelo
de cerca de 40 mil milhões de euros (85% em moeda estrangeira e 15% em BCE e pelos BCN
ouro). Em troca, os BCN receberam activos remunerados sobre o BCE, deno-
minados em euros. Os BCN do Eurosistema par ticipam na gestão das reservas
externas do BCE, actuando como agentes do BCE, em conformidade com as
orientações de gestão de car teiras definidas pelo BCE. Os restantes activos de
reserva do Eurosistema são detidos e geridos pelos BCN. As transacções que
envolvam esses activos de reserva são reguladas pelo Eurosistema.
Par ticularmente transacções superiores a determinados montantes requerem
a aprovação prévia do BCE.
13
ESTRUTURA E ATRIBUIÇÕES
Independência pessoal Os Estatutos do SEBC prevêem a segurança dos mandatos dos governadores
dos BCN e dos membros da Comissão Executiva do BCE do seguinte modo:
ver Glossário
14
Nationale Bank van Central Bank and
2.
België / Banque Deutsche Financial Services
Nationale de Belgique Bundesbank Authority of Ireland Bank of Greece
Central Bank of
Banco de España Banque de France Banca d’Italia Cyprus
15
ESTRUTURA E ATRIBUIÇÕES
Os BCN realizam operações Os BCN participam na condução da política monetária única da área do euro.
de política monetária Realizam operações de política monetária, destinadas, por exemplo, a fornecer moeda
do banco central às instituições de crédito , e asseguram a liquidação de
pagamentos escriturais domésticos e transfronteiras.Além disso, conduzem operações
de gestão de reservas externas por conta própria ou como agentes do BCE.
2.6
ÓRGÃOS DE DECISÃO DO BCE
O Conselho do BCE reúne-se O Conselho do BCE é composto pelos membros da Comissão Executiva
na 1.ª e na 3.ª quinta-feira de cada mês do BCE e pelos governadores dos BCN dos países da área do euro. De acordo
com os Estatutos do SEBC, este órgão deve reunir-se, no mínimo, dez vezes por
ano. A data das reuniões é decidida pelo próprio Conselho, com base
numa proposta da Comissão Executiva. A menos que no mínimo três
governadores levantem alguma objecção, as reuniões podem ser realizadas por
teleconferência. Actualmente, as reuniões têm lugar duas vezes por mês, na primeira
ver Glossário
16
e na terceira quinta-feira de cada mês. As questões relacionadas com a política
monetária são normalmente discutidas apenas na primeira reunião do mês.
Na tomada de decisões sobre política monetária e sobre outras atribuições do Incidência na área do euro
Eurosistema, o Conselho do BCE tem em consideração os desenvolvimentos no
conjunto da área do euro.
A Comissão Executiva do BCE é composta pelo Presidente e pelo Vice-Presidente A Comissão Executiva reúne-se
do BCE e por mais quatro membros. Os seus membros, seleccionados de entre todas as terças-feiras
personalidades de reconhecida competência e com experiência profissional nos
domínios monetário e bancário, são nomeados de comum acordo pelos governos
dos países da área do euro, a nível de Chefes de Estado ou de Governo, sob
recomendação do Conselho da UE e após consulta ao Parlamento Europeu
17
ESTRUTURA E ATRIBUIÇÕES
O Conselho Geral reúne-se O Conselho Geral do BCE é composto pelo Presidente e pelo Vice-Presidente
quatro vezes por ano do BCE e pelos governadores dos BCN de todos os Estados-Membros da União
Europeia. Os outros membros da Comissão Executiva, o Presidente do Conselho
da UE e um membro da Comissão Europeia podem par ticipar nas reuniões
do Conselho Geral, embora não tenham direito de voto. As reuniões do
Conselho Geral podem ser convocadas sempre que o Presidente do BCE
considere necessário ou a pedido de, pelo menos, três dos seus membros. Este
órgão reúne habitualmente em Frankfur t am Main de três em três meses.
18
realizados em matéria de convergência por parte dos Estados-Membros da União
Europeia que ainda não adoptaram o euro e pelo aconselhamento sobre os
preparativos necessários para a adopção do euro como a sua moeda. Contribui também
para as funções consultivas do SEBC e ajuda na recolha de informação estatística.
2.7 Os órgãos de decisão do BCE são apoiados por comités do SEBC, os quais
COMITÉS DO SEBC
Os comités de peritos apoiam
2.
são impor tantes também em termos de cooperação intra-SEBC. Os comités do os órgãos de decisão
SEBC são compostos por especialistas do BCE e dos BCN do Eurosistema ,
assim como de outros organismos competentes, tais como as autoridades de
supervisão nacionais, no caso do Comité de Supervisão Bancária. Cada um dos
BCN dos Estados-Membros que não fazem par te da área do euro nomeou
especialistas para par ticiparem nas reuniões dos comités do SEBC, sempre que
forem discutidas matérias específicas da competência do Conselho Geral do BCE.
Os mandatos dos comités são estabelecidos pelo Conselho do BCE , ao qual
os comités prestam informação através da Comissão Executiva .
Por último, em 2005, foi criada uma Conferência de Recursos Humanos, composta
por membros do SEBC, com o objectivo de reforçar a cooperação e o espírito
de equipa entre os bancos centrais do Eurosistema/SEBC em matéria de gestão
de recursos humanos.
19
POLÍTICA MONETÁRIA
A estabilidade de preços é O ar tigo 2.º do Tratado da União Europeia estipula que a União Europeia
a principal prioridade tem por objectivos a “promoção do progresso económico e social e de um
elevado nível de emprego e a realização de um desenvolvimento equilibrado e
sustentável”. O Eurosistema contribui para esses objectivos mantendo a esta-
bilidade de preços. Além disso, na prossecução da estabilidade de preços, tem
esses objectivos em consideração. Caso exista qualquer conflito entre os
objectivos, o BCE tem sempre de dar prioridade à manutenção da estabilidade
de preços.
3.2
A E S T R AT É G I A D E P O L Í T I C A M O N E T Á R I A D O B C E
O BCE precisa de influenciar as condições no mercado monetário e, por
conseguinte, o nível das taxas de juro de cur to prazo, para que seja alcançada
a estabilidade de preços.
20
3.
1
O percurso da União
Económica e Monetária
2
Estrutura e atribuições
3
Política monetária 3.1 Estabilidade de preços 3.4 Comunicação
3.2 A estratégia de política monetária 3.5 Estatísticas monetárias e financeiras
do BCE
3.3 Instrumentos de política monetária
4
O sistema TARGET2
5
As notas e moedas
de euro
6
Supervisão bancária
3.3 da liquidez e com a orientação das taxas de juro de curto prazo por parte
I N S T R U M E N TO S D E P O L Í T I C A M O N E T Á R I A
O mecanismo de transmissão da política monetária começa com a gestão
do banco central.
Para orientar as taxas de juro de cur to prazo, o Eurosistema tem ao seu dispor
um conjunto de instrumentos de política monetária, designadamente as
operações de mercado aber to, as facilidades permanentes e as reservas
mínimas obrigatórias.
21
POLÍTICA MONETÁRIA
Facilidades permanentes O Eurosistema oferece igualmente duas facilidades permanentes, que delimitam
as taxas de juro do mercado overnight fornecendo e absorvendo liquidez:
Reservas mínimas obrigatórias Por último, o Eurosistema exige que as instituições de crédito mantenham
reservas mínimas em contas aber tas nos BCN. Todas as instituições de crédito
devem manter uma cer ta percentagem dos depósitos dos seus clientes (bem
como de outras responsabilidades) numa conta junto do BCN relevante, ao longo
de um período de manutenção de reservas de cerca de um mês. O Eurosistema
paga uma taxa de juro de curto prazo sobre essas contas. A finalidade do regime
de reservas mínimas é estabilizar as taxas de juro do mercado monetário e criar
(ou aumentar a) escassez de liquidez estrutural no sistema bancário.
ver Glossário
22
3.4 Uma comunicação externa eficaz é uma par te essencial da missão de um
COMUNICAÇÃO
Para que a sua comunicação seja eficaz, o BCE e os BCN recorrem a diferentes
meios. Os mais impor tantes são:
23
POLÍTICA MONETÁRIA
O BCE compila os agregados Os BCN (e, em alguns casos, outras autoridades nacionais) recolhem dados das
da área do euro instituições financeiras e de outras fontes nos respectivos países e calculam
agregados ao nível nacional, que posteriormente enviam para o BCE. Este, por
sua vez, compila os agregados para a área do euro.
ver Glossário
24
A nível europeu, a responsabilidade pelas estatísticas é par tilhada entre o BCE
e a Comissão Europeia (através do Eurostat, o serviço de estatística das
Comunidades Europeias). O BCE é o principal responsável, ou par tilha a
responsabilidade, pelas estatísticas monetárias, de instituições financeiras e de
mercados financeiros, pelas estatísticas externas (incluindo as de balança de
pagamentos) e pelas contas financeiras da área do euro, bem como pelo
desenvolvimento de contas não financeiras trimestrais para os sectores
3.
institucionais (famílias, empresas e administrações públicas). A responsabilidade
pela infra-estrutura estatística (incluindo o ajustamento sazonal, a concepção
de um quadro de qualidade e as normas de transmissão de dados) a nível
europeu é também par tilhada pelas duas instituições. Sempre que possível,
as estatísticas do SEBC seguem as normas internacionais.
25
O SISTEMA TARGET2
4.
O S I S T E M A TA R G E T 2
Liquidação por bruto em O TARGET2 (do inglês Trans-European Automated Real-time Gross
tempo real em euros settlement Express Transfer / Sistema de Transferências Automáticas
Transeuropeias de Liquidações pelos Valores Brutos em Tempo Real)
substituiu a primeira geração do sistema TARGET, em funcionamento desde
Janeiro de 1999, a data de lançamento do euro.
ver Glossário
26
4.
1
O percurso da União
Económica e Monetária
2
Estrutura e atribuições
3
Política monetária
4
O sistema TARGET2
5
As notas e moedas
de euro
6
Supervisão bancária
27
AS NOTAS E MOEDAS DE EURO
Existem sete denominações: €5, €10, €20, €50, €100, €200 e €500. Quanto maior
a denominação da nota, maior a sua dimensão.
As janelas e os pór ticos na frente das notas simbolizam o espírito de aber tura
e cooperação na Europa. A ponte, no verso, funciona como uma metáfora da
comunicação entre os povos da Europa e entre a Europa e o resto do mundo.
ver Glossário
28
5.
1
O percurso da União
Económica e Monetária
2
Estrutura e atribuições
3
Política monetária
4
O sistema TARGET2
5
As notas e moedas 5.1 Notas
de euro 5.2 Moedas
6
Supervisão bancária
5.2
M O E DA S
Um euro divide-se em 100 cêntimos ou cent. Existem oito moedas de
euro: 1, 2, 5, 10, 20 e 50 cent, €1 e €2, cada uma delas com uma face europeia
e uma face nacional. Como é óbvio, todas as moedas de euro podem ser
utilizadas em qualquer país da área do euro, independentemente da sua face
nacional.
Houve um cuidado especial na produção das moedas de maior valor (€1 e €2)
para as proteger de contrafacções. Os sofisticados desenhos a duas cores de
ambas as denominações, assim como a inscrição no bordo da moeda de €2,
tornam difícil a sua contrafacção.
29
SUPERVISÃO BANCÁRIA
6.
S U P E RV I S Ã O B A N C Á R I A
A responsabilidade directa pela supervisão bancária e pela estabilidade
financeira continua a ser das autoridades competentes em cada Estado-Membro
da União Europeia. No entanto, o Tratado atribui ao SEBC a função de
“contribuir para a boa condução das políticas desenvolvidas pelas autoridades
competentes no que se refere à supervisão prudencial das instituições de
crédito e à estabilidade do sistema financeiro”.
ver Glossário
30
6.
1
O percurso da União
Económica e Monetária
2
Estrutura e atribuições
3
Política monetária
4
O sistema TARGET2
5
As notas e moedas
de euro
6
Supervisão bancária
31
GLOSSÁRIO
Activo remunerado: um activo financeiro que o então director-geral do Banco de Pagamentos Conselho Geral do BCE: um dos órgãos de
confere ao seu titular o direito de receber paga- Internacionais; Niels Thygesen, professor de decisão do BCE. É composto pelo Presidente e
mentos em juros do devedor que o emitiu. Economia, da Dinamarca; e Miguel Boyer, o então pelo Vice-Presidente do BCE e pelos governa-
presidente do Banco Exterior de España. dores dos bancos centrais nacionais de todos os
Banco central: uma instituição que, por lei, tem O Relatório Delors propunha que a UEM fosse Estados-Membros da União Europeia.
a responsabilidade de conduzir a política mone- alcançada em três fases.
tária de uma área específica. Critérios de convergência: os quatro critérios
Comunidade Económica Europeia (CEE): criada que os Estados-Membros da União Europeia
Banco Central Europeu (BCE): criado em 1 de em 1957 pelo Tratado de Roma, constituiu um devem cumprir antes de adoptarem o euro, de-
Junho de 1998 e com sede em Frankfur t am passo no sentido da integração económica, ao signadamente, um nível de preços estável, finanças
Main, o BCE, juntamente com os bancos centrais proporcionar a livre circulação de pessoas, públicas sólidas (um nível limitado de défice e de
nacionais da área do euro, define e implementa mercadorias, capital e serviços entre os Estados- dívida pública face ao PIB), uma taxa de câmbio
a política monetária dos países que adoptaram o -Membros. estável e taxas de juro de longo prazo baixas e
euro. estáveis.
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço
Base monetária: por vezes também designada (CECA): uma das Comunidades Europeias. Critérios de Copenhaga (critérios de adesão): as
“stock de moeda primária” ou “moeda primária”, A CECA foi criada em 1951 em Paris e esta- condições que os países que pretendam aderir à
consiste nas notas e moedas fora dos cofres dos beleceu um mercado comum para o carvão e União Europeia devem preencher, nomeadamente,
bancos centrais e nos depósitos das instituições o aço entre os seis Estados-Membros fundadores o cumprimento de critérios políticos (instituições
de crédito junto dos bancos centrais. (a Alemanha, a Bélgica, a França, a Itália, o Luxem- estáveis que garantam a democracia, o Estado de
burgo e os Países Baixos). Direito, os direitos humanos, o respeito pelas
minorias) e de critérios económicos (uma economia
Comissão Europeia: uma das cinco instituições de mercado viável), e a adopção do acervo
europeias. Foi criada em 1967 para servir as três Conselho da União Europeia (Conselho da UE):
uma das instituições da Comunidade Europeia. comunitário (a base comum de direitos e obrigações
Comunidades Europeias. Elabora propostas de que vinculam todos os Estados-Membros a título da
legislação europeia, que apresenta ao Parlamento É composto por representantes dos governos
dos Estados-Membros, geralmente os ministros União Europeia). Estes critérios foram definidos no
Europeu e ao Conselho da UE. A Comissão asse- Conselho Europeu de Copenhaga, em Junho de
gura a devida implementação das decisões comu- responsáveis pelos assuntos em consideração
(sendo por esse motivo, muitas vezes, referido 1993, e confirmados no Conselho Europeu de
nitárias e supervisiona a forma como os fundos Madrid, em Dezembro de 1995.
da União Europeia são dispendidos. Acompanha como “Conselho de Ministros”). O Conselho da
igualmente o cumprimento dos tratados e legis- UE, quando composto pelos ministros das
lação comunitários. Como guardiã dos tratados, Finanças e da Economia, é normalmente Deflação: processo em que o nível geral de
assegura, juntamente com o Tribunal de Justiça designado por “Conselho ECOFIN”. Além disso, preços desce de forma contínua durante um
das Comunidades Europeias, que a legislação para decisões de especial impor tância, o período prolongado.
aplicável a todos os Estados-Membros seja Conselho da UE reúne-se a nível de Chefes
devidamente implementada. Actualmente, a de Estado ou de Governo. Nesta composição, Derrogação: estatuto aplicável a nove Estados-
Comissão é constituída por um presidente e não deve ser confundido com o Conselho -Membros (a Suécia e oito dos novos Estados-
26 comissários. Os seus depar tamentos são Europeu, que também reúne a nível de Chefes -Membros). De acordo com o ar tigo 122.º do
designados “direcções-gerais” e são responsáveis de Estado ou de Governo, mas cuja finalidade Tratado que institui a Comunidade Europeia,
pela implementação de políticas comuns e pela é dar à União Europeia o impulso necessário os Estados-Membros que beneficiam de uma
administração geral de uma área específica. ao seu desenvolvimento e definir as orientações derrogação são aqueles que se comprometeram
Representa os interesses gerais da União Europeia de política gerais. a adoptar o euro, mas ainda não o fizeram. De
e é independente dos Estados-Membros. O seu momento, estes países estão isentos dos direitos
mandato é de cinco anos, mas pode ser dissolvida Conselho do BCE: o órgão de decisão supremo e obrigações decorrentes da introdução do euro
pelo Parlamento Europeu. do BCE. É composto pelos seis membros da como moeda única. O caso da Dinamarca e do
Comissão Executiva do BCE e pelos governadores Reino Unido é diferente: ambos beneficiam de
Comissão Executiva do BCE: um dos órgãos de dos bancos centrais nacionais dos Estados- uma isenção de par ticipação na Terceira Fase da
decisão do BCE. É composta pelo Presidente e -Membros da União Europeia que adoptaram UEM.
pelo Vice-Presidente do BCE e por mais quatro o euro.
membros, nomeados de comum acordo pelos Estabilidade de preços: o objectivo primordial do
Chefes de Estado ou de Governo dos países que Conselho ECOFIN: ver Conselho da União Eurosistema. O Conselho do BCE definiu a esta-
adoptaram o euro. Europeia. bilidade de preços como sendo um aumento
anual, em termos homólogos, dos preços no con-
Comité Delors: comité ao qual, em Junho de Conselho Europeu: proporciona à União Euro- sumidor (medidos pelo IHPC) da área do euro
1998, o Conselho Europeu atribuiu o mandato de peia o incentivo necessário para o seu desenvolvi- inferior a 2%. Na prossecução da estabilidade de
estudar e propor um plano concreto para levar mento e define as respectivas orientações de preços, o Conselho do BCE visa manter as taxas
a efeito a União Económica e Monetária (UEM). política gerais. Reúne os Chefes de Estado ou de de inflação em níveis inferiores mas próximos de
Presidido pelo então Presidente da Comissão Governo dos Estados-Membros e o Presidente da 2% no médio prazo.
Europeia, Jacques Delors, o comité era composto Comissão Europeia (ver também Conselho da
pelos governadores dos bancos centrais nacionais União Europeia). Eurogrupo: grupo informal que reúne os ministros
da Comunidade Europeia; Alexandre Lamfalussy, da Economia e das Finanças dos países da área do
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euro e no âmbito do qual são discutidas questões cepção de fundos de um montante não inferior representam a maior percentagem do mercado
relacionadas com as responsabilidades partilhadas ao valor monetário emitido; e (c) aceite como obrigacionista.
por todos os países da área do euro no que diz meio de pagamento por empresas que não a
respeito à moeda única. A Comissão Europeia e emitente. Os bancos e as caixas económicas são Operações cambiais: a compra ou venda de divisas.
o BCE são convidados a par ticipar nas reuniões. os tipos mais comuns de instituições de crédito. No contexto do Eurosistema, significa a compra ou
Por norma, o Eurogrupo reúne-se imediatamente a venda de outras moedas face ao euro.
antes da reunião do Conselho ECOFIN. Instituto Monetário Europeu (IME): o organismo
europeu responsável pela preparação da fase final Operações principais de refinanciamento:
Eurosistema: é composto pelo BCE e pelos da União Económica e Monetária. Foi criado em operações de mercado aber to regulares,
bancos centrais nacionais dos países da área do 1 de Janeiro de 1994 e substituído pelo BCE em executadas pelo Eurosistema para proporcionar
euro. Define e implementa a política monetária da 1 de Junho de 1998. ao sistema bancário o montante apropriado
área do euro. de liquidez. São realizadas sob a forma de leilões
Mecanismo de Taxas de Câmbio II (MTC II): semanais nos quais os bancos podem apresentar
Facilidade permanente: facilidade do banco o quadro de cooperação, em termos de política as suas propostas para a aquisição de liquidez.
central à qual as contrapar tes têm acesso por de taxa de câmbio, entre os países da área do
sua própria iniciativa. O Eurosistema disponibiliza euro e os Estados-Membros fora dela. A par ti- Paridades do poder de compra (PPC): taxas de
duas facilidades permanentes, a facilidade cipação no mecanismo é voluntária. No entanto, conversão que equiparam o poder de compra de
permanente de cedência de liquidez e a facilidade espera-se que os Estados-Membros que diferentes moedas eliminando as diferenças nos
permanente de depósito. beneficiam de uma derrogação par ticipem no níveis de preços entre os países. Na sua forma
mecanismo, estabelecendo desse modo uma mais simples, mostram a relação entre os preços
Facilidade permanente de depósito: uma paridade central para a sua moeda face ao euro nas moedas nacionais de um mesmo bem ou
facilidade permanente do Eurosistema que as e uma banda de flutuação em torno dessa serviço em diferentes países.
contrapar tes podem utilizar para efectuar paridade central. A margem de flutuação normal
depósitos à ordem num banco central nacional é ± 15%. No caso dos países não par ticipantes
Parlamento Europeu: instituição europeia com-
pelo prazo overnight, remunerados a uma taxa de na área do euro que tenham atingido um nível
posta por 785 representantes, directamente elei-
juro fixada antecipadamente. muito elevado de convergência com a área do
tos, dos cidadãos dos Estados-Membros da União
euro, pode ser acordada uma banda de flutuação
Europeia. Dispõe principalmente de poderes
mais estreita a pedido do Estado-Membro em
Facilidade permanente de cedência de liquidez: consultivos, mas também par tilha com o Con-
questão.
uma facilidade permanente do Eurosistema que selho da UE poderes orçamentais na aprovação
as contrapar tes podem utilizar para receber do orçamento anual. A sua associação com o
crédito pelo prazo overnight de um banco central Mecanismo de transmissão: processo através do Conselho da UE estende-se igualmente à
nacional a uma taxa de juro fixada qual as variações nas taxas de juro influenciam, elaboração de legislação comunitária e ao con-
antecipadamente contra activos elegíveis. por vários canais, o compor tamento dos agentes trolo da Comissão Europeia.
económicos, a actividade económica e, em última
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor instância, o nível geral de preços. Produto interno bruto (PIB): uma das medidas
(IHPC): a medida dos preços utilizada pelo da actividade económica. Representa o valor de
Conselho do BCE para avaliar a estabilidade de Mercado de títulos (mercado bolsista): o mer- todos os bens e serviços produzidos por uma
preços na área do euro. É calculado e publicado cado de acções das empresas cotadas em bolsa. economia ao longo de determinado período.
pelo Eurostat, o serviço de estatística das As acções são normalmente consideradas
Comunidades Europeias. investimentos mais arriscados do que as obri- Reservas mínimas: a obrigação por par te das
gações, visto os seus titulares terem o direito a instituições de crédito de manterem um depósito
Inflação: um aumento persistente do nível geral receberem dividendos das empresas emitentes, ao junto do banco central. As reservas mínimas de
de preços, que conduz a uma descida persistente passo que os titulares de obrigações têm o direito cada instituição de crédito são calculadas como
do poder de compra da moeda. É normalmente a receberem juros independentemente dos lucros uma percentagem da moeda depositada pelos
expressa em termos de uma taxa média de obtidos pelas empresas. seus clientes (não bancários).
variação anual de um índice de preços, como, por Mercado monetário interbancário: o mercado de
exemplo, o IHPC. empréstimos de cur to prazo entre bancos.
SEPA (do inglês Single Euro Payments Area / Área
O termo descreve, normalmente, a comercia-
Única de Pagamentos em Euros): espaço
lização de fundos com um prazo de maturidade
Instituição de crédito: nos termos da Directiva europeu que permite a par ticulares, empresas e
entre um dia (overnight ou menos de um dia)
2000/12/CE, trata-se de (i) uma empresa cuja outras entidades efectuar e receber pagamentos
actividade principal consiste em receber do e um ano. escriturais em euros, tanto a nível nacional como
público depósitos ou outros fundos reembolsáveis transfronteiras, mediante as mesmas condições,
e em conceder crédito por sua própria conta; ou Mercado obrigacionista: mercado no qual são direitos e obrigações básicas, independentemente
(ii) uma empresa ou qualquer outra pessoa transaccionadas as obrigações emitidas pelas da sua localização. A SEPA funciona como um
colectiva, que não as incluídas em (i), que emita empresas e pelas administrações públicas, com mercado único de pagamentos domésticos e
meios de pagamento sob a forma de moeda vista a obterem capital para os seus investimentos. permite aos clientes efectuar pagamentos de um
electrónica. Por “moeda electrónica”, entende-se: As obrigações são títulos que vencem juros a uma modo tão fácil e económico como no seu próprio
um valor monetário, representado por um crédito taxa de juro fixa ou variável e com um prazo de país. Esta iniciativa é gerida pelo EPC (European
sobre o emitente, e que seja: (a) armazenado num maturidade de pelo menos um ano (a par tir da Payments Council / Conselho de Pagamentos
supor te electrónico; (b) emitido contra a re- data de emissão). As obrigações a taxa fixa Europeu), que foi criado em 2002 e é o órgão de
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GLOSSÁRIO
decisão e coordenação do sector bancário assinado a 7 de Fevereiro de 1992 e entrou em fase (a par tir de 1 de Janeiro de 1999) começou
europeu no domínio dos pagamentos. vigor a 1 de Novembro de 1993. O Tratado da com a fixação irrevogável das taxas de câmbio, a
União Europeia introduziu alterações ao Tratado transferência da responsabilidade pela política
Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC): que institui a Comunidade Europeia e deu origem monetária para o BCE e a introdução do euro
é constituído pelo BCE e pelos bancos centrais à União Europeia. como a moeda única.
nacionais de todos os Estados-Membros da União
Europeia. Tratado de Amesterdão: tratado assinado em
Amesterdão a 2 de Outubro de 1997, entrando
Sistema Monetário Europeu (SME): regime que em vigor a 1 de Maio de 1999. Juntamente com
esteve em funcionamento entre 1979 e 1999; o Tratado de Nice, assinado a 26 de Fevereiro de
antes da introdução do euro, várias moedas dos 2001 e em vigor desde 1 de Fevereiro de 2003,
Estados-Membros da União Europeia estavam introduziu alterações quer ao Tratado que institui
ligadas entre si no SME. Eram três as suas a Comunidade Europeia, quer ao Tratado da
componentes básicas: o ECU, que era o cabaz de União Europeia.
moedas dos Estados-Membros; o mecanismo de
taxas de câmbio e de intervenção, que atribuía a Tratado de Lisboa: tratado assinado em 13 de
cada moeda uma taxa de câmbio central ligada ao Dezembro de 2007, só entrará em vigor após ter
ECU (taxa de câmbio bilateral); e os mecanismos sido ratificado por todos os Estados-Membros.
de crédito, que permitiam aos bancos centrais Introduz alterações ao Tratado que institui a
intervir se as taxas de câmbio bilaterais exce- Comunidade Europeia e ao Tratado da União
dessem um determinado limite. Em 1 de Janeiro Europeia, que continuam a ser a base para o
de 1999, o SME foi substituído pelo Mecanismo funcionamento da União Europeia. O Tratado de
de Taxas de Câmbio II. Lisboa simplifica a estrutura da União Europeia,
que consiste actualmente em três “pilares”: a
TARGET2 (do inglês Trans-European Automated Comunidade, a política externa e de segurança
Real-time Gross settlement Express Transfer / comum, e a cooperação no domínio da justiça e
Sistema de Transferências Automáticas assuntos internos. No novo Tratado, os pilares
Transeuropeias de Liquidações pelos Valores deixam de existir e a Comunidade é substituída
Brutos em Tempo Real): sistema utilizado para pela União, que passará a ter personalidade
a liquidação de operações dos bancos jurídica. O Tratado que estabelece a Comunidade
centrais, para transferências interbancárias de Europeia assumirá a designação de “Tratado sobre
grandes montantes em euros, bem como para o Funcionamento da União Europeia”.
outros pagamentos em euros. O TARGET2
proporciona liquidação em moeda do banco Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias
central com carácter imediato e definitivo. (TJCE): instituição que assegura o respeito da
É disponibilizado para todas as transacções em lei na interpretação e aplicação dos tratados e
euros entre e dentro dos países da área da legislação adoptada pelas instituições
do euro e de vários outros Estados-Membros europeias.
da União Europeia. O TARGET2 substituiu a
primeira geração do sistema TARGET, em União Económica e Monetária (UEM): processo
funcionamento desde Janeiro de 1999, a data através do qual os Estados-Membros da União
de lançamento do euro. Europeia procedem à harmonização das suas
políticas económicas e monetárias e à adopção da
Taxa mínima de proposta: a taxa mínima moeda única. O Tratado de Maastricht estabe-
de proposta das operações principais de leceu que a UEM seria alcançada em três fases.
refinanciamento. É especificada pelo Conselho Na primeira fase (1 de Julho de 1990 a 31 de De-
do BCE, normalmente na sua primeira reunião zembro de 1993), os Estados-Membros proce-
do mês. deram à liberalização dos movimentos de capitais
nos seus territórios, tendo passado a haver uma
Tratado: refere-se ao Tratado que institui a Co- coordenação mais estreita das políticas
munidade Europeia. O Tratado inicial foi assina- económicas e uma maior cooperação entre os
do em Roma a 25 de Março de 1957 e entrou bancos centrais. A segunda fase (1 de Janeiro
em vigor a 1 de Janeiro de 1958. Instituiu a 1994 a 31 de Dezembro de 1998), que teve início
Comunidade Económica Europeia (CEE), que com a criação do Instituto Monetário Europeu, foi
é actualmente a Comunidade Europeia (CE), dedicada aos preparativos técnicos para a
sendo geralmente referido como “Tratado de introdução da moeda única, à prevenção de
Roma”. défices excessivos e ao reforço da convergência
das políticas económicas e monetárias dos
Estados-Membros (para assegurar a estabilidade
Tratado da União Europeia: frequentemente de preços e finanças públicas sólidas). A terceira
referido como “Tratado de Maastricht”, foi
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