Celebração Da Palavra - 21012024 - 3º Domingo Do Tempo Comum 1
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PALAVRA
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REGIONAL NORDESTE 5 ANIMADOR: Irmãs e irmãos, neste domingo
ROTEIRO DA CELEBRAÇÃO DA PALAVRA celebração da Páscoa semanal do Senhor, somos
3º DOMINGO DO TEMPO COMUM – conduzidos pelo Espírito a ouvir a Palavra do
21/01/2024 Senhor e a dar graças pela Ressurreição de Cristo.
Pela conversão e pela fé, somos chamados ao
“SEGUE-ME, E EU FAREI DE VÓS seguimento de Jesus na difusão do Evangelho.
PESCADORES DE HOMENS!” Confiantes, celebremos esta santa Liturgia.
REFRÃO: O NOSSO OLHAR SE DIRIGE A ATO PENITENCIAL
JESUS, O NOSSO OLHAR SE MANTÉM NO
SENHOR! PRESIDENTE: Invoquemos a Cristo Senhor,
confessando a nossa fé na vitória do Amor sobre o
CANTO DE ABERTURA: Canto novo ao pecado e implorando a sua misericórdia. [Breve
Senhor que é Deus. Canta, agora ó terra inteira!
Silêncio]
No seu santo templo brilham, majestade e
beleza. TODOS:
1- Venham todos com alegria, aclamar nosso
Senhor, caminhando ao seu encontro, proclamando 1.Senhor tende piedade e perdoai a nossa culpa.
seu louvor. Ele é o Rei dos reis, e dos Deus o maior. (bis)
2- Tudo é dele: abismos, montes, mar e terra ele Por que nós somos o teu povo, que vem pedir
afirmou. De joelhos adoremos, este Deus que nos vosso perdão.
criou, pois nós somos seu rebanho, e ele é nosso 2.Cristo tende piedade e perdoai a nossa culpa, e
Pastor. perdoai a nossa culpa.
3- Ninguém feche o coração, escutemos sua voz. 3.Senhor tende piedade e perdoai a nossa culpa, e
Não sejamos tão ingratos, tal e qual nossos avós. perdoai a nossa culpa.
Merecemos o que ele tem guardado para nós.
4- Glória ao Pai que nos acolhe, e a seu filho
PRESIDENTE: Ó Deus de ternura e misericórdia
salvador. Igualmente, demos glória, ao Espírito de
tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados,
amor. Hoje e sempre, eternamente, cantaremos seu
louvor. e nos conduza à vida eterna.
TODOS: Amém.
SINAL DA CRUZ E SAUDAÇÃO
ORAÇÃO DA COLETA
PRESIDENTE: Em nome do Pai, Filho e do
Espírito Santo. Amém. PRESIDENTE: Oremos ao Senhor... [Breve
Silêncio]
PRESIDENTE: Irmãos e Irmãs, O Senhor está
perto! Que a sua Paz esteja com vocês! PRESIDENTE: Deus eterno e todo-poderoso,
dirigi nossas ações segundo a vossa vontade, para
TODOS: Bendito seja Deus que nos reuniu no que, em nome do vosso dileto Filho, mereçamos
amor de Cristo! frutificar em boas obras. Por nosso Senhor Jesus
O(A) ANIMADOR(A), COM BREVES Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e
PALAVRAS INTRODUZ O SENTIDO DO reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os
DOMINGO: séculos dos séculos.
TODOS: Amém.
HINO DE LOULOR/GLÓRIA PRESIDENTE: PROCLAMAÇÃO DO
EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO
TODOS: Glória a Deus nas alturas/ e paz na terra
MATEUS.
aos homens por ele amados! (bis) Senhor Deus, rei
dos céus, Deus Pai todo- poderoso: nós vos TODOS: GLÓRIA A VÓS, SENHOR.
louvamos, vos bendizemos, vos adoramos, vos
HOMILIA
glorificamos, nós vos damos graças por vossa
imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito, CREIO
Senhor Deus, cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai,
vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de PRECES
nós. vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a PRESIDENTE: INVOQUEMOS JESUS
nossa súplica, vós que estais à direita do pai, tende CRISTO, NOSSA ESPERANÇA E ALEGRIA,
piedade de nós. só vós sois o santo, só vós o Senhor, REZANDO: (PRECES CRIADA PELA
só vós o altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito COMUNIDADE).
Santo, na glória de Deus Pai, na glória de Deus Pai.
amém, amém, amém, amém, amém! TODOS: Em vós confiamos, Senhor!
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REFLEXÃO
SITUANDO
A Boa Nova de Deus foi preparada ao longo da história (Marcos 1,1-8), foi proclamada solenemente pelo Pai na
hora do batismo de Jesus (Marcos 1,9-11), foi testada e aprovada no deserto (Marcos 1,12-13). Agora aparece o
resultado da longa preparação: Jesus anuncia a Boa Nova publicamente ao povo (Marcos 1,14-15) e convoca outras
pessoas a participar do anúncio (Marcos 1,16-20).
Nos anos 70, época em que Marcos escreveu, os cristãos, lendo essa descrição do início da Boa Nova, olhavam no
espelho e viam retratado nele o início da sua própria comunidade. Aquela fonte que brotou na vida daqueles quatro
primeiros discípulos podia, a qualquer momento, brotar também na vida deles.
2. COMENTANDO
Marcos dá a entender que, enquanto Jesus se preparava no deserto, João Batista tinha sido preso pelo rei Herodes.
Diz o texto: Depois que João foi preso, Jesus voltou para a Galileia proclamando a Boa Nova de Deus. A prisão
de João Batista não assustou Jesus! Pelo contrário! Ele viu nela um sinal da chegada do Reino. Hoje, os fatos da
política e da polícia também influem no anúncio que nós fazemos da Boa Nova ao povo. Marcos diz que Jesus
proclamava a Boa Nova de Deus. Pois Deus é a maior Boa Notícia para a vida humana. Ele responde à aspiração
mais profunda do nosso coração.
O anúncio da Boa Nova de Deus tem quatro pontos: (1) Esgotou-se o prazo! (2) O Reino de Deus chegou! (3)
Mudem de vida! (4) Acreditem nesta Boa Notícia! (Mc 1,14-15). Estes quatro pontos são um resumo de toda a
pregação de Jesus. Cada um deles tem um significado importante:
Esgotou-se o prazo! Para os outros judeus, o prazo ainda não tinha se esgotado. Faltava muito para o Reino chegar.
Para os fariseus, por exemplo, o Reino só chegaria quando a observância da Lei fosse perfeita. Para os essênios,
quando o país fosse purificado ou quando eles tivessem o domínio sobre o país. Jesus pensa de modo diferente.
Ele tem outra maneira de ler os fatos. Diz que o prazo já se esgotou.
O Reino de Deus chegou! Para os fariseus e os essênios, a chegada do Reino dependia do esforço deles. Só
chegaria depois que eles tivessem realizado a sua parte, a saber, observar toda a lei, purificar todo o país. Jesus diz
o contrário: “O Reino chegou!” Já estava aí! Independentemente do esforço feito! Quando Jesus diz “O Reino
chegou!”, ele não quer dizer que o Reino estava chegando só naquele momento, mas sim que já estava aí. Aquilo
que todos esperavam já estava presente no meio do povo, e eles não o sabiam nem o percebiam (cf. Lucas 17,21).
Jesus o percebeu! Pois ele lia a realidade com um olhar diferente. E é esta presença escondida do Reino no meio
do povo que Jesus vai revelar e anunciar aos pobres da sua terra. É esta a semente do Reino que vai receber a chuva
da sua palavra e o calor do seu amor.
Mudem de Vida! Alguns traduzem “Fazei Penitência”. Outros, “Convertei-vos ou Arrependei-vos”. O sentido
exato é mudar o modo de pensar e de viver. Para poder perceber essa presença do Reino, a pessoa terá que começar
a pensar, a viver e a agir de maneira diferente. Terá que mudar de vida e encontrar outra forma de convivência!
Terá que deixar de lado o legalismo do ensino dos fariseus e permitir que a nova experiência de Deus invada sua
vida e lhe dê olhos novos para ler e entender os fatos.
Acreditem nesta Boa Notícia! Não era fácil aceitar a mensagem. Não é fácil você começar a pensar de forma
diferente de tudo que aprendeu desde pequeno. Isto só é possível através de um ato de fé. Quando alguém vem
trazer uma notícia diferente, difícil de ser aceita, você só aceita se a pessoa que traz a notícia for de confiança. Aí,
você dirá aos outros: “Pode aceitar! Eu conheço a pessoa! Ela não engana, não. É de confiança. Fala a verdade!”
Jesus é de confiança!
Jesus passa, olha e chama. Os quatro escutam, largam tudo e seguem Jesus. Parece amor à primeira vista! Conforme
a narração de Marcos, tudo isto aconteceu logo no primeiro encontro com Jesus. Comparando com os outros
evangelhos, a gente percebe que os quatro já conheciam Jesus (João 1,39; Lucas 5,1-11). Já tiveram a oportunidade
de conviver com ele, de vê-lo ajudar o povo ou de escutá-lo na sinagoga. Sabiam como ele vivia e o que pensava.
O chamado não foi coisa de um só momento, mas sim de repetidos chamados e convites, de avanços e recuos. O
chamado começa e recomeça sempre de novo! Na prática, coincide com a convivência dos três anos com Jesus,
desde o batismo até o momento em que Jesus foi levado ao céu (Atos 1,21-22). Então, por que Marcos o apresenta
como amor à primeira vista? Marcos pensa no ideal: o encontro com Jesus deve provocar uma mudança radical na
vida da gente!
3. ALARGANDO
O chamado é de graça. Não custa. Mas acolher o chamado exige compromisso. É o momento de entrar na nova
família de Jesus, isto é, a comunidade (Marcos 3,31-35). Jesus não esconde as exigências. Quem quer segui-lo
deve saber o que está fazendo: deve mudar de vida e crer na boa Nova (Marcos 1,15), deve estar disposto ou
disposta a abandonar tudo. Do contrário, “não pode ser meu discípulo” (Lucas 14,33). O peso não cai na renúncia,
mas sim no amor que dá sentido à renúncia. É por amor a Jesus (Lucas 9,24) e ao Evangelho (Marcos 8,35) que o
discípulo ou a discípula deve renunciar a si mesmo, carregar sua cruz, todos os dias, e segui-lo (Marcos 8,34-35;
Mateus 10,37-39; 16,24-26; 19,27-29).
Os discípulos são o xodó de Jesus. No Evangelho de Marcos, a primeira coisa que Jesus faz é chamar discípulos
(Marcos 1,16-20), e a última que faz é chamar discípulos (Marcos 16,7.15). Jesus passa e chama. Eles largam tudo
e seguem Jesus. Parece que não lhes custa nada. Largam a família. Largam os barcos e as redes (Marcos 1,16-20).
Levi largou a coletoria, fonte da sua riqueza (Marcos 2,13-14). Seguir Jesus supõe ruptura! Eles começam a formar
um grupo, uma comunidade itinerante. É a comunidade de Jesus (Marcos 3,13-14.34).
Os discípulos acompanham Jesus por todo canto. Entram com ele na sinagoga (Marcos 1,21) e nas casas, sem
excluir os pecadores (Marcos 2,15). Passeiam com ele pelos campos, arrancando espigas (Marcos 2,23). Andam
com ele ao longo do mar, onde o povo os procura (Marcos 3,7). Ficam a sós com ele e podem interrogá-lo (Marcos
4,10.34). Vão à sua casa, convivem com ele e o acompanham até Nazaré, a sua pátria (Marcos 6,1). Com ele
atravessam o mar e vão para o outro lado (Marcos 5,1).
Participam da dureza da nova caminhada. Tanta gente os procura, que já não têm tempo para comer (Marcos 3,20).
Eles começam a sentir-se responsáveis pelo bem-estar de Jesus: ficam perto dele, cuidam dele e mantêm um barco
pronto para ele não ser esmagado pelo povo que avança (Marcos 3,9; cf. 5,31). E, no fim de um dia de trabalho,
levam-no, exausto, para o outro lado do lago (Marcos 4,36). A convivência se torna íntima e familiar. Jesus chega
a dar apelidos a alguns deles. A João e Tiago chamou de Filhos do Trovão, e a Simão deu o apelido de Pedra ou
Pedro (Marcos 3,16-17). Ele vai à casa deles e se preocupa com os problemas de suas famílias. Curou a sogra de
Pedro (Marcos 1,29-31).
Andando com Jesus, eles seguem a nova linha e começam a perceber o que serve para a vida e o que não serve. A
atitude livre e libertadora de Jesus faz com que criem coragem para transgredir normas religiosas que pouco ou
nada têm a ver com a vida: arrancam espigas em dia de sábado (Marcos 2,23-24), entram em casa de pecadores
(Marcos 2,15), comem sem lavar as mãos (Marcos 7,2) e já não insistem em fazer jejum (Marcos 2,18). Por isso,
são envolvidos nas tensões e brigas de Jesus com as autoridades e são criticados e condenados pelos fariseus
(Marcos 2,16.18.24). Mas Jesus os defende (Marcos 2,19.25-27; 7,6-13).
Distanciam-se das posições anteriores. O próprio Jesus os distingue dos outros e diz claramente: “A vocês é dado
o ministério do Reino, mas aos de fora tudo acontece em parábolas” (Marcos 4,11), pois “os de fora” têm olhos,
mas não enxergam, têm ouvidos e não escutam (Marcos 4,12). Jesus considera os discípulos e as discípulas como
seus irmãos e suas irmãs. É a sua nova família (Marcos 3,33-34). Eles recebem formação. As parábolas narradas
ao povo, Jesus as explica a eles quando estão sozinhos em casa (Marcos 4,10s.34).
Na raiz desse grande entusiasmo está a pessoa de Jesus que chama. Está a Boa Nova do Reino que atrai! Eles
seguem Jesus. Ainda não percebem todo o alcance que o contato com Jesus implica para a vida deles. Isto, por
enquanto, nem importa! O que importa é poder seguir Jesus que anuncia a tão esperada Boa Nova do Reino. Até
que enfim, o Reino chegou (Marcos 1,15)!
Resumindo: “Seguir Jesus” era uma expressão que os primeiros cristãos usavam para indicar o relacionamento
deles com Jesus e entre eles mesmos na comunidade. Significava três coisas:
Jesus era modelo a ser imitado. A convivência diária com ele na comunidade permitia um confronto constante.
Nesta “Escola de Jesus” só se ensinava uma única matéria: o Reino! E o Reino se reconhecia na vida e na prática
de Jesus.
Depois da Páscoa, acrescentou-se uma terceira dimensão: identificar-se com Jesus ressuscitado, vivo na
comunidade. “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gálatas 2,20). Ter a vida de Jesus dentro de si
é participar da sua morte e ressurreição (Filipenses 3,8-11).