Aula 3

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Segurança e

Auditoria de
Sistemas
Segurança na internet, dispositivos
móveis e testes de intrusão

Profa Ms. Adriane Ap. Loper


• Unidade de Ensino: 3
• Competência da Unidade: Segurança na internet,
Proteção para Dispositivos Móveis e Análise de
vulnerabilidade e Pentest
• Resumo: Principais definições de segurança na internet
e dispositivos móveis.
• Palavras-chave: pentest, internet, dispositivos móveis
• Título da Teleaula: Segurança na internet, dispositivos
móveis e testes de intrusão
• Teleaula nº: 3
Contextualização
 Você foi contratado como um analista de segurança e
privacidade de um inovador site de comércio online em
que pequenos negócios são conectados com os
consumidores em uma plataforma digital baseada no
uso de inteligência artificial.
 A sua função é essencial para a empresa, e você Fonte: Shutterstock

participa de todas as decisões sobre a evolução da


plataforma. Há as questões envolvidas com o
desenvolvimento seguro, para que vulnerabilidades
não sejam inseridas.
 Há ainda as questões de segurança e privacidade
envolvidas com o uso de provedor de nuvem.
Contextualização
 E, como a empresa trabalha com inteligência artificial,
há uma necessidade de fazer o desenvolvimento
utilizando bases de dados que não interfiram na
privacidade dos clientes.
 Além da segurança da informação da plataforma da
empresa, que está hospedada em um provedor de
Fonte: Shutterstock
nuvem na Europa, você possui três preocupações
principais:
 1. Como diminuir as possíveis fraudes cometidas por
usuários falsos que se passam por clientes, com uso
de identidades falsas ou uso de recursos financeiros
ilícitos;
Contextualização
 2. Como diminuir as possíveis fraudes cometidas por
pequenos negócios falsos, que podem não cumprir os
compromissos comerciais estabelecidos com os
clientes que utilizam a plataforma digital;
 3. Como proteger os dados pessoais dos clientes
principalmente contra vazamentos, que pode levar a
Fonte: Shutterstock
sanções previstas na LGPD.
 Você deverá fazer um planejamento e preparar um
relatório com lista de aspectos que devem ser
considerados pela empresa para a definição de uma
estratégia de segurança e privacidade.
Contextualização
O foco deste planejamento deve ser a segurança na
internet, com o seu direcionamento quanto à segurança
em transações Web, considerando o ambiente de
negócios da empresa e as três preocupações principais
que você tem: fraudes cometidas por usuários falsos,
fraudes cometidas por pequenos negócios falsos, e como Fonte: Shutterstock

proteger os dados pessoais dos clientes.


Segurança na internet
Contextualizando
 A segurança e privacidade na internet passa pelo
entendimento de diferentes elementos que
envolvem o que deve ser protegido e os
componentes ou ativos de um ambiente que podem
ser explorados em ataques.
 Formas e estados do dado e informação/ CID

Fonte: Autora
Transações WEB
 As transações Web, que partem dos usuários, que
utilizam seus dispositivos a partir de algum local em
que há uma conexão internet, passam por variados
componentes até chegar à loja virtual, ao serviço do
governo ou o banco.
 Neste caminho, os agentes de ameaça estão à Fonte: Shutterstock
espreita em busca de oportunidades para roubar os
dados pessoais, dados das transações Web e as
identidades digitais.
 Além da exploração de vulnerabilidades, estes
agentes de ameaça buscam os golpes na internet
para o mesmo fim, de ter acesso a informações
valiosas .
Segurança na internet
 O agente de ameaça buscando oportunidades em três
ambientes: no ambiente do usuário, no ambiente de
internet que inclui o provedor de internet, e no
ambiente dos provedores de serviços, sistemas e
plataformas.

Fonte: Autora
Segurança em transações Web
 As transações Web, realizadas pela internet, envolvem
uma série de questões de segurança que parte do
usuário e chegam ao provedor de serviços, como um
banco, passando pelo provedor de internet.
 Uma transação Web pode ser uma compra online,
uma transação bancária, a realização de algum serviço
governamental ou até mesmo uma postagem em uma
rede social.
 E as transações podem envolver diferentes tipos de
dados ou informações: dados pessoais, dados
financeiros ou dados confidenciais, que podem sofrer
modificações, vazamentos ou destruições, afetando,
respectivamente, a integridade, confidencialidade e
disponibilidade.
Transação Web em bancos

Fonte: Autora
Transação Web em bancos
 As ameaças no banco, são o furto de identidade, a
captura da senha, a captura da senha de transação,
a modificação da transação e a interrupção do
acesso, que podem afetar a autenticação ao serviço,
a transação bancária e a autenticação da transação.
 Elas podem ocorrer em qualquer um dos três
ambientes (usuário, internet e provedor de serviços)
e , porém de uma forma diferente, o que leva à
necessidade de controles de segurança diferentes,
que afetam também as responsabilidades.
Transação Web em bancos
 No ambiente de internet, em que o agente de
ameaça pode capturar ou modificar as transações
Web, é importante que elas sejam realizadas com o
uso de um canal seguro, que deve ser provido pelo
provedor de serviços, como o banco.
 As conexões Web podem ser protegidas com o uso
https://aws.amazon.com/pt/compliance/iso-
de protocolos de segurança como o Hyper Text 27001-faqs/

Transfer Protocol Secure (HTTPS).


 O HTTPS possibilita o uso do HTTP sobre uma
sessão Secured Socket Layer (SSL) ou Transport
Layer Security (TLS), com a criação de um túnel
seguro por onde trafegam as informações.
Transação Web em bancos
 Além de garantir a confidencialidade (dados cifrados
com chave simétrica de sessão), eles podem visar
também a integridade dos dados (uso de Message
Authentication Code, MAC) e a autenticidade das
partes (as entidades podem ser autenticadas com o
uso de criptografia de chave pública).
 Já no ambiente do provedor de serviços, como no
caso de bancos, o ambiente pode ser atacado em
qualquer um dos componentes, incluindo as
aplicações, os servidores de aplicação, os sistemas
operacionais, as máquinas virtuais, os bancos de
dados.
Golpes na internet

Fonte: Autora
Privacidade na Web
 A privacidade na Web possui visões a serem
consideradas. De um lado, há o rastreamento do que
as pessoas fazem na Web, como os cookies.
 Do outro, há a divulgação espontânea de
informações pessoais em redes sociais, que podem
resultar em crimes que transcendem o digital e
podem afetar diretamente as pessoas com fraudes e
crimes diversos.
 E, com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD) (LGPD, 2020), todos devem preservar a
privacidade e a proteção de dados pessoais.
Segurança e
privacidade
Para a segurança em transações Web, pensar:
Transação parte do usuário, que utiliza dispositivos e possui
instalados aplicativos ou aplicações;
Transação trafega pela internet, passando pelo provedor de
internet;
Transação chega à empresa, e os dados são processados e
armazenados;
Há ameaças no ambiente do usuário, do provedor de
internet e da empresa;
Se o usuário for comprometido, a empresa também pode
ser;
O que pode ser feito para que o usuário não seja
comprometido;
O que deve ser feito pela empresa após receber os dados
pessoais e transacionais.
O ponto central a ser planejado é que, além dos
controles de segurança para proteger a transmissão dos
dados dos clientes para a sua empresa, usando
HTTPS/TLS/SSL, os clientes são parte central da segurança
e privacidade, pois transações fraudulentas podem chegar à
empresa a partir deles.
Mostre que pode haver o furto de identidade, a captura da
senha, a captura da senha de transação, a modificação da
transação e a interrupção do acesso. Essas ameaças
existem no ambiente do cliente, no ambiente de internet e
no próprio ambiente da empresa, que utiliza um provedor
de nuvem.
Mostre que, no ambiente do cliente, os golpes na internet
potencializam as ameaças, aumentando o nível de risco. E,
como é o ambiente com menor controle, o desafio é maior
nos clientes.
. Apresente os principais golpes na internet que podem
comprometer a sua empresa, com destaque para o phishing
e o pharming.
Defina a partir deste mapeamento um plano de
conscientização para os clientes, minimizando as
probabilidades deles caírem em fraudes na internet, e
também de serem vítimas de malwares.
Dentre as dicas, podem ser inclusos pontos como não
clicar em links recebidos por e-mails e SMS, além de
verificar sempre se uma conexão segura está estabelecida
com a empresa, verificando os dados do certificado digital.
Usar de autenticação de duplo fator. Com este controle de
segurança, em caso de furto de identidade, ainda é
necessário o dispositivo móvel para o acesso aos serviços da
empresa, o que torna o acesso indevido mais difícil.
Com relação à privacidade e proteção de dados pessoais, o
planejamento deve incluir os avisos de privacidade na coleta
das informações dos clientes. Além disso, a proteção destes
dados pela empresa é parte da estratégia de segurança e
privacidade, com o reforço de que há sanções previstas na
LGPD.
Outro ponto importante a ser planejado são os processos e
mecanismos para o atendimento às solicitações dos clientes,
que podem consultar e solicitar a remoção dos seus dados
pessoais.
Assim, com o tratamento destes principais aspectos, a sua
empresa poderá operar com a necessária segurança e
privacidade, minimizando os problemas de acessos a partir
de clientes falsos, resultando em melhores resultados.
Proteção para
Dispositivos
Móveis
Sua missão:
 O que deve ser planejado agora é a expansão para a nova
versão da plataforma, baseado em aplicativos para
dispositivos móveis.
 Apresente o seu planejamento, pensando que neste novo
cenário você terá colaboradores que também utilizarão
dispositivos móveis para expandir a rede de pequenos
negócios parceiros.
 Esses colaboradores farão os contatos com os pequenos
negócios e farão o acesso junto com eles na plataforma
digital, utilizando dispositivos móveis.
Dispositivos Móveis
 São um dos principais vetores de ataques, com os
criminosos virtuais buscando maximizar seus resultados
visando o canal em que há maior número de alvos e
possibilidades de sucesso.
 Os dispositivos móveis representam um grande desafio
para as empresas, já que, além dos dados corporativos,
há os dados pessoais.
 E isso implica no aumento da complexidade de proteção,
além do intrínseco aumento de riscos.
 Ex.: quando um colaborador instala jogos em seu
dispositivo móvel, mas a partir de fontes não confiáveis.
Riscos no uso de dispositivos móveis no mundo corporativo

Fonte: adaptado HOWELL et al, 2020).


Objetivos de segurança no uso de dispositivos móveis no
mundo corporativo

Fonte: adaptado HOWELL et al, 2020).


Capacidades de segurança necessárias

Fonte: adaptado (NCCoE, 2020).


.
Engenharia social (acesso as informações pessoais) de
dispositivos móveis
 O phishing conta com a engenharia social, que explora
a atenção, curiosidade, caridade, medo ou
possibilidade de obtenção de vantagem financeira,
com o criminoso se passando por uma instituição
como banco, empresa ou site popular.
 Envolve a possibilidade de inscrição em serviços de
proteção de crédito, ou o cancelamento de cadastro,
conta bancária ou cartão de crédito, e leva a vítima a
páginas falsas em que entregam suas credenciais,
senhas ou informações sensíveis, além da instalação
de códigos maliciosos (CERT, 2020).
Engenharia social (acesso as informações pessoais) de
dispositivos móveis
 O usuário recebe um phishing e clica em um link que
pode levar a um site onde ele entrega informações
pessoais ou as suas credenciais de acesso, ou pode
levar à instalação de malware.
 Exemplificando
 O phishing é explorado também no mundo dos jogos
eletrônicos, com os atacantes distribuindo malwares
via links em chat de jogos e criando aplicativos falsos
que visam ser populares, utilizando inclusive ícones
similares para ludibriar as vítimas (SECURITY, 2020).
Engenharia social (acesso as informações pessoais) de
dispositivos móveis
 Um dos malwares, distribuído via mídia social,
plataforma de jogos ou chat de jogos, é o LeifAccess
ou o Shopper, que envia mensagens falsas de alertas
para que o usuário ative serviços de acessibilidade do
dispositivo móvel.
 O malware então utiliza as funções de acessibilidade
para criar contas, baixar aplicativos e postar
mensagens usando a conta da vítima (SECURITY,
2020).
Segurança em dispositivos móveis para empresas
 Um dos principais pontos da arquitetura é a definição do
modelo a ser adotado, que pode ser a disponibilização de
dispositivos móveis somente para o uso corporativo, a
permissão para uso pessoal (Corporate-Owned
Personally-Enabled, COPE), ou o Bring Your Own Device
(BYOD) ou Choose Your Own Device (CYOD).
 No modelo BYOD ou CYOD, o dono do dispositivo móvel
é o próprio usuário, enquanto nos outros a propriedade é
a da empresa. O modelo COPE provê flexibilidade de uso
ao permitir que tanto a empresa quanto o usuário
possam instalar aplicativos no dispositivo, que é de
propriedade da empresa (NCCoE, 2020).
Segurança em dispositivos móveis para empresas
 Algumas recomendações de segurança e privacidade para
empresas adotarem no uso de dispositivos móveis são
(FRANKLIN et al, 2020):
 Conduzir uma análise de riscos em dispositivos móveis e
para as informações acessadas por eles;
 Adotar tecnologias de segurança móvel como Enterprise
Mobility Management (EMM), plataformas de defesa
contra ameaças móveis ou serviço de veto a aplicações
móveis, que utiliza uma variedade de técnicas estáticas,
dinâmicas e comportamentais para determinar, com o uso
de uma pontuação, se uma aplicação ou dispositivo
demonstra qualquer comportamento que representa um
risco de segurança ou de privacidade.
Segurança em dispositivos móveis para empresas
 Prover a segurança em cada dispositivo móvel
corporativo antes de permitir o acesso a sistemas e
informações corporativas, com uso de uma solução de
gerenciamento de mobilidade corporativa
(EMM/MDM)...
 Ciclo de vida:

Fonte: adaptado de (FRANKLIN et al, 2020).


Relatório
 O planejamento da nova versão da plataforma digital,
baseada em dispositivos móveis, e com a nova função
dos colaboradores para a expansão da rede de pequenos
negócios parceiros, pode ser dividida em três grandes
desenvolvimentos:
 1. Desenvolvimento do aplicativo móvel para os
consumidores;
 2. Desenvolvimento do aplicativo móvel para os
colaboradores;
 3. Desenvolvimento do aplicativo móvel para os
pequenos negócios.
 Os aplicativos podem ser agregados, ou seja, pode haver
somente um aplicativo que tenha as três funções:
consumidor, consumidor e pequenos negócios. Os
servidores e o backend estão em um provedor de nuvem
na Europa.
 Para o desenvolvimento do aplicativo móvel para os
consumidores e os pequenos negócios, deve-se seguir as
boas práticas de segurança, evitando as vulnerabilidades,
principalmente aquelas citadas pelo OWASP: uso
impróprio de plataforma, armazenamento de dados
inseguro, comunicação insegura, autenticação insegura,
criptografia insuficiente, autorização insegura, má
qualidade de código, modificação de código, engenharia
reversa e funcionalidade exposta.
 Além da prática para a codificação, é preciso estar
atento para os demais controles de segurança
necessários, como as avaliações de segurança, por
exemplo.
 Para o desenvolvimento do aplicativo móvel para os
colaboradores, além de seguir as recomendações
apresentadas, é preciso planejar como o uso do
dispositivo móvel será implantado pela empresa.
 Um ponto a ser definido pela empresa é o modelo de
uso dos dispositivos móveis.
 De quem será o dispositivo móvel?
 O colaborador poderá utilizar o dispositivo móvel para
fins pessoais?
 Os modelos possíveis são:
 Uso exclusivamente corporativo de dispositivos móveis
providos pela empresa; (COPE) ou (BYOD) ou (CYOD).
 Conduzir uma análise de riscos em dispositivos móveis;
 Adotar tecnologias de segurança móvel como
Enterprise Mobility Management / Mobile Device
Management (EMM/MDM);
 Manter regularmente a segurança dos dispositivos
móveis, realizando avaliações periódicas de segurança
e de cumprimento da política de segurança.
ANÁLISE DE
VULNERABILIDADE E
PENTEST
Sua Missão
 O que deve ser planejado agora é a forma como a
empresa deve tratar as vulnerabilidades, tanto da
plataforma Web quanto da plataforma móvel.
 Mostre as perspectivas envolvidas com a gestão de
vulnerabilidades, e a razão de precisarem ser
tratadas antes das plataformas irem para o ambiente
de produção.
 Continuando com o foco nas vulnerabilidades, mostre
o que a empresa fará durante as fases do
desenvolvimento das plataformas, e o que será feito
após a implantação
Processos da gestão de vulnerabilidades
 A identificação de vulnerabilidades é o início dos
trabalhos para proteger as empresas, e pode ser feita de
diferentes formas. Uma vez descoberta e validadas as
vulnerabilidades, elas devem ser tratadas com os
controles de segurança.

Fonte: adaptado de (CAVALANCIA, 2020). Fonte:Autor


Testes de segurança
 São importantes para a gestão de segurança da
informação porque identificam as vulnerabilidades,
que podem ser assim serem tratadas. E há diferentes
formas de realizar testes de segurança e identificar
as vulnerabilidades.
 O objetivo é a sua empresa disponibilizar serviços
seguros, sem as vulnerabilidades. Sem os testes de
segurança, a sua empresa pode estar expondo
informações sigilosas e a privacidade de clientes,
colaboradores e parceiros.
 Se a sua empresa desenvolve software, deve
disponibilizar o sistema de uma forma segura,
seguindo práticas que vão eliminando as
vulnerabilidades desde o início do desenvolvimento
até após a implantação em ambiente de produção.
Testes de segurança
 Se a sua empresa utiliza software de terceiros, deve
realizar testes de segurança para garantir que o
ambiente da empresa, composta por softwares de
diferentes fornecedores e de naturezas diferentes,
esteja seguro.
 E os testes de segurança são uma das principais
atividades de empresas especializadas em segurança e
privacidade, com a oferta de serviços de análise de
vulnerabilidades e pentests, por exemplo.
Há diferentes testes de segurança, como as análises e
avaliações de riscos, e as análises de vulnerabilidades,
que focam tradicionalmente em aspectos tecnológicos.
Testes de segurança
 Para a Open Web Application Security Project (OWASP),
que foca em aplicações Web, teste de segurança é o
processo de comparar o estado de um sistema ou
aplicação de acordo com um conjunto de critérios
(OWASP, 2014).
 Eles podem ser feitos no final do desenvolvimento, ou
fazer parte do ciclo de desenvolvimento desde o início,
com a implementação de requisitos e testes de
segurança automatizados (OWASP, 2019).
Testes de segurança
 Os testes de segurança, que envolvem variáveis como a
origem dos testes (interno ou externo), as informações
prévias disponíveis para os testes, o uso de ferramentas
automatizadas e a qualificação dos profissionais.

Fonte:Autor
Testes de segurança Interno – Análise de Vulnerabilidades

 A análise de vulnerabilidades compreende a busca por


vulnerabilidades nos ativos de uma forma manual ou
com o uso de ferramentas automatizadas, como os
scanners. Os tipos de análise de vulnerabilidades são as
análises estática e dinâmica (KOUSSA, 2018) (OWASP,
2019).
 A análise estática, ou Static Application Security Testing
(SAST), envolve a análise dos componentes do sistema
sem a sua execução, pela análise manual ou
automatizada do código-fonte.
 A análise manual exige proficiência na linguagem e no
framework usado pela aplicação, e possibilita a
identificação de vulnerabilidades na lógica de negócios,
violações de padrões e falhas na especificação,
Testes de segurança Interno – Análise de Vulnerabilidades

 especialmente quando o código é tecnicamente


seguro, mas com falhas na lógica, que são difíceis de
serem detectados por ferramentas automatizadas. Já
a análise automatizada é feita com ferramentas que
checam o código-fonte por conformidade com um
conjunto pré-definido de regras ou melhores práticas
da indústria (OWASP, 2019).
 A revisão manual do código pode ser feita com o uso
de métodos mais básicos de busca de palavras-chave
no código-fonte, ou com a análise linha-a-linha do
código-fonte. Também podem ser utilizados os
ambientes de desenvolvimento, ou Integrated
Development Environments (IDEs) (OWASP, 2019).
Testes de segurança Interno – Análise de Vulnerabilidades

 A análise dinâmica, ou Dynamic Application Security


Testing (DAST), envolve a análise do sistema durante
a sua execução, em tempo real, de forma manual ou
automatizada.
 Normalmente a análise dinâmica não provê as
informações que a análise estática provê, mas
detecta elementos sob o ponto de vista do usuário,
como os ativos, funções, pontos de entrada e outros.
 A análise dinâmica é conduzida na camada da
plataforma e nos serviços e Application Programming
Interfaces (APIs) do backend, que são locais em que
as requisições e respostas das aplicações podem ser
analisadas.
Testes de segurança Interno – Análise de Vulnerabilidades

 Os resultados são referentes, principalmente, a


problemas de confidencialidade no trânsito, de
autenticação e autorização, além de erros de
configuração do servidor (OWASP, 2019 ).
 O SAST e DAST podem ser adotados pelas próprias
equipes de desenvolvimento no contexto do
DevSecOp, que é um conceito importante que pode
ser seguido para o desenvolvimento de software, ao
integrar os testes de segurança na esteira de
desenvolvimento, envolvendo a integração contínua e
a entrega contínua. (CONSTANTIN, 2020).
Testes
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-AM Prova: FGV - 2022 -
PC-AM - Perito Criminal - 4ª Classe - Processamento de
Dados
Sobre o ciclo de desenvolvimento seguro de aplicações,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Uma das práticas definidas pelo modelo SDL da Microsoft
é a modelagem de ameaças.
( ) Uma análise estática de segurança (SAST) exige que a
aplicação já esteja em funcionamento.
( ) O conserto de vulnerabilidades descobertas por meio de
análise dinâmica de segurança (DAST) costuma custar mais
caro do que aquelas descobertas no início do ciclo de
desenvolvimento.
As afirmativas são, respectivamente,
A
F, F, V.
B
F, V, V.
C
V, F, V.
D
V, V, F.
E
F, V, F.
Pentest
Pentest
 Os testes de penetração ou pentests, são também
conhecidos como testes de intrusão e ethical hacking, e
são realizados a partir do ambiente externo.
 Os objetivos são determinar “se” e “como” um agente de
ameaça pode obter um acesso não autorizado a ativos
que afetam um ambiente, e confirmar se os controles
requeridos por um padrão, regulamento ou legislação
estão implementados.
 Envolve ainda identificar meios de explorar
vulnerabilidades para driblar os controles de segurança
dos componentes do sistema (PCI, 2017).
Pentest
 Há três tipos de pentests, que depende das informações
do ambiente obtidas antes dos testes de segurança:

Fonte: adaptado(OWAST, 2019).


Pentest
 O teste de caixa preta (Black-Box) é também
conhecido como teste com conhecimento zero, já que
é conduzido sem qualquer informação sobre o
ambiente que está sendo testado.
 O objetivo é que o professional faça o teste como se
fosse um atacante real, explorando o uso de
informações públicas e que podem ser obtidas
(OWASP, 2019).
Pentest
 O teste de caixa branca (White-Box) é também
conhecido como teste com conhecimento total, e é
conduzido com todo o conhecimento sobre o
ambiente, que engloba o código-fonte, documentações
e diagramas.
 Este tipo de teste é mais rápido do que o teste de
caixa preta, porque há a transparência e o
conhecimento permite a construção de casos de teste
mais sofisticados e granulares (OWASP, 2019).
Pentest
 O teste de caixa cinza (Gray-Box) é o teste em que
alguma informação é provida para o profissional, como
uma credencial de acesso, enquanto outras
informações têm que ser descobertas.
 Este teste é bastante comum, devido aos custos,
tempo de execução e escopo do teste (OWASP, 2019).
Metodologia OWASP Testing Project
 A OWASP Testing Project foca em aplicações Web, e visa a
construção de aplicações mais confiáveis e seguras.
 A metodologia segue as premissas de que a prática de
testar o software deve estar em todo o ciclo de vida de
desenvolvimento de software (Software Development
Life Cycle, SDLC) e que uma das melhores maneiras de
prevenir bugs de segurança em aplicações em produção é
o SDLC incluir a segurança em cada uma de suas fases.
Framework da metodologia da OWASP

Fonte: adaptado(OWAST, 2019).


Metodologia PTES
 A metodologia Penetration Testing Execution Standard
(PTES) é composto por sete seções, que definem as
atividades a serem realizadas, desde as interações iniciais
até o relatório.
 De uma forma geral, as atividades são suportadas por
uma documentação técnica detalhada, para cada uma das
seções do PTES. Fonte: adaptado(PTES,2014).

 As seções descrevem como iniciar as atividades, obter


informações para a análise, a modelagem de ameaças, as
análises de vulnerabilidades, a exploração para passar
pelos controles de segurança existentes, o pós-exploração
para manter o acesso e controle do alvo, e o relatório
final.
Relatório
Os testes internos fazem parte do ciclo de vida de
desenvolvimento de software, com atividades de segurança
sendo realizados nas fases de definição, especificação,
desenvolvimento, implantação e manutenção das plataformas
Web e móvel.
A análise de vulnerabilidades no código-fonte, a Static Analysis
Security Testing (SAST), será feita por sua equipe. A SAST
complementará outras atividades de segurança e privacidade
importantes durante o desenvolvimento, antes da
implantação:
•Treinamento da equipe em segurança e privacidade;
•Revisão de políticas e padrões de segurança e privacidade;
Uso de métricas para medir a segurança e privacidade das
plataformas Web e móvel;
•Revisão dos requisitos de segurança, incluindo mecanismos
como gerenciamento de usuários, autenticação, autorização,
confidencialidade de dados, integridade, contabilidade,
gerenciamento de sessão, segurança no transporte, segregação
em camadas, conformidade com legislação e padrões;
•Revisão da especificação e arquitetura;
•Criação e revisão integrada dos modelos UML;
•Criação e revisão do modelo de ameaças;
•Execução simulada do código;
•Teste do gerenciamento de configuração.
Outro teste de segurança a ser realizado antes da
implantação, com a plataforma Web e móvel em execução,
é a Dynamic Analysis Security Testing (DAST).
Normalmente a análise dinâmica não provê as informações
que a análise estática provê, mas detecta elementos sob o
ponto de vista do usuário, como os ativos, funções, pontos
de entrada e outros.
Após a implantação do sistema, o plano é a contratação de
uma empresa especializada em pentest, para
complementar os testes feitos pela sua própria equipe.
A empresa contratada fará o teste de caixa preta, com uma
visão total do agente de ameaça, enquanto a sua equipe
fará o teste de caixa branca, que faz sentido pela sinergia
existente com os outros testes de segurança da fase de
desenvolvimento, com o acesso ao código-fonte,
documentação e diagramas.
Entenderam a complexidade dos testes de segurança da
informação?

Fonte: https://gifer.com/en/XlOL9
Recapitulando
 Segurança na internet
 Proteção para Dispositivos Móveis
 Análise de vunerabilidade e Pentest

Fonte: Shutterstock

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