UsoGeotecnologiasEstudosAmbientais Moraesetal 09ago2019

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 48

Thaís dos Santos Moraes

Débora Luisa Silva Teixeira


Luiz Tadeu da Silva
Danúbia Caporusso Bargos
José Felipe da Silva Farias
Luan Moreira Grilo
Marcelo Barbio Rosa
Elsa Paula Figueira Ferreira Morgado de Sampaio
O que são geotecnologias?
As geotecnologias são o conjunto de tecnologias
para coleta, processamento, análise e oferta de
informação com referência geográfica (ROSA, 2011).

Dentre as geotecnologias podemos destacar:


sistemas de informação geográfica (SIGs),
cartografia digital, sensoriamento remoto, sistema
de posicionamento global e a topografia
georreferenciada (ROSA, 2011).
Princípio básico das geotecnologias
Ao retratar parte, ou uma face da superfície terrestre, é possível fazer a ligação
entre o pontual, ou o local e o global (FLORENZANO, 2004).

Figura 1: imagem GOES de uma face da Terra, imagem TM-LANDSAT (Rio de Janeiro e região), fotografia
aérea (Ipanema, Rio de Janeiro), fotografia local (praia de Ipanema, Rio de Janeiro).

Fonte: FLORENZANO, 2004.


Aplicações das geotecnologias
Avaliação de sistemas de água, esgoto e saneamento; estudos
de temperatura de superfícies; análise de florestas, rios e bacias
hidrográficas e planejamentos ambientais.

Monitoramento de atividades de infraestrutura como


transportes, geração de energia e obras no geral, facilitando o
controle de atividades de licenciamento e controle de obras,
mapeamento e controle de áreas de preservação.

Monitoramento, proteção ou restauração ambiental, como


desmatamento e poluição.
Aplicações das geotecnologias
As geotecnologias incluem:
Cartografia Digital;

Sistemas Globais de Navegação por Satélites –


GNSS;

Sensoriamento Remoto;

Sistemas de Informação Geográfica – SIG.


Sistemas de Informação Geográfica
Um Sistema de Informação Geográfica é a combinação de
pessoas qualificadas, dados geográficos, métodos
analíticos, software e hardware computacionais - tudo
organizado para automatizar, gerenciar e prover
informação para apresentação geográfica (ZEILER, 1999).

Fonte: http://geoprocessamentoifgoiass.blogspot.com/2011/07/sistema-de-informacao-geografica-sig.html
Dados geográficos
Os dados em formato vetorial são mais indicados para representações de
elementos com distribuição espacial exata (localização de pontos
queimadas, pontos de captação de água, estradas, usos do solo, etc.).

Já o modelo matricial ou raster é uma forma de representar fenômenos


geográficos numa superfície que é dividida numa grade regular (matriz) de
células (pixels), a exemplo de pressão atmosférica e temperatura.

Fonte: CAVALCANTE (2015).


Dados vetoriais
Representação de fenômenos geográficos com pontos, linhas e polígonos.
Um exemplo de dado vetorial é o shapefile, que contém a posição, o formato
e os atributos dos elementos geográficos (CAVALCANTE, 2015).

Fluxos acumulados de bovinos entre as sub-regiões do Pantanal Sul entre 2007 e 2014
Fonte: https://www.geopantanal.cnptia.embrapa.br/Anais-Geopantanal/pdfs/p75.pdf
Dados matriciais
Forma mais adequada para representar feições ou fenômenos contínuos no
espaço, como: elevação, precipitação e declividade.

Declividade do município de Campos do Jordão - SP


Onde buscar os dados geográficos?
• Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE

• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE

• CPRM Serviço Geológico do Brasil

• SIGA-CEIVAP
Disponibilidade de dados geográficos
INPE: Banco de dados Geomorfométricos do Brasil

Fonte: http://www.dsr.inpe.br/topodata/acesso.php
Disponibilidade de dados geográficos
INPE: TerraBrasillis

Fonte: http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/app/map/deforestation
Disponibilidade de dados geográficos
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Fonte: http://downloads.ibge.gov.br/downloads_geociencias.htm
Disponibilidade de dados geográficos
CPRM

Fonte: http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Prevencao-de-Desastres-Naturais/Cartas-de-
Suscetibilidade-a-Movimentos-Gravitacionais-de-Massa-e-Inundacoes---Sao-Paulo-5088.html
Disponibilidade de dados geográficos
SIGA-CEIVAP - Sistema de Informações Geográficas e
Geoambientais da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul

Fonte: http://sigaceivap.org.br/siga-ceivap/map
Softwares de SIG
Os SIGs (Sistemas de Informações Geográficas, ou
GIS – Geographic Information System) são softwares
que possibilitam a análise, manipulação e geração de
dados georreferenciados.

• ArcGIS® • QGIS
• Envi • Spring
• AutoCad ® Map 3D • TerraView
• VisualGIS
Produtos dos Softwares de SIG
Os mapas digitais são os principais produtos dos
softwares de SIG.

“MAPA é a representação no plano,


normalmente em escala pequena, dos
aspectos geográficos, naturais,
culturais e artificiais de uma área
tomada na superfície de uma Figura
planetária, delimitada por elementos
físicos, político-administrativos,
destinada aos mais variados usos,
temáticos, culturais e ilustrativos.”
(IBGE, 1999)
Mapas digitais
Mapas Gerais: atendem uma gama imensa e indeterminada de usuários.

Fonte: IBGE, 2019.


Mapas digitais
Mapas Temáticos: representam um tema específico sobre uma base cartográfica.

Fonte: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/1463338/embrapa-lanca-versao-atualizada-do-mapa-de-solos-do-brasil
ArcGIS ®
O ArcGIS® é um pacote de softwares da ESRI
(Environmental Systems Research Institute) de
elaboração e manipulação de informações
geográficas para o uso e gerenciamento de bases
temáticas (SANTOS, 2009).

O ArcGIS® disponibiliza em um ambiente de Sistema


de Informação Geográfica (SIG) uma gama de
ferramentas de forma integrada e de fácil utilização
(SANTOS, 2009).
Interface do ArcGIS ®
Mapeamento do uso da terra no INPE de
Cachoeira Paulista

Fonte: MORAES et al. (2019).


A Incidência Parasitária Anual (IPA) da Malária nos
municípios do Acre em 2017

Fonte: GRILO et al. (2019).


O desmatamento na Amazônia Legal entre 2013 e 2017

Fonte: SOUZA et al. (2019).


Desmatamento da Amazônia Legal nos
municípios do Pará até 2017

Fonte: SOUZA et al. (2019).


QGIS
Ainda chamado por muitos de Quantum GIS, seu nome
anterior, o QGIS é um dos mais conhecidos softwares
livres de SIG e seu uso vêm se expandindo pelo Brasil.

Uma das suas principais características, típicas de


softwares livres, é a possibilidade de suporte a plugins,
que podem complementar suas funções, aumentando a
capacidade deste software SIG.

Esses plugins podem ser desenvolvidos por qualquer


pessoa, desde que saibam programar em C++ ou Python.
Interface do QGIS
Integrando geotecnologias simples e gratuitas para avaliar
usos/coberturas da terra: QGIS e Google Earth Pro

Mapas de uso/cobertura da terra para a bacia do córrego Dornelas (BD), Minas Gerais, Brasil.
Mapa inicial (A), mapa corrigido (B) e comparação com o mapa de Parente et al. (2017) (C e D).

Fonte: PEREIRA et al. (2018)


AutoCAD® Map 3D
O software AutoCAD® Map 3D permite acessar e usar
dados CAD e GIS a partir de funcionalidade autocad map
3D.

O software promove o acesso a uma série de dados


abrangentes, tais como gás, água, esgoto e eletricidade,
possibilitando uma fácil organização dos ativos dispersos
e aplicação de normas da indústria e requisitos de
negócios.
AutoCAD® Map 3D

Fonte: https://www.autodesk.com.br/products/autocad-map-3d/features/all/gallery-view
SPRING

Desenvolvido pelo INPE, o SPRING é um SIG (Sistema


de Informações Geográficas) com funções de processamento de
imagens, análise espacial, modelagem numérica de terreno e
consulta a bancos de dados espaciais.

Objetivos do projeto SPRING:


 Construir um sistema de informações geográficas para
aplicações em Agricultura, Floresta, Gestão Ambiental,
Geografia, Geologia, Planejamento Urbano e Regional;
 Tornar amplamente acessível para a comunidade brasileira um
SIG de rápido aprendizado;
 Fornecer um ambiente unificado de Geoprocessamento e
Sensoriamento Remoto para aplicações urbanas e ambientais.

Fonte: http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/index.html
Uso do SPRING em cadastro urbano:
Planta Genérica de Valores

Fonte: http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/arquivos_publicacoes/planta%20generica.PDF
Mapa de capacidade de uso das terras do Estado da
Paraíba

Fonte: http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/arquivos_publicacoes/MAPEAMENTO%20DA%20APTIDAO%20EDAFICA%20PARA%20FRUTICULTURA.pdf
Exemplo Prático utilizando o
software Arcgis ® :
Mapa de concentração de Focos
de Queimadas no Estado de
Minas Gerais no período de
01/08/2018 a 01/08/2019

Fonte dos dados geográficos:


http://www.inpe.br/queimadas/bdqueimadas/
Baixando os dados geográficos
Baixando os dados geográficos
Adicionando os dados geográficos
Visualizando os dados geográficos
Ferramenta: Kernel Density
ArcToolBox → Spatial Analyst Tools → Density → Kernel Density
Janela Kernel Density
Produto
Alterando a simbologia da camada, de forma a ter uma melhor
visualização:
Inserindo elementos básicos de um mapa:
Adicionando grade de coordenadas
Clicar com o botão direito no mapa → Properties → Grids → New Grid
Com mais alguns
passos...
Mapa Final
Referências Bibliográficas
CAVALCANTE, Rodrigo. Apostilade Introdução ao SIG: Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento I UFMG.
2015. Universidade Federal de Minas Gerais. Disponível em: <https://www.ufmg.br/proplan/wp-content/uploads/Apostila-
de-Introdu%C3%A7%C3%A3o-ao-SIG-Proplan-2015.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2019.
FLORENZANO, T. Geotecnologias na Geografia aplicada: difusão e acesso. Revista do Departamento de Geografia, v.
17, p. 24-29, 30 abr. 2011.
GRILO, L. M. et al. A Incidência Parasitária Anual da Malária na Amazônia Legal em 2017 com foco no Estado do Acre.
In: III Encontro Acadêmico da Engenharia Ambiental da EEL-USP, 2019, Lorena. III Encontro Acadêmico da Engenharia
Ambiental da EEL-USP, 2019. v. 3.
IBGE. 1999. Disponível em: <https://ww2.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/representacao.html >.
Acesso em: 30 jul. 2019.
MORAES, T. S., et al. Determinação do Potencial para sequestro de carbono equivalente no INPE de Cachoeira Paulista
com o uso de geotecnologias. In: III Encontro Acadêmico da Engenharia Ambiental da EEL-USP, 2019, Lorena. III
Encontro Acadêmico da Engenharia Ambiental da EEL-USP, 2019. v. 3.
PEREIRA, L. F.; GUIMARÃES, R. M. F.; OLIVEIRA, R. R. M. Integrando geotecnologias simples e gratuitas para avaliar
usos/coberturas da terra: QGIS e Google Earth Pro. Journal of Environmental Analysis and Progress, v. 03, n. 03, p.
250-264, 2018.
ROSA, Roberto. Geotecnologias na Geografia aplicada. Revista do Departamento de Geografia, v. 16, p. 81-90, 30
abr. 2011.
SANTOS, R. P. Introdução ao ArcGIS: Conceitos e comandos. 2009. Disponível em:
<http://www.ctec.ufal.br/professor/crfj/Extensao/ArcGIS/Apostila+Renato+Prado+Vol+2.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2019.
SOUZA, I. R., et al. Análise da dinâmica do desmatamento da Amazônia Legal com ênfase no Estado do Pará. In: III
Encontro Acadêmico da Engenharia Ambiental da EEL-USP, 2019, Lorena. III Encontro Acadêmico da Engenharia
Ambiental da EEL-USP, 2019. v. 3.
ZEILER, M. Modeling our World: the ESRI guide to geodatabase design. California: Environmental Systems Research
Institute, Inc. 1999.
Thaís dos Santos Moraes
CCST/INPE
[email protected]

Você também pode gostar