Feito - Trabalho N⺠3 - Ci555

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TRABALHO PRÁTICO Nº 3

CIRCUITO 555

OBJECTIVO

• Analisar circuitos multivibradores com o C. I. 555;


• Simular os multivibradores monoestável e astável, implementados com o C.I.
555;
• Montar os multivibradores monoestável e astável, implementados com o C.I.
555, e realizar medidas em laboratório;
• Comparar os resultados obtidos.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

O circuito integrado 555 um circuito integrado utilizado em uma variedade de


aplicações como temporizador, oscilador e geradores de pulsos. Ele é capaz de emitir
pulsos em sua saída com uma frequência configurável, composto por 23 transístores, 2
díodos e 16 resistores em um encapsulamento duplo em linha (DIP) de 8 pinos.
Assim como todo circuito integrado, a primeira coisa para se identificar os pinos do 555
é identificar onde fica a parte chanfrada da carcaça, ela indicará qual a posição correcta
para olhar para ver quais são os pinos. Nos diagramas, normalmente essa marcação fica
virada para cima ou virada para a esquerda. A partir desta marca identificamos os pinos
de 1 a 8, seguindo no sentido anti-horário. Abaixo temos a imagem que apresenta as
pinagem do 555.

Fig. 1- 8 Pin DIP

Alimentação: na faixa de +5V até +18V;


Corrente: até 2000 mA ;
Função de stand-by: consumo dos componentes internos do dispositivo fica na faixa de
10 mA:
Ao imaginarmos qualquer projecto que necessite da geração de formas de ondas,
retardos, temporizações ou disparos de dispositivos a partir de sinais de qualquer tipo,

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temos o 555 como possibilidade de aplicação. O C.I. 555 também pode ser chamado de
circuito multivibrador porque sua forma de onda de saída é rica em harmónicas.
Multivibradores são circuitos electrónico usado para implementar uma variedade de
simples dispositivos como osciladores de relaxamento, timers, flip-flops. Podem variar
sua saída para dois estados distintos.
Características principais:
Ø Amplitude do sinal oscilante bem definidas;
Ø Ganho de malha muito elevado;
Ø Onda quadrada na saída.
Este é um circuito integrado que possui três modos de operação, que são monoestável,
astável e biestável, no qual só faremos referência de dois.

Figura 2: Esquemático interno do 555

Em sua estrutura, logo a esquerda de verde, temos o motivo de o chamarmos de 555.


Temos três resistores de 5 kΩ associados de forma a garantir uma divisão de tensão
entre os comparadores (vermelho e amarelo).

De amarelo e vermelho, temos dois comparadores de tensão, de roxo temos um flip-flop


RS seguido de uma porta lógica inversora NOT de rosa. E finalmente, de azul, temos
nosso transístor de descarga.

O CI 555 tem três configurações com três funcionalidades diferentes: Astável,


Monoestável e Biestável.
Para entendermos o 555, vamos dividi-lo em partes.

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Figura 3: Parte 1 – Comparadores de tensão e divisor de tensão

Em todas as configurações, o 555 parte do funcionamento dos comparadores.


O primeiro comparador em amarelo, irá ter sua saída em nível lógico alto quando a
tensão no pino THR for superior a 2/3 da tensão de entrada no 555, Vcc. Esses 2/3 se dão
pelo divisor de tensão, onde este comparador está comparando o pino THR e a tensão sob
o segundo nó da associação de resistores.
O segundo comparador está comparando a tensão do pino TRIG e o último resistor do
divisor, logo, quando a tensão for inferior a 1/3 no pino TRIG, ele irá colocar a saída em
nível lógico alto.

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Figura: Parte 2 – Flip-flop RS e saída do 555

Como os comparadores possuem sua saída ligada directamente no flip-flop, o flip-flop


irá comutar juntamente com os comparadores, accionando assim a saída do 555.

Figura 4: Parte 3 – Transístor de Descarga

Ligado a saída do flip-flop temos, também, o transístor de descarga, cujo qual será
activado quando o comparador em amarelo estiver mandando um nível lógico alto para o
flip-flop. Este é o responsável por fazer os ciclos da oscilação geradores de ondas com o
555 funcionarem, visto que ele é responsável por “Resetar” o capacitor, descarregando-o.

Monoestavél significa possuir apenas um estado estável, em que ele funciona como um
disparador. Produz em sua saída um sinal de resposta a um sinal de entrada de disparo,
que pode ser um botão ou um accionamento. A saída do CI permanece em estado baixo
até que haja algum sinal de entrada.
Astável significa que não existe um estado estável e actua como um oscilador. A saída
muda continuamente de estado entre alto e baixo sem nenhuma intervenção do usuário
gerando uma onda quadrada. Esse tipo de circuito oscilador pode ser utilizado para
movimentos intermitentes em um dispositivo, como desligar e ligar um motor em
intervalos regulares.

Configuração Astável

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Na configuração astável, temos o nosso 555 como um circuito oscilador, onde ele
irá repetir o ciclo de carga e descarga de um capacitor que adicionaremos no nosso
circuito, criando ao final, uma onda quadrada.
A montagem do 555 deve ser feita desta forma para se obter o circuito astável. (Devemos
considerar os fios vermelhos e preto como a alimentação do 555, considerando o
vermelho como a alimentação positiva e o preto como o GND).

Figura 5: Esquemático da configuração astável seguido de sua montagem

No circuito astável, o capacitor C é carregado ao primeiro momento. Durante a sua


carga, ao atingir uma tensão de 2/3 do Vcc, o comparador ligado ao pino THR seja
accionado, gerando um sinal positivo no flip-flop e accionando o transístor de descarga do
capacitor, fazendo o capacitor descarregar pelo pino DIS.
Ao começar a descarregar, as saídas em ambos os comparadores serão de nível lógico
baixo (0), fazendo com que não ocorra mudanças no flip-flop. Quando o capacitor C
atingir 1/3 do Vcc, o comparador ligado ao pino TRIG será accionado, fazendo com que a
saída no flip-flop fique com nível lógico baixo e fazendo com que o capacitor pare de
descarregar com o “desligamento” do transístor de descarga ligado ao pino DIS, fazendo
o capacitor entrar em carga, repetindo o ciclo.
A saída do 555 no pino 3 é dada pela saída do flip-flop barrada pela porta NOT, fazendo
assim a saída de uma onda quadrada.

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Figura 6: Comparação entre a saída e a carga no capacitor/ tensão sob o trigger

Na simulação referente ao gráfico acima, temos conectados o canal em amarelo na saída


do 555 e o gráfico em azul no pino TRIGGER, sendo observado a comutação no fip-flop
e a descarga do capacitor nas tensões de 2/3 do Vcc e carga a 1/3 do Vcc.
O pino 5, neste caso, ele não é utilizado, entretanto, existem outras aplicações para este
pino, tal como modular a frequência de oscilação da onda, aplicação não muito usual com
o 555.
Os cálculos referentes a temporização do modo astável, considerando os resistores e
capacitores externos ao 555, são:
Período total = Ln(2)*C*(R1+R2*2)
Período Alta = Ln(2)*C*(R1+R2)
Período Baixa = Ln(2)*C*R2

Figura 7: Gráfico de saída do 555 comparando os períodos on, off e total

O período de oscilação é observável pelo LED conectado na saída do 555 em nossa


montagem.

Configuração Monoestável

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Figura 8 : Esquemático da configuração monoestável seguido de sua montagem

A aplicação monoestável do 555 consiste em um circuito temporizador ou um


disparador. Funciona similar a um temporizador off-delay, onde ao accionar o TRIG do
555 com o nível lógico baixo (0), o circuito irá accionar a saída do 555 até que o capacitor
descarregue. O tempo que a saída do 555 demora com o pulso activado é dado pelo
calculo:
T = Ln(2) x R x C
Para observarmos o seu funcionamento, adicionamos na figura 9 dois pontos de teste (em
vermelho), um no capacitor e outro no botão, para conseguirmos averiguar o
funcionamento através do accionamento do botão.

Figura 9: Gráfico comparativo entre a tensão de saída, tensão no capacitor e tensão no


botão

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Como observamos, ao dar um pulso no botão, representado pelo vale no gráfico rosa,
teremos o accionamento da saída, do qual se manterá por um tempo determinado pela
carga do capacitor.
O circuito monoestável pode ser utilizado em diversos tipos de aplicações, onde se faz
necessário a temporização através de um pulso inicial.

MATERIAIS UTILIZADOS

Ø CI NE555
Ø Resistores ( 10K, 20K, 2.2K e 220 Ohms)
Ø Capacitores ( 10nF,10uF,22uF)
Ø LED
Ø Condutores
Ø Placa BredBord
Ø Fonte de alimentação de 5V

PROCEDIMENTOS

1. Ligar ou montar os componontes na placa conforme indica a figura (10)


2. Alimentar o circuito

v Multivibrador com CI 555- Astável


Monte o multivibrador astável com CI 555, mostrado na fig. 10, e verifique o seu
comportamento como oscilador.
A seguir, meça a frequência de oscilação e a amplitude do sinal de saída, anotando os
valores solicitados na tabela 2.

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Fig. 10- Multivibrador Astável com 555.

Parâmetro Valor Valor Valor medido


calculado simulado
Tensão pico-a-pico de
oscilação
Período do sinal em alto
Período do sinal em baixo
Período total
Frequência de oscilação
Tabela 2. Sinal gerado no multivibrador astável com CI 555.

Para o cálculo do período e da frequência de oscilação, utilizar as seguintes expressões:


Talto = 0,6931 . (Ra + RB) . C
Tbaixo = 0,6831 . Ra . C
!,##$%
Fosc = ( $ (
) *(+ ) . .

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