Hierarquia Dos Anjos
Hierarquia Dos Anjos
Hierarquia Dos Anjos
Em meio a tantas inovações e informações, muitas vezes o ser humano sente-se sufocado e oscila entre
a descrença e o sincretismo diante de questões religiosas. Para alguns, crer é quase sinônimo de atraso
intelectual, pois a crença parece ser uma realidade ultrapassada. Do outro lado estão aqueles que vivem
numa miscelânea religiosa, tendo como princípio de fé realidades provenientes de diversas religiões ou
movimentos religiosos. Essa observação vale para a questão dos anjos.
A Igreja Católica, baseando-se nas Sagradas Escrituras, na herança judaica e nos escritos dos Santos
Padres, crê na existência dos anjos, como afirma o próprio Catecismo: “A existência dos seres
espirituais, não-corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade da fé.
O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição.” (CIC, 328). O
desenvolvimento da angeologia (estudo dos anjos) na Igreja Católica aconteceu principalmente no
período dos padres apostólicos, quando a fé cristã se viu ameaçada em sua pureza por diversas heresias.
Essa hierarquia celeste, em parte, é também encontrada no Missal Romano no prefácio dos anjos: “Pelo
Cristo vosso Filho e Senhor nosso, louvam os Anjos a vossa glória, as Dominações vos adoram, e
reverentes, vos servem Potestades e Virtudes. Concedei-nos também a nós associar-nos à multidão dos
Querubins e Serafins, cantando a uma só voz”.
A liturgia cristã, tanto grega quanto latina, honra os anjos como servos de Deus e amigos dos homens.
Basta lembrar que no dia 29 de setembro celebra-se a festa dos Arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel, e no
dia 02 de outubro a festa dos Santos Anjos da Guarda. A Igreja também associa suas celebrações à
liturgia celeste, como atestam o Trisagion do ritual de São João Crisóstomo e o tríplice Sanctus (Santo)
do ritual latino.
Na Igreja Católica, os anjos reconhecidos pelo nome são apenas três: Miguel, Rafael e Gabriel, tal como
vemos nas Sagradas Escrituras. Os demais anjos citados nas páginas sagradas são anônimos. Então, de
onde vem o nome de Haniel que é tido como chefe dos Principados (anjos que são representados
carregando cetros de madeira ou cruzes nas mãos)? Certamente a denominação de Haniel provenha da
Cabala judaica, ramo místico do judaísmo e do atual mundo esotérico. A Cabala consiste em
interpretações místicas e numerológicas das Escrituras hebraicas. Os autores da Cabala tratam cada
letra, número e acento das Escrituras como se fossem um código secreto contendo algum significado
profundo mais oculto, colocado lá por Deus com algum propósito, inclusive a profecia.
Dessa forma, entende-se que o denominado anjo Haniel não é contado entre os anjos que a Igreja
Católica honra, assim como Uriel, Raguel, Sarakael, Remiel e muitos outros que são descritos no II Livro
de Enoc, que faz parte da literatura apócrifa judaica e não é considerado livro canônico, ou seja,
inspirado por Deus.
Seguindo o critério tradicional, são nove (9) os Coros ou Ordens Angélicais: Serafins, Querubins,Tronos,
Dominações, Potestades, Virtudes, Principados, Arcanjos e Anjos, distribuídas em três Hierarquias.
PRIMEIRA HIERARQUIA:É formada pelos Santos Anjos que estão em íntimo contato com o CRIADOR.
Dedicam-se a Amar, Adorar e Glorificar a DEUS numa constante e permanente frequência, em grau bem
mais elevado que os outros Coros: Serafins, Querubins e Tronos.
SERAFINS:
O nome "seraph" deriva do hebreu e significa "queimar completamente". Segundo o conceito hebraico,
o Serafim não é apenas um ser que "queima", mas "que se consome" no amor ao Sumo Bem, que é o
nosso DEUS Altíssimo.
Na Sagrada Escritura os Santos Anjos Serafins aparecem somente uma única vez, na visão de Isaias: (Is
6,1-2)
QUERUBINS:
São considerados guardas e mensageiros dos Mistérios Divinos, com a missão especial de transmitir
Sabedoria. No início da criação, foram colocados pelo CRIADOR para guardar o caminho da Árvore da
Vida.(Gn 3,24) Na Sagrada Escritura o nome dos Santos Anjos Querubins é o mais citado, aparecendo
cerca de 80 vezes nos diversos livros. São também os Querubins os seres misteriosos que Ezequiel
descreve na visão que teve, no momento de sua vocação: (Ez 10,12) Quando Moisés recebeu as
prescrições para a construção da Arca da Aliança, onde o SENHOR habitou, o trono Divino foi colocado
entre dois Querubins: (Ex 25,8-9.18-19) Estas considerações atestam que os Querubins são
conhecedores dos Mistérios Divinos.
TRONOS:
Acolhem em si a Grandeza do CRIADOR e a transmitem aos Santos Anjos de graus inferiores. São
chamados "Sedes Dei" (Sede de DEUS).
Em síntese, os Tronos são aqueles Santos Anjos que apresentam aos Coros inferiores, o esplendor da
Divina Onipotência.
SEGUNDA HIERARQUIA:São os Santos Anjos que dirigem os Planos da Eterna Sabedoria, comunicando
aqueles projetos aos Anjos da Terceira Hierarquia, que vigiam o comportamento da humanidade. Eles
são responsáveis pelos acontecimentos no Universo. Esta Hierarquia é formada pelos seguintes Coros
de Anjos: Dominações, Potestades e Virtudes.
DOMINAÇÕES:
São aqueles da alta nobreza celeste. Para caracteriza-los com ênfase, São Gregório escreveu:
"Algumas fileiras do exército angélico chamam-se Dominações, porque os restantes lhe são submissos,
ou seja, lhe são obedientes". São enviados por DEUS a missões mais relevantes e também, são incluídos
entre os Santos Anjos que exercem a "função de Ministro de DEUS".
POTESTADES:
É o Coro Angélico formado pelos Santos Anjos que transmitem aquilo que deve ser feito, cuidando de
modo especial da "forma" ou "maneira" como devem ser feitas as coisas. Também são os Condutores da
ordem sagrada. Pelo fato de transmitirem o poder que recebem de DEUS, são espíritos de alta
concentração, alcançando um grau elevado de contemplação ao CRIADOR.
VIRTUDES:
As atribuições dos Santos Anjos deste Coro, são semelhantes aquelas dos Santos Anjos do Coro
Potestades, porque também eles transmitem aquilo que deve ser feito pelos outros Anjos, mas
sobretudo, auxiliam no sentido de que as coisas sejam realizadas de modo perfeito. Assim, eles também
têm a missão de remover os obstáculos que querem interferir no perfeito cumprimento das ordens do
CRIADOR. São considerados Anjos fortes e viris. Quem sofre de fraquezas físicas ou espirituais, deve
invocar por meio de orações, o auxílio e a proteção de um Santo Anjo do Coro das Virtudes.
TERCEIRA HIERARQUIA:É formada pelos Santos Anjos que executam as ordens do Altíssimo. Eles estão
mais próximos de nós e conhecem a fundo a natureza de cada pessoa que devem assistir, a fim de
poderem cumprir com exatidão a Vontade Divina: insinuando, avisando ou castigando, conforme o caso.
Esta Hierarquia é formada pelos: Principados, Arcanjos e Anjos.
PRINCIPADOS:
Os Santos Anjos deste Coro são guias dos mensageiros Divinos. Não são enviados a missões modestas,
ao contrário, são enviados a príncipes, reis, províncias, Dioceses, de conformidade com o honroso título
de seu Coro.
No livro de Daniel são também apresentados como protetores de povos: (Dn 10,13) Significa dizer, que
são aqueles Anjos que levam as instruções e os avisos Divinos, ao conhecimento dos povos que lhe são
confiados.
Porém, quando esses mesmos povos recusam aceitar as mensagens do SENHOR, os Principados
transformam-se em Anjos Vingadores, e derramam as taças da ira Divina sobre eles, de forma a
reconduzi-los através do castigo e da dor, de volta ao DEUS de Amor e Misericórdia que eles
abandonaram propositalmente.
ARCANJOS:
A ordem tradicional dos Coros Angélicos coloca os "Arcanjos" entre os "Principados" e os "Anjos". Pelas
funções que desempenha, acreditamos que ele deve estar colocado no mais alto Coro dos Santos Anjos.
Gabriel também é chamado de Arcanjo, e da mesma maneira que Miguel, através das páginas da
Sagrada Escritura, vê-se que é conhecedor dos mais profundos Mistérios de DEUS, inclusive foi Gabriel
quem Anunciou a MARIA que Ela estava cheia de graças e tinha sido escolhida pelo CRIADOR, para MÃE
DE DEUS. Por outro lado, também Rafael é denominado pela Igreja como um Arcanjo. A respeito de
Rafael, no Livro de Tobias, ele mesmo confirma que está diante de DEUS:
"Eu sou Rafael, um dos sete Anjos que estão sempre presentes e tem acesso junto à Glória do SENHOR".
(Tb 12,15)
ANJOS:
Os Santos Anjos recebem as ordens dos Coros superiores e as executam. Outro aspecto que não pode
ser esquecido, é o fato de que os Santos Anjos, guardadas as devidas proporções, estão mais perto da
humanidade e por assim dizer, convivendo conosco e prestando um serviço silencioso mas de valor
incomensurável à cada pessoa. O CRIADOR inspirou o escritor sagrado no Livro Êxodo, da Bíblia Sagrada:
"Eis que envio um Anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que tenho
preparado para ti. Respeita a sua presença e observa a sua voz, e não lhe sejas rebelde, porque não
perdoará a vossa transgressão, pois nele está o Meu Nome. Mas se escutares fielmente a sua voz e
fizeres o que te disser, então serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários". (Ex
23,20-22)
Antes de Deus ter criado os homens, criou os Anjos, que são espíritos puros, isto é, não compostos de
matéria, embora por vontade divina, possam, às vezes, apresentar-se aos homens sob formas corporais.
O Senhor Onipotente deu aos Anjos inteligência excelsa e força admirável, muito superior às dos
homens; fez feliz e elevou-os acima da sua natureza, fazendo-os participantes da vida divina e Seus
filhos. Mas não lhes deu a posse da visão eterna da Divindade sem primeiro os experimentar.
Seres livres, conhecendo a Deus e amparados pela Sua Graça, podiam triunfar da prova a que foram
sujeitos. O número dos Anjos é incalculável – milhares de milhões.
Existem nove coros ou categorias de Anjos. Lúcifer, que era o mais belo destes, revoltou-se cheio de
orgulho contra o Senhor, e levou atrás de si, nesta revolta, a terça parte dos seus companheiros. Miguel,
embora inferior em categoria a Lúcifer, pôs de alerta os seus irmãos para que ficassem fiéis ao Senhor.
Pela sua fidelidade, foi posto por Deus, como chefe dos Anjos, enquanto Lúcifer era precipitado no
Inferno com os que o seguiram. Os Anjos fiéis foram, então, confirmados em graça.
Invoquemos São Miguel na luta contra o demônio e de modo especial para obtermos a virtude da
humildade.
O Apocalipse diz que no fim dos tempos, surgirá São Miguel que, com os seus anjos, derrotará o diabo e
o sepultará para sempre no inferno. Os Anjos são nossos irmãos e amam-nos como amam a Deus, pois
somos membros de Jesus Cristo; vêem-nos integrados n’Ele. Por declaração da Igreja, São Miguel é o
seu padroeiro e também o padroeiro dos agonizantes e moribundos; é ele que introduz as almas, dos
que deixam este mundo, na presença de Deus. Oh! Como ele de modo especial advogará a causa dos
que se lhe recomendaram em vida, dedicando-lhe especial culto e propagando a sua devoção.
A época em que vivemos é caracterizada, no dizer dos últimos Pontífices, a partir de Leão XIII, como a
época da apostasia, em que Lúcifer e os seus sequazes se lançam contra a Igreja com toda a fúria,
procurando substituir a verdadeira fé, pelo materialismo, pela corrupção, pelo espiritismo, a magia
negra, numa palavra, pelo culto de satanás e dos seus princípios. Ao saber disto, por revelação a ele
feita, o próprio Papa Leão XIII mandou que em todas as missas, no final, se rezasse a São Miguel, para
que com os seus exércitos celestes, protegesse a Santa Igreja e salvasse os seus filhos da perdição. Esta
oração era obrigatória até à nova reforma litúrgica, mas nada impede que a rezemos particularmente.
Importa avivar a nossa fé em São Miguel. Que não haja nenhuma casa que não tenha a sua imagem, ao
menos, um quadro. Antes da nova reforma litúrgica havia duas festa de São Miguel para a Igreja
Universal: uma em 8 de Maio, em que se celebra a sua aparição no Monte Gargano, na Itália, e outra a
29 de Setembro. Agora temos só esta última, juntamente com São Gabriel e São Rafael.
Se a autoridade dos Sumos Pontífices constituiu São Miguel Padroeiro da Igreja Universal, seria
insensatez que houvesse quem não quisesse aproveitar do amplo auxílio que este Príncipe Arcanjo, -
coroado por Deus como Chefe Supremo das Milícias Angélicas, - a todos quer dar na luta contra o
demônio. A uma santa religiosa disse São Miguel: “Diz a todos o muito que eu posso, junto do Altíssimo;
diz-lhe que me peçam quanto queiram, pois é grande o meu poder perante Deus”.
Os anjos são puros espíritos criados por Deus para sua glória e serviço. Ao criá-los, Deus quis torná-los
participantes da vida divina para glorificá-Lo, servi-Lo e serem felizes para sempre. Os anjos por si
mesmos glorificam a Deus pelas suas perfeições. Como uma obra de arte revela e glorifica o artista que
a compôs, assim os anjos glorificam a Deus com sua existência e com hinos de louvor e adoração. Daí se
compreende que os anjos, cobrindo as planícies e os ares de Belém, cantaram o hino “Glória a Deus nas
alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade”. No Céu, por sua vez, os Serafins louvam a Deus
cantando o eterno “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos exércitos”, a exemplo do que o sacerdote
faz ao celebrar o santo sacrifício da Missa, no término do prefácio.
Os anjos servem a Deus de um modo particular, auxiliando os homens a alcançar a vida eterna. Já o
nome deles lhe indica a condição: vem do grego e significa mensageiro. A Sagrada Escritura fala de
exércitos
celestes e de bilhões de anjos, e que a categoria deles são de nove coros e três ordem a saber: Serafins,
Querubins, Tronos; Dominações, Principados, Potestades; Virtudes, Arcanjos e Anjos. As Escrituras
referem-se em diversas passagens aos anjos, mas foi São Paulo Apóstolo quem nos ensinou mais acerca
deles, por que foi arrebatado até o terceiro Céu, como nos atesta ele próprio. E transmitiu isso a seus
discípulos.
No início, todos os anjos eram agradáveis a Deus, mas, submetidos a uma prova — como depois o foram
nossos primeiros pais –, parte deles se revoltou contra Deus, cometendo pecado de soberba e orgulho,
ao pretender ser iguais a Deus. Satanás, o chefe dos anjos revoltosos, foi um anjo muito graduado —
lúcifer –, o qual foi precipitado como um raio nos abismos infernais, juntamente com seus pérfidos
sequazes: Houve no Céu uma grande batalha: Miguel e os seus anjos lutavam contra o dragão, e o
dragão com seus anjos lutava contra ele. Porém, estes não prevaleceram, nem o seu lugar se encontrou
mais no Céu. Foi precipitado aquele grande dragão, aquela antiga serpente, que se chama demônio e
satanás, que seduz todo o mundo, foi precipitado na Terra e foram precipitados com eles seus anjos
(demônios)” (Apoc. 12, 7-8). Na carta de São Judas, lê-se: “Quando o Arcanjo Miguel disputando com o
demônio altercava sobre o corpo de Moisés, não se atreveu a proferir contra ele a sentença de
maldição, mas disse somente: reprima-te o Senhor”.
O principal adversário de satanás e dos demônios na peleja que então se travou foi São Miguel, que
significa: “Quem como Deus?” Foi São Miguel Arcanjo, todo abrasado no fogo e na luz de Deus, quem
liderou os anjos bons nessa tremenda batalha contra os anjos maus, chamados doravante demônios.
São Miguel é um fiel defensor e servidor de Maria Santíssima.
São Miguel é citado também no capítulo 12 do Livro de Daniel, onde lemos “Ao final dos tempos
aparecerá Miguel, o grande Príncipe que defende os filhos do povo de Deus, e então os mortos
ressuscitarão. Os que fizeram o bem, para a Vida Eterna, e os que fizeram o mal, para o horror eterno”.
A São Miguel atribuem-se três funções: a de guiar e conduzir as almas ao Céu como se lê na Missa dos
defuntos; de defender a Igreja e o povo cristão; e de presidir no Céu o culto de adoração à Santíssima
Trindade e oferecer a Deus as orações dos santos e dos fiéis. Invoquemo-lo sempre no combate contra
as potestades infernais e as forças do mal que procuram desviar-nos do caminho do Céu.
Para combater a tantos males produzidos pelos demônios, é eficaz a oração de São Miguel que é rezada
ao final das missas do rito tridentino e que está ao alcance de todo bom católico.
Muitos de nós recordamos que, antes da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, os celebrantes e os
fiéis, no fim de cada Missa, ajoelhavam-se para rezar uma oração a Nossa Senhora e outra a São Miguel
Arcanjo. Reportamo-nos ao texto desta última porque é uma oração bonita que pode ser rezada por
toda a gente para seu próprio benefício:
“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede nosso auxílio contra a malícia e ciladas do
demônio. Exerça Deus sobre ele império, como instantemente vos pedimos, e Vós, Príncipe da milícia
celeste, pelo divino poder, precipitai no Inferno Satanás e os outros espíritos malignos que vagueiam
pelo mundo para perder as almas.”
Fonte:http://www.arcanjomiguel.net
Anjos Decadentes
Deus criou todos os anjos como seres celestes benevolentes. Entretanto, como os humanos, foram seres
dotados de livre arbítrio, poderiam fazer a escolha entre obedecer ou se opor a Deus, optar pelo bem ou
pelo mal. Alguns deles, liderados por Lúcifer, um dos mais próximos de Deus, usou de sua liberdade e se
rebelou contra Deus. Eles foram expulsos do céu e estabeleceram o seu próprio reino - o inferno.
Lúcifer, que significa portador da luz foi renomeado para Satã, que significa antagônico.
Ele também é chamado diabo (que significa caluniador), a serpente, e o dragão. As palavras do Salvador,
"Eu vi Satã, decaido do céu como um dardo de relâmpago," se referem ao fato pré-histórico, a rebelião
de Lúcifer e os outros anjos contra Deus. Isto é descrito no livro da Revelação com os seguintes
detalhes: "Houve uma batalha no céu: Miguel e seus anjos guerrearam contra o dragão. O Dragão e seus
anjos combateram, mas não conseguiram vencer.
Nem se encontrou mais o seu lugar no céu. O Grande Dragão, antiga serpente, chamado Diabo e
Satanaz, o sedutor do mundo inteiro, foi derrubado e seus anjos foram atirados com ele na terra"
(Revelação 12:4). Das palavras iniciais do capitulo 12 do livro da Revelação, onde é dito que o dragão
seduziu um terço das estrelas no céu, alguns concluem que neste tempo Lúcifer seduziu um terço dos
anjos existentes. Estes anjos decaídos são chamados demônios.
Tornando-se malévolos, os anjos decadentes tentam seduzir os homens ao caminho do pecado e assim
levá-los à perdição. É estranho notar que os anjos decadentes temem o reino por eles criado, o inferno
ou o abismo. De fato, quando Jesus Cristo Salvador curou o homem possesso pelos demônios e quis
mandá-los de volta ao inferno eles imploraram para entrar no rebanho de porcos (Lucas 8:31). O
Salvador chama o demônio de "assassino desde o início e o pai das mentiras" tendo-se em mente
aquele momento no qual tomando a forma de serpente ele enganou os nossos antecessores Adão e Eva
para que quebrassem o mandamento de Deus e com isto privando-os da vida eterna (Genesis 3:1-6;
João 8:44).
A partir deste momento ganhando poder para influenciar pensamentos, sentimentos e atos dos homens
o diabo e seus demônios almejam mover cada vez mais fundo em direção ao atoleiro do pecado no qual
eles mesmos se afogaram: "Aquele que peca vem do diabo, porque o diabo ele mesmo pecou
primeiro.... Todo aquele que comete um pecado é um escravo do pecado" (1 João 3:8; João 8:34). A
presença do dos maus espíritos entre nós apresenta um constante perigo. Por isso que o Apóstolo Pedro
conclama-nos: "Sejam sóbrios e alertas, porque o vosso inimigo, como um leão que ruge, está à procura
de alguém para devorar" (1 Pedro 5:8).
Similarmente apóstolo Paulo se expressa:" Revestí-vos da armadura de Deus para que possais resistir as
ciladas do Diabo pois não temos que lutar contra a carne e o sangue mas contra os principados, as
potestades, os dominadores deste mundo e os espíritos malignos dos ares" (Efésios 6:11-12).A partir
destas advertências que estão nas Sagradas Escrituras, estamos sempre cientes de que a nossa vida
representa uma persistente batalha para a salvação de nossa alma. Queira ou não, todo o ser humano
desde a mais tenra infância está sujeito a optar entre o bem e o mal, entre a vontade de Deus e do
demônio.
A batalha entre o bem e o mal se iniciou mesmo antes da criação do mundo e assim continuará até o dia
do Juízo Final. Na verdade a batalha no céu já terminou, com a completa derrota do mal. Mas o campo
de batalha se transferiu para o nosso mundo, mais precisamente em nossas mentes e corações. Como
veremos adiante, os anjos bons, especificamente o nosso Anjo da guarda, nos socorrem ativamente na
nossa batalha contra o mal. Fonte: http://www.arcanjomiguel.net
Ao criar o homem com corpo e alma — com idéias, desejos e sentidos —, Deus o dotou de qualidades e
perfeições para que fosse o rei da criação animal, vegetal e animal. Contudo, tendo nossos primeiros
pais sido induzidos pela serpente a comer o fruto proibido para se tornarem iguais a Deus, romperam
com Ele e trocaram o Paraíso terrestre pelo vale de lágrimas.
A Escritura Sagrada mostra o efeito desastroso daquele pecado de orgulho e desobediência, conhecido
como pecado original: “Disse (Deus) à mulher: multiplicarei os teus trabalhos e, em teus partos, com dor
darás à luz os filhos.
“E disse a Adão: porque destes ouvidos à voz da tua mulher, e comeste da árvore, de que eu te tinha
ordenado que não comesses, a Terra será maldita por tua causa; tirarás dela o sustento com os
trabalhos penosos todos os dias da tua vida.
“Ela te produzirá espinhos e abrolhos, e tu comerás a erva da terra. Comerás o pão com o suor do teu
rosto, até que voltes à terra, de que fostes tomado; por que tu és pó e em pó hás de tornar”. (Gn, III, 16
e ss.)
Dificilmente poderia a humanidade salvar-se nessa nova situação, pois o castigo que a partir de então
pairou sobre ela poderia levá-la à revolta e ao desespero. Mas o Deus de justiça é também o Deus de
bondade. Utilizou-se de sua infinita misericórdia e prometeu socorrer o gênero humano através de um
futuro Redentor.
Ai de nós, degredados do Paraíso, se não fosse o auxílio constante de Deus, de sua Mãe Santíssima, dos
anjos e dos santos! Sucumbiríamos sob o peso de nossos pecados. Os Livros Sagrados sempre nos
apresentam os anjos vindo em socorro e defesa do gênero humano.Este mesmo Deus, que expulsou
com toda a justiça nossos primeiros pais do Paraíso, ofereceu-se em holocausto para salvar cada
homem, para salvar este homem que sou eu! Fez-nos herdeiros d’Ele e de todo seu tesouro. Para velar
sobre cada um de nós, deu-nos um anjo protetor que se chama anjo da guarda.Ele nos foi dado para nos
proteger nesta Terra e nos conduzir ao Céu. “Porquanto mandou aos anjos acerca de ti, que te guardem
em todos os teus caminhos” (Sl. 90, 11). Os espíritos celestes que louvam e servem a Deus, também nos
amam e nos querem bem, intercedem por nós e nos protegem a alma e o corpo.
O anjo da guarda é o anjo que Deus concedeu a cada um de nós, “Vede, não desprezeis nenhum destes
pequeninos: porque, digo-vos, os seus anjos no Céu vêem incessantemente a face de meu Pai” (Mt 18,
19).