1775-1825 Independências... Transcrição

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INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA (1775 a 1825)

INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS

1763, 10/02 – TERMINA A GUERRA DOS SETE ANOS


Em 10 de fevereiro de 1763 foi assinado o Tratado de Paris que pôs fim à Guerra dos Sete Anos (1756-1763)
entre a Grã-Bretanha e a França e que envolveu os aliados dessas nações. Nas negociações de paz, houve a
transferência de possessões coloniais na América. Os britânicos receberam a Flórida (dos espanhóis) e as terras
a leste do rio Mississipi, Ontário e a ilha caribenha de Granada (dos franceses); os espanhóis ficaram com a
Luisiana e as terras a oeste do rio Mississipi. Os altos custos da guerra para a Grã-Bretanha e a necessidade em
reequilibrar suas finanças interferiram nas relações entre a Coroa britânica e seus súditos nas Treze Colônias da
América aumentando as tensões entre a metrópole e suas colônias. A Guerra dos Sete Anos foi, dessa forma,
um elemento desencadeador do processo de independência dos Estados Unidos.

1764, 05/06 – LEI DO AÇÚCAR


A Lei do Açúcar (Sugar Act), sancionada pelo Parlamento inglês em 5 de abril de 1764, taxava o açúcar que
entrava nas Treze Colônias Inglesas e que não fosse comprado das Antilhas inglesas. Seu objetivo era incentivar
os colonos a consumirem somente o açúcar diretamente dos ingleses. Sendo matéria-prima do rum que, por
sua vez, juntamente com o tabaco, serviam para os colonos comprarem escravos na África, a Lei do Açúcar
desagradou muito os habitantes das, então, colônias inglesas. A Lei do Açúcar foi revogada em 1765.

1765, 22/03 – LEI DO SELO


A Lei do Selo (Stamp Act), aprovada pelo governo de Londres em 22 de março de 1765, estabelecia que todos
os jornais, livros e documentos em circulação nas Treze Colônias Inglesas na América deveriam pagar uma taxa,
o que implicava mais despesas para os colonos. A medida visava angariar fundos para saldar débitos e defender
os novos territórios conquistados da França na Guerra dos Sete Anos. A Lei do Selo gerou uma onda de
insatisfação entre os colonos e reforçou movimentos contra o governo britânico e a favor da independência
das Treze Colônias Inglesas na América. Foi revogada em 1766.

1773, 10/05 – LEI DO CHÁ


A Lei do Chá (Tea Act), aprovada pelo parlamento britânico em 10 de maio de 1773, foi uma manobra
legislativa para forçar a venda do chá inglês nas Treze Colônias Inglesas da América e com isso reduzir os
enormes estoques desse produto mantidos pela Companhia das Índias Orientais Britânicas em seus armazéns
em Londres. Outro motivo era eliminar o contrabando de chá holandês feito nas colônias americanas. Os
colonos das Treze Colônias reconheceram as implicações da lei e mobilizaram forte oposição para impedir que
o chá fosse desembarcado. Em Boston, essa resistência culminou na Festa do Chá de Boston.

1773, 16/12 – FESTA DO CHÁ DE BOSTON


A Festa do Chá de Boston (The Boston Tea Party), em 16 de dezembro de 1773, foi uma reação dos colonos na
América contra a Inglaterra que impôs o consumo de chá de procedência inglesa em suas colônias americanas.
A reação consistiu em um grupo de colonos (alguns disfarçados de indígenas, pois se identificaram como
"americanos" e não se consideravam mais súditos britânicos) entrar nos navios ancorados no porto de Boston e
jogar no mar toda a carga de chá que possuíam. O governo inglês reagiu duramente a esse evento aprovando
os Atos Intoleráveis, leis punitivas que tiravam a autonomia e os direitos de que Massachusetts gozava desde a
sua fundação, o que provocou a indignação nas Treze Colônias e desencadeou a guerra de independência dos
Estados Unidos em abril de 1775.

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INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA (1775 a 1825)

1774, 05/09 – PRIMEIRO CONGRESSO DA FILADÉLFIA


Os delegados de 12 das Treze Colônias inglesas se reuniram em 5 de setembro até 26 de outubro de 1774 no
Primeiro Congresso da Filadélfia, na Pensilvânia para decidir como responderiam às ações coercitivas do
governo britânico. Concordaram em impor um boicote econômico ao comércio britânico a partir de 1º de
dezembro de 1774 e redigiram uma petição ao rei reivindicando a revogação dos Atos Intoleráveis. O apelo não
teve efeito, e as colônias convocaram o Segundo Congresso Continental em maio de 1775.

1775, 19/04 – INÍCIO DA GUERRA DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS


O confronto entre colonos e tropas britânicas em Lexington e Concord, em Massachusetts, marcou o início da
Guerra de Independência dos Estados Unidos. Os 3 milhões de colonos não dispunham de tropas regulares,
dinheiro, material de guerra e de uma direção centralizada. George Washington, rico fazendeiro da Virgínia, é
nomeado comandante em chefe do exército americano pelo Segundo Congresso Continental. A guerra se
estendeu por seis anos, até a vitória de Yorktown, em 19 de outubro de 1781.

1776, 04/07 – DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS


Durante o Segundo Congresso Continental, na Filadélfia os representantes de cada uma das Treze Colônias
Inglesas votaram pela independência e declararam formalmente sua emancipação em 4 de julho de 1776
quando assinaram a Declaração de Independência, um documento em grande parte redigido por Thomas
Jefferson. A declaração foi inspirada nos princípios iluministas de liberdade, igualdade e soberania popular. A
guerra de independência prolongou-se até 1781 quando ocorreu a batalha decisiva de Yorktown (19 de
outubro) em que as tropas franco-americanas comandadas por George Washington e Marquês de La Fayette
derrotaram os ingleses e impuseram a rendição. Dois anos depois, o Tratado de Paris, assinado em 3 de
setembro de 1783 entre os países, pôs fim às hostilidades. Por este acordo, os britânicos formalmente
reconheceram a independência dos Estados Unidos e lhes entregaram o território compreendido entre os
Grandes Lagos, os Montes Apalaches e os rios Ohio e Mississippi.

1787, 17/09 – APROVADA A CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA


Em 17 de setembro de 1787 foi aprovada a primeira e, até hoje, única Constituição dos Estados Unidos da
América, originalmente composta por sete artigos. Estabelece a República federativa e a tripartição dos
poderes.

31/10/1803, 31/10 – ESTADOS UNIDOS COMPRAM A LUISIANA


Em 31 de outubro de 1803, os Estados Unidos compraram a Luisiana ao preço de 15 milhões de dólares pagos
ao imperador Napoleão Bonaparte. Era a última possessão francesa na América do Norte. A Luisiana,
colonizada inicialmente pelos franceses, passou para o controle espanhol em 1763, como parte das
negociações após a Guerra dos Sete Anos. Os colonos franceses, contudo, não aceitaram a transferência e se
revoltaram em 1768, forçando o governador espanhol a fugir. Em 1801, os franceses retomaram o controle da
Luisiana para, dois anos depois venderem-na aos Estados Unidos.

MOVIMENTOS SEPARATISTAS NA AMÉRICA LATINA

1781, 18/05 – EXECUÇÃO DE TÚPAC AMARU II, PERU


No dia 18 de maio de 1781, o mestiço José Gabriel Condorcanqui, descendente dos imperadores incas e
autointitulado Túpac Amaru II foi executado em Cusco. Ele havia conduzido a maior rebelião anticolonial da
América do século XVIII, iniciada em 4 de novembro de 1780 e que ocorreu no Vice-reino do Peru. Inspirado
pelos ideais iluministas, Túpac Amaru II organizou um movimento de emancipação que reuniu milhares de
mestiços, indígenas, escravos e colonos empobrecidos que decidiram não mais obedecer às exigências e

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INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA (1775 a 1825)

tributos da Coroa Espanhola. As forças de Túpac Amaru tomaram a cidade de Cusco e declaram o fim da
“mita”, da escravidão e dos impostos coloniais. A reação da metrópole foi violenta: enviou um exército de 17
mil homens com ordens de trucidar os revoltosos. Túpac Amaru II teve sua língua cortada, o corpo arrastado
por cavalos e esquartejado, seus restos foram pendurados para exibição pública em diferentes locais de Cusco.

1791, 22/08 – INÍCIO DA REVOLUÇÃO HAITIANA


A colônia francesa de São Domingos, produtora de 455 do açúcar do mundo, era a mais rica e próspera das
colônias de escravistas no Caribe. A difusão das ideias iluministas e a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão, em agosto de 1789, que anunciava que todos os homens eram livres e iguais foram acolhidas em São
Domingos como libertárias e abolicionistas. Mas não era a intenção dos senhores brancos em abolir a
escravidão e, em 22 de agosto de 1791, os escravos se revoltaram e levaram a colônia a uma guerra civil por
treze anos.

1789, 15/03 – SILVÉRIO DOS REIS DENUNCIA A INCONFIDÊNCIA MINEIRA


No dia 15 de março de 1789, Joaquim Silvério do Reis, um dos participantes da Inconfidência Mineira, denuncia
verbalmente a conspiração ao governador de Minas Gerais, visconde de Barbacena. Não foi a primeira
denúncia, o governador já tinha sido alertado por outros entre os quais Basílio Malheiro do Lago, Inácio Correia
Pamplona e tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade. A derrama, o imposto cuja cobrança seria o
disparador da rebelião, já havia sido suspensa em fevereiro e, por isso, os inconfidentes tinham adiado seus
planos. Barbacena demorou a agir, foi somente dois meses depois, em maio de 1789 que começaram as
investigações e as prisões dos suspeitos. O alferes Joaquim José da Silva Xavier, apelidado Tiradentes, foi preso
no dia 10 de maio de 1789.

1792, 21/04 – EXECUÇÃO DE TIRADENTES NA FORCA, RIO DE JANEIRO


Em 21 de abril de 1792, Joaquim José da Silva Xavier, apelidado de Tiradentes, 46 anos de idade, foi executado
na forca por crime de “lesa-majestade”, isto é, de traição contra a rainha D. Maria I. Os réus foram presos em
março de 1789 e ficaram três anos presos até sair a sentença, o que aconteceu em 18 de abril de 1792. A
leitura da sentença levou dezoito horas. Tiradentes e vários outros foram condenados à forca. Algumas horas
depois, uma carta de clemência da rainha D. Maria I transformava todas as penas em degredo (expulsão do
Brasil), com exceção de Tiradentes. Artigo completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-
tempo/execucao-de-tiradentes-na-forca-rio-de-janeiro/

1798, 12/08 – DESCOBERTA A CONJURAÇÃO DOS ALFAIATES, BAHIA


Em 12 de agosto de 1798, membros do movimento rebelde distribuíam panfletos na porta das igrejas de
Salvador, Bahia, e colava-os nas esquinas da cidade. Um desses panfletos declarava: “Animai-vos Povo Baiense
que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o tempo em que todos seremos irmãos, o tempo em
que todos seremos iguais”. Com isso, alertaram as autoridades que, de pronto, reagiram, detendo-os.
Interrogados, eles acabaram delatando os demais envolvidos. Os panfletos e documentos descobertos
conclamavam uma revolução para a implantação de uma “República Bahiense” em que “todos serão iguais,
não haverá diferenças, só haverá igualdade, liberdade e fraternidade popular”. A influência das ideias
iluministas era evidente e elas possivelmente ganharam força com a eclosão da Revolução Francesa (1789), da
independência dos Estados Unidos (1776) e do Haiti (1791-1804). Artigo
completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/conjuracao-dos-alfaiates-bahia/

1799, 08/11 – EXECUTADOS OS LÍDERES DA CONJURAÇÃO BAIANA


Em 8 de novembro de 1799, na cidade de Salvador, Bahia, foram executados na forca quatro líderes da
Conjuração Baiana, movimento emancipacionista e republicano que fora descoberto no ano anterior. A
execução ocorreu na Praça da Piedade, cercada por tropas militares e diante do povo que se reuniu para
assistir. Havia banda de cornetas e tambores. Por volta das onze horas, os presos foram levados à forca com as

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INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA (1775 a 1825)

mãos algemadas nas costas. Foram enforcados, na seguinte ordem: o soldado Lucas Dantas, o aprendiz de
alfaiate Manuel Faustino dos Santos, o soldado Luís Gonzaga das Virgens e o mestre alfaiate João de Deus
Nascimento. Um quinto condenado, o ourives Luís Pires, conseguiu fugir e nunca foi encontrado. Artigo
completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/executados-lideres-da-conjuracao-baiana/

INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA LATINA

1804, 01/01 – INDEPENDÊNCIA DO HAITI


A Revolução Haitiana, iniciada em 1791, prosseguiu com avanços e recuos ganhando maior folego sob a
liderança do ex-escravo Jean-Jacques Dessalines, nascido na Guiné. Dessalines liderou a rebelião até a sua
conclusão, quando as forças francesas foram finalmente derrotadas em 1803. Em 1 de janeiro de 1804,
Dessalines declarou oficialmente a independência da antiga colônia, dando-lhe o nome de República do Haiti,
segundo um nome indígena Arawak. Foi a primeira colônia da América Latina a tornar-se independente, e o
primeiro Estado das Américas a abolir a escravidão negra.

1810, 20/07 – INDEPENDÊNCIA DA COLÔMBIA


Em 20 de julho de 1810 acontece a primeira tentativa de proclamação da independência da Colômbia. Uma
longa guerra pela independência liderada por Simon Bolívar e Francisco de Paula Santander estendeu-se até 7
de agosto de 1819, após a Batalha de Boyaca.

1811, 05/07 – INDEPENDÊNCIA DA VENEZUELA


Em 19 de abril de 1810 se inicia o movimento pela independência em Caracas com a deposição do governante
espanhol e a formação de uma Junta Suprema de governo. A Junta ganha a adesão de sete das dez das
províncias da Capitania Geral da Venezuela e, em 5 de julho de 1811, proclama a independência formando a
Primeira República da Venezuela. Assume a presidência Francisco de Miranda com poderes ditatoriais. Em
1816, ele é preso e enviado à Espanha onde morre no mesmo ano. A luta pela independência prossegue junto
com a Colômbia até 1819, quando é formada a República da Grã-Colômbia da qual a Venezuela faz parte até
1829.

1810, 16/07 – MÉXICO: TENTATIVAS DE INDEPENDÊNCIA


Em 1810 ocorre, no México, o movimento separatista liderado pelo padre Miguel Hidalgo, a primeira tentativa
de independência na América Espanhola. Padre Hidalgo reúne milhares de homens, mulheres e crianças que,
mesmo mal armados conseguem vencer as tropas do governo espanhol. Traído, ele é preso e fuzilado em 30 de
julho de 1811. O movimento continua sob a liderança de padre José Maria Morelos que promulgou o primeiro
decreto de independência do México em 1813 e a primeira constituição do país. Capturado pelas forças
espanholas foi fuzilado em 1815.

1811, 15/05 – INDEPENDÊNCIA DO PARAGUAI


Em 15 de maio de 1811, o Paraguai declarou a sua independência da Espanha. José Gaspar Rodríguez de
Francia, conhecido como Doutor Francia assume o governo. Em 1814, ele recebe do Congresso o título de
ditador da República do Paraguai e assim se manteve até sua morte em 1840.

1811, 18/05 – INDEPENDÊNCIA DO URUGUAI


Sob liderança de José Artigas, o Uruguai derrota as forças espanholas em 18 de maio de 1811 conquistando sua
independência. O país, então chamado Banda Oriental, enfrenta o governo de Buenos Aires que não aceita a
autonomia uruguaia pretendendo um sistema baseado no centralismo unitário. O Brasil, sob o governo de D.

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INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA (1775 a 1825)

João VI, também tem pretensões em anexar a região e, em 1816, uma força de 10 mil soldados portugueses
invade a Banda Oriental e, em janeiro de 1817, toma Montevidéu. Depois de quase quatro anos de luta, o
Brasil anexa o Uruguai como província sob o nome de Cisplatina (1821).

1816, 09/07 – INDEPENDÊNCIA DA ARGENTINA


Iniciado em 1812, o movimento de independência das Províncias Unidas do Rio da Prata (atual Argentina) foi
liderado por José de San Martín. Em 9 de julho de 1816, o Congresso de Tucumán formaliza a Declaração de
Independência da Argentina. Depois de organizar o Exército dos Andes formado por cerca de 3.800 soldados,
San Martín atravessa a cordilheira e auxilia a luta pela independência do Chile (1818) e do Peru (1821).

1818, 04/04 – BATALHA DE MAIPU: INDEPENDÊNCIA DO CHILE


Com ajuda do Exército dos Andes comandado por José de San Martín, o líder militar chileno Bernardo O’Higgins
consegue derrotar as forças espanholas. Em 5 de abril de 1818, os chilenos tiveram a vitória decisiva. O
adversário deixa em campo de batalha 2000 mortos, cerca de 2500 prisioneiros, todo seu armamento e
material de guerra.

1819, 07/08 – FORMADA A REPÚBLICA DA GRÃ-COLÔMBIA


Depois de uma guerra pela independência de nove anos, finalmente os criollos venceram as forças espanholas
na batalha de Boyaca, em 7 de agosto de 1819. É então fundada a República da Grã-Colômbia, formada pela
Colômbia e Venezuela, tendo o Panamá e o Equador sido incorporados posteriormente. O primeiro presidente
do novo país é Simon Bolívar (de 1819 a 1830) cujo maior anseio era o pan-americanismo, um movimento que
visava unificar todos os territórios da América espanhola, formando um só Estado. A Grã-Colômbia se dissolve
com a saída da Venezuela, em 1829 e depois do Equador.

1821, 28/07 – INDEPENDÊNCIA DO PERU


Forma-se no Chile a Expedição Libertadora do Peru, uma força militar criada pelo governo do Chile para libertar
o Peru do Império Espanhol. Na liderança da expedição estavam José de San Martín, comandando o exército, e
o almirante escocês Thomas Cochrane, comandando a frota naval. Em 28 de julho de 1821, San Martín declara
a independência do Estado peruano e forma o primeiro Congresso Constituinte do país. A guerra, porém,
prossegue até a vitória decisiva de Ayacucho em 1824 que contou com o auxílio de Simón Bolívar e a liderança
de Antônio José de Sucre.

1821, 28/09 – MÉXICO: INDEPENDÊNCIA DO IMPÉRIO MEXICANO


O general Agustin de Iturbide, um criollo mexicano, é nomeado imperador constitucional. Sob o Primeiro
Império, o México alcança sua maior extensão territorial, estendendo-se do norte da Califórnia até a América
Central (excluindo o Panamá). Sofrendo fortes oposições internas, Iturbide abdica do trono e foge do país em
19 de março de 1823. O México é, então, declarado uma República.

1822, 24/05 – INDEPENDÊNCIA DO EQUADOR


Em 24 de maio de 1822, forças locais se organizam e derrotam o exército monarquista se unindo à Grã-
Colômbia, república fundada por Simón Bolívar em 1819. O Equador ficou incorporado à Grã-Colômbia até 13
de maio de 1830, para se constitui como República independente. No mesmo ano, a Grã-Colômbia se
desintegra dando origem a outros dois Estados: a Colômbia e a Venezuela.

1822, 07/09 – INDEPENDÊNCIA DO BRASIL


Em 7 de setembro de 1822, o príncipe regente D. Pedro, proclama a independência do Brasil. Ele se encontrava
em São Paulo, às margens do riacho Ipiranga, quando recebeu as cartas das mãos do mensageiro enviado pela

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INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA (1775 a 1825)

princesa Maria Leopoldina e José Bonifácio. Após ler a correspondência, ele reuniu a comitiva e proclamou a
sua decisão: a independência do Brasil. Artigo completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-
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1823, 01/07 – REPÚBLICA FEDERAL DA AMÉRICA CENTRAL


Em 1º de julho de 1823, as províncias da América Central se declaram independentes em relação ao Império
Mexicano e constituem um país formado pelas atuais repúblicas da Guatemala, El Salvador, Honduras,
Nicarágua e Costa Rica. Conflitos internos, contudo, levaram a uma guerra civil e a desintegração da Federação.
Honduras foi o primeiro a deixar a federação, em 1838. As demais repúblicas acabaram também por se
desligar, e a união desapareceu em 1840.

1823, 01/11 – MÉXICO: PROCLAMADA A PRIMEIRA REPÚBLICA MEXICANA


Após a queda do imperador mexicano Agostin I, a república é proclamada em 1º de novembro de 1823 pelo
Congresso Constituinte que promulgou a constituição em 1824. A Primeira República Mexicana durou de 1823
a 1835.

1823, 02/12 – LANÇADA A DOUTRINA MONROE


Em 2 de dezembro de 1823, James Monroe, presidente dos Estados Unidos, em sua mensagem anual ao
Congresso anunciou o que veria a ser conhecida, em 1850, como “Doutrina Monroe”. Artigo completo:
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1825, 06/08 – INDEPENDÊNCIA DA BOLÍVIA


O país se declara independente em 6 de agosto de 1825 com o nome República de Bolívar, alterado depois
para República da Bolívia. Em 1826, o libertador Simón Bolívar outorga ao país a primeira constituição,
aprovada pelo congresso de Chuquisaca. O primeiro presidente eleito é Antônio José Sucre, herói da batalha de
Ayacucho (1824) que garantiu a independência do Peru.

1825, 25/08 – INDEPENDÊNCIA DO URUGUAI


Em 25 de agosto de 1825, a província Cisplatina, anexada pelo Brasil desde 1821, levanta-se contra o Império
Brasileiro proclamando sua independência, com apoio das Províncias Unidas do Rio da Prata (atual Argentina).
A Guerra da Cisplatina, que durou 500 dias termina sem que nenhum dos lados tivesse uma vitória decisiva.
Diante dos altos custos da guerra, da pressão britânica para que um acordo fosse firmado, além da
precariedade militar dos dois países em conflito, a paz foi negociada com a mediação da Grã-Bretanha. Em
1828, o Tratado de Montevidéu deu origem ao Uruguai como Estado independente.

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