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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Faculdade de Tecnologia – FT

ST107 - C “Biologia Aplicada I”

Relatório 1º Experiência
COLORAÇÃO DE GRAM

Profª Gisela Umbuzeiro


Ana Beatriz Almeida RA: 104551

Junho 2010
Limeira
Coloração de Gram
Introdução: A coloração de Gram foi desenvolvida em 1884 pelo
bacteriologista dinamarquês Hans Christian Gram. Ela é um dos procedimentos
de coloração mais úteis, pois classifica as bactérias em dois grandes grupos:
gram-positivas e gram-negativas [1].
Os diferentes tipos de bactérias reagem de modo diferente à coloração
de Gram por conta de diferenças estruturais em suas paredes celulares que
afetam a retenção ou liberação de uma combinação de cristal violeta e iodo,
denominada complexo violeta-iodo (CV-I) [1].
Entre outras diferenças, as bactérias gram-positivas têm uma parede
celular mais espessa de peptideoglicana (dissacarídeos e aminoácidos) que as
bactérias gram-negativas. Além disso, as bactérias gram-negativas contem
uma camada de lipossacarideo (lipídeos e polissacarídeos) como parte de sua
parede celular [1].
Em resumo, as células gram-positivas retêm o corante e permanecem
de cor púrpura e as células gram-negativas não retêm o corante [1].

Objetivo:
Identificar bactérias de acordo com a forma e coloração [2].

Materiais:
- Alça de Inoculação;
- Álcool (para descoloração);
- Bico de Bunsen;
- Lâminas;
- Lamínulas;
- Microscópio;
- Óleo de Imersão;
- Pinças;
- Pipeta Pasteur;
- Suspensão Bacteriana;
- Corantes: cristal violeta, iodo, álcool, safranina [2].
Métodos:
• Preparação do esfregaço bacteriano (para uma cultura em meio
líquido)
- passar algodão embebido em álcool para limpar uma lâmina de vidro
- coletar uma pequena porção da cultura em meio líquido com o auxílio de uma
alça de inoculação e colocá-la sobre a lâmina, espalhando-a para formar uma
película bem fina
- fixar o esfregaço passando a lâmina três vezes sobre a chama
- deixar a lâmina esfriar [2].

• Método de Coloração de Gram


- cobrir o esfregaço seco e fixado pelo calor com a solução de cristal violeta e
esperar por 1 minuto (esse processo é conhecido como coloração primária)
- para remover o excesso da solução de cristal violeta, basta lavar levemente a
lâmina com água corrente ou destilada
- cobrir o esfregaço com a solução de iodo (lugol) e esperar por 1 minuto
- lavar a lâmina com uma solução de álcool-acetona por 30 segundos (essa
solução de álcool-acetona é um agente descorante)
- cobrir o esfregaço com a solução de safranina por 30 segundos
- lavar levemente com água corrente
- esperar a lâmina secar naturalmente, ou secá-la delicadamente com papel
filtro.
Na análise da lâmina no microscópio, não esquecer de utilizar a objetiva
de imersão para o aumento de 100x [2].
Resultados: A tabela abaixo mostra as reações e o aspecto das bactérias
durante o processo da coloração de Gram:

Soluções em ordem de GRAM-POSITIVAS GRAM-NEGATIVAS


aplicação
Cristal violeta – CV As células ficam coradas As células ficam coradas
em violeta em violeta
Solução de iodo (lugol) Formação do complexo Formação do complexo
CV-I no interior das CV-I no interior das
células, que células, que
permanecem violetas permanecem violetas
Álcool As paredes celulares se Ocorre a extração dos
desidratam e ocorre a lipídeos da parede
diminuição da celular, o que aumenta a
porosidade e porosidade e permite
permeabilidade, o que que o complexo CV-I
impede que o complexo seja removido das
CV-I saia das células, células
que permanecem
violetas
Safranina Não afeta as células que As células tomam o
permanecem violetas corante adquirindo uma
cor avermelhada

Considerações finais: Na observação do esfregaço após ser realizada a


coloração de Gram no microscópio foi possível identificar as bactérias de duas
formas: pelo seu formato e cor. Foram observadas bactérias com a forma de
bastonetes e cocos e pela cor, foram identificadas bactérias arroxeadas (gram-
positivas) e avermelhadas (gram-negativas). A maior parte das bactérias que
foram observadas eram gram-negativas.

Bibliografia:

[1] TORTORA, GERARD J.; FUNKE, BERDELL R. ; CASE, CHRISTINE L.


tradução atual por Roberta Marchiori Martins – Microbiologia - 8.ed. - Porto
Alegre – Artmed, 2005

[2] Roteiro de aula prática ST107 – BIOLOGIA APLICADA I

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