Resumos Matrizes de Renascimento

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Matrizes do renascimento:

O que é o renascimento?
O termo "Renascimento" refere-se a um período histórico que teve seu apogeu entre os séculos XIV e XVI na
Europa, particularmente na Itália. Este período foi marcado por um renascimento cultural, artístico, científico e
intelectual que se distinguiu pelo ressurgimento do interesse nas artes e nas ciências da antiguidade clássica greco-
romana.

O Renascimento em Itália:
O Renascimento na Itália foi um período de grande florescimento cultural, artístico, científico e filosófico que
ocorreu aproximadamente entre os séculos XIV e XVI. O renascimento foi caracterizado por uma redescoberta e
valorização das artes e culturas clássicas da Grécia e Roma antigas.

Renascimento e a sua influência na Arte e Arquitetura:


Arte: A pintura renascentista enfatiza a perspetiva (obras tridimensionais), o realismo (estudavam imenso a
anatomia humana) e o uso de luz e sombra para criar uma sensação de profundidade (obras tridimensionais).

A perspetiva linear foi uma das mais importantes inovações técnicas durante o Renascimento. Artistas como Filippo
Brunelleschi e Leon Battista Alberti exploraram princípios matemáticos para representar objetos tridimensionais em
uma superfície bidimensional de maneira mais precisa.

Nesta época surge a invenção da pintura a óleo que permitia maior flexibilidade e precisão na aplicação das cores.
Possibilitou a criação de obras-primas mais duradouras e ricas em detalhes. A paleta de cores da pintura renascentista
italiana tinha uma inumera variedade de cores intensas e vibrantes. Eles utilizavam pigmentos minerais e orgânicos
que contribuíam para o impacto visual e emocional de suas obras. O detalhamento meticuloso das pinturas
especialmente em áreas como tecidos, texturas e natureza morta também era uma característica distintiva da pintura
renascentista italiana.

Os artistas renascentistas dedicaram-se ao estudo minucioso da anatomia humana e da natureza. Eles realizaram
dissecações de cadáveres e estudaram modelos vivos para compreender melhor a estrutura e o movimento do corpo
humano.

O chiaroscuro (uso dramático de luz e sombra) foi outra técnica importante desenvolvida durante o Renascimento.
Artistas como Leonardo da Vinci e Caravaggio exploraram o contraste entre áreas iluminadas e áreas escuras para
criar efeitos dramáticos e tridimensionais em suas obras. Esta prática adicionou profundidade e intensidade emocional
às pinturas renascimentos.

Existiu também a volta aos clássicos. Buscaram emoluar os ideais estéticos, técnicas e temas dos antigos mestres.

Os artistas e intelectuais renascentistas dedicaram-se ao estudo intenso de obras da antiguidade clássica. Eles foram
influenciados pelos ideais estéticos da antiguidade clássica e acreditavam que a beleza ideal era encontrada na
natureza. Isso levou a uma representação mais realista e naturalista da forma humana e da paisagem.

A pintura renascentista italiana refletia os ideais humanistas da época com um foco renovado no valor e na dignidade
do ser humano. Os artistas frequentemente retratavam figuras históricas, mitológicas e religiosas com uma
profundidade psicológica e emocional, buscando capturar a complexidade da experiência humana e celebrar as
realizações do homem.

Arquitetura: A arquitetura renascentista foi marcada pela transição entre os estilos arquitetónicos da Idade
Média e da era moderna. Houve um retorno dos princípios clássicos, o desenvolvimento de estruturas monumentais e
uma busca pela beleza e harmonia visual. Os arquitetos renascentistas estudaram os tratados clássicos de arquitetura,
como os escritos de Vitrúvio, e buscaram imitar os elementos arquitetónicos encontrados nas ruínas romanas. Isso
incluía a aplicação das ordens arquitetónicas clássicas (dórica, jónica, coríntia)( mais tarde adicionam a compósita e a
toscana)bem como a utilização de proporções e simetria(sensação de profundidade e equilíbrio visual) inspiradas na
arquitetura antiga.

Os arquitetos prestavam muita atenção aos detalhes estilísticos e proporções dos edifícios, buscando criar espaços
que fossem não apenas funcionais, mas também esteticamente agradáveis. Isso incluía o uso de elementos decorativos
como colunas, arcos, frontões e entablamentos, que eram cuidadosamente integrados à estrutura geral do edifício.

Uma das características mais marcantes da arquitetura renascentista foi a integração harmoniosa de arte e arquitetura.
Esculturas, afrescos, relevos e mosaicos eram frequentemente incorporados aos edifícios, criando espaços que eram
ao mesmo tempo obras de arte e estruturas arquitetónicas. Artistas como Michelangelo, Rafael e Donatello
trabalharam em colaboração com arquitetos para criar obras-primas que ainda são admiradas por sua beleza e
complexidade.

Mecenato e patrocínios:
O renascimento foi um período em que os artistas e intelectuais dependiam do mecenato de patronos ricos e
poderosos para financiar suas atividades criativas. O mecenato refere-se ao apoio financeiro e material fornecido por
indivíduos ou instituições a artistas, escritores, cientistas e filósofios, enquanto o patrocínio envolve o financiamento
direto de projetos específicos, como obras de arte, construção de edifícios ou pesquisa científica.

Famílias Nobres e Poderosas: As famílias nobres e ricas desempenharam um papel central como mecenas e
patronos das artes durante o Renascimento italiano. Famílias como os Medici em Florença, os Sforza em Milão, os
Gonzaga em Mântua e os Este em Ferrara eram conhecidas por seu mecenato generoso e seu apoio à cultura e à
educação.

Mecenato religioso: Além de famílias nobres, a Igreja Católica também desempenhou um papel importante como
mecenas e patrona das artes durante o Renascimento. Os papas, cardeais e bispos encomendavam obras de arte para
decorar igrejas, capelas e palácios eclesiásticos, contribuindo para a riqueza e a beleza da arte sacra renascentista.

Esta prática levou a avanços significativos nas áreas como pintura, escultura, arquitetura, astronomia, anatomia,
matemática e filosofia. Também deu origem a várias obras-primas da arte ocidental. Artistas como Leonardo da Vinci,
Michelangelo, Rafael Sanzo, Ticiano, Botticelli e Donatello produziram algumas das obras mais importantes e
influentes da história da arte, muitas das quais foram encomendadas por mecenas e patronos poderosos.

Por suposto o mecenato e o patrocínio deixaram um legado duradouro na cultura europeia, estabelecendo as bases
para o desenvolvimento da arte, da ciência e da educação moderna.

O humanismo: O humanismo é um movimento que exalta a nobreza e a grandeza do ser humano, enfatizando o
seu potencial para o bem, a verdade e a beleza. O humanismo valoriza a razão, a educação, a busca pelo
conhecimento e a excelência individual, promovendo uma visão positiva da humanidade e do seu lugar no universo.

Este período viu um ressurgimento do comércio, uma ascensão da burguesia urbana, o mecenato generoso das
famílias nobres e um florescimento das artes, ciências e letras.

Os humanistas estudiosos buscavam reviver e adaptar os ideias e valores do mundo clássico para o contexto da
sociedade renascentista. Os humanistas acreditavam na dignidade e no potencial ilimitado do ser humano, e
buscavam desenvolver todas as faculdades dos seus talentos. Com isto eles valorizavam a educação como um meio
de alcançar o conhecimento, a virtude e a excelência. Os humanistas acreditavam que o estudo de certas disciplinas
( gramática, retórica, poesia, filosofia moral e a história) podiam enriquecer a mente e promover o desenvolvimento
intelectual, moral e espiritual do indivíduo.
Ao longo do Renascimento italiano o humanismo passou por várias fases de desenvolvimento. No início, o
humanismo era fortemente influenciado pelo neoplatonismo e pelo cristianismo, buscando reconciliar os ideais
clássicos com a teologia cristã. Mais tarde o humanismo secular emergiu como uma corrente de pensamento
independente, enfatizando a autonomia e a liberdade humana.

NOTA: começa com a chegada do mestre Catalão Parísio Ciclo ( fim do séc XIV início do séc XV)

Princípios do Humanismo:

Humanocentrismo: Coloca o ser humano no centro das preocupações e das investigações intelectuais, valorizando
sua capacidade de raciocínio, criatividade e autorrealização.

Racionalismo: Defende o uso da razão e da lógica como ferramentas fundamentais para compreender o mundo e
tomar decisões, em contraste com a autoridade dogmática e a superstição.

Valorização das humanidades: Valoriza as disciplinas humanísticas, como a filosofia, a literatura, a história e a arte,
como meios de cultivar a mente e promover o desenvolvimento pessoal e social.

Educação integral: Defende uma educação abrangente que promova não apenas o desenvolvimento intelectual, mas
também o moral, o ético e o estético, buscando formar indivíduos completos e bem-sucedidos.

Universalismo: Busca identificar e promover os valores e interesses comuns a toda a humanidade, transcendendo as
divisões étnicas, religiosas e culturais.

Como o renascimento italiano influenciou a educação:


O renascimento italiano transformou as abordagens pedagógicas e promoveu o desenvolvimento da aprendizagem em
diversas áreas.

Uma das maiores mudanças foi a valorização do humanismo e das humanidades. Os humanistas buscavam resgatar e
estudar os textos clássicos da Grécia e Roma antiga, acreditando que eles continham lições essenciais sobre a
natureza humana, a moralidade e a sociedade.

Era promovida uma abordagem mais prática e participativa da educação, incentivando os alunos a lerem, discutirem e
interpretarem os textos clássicos por si mesmos (era extremamente contraditória aos pilares de ensinamento da idade
média onde valorizavam a memorização e recitação)

O Renascimento foi um período de grande desenvolvimento na educação artística e científica. Escolas de arte foram
estabelecidas em cidades como Florença, Roma e Veneza, onde os alunos podiam aprender com mestres renomados e
praticar suas habilidades em estúdios bem equipados. Além disso, o interesse renovado pela ciência e pela
investigação levou à criação de academias e sociedades científicas que promoviam o estudo da anatomia, astronomia,
matemática e outras disciplinas.

Como o renascimento italiano influenciou o pensamento das pessoas?


O Renascimento enfatiza a importância do indivíduo e das suas realizações. A redescoberta das obras clássicas gregas
e romanas, que frequentemente celebravam a grandeza e o potencial humano, inspirou uma nova valorização das
capacidades e talentos individuais. Isso levou a um aumento do interesse pelo desenvolvimento pessoal, pela
autoexpressão e pela busca do próprio potencial.

O Renascimento promoveu a ideia de que a razão humana era capaz de entender e explicar o mundo natural. A
valorização da educação, da investigação científica e do pensamento crítico contribuiu para uma mentalidade mais
racionalista e humanista que questionava as autoridades tradicionais e buscava novas formas de compreender o
mundo. Houve um renovado interesse pelo estudo da Natureza e pelo método científico. Os artistas, cientistas e
filósofos da época buscavam entender os fenômenos naturais através da observação direta e da experimentação, em
contraste com a abordagem teocêntrica da Idade Média. Isto levou a avanços significativos em diversas áreas.

Em suma o Renascimento italiano influenciou o pensamento das pessoas ao promover valores como o humanismo, a
racionalidade, o individualismo e o interesse pelo conhecimento e pela cultura, essas ideias ajudaram a moldar a
forma como as pessoas viam-se a si mesmas. O mundo e o seu lugar nele, e continuaram a exercer uma influência
duradoura sobre o pensamento nele.

Pessoas importantes e influentes do Renascimento italiano:

Guarino de Verona: Foi um dos principais humanistas italianos do séc XV. Ele desempenhou um papel
fundamental na promoção do humanismo clássico na itália e contribuiu significativamente para o renascimento da
cultura clássica durante o Renascimento. Viajou extensivamente pela Grécia e pelo império Bizantino para estudar
manuscritos antigos e aprender grego diretamente das fontes originais.

Foi educador de latim e grego de acordo com os princípios humanistas.

Foi também um prolífico escritor e tradutor. Traduziu várias obras gregas clássicas para o latim, incluindo obras de
Aristóteles, Plutarco e Luciano. Os seus esforços beneficiaram a reintrodução da filosofia, da literatura e da ciência
grega na Europa Ocidental e influenciou também o desenvolvimento do pensamento

Giotto di Bondone: (c. 1267-1337) é frequentemente considerado um dos precursores do Renascimento italiano e
um dos primeiros pintores a romper com as tradições artísticas medievais. Embora Giotto tenha vivido antes do auge
do Renascimento, seu estilo inovador e suas contribuições para a arte italiana tiveram um impacto duradouro sobre os
artistas renascentistas que o seguiram. Foi um dos primeiros artistas a reintroduzir o naturalismo e o realismo na arte
ocidental desde os tempos da Roma Antiga. Suas pinturas eram conhecidas por suas representações tridimensionais e
emocionalmente expressivas de figuras humanas e cenas religiosas, rompendo com a estilização e a simbolismo
típicos da arte medieval. Utilizava a perspetiva linear de forma sistemática em suas pinturas criando a ilusão de
profundidade e espaço tridimensional. Havia uma narrativa clara e um forte senso de drama e emoção

Ambrogio Lorenzetti: Foi um pintor italiano do séc, XIV conhecido por suas contribuições para a arte durante o
período do Renascimento. Ambrogio Lorenzetti é mais conhecido por suas obras que retratam a vida cotidiana,
alegorias políticas e religiosas, além de cenas históricas. Uma de suas obras mais famosas é o conjunto de afrescos
intitulado "Alegoria do Bom Governo", que decorava a Sala da Paz no Palazzo Pubblico em Siena. Esses afrescos são
altamente simbólicos e representam uma visão idealizada de uma cidade governada por um governo justo e
eficiente.Além disso, Lorenzetti também produziu uma série de obras religiosas, incluindo altares e retábulos, que
demonstram sua habilidade em representar figuras humanas de forma realista e expressiva, influenciada pelo
naturalismo emergente durante o Renascimento.No entanto, é importante notar que o trabalho de Ambrogio
Lorenzetti é frequentemente associado mais ao período pré-renascentista do que ao auge do Renascimento italiano.

Pietro Lorenzetti: é conhecido por suas obras religiosas, incluindo afrescos, altares e retábulos, que demonstram
uma habilidade notável em representar figuras humanas com uma expressão emotiva e realista. Ele trabalhou
principalmente em Siena e nas áreas circundantes, deixando um legado significativo na arte italiana medieval e
renascentista. Uma de suas obras mais famosas é o ciclo de afrescos na Basílica de São Francisco em Assis, que
retrata cenas da vida de São Francisco de Assis. Esses afrescos são considerados obras-primas do estilo narrativo e
emotivo característico da Escola Sienesa. Assim como seu irmão Ambrogio, Pietro Lorenzetti contribuiu para a
transição da arte medieval para a renascentista, incorporando elementos de naturalismo e expressão emocional em
suas obras.

renascimento Florentino:

Florença foi o epicentro do Renascimento italiano, e o Renascimento Florentino é frequentemente considerado o


início desse movimento. Sob o patrocínio generoso da família Medici, Florença se tornou um centro de atividade
intelectual, artística e econômica. Artistas como Brunelleschi, Donatello e Masaccio fizeram importantes
contribuições para a arte e a arquitetura, enquanto pensadores como Leonardo Bruni e Marsilio Ficino ajudaram a
promover ideias humanistas. Destacam-se também figuras como Botticelli e Michelangelo, que influenciaram
profundamente a arte do período. O Renascimento Florentino é conhecido por sua ênfase na humanidade, na busca
pela perfeição e na inovação artística e intelectual.

Renascimento Romano:

O Renascimento Romano ocorreu mais tarde que o Renascimento Florentino e foi influenciado por ele. Sob o papado
renascentista, Roma se tornou um centro de atividade artística e cultural, com artistas, arquitetos e intelectuais sendo
atraídos para a cidade. O patrocínio papal levou à construção de muitas obras-primas arquitetônicas, como a Basílica
de São Pedro e a Capela Sistina, esta última decorada por Michelangelo. O Renascimento Romano também viu o
desenvolvimento de uma nova abordagem à escultura, com artistas como Bernini produzindo obras dinâmicas e
expressivas que refletiam o idealismo e a espiritualidade da época.

Renascimento Veneziano:

Veneza teve sua própria versão do Renascimento, com características distintas das de Florença e Roma. A riqueza e o
comércio de Veneza permitiram o florescimento das artes na cidade. Artistas como Giovanni Bellini, Tintoretto e
Ticiano produziram obras que refletiam a opulência e o esplendor da cidade. A pintura veneziana era conhecida por
sua riqueza de cores, atmosfera lírica e ênfase na sensação e na emoção. A arquitetura veneziana também se destacou,
com a cidade sendo famosa por seus palácios, igrejas e praças elegantes.

Esses três movimentos do Renascimento na Itália, cada um com suas próprias características distintas, contribuíram
para a riqueza e diversidade do período renascentista como um todo. Enquanto Florença era o centro do
Renascimento intelectual e artístico, Roma destacava-se pelo mecenato papal e pela monumentalidade de suas
construções, e Veneza pelo seu caráter mercantil e pelo esplendor de suas artes visuais. Juntos, esses movimentos
ajudaram a definir e moldar o Renascimento italiano e a influenciar o desenvolvimento da cultura ocidental.

Tendência Aristotélica: Esta tendência foi influenciada pelas obras de Aristóteles, redescobertas e traduzidas para o
latim durante a Idade Média. Os filósofos escolásticos, como Santo Tomás de Aquino, consideravam Aristóteles como
um dos maiores filósofos pagãos e procuravam integrar seus ensinamentos à teologia cristã. Eles acreditavam que a
razão humana poderia ser usada para entender a natureza e os ensinamentos de Deus, e que a filosofia aristotélica
poderia ser uma aliada da teologia cristã.

Tendência Católica: Paralelamente à influência de Aristóteles, a escolástica também foi influenciada pela teologia
cristã, especialmente pelas doutrinas e ensinamentos da Igreja Católica. Os filósofos escolásticos estavam
preocupados em defender e explicar as doutrinas cristãs usando a lógica e a razão, bem como em responder às
objeções e críticas levantadas por outros filósofos e religiões.

Essas duas tendências, a filosofia aristotélica e a teologia católica, coexistiram e interagiram de maneiras complexas
ao longo do período escolástico. Embora tenham havido debates e conflitos entre diferentes escolas de pensamento
dentro da escolástica, esse movimento intelectual foi fundamental para o desenvolvimento da teologia cristã e da
filosofia ocidental, ajudando a moldar o pensamento medieval e preparando o terreno para o Renascimento e a era
moderna.

Renascimento Italiano e o seu impacto na filosofia:

O renascimento italiano influenciou o conteúdo e os métodos de investigação filosófica. Em resumo, o Renascimento


italiano teve um impacto profundo na filosofia, revitalizando o estudo da filosofia clássica, promovendo a integração
da filosofia com as ciências naturais, desenvolvendo o humanismo filosófico e renovando a metafísica e a ética. Essas
mudanças foram fundamentais para o surgimento da filosofia moderna e para a consolidação da posição central da
filosofia no pensamento ocidental.
Redescoberta da Filosofia Clássica: Os humanistas italianos dedicaram-se à tradução e ao estudo dos textos
filosóficos antigos, especialmente de autores como Platão, Aristoteles, Cícero e Sêneca. Essa redescoberta da filosofia
clássica proporcionou uma nova fonte de inspiração e autoridade para os filósofos renascentistas.

Integração da Filosofia e das Ciências: Os avanços na astronomia, na anatomia, na física e em outras áreas das
ciências naturais levantaram novas questões filosóficas sobre a natureza do universo, a relação entre mente e corpo, e
o método científico. Por exemplo, as descobertas de Copérnico e Galileu sobre o movimento dos planetas desafiaram
conceções tradicionais do cosmos e levantaram questões sobre a natureza da realidade e da verdade científica.
Durante o Renascimento, houve uma interseção significativa entre a filosofia natural (ou seja, o estudo da natureza e
do mundo material) e a filosofia metafísica (ou seja, o estudo da realidade última e dos fundamentos da existência).
Filósofos como Nicolau de Cusa exploraram questões que transcendiam os limites da ciência experimental,
abordando temas como o infinito, a unidade e a natureza de Deus. Filósofos como Francis Bacon e René Descartes
desempenharam um papel fundamental na promoção do método científico e na sistematização do conhecimento
científico. Bacon enfatizou a importância da observação e da experimentação na investigação científica, enquanto
Descartes desenvolveu um método baseado na dúvida sistemática e na dedução lógica. Suas contribuições ajudaram a
estabelecer as bases para a ciência moderna e a promover uma abordagem mais rigorosa e sistemática da investigação
científica.

Desenvolvimento do Humanismo Filosófico: Promoveu uma abordagem mais centrada no ser humano para a
filosofia, enfatizando a importância da experiencia humana, da razão e da liberdade individual- Os filósofos
humanistas, como Giovanni Pico della Mirandola e Marsilio Ficino, exploraram questões relacionadas à natureza
humana, à moralidade e à busca pelo conhecimento, promovendo uma visão otimista e antropocêntrica do mundo.

Renovação da Metafísica e da Ética: O Renascimento testemunhou uma renovação da metafísica e da ética, com
filósofos como Nicolau de Cusa e Tommaso Campanella explorando novas ideias sobre a natureza do ser, a existência
de Deus e os fundamentos da moralidade. Esses pensadores buscavam reconciliar as tradições filosóficas clássicas
com os insights da teologia cristã e da ciência moderna, contribuindo para a elaboração de sistemas filosóficos mais
abrangentes e coerentes.

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