Boletim SNIF 2017
Boletim SNIF 2017
Boletim SNIF 2017
O Sistema Nacional de Informações Florestais – SNIF apresenta o Boletim 2017 sobre Recursos Florestais no
Brasil. Os temas analisados sob a ótima de Recursos Florestais são As Florestas, Florestas Plantadas, Conservação
das Florestas, Monitoramento das Florestas e Espécies Florestais.
4 Recursos Florestais
AS FLORESTAS DO BRASIL
Cotidianamente, denomina-se “floresta” qualquer vegetação que apresente predominância de indivíduos lenhosos, onde as copas das árvores se tocam formando um dossel. Sinônimos populares para florestas são: mata,
mato, bosque, capoeira, selva.
O Serviço Florestal Brasileiro, no desenvolvimento de seus trabalhos e na elaboração dos relatórios nacionais e internacionais sobre os recursos florestais do país, tem considerado como floresta as tipologias de vegetação
lenhosas que mais se aproximam da definição de florestas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO): “Floresta corresponde a uma área medindo mais de 0,5 ha com árvores maiores que 5 m de
altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ. Isso não inclui terra que está predominantemente sob uso agrícola ou urbano.”
O Brasil é um país florestal com aproximadamente 58% do seu território coberto por florestas naturais e plantadas - o que representa a segunda maior área de florestas do mundo, atrás apenas da Rússia. São estimados 485,8
milhões de hectares de florestas nativas (FRA 2015) e 10 milhões de hectares de florestas plantadas (IBGE, 2017). A estimativa da área de floresta pelo Serviço Florestal Brasileiro se baseia na classificação dos diferentes tipos
de formações vegetacionais (fitofisionomias) como floresta ou não, de acordo com as definições do Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE compatibilizadas com a definição da FAO.
5 Recursos Florestais
Inventário Florestal Nacional
O Inventário Florestal Nacional - IFN é um projeto coordenado pelo Serviço Florestal Brasileiro com o propósito de produzir informações sobre as florestas em todo o território brasileiro. Ele consiste na coleta de dados de
campo, incluindo a medição de árvores, a coleta de amostras botânicas e de solo, e também entrevistas com pessoas que utilizam as florestas no seu dia-a-dia.
A coleta de campo já foi concluída em 12 unidades da federação mais o Distrito Federal e mais sete estados estão com o IFN em implementação. Ao todo, até novembro/2017, foram inventariados 215 milhões de hectares, com
medição em 6.140 unidades amostrais (conglomerados), aproximadamente 445 mil árvores mensuradas, 47.337 amostras botânicas coletadas, 9.217 amostras de solo coletadas e 14.923 pessoas entrevistadas.
6 Recursos Florestais
FLORESTAS PLANTADAS
As informações sobre as Florestas Plantadas no Brasil são fornecidas pelo IBGE (a partir do relatório Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura - PEVS) e pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). A partir da análise desses
dados, o SNIF disponibiliza painéis dinâmicos que apresentam a área de floresta plantada e a evolução dessas áreas.
Área de floresta plantada no Brasil. Figura 2. Área de floresta plantada no Brasil em 2016, por estado.
7 Recursos Florestais
CONSERVAÇÃO DAS FLORESTAS
A Conservação das Florestas brasileiras é estabelecida por lei, tanto nas propriedades privadas quanto nas áreas públicas. O Código Florestal (Lei 12.651/2012) estabelece a manutenção das Áreas de Preservação Permanente
(APP) e Reserva Legal (RL) e existem ainda as áreas protegidas em Terras Indígenas e Unidades de Conservação. A Lei 11.284/2006 passou a proteger as florestas públicas que se encontram fora de unidades de conservação.
Em abril de 2016, de uma área total de 292.218.175 hectares cadastrados, foram declarados 12.252.283 hectares de APP (4,2%).
8 Recursos Florestais
Reserva Legal - RL
Reserva Legal é definida como área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de Figura 3. Distribuição das Terras Indígenas no Brasil (2017).
preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação
dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas (Lei
12.651/2012). Nessas áreas é permitido o manejo florestal sustentável para a produção de bens e serviços,
desde que o plano de manejo seja aprovado pelo órgão de governo competente. Assim como as APPs, a partir da
implementação do Cadastrado Ambiental Rural e o cadastramento das propriedades rurais no país, é possível
estimar qual o total da área de Reserva Legal.
Em abril de 2016, de uma área total de 292.218.175 hectares cadastrados, foram declarados 57.480.419 hectares
de RL (19,7%).
Para mais informações sobre as áreas cadastradas no CAR acesse o endereço http://www.florestal.gov.br/
snif/gestao-florestal/cadastro-ambiental-rural.
Terra Indígena - TI
Terras indígenas são terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, definidas como: “aquelas por eles habitadas em
caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos
ambientais necessários a seu bem estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos,
costumes e tradições”. Embora os índios detenham a posse permanente, essas terras são bens da União (CF, 1988).
Segundo levantamento da Fundação Nacional do Índio, em 2017, o território brasileiro apresenta 118.042.320
hectares de Terras Indígenas, distribuídas entre diversas fases do processo administrativo (delimitada, declarada,
homologada, regularizada, encaminhada com Reserva Indígena e em estudo) e em diversas modalidades
(tradicionalmente ocupada, Reserva Indígena, dominal indígena e interditada).
9 Recursos Florestais
MONITORAMENTO DAS FLORESTAS
Os monitoramentos das florestas são realizados pelo governo brasileiro através de diversas instituições e algumas formas de monitoramento se dão pelo monitoramento de incêndios florestais e pela perda da cobertura
florestal.
Incêndios Florestais
O monitoramento operacional de focos de queimadas e de incêndios florestais detectados por satélites e o cálculo e previsão do risco de fogo da vegetação fazem parte do Programa de Monitoramento de Queimadas/Incêndios
Florestais, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. Este sistema teve início em meados de 1986 durante um experimento de campo conjunto entre pesquisadores do INPE e da NASA. Ele vem evoluindo
continuamente desde 1987, quando passou a operar operacionalmente, e foi particularmente aperfeiçoado a partir de 1998, mediante apoio do programa nacional Proarco no Ibama, criado para controlar as queimadas e o
desmatamento no arco do desmatamento da Amazônia com recursos do Ministério do Meio Ambiente. O objetivo é monitorar a cobertura da terra e o impacto do fogo com o uso de imagens de satélites, para apoiar as ações
de gestão ambiental e controlar o desmatamento, queimadas e incêndios florestais. São utilizados todos os satélites que possuem sensores óticos operando na faixa termal-média de 4um e que o INPE consegue receber. No
total o INPE processa mais de 200 imagens por dia especificamente para detectar focos de queima da vegetação.
Figura 4. Número de focos de calor identificados no Brasil, por ano. Figura 5. Número de focos de calor identificados no Brasil, por mês: comparativo série histórica, 2016 e 2017.
10 Recursos Florestais
Em 2016, houve uma queda do número de focos de calor, mas em 2017 esse número voltou a crescer, se aproximando do ano 2004, ano com maior quantidade de focos de calor na série histórica. Esse aumento em 2017 se deve
principalmente ao grande número de focos de calor identificados em setembro deste ano, mês já com o histórico de maior número de focos. Enquanto em 2016 os estados do Pará e Mato Grosso se equipararam em quantidade
de focos de calor, em 2017 o Pará está se destacou com quase 60 mil focos.
11 Recursos Florestais
ESPÉCIES FLORESTAIS
O Brasil é considerado um país mega diverso devido à variedade de formações vegetais e ecossistemas, que abrigam uma das floras mais diversas e exuberantes do planeta. As angiospermas, plantas que produzem sementes
cobertas por frutos, são o grupo mais diverso e rico dentre todas as plantas. De acordo com a Lista de Espécies da Flora do Brasil 2015 (REFLORA/JBRJ), foram reconhecidas 46.097 espécies para a flora brasileira, sendo 32.831
de Angiospermas e 30 de Gimnospermas (atualização de março/2017).
As espécies florestais sofrem grande pressão quando muitos ecossistemas são alteradas ou até mesmo destruídos, o que leva muitas espécies a condições críticas de sobrevivência. O Ministério do Meio Ambiente divulgou
a última lista de espécies da flora ameaçadas através da Portaria nº 443, de 17 de dezembro de 2014. Neste documento, as espécies estão divididas nas categorias “Criticamente em Perigo”, “Em Perigo” e “Vulnerável”.
Lamentavelmente, 2.113 espécies compõem a “Lista oficial das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção”.
No Sistema Nacional de Informações Florestais disponibilizamos a listagem com as Espécies Madeireiras Comerciais Ameaçadas de Extinção e também a lista com algumas das Espécies Madeireiras mais Comercializadas no
Brasil.
12 Recursos Florestais
PRODUÇÃO FLORESTAL
O Sistema Nacional de Informações Florestais - SNIF apresenta o Boletim 2017 sobre a Produção Florestal no
Brasil. Os temas analisados sob a ótica da Produção Florestal são os processos de Extração, Produção, Comércio,
Emprego e Certificação Florestal.
13 Produção Florestal
EXTRAÇÃO
As informações de Extração Florestal apresentadas no Figura 1. Quantidade de madeira, por tipo de floresta, finalidade e espécie. 2016:
SNIF referem-se aos produtos madeireiros e contemplam
os dados da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Madeira extraída total: 267.368.113 m³
Silvicultura – PEVS, elaborada anualmente pelo IBGE. Madeira para combustível: 122.266.650 m³
Os dados mostram a quantidade e valor da produção dos Madeira para uso industrial: 145.101.463 m³
processos de exploração dos recursos vegetais naturais
bem como a exploração dos maciços florestais plantados. Foram provenientes de florestas plantadas:
A partir de tratamento das informações encontradas neste • 84,8% do total de madeira extraída
relatório, disponibilizamos painéis com a série histórica (226.606.576 m³)
dos últimos 22 anos (1994-2016) referente à extração • 76% do total de madeira extraída para
madeireira. combustível (92.955.806 m³)
• 92,1% do total de madeira extraída para uso
Em 2016, os produtos madeireiros provenientes da extração industrial (133.650.770 m³)
vegetal (floresta nativa) foram responsáveis por uma
movimentação de R$2,8 bilhões, enquanto a produção da Do total de madeira em tora extraída da
silvicultura foi de R$13,7 bilhões (equivalente, em valor, silvicultura para uso industrial - outras
a 83% da extração madeireira). finalidades (48.498.596 m³):
• 54,6% são provenientes de eucalipto
Em 2016, a quantidade de madeira em tora proveniente da (26.502.114 m³)
silvicultura equivaleu a 5,6 vezes a quantidade da extração • 41,9% são provenientes de pinus (20.312.931
vegetal (226.606.576 m³ x 40.761.537 m³). Em relação a m³)
2015 (267.131.410 m³) houve um aumento de 0,08% de
extração madeireira em 2016 (267.368.113 m³), sendo um Do total de madeira em tora extraída da
Fonte: PEVS 2016/IBGE (2017).
aumento de 0,2% do volume proveniente de silvicultura e silvicultura para uso industrial - papel e
uma redução de 8,9% do volume proveniente de floresta celulose (85.152.174 m³):
nativa. • 80,2% são provenientes de eucalipto
(68.316.790 m³)
• 18,8% são provenientes de pinus (16.016.507
m³)
14 Produção Florestal
Figura 2. Evolução da quantidade (m³) de madeira extraída, por tipo de floresta.
PRODUÇÃO
Produção é a atividade de transformação (processo) de matéria-prima em bens de consumo (produtos). Na produção florestal, a matéria-
prima pode ser provenientes de florestas plantadas ou de florestas naturais. A transformação da matéria-prima florestal resulta em
Produtos madeireiros e Produtos não madeireiros:
• Produto Madeireiro é todo o material lenhoso passível de aproveitamento para: serraria, estacas, lenha, poste, moirão, etc.
• Produto Não Madeireiro é todo o produto florestal não-lenhoso de origem vegetal, tais como resina, cipó, óleo, sementes, plantas
ornamentais, plantas medicinais, bem como serviços sociais e ambientais, tais como reservas extrativistas, sequestro de carbono,
conservação genética e outros benefícios oriundos da manutenção da floresta.
As informações sobre produção florestal divulgadas pelo SNIF são produzidas por meio de pesquisas realizadas pelo IBGE: os dados sobre
Produtos Florestais Madeireiros são publicados na Pesquisa Industrial Anual – PIA Produto (última atualização referente ao ano de 2015).
Os dados sobre os Produtos Florestais não Madeireiros são publicados na pesquisa Produção da Extração Vegetal e Silvicultura - PEVS e
sua última atualização se refere aos dados de 2016.
Em relação à quantidade, em 2016 foram produzidas 1.117.711 toneladas de produto não madeireiro. Os produtos alimentícios se destacam
em quantidade na produção extrativista não madeireira, equivalendo a 57,3% (640.060 toneladas) do total. A erva-mate e o açaí são
produtos de grande destaque. Em segundo lugar estão os produtos da silvicultura, com 30,5% (340.425 toneladas) (resina, folha de
eucalipto e folha de acácia). Outros produtos que se destacam são a piaçava (fibra) e o babaçu (amêndoa).
15 Produção Florestal
Figura 3. Quantidade dos produtos não madeireiros extraídos em 2016.
16 Produção Florestal
Figura 4. Quantidade dos produtos não madeireiros extraídos - série histórica.
17 Produção Florestal
Produtos Madeireiros
A PIA-Produto disponibiliza, anualmente, informações referentes a produtos e serviços industriais produzidos pela indústria brasileira. As variáveis analisadas são quantidade produzida e valor da produção. De forma geral, em
2015 houve um aumento na produção madeireira, tanto em quantidade quanto em valor de produção. Em 2014 foram computados R$86.838.450.000 e em 2015 a produção alcançou R$98.952.894.000, aumento de 14%. Celulose,
papel e cartão são produtos que se destacam em quantidade e valor de produção, inclusive com aumento de 2014 para 2015. Os painéis de fibra apresentaram uma queda de produção em 2015 de 7,6% em quantidade, enquanto
a madeira serrada aumentou a produção para 8.546.365 m³ (crescimento de 52,3%), recuperando patamares semelhantes a 2007.
18 Produção Florestal
Em relação aos serviços prestados nos diferentes segmentos madeireiros, a produção
de papel representa 42,6% do valor total, seguida de serviços prestados em
COMÉRCIO
desdobramento de madeira (28,3%) e produção de embalagens de papel (11,7%).
A produção florestal brasileira de produtos florestais madeireiros e não madeireiros é comercializada externamente a partir de operações de
Figura 6. Distribuição percentual do valor dos serviços prestados em segmentos exportação e importação.
madeireiros no ano de 2015.
As informações sobre comércio externo, quantidade e valor, são obtidos do Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior - AliceWeb
(http://aliceweb.mdic.gov.br/), da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério Indústria, Comércio Exterior e Serviços - MDIC. Tem como
base de dados o Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), que administra o comércio exterior brasileiro.
Para a classificação das mercadorias, o Brasil utiliza a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), composta de oito dígitos. O Serviço Florestal
Brasileiro faz uma seleção dos produtos de interesse para o setor florestal entre os produtos comercializados. Os dados obtidos no Aliceweb
apresentam o peso líquido (kg) do produto exportado e o valor correspondente. A fim de informar a quantidade dos produtos na unidade de
medida oficial de cada NCM, o Serviço Florestal Brasileiro utiliza fatores de conversão para transformar o peso líquido em tonelada ou metro
cúbico, quando necessário. Pelo fato dos produtos madeireiros variarem em unidade de medida (tonelada e metro cúbico), a comparação dos
Fonte: PIA 2015/IBGE (2017). diferentes produtos é feita levando em consideração os valores de mercado.
Além disso, a celulose e os cavacos e partículas também se destacam por uma série histórica marcada por um crescimento anual da quantidade
exportada.
19 Produção Florestal
Figura 7. Quantidade de exportação dos principais produtos florestais madeireiros, por ano e por produto.
Em 2016, os cinco países que mais importaram produtos madeireiros do Brasil, considerando o total em valor, foram Estados Unidos (US$ 2.116.720.766), China (US$ 2.412.879.200), Países Baixos (US$ 798.674.299), Itália (US$
638.785.831) e Argentina (US$ 457.870.715).
Os cinco estados brasileiros que mais exportaram foram Paraná (US$ 1.839.446.548), São Paulo (US$ 1.573.206.359), Bahia (US$ 1.151.818.128), Santa Catarina (US$ 1.090.629.312) e Mato Grosso do Sul (US$ 993.712.956).
20 Produção Florestal
Figura 8. Valor de exportação dos principais produtos florestais madeireiros, em 2016, por estado brasileiro exportador e país importador.
Em relação aos produtos florestais não madeireiros, em 2016 foram exportadas 77.892 toneladas de produtos, sendo a erva-mate responsável por 45,3% do total, originada principalmente do Rio Grande do Sul e exportada em
sua maioria para Uruguai e Chile.
A castanha de caju possui valor agregado maior que da castanha do Pará. A exportação desta última teve uma grande queda de 2015 para 2016, partindo de 21,5 mil toneladas para 8,5 mil toneladas exportadas, mas a queda
histórica da quantidade de castanha de caju foi ainda maior (48,2 mil toneladas em 2009 para 15,6 mil toneladas em 2016).
No primeiro semestre de 2017, março foi o mês de maior exportação, tanto em valor quanto em quantidade, predominando a exportação de erva-mate, castanhas e ceras vegetais.
21 Produção Florestal
Figura 9. Exportação dos produtos florestais não madeireiros por mês de 2017. Importação
A celulose e o papel e papelão, apesar de serem produtos muito exportados, também são os produtos florestais mais importados pelo
Brasil. Ao longo da última década, observa-se uma queda significativa nas quantidades importadas, principalmente quando se trata
de papel e papelão, resíduos de madeira e painéis de fibra (MDF).
Figura 10. Quantidade de importação dos principais produtos florestais madeireiros, por ano e por produto.
O estado brasileiro que mais importa produtos madeireiros é São Paulo, seguido pelo Paraná, e os países que mais exportam para o
Brasil são Estados Unidos, China, Argentina e Alemanha.
22 Produção Florestal
Figura 11. Valor de importação dos principais produtos florestais madeireiros, em 2016, por país exportador e estado brasileiro importador.
Em relação a importação de produtos florestais não madeireiros, a borracha praticamente domina esse
mercado, proveniente principalmente da Indonésia e da Tailândia, com uma quantidade por volta de 200
mil toneladas anuais trazidas para o Brasil.
23 Produção Florestal
EMPREGO
Os dados sobre emprego na área florestal são processados pelo Ministério do Trabalho a partir da análise da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS. A RAIS é um cadastro administrativo, instituído pelo Decreto nº 76.900,
de 23 de dezembro 1975, de âmbito nacional, periodicidade anual e de declaração obrigatória para todos os estabelecimentos do setor público e privado, inclusive para aqueles que não registraram vínculos empregatícios no
exercício. A partir do levantamento deste cadastro, apresentamos uma análise em formato de série histórica, informando o número de empregos formais, no setor florestal, em oito segmentos classificados de acordo com a CNAE
(Classificação Nacional de Atividades Econômicas).
Na série de 11 anos, a variação máxima do número de empregos formais no setor florestal foi de 14,7%, com o máximo de 679.682 vínculos em 2011 e o mínimo de 592.656 no ano passado. Houve uma queda no número de vínculos
ativos em 2016, uma redução de 5,3% em comparação a 2015. O único segmento com um discreto aumento do número de empregos foi o de floresta plantada, com 719 vínculos a mais que em 2015 (1,1%). Os dois segmentos com
maior número de vínculos são os de produção de celulose e papel e produção moveleira.
Para mais informações sobre empregos no setor florestal acesse o endereço http://www.florestal.gov.br/snif/producao-florestal/emprego.
24 Produção Florestal
CERTIFICAÇÃO
Certificação é um processo voluntário ao qual se submetem algumas empresas para atestar que seus produtos e sua produção seguem determinados padrões de qualidade e sustentabilidade. A Certificação Florestal baseia-se nos
três pilares da sustentabilidade: ecologicamente correto, socialmente justo e economicamente viável. São passíveis de certificação o manejo florestal e a cadeia de custódia, que são os estágios da produção, distribuição e venda
de um produto de origem florestal, sendo que nesse caso a madeira é rastreada de uma floresta certificada até o produto final.
Os sistemas de certificação mais difundidos em todo o mundo são o Forest Stewardship Council Internacional - FSC e o Program for the Endorsement of Forest Certification Schemes - PEFC. No Brasil, as primeiras ações ocorreram
em 1994 e a primeira área certificada pelo FSC-Brasil foi em 1995. Desde 2002, existe o CERFLOR (Programa Brasileiro de Certificação Florestal) reconhecido internacionalmente pelo PEFC e coordenado pelo INMETRO.
O FSC disponibiliza, mensalmente, relatórios com os números do Manejo Florestal e Cadeias de Custódia no Brasil. Em janeiro de 2017, o Brasil possuía 6.264.561 hectares certificados na modalidade de manejo florestal envolvendo
118 operações de manejo. Essa área certificada é ligeiramente maior que a área registrada para o mesmo mês do ano anterior (6.035.376 ha). Na modalidade de cadeia de custódia, houve uma redução de 6 certificações em relação
a 2016, havendo 1.083 certificados em janeiro de 2017. Em comparação ao mundo, em 2017 o Brasil possui 8,1% do total de certificações FSC de área de manejo, que representam 3,2% da área certificada no mundo, e 3,4% do
total de cadeias de custódia certificadas.
Figura 12. Valor de importação dos principais produtos florestais madeireiros, em 2016, por país exportador e estado brasileiro importador.
Brasil Mundo
Para mais informações sobre certificação florestal
acesse o endereço
http://www.florestal.gov.br/snif/producao-florestal/
certificacao-florestal.
25 Produção Florestal
ENSINO E PESQUISA FLORESTAL
Os dados de Ensino e Pesquisa Florestal disponibilizam informações sobre os níveis de ensino nas modalidades de
Pós-Graduação, Graduação, Curso Tecnológico e Nível Médio na área florestal. Os levantamentos apresentados
no SNIF são realizados a partir de pesquisa de dados nos sítios eletrônicos do Sistema de Informação
Georreferenciadas da Capes (Geocapes – MEC), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (INEP), Sistema Nacional de Educação Profissional e Tecnológica (Sistec) e do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
5 64 4
7 97 5 Região Nordeste
Região Norte
Número de
Cursos
Em 2016 houve discreto aumento no número de Discentes em programas de Pós-Graduação. O quadro
abaixo mostra a evolução no número de alunos, nessa modalidade.
Número de
Docentes 3 51 2
Região Centro-Oeste
Número de 19 219 7
Instituições Região Sudeste
8 120 5
Região Sul
Fonte: Geocapes (2017)
Figura 2: Distribuição das IES por Região Administrativa (2016) Figura 2: Número de Cursos de Engenharia Florestal no Brasil – 1995 a 2016
NÍVEL MÉDIO
As informações detalhadas sobre Cursos Técnicos de Nível Médio relacionados à área florestal são de responsabilidade do Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec).
A modalidade de Curso Técnico durante o Nível Médio habilita o estudante para o exercício profissional e pode ser desenvolvida das seguintes formas:
1. Articulada ao Ensino Médio - Integrada ao Ensino Médio: oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de
nível médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-se matrícula única para cada aluno.
2. Articulada ao Ensino Médio - Concomitante ao Ensino Médio: oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso (podendo ser na mesma instituição de
ensino; em instituições de ensino distintas ou em instituições de ensino distintas, mediante convênios de intercomplementaridade).
3. Subsequente ao Ensino Médio - Cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio.
Os Cursos Técnicos de Nível Médio, conforme detalhamento do Sistec são os seguintes: Técnico em Carpintaria, Técnico em Geoprocessamento, Técnico em Design de Móveis, Técnico em Celulose e Papel, Técnico em Móveis,
Técnico em Florestas, Técnico em Processamento de Madeira.
Para detalhamento dos Cursos Técnicos de Nível Médio, relacionados à área florestal, clique aqui. Estudantes, trabalhadores, empregadores, instituições de ensino e outros órgãos relacionados ao exercício
Para informações adicionais sobre os cursos de nível médio, acesse o catálogo Nacional de Cursos Técnicos profissional poderão acessar, aqui, o Sistema Nacional de Informações de Cursos Técnicos (Sistec).
(aqui). O Sistec apresenta informações relativas às instituições que oferecem cursos de Nível Médio na área florestal.
* Apesar do número de bolsas ter se mantdo estável nos anos de 2016 e 2017, o valor disponibilizado aos bolsistas, de acordo com dados disponibilizados no sítio eletrônico do CNPq, apresentou valor menor do que o pago no ano anterior.
Para contribuições ou sugestões, contate a nossa Gerência pelos números (61) 2028-7383 ou (61) 2028-7134,
ou pelo endereço eletrônico snif@florestal.gov.br.