Capa
Capa
Capa
NIKKEI EM CENA:
CORPO EM SUSPENSÃO
São Paulo
2017
ISIS HARUMI AKAGI
NIKKEI EM CENA:
CORPO EM SUSPENSÃO
Área de Concentração:
Texto e Cena
Orientadora:
Profa. Dra. Maria Helena Franco de
Araujo Bastos
São Paulo
2017
Ficha Catalográfica
Catalogação na Publicação
Serviço de Biblioteca e Documentação
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
Dados fornecidos pelo(a) autor(a)
Aprovado em:
Banca examinadora:
Prof(a).Dr(a). ________________________________________________________
Instituição: _________________________________________________________
Julgamento: ________________________________________________________
Prof(a).Dr(a). ________________________________________________________
Instituição: _________________________________________________________
Julgamento: ________________________________________________________
Prof(a).Dr(a). ________________________________________________________
Instituição: _________________________________________________________
Julgamento: ________________________________________________________
A Ivan Kenzo Akagi,
que tão-logo veio,
partiu
rumo às estrelas.
Agradecimentos
Ao meu pai Arthur, pelo apoio (moral e financeiro) e por sempre respeitar
e acreditar nas minhas escolhas.
Aos colegas de LADCOR que já estavam, que estão e que passaram: Cacá,
Celia, Nathalia, Laura, Tatiana, Fernanda, Catarina, Camila, Flavia, Ilana,
Marcelo, Marina, Danielle.
Aos amigos que leram e me deram valiosas devolutivas: Aline, Mai, Samir,
Henrique.
Às entrevistadas: Alice K., Erika Kobayashi, Emilie Sugai, Key Sawao, Letícia
Sekito, Susana Yamauchi, Tatiana Melitello.
(Ítalo Calvino)
Resumo
This research analysis the roll of the Brazilian Japanese descendant from
the perspective of an artist of the body, with the scenic arts of the city of
São Paulo as context: a Brazilian reality of immigration and diaspora, in a
practicaltheoretical bias. Our start points are the processes of contamina-
tion between West and East, represented here by Brazil and Japan,
respectively, and the singular experiences that result from this relation,
which are represented by the conversation with six Brazilian nikkei artists.
We are considering the Miscegenation (mestiçagem) (PINHEIRO, 2013;
LAPLANTINE & NOUSS, 2016; GRUZINSKI, 2001) that occurs from this
rendez-vous, using terms from the Japanese culture, inclusive, Ma (間)
and Dō (道), properly displaced from its meaning and resignified in the
context that we mentioned before. The Corpomídia Theory from Greiner
and Katz (2001) is important for the comprehension of the co-relation and
co-evolution of body and environment which is mutual and non-stagnant.
The studies of Hashiguti (2008) and Takeuchi (2016) that reflect specifi-
cally the Japanese descendant body also compose the theorical refer-
ences of this study.
BARTHES, Roland. O império dos signos. São Paulo. Martins Fontes. 2007.
CALVINO, Ítalo. Coleção de areia. São Paulo. Companhia das Letras. 2010.
CANCLINI, Nestor G. A globalização imaginada. São Paulo. Iluminuras.
2007.
KATZ, Helena. Por uma teoria crítica do corpo. In: Corpo e moda: por uma
compreensão do contemporâneo. Org: OLIVEIRA, Ana Claudia de e
CASTILHO, Kathia. Barueri. Estação das Letras e Cores. 2008.
_____________. Pensamento.
In: http://www.pucsp.br/barroco-mestico/pensamento.html
Método Hepburn
Pontuo alguns esclarecimentos em relação à transliteração de
vocábulos da língua japonesa para letras romanizadas. Utilizamos o
método Hepburn, atualmente talvez o mais disseminado para transliterar
vocábulos do japonês para idiomas que usam caracteres romanos, como
é o caso do português.
O sistema Hepburn (hēbonshiki) foi projetado por James Curtis
Hepburn (1815-1911), um missionário americano da Filadélfia, que
chegou ao Japão em 1859 e compilou o primeiro dicionário moderno
japonês-inglês, cerca de uma década depois1.
Assim, enumero algumas especificidades em relação à escrita e à
leitura de termos transliterados2:
1) Adota-se um traço para indicar o prolongamento sonoro de
vogais, como em ā (aa), ū (uu), ē (ee) e ō (oo);
2) S é sempre grafado sozinho e tem som sibilante (ss | ç);
3) Sh tem som de x | ch;
4) Ch tem som de tch (como em “tchau”);
5) Tsu é um fonema bastante específico e constitui uma única
sílaba (não separa em “ti-su”);
6) H é sempre aspirado – e não mudo, como no português (por
exemplo, hai lê-se “rai”);
7) Ya, yu e yo são lidos como “ia”, “iu” e “io”. Não há equivalentes
para “ie” ou “ii”;
8) R é sempre uma consoante vibrante alveolar, como em “caro”,
mesmo no início da palavra;
9) Wa é lido como “ua”;
10)N é uma sílaba, diferentemente do português, em que essa
consoante se conecta com a sílaba anterior (por exemplo “can-
1
Fonte: http://www.acbj.com.br/index.php/romaji/ Acessado em 13/05/2017
2
Utilizou-se os trabalhos de Michiko Okano (2007: 05), o livro “Curso de Língua Japonesa I”, do
Centro de Estudos Japoneses da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (2001, 2ª
edição) e observações minhas.
to”; em japonês, essa mesma palavra seria divida em três sílabas:
“ca-n-to”);
11)Coloca-se apóstrofe depois do n quando o som esperado é
mudo e se siga a esta sílaba é uma vogal ou as sílabas ya, yu, yo
e derivadas (por exemplo: ten’nyō lê-se “te-n-nhoo”);
12)G não tem som de “j”, assim, ge e gi lêem-se “gue” e “gui”,
respectivamente;
13)Ji lê-se “dji”;
14)Quando duas consoantes são grafadas juntas, elas representam
uma pequena interrupção na pronúncia do termo, chamadas de
sílabas glotizadas ou ejectivas (por exemplo nikkei).
Glossário