Nhassengo Katija: Casamentos e Divórcios

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Nhassengo Katija

Casamentos e Divórcios

Escola Adventista

Beira
Abril de 2024
Indice

Capitulo I: INTRODUÇÃO ...................................................................................... 1


1.1.Introdução ........................................................................................................... 1
1.1.2. Objetivo geralꓽ ................................................................................................. 1

1.1.3. Objetivos específicosꓽ ...................................................................................... 1


Capitulo II. REVISÃO DA LITERATURA ............... Erro! Marcador não definido.
2.1. Contextualização ................................................................................................ 2
2.2. Definição e operacionalização dos conceitos ...................................................... 2
2.2.1 Casamento ....................................................................................................... 2
2.2.2. Família ............................................................................................................ 3
2.2.3. O divórcio ....................................................................................................... 4
2.3. Breve referencial Sobre o Casamento e Divórcio Nas Sociedades Atuais..... Erro!
Marcador não definido.
Capitulo III: Considerações Finais ............................................................................ 6
Referências Bibliográficas ........................................................................................ 7
Capitulo I: INTRODUÇÃO

1.1.Introdução

E com muita satisfação que apresentamos o presente trabalho da cadeira de


sociologia, intitulado ao tema casamentos e divórcios nas sociedades atuais, tendo
balizamento as conceptualizações teóricas defendidas pelos diferentes autores ao longo da
contemporaneidade.
De salientar que constitui os objectivos centrais do presente trabalho os seguintes,

1.1.2. Objetivo geralꓽ

 Constitui o objectivo geral do presente trabalho, breve estudo entorno do casamento


e divórcio nas sociedades atuais.

1.1.3. Objetivos específicosꓽ

 Breve contextualização do tema em apresso;


 Breve referencial sobre o casamento e divorcio nas sociedades atuais.
2.1. Contextualização

É preciso lembrar que Moçambique atravessou na sua história vários momentos,


desde a colonização até a independência, onde afigura-nos ser necessário mostrar o lugar
que o género ocupou em todo esse processo (pré-colonial, colonial e Moçambique pós-
independência). É verdade que Moçambique é um país multicultural (língua, cultura,
ideologia etc.,), em que cada região exibe sua cultura e representação. Tanto é verdade
também que em cada região de Moçambique a mulher quanto o homem tem seu espaço e
significado para o tecido social e cultural.
Confome a Lei da Família, Lei nº 10/2004 de 10 de agosto, a idade legal para casar
sem consentimento parental, passou dos 16 para os 18 anos. Entretanto, no interesse
público e familiar e havendo consentimento dos pais ou dos representantes legais, o
casamento pode ser contraído aos 16 anos a título excepcional (ENPCCP, 2015).
Assim, entende-se como casamento a “união voluntária e singular entre um homem e
uma mulher, com o propósito de constituir família, mediante comunhão plena da vida”
(ENPCCP, 2015, p. 4). Enquanto, o casamento prematuro é definido como a união marital,
envolvendo menores de 18 anos. Este constitui violação dos direitos sexuais e reprodutivos
(idem, p. 5).

2.2. Definição e operacionalização dos conceitos

2.2.1 Casamento

Desde há muito que o casamento é em toda parte uma instituição social ou religiosa,
que serve de fundamento a união entre dois seres humanos. Na grande generalidade dos
casos pressupondo a heterossexualidade sendo que há paises cujas leis contemplam também
o casamento homossexual, oficializa simultaneamente a conjugabilidade e a sexualidade
dos indivíduos. (Leandro Maria, 2001:264).
Para Chiara Saraceno, o casamento é uma união entre um homem e uma mulher
realizada de modo a que os filhos dados a luz pela Mulher sejam reconhecidos como filhos
legítimos dos cônjuges. (1997:81).
Segundo a WLSA Moçambique (2010), o casamento é a união voluntária e singular
entre um homem e uma mulher, com o propósito de constituir família, mediante comunhão
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plena de vida artigo 7 da lei da família. Assim o homem e a mulher que se casam
constituem uma família, não existindo entre eles laços de sangue, mas laço de
familiaridade. No caso de terem filhos, estes são entre si, parentes e todos, de igual modo,
parentes dos pais.
União de facto é também tal como o casamento uma forma de constituição da família.
A lei da família de 2004 introduz uma nova figura designada união de facto é uma das
formas de constituição da maioria das nossas famílias.
Segundo o projecto da lei da família, artigos 16 existem três modalidades de
casamento o civil, o religioso e o tradicional, sendo que o casamento civil é aquele que e
celebrado pelo conservador, segundo as regras do registo civil. Pode se-lo no próprio
registo ou fora dele, desde que a autoridade se faça representar. O casamento tradicional-é o
que se realiza segundo os usos e costumes de cada região, na presença de autoridade local.
Casamento religioso é celebrado segundo as regras de cada comunidade religiosa e na
presença do dignitário religioso e só pode ser realizado por igrejas devidamente registadas
(Muianga, 2015).

2.2.2. Família

De acordo com Strauss (1982), a família é um conjunto bem definido, de direitos,


obrigações e proibições sociais e sexuais, e existe um conjunto de deveres diversificados
nutridos nos sentimentos psicológicos como, o amor, afecto, o respeito, etc, ela pode ser
determinada pelo sangue, casamento, ou adopção. Onde uns grupos de indivíduos vivem
juntos por um período indefinido, uma união mais ou menos duradoira socialmente
aprovada por um homem uma mulher e filhos.
Muitos elementos podemos encontrar nesta definição que podem ajudar a delimitar o
conceito de família, porém, podemos trazer outras contribuições, como a de Carnut e
Juliana (2006) para eles família é um grupo de pessoas, vivendo em uma estrutura
hierarquizada, que convive com uma proposta de uma ligação afectiva duradoura, incluindo
uma relação de cuidado entre adultos e deles para crianças e idosos que aparecem no
contexto. Pode-se também entender como uma associação de pessoas que escolhe conviver
por razões afectivas e assume um compromisso de cuidado mútuo e, se houver, com
crianças, adolescentes e adultos. (Wall, 1993).
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Na perspectiva psicológica, pode-se entender a família como um grupo coeso com a
relação interpessoal, ocasionada de forma impositiva ou não e que se observa, mesmo que
minimamente, alguma relação de hierarquia e cuidado entre seus membros. (Ibdem)
Já para a sociologia, família é um grupo que apresenta organizações estruturadas para
preencher as contingências básicas da vida biológica e social. Trata-se de uma unidade
social básica, ou seja, o agrupamento humano mais simples que existe, por isso a família é
a instituição básica da sociedade.
Apoiando-se na visão sociológica, percebe-se que a família ganha um carácter de
“unidade primária”. Pode-se dizer então que sem a família, seríamos um aglomerado de
sujeitos particulares sem ligação interpessoal com os demais membros da mesma espécie e
que não haveria o mínimo de colectividade entre os seres humanos. (Ibdem)

2.2.3. O divórcio

Começando por Carmelo (2008), podemos afirmar que esta autora concebe o divórcio
como a suspensão da convivência conjugal com motivos bem definidos que originam
ruptura no seio do casal. Divórcio, do latim “ divortium”, derivado de “divertere”, em
português significa separarse. O divórcio é o rompimento legal e definitivo do vínculo de
casamento civil. Existem três formas de dissolução de casamento: o divórcio, a anulação e a
morte de um dos cônjuges.
O divórcio é uma das formas de dissolução do casamento, com ele o casamento deixa
de ser jurídico, e no projecto da lei da família existem duas modalidades de divórcio - o
litigioso e por mútuo consentimento, cujos fundamentos e procedimentos são os constantes
da separação litigiosa e da separação por mútuo consentimento. No divórcio litigioso o
tribunal declara no tribunal na sentença se os dois são culpados ou se e apenas um deles.
Sendo os dois é preciso declarar qual deles é o principal culpado. (WLSA, 2010)
O divórcio litigioso pode ser requerido por qualquer dos cônjuges com fundamento
em violação grave dos princípios, ocorre mais quando uma parte se mostra ofendida pela
outra e os dois não conseguem a acordo em relação aos termos de separação, e tem como
motivo: violência doméstica adultério do outro cônjuge, abandono condenação, e deveres
que regem o casamento e a família em comum, o divórcio é decretado sempre que houver
violação graves dos direitos e dos deveres colaboração ajuda assistência e muito mais.
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Divórcio não litigioso, é não litigioso quando ambos chegam à conclusão que a vida
em comum perdeu todo o sentido optando então pela separação seu decretamento é por via
indirecta, ou seja, mediante conversão em divórcio da separação de pessoas e bens, nos
termos expostos. O divórcio não litigioso só pode ser pedido por ambos os cônjuges quando
se encontram casados há pelo menos três anos, é requerido na conservatória do registo civil
por ambos e de comum acordo. (José, 2005).
Segundo Papalia (1998), o divórcio não é um evento isolado, ele é um processo com
um começo e um fim indefinidos, uma sequência de experiências potencialmente
stressantes que começam antes da separação física e continuam depois dela, o divórcio é
um rompimento legal e definitivo, do vínculo do casamento civil é uma das formas de
dissolver o casamento para além da morte de um dos cônjuges.
Por sua vez, Torres (1996) define o divórcio como sendo um fenómeno social que
tem vindo a assumir um peso crescente nas sociedades e cujo aumento só pode ser
explicado através de um conjunto mais amplo de transformações sociais e familiares numa
mudança de valores mais abrangente, a qual passa por uma maior autonomia e liberdade no
plano privado, pela transformação do papel social das mulheres e por novas formas de
encarar o corpo e a sexualidade ilustradas em novas estratégias de fecundidade e na redução
do número de filhos por mulher.
A definição do divórcio que os autores acima referem diverge entre si, no entanto no
nosso trabalho optaremos pela combinação de alguns elementos dessas definições de
divórcio, considerando que o divórcio significa um rompimento legal e definitivo do
vínculo de casamento civil, que conduz igualmente ao rompimento do convívio entre
cônjuges, assim como familiar.
divórcio, ignorando as outras dimensões susceptíveis de serem identificadas.

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Considerações Finais

Segundo Diane, et al, 1986 em todas as épocas da existência da humanidade os


indivíduos sempre se uniram e se separaram, contudo, para que se pudesse falar em
divórcio foi preciso que assume-se uma perspectiva jurídica.
Para o caso específico de Moçambique, sentiu-se a necessidade de fazer-se algumas
alterações no que diz respeito às leis, principalmente a do divórcio. De acordo com
(Afonso, 2002), o país estava a precisar de uma reforma das leis já há muito desejado pelos
moçambicanos, na medida em que muitas das leis em vigor em Moçambique eram
originárias de Portugal e também o Estado Moçambicano era um estado que não pertencia
aos próprios Moçambicanos.

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Referências Bibliográficas

1. ALMEIDA, João ferreira et al. Introdução a sociologia, 1994.


2. AZEVEDO, Lopez. O divórcio como dinâmica intergeracional: Estudo teorico-
pratica numa amostra de casados e divorciados porto, 2001.
3. DIANE, E. Papalia. Desenvolvimento Humano, 1998.
4. LEANDRO, Mari. Sociologia da familia nas sociedades contemporâneas. 2001.
5. MARIANO, Ana. AS Mudanças no Modelo Familiar Tradicional e o afeto como
pilar de sustentação destas novas entidades familiares.
6. MARTINS, Ana Isabel Rodrigues. Impacto do divórcio parental no comportamento
dos filhos. Factores que contribuem para uma melhor adaptação. Implicações
médico-legais, U-Porto, 2010. MOSCOVISCI. Representações Sociais. 2003.
studos da mulher e gênero, 1998.

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