Afasia 0987654
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2. Saúde A-Z: Doenças, Sintomas e Tratamentos
Afasia
O que é?
A afasia é um distúrbio da comunicação adquirido que interfere na
capacidade de processamento da linguagem, sem afetar a
inteligência. Prejudica a fala e a compreensão de outras pessoas e,
em muitos casos, também compromete a leitura e a escrita.
A causa mais comum é um acidente vascular cerebral (AVC) (cerca
de 25% a 40% das pessoas com acidente vascular cerebral
apresentam este transtorno). Outras origens comuns são os
traumatismos crânio-encefálicos, tumores cerebrais ou problemas
neurológicos. Portanto, na afasia, como resultado de uma lesão
cerebral, uma ou mais partes do uso da linguagem deixam de
funcionar apropriadamente.
É uma das sequelas mais incapacitantes de um AVC sendo difícil
para o doente e para a sua família a adaptação a esta situação.
Obriga a modificações dramáticas a nível profissional, social e
económico, e gera dificuldades de comunicação e distúrbios
emocionais por vezes graves. Por outro lado, tem um forte impacto
na noção de identidade, na autoestima e nas relações
interpessoais e sociais, gerando depressão, limitação física e
isolamento. Pode ainda associar-se a dificuldades nas ações
quotidianas, na observação dos arredores, na concentração, na
iniciativa para falar, na memória e pode causar incapacidade para
fazer duas coisas simultaneamente.
Não existem duas pessoas que sofram de afasia do mesmo modo.
A sua gravidade e extensão dependem, entre outras coisas, da
localização e da magnitude da lesão cerebral, da competência
linguística anterior e da personalidade do indivíduo. Alguns podem
entender a linguagem, mas têm problemas para encontrar as
palavras certas ou para construir frases. Outros tendem a falar em
demasia, mas o que dizem é difícil de compreensão.
Esta patologia afeta em torno de um milhão de norte-americanos,
sendo mais comum do que a doença de Parkinson, a paralisia
cerebral ou a distrofia muscular. Mais de 100 mil norte-americanos
adquirem este transtorno anualmente.
É um distúrbio muito comum em pessoas idosas mas pode ocorrer
em qualquer idade, independentemente do género ou raça. A sua
identificação é muito importante porque tende a ser um fator de
isolamento social e familiar, dadas as dificuldades de comunicação
que origina. Como muitas profissões requerem capacidades de
linguagem e fala, a afasia pode prejudicar o exercício pleno do
trabalho. As pessoas com patologia leve e moderada conseguem
retornar ao emprego, mas podem ter as suas funções ou
ocupações adaptadas. Em Portugal não existem dados sobre a sua
incidência mas estima-se que cerca de 50% dos sobreviventes de
um acidente vascular apresentem dificuldades de comunicação.
Sintomas
Algumas pessoas têm dificuldade em falar, enquanto outras têm
dificuldade em seguir uma conversa. Nalguns casos, é muito ligeira
e não é percetível num primeiro contacto. Noutros, pode ser muito
severa afetando a fala, a escrita, a leitura e a compreensão. Os
sintomas específicos são muito variados, mas o que todos os
indivíduos com afasia têm em comum são as dificuldades de
comunicação.
Quem tem esta perturbação pode ter dificuldade em recordar
palavras e nomes, mas a sua inteligência está basicamente intacta.
A afasia não é como a doença de Alzheimer porque, neste caso a
dificuldade está na capacidade em aceder às ideias e pensamentos
e não na elaboração da ideia ou do pensamento em si. Contudo,
como muitas pessoas com afasia têm dificuldade em comunicar,
elas são frequentemente confundidas com doentes mentais.
Muitos indivíduos com este transtorno também apresentam
paralisia ou fraqueza dos membros superior e inferior direitos
porque a afasia resulta de uma lesão no lado esquerdo do cérebro,
o qual controla os movimentos do lado direito do corpo. Pode
ainda ocorrer perda de campo visual, desconhecimento de como
realizar sequências de ações simples (como vestir-se, comer, beber
ou deglutir), problemas de memória, dificuldade no controlo de
emoções e epilepsia.
Causas
Desenvolve-se como resultado de uma lesão cerebral, como um
acidente vascular, um trauma ou um tumor cerebral. No cérebro
existem várias áreas com diferentes funções. Para a maioria das
pessoas, as zonas responsáveis pela linguagem estão localizadas
no lado esquerdo do cérebro. Quando essa parte é afetada, surge
a afasia.
Diagnóstico
É feito essencialmente por quatro provas: análise do discurso,
nomeação de objetos por confrontação visual, repetição de
palavras e compreensão de ordens simples. Para lá do diagnóstico,
é essencial a identificação da lesão cerebral, o que pode ser
conseguido pela ressonância magnética.
Tratamento
O objetivo do tratamento é tornar a comunicação funcional. Muitas
pessoas que sofrem de afasia estiveram hospitalizadas durante
algum tempo. Esta situação acontece depois da lesão cerebral ter
ocorrido. A seguir a terem alta do hospital muitos indivíduos ainda
necessitam de aceder a recursos terapêuticos.
Nem sempre é claro a quem se deve recorrer. O tratamento é
quase sempre realizado por fonoaudiólogos (terapeutas da fala).
Por princípio, qualquer pessoa que sofre desta perturbação é
elegível para terapia fonoaudiólogica. A sua duração depende,
entre outras coisas, do tempo de recuperação da afasia.
Devido a esta condição, a maneira pela qual o afásico entende o
mundo ou a maneira de se expressar sofre uma mudança. Através
da melhor utilização possível das capacidades comunicativas
remanescentes do paciente, ainda é viável comunicar com ele.
Uma pessoa com uma afasia severa frequentemente entende
apenas as palavras mais importantes de uma frase. Muitas vezes
quem o rodeia pensa que ambos se entenderam, mas uma reação
negativa do doente demonstra que não era o caso. Para que a
comunicação seja eficaz, é importante que exista tempo. Estar
sentado confortavelmente e manter contacto visual é muito útil.
Deve-se falar devagar e com frases curtas, reforçando as palavras
mais importantes de cada frase. Deve-se ajudar a pessoa com
afasia a expressar-se quando ela demonstra dificuldade. Isso pode
ser feito apontando para um objeto, fazendo gestos, desenhos ou
escrevendo algo sobre o que está a ser dito.
Se os sintomas durarem mais de dois a três meses após a lesão
cerebral, uma recuperação completa pode vir a ser menos
provável. No entanto, é importante saber que muitos indivíduos
continuam a melhorar mesmo depois de anos ou décadas. Esta
evolução faz parte de um processo lento que envolve tanto o
sujeito como a família, sendo importante o desenvolvimento de
estratégias compensatórias de comunicação.
Prevenção
Sendo a causa mais comum da afasia o acidente vascular cerebral,
a prevenção passa por medidas que minimizem o risco da sua
ocorrência: exercício físico regular; dieta equilibrada, com pouco
sal e gordura, e rica em fruta e vegetais; evitar o tabaco; ingestão
moderada de álcool; controlo do peso e da pressão arterial; e
tratamento de doenças associadas como a diabetes e o excesso de
colesterol.
Fontes
Consultas
Neuropsicologia
Avaliação Neuropsicológica
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Psicologia Clínica
Avaliação Neuropsicológica
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Neurologia
Consulta Neurologia
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Neurologia
Teleconsulta Neurologia
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Neuropsicologia
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Corpo clínico
Ana Luisa Saraiva
Técnico
Área da saúde
Terapia da fala
Hospitais e Clínicas
Hospital CUF Viseu
Áreas de Diferenciação
Perturbações da comunicação, linguagem e fala em crianças e adultos, Patologia vocal
Teleconsulta
Tânia Constantino
Área da saúde
Terapia da fala
Hospitais e Clínicas
Hospital CUF Cascais
Áreas de Diferenciação
Voz e Motricidade Orofacial na criança e no adulto: reabilitação vocal em Disfonias por
diferentes patologias vocais; voz profissional; Terapia Miofuncional por alteração de
funções do sistema Estomatognático - Respiração, Mastigação, Deglutição e Fala de
origem fonética, Terapia Miofuncional Pré e Pós Frenectomia, Terapia Miofuncional
para respiradores Orais e alterações de apneia do sono; Terapia Miofuncional pós-
cirurgia cabeça e pescoço; Terapia Miofuncional para Disfunção Articulação Temporo-
Mandibular; Reabilitação Linguagem/fala no Adulto pós-AVC;
Idiomas
Inglês
Teleconsulta
Paula Queirós
Técnico
Área da saúde
Psicologia Clínica
Hospitais e Clínicas
Clínica CUF S. João da Madeira
Áreas de Diferenciação
Avaliação e Intervenção Psicológica; Neuropsicologia; Criança, Adolescente e Adulto;
Avaliação e Reabilitação Neuropsicológica em alterações cognitivas decorrentes de
perturbação neurológica e/ou psiquiátrica (depressão, demência, acidente vascular
cerebral, traumatismo cranioencefálico)
Idiomas
Espanhol, Inglês
Teleconsulta
Carlos Calado
Especialidade
Neurocirurgia
Hospitais e Clínicas
Hospital CUF Santarém
Áreas de Diferenciação
Patologia degenerativa da Coluna Vertebral, Patologia Tumoral Crânio-Encefálica,
Patologia da Hipófise
Idiomas
Espanhol, Francês, Inglês
Leonor Fontes
Técnico
Área da saúde
Terapia da fala
Hospitais e Clínicas
Clínica CUF Belém
Áreas de Diferenciação
Fala, Linguagem, Comunicação Aumentativa, Motricidade Oral e Voz pediátrica,
Perturbações da Leitura e Escrita e do Processamento Auditivo Central, Perturbações
Alimentares Precoces e Disfagias na criança, Re/Habilitação auditiva na criança e
adulto com implante coclear.
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