Universidade Anhembi Morumbi
Universidade Anhembi Morumbi
Universidade Anhembi Morumbi
SÃO PAULO
2006
TIAGO BORGES IGLESIA
SÃO PAULO
2006
TIAGO BORGES IGLESIA
Trabalho_____________________em:_____de_________________de 2006
________________________________________________________
Professor Engenheiro Fernando José Relvas
________________________________________________________
Nome do professor da banca
Comentários:_________________________________________________________
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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Dedico esse trabalho a Deus por
estar sempre comigo me dando força
e determinação para superar os
desafios e as dificuldades.
AGRADECIMENTOS
ABSTRACT
The use of new constructive technologies, like precast concret panels has been a
frequent pratice in Brazilian market. Due to the great speed things have been
happening, the evolution is present in all areas of the world and in the civil
construction could not be different. The propose of this study is to show several
constructive systems in precast concret, exemplified in the work throught the system
of structural closing Tilt-up and therefore accomplish the critical comparison with the
conventional systems in the current market.
LISTA DE FIGURAS
cm - Centímetro.
fck - Resistência à compressão do concreto.
kg - Quilograma.
kn/m² - Quilonewton por metro quadrado.
m - Metro.
m² - Metro quadrado.
mm - Milímetro.
MPa - Mega Pascal.
Pa - Pascal.
ton - Tonelada.
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................14
2 OBJETIVOS.......................................................................................................15
4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................17
8 CONCLUSÕES..................................................................................................62
14
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 MÉTODO DE TRABALHO
4 JUSTIFICATIVA
Neste estudo realizou-se uma pesquisa mais abrangente sobre os variados sistemas
construtivos em concreto, podendo realizar uma escolha sobre o melhor método.
Figura 5.2 – Custo comparativo de uma estrutura de concreto armado (FAJERSZTAJN, 1987).
As formas são estruturas provisórias, porém, são estruturas e, como tais, devem ser
concebidas. Os esforços atuantes em quaisquer peças constituintes do sistema de
formas são dados por:
• Peso próprio das formas;
• Peso do concreto e do aço;
• Sobrecarga: trabalhadores, jericas e outros equipamentos;
• Empuxo adicional devido à vibração (MELHADO, 1998).
Figura 5.3 – Detalhe de uma forma para pilar racionalizada (SENAI, 1980).
5.1.2. Armadura
A primeira etapa para preparo da armadura é corte dos fios e barras. Os fios e
barras são cortados com talhadeiras, tesourões especiais, máquinas de corte
(manuais ou mecânicas) e, eventualmente discos de corte” (MELHADO, p.27, 1998).
Assim como para corte, também temos máquinas de dobramento automático, que
tem o uso justificado num pedido ou numa obra de grandes proporções, pois além
25
Após a dobra das peças é feita a montagem do aço na forma já preparada (Figura
5.5), onde a armadura deverá ser posicionada corretamente através de
espaçadores, que garantirão a posição correta e o cobrimento do concreto.
5.1.3. Concretagem
Uma vez liberado, o concreto deverá ser transportado para o pavimento ou para a
posição onde se localiza a forma e que, por conseqüência, estará ocorrendo a
concretagem através de elevadores de obra, gruas, caçambas ou bombeamento
(MELHADO, 1998).
Pelo fato de que nas estruturas em esqueleto o sistema portante ser normalmente
independente dos subsistemas complementares da edificação, como os sistemas de
fechamento, sistemas hidráulicos e elétricos, etc., é fácil adaptar as edificações para
mudanças no seu uso, com novas funções e inovações técnicas.
5.2.3. Pisos
“Os elementos pré-moldados para pisos são um dos produtos pré-moldados mais
antigos” (ABCP, p.6, 1994). O mercado oferece uma variedade de sistemas para
piso e cobertura pré-moldados, dos quais podemos distinguir cinco tipos principais:
sistemas de painéis alveolares protendidos (Figura 5.8); sistemas de painéis com
nervuras protendidas (seções T ou duplo T); sistemas de painéis maciços de
concreto; sistemas de lajes mistas; sistemas de laje com vigotas pré-moldadas. As
principais vantagens dos sistemas pré-moldados para pavimentos são: a rapidez da
construção, a ausência de escoramento, a diversidade de tipos, a alta capacidade
de vencer os vãos e a sua economia.
31
A escolha do tipo mais apropriado dos elementos para pisos é definida por um
número de fatores intervenientes: disponibilidade de mercado, disponibilidade de
transporte, facilidade de montagem, custo de serviços, etc. Os critérios mais
importantes são analisados a seguir:
• Sistemas de lajes com placas pré-moldadas são utilizados para vãos menores
com cargas moderadas, como por exemplo, residências, apartamentos, hotéis,
etc.
• Sistemas de lajes com vigotas pré-moldadas são principalmente utilizados para
vãos e cargas menores, principalmente para residências.
Tipologias das faces inferiores dos elementos de laje: As faces inferiores dos
elementos pré-fabricados para lajes de piso podem ser nervuradas ou planas, lisas
ou rugosas para revestimento, com ou sem isolamento térmico. Os elementos com
nervuras aparentes inferiores oferecem a possibilidade da embutimento de dutos e
tubos entre essas nervuras. No caso das lajes alveolares protendidas, com faces
planas, o uso combinado da protensão com as nervuras internas possibilita uma
menor altura dos painéis. Entretanto, as juntas longitudinais aparentes entre os
painéis alveolares nem sempre são aceitáveis em construções residenciais.
Sistemas de lajes com vigotas pré-moldadas necessitam de revestimento para
acabamento. Finalmente, as lajes alveolares protendidas podem ter uma camada de
isolamento térmico na face inferior. Essa solução é muito aplicada em regiões mais
frias, onde se utiliza em residências com pisos elevados acima do solo sobre
espaços abertos.
Peso próprio: O peso próprio dos elementos para piso pode variar muito, como no
caso dos painéis em duplo T para grandes vãos. Assim, a escolha do sistema para
piso depende das dimensões dos vãos no projeto e da capacidade dos
equipamentos de montagem que estão disponíveis no mercado.
Custos com a mão de obra: nos países onde os custos da montagem são baixos,
existe uma menor necessidade de se utilizar sistemas industrializados para pisos
como são os casos dos painéis em duplo T ou dos painéis alveolares, comparados
com sistemas mais tradicionais e com maior utilização de mão-de-obra, como as
lajes com vigotas pré-moldadas. No mesmo contexto, também a rapidez na
execução pode desempenhar um papel importante na escolha do sistema (ABCP,
p.7-8, 1994).
34
“No início do século XX, para a realização da obra do Camp Logan Rifle Range, em
Illinois nos EUA, o americano Robert Aiken projetou e executou paredes de
sustentação armadas e escoradas. As paredes foram construídas no chão e então,
posteriormente, foram erguidas e colocadas na fundação já pronta. Aiken aplicou
essa técnica em diversos projetos dentre os quais se destaca o projeto para a
construção de uma Igreja Metodista em Zion, Illinois/EUA, em 1910 (Figura 5.9)”
RIVERA et al., p.5, 2005).
35
Figura 5.9 - Frontal da Igreja Metodista de Zion, Illinois - USA (EMPÓRIO DO PRÉ-MOLDADO, 2006)
As paredes foram moldadas in-loco em uma base lisa composta de areia, com o
concreto lançado envolta das armações das portas e janelas. Com as paredes
finalizadas e com o auxílio de uma talha e um primitivo guindaste, as paredes eram
então içadas na posição final (RIVERA et al., 2005).
Por diversas vezes, o painel trabalha como uma placa, coluna ou mesmo, muro de
arrimo e muitas vezes todas estas funções, simultaneamente.
importância para o sistema Tilt-up e, ao contrário dos outros tipos de sistemas onde
o piso é executado no final da obra, no sistema Tilt-up é o marco inicial da obra.
Após a confecção do piso, as formas e a armação dos painéis são montadas sobre o
piso. Deve-se utilizar um desmoldante adequado que seja suficientemente eficaz.
Ainda, nesta etapa são incluídas as aberturas das portas e janelas, bem como, os
frisos e texturas decorativas.
Após a execução dos painéis e a cura, os mesmos são içados por um guindaste e
posicionados sobre as fundações e, escorados. Mais tarde, as escoras são retiradas,
quando da execução das lajes ou coberturas que, fornecerão aos painéis o
travamento e estabilizações necessárias.
Aplica-se o desmoldante no piso para evitar que o painel seja aderido, facilitando
desta forma, o içamento do painel quando concluído. O concreto especificado com
base no dimensionamento do painel é lançado, adensado, nivelado e a sua
superfície regularizada.
40
5.3.6. Finalização
painéis com maiores dimensões onde as lajes executam este papel de estabilidade
e conexão (Figura 5.13).
As lajes podem ser executadas tanto no sistema de steel deck, ou com lajes pré-
moldadas do tipo alveolares, que são solidarizadas nos painéis.
Como já dito anteriormente, o Tilt-up não tem somente uma função de vedação nas
estruturas do qual faz parte; ele tem uma função estrutural. Costuma-se dizer que
num prédio em que temos paredes de concreto com função de vedação, se tirarmos
uma placa ou outra o prédio continuará de pé, ao contrário do que acontece com o
sistema Tilt-up , em que se ocorrer a simples retirada de uma peça sem avaliação
previa, a edificação poderá sofrer grandes danos.
42
5.4.1. Residências
A solução mais simples para pisos é utilizar as lajes com vigotas pré-moldadas. Os
elementos são leves e fáceis de serem montados, a superfície inferior da laje é
áspera e necessita de reboco. O escoramento durante a execução depende do tipo
da vigota. Qualquer layout para o pavimento pode ser conseguido, onde a
modulação não é sempre necessária, mas desejável. Esse tipo de piso é bastante
empregado no Brasil e em outros países onde o custo da mão-de-obra é baixo na
construção civil (ABCP, 1994).
lisa, e o layout do pavimento não precisa ser totalmente retangular. Aberturas para
tubulações, escadas, etc. podem ser planejados em qualquer local (ABCP, 1994).
A tendência atual para edifícios de escritórios (Figura 5.16) é criar grandes espaços
internos com os vãos dos pisos de até 18 a 20 m. Quando a largura total do edifício
se encontra dentro dessas dimensões, a solução mais apropriada é utilizar paredes
estruturais nas fachadas, onde os elementos de piso estão apoiados diretamente
nos elementos de fachada. Para pavimentos muito largos, o mesmo sistema é
completado por uma ou mais linhas de vigas e pilares internos. Os núcleos de
contraventamento são executados com painéis pré-moldados (ABCP, 1994).
As lajes alveolares protendidas compõem o sistema para piso mais apropriado para
edifícios de escritório, devido à sua grande capacidade de alcançar grandes vãos e
por permitir pisos com menores espessuras nos pavimentos. É uma prática comum
empregar um elemento de laje alveolar com 400 mm de espessura para um vão de
17 m para uma sobrecarga de 5 kN/m². Elementos de laje com 500 mm de
espessura permitem vãos de 21 m para a mesma sobrecarga, mas esse tipo de
elemento ainda não está disponível no mercado em qualquer lugar. A redução da
47
Para vãos menores, com até 6 m, sistemas mistos com elementos de placa também
são empregados. Todavia, eles precisam de escoramento durante a fase da
construção.
“Existem diferentes tipologias para complexos esportivos, cada uma com suas
próprias exigências de projeto. As seguintes soluções em concreto pré-moldado são
empregadas em complexos esportivos:
“As coberturas em balanço para arquibancadas podem ser compostos por vigas
protendidas (Figura 5.17), fixadas no topo dos pilares por meio de chumbadores
especiais parafusados (chumbadores rosqueados protendidos tipo Dywidag ou
similares). As vigas para as arquibancadas possuem dentes sobre o seu topo para
apoiar os elementos de piso. Os elementos de piso são geralmente projetados em
elementos da laje alveolar com espessura reduzida” (ABCP, p.17, 1994).
“Há exemplos para pista de esqui no gelo, em que a laje da fundação da pista é feita
com elementos de laje alveolar na fundação das vigas” (ABCP, p.18, 1994).
48
Figura 5.17 - Estádio Olímpico João Havelange - Rio de Janeiro (RACIONAL, 2006)
49
6 ESTUDO DE CASO
A rede adquiriu parte das lojas da rede multinacional portuguesa Sonae, presente na
região sul do país, por cerca de 635 milhões de euros. Antes de chegar à região sul,
a rede atacou pelo nordeste e comprou a rede Bompreço em fevereiro de 2005,
compra esta que lhe fez saltar do sexto lugar no ranking das maiores empresas do
setor para o terceiro (Figura 6.1). Agora, com a compra do Sonae, o Wal-Mart
50
duplica sua penetração no mercado brasileiro, passando de 155 para 295 lojas em
17 estados do país e encurtando a distância que lhe separa do Pão de Açúcar e do
Carrefour, líderes do setor por faturamento (REVISTA O COMERCIÁRIO, 2006).
Alguns observadores argumentam que a Wal-Mart deve seu retorno superior ao seu
imenso tamanho e, como conseqüência, a seu poder de compra. Alternativamente, o
Wal-Mart é considerado um modelo de eficiência operativa, que segundo os críticos,
algumas vezes só é atingido, à custa da força de trabalho (HARVARD BUSINESS
REVIEW, 2005).
A construtora WTorre Engenharia (antiga Walter Torre Jr.), teve o início de suas
atividades no mercado de galpões industriais com a idéia de fazer imóveis para
locação, com projetos personalizados e que atendessem às necessidades
específicas de cada cliente. Esses contratos são fechados por um período de tempo
grande, variando de 10 a 20 anos cada um. Após o fechamento de um contrato
nesses parâmetros é que o construtor partia à procura de investidores que fossem
51
O grupo Wal-Mart vive um momento de expansão das suas atividades no Brasil, não
somente pela aquisição de grupos já existentes, mas também pelo aumento de seus
pontos de venda. Nesse contexto foi necessário a busca de uma empresa para
construção das lojas que aliasse um alto capital de giro, rapidez e alta tecnologia em
processos construtivos, aí surge a parceria com a construtora WTorre.
O “Combo” (nome dado ao conjunto das lojas Sam’s Club e Supercenter) Guarulhos
é o primeiro de uma série de empreendimentos em conjunto das duas empresas. O
prazo contratual para realização da obra foi de 150 dias para o Sam’s Club e 180
dias para o Supercenter, razão essa que levou a escolha de métodos pré-moldados
para execução da obra, dentre eles, o Tilt-up. Os métodos em pré-moldados além de
serem a principal tecnologia da construtora, possibilitariam o atendimento do prazo
contratual sem maiores transtornos.
Devido às restrições impostas pelo projeto, foi necessária a realização de pistas para
execução das placas. A disposição dessas pistas baseou-se no processo executivo
de içamento e montagem, resultando em pistas paralelas as faces externas e
dispostas por todo o perímetro do prédio (Figura 6.3).
As pistas não possuem qualquer função estrutural, para tanto, não houve
necessidade de nenhum projeto específico. O concreto utilizado para fabricação foi o
de fck 20Mpa. Um detalhe interessante é que, antes da realização da pista foram
determinados os pontos de apoio das escoras e, nesses locais foram feitos blocos
em concreto para fixação dessas peças e que, devido à interferência com as pistas,
foram sobrepostos logo após a realização das pistas.
54
A produção das formas para o tilt-up, baseiam-se nas técnicas utilizadas para
execução de pisos de concreto. Todas as placas possuem uma espessura de 15 cm
e suas formas foram executadas com sarrafos de 15 cm, sustentados através de
cantoneiras metálicas. Para execução dos diversos frisos e acabamentos de bordas
que foram determinados pelo projeto arquitetônico, utilizaram-se cantoneiras em
55
A armação obedeceu a um projeto específico para cada placa por serem montadas
sobre pilotis e não diretamente apoiadas sobre o solo, como convencionalmente se
utiliza o tilt-up. Criaram-se arranques no nível das lajes, possibilitando após a
execução do capeamento, a solidarização da laje com as placas (Figura 6.5).
Figura 6.7 - Representação diversas das forças no içamento da placa (PEREIRA, 2005)
400
350 346,23
320,27 308,67
300,47 296,36 288,49 286,18 282,22 275,92
300 274,65
R$ (Reais
250
200 R$ p/m²
150
100
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Área (m² x1000)
30
24,1 24,8 25 25,2
25 22,8 23,2
20,5 22
19 20
20
Semana
15 Semanas/m²
10
5
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Figura 7.1 - Comparativo de custo e prazo de execução para Tilt-up (IBRACON, 2004)
62
8 CONCLUSÕES
Devido a grande necessidade por prazos que o mercado nos impõe, devemos cada
vez mais estar à procura de novos e práticos métodos construtivos que nos atendam
tanto financeiramente, quanto em rapidez.
Por outro lado, vemos cada vez mais, a construção civil partindo para a modulação e
pré-fabricação dos mais variados elementos, nos levando a crer que dentro de
alguns anos conseguiremos valores razoáveis para execução desses métodos,
também em construções de pequeno e médio porte.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CATÁLOGO LIEBHERR. Technical Data. Mobilkran – Móbile Crane LTM 1220 – 5.1,
il.color, 11 cm.
QUANDO tudo se encaixa. Revista Téchne. [S.l.]. Ed. Pini: n. 37, p. 28-32, nov.-
dez.1998.