Estudo Dirigido 1 - Medicina Preventiva

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TEMA: Rastreamento e Prevenção Quaternária na APS

O objetivo da atividade a seguir é mergulhar na aprendizagem de como se define que uma condição
de saúde (ou doença) deve ser rastreada na população geral assintomática. Para tanto,
relembraremos conceitos de Epidemiologia, Bioestatística e aprendizados da Saúde coletiva,
conectando-os ao conhecimento prático da Medicina. Este aprendizado é útil para qualquer local de
atuação profissional e vale a pena ser entendido para o cultivo da boa prática médica em qualquer
nível de atenção.

Vocês podem buscar na internet a conceituação básica dos termos que forem desconhecidos. Ao
final da primeira tentativa de responder, façam a checagem das respostas no material de apoio
sugerido no link das referências.

Bons estudos!

Tipos de Rastreamento

1. Conecte o item ao conceito que melhor se aplica:

a. Estratégia Preventiva de Alto Risco

b. Estratégia de Abordagem populacional

c. c. Prevenção Redutiva

d. d. Prevenção Aditiva

e. e. Prevenção Primária

f. f. Prevenção Secundária

g. g. Prevenção Terciaria

h. h. Prevenção Quaternaria
1. Há necessidade de se identificar e convidar as pessoas pertencentes ao grupo de alto risco para intervenções preventivas, deixando em
paz o restante da população considerada normal.

2. Essa estratégia tende a medicalizar as pessoas ao converter assintomáticos em doentes, que necessitam de cuidados vitalícios em
saúde. Por exemplo, o caso dos hipertensos.

3. Tem alto potencial de dano iatrogênico, pela necessidade de repetitivos processos de rastreamento, monitorização e tratamento de
riscos, comumente com ações de prevenção aditiva.

4. Tem baixo impacto na saúde doença da população e na morbimortalidade coletiva, pois grande numero de pessoas de baixo risco (não
inclusas nas intervenções) gera maior numero de eventos do que gerariam o pequeno número de pessoas – de alto risco- que recebe a
intervenção.

5. Essa estratégia visa reduzir o risco de adoecimento de toda a população.

6. Essa estratégia tende a ser mais custo-efetiva, pois os recursos são alocados somente para aqueles que mais necessitam.

7. Alguns exemplos dela são: introduzir uma lei ou norma sanitária, tal como proibir o fumo em locais fechados e públicos, aumentar os
impostos sobre o tabaco, tornar o uso do cinto de segurança obrigatório, instituir lei seca no trânsito, proibir agrotóxicos e transgênicos,
incentivar o cultivo e a disseminação de alimentos orgânicos etc.

8. Por não impactar nos determinantes sociais dos adoecimentos, esta ações tem que ser mantida gerações após gerações consumindo
enormes quantidades de recursos da saúde.

9. Essa abordagem compreende uma fase inicial de introdução da medida, que precisa envolver a sociedade ou a população como um todo, e
por vezes suas estruturas políticas, econômicas e valores culturais Porém uma vez incorporadas à cultura, tornam-se sustentáveis (Exemplo
redução de colesterol na Finlândia).

10. Esse tipo de medida pode ser considerado seguro, com potencial de dano nulo ou mínimo e com amplos benefícios.

11. Apesar do alcance populacional, o rastreamento mimetiza uma .

12. Ela é muito adequada e potente quando o risco é distribuído universalmente, pois uma pequena redução de risco gera grande
impacto tanto para a morbimortalidade coletiva como para o grupo de alto risco.

13. O rastreamento tanto pode gerar uma ação preventiva como uma ação preventiva . Um exemplo da primeira seria o uso de
sinvastatina nas pessoas rastreadas com risco cardiovascular maior ou igual a 20%; um exemplo da segunda seria o rastreamento de
tabagismo seguido de aconselhamento para parar de fumar sem intervenção farmacológica.

14. Consiste em diminuição dos riscos e restabelecimento de condições e modos de viver mais saudáveis, sustentáveis, ecológicos e
normais, para pessoas e coletividades.

15. Consiste na introdução de um fator ou produto artificial (físico ou químico) aplicado nas pessoas ou no ambiente, que visa conferir
proteção de algum evento mórbido futuro.

16. São exemplos típicos: vacinas, rastreamentos, tratamentos preventivos farmacológicos de fatores de risco (por exemplo, reduzir o
colesterol com a prescrição de estatinas).

17. Nesse caso, são exigidas provas científicas contundentes, idôneas e de alta qualidade de sua efetividade e também de sua segurança (ou
seja, sobre os danos serem nulos ou mínimos).

18. A prevenção é a ação que diminui riscos e exposições (já aumentados) decorrentes dos modos de vida modernos, urbanos e
industrializados, coletivos e/ou individuais.

19. Trata-se de abaixar a exposição aos produtos químicos na alimentação, o multiprocessamento dos alimentos, o sedentarismo da vida
urbana, os riscos e a contaminação química tóxica ambiental e ocupacional, a privação e a iniquidade socioeconômicas (hoje, sabidamente,
um risco e um determinante geral para a saúde-doença), o estresse, a privação do sono, o cansaço excessivo, o excesso de bebidas
alcoólicas, o tabagismo, a obesidade etc.

20. São exemplos dela: estimular a mobilidade sustentável que implique em atividade física rotineira, orientar individualmente (e
fomentar/viabilizar social e economicamente) uma alimentação diversificada sem agrotóxicos e com o mínimo de multiprocessamento
industrial, aconselhar individualmente a redução do excesso de bebidas alcoólicas e proibir sua propaganda em horário infantil na mídia.

21. é a ação preventiva que ocorre antes do adoecimento e visa evitá-lo ou atenuá-lo. Alguns exemplos típicos são as vacinações,
escovar os dentes e fluoretar a água potável.
22. Visa detectar o adoecimento precocemente para tratá-lo com mais efetividade, maior brevidade, menor sofrimento e menores danos.
Suas ferramentas são o rastreamento e a detecção precoce ou preferencialmente, oportuna.

23. é a ação realizada após o adoecimento e seus danos/lesões estarem já instalados. Visa reabilitar, ressocializar e evitar complicações deles
decorrentes. Por exemplo: reabilitar um paciente com sequelas de acidente vascular cerebral. Essa estratégia se confunde com o próprio
cuidado clínico aos já adoecidos.

24. é a ação visando evitar danos iatrogênicos e medicalização excessiva decorrentes do intervencionismo biomédico, oferecendo
alternativas eticamente aceitáveis a esses pacientes.

25. Um exemplo de ação de P4, tanto pelos profissionais como pelas instituições de saúde, seria o desencorajamento do rastreamento
generalizado do câncer de próstata na população masculina por meio da dosagem de PSA.

Rastreamentos mais comuns


(Rastreamento de condições crônicas ligadas ao estilo de vida)

# Marque abaixo condições em que o Rastreio Não é recomendado:

a) Cancer de Prostata

b) Cancer de Mama

c) Cancer de Pele

d) Cancer colon retal

e) Cancer de Pulmão

f) Infecções Sexualmente Transmissíveis

g) Cancer de ovário

h) Cancer de testículo

i) Osteoporose

Rastreamentos mais comuns - detalhando

Avaliação do Risco Cardiovascular

1. Porque rastrear (objetivo)?

2. Quem deve ser rastreado (publico-alvo)?

3. Periodicidade (de quanto em quanto tempo repete o rastreio?)?

4. Como rastrear (na consulta? aferição? exames?)?

5. Condições modificáveis para reduzir o risco:

Hipertensão Arterial Sistêmica

1. Porque rastrear?
2. Quem deve ser rastreado?

3. Periodicidade?

4. Como rastrear?

5. Condições modificáveis para reduzir o risco:

Diabetes melitus Tipo II

1. Porque rastrear?

2. Quem deve ser rastreado?

3. Periodicidade?

4. Como rastrear?

5. Condições modificáveis para reduzir o risco:

Uso de Tabaco

1. Porque rastrear?

2. Quem deve ser rastreado?

3. Periodicidade?

4. Como rastrear?

5. Condições modificáveis para reduzir o risco:

Uso arriscado do álcool

1. Porque rastrear?

2. Quem deve ser rastreado?

3. Periodicidade?

4. Como rastrear?
5. Condições modificáveis para reduzir o risco:

Sobrepeso e Obesidade

1. Porque rastrear?

2. Quem deve ser rastreado?

3. Periodicidade?

4. Como rastrear?

5. Condições modificáveis para reduzir o risco:

Rastreamento e Prevenção de CÂNCER

Invista na prevenção primária do câncer entre seus pacientes. Discuta o quanto algumas medidas são mais eficazes para ajudar a
evitar problemas de saúde, inclusive diversos tipos de câncer (pulmão, laringe, bexiga, pele, etc):

Evitar o fumo/ tabagismo;

Manter um peso adequado;

Limitar o consumo de álcool;

Evitar o excesso de sol;

Manter-se ativo, praticar atividades físicas;

Ter uma dieta rica em frutas, vegetais e grãos integrais. E pobre em gordura saturada e trans;

Proteger-se contra IST´s.

Câncer de colo de útero

1. Porque rastrear?

2. Quem deve ser rastreado?

3. Periodicidade?

4. Como rastrear?

5. Condições modificáveis para reduzir o risco:

Câncer de Colon e Reto


1. Porque rastrear?

2. Quem deve ser rastreado?

3. Periodicidade?

4. Como rastrear?

5. Condições modificáveis para reduzir o risco:

Cancer de Mama

1. Porque rastrear?

2. Quem deve ser rastreado?

3. Periodicidade?

4. Como rastrear?

5. Condições modificáveis para reduzir o risco:

Infecções Sexualmente Transmissíveis (HIV,Sifilis, Hep B, Hep C, Clamídia e Gonorreia)

1. Porque rastrear?

2. Quem deve ser rastreado?

3. Periodicidade?

4. Como rastrear?

5. Condições modificáveis para reduzir o risco:

Rastreamento em Grupos (Apenas citar o que é necessário rastrear para cada grupo)

Mulheres em geral (25-64anos)

Homens em geral(20-65anos)
Idosos (acima de 65anos)

Mulheres Lésbicas e Bissexuais

Homens Gays e Bissexuais

Travestis, Mulheres Transexuais e Homens Trans

Crianças (0-10 anos)

FORMATAÇÃO DO TEXTO:
• Espaçamento 1.5;
• Fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12;
• Formato: Word ou PDF.

OBSERVAÇÕES:
O estudo dirigido será enviado para o email da professora de referência da aula do tema do estudo
dirigido até o dia da aula.

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL:
1. Rastreamento, check-up e prevenção quaternária [Recurso eletrônico] / Ronaldo Zonta [et al]. - Florianópolis:
UFSC, 2017<https://unasus-
cp.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/164858/mod_resource/content/37/Rastreamento/index.html#un2> .

LEITURA COMPLEMENTAR

2. BRASIL, Ministério da Saúde. Cadernos da Atenção Básica, CAB 29 Rastreamento. 2010.

3. U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF): painel independente de especialistas em atenção primária e
prevenção que revisa sistematicamente as evidências de eficácia e desenvolve recomendações para serviços
preventivos clínicos.

4. Para saber mais: GUSSO, G. Tratado de MFC capítulo 33 Mercantilização da Doença. 2019.

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