Relatorio SFS

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2021

RELATÓRIO DE
SUSTENTABILIDADE
Sumário

1.Estratégia e Análise

2.Perfil Organizacional

3.Aspectos Materiais Identificados e Limites

4.Partes Interessadas

5.Perfil do Relatório

6.Ética e Integridade

7.Gestão e Resultados Econômicos

8.Responsabilidade Social e Meio Ambiente

Glossário

Referências
1. Estratégia e Análise
1.1 Mensagem da Diretoria Executiva

O Porto de São Francisco do Sul está localizado na Baía da


Babitonga, a maior baía navegável do Estado de Santa
Catarina. Além das belas paisagens, esta baía é de suma
importância para o ecossistema da região, uma vez que
abriga mais de 70% dos manguezais do estado, berço de
diversas espécies de peixes, aves e crustáceos.

Assim, o Porto é constantemente desafiado a desenvolver


suas atividades sem prejuízo da preservação ambiental,
mantendo uma equipe de trabalho capacitada e vigilante.

Conforme estabelece a ANTAQ através da Lei nº


10.233/2001 (Art. 11 – V), o gerenciamento da infraestrutura
e a operação do transporte aquaviário devem ser regidos
pelo princípio da sua compatibilização com a preservação
do meio ambiente. Neste sentido, a Gerência de Meio
Ambiente vem acompanhando a gestão ambiental do
Porto de São Francisco do Sul e busca intervir no ambiente
portuário para aprimorar a qualidade dos serviços
prestados sob o ponto de vista ambiental.

Dos 100 pontos possíveis que circundam o IDA, a Gerência


de Meio Ambiente do Porto de São Francisco do Sul atingiu
96,97 pontos no ano de 2021, ocupando a quinta colocação
dentre os portos públicos nacionais.

O ano de 2021 foi especial para o Porto de São Francisco do


Sul, uma vez que obtivemos grandes resultados
operacionais e financeiros, batendo recordes de
movimentação e de faturamento.

Em termos operacionais, foram movimentadas mais de


13,4 milhões de toneladas de carga, um recorde histórico,
representando um crescimento de 13,5% em relação ao
ano de 2020, com destaque para o crescimento de 30% na
importação de fertilizantes e de 63,6% na movimentação
de produtos siderúrgicos.
Nesse contexto, o Complexo Portuário de São Francisco do Sul
foi responsável por mais de 46% de todas as cargas
movimentadas pelos complexos portuários do Estado de Santa
Catarina, com 22,1 milhões de toneladas de cargas
movimentadas no ano de 2021.

Os resultados operacionais foram refletidos nos resultados


financeiros, onde também obtivemos recordes. Em 2021 o
faturamento da empresa alcançou o valor de R$ 114.756.206,51,
o que, assim como na movimentação de carga, representou um
crescimento de 13,9% em relação a 2020, quando foram
faturados R$ 100.728.480,83.

Em termos de gestão, em 2021 foi contratada a consultoria que,


juntamente com setores internos, implementou o Sistema de
Gestão Integrado, com base nas normas NBR ISO 9001:2015 e
14001:2015, visando a certificação. Além da padronização de
documentos e rotinas, a implementação do SGI trouxe mais
transparência, segurança e agilidade aos processos internos,
com foco no cliente. Em especial a ISO 14001, através do
levantamento e monitoramento dos aspectos e impactos
ambientais, auxilia na manutenção da sustentabilidade da
atividade portuária.

Ainda se tratando de gestão, ao final do ano de 2020, foi


publicado no Diário Oficial da União o Convênio de Delegação
de Competências celebrado entre a União, por intermédio do
Ministério da Infraestrutura, e a SCPAR Porto de São Francisco do
Sul S.A., com a interveniência da Agência Nacional
deTransportes Aquaviários – ANTAQ, tendo como objeto a
delegação de parte das competências do Ministério da
Infraestrutura à SCPAR Porto de São Francisco do Sul S.A.,
notadamente aquelas relacionadas com a elaboração de edital
e a realização de procedimentos licitatórios para o
arrendamento de instalações portuárias localizadas no interior
da poligonal do Porto Organizado de São Francisco do Sul. Essa
delegação foi obtida devido ao desempenho alcançado pelo
Porto frente ao Índice de Gestão da Autoridade Portuária - IGAP,
criado através da Portaria nº 574, de 26 de dezembro de 2018,
do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, sendo o
Porto de São Francisco do Sul o segundo Porto em todo o país a
receber a referida delegação de competência.
A partir disso, com o compromisso assumido, em 2021 o Porto iniciou a
fase interna de licitação para contratação da consultoria para elaboração
do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental do Terminal
Graneleiro.

Para os próximos anos, os principais desafios estão na efetivação do


arrendamento de áreas do Porto, na realização de obras de infraestrutura
marítima e terrestre e na manutenção das certificações do Sistema de
Gestão Integrado. Estas são ações que alavancam o crescimento do Porto,
consolidando seu papel de fomentador da economia catarinense.

Desejamos a você uma boa leitura!

Vladimir Arthur Fey


Diretor Presidente

Moisés Eduardo Garcia Junqueira Reinaldo Antônio Ferreira de Lima


Diretor Administrativo Diretor de Operações e Logística
2. Perfil Organizacional
2.1 Nome, Localização e Forma Jurídica da Companhia

Situado no litoral norte do Estado de Santa Catarina, na região insular do Município de


São Francisco do Sul, o Porto de São Francisco do Sul foi construído na margem direita
da baía da Babitonga. Inaugurado em 1º de julho de 1955, o histórico do porto
remonta desde 1912, quando a Companhia de Estradas de Ferro São Paulo – Rio
Grande do Sul recebeu permissão para implantar uma estação marítima na baía de
São Francisco do Sul, sendo que o Governo de Santa Catarina obteve concessão para
início das obras apenas em 1941, iniciando efetivamente sua construção em 1945
(Figura 1).

Obras de instalação do Porto de São Francisco do Sul.

A Administração do Porto de São Francisco do Sul – APSFS foi a autarquia criada pela
Lei Ordinária Nº 1.404 de 24 de novembro de 1955 para administrar o Porto de São
Francisco do Sul. Entretanto, com a extinção da APSFS pela Lei Complementar Nº 707
de 7 de dezembro de 2017, o Porto de São Francisco do Sul passou a ser administrado
pela SCPar Porto de São Francisco do Sul S.A., uma sociedade de propósito específico
instituída pelo Decreto Estadual Nº 1.486 de 8 de fevereiro de 2018, incubida de exercer
as atividades e atribuições nos termos do Convênio de Delegação nº 01/2011 até 2036,
conforme 5º Termo Aditivo, assinado em 18 de setembro de 2014.

A SCPar Porto de São Francisco do Sul, inscrita no CNPJ/MF sob nº 29.307.982/0001-40,


tem sua sede administrativa localizada na Av. Engenheiro Leite Ribeiro, 782, Centro,
São Francisco do Sul, SC.
2.2 Mercados em que atua e área de influência
Operando essencialmente embarcações de longo curso, o Porto de São Francisco do Sul
se destaca por ser fundamentalmente um porto do tipo exportador, com movimentação
significativa de granéis agrícolas sendo escoados por esta infraestrutura oriundos das
regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil, representando relevante importância para
a economia local e regional.

A movimentação nos complexos portuários catarinenses somou em 2021 o total de 47,2


milhões de toneladas, tendo o complexo portuário de São Francisco do Sul respondido
por 47% deste valor.

Tabela 1. Movimentação nos complexos portuários de Santa Catarina.

Áreas de influência do Porto de São Francisco do Sul.


2.3 Missão, Visão e Valores da Companhia

Missão
Facilitar o acesso de
mercadorias aos mercados
regionais, nacionais e
internacionais, contribuindo
para o desenvolvimento
sustentável da sociedade.

Visão
Ser reconhecido como Porto
de excelência, até 2025.

Valores
Honestidade, respeito e
integridade.

Princípios
Profissionalismo,
comprometimento,
responsabilidade, educação
ambiental, sustentabilidade e
agilidade.
2.4 Porte da Organização
Em 2020 o faturamento do Porto foi de R$ 100.728.480,83 o que o caracteriza como uma
empresa de grande porte. Em 2021, com o crescimento das operações e com a gestão
do Terminal Graneleiro, o faturamento bruto do Porto chegou aos 114.756.206,58 o que
representa um crescimento de 13,92% em relação ao ano anterior.

Nos aspectos econômicos financeiros, a SCPar Porto de São Francisco do Sul encerrou o
ano de 2020 com um lucro líquido de R$ 2.098.487,18 (dois milhões, noventa e oito mil
quatrocentos e oitenta e sete reais e dezoito centavos). Em 2021 encerrou com resultado
negativo de R$ 21.961.616,35 (vinte e um milhões, novecentos e sessenta e um mil
seiscentos e dezesseis reais e trinta e cinco centavos).
2.5 Perfil dos Empregados
Tabela 2. Perfil dos empregados
da SCPAR Porto de São Francisco
do Sul, por função e gênero.
2.6 Cadeia de Fornecedores da Organização
Tabela 3. Relação e contratos vigentes da SCPAR Porto de São Francisco do Sul S.A.,
fornecedores de produtos e serviços.
3. Aspectos materiais
identificados e limites
Os principais aspectos materiais identificados, que possam trazer algum risco ao
PORTO têm como base a Estratégia de Longo Prazo elaborada pela mesma, e
compreendem os seguintes grupos temáticos:

Mercado & Imagem


Equilíbrio Econômico Financeiro
Recursos Humanos
Sociedade e Meio Ambiente
Tecnologia e Processos

Assim, para cada um dos grupos temáticos, foram estipulados objetivos com
indicadores a serem acompanhados, conforme quadro:

Tabela 4. Indicadores estratégicos estabelecidos pela gestão do Porto de São Francisco


do Sul.

As metas estabelecidas e os resultados do ano anterior estão descritos no documento


Estratégia de Longo Prazo, disponível no sítio eletrônico da empresa, através do link:
https://portosaofrancisco.com.br/transparencia/
4. Partes interessadas
Como elementos que afetam ou são afetados de alguma forma pela organização,
a lista de partes interessadas identificadas pela operação do Porto de São
Francisco do Sul correspondem:

Acionista Único, CONSAD e CONFIS, Diretoria Executiva;


Empregados;
Órgãos intervenientes: ANTAQ, ANVISA, Receita Federal, Marinha do Brasil, Polícia
Federal, dentre outros;
Sindicatos e Representantes de Classe;
Importadores e exportadores;
Órgãos de controle: TCE, TCU, dentre outros;
Despachantes aduaneiros;
Operadores Portuários;
Arrendatários;
Agências Marítimas e Armadores;
Prestadores de Serviços;
Imprensa;
Comunidade do entorno;
TUP Porto Itapoá;
OGMO; e,
Terminal Graneleiro.
5. Perfil do relatório
Este Relatório de Sustentabilidade se refere aos exercícios de 2021. O Relatório
anterior é relativo aos anos de 2019 e 2020.

Para perguntas sobre este relatório e seu conteúdo, os interessados podem


telefonar para o número (47) 3481-4830, ou encaminhar e-mail para o endereço
[email protected] . O documento foi aprovado pela
Diretoria Executiva, bem como, pelo seu Conselho de Administração.

5.1 Estrutura e Governança


A estrutura de governança do Porto é composta, além da Assembleia Geral, do
Conselho de Administração, da Diretoria Executiva, do Conselho Fiscal e do Comitê
de Elegibilidade, sendo administrada pelo Conselho de Administração, como órgão
de orientação superior das atividades da empresa e pela Diretoria Executiva, nos
termos de seu estatuto.

O Conselho de Administração é composto por oito membros, dos quais um é


representante dos colaboradores, que é eleito entre os seus pares, um
representante da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários- SNPTA e
os demais, representantes do acionista único. A Diretoria Executiva é composta por
um Diretor Presidente, um Diretor de Administração e Finanças e um Diretor de
Operações e Logística. O prazo de gestão dos membros do Conselho de
Administração e da Diretoria Executiva é de dois
anos, permitidas, no máximo, três reconduções consecutivas.
O Comitê de Elegibilidade é um órgão colegiado, independente, de caráter
permanente, opinativo, que tem por finalidade, entre outras, a de verificar a
conformidade do processo de indicação de membros para compor o Conselho de
Administração, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva do Porto, sendo o mesmo do
Acionista Único da companhia, a SC Participações e Parcerias S.A.

O Conselho Fiscal é órgão permanente de fiscalização, sendo o prazo de atuação


unificado e de dois anos, permitidas, no máximo, duas reconduções consecutivas.

A composição dos órgãos estatutários é conforme abaixo:


1 - Conselheiro de Administração - Diretor-Presidente da SCPAR
Mandato: 01/02/2021 a 13/02/2022 - Ricardo Moritz.

2 - Conselheiro de Administração
Mandato: 16/07/2021 a 14/07/2021 - Felipe Cesar Lapa Boselli
3 - Conselheiro de Administração
Mandato: 01/08/2020 a 01/06/2021 - Fabio Zabot Holthausen
4 - Conselheiro de Administração
Mandato: 01/06/2021 a 23/11/2021 - Renata de Arruma Fett Largura
5 - Conselheiro de Administração
Mandato: 01/06/2020 a 15/07/2021 - Denilse Coelho do Rosário
6 - Conselheiro de Administração
Mandato: 01/06/2021 a 15/07/2021 - Vladimir Arthur Fey
7 - Conselheiro de Administração
Mandato: 31/07/2020 a 01/06/2021 - Joel Alves
8 - Conselheiro de Administração
Início mandato: 01/06/2021 - Cleydson dos Santos Silva
9 - Conselheiro de Administração
Mandato: 31/07/2020 a 01/06/2021 - Alessandro Rodrigues de Lemos Paula Marques
10 - Conselheiro de Administração
Mandato: 01/06/2021 a 31/07/2022 - Casemiro Tercio dos Reis Lima Carvalho
11 - Conselheiro de Administração
Mandato: 01/06/2021 a 23/11/2021 - Renata de Arruda Fett Largura
12 - Conselheiro de Administração
Mandato: 23/11/2021 a 01/12/2021 - CONSAD 40ª - Tania Regina Hames
13 - Conselheiro de Administração (representante da SNPTA)
Mandato: AGO 31/07/2020 - Euler José dos Santos.
Conselho Fiscal 2021

Conselheiro Fiscal - Presidente do Conselho - fim do mandato 06/08/2021


Rodrigo Mateus Mocelin

1 - Conselheiro Fiscal - Presidente do Conselho - Márcio Cassol Carvalho


2 - Conselheiro Fiscal - Fabio Zabot Holthausen
1 - Conselheiro Fiscal - João José Pereira Cavallazzi
Conselho Fiscal (suplente do Conselheiro Márcio Cassol Carvalho) Santos
Pacheco Alves

Diretoria Colegiada 2021

Diretor Presidente:
Cleverton Elias Vieira, de 19/07/2021 a 02/06/2022;
Diretor de Administração e Finanças:
Rafael Lima Palmares, de 30/06/2020 a 10/07/2021;
Tania Regina Hames, de 10/07/2021 a 01/12/2021.
Vladimir Arthur Fey, DE 01/12/2021 A 26/07/2022.
Diretor de Operações e Logística:
Reinaldo Antonio Ferreira de Lima, de 18/08/2020 a 31/12/2022.
A fixação da remuneração dos Administradores (membros do Conselho de
Administração e da Diretoria Executiva) e dos membros do Conselho Fiscal é de
competência da Assembleia Geral.
Conselho de Autoridade Portuária CAP - 2019
6. Ética e integridade
O Porto possui um “Código de Conduta e Integridade” fundamentado nos valores da
empresa e que orienta o comportamento pessoal e profissional nos relacionamentos
com seus acionistas, clientes, colaboradores, fornecedores, prestadores de serviços,
concorrentes, governo, comunidade e sociedade. O código está disponibilizado na
internet, através do link:

www.apsfs.sc.gov.br/wp-content/uploads/2014/12/GESTAO_codigo-de-Conduta-e-
Integridade.pdf

Todo corpo diretivo, gerencial, colaboradores e área responsável pela elaboração de


divulgações e/ou por comunicações públicas da empresa ao mercado ou que forneça
informações como parte do processo tem a responsabilidade de assegurar que tais
divulgações, comunicações e informações estejam completas, exatas e em
conformidade com os controles e procedimentos da empresa para divulgação.
6.1 Com a sociedade

Consciente de sua responsabilidade, a empresa mantém relações com a sociedade


marcadas pela confiança e transparência. Em seus relacionamentos com os vários
segmentos, a empresa se compromete a:

estimular a cooperação com poderes públicos e órgãos reguladores para contribuir


com os interesses da sociedade;
estabelecer mecanismos de diálogo com as diversas partes interessadas nos
negócios da empresa e praticar uma gestão com transparência nos resultados;
apoiar e estimular políticas públicas, a fim de maximizar sua contribuição para o
desenvolvimento da sociedade;
respeitar os costumes e as culturas locais e promover a melhoria da qualidade de
vida das comunidades com as quais interage;
não utilizar, sob nenhuma forma, o trabalho escravo e infantil, degradante, forçado
ou compulsório;
valorizar o envolvimento dos empregados, em eventos, debates e elaboração de
propostas, tendo em vista a viabilização e o fortalecimento de projetos de caráter
social;
estimular a conscientização social e o exercício da cidadania ativa por parte de
todos os seus empregados, por meio de desenvolvimento de programa de educação
para a cidadania;
incentivar a viabilização de projetos de pesquisa e tecnologia para o
desenvolvimento sustentável, interagindo ativamente com a comunidade
acadêmica e científica;
prevenir e coibir qualquer prática de corrupção, mantendo procedimentos formais
de controle e de consequência sobre possíveis transgressões, de acordo com este
Código, Lei 8.429/92 e Lei 12.846/13 ("Lei Anticorrupção");
coibir o apoio financeiro e contribuições para partidos políticos ou campanhas
políticas de candidatos a cargos eletivos;
promover canais permanentes de comunicação e diálogo com as comunidades
onde atua, com o objetivo de prevenir, monitorar, avaliar e controlar os impactos de
suas atividades; e
incentivar iniciativas voluntárias de seus empregados, com o objetivo de mobilizar e
potencializar seus recursos e competências de forma integrada e sistêmica, em
benefício das comunidades em que atua.
6.2 Com os clientes
A empresa reconhece que os clientes têm percepções, exigências e expectativas
diferenciadas e deve atendê-los com segurança, concisão, profissionalismo e isonomia.
Em seus relacionamentos com clientes, a empresa se compromete a:

usar linguagem e meios adequados às culturas e condições diversificadas no


segmento em que atua;
agir com cortesia, respeito e compreensão, independente de considerações, opiniões
e critérios pessoais;
não divulgar os dados constantes no cadastro dos clientes a terceiros;
divulgar para o cliente todos os seus direitos.

6.3 Com os acionistas


Atendendo a requisitos da boa governança corporativa, a empresa:

conduz de forma democrática suas relações com os acionistas minoritários,


valorizando sua participação e interesses;
prioriza, na elaboração de relatórios, a transparência, a confiabilidade, a objetividade
e a pontualidade das informações;
atua de forma a atrair o investimento necessário para manter, melhorar e expandir a
empresa, assegurando aos acionistas o retorno adequado; e
divulga as informações aos acionistas e ao mercado somente pelos autorizados
para essa função.

6.4 Com os colaboradores


Priorizando o relacionamento com os trabalhadores, a empresa se compromete a
fornecer condições de trabalho adequadas, que garantam saúde, segurança e
privacidade para o bom desenvolvimento de suas atividades.

6.5 Com associações e entidades


No zelo pelo respeito aos princípios legais e à boa convivência com associações,
sindicatos e entidades de classe, a empresa:

respeita o direito de seus empregados de criar, manter e se filiar a esses órgãos, sem
praticar qualquer tipo de discriminação;
participa de processos legítimos de negociação coletiva de trabalho; e
respeita as normas para exercício da profissão, regulamentadas pelos seus
respectivos Conselhos de Classe.
6.6 Com Estagiários e Jovens Aprendizes

Na relação com os estagiários e jovens


aprendizes, a empresa se compromete a:

orientar para que respeitem os


princípios de conduta ética definidos
neste Código, enquanto perdurem seus
contratos; e
contribuir para o seu desenvolvimento
profissional e pessoal, visando sua
melhor inserção no mercado de
trabalho, bem como promover sua
inclusão na sociedade.

6.7 Com Fornecedores e Prestadores de Serviço


A empresa exige o cumprimento da legislação vigente, bem como estimula seus
fornecedores e prestadores de serviço a respeitarem os princípios e as normas deste
Código e a promoverem ações de responsabilidade socioambiental. Sendo assim, a
relação com fornecedores e prestadores de serviço deve:

pautar-se pelo profissionalismo, pela transparência, objetividade, clareza das


informações e pelas especificações técnicas;
orientar-se pelo respeito incondicional e irrestrito às leis, regulamentos e normas
aplicáveis;
contribuir com a preservação da imagem da empresa e gerar parcerias concretas
para a busca de soluções comuns;
realizar acompanhamento sistemático a fim de verificar a não utilização de trabalho
escravo, infantil, degradante, forçado, compulsório ou o descumprimento da
legislação ambiental, cobrando práticas seguras no desenvolvimento das
atividades; e
selecionar e contratar fornecedores e prestadores de serviço baseando-se em
critérios legais e técnicos de qualidade, custo e pontualidade, e exigir um perfil ético
em suas práticas de gestão, de responsabilidade social e ambiental, recusando
práticas de concorrência desleal, trabalho infantil, trabalho forçado ou compulsório,
e outras práticas contrárias aos princípios deste Código, inclusive na cadeia
produtiva de tais fornecedores.
7. Gestão e resultados econômicos
8. Responsabilidade social e meio
ambiente

8.1 Saúde, segurança e meio ambiente


As atividades que norteiam as operações portuárias devem estar compatibilizadas com
a conservação do meio ambiente. Assim, o Porto de São Francisco do Sul vem
acompanhando, implantando e fiscalizando a sua gestão ambiental, na busca
continuada de dotar o ambiente portuário de condições objetivas para aprimorar a
qualidade dos serviços prestados sob a ótica do meio ambiente, de saúde e segurança
do trabalho.

Este trabalho continuado tem trazido bons resultados sólidos, conforme pode ser
observado no crescimento do Índice de Desempenho Ambiental-IDA, avaliado pela
Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ:

Índice de Desempenho Ambiental-IDA, ANTAQ.


Atualmente, o Porto de São Francisco do Sul está entre os cinco portos públicos
nacionais com melhor índice de eficiência e eficácia em relação às boas práticas
ambientais, conforme tabela divulgada pela ANTAQ, referente ao ano de 2021. Salienta-
se que essa foi a última avaliação realizada pela referida agência até a presente data.
8.1.1. Licença de Operação – LO Nº 548/ 2006 2ª
Retificação (2ª Renovação)
Para atender às condicionantes de validade da Licença de Operação Nº 548/2006 – 2ª
Retificação (2ª Renovação), é necessário o cumprimento de uma série de demandas
pertinentes ao licenciamento ambiental do Porto de São Francisco do Sul.

Assim, um conjunto de aspectos ambientais são monitorados continuamente por


programas e subprogramas, oferecendo segurança, saúde e equilíbrio ambiental para a
área de abrangência da operação portuária. A execução destas ações consideram
padrões e técnicas consagradas e são desenvolvidas avaliando os principais meios de
influência da operação do Porto de São Francisco do Sul, dentre os quais, os principais
são citados abaixo:

8.1.2. Programa de Gestão Ambiental


O Programa de Gestão Ambiental possui caráter permanente e tem como ações
coordenar, avaliar, organizar, planejar e propor medidas preventivas e mitigadoras, em
relação ao meio ambiente portuário e executar as atividades inerentes à gestão
ambiental.

A gestão ambiental do Porto de São Francisco do Sul não se limita à sua área primária,
mas antes, abrange toda a área da Baía da Babitonga onde são executados os estudos
e programas ambientais de natureza biológica, física, química e ainda abrange
aspectos sociais nas comunidades do Município de São Francisco do Sul e municípios
limítrofes.

Área de influência das condicionantes da Licença de Operação Nº 548/2006 –


2ª Renovação (2ª Retificação).
8.1.2.1 Subprograma de Supervisão Ambiental
Esse programa busca gerenciar os aspectos ambientais da operação do
empreendimento, assim como suas implicações, para atender aos anseios da opinião
pública e às exigências da legislação, prevenindo e mitigando os impactos ambientais
em sua área de influência. Além disso, busca aumentar a eficiência do plano de ação e
adoção dos controles ambientais, bem como dos aspectos monitorados.

Área de Estudo para o Programa de Gestão Ambiental.

8.1.3. Programa de Monitoramento das


Águas
Dentro das condicionantes da Licença de Operação do Porto de São Francisco do Sul
está incluída a execução do Programa de Monitoramento das Águas. O Programa é
composto pelo Subprograma de Monitoramento da Qualidade das Águas e os
Subprogramas de Monitoramento da biota aquática (Comunidade Fitoplanctônica,
Zooplanctônica, Ictioplanctônica, Ictiofauna e Carcinofauna).
8.1.3.1. Subprograma de Monitoramento da Qualidade das
Águas

Este programa tem por objetivo


avaliar a qualidade da água da área
de influência da operação do Porto
de São Francisco Sul, bem como das
eventuais dragagens de
manutenção do canal de acesso
aquaviário, verificando a potencial
alteração dos padrões de
concentrações dos diversos
elementos químicos presentes na
água da baía, região costeira
adjacente e bota-fora.

Sonda multiparâmetros Horiba U-50.

8.1.3.2. Subprograma de Monitoramento da Biota Aquática


O Subprograma de Monitoramento da Biota Aquática está inserido dentro do Programa
de Monitoramento das Águas, tendo em vista a complexa relação entre os fatores de
qualidade da água e o comportamento dos organismos aquáticos.Desta forma, este
subprograma tem por objetivo avaliar aspectos biológicos como padrão de ocorrência e
distribuição, bem como aspectos populacionais, dos diversos grupos da biota aquática
na área de influência da operação do Porto de São Francisco do Sul sendo, para isso,
caracterizadas as comunidades:

Fitoplanctônica;
Zooplanctônica;
Ictioplanctônica;
Ictiofauna; e,
Carcinofauna.

Rede cônica com malha de 20 μm.


8.1.4. Programa de Monitoramento dos
Sedimentos
É composto pelo Subprograma de Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos,
Subprograma de Monitoramento da Ecotoxicidade e Subprograma de Monitoramento
da Macrofauna Bentônica de Substratos Inconsolidados.

8.1.4.1. Subprograma de Monitoramento da Qualidade dos


Sedimentos
Considerando a capacidade dos sedimentos em reter contaminantes dispersos na
coluna d’água, oriundos de qualquer evento de poluição ambiental ou de condições
naturais especiais, torna-se de extrema importância o monitoramento contínuo da
qualidade sedimentar na área de influência da operação do Porto de São Francisco do
Sul, bota-fora, e região costeira adjacente.

Monitoramento da qualidade dos sedimentos.


8.1.4.2. Subprograma de Monitoramento de Ecotoxicidade do
Sedimento

Tem por objetivo descrever e discutir


os dados obtidos nas campanhas
realizadas para o monitoramento
ecotoxicológico do sedimento,
observando possíveis efeitos adversos
à biota local através da realização de
testes de toxicidade na área de
influência do Porto de São Francisco
do Sul.

Sonda multiparâmetros Horiba W-22.

8.1.4.3. Subprograma de Monitoramento da Macrofauna


Bentônica de substratos Inconsolidados

Esse subprograma tem como objetivo


caracterizar a comunidade bentônica de
substrato inconsolidado presente nas áreas
de influência do Porto de São Francisco do Sul,
visto que atividades de operação de portos,
bem como as obras de dragagem de
manutenção e, por vezes de aprofundamento,
podem ocasionar diversos impactos a essa
macrofauna.

Processo de triagem da macrofauna em


microscópio estereoscópico.

Organismos que apresentaram maior contribuição para similaridade entre as


campanhas. A) Amphipoda, B) Copepoda e C) Spionidae. Fonte: Laboratório de Bentos
da Acquaplan.
8.1.5. Programa de Monitoramento da Macrofauna
Bentônica de Substratos Consolidados

Com o intuito de verificar e dimensionar


eventuais alterações ambientais,
identificar possíveis espécies exóticas ou
invasoras e analisar as variações dos
padrões espaço-temporais da
comunidade, o presente programa tem
como objetivo caracterizar a estrutura da
comunidade bentônica de fundo
consolidado da área de influência do Porto
de São Francisco do Sul.

Placa de recrutamento após a coleta.

8.1.6. Programa Monitoramento dos Meros


Diante da relevância biológica da manutenção das populações de Epinephelus itajara
(mero) e das evidências de que a espécie utiliza a região da baía da Babitonga durante
etapas do seu ciclo de vida, o objetivo do presente programa é monitorar a ocorrência
da população de mero na área de influência das atividades operacionais do Porto de
São Francisco do Sul, através da metodologia de censo visual por mergulho autônomo.
8.1.7. Programa de Monitoramento de Cetáceos e
Quelônios
O Programa é composto pelo Subprograma de Monitoramento da Ocorrência de
Cetáceos e Quelônios e Subprograma de Monitoramento do Ruído Subaquático.

8.1.7.1 Subprograma de Monitoramento da ocorrência de


Cetáceos e Quelônios

Pelo estuário da Baía da Babitonga abrigar


populações residentes de pequenos
cetáceos: a toninha (Pontoporia blainvillei)
e o boto-cinza (Sotalia guianensis), bem
como das ocorrências ocasionais de
quelônios; faz-se de extrema importância a
realização de atividades de monitoramento
destes grupos na área de influência do
Porto de São Francisco do Sul, com o
objetivo de identificar alterações de
comportramento destes animais
decorrentes da atividade portuária e
tráfego de embarcações.

8.1.7.2 Subprograma de Monitoramento de Ruído Subaquático

O Subprograma de Monitoramento do
Ruído Subaquático tem como objetivo
verificar se os ruídos gerados pela
atividade portuária estão acima ou não
dos níveis de ruído de fundo, ou se tem
potencial para alterar o comportamento
ou a distribuição da fauna aquática,
especialmente, dos pequenos cetáceos.

Amostragem de Ruídos Subaquáticos na


baía da Babitonga.
8.1.8. Programa de Monitoramento de Biocumulação

Esse programa visa realizar a caracterização da área de influência do Porto de São


Francisco do Sul, tendo em vista as possíveis alterações ambientais decorrentes da
ressuspensão de sedimentos ao longo dos ciclos de dragagem, portanto foram
executadas campanhas amostrais ao longo do ano de 2017, 2018, 2019 e 2021.

8.1.9. Programa de Monitoramento da Água de Lastro

A navegação entre portos tem sido reconhecida como um dos principais mecanismo de
introdução de espécies exóticas desde seus primórdios. Organismos incrustantes são
transportados nos cascos das embarcações por longas distâncias, assim como através
da água utilizado para lastreamento das embarcações, o que potencializa os
mecanismos de dispersão das espécies globalmente.

Portanto, o Programa de Monitoramento da Água de Lastro tem como objetivo analisar o


risco de introdução de espécies invasoras pela água de lastro dos navios.
8.1.9.3. Subprograma de Monitoramento Biológico da Água de
Lastro

O presente monitoramento tem como objetivo realizar uma análise sobre os


procedimentos de lastro e deslastro realizados por navios que atracam no Porto de São
Francisco do Sul (SC) para, assim, verificar quali-quantitativamente a biota aquática
(fito e zooplâcton) presentes na água de lastro dos navios.

Navio em operação de deslastro.

8.1.10. Programa de Monitoramento da Qualidade do Pescado

O Programa de Qualidade do Pescado visa


acompanhar a qualidade dos pescados
coletados nas áreas de influência do Porto
de São Francisco do Sul, incluindo a área de
descarte, monitorando a bioacumulação de
metais, HPAs e organoclorado em
exemplares de peixes consumidos pela
população, visando realizar a verificação e
avaliação dos possíveis impactos
decorrentes da sua operação.
8.1.11. Programa de Gestão de Resíduos
O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS tem como objetivo sugerir
adoção e/ou readequação dos procedimentos e práticas, visando à melhoria da gestão
de resíduos do Porto de São Francisco do Sul.

8.1.11.1 Subprograma de Gerenciamento de Resíduos Sólidos


O presente subprograma tem como objetivo apresentar as ações tomadas quanto ao
gerenciamento dos resíduos sólidos no Porto de São Francisco do Sul. Cabe destacar
que o gerenciamento compreende as fontes geradoras dos resíduos até a destinação
final dos mesmos. Pelo princípio da corresponsabilidade, o empreendedor é o
responsável pelo seu resíduo desde a geração até o destino final.

8.1.11.2 Subprograma de Supervisão do


Gerenciamento de Resíduos Sólidos
A Supervisão do Gerenciamento de Resíduos Sólidos – SGRS é realizada de acordo com
os princípios estratégicos do desenvolvimento sustentável, englobando diversas ações
referentes à coleta, ao tratamento e à disposição final dos resíduos sólidos, objetivando
a redução do consumo e da obsolescência programada.

Portanto este subprograma auxilia na verificação da correta destinação dos resíduos,


além de propor ações de melhoria contínua, permitindo que o reaproveitamento dos
resíduos sólidos gerados nos processos produtivos seja cada vez maior e,
consequentemente, os impactos ambientais sejam minimizados.
8.1.12. Programa de Gerenciamento de Efluentes
Líquidos

Este programa de monitoramento tem


como objetivo avaliar a qualidade das
águas de escoamento superficial
coletadas por redes de drenagem
pluvial localizadas na área do Porto de
São Francisco do Sul, prevenindo a
possibilidade de ocasionar alterações
nas águas da baía da Babitonga.

8.1.13. Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar


O Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar é executado com o objetivo de se
avaliar a influência da operação portuária sobre a qualidade atmosférica em sua área
de entorno. Este programa é composto por dois subprogramas:

Subprograma de Monitoramento da
Concentração de Fumaça Preta, baseado no
disposto pelas Resolução CONTRAM Nº 510/77,
Portaria MINTER Nº 100/80 e Portaria IBAMA
85/1996; e,

Subprograma de Monitoramento da
Concentração de Partículas Totais em
Suspensão, fundamentado nas disposições da
Resolução CONAMA Nº 491/2018.

Monitoramento de fontes móveis


utilizando a Escala de Ringelmann.
8.1.13. Programa de Comunicação Social
O Programa de Comunicação Social objetiva informar a população das áreas de
influência do empreendimento – priorizando os grupos sociais afetados – acerca dos
impactos ambientais e repercussões no cotidiano da sociedade local, durante as
diferentes etapas de licenciamento ambiental, do cumprimento das condicionantes das
licenças, da execução e acompanhamento dos programas ambientais, do andamento
da operação do empreendimento em licenciamento.

8.1.14. Programa de Educação Ambiental


No contexto do licenciamento ambiental, o processo educativo objetiva viabilizar aos
grupos sociais diretamente afetados pelo Porto de São Francisco do Sul, informações
contextualizando o meio socioambiental no qual estão inseridos, instruindo-os para que
possam melhor avaliar e compreender os potenciais impactos ambientais, as ações
preventivas e mitigadoras propostas, bem como os programas de monitoramento a
serem desenvolvidos, e ainda, a necessidade de participarem dos processos decisórios
acerca do uso dos recursos naturais da região.

Dentre os projetos em andamento apoiados pelo Porto de São Francisco do Sul


destacam-se:

Projeto SOS Oceanos;


Projeto Arte e Descarte; e,
Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores.

8.1.14.1. Projeto SOS Oceanos


O Projeto SOS Oceanos tem por objetivo sensibilizar os pescadores para a temática dos
resíduos sólidos, e incentivá-los a retirar lixo do oceano, praias e manguezais para a
destinação correta.

A proposta do Projeto SOS Oceanos foi aprimorada em discussão interna com a equipe
de meio ambiente da SCPar Porto de São Francisco do Sul e se encontra em pleno
andamento com o apoio dos pescadores da região.
Plataforma de madeira e big bags para recolher as redes de pesca e placas sinalizando
o local apropriado para o descarte das redes de pesca.

Atividades realizadas durante a safra da tainha 2021. A) Segregação correta


dos resíduos na barraca de pesca. B) Pescadores na praia. C) Entrega de
cesta de alimentos. D) Coleta de resíduo na praia. E) Entrega de alimentos.
8.1.14.2. Projeto Arte e Descarte

O projeto está sendo realizado


em parceira com o Programa
de Educação Ambiental da
SCPar Porto de São Francisco
do Sul, iniciativa que conta
com a experiência das
artesãs da Associação Arte
Babitonga em produzir
artesanato a partir de
uniformes fora do padrão de
uso e considerados resíduos
não contaminados.

O objetivo do projeto é
implantar a iniciativa em São
Francisco do Sul, por meio do
estabelecimento de um
atelier para receber e
transformar os uniformes
usados e doados pelos
servidores do porto e
empresas da cidade, em
artigos comercializáveis, bem
como capacitar a mão de
obra local para o uso da
matéria-prima (resíduos
têxteis) descartada.
8.1.14.3. Programa de Educação Ambiental para os
Trabalhadores

As ações estabelecidas para compor o PEAT procuram atender às


diretrizes estabelecidas na Lei Nº 9.795 de 1999 – Política Nacional de
Educação Ambiental e a Resolução CONAMA N° 422/2010.

A proposta do programa foi elaborada internamente com equipe de Meio


Ambiente da SCPar Porto de São Francisco do Sul, planejada para atender
as solicitações internas de gerenciamento dos resíduos sólidos do
ambiente portuário. O PEAT encontra-se em andamento com excelentes
resultados e avanços e também com reflexos positivos no Programa de
Gestão de Resíduos Sólidos.

Palestra sobre a segregação dos resíduos realizada com os operadores portuários.


8.1.15. Programa de Remoção da Comunidade Bela
Vista
O projeto de expansão da área portuária realizado à época da solicitação deste
programa, com a validação das informações levantadas pelo diagnóstico, o Porto de
São Francisco do Sul possui dados atualizados sobre a localidade, que possibilitam
entender as interações da comunidade com o espaço, as formas de renda e moradia
daquela população, assim como permite evidenciar as relações de expansão da
comunidade no local.

Portanto, o Programa de Remoção da Comunidade Bela Vista teve como objetivo


apresentar o Diagnóstico Socioeconômico e Socioambiental da Comunidade Bela Vista
Município de São Francisco do Sul – SC.

Reunião com representantes da comunidade Bela Vista para validação do diagnóstico


socioambiental.
8.1.16. Programa de Gerenciamento de Ruídos

O Programa de Monitoramento do Ruído é realizado com o


objetivo de avaliar, através de análises periódicas e
sistêmicas, se os processos operacionais do Porto de São
Francisco do Sul podem estar interferindo no conforto
acústico das áreas de entorno. Assim, propor medidas para
prevenção e mitigação destes impactos.

Medidor integrador de nível sonoro ou sistema e medição


de nível de pressão sonora (sonômetro).socioambiental.

8.1.17. Programa de Dragagens

8.1.17.1 Subprograma de Supervisão Ambiental de Dragagens

Este procedimento teve por intuito


acompanhar e relatar o
desenvolvimento das atividades
de dragagem, possibilitando a
verificação de qualquer possível
conflito de uso do espaço
aquático, bem como de situações
que gerassem risco ao meio
ambiente e fauna associada.

Imagem da Draga Hopper Lelystad operando, embarcação responsável pela obra de


dragagem de manutenção no sistema aquaviário do SCPar Porto de São Francisco do Sul.
8.1.17. Programa de Monitoramento de Pesca
Artesanal
Este monitoramento tem como objetivo gerar informação e dados estatísticos sobre a
atividade pesqueira nos municípios que integram a baía da Babitonga, e analisar os
possíveis efeitos que o Porto de São Francisco do Sul possa causar sobre a pesca
artesanal local, tanto na sua operação como em eventuais dragagens de manutenção.
A necessidade de um programa de pesquisa que gere dados confiáveis e atuais para o
gerenciamento desta atividade pesqueira a nível local, justifica-se pela escassez de
dados oficiais e de estudos científicos para a pesca artesanal na região.

O presente “Programa de Monitoramento da Pesca Artesanal”, realizado a partir das


pescarias desenvolvidas no interior da baía da Babitonga, é executado no intuito de
acompanhar pescarias individuais, possibilitando que sejam registrados dados diários
da atividade junto aos pescadores que contribuem para o esforço de pesca,
identificação de áreas de pesca, produção pesqueira por petrecho de pesca, destino da
produção pesqueira e renda.

Exemplos de pescadores artesanais que contribuíram mensalmente com os


mapas de bordo, no Monitoramento da Pesca Artesanal na baía da Babitonga.
8.1.10. Eficiência Energética e Consumo de Água
A eficiência energética é uma das preocupações da SCPar Porto de São Francisco do Sul.
Dentro das exigências de iluminação mínima de 50 lux, o porto desenvolveu projeto e
implantou sistema de energia e iluminação na área operacional, instalando luminárias
de alta potência em LED, conforme exigência constante da NR 29 para adequação das
áreas portuárias às operações noturnas. A implantação do sistema em LED possibilitou o
atendimento às exigências da legislação, permitindo luminosidade adequada e mais
econômica, visto que as características das luminárias permitem padrões de eficiência
e baixo consumo.

Sistema de iluminação da área operacional com luminárias de alto rendimento LED.

Seguindo a mesma lógica, o consumo de água e energia nas áreas administrativas


estão sendo adaptados, a partir da implantação de sistema de sensores de presença
para a iluminação das salas, bem como aquisição de torneiras com temporizadores que
permitem o controle do fluxo de água, evitando desperdícios.
8.1.11. Plano de Área da Baía Babitonga - PABB

O Plano busca definir e documentar


medidas e ações referentes ao complexo
portuário, com o objetivo de integrar os
Planos de Emergências Individuais (PEI´s)
das instalações inseridas na área de
abrangência do plano. O plano busca
prever ações de preparação, prevenção
e resposta à incidentes; bem como
preservar a integridade física e a saúde
humana, prevenir e minimizar os
impactos ambientais e eventuais danos
aos patrimônios público e privado,
quando expostos às situações
emergenciais, atuando seus membros de
forma complementar com fornecimento
de recursos humanos e materiais.

O PABB é composto pelos seguintes


integrantes:
SCPAR - Porto de São Francisco do
Sul.
TESC - Terminal Santa Catarina.
Itapoá Terminais Portuários.
TEFRAN - Terminal de São Francisco
do Sul.
OSPAR - Oleoduto Santa
Catarina/Paraná.
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis-
IBAMA.
Delegacia da Capitania dos Portos.
8.1.12. Plano de Ajuda Mútua
O Plano de Ajuda Mútua –
PAM, tem o objetivo de
atender a emergências do
Complexo Portuário de São
Francisco do Sul, mediante a
utilização de recursos
humanos e materiais de
cada empresa ou ente
público integrante, colocados
à disposição do plano, sob a
coordenação da Comissão
de Gerenciamento.

Dentre as situações de emergência que podem ocorrer no Complexo Portuário,


destacam-se os seguintes cenários:
Incêndio ou explosão;
Vazamento de produtos perigosos;
Queda de homem ao mar;
Condições adversas de tempo que afetem a segurança das operações portuárias;
Socorro a acidentados; e,
Poluição ou acidente ambiental.
O Plano de Ajuda Mútua - PAM é composto pelas seguintes empresas e entes públicos:
Autoridade Portuária
OGMO – Órgão Gestor Mão de Obra do Trabalho Portuário de São Francisco do Sul;
Empresas que exercem atividades portuárias/aduaneiras no complexo portuário;
Empresas que operam armazenamento, comercialização e movimentação de
cargas
em geral;
Terminais – granéis sólidos e líquidos;
Empresas prestadoras de serviço e logística no complexo portuário;
Operadores portuários do Porto de São Francisco do Sul;
Prestação de serviços públicos e voluntários - Corpo de Bombeiros Voluntários;
Polícia Militar;
Defesa Civil.
8.1.13. Plano de Ajuda Mútua-PAM

Com o objetivo de manter informados e treinados os vários operadores, terminais,


unidades armazenadoras e demais atores atuantes na área portuária e seu entorno, o
PAM busca rotineiramente se reunir e discutir as questões de segurança e conhecer a
capacidade de resposta dos seus participantes. Simulados de mesa e simulados
práticos foram desenvolvidos ao longo do ano de 2021, e buscaram cobrir os cenários de
acidentes previstos no PAM, bem como capacitar seus participantes no atendimento a
eventuais emergências.

Os cenários previstos incluem explosão, incêndio, atendimento a vítimas de acidentes e


incluem ações de combate às chamas e atendimento aos feridos bem como o uso
correto de material e equipamentos de segurança, EPI´s e EPC´s adequados ao
atendimento oferecido em simulados, bem como medidas de comunicação adequadas
ao correto atendimento do evento.

8.1.14. Plano de Controle de Emergência - PCE

O Plano de Controle de Emergência é balizado pela Norma Regulamentadora NR-29,


tendo como premissas o controle e a eficácia no tratamento de eventos que desviem
dos procedimentos operacionais do Porto, de forma a propiciar as condições
necessárias para o pronto atendimento às emergências e para a mitigação dos danos e
visando à rápida retomada das operações.

Para atender ao PCE, durante o ano de 2021 o Porto de São Francisco do Sul planejou e
desenvolveu simulados práticos e de mesa, com o objetivo de manter atualizados os
treinamentos quanto aos cenários previstos no PCE:
8.1.15. Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes - CIPA
A Comissão Interna de Prevenção de Acidente, implementou nova eleição no ano de
2021, incorporando trabalhadores atuantes no Terminal Graneleiro. As reuniões da CIPA
possuem regularidade e a cultura da segurança tem sido incorporada, cada vez mais,
ao cotidiano operacional das atividades desenvolvidas no Porto de São Francisco do Sul.

8.1.16. SIPATP Integrada – Semana Interna de


Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário
A SIPATP Integrada ocorre anualmente em parceria com empresas do setor portuário,
promovendo capacitação e treinamento sobre saúde, meio ambiente e segurança do
trabalho para os colaborados envolvidos nas rotinas da operação e logística portuária.

Em 2021 a SIPATP foi realizada virtualmente, considerando a ocorrência da pandemia do


novo coronavírus. O evento teve boa adesão por parte dos colaboradores, o que pôde
ser observado pelo número de visualizações às palestras e repercussão sobre o
conteúdo programático e contaram com as seguintes palestras:

Programas Ambientais do Porto de São Francisco do Sul (Giseli Aguiar de Oliveira


Fernandes)
Sistema de Gestão Integrada (Karina de Souza)
Cuidando das emoções e tempo de pandemia (Carol Farina)
Comportamento Seguro na Operação de Carga (Fernando Bade)
Álcool, Tabaco e outras drogas não tão legais (Escola Multiverso)
Ansiedade (Carol Farina)
NR-12 A importância da segurança em máquinas e equipamentos (Valmir Vinchi)
DST (Escola Multiverso)
Distração Involuntária (Raphael Lima)
Somos o que Fazemos (Rosane Bonessi)
Saúde Emocional (Gilialdo Barreto)
8.1.17. Testes COVID-19
O Porto de São Francisco do Sul desde o início da pandemia formou o Comitê de Crise
Covid-19, responsável pelo acompanhamento dos casos, conscientização das medidas
de prevenção, e forneceu máscaras descartáveis, instalou dispensers com álcool gel
pela área operacional e administrativa. Além disso, contratou empresa de sanitização
para sanitizar salas e ambientes de uso comum.

Tal ação, iniciada em 2020, se manteve ao longo de todo o ano de 2021, oferecendo
periodicamente testes rápidos nos colaboradores para análise e diagnóstico do COVID-
19. No caso de resultado positivo, o colaborador é afastado e o laboratório coleta em sua
residência os testes chamados RT-PCR, para confirmar o resultado do teste rápido.
Glossário
Aspecto: “O termo é usado nas Diretrizes para se referir à lista de tópicos que elas
abordam.” (GRI, 2015, p. 248).

Aspectos materiais: “Aspectos materiais são aqueles que refletem os impactos


econômicos, ambientais e sociais significativos da organização ou influenciam
substancialmente as avaliações e decisões de stakeholders.
Para determinar se um Aspecto é relevante, são necessárias análises qualitativas e
quantitativas e discussões.” (GRI, 2015, p. 248).
As Diretrizes organizam os conteúdos padrão específicos do relatório em três Categorias
- Econômica, Ambiental e Social.
A Categoria Social divide-se em quatro subcategorias, a saber, Práticas Trabalhistas e
Trabalho Decente, Direitos Humanos, Sociedade e Responsabilidade pelo Produto. (GRI,
2015, p. 63).

Materialidade: “A materialidade é o limiar a partir do qual os Aspectos tornam-se


suficientemente expressivos para serem relatados”. (GRI, 2015, p.
11).
Matriz de Materialidade: é um gráfico que demonstra a importância dos principais
tópicos de interesse da empresa sob a perspectiva de diferentes stakeholders, incluindo
público interno e externo.

Referências
GRI. Global Reporting Initiative. G4 – Diretrizes para relato de sustentabilidade: Manual de
implementação. 2015. Disponível em: <
https://www.globalreporting.org/resourcelibrary/Brazilian-Portuguese-G4-
Part-Two.pdf >. Acesso em 21 ago. 2017.

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