Paraíba
Paraíba
Paraíba
(figura 2)
História
Antes da chegada dos europeus ao Brasil, o território que hoje é o estado da
Paraíba abrigava inúmeras tribos indígenas. Entre o litoral e o Planalto da Borborema,
o principal grupo indígena eram os Potiguara (parte do grupo Tupi maior ), que viviam
ao longo do rio Paraíba do Norte . Os grupos Kiriri e Ariús , por sua vez, viviam mais a
oeste, ocupando a região entre o Planalto da Borborema e o sertão.
Colonização e conquista
Invasão holandesa
Expansão
(figura 5) atual João Pessoa , em 1638, por Frans Post
Revolta
Hino da Paraíba
O Hino do Estado da Paraíba foi escrito por Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo e
musicado por Abdon Felinto Milanês. Apresentado pela 1ª vez no dia 30 de
junho de 1905. Foi oficializado somente no ano de 1979.
Letra
Salve, berço do heroísmo,
Paraíba, terra amada,
Via-láctea do civismo
Sob o céu do amor traçada!
No famoso diadema
Que da Pátria a fronte aclara
Pode haver mais ampla gema:
Não há pérola mais rara!
Quando repelindo o assalto
Do estrangeiro, combatias,
Teu valor brilhou tão alto
Que uma estrela parecias!
Nesse embate destemido
Teu denodo foi modelo:
Qual rubi rubro incendido
Flamejaste em Cabedelo!
Depois, quando o Sul, instante,
Clamou por teu braço forte,
O teu gládio lampejante
Foi o diamante do Norte!
Quando o brado dos escravos,
Fez acho em teu peito santo,
Raiou a esperança aos bravos,
Na esmeralda do teu manto.
Quando, enfim, a madrugada
De novembro nos deslumbra,
Como um sol a tua espada
Dardeja e espanca a penumbra!
De cada nação generosa,
De que deste o são exemplo,
Arde a lâmpada formosa,
Da república do templo.
Hoje um canto peregrino,
Podes erguer de ufania,
Podes chefiar num hino,
Teu colar de pedrarias.
Temos dos filhos que desvelas,
No peito couraça altiva.
E no seio das donzelas,
Gorgeios de patativa…
Tens um passado de glória,
Tens um presente sem jaça:
Do porvir canta a vitória
E, ao teu gesto a luz se faça!
Salve, berço do heroísmo,
Paraíba, terra amada,
Via-láctea do civismo
Sob o céu do amor traçada!
João Pessoa – PB
Bandeira
A palavra nego na bandeira do estado significa “nego” ou “recuso” em português ,
referindo-se aos acontecimentos que levaram à Revolução Brasileira de 1930 .
Devido à Política do Café com Leite no Brasil, o presidente do país sempre alternava
entre alguém do estado de Minas Gerais e alguém do estado de São Paulo . Em 1929,
o atual presidente paulista, Washington Luís , deveria apoiar um político mineiro como
próximo presidente, mas em vez disso decidiu nomear pela segunda vez consecutiva
alguém paulista, Júlio Prestes . O governador do estado da Paraíba, João Pessoa
Cavalcânti de Albuquerque , recusou-se a apoiar a nomeação de Júlio Prestes, e em
1930, Pessoa aderiu à aliança para a derrubada do governo federal. A revolução
conseguiu derrubar a República Velha e instalar Getúlio Vargas - que não era mineiro
nem paulista - como presidente do Brasil, porém João Pessoa foi assassinado; ainda
há debate se o motivo por trás de seu assassinato foi pessoal, político ou ambos. Após
esses acontecimentos, a palavra nego foi acrescentada à bandeira da Paraíba.
Segundo o site oficial do governo do estado da Paraíba, a cor vermelha representa o
sangue de João Pessoa após seu assassinato, enquanto a cor preta representa o luto.
(Figura 8)
Religião
Religião na Paraíba (2010)
Catolicismo (77%)
Protestantismo (15,1%)
Espiritismo (0,6%)
Outros (1,6%)
Sem religião (5,7%)
Saúde
Em 2009, existiam, no estado, 2 622 estabelecimentos hospitalares, com 8 149
leitos. Dos estabelecimentos hospitalares, 1 825 eram públicos, sendo 1 762 de
caráter municipal, 57 de caráter estadual e apenas seis de caráter federal. 797
estabelecimentos eram privados, sendo 734 com fins lucrativos e 63 sem fins
lucrativos. 79 unidades de saúde eram
De acordo com uma pesquisa realizada pela Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios em 2008, 72,5% da população paraibana avaliou sua saúde como boa
ou muito boa, 65,2% afirmaram ter realizado consulta médica nos últimos doze meses
anteriores à data da entrevista, 41,3% dos habitantes consultaram o dentista no
mesmo período e 7,2% da população esteve internado em leito hospitalar. 29,5% dos
habitantes declararam ter alguma doença crônica e apenas 12,2% dos residentes
tinham cobertura de plano de saúde. No mesmo ano, 83,7% dos domicílios
particulares permanentes estavam cadastrados no programa Unidade de Saúde
Familiar
De acordo com a mesma pesquisa, na questão de saúde feminina, 24,4% das
mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas nos últimos doze
meses, 27,8% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram exame de mamografia nos
últimos dois anos e 65,3% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo
para câncer do colo do útero nos últimos três anos.
A expectativa de vida dos paraibanos subiu para 74,1 anos em 2020.
(figuras 9 e 10)
Geografia
Relevo e solos
O relevo da Paraíba varia desde planícies no litoral a depressões no sertão. No
litoral há a planície litorânea e, no restante da zona da mata, os tabuleiros, formados a
partir de acúmulos de terras que descem de localidades mais altas. No agreste, o
relevo é formado por depressões situadas entre os tabuleiros e o Planalto da
Borborema, com altitudes entre trezentos e oitocentos metros. Por último, no sertão,
há a Depressão Sertaneja, a partir da Serra da Viração.
Mais da metade do território paraibano é dominado por rochas muito antigas e
resistentes formadas durante o período Pré-Cambriano, há mais de 2,5 bilhões de
anos. Desse período também se formaram alguns sítios arqueológicos do estado,
como a Pedra do Ingá. Na Serra do Teixeira está localizado o Pico do Jabre, o ponto
culminante da Paraíba com uma altitude de 1 208 metros acima do nível do
mar. Outros pontos acima dos 1 000 m são as serras da Paula (1 147 m), Tabaquino
(1 120 m), Pesa (1 084 m) e Cariris Velho (1 070 m).
Existem dezesseis classes de solo na Paraíba, sendo as principais os solos
litólicos e os bruno não cálcicos, que constituem 39,11% e 25,95% da superfície
estadual, respectivamente, seguido pelos solos podzólicos vermelho amarelo
eutróficos (14,36%).Na nova classificação os solos litólicos são chamados
de neossolos e os demais os luvissolos. As demais classes são: regossolo (4,77%),
solonetz solodizado (3,98%), vertissolo (3,39%), solos aluviais (3,38%), areia quatzosa
(1,17%), planossolo (0,86%); cambissolo (0,84%), latossolo (0,6%), terra roxa
estruturada (0,54%), podzol hidromórfico (0,49%), solo indiscriminado de mangue
(0,26%), afloramento de rocha (0,26%) e gleissolo (0,04%)
Hidrografia
(figura 11) Curso do Rio Paraíba em Cabedelo, próximo à sua foz no Oceano Atlântico
(figura 12) Píer do Açude São Gonçalo em Sousa, que possui capacidade para represar
40 582 277 m³ de água
Clima
(figura 13) Mapa climático de Köppen da Paraíba
Vegetação
Demografia
(FIGURA 15) Grupos étnicos na Paraíba em 2010
Economia
A economia da Paraíba é a décima nona mais rica do país e a sexta da região
Nordeste (ficando atrás de Bahia, de Pernambuco, do Ceará, do Maranhão e do Rio
Grande do Norte, e à frente de Alagoas, Sergipe e Piauí). De acordo com dados
relativos a 2014, o Produto Interno Bruto da Paraíba era de R$ 155 143 milhões e o
PIB per capita de R$ 16 722,05. As maiores economias da Paraíba são João Pessoa,
Campina Grande, Cabedelo, Santa Rita e Patos.
Em 2010, considerando-se a população municipal com idade igual ou superior
a dezoito anos, 59,3% eram economicamente ativas ocupadas, 32,2%
economicamente inativa e 8,5% ativa desocupada. Ainda no mesmo ano, levando-se
em conta população ativa ocupada a mesma faixa etária, 40,30% trabalhavam no
setor de serviços, 23,38% na agropecuária, 15,55% no comércio, 7,96% em indústrias
de transformação, 7,09% na construção civil e 1,15% na utilidade pública.
No final do século XVI, quando começou a ocupação do território paraibano, a
economia da Paraíba era centralizada no setor primário (agropecuária), principalmente
no cultivo de cana-de-açúcar.[136] Segundo o IBGE, a Paraíba possuía, em 2015, um
rebanho de 10 647 748 galináceos, 1 170 803 bovinos, 566 576 caprinos, 501 362
ovinos, 312 409 codornas, 174 533 suínos, 52 683 equinos e 913 bubalinos.[137] No
mesmo ano, o estado produziu, na lavoura temporária, cana-de-
açúcar (6 801 981 t), abacaxi (290 772 mil frutos), mandioca (131 073 t), batata-
doce (30 192 t), tomate (13 045 t), milho (10 934 t), feijão (7 019 t), melancia (4 292 t),
cebola (2 256 t), fava (1 439 t), batata-inglesa (473 t), arroz (360 t), amendoim (252 t),
algodão herbáceo (228 t) e alho (10 t). Já na lavoura
permanente: banana (134 606 t), coco-da-baía (36 385 t), mamão (30 810 t), tangerina
(15 304 t), manga (11 306 t), maracujá (8 287 t), laranja (5 424 t), sisal (5 035 t), uva (2
196 t), goiaba (2 023 t), limão (1 882 t), castanha de
caju (960 t), abacate (624 t), urucum (395 t) e pimenta-do-reino (58 t). Em 2011, os
municípios que possuíam o maior produto interno bruto agropecuário do estado eram,
em ordem decrescente, Pedras de Fogo, Santa Rita, Itapororoca e Araçagi
A Paraíba tinha em 2018 um PIB industrial de R$ 8,8 bilhões, equivalente a
0,7% da indústria nacional e empregando 109.825 trabalhadores na indústria. Os
principais setores industriais são: Construção (32,1%), Serviços Industriais de
Utilidade Pública, como Energia Elétrica e Água (23,9%), Couros e Calçados (11,3%),
Alimentos (6%) e Minerais não metálicos (5,9%). Estes 5 setores concentram 79,2%
da indústria do estado.
O perfil industrial da Paraíba está voltado principalmente para o benefício
de minerais e de matéria-prima vindas do setor primário. Os principais centros
industriais da Paraíba, bem como os principais industriais do estado, são: na zona da
mata, a Região Metropolitana de João Pessoa (Bayeux, Cabedelo, Conde, João
Pessoa, Lucena e Santa Rita), onde se encontram principalmente as
indústrias alimentícia, de cimento, de construção civil e a têxtil; no agreste, Campina
Grande, onde se destacam novamente as indústrias de alimentos, como também as
de bebidas, calçados, frutas industrializadas e, mais recentemente, de software; no
sertão, Cajazeiras, Patos, São Bento e Sousa, com destaque para as indústrias de
confecções e a têxtil. A atividade industrial no estado encontra-se, até os dias atuais,
em processo de desenvolvimento, com intuito de gerar melhores condições de vida à
população. Os maiores PIBs do setor secundário são João Pessoa, Campina Grande,
Santa Rita, Cabedelo e Caaporã.
No comércio, o valor de vendas em todo o estado chegou a 4,8 bilhões de
reais, enquanto todo o setor terciário contribuiu com mais de 25 bilhões. O estado é o
quinto maior em exportação no Nordeste, destacando-se na exportação de bens de
consumo, bens intermediários e de capital. Açúcar, álcool etílico, calçados, granito,
roupas, sisal e tecidos são os principais produtos exportados da Paraíba para o
exterior, destinados principalmente para Austrália, Argentina, Estados
Unidos, Rússia e União Europeia.
Cultura
Apesar do litoral com praias inesquecíveis, a Paraíba conta com outros destinos para
quem gosta de aventuras, ecoturismo ou passeios históricos e religiosos.
(figura 21)
O Farol do Cabo Branco, um dos mais tradicionais pontos turísticos de João Pessoa,
possui um formato triangular diferente das estruturas tradicionais e está localizado em
cima da falésia da praia de Cabo Branco. Fica bem ao lado da Ponta do Seixas,
conhecido como ponto mais oriental das Américas.
Esportes
(figura 24) Estádio Almeidão em João Pessoa .
Música
A música paraibana varia em vários ritmos, como baião, ciranda, forró e xote, e
destes são influenciados vários grupos musicais e artistas. Algumas das
personalidades musicais nascidas na Paraíba são Abdon Felinto Milanês, Antônio
Barros, Barros de Alencar, Bartô Galeno, Bastinho Calixto, Biliu de
Campina, Cecéu, Chico César, Elba Ramalho, Flávio José, Genival Lacerda, Geraldo
Vandré, Herbert Vianna, Jackson do Pandeiro, Lucy Alves, Parafuso, Pinto do
Acordeon, Renata Arruda, Roberta Miranda, Sivuca, Zé Pacheco e Zé
Ramalho. A Orquestra Sinfônica da Paraíba foi criada pelo professor Afonso Pereira
da Silva em 4 de novembro de 1945 por meio de uma iniciativa da Sociedade de
Cultura Musical da Paraíba e, posteriormente, por meio de uma parceria entre a
Universidade Federal da Paraíba e o governo estadual.
A Paraíba e seu povo também são exaltados em canções. Alguns exemplos são
o samba-exaltação "Meu Sublime Torrão" (1937) de Genival Macedo, que se tornou
o Hino Popular da Cidade de João Pessoa através da Lei Municipal N. 1.601, de 16 de
março de 1972, e o hino não oficial da Paraíba, o baião "Paraíba" (1950) de Humberto
Teixeira e Luiz Gonzaga, o coco "Na Paraíba" (1957) de Zé do
Norte, o samba "Paraíba" (1972), de Carlos Magno e João Rodrigues, o xote "Paraíba,
Meu Amor" (1997) de Chico César, e o forró "Paraíba Joia Rara" (2011) de Ton
Oliveira.
Feriados
Existem na Paraíba dois feriados estaduais, a data magna do Estado da Paraíba,
Fundação do Estado em 1585 e dia da sua padroeira Nossa Senhora das Neves, em 5
de agosto, instituído pela Lei Estadual n.º 10.601, de 16 de dezembro de 2015 e o
feriado em homenagem à memória do ex-presidente João Pessoa no dia 26 de julho,
instituído pela lei Estadual 3.489/67, Art. 2º
Folclore
a sua travessia.
Era noite de festa na roça, na casa do pai de dona Zulmira, ali no bairro do
São João. Tinha sanfoneiro, tinha fogueira, tinha arrasta pé. Os amigos
contou essa história, que procurei reproduzir igualzinha para vocês. O fato
aconteceu em 1917:
“Menina, vá buscar água no rio, a mãe gritou lá de dentro, e eu, mais a tia
“Quem vem lá?” Gritou dona Zulmira, que era muito corajosa, mas, obteve
a mesma resposta:
“Só sei dizer que a gente largo os baldes ali mesmo e vortemo pro terreiro
ploct! e um baita dum homão montado num baita dum cavalão soltando
enquanto o cavaleiro deu três voltas pelo terreiro, gritando “Oi que eu lá
vou! Oi que lá vou eu”! E voltou pra beira do rio de onde tinha aparecido.”
“Bom…nem é preciso dizer que ninguém teve ânimo pra cantoria naquela
noite, pois o assunto das rodas era a tar da alma penada que veio pra
festa, mas, graças à São João, não ficou na volta da fogueira. Lá pelas
voltar pra casa. E o medão de chegar na beira da água e encontrar o tar lá,
nenhuma por ali, então, como de costume, gritaram alto pro barqueiro ouvir
do outro lado, e vir busca eles.”https://lendas-da-paraiba.noradar.com/wp-
admin/post-new.php#category-add
“Oi! Passage!”
“Virge Santa! Ele de novo? Não! A turma se virou pra vortá lá pro terreiro,
ruim”
“Ô Seu Coisa Ruim, desse dessa conoa se for homem!”…e foi um VUPT
só… o Alma Penada veio por cima dágua, correndo e gritando , mal deu
tempo deles tudo correr de vorta pra casa! Mas o coisa ruim não entrou
não, porque a mãe tinha uma cruz feita de espada de São Jorge presa do
lado de fora da porta, que espanta esses mar espirito. Pra encurtá a
conversa, depois, o pai ficou sabendo, que aquele espírito era de um tar
que morreu afogado nas águas do rio, que não teve um enterro cristão, e
nas noites que sua alma penada aparecia feito um barqueiro, quem ia
atravessá o rio tinha que chama ele pelo nome que ele tinha em vida, pra
mostra que sabia quem era ele, e que não tinha medo. Daí atravessava o
rio em paz.”