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Curso Online:

Atendimento a Emergências Químicas


Inflamáveis: características, propriedades, perigos e riscos...............................2

Controles coletivo e individual para trabalhos com inflamáveis..........................5

Fontes de ignição e seu controle.........................................................................8

Proteção contra incêndio com inflamáveis........................................................10

Procedimentos básicos em situações de emergência com inflamáveis...........13

Referências Bibliográficas.................................................................................15

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INFLAMÁVEIS: CARACTERÍSTICAS, PROPRIEDADES,

PERIGOS E RISCOS

Norma Regulamentadora 20 (NR 20) estabelece requisitos mínimos para a


gestão da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de
acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento,
transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.

De acordo com o ítem 20.2.1, esta NR se aplica às atividades de:

a) extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e


manipulação de inflamáveis, nas etapas de projeto, construção, montagem,
operação, manutenção, inspeção e desativação da instalação;

b) extração, produção, armazenamento, transferência e manuseio de líquidos


combustíveis, nas etapas de projeto, construção, montagem, operação,
manutenção, inspeção e desativação da instalação.

De acordo com o ítem 20.2.2, esta NR não se aplica:

a) às plataformas e instalações de apoio empregadas com a finalidade de


exploração e produção de petróleo e gás do subsolo marinho, conforme
definido no Anexo II, da Norma Regulamentadora 30 (Portaria SIT n.º 183, de
11 de maio de 2010);

b) às edificações residenciais unifamiliares.

Segundo a Diretiva (União Europeia) 67/548/CEE, sobre a rotulagem de


substâncias perigosas, são classificados como inflamáveis ou substâncias
inflamáveis todas e quaisquer substâncias que se enquadram nas seguintes
características:

Substâncias que ao ar e à temperatura ambiente possam se aquecer e acabar


por incendiar, sem fonte de aquecimento ativa;

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Sólidos que possam entrar em combustão através de centelha ou atuação
ligeira de fonte de ignição, e que continuam a queimar ou formam braseiro por
si próprios;

Líquido cujo ponto de inflamação se situa entre 21 °C e 55 °C;

Substâncias que em contato com água ou umidade do ar possam produzir


gases altamente inflamáveis (mínimo 1 L/kg/h). Por ex.: acetona, etanol, etc.

O recipiente onde tais substâncias estão sendo guardadas ou armazenadas


deve conter por lei a indicação F (do inglês flammability) e o símbolo de uma
chama enquadrado num quadrado alaranjado.

Para efeito desta NR 20, as instalações são divididas em classes:

Classe I

a) Quanto à atividade:

a.1 - postos de serviço com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis.

a.2. atividades de distribuição canalizada de gases inflamáveis em instalações


com Pressão Máxima de Trabalho Admissível - PMTA limitada a 18,0 kgf/cm2.
(Incluída pela Portaria MTB 860/2018)

b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou


transitória:

b.1 - gases inflamáveis: acima de 2 ton até 60 ton;

b.2 - líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 10 m³ até 5.000 m³.

Classe II

a) Quanto à atividade:

a.1 - engarrafadoras de gases inflamáveis;

a.2 - atividades de transporte dutoviário de gases e líquidos inflamáveis e/ou


combustíveis.

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a.3. atividades de distribuição canalizada de gases inflamáveis em instalações
com Pressão Máxima de Trabalho Admissível - PMTA acima de 18,0 kgf/cm2.
(Incluída pela Portaria MTB 860/2018)

b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou


transitória:

b.1 - gases inflamáveis: acima de 60 ton até 600 ton;

b.2 - líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 5.000 m³ até 50.000 m³.

Classe III

a) Quanto à atividade:

a.1 - refinarias;

a.2 - unidades de processamento de gás natural;

a.3 - instalações petroquímicas;

a.4 - usinas de fabricação de etanol e/ou unidades de fabricação de álcool.

b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou


transitória:

b.1 - gases inflamáveis: acima de 600 ton;

b.2 - líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 50.000 m³.

Para critérios de classificação, o tipo de atividade enunciada possui prioridade


sobre a capacidade de armazenamento.

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CONTROLES COLETIVO E INDIVIDUAL PARA TRABALHOS COM
INFLAMÁVEIS

Postos de Gasolina inevitavelmente são ambientes de trabalho peculiares pois


operam o tempo todo com líquidos inflamáveis e combustíveis, o que acaba
constantemente propiciando riscos à segurança do trabalho e seus
colaboradores.

Entretanto, assim como a NR6, existe uma norma regulamentadora que


estabelece requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho
contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de
extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação
de inflamáveis e líquidos combustíveis, a NR20.

Os equipamentos necessários diferem de uma função para outra.

Limpeza do posto

Devido à grande exposição a agentes biológicos e umidade, o trabalhador


responsável pela limpeza de válvulas, bombas e etc, deve utilizar calçados
impermeáveis e além disso, óculos de proteção e máscaras respiratórias são
necessários para o proteger do contato com resíduos químicos derivados dos
produtos de limpeza.

Frentistas

Os colaboradores responsáveis por abastecer o carro dos clientes devem


utilizar uniforme adequado fornecido pela empresa, calçados adequados e
luvas são essenciais para a proteção contra o contato direto com resquícios de
combustíveis. Ele também precisa, ao menos no ato do abastecimento, de
protetores respiratórios para evitar a inalação dos vapores dos combustíveis.

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Descarga de combustível

No momento da descarga do combustível, ou seja, o colaborador que


recepcionar o fornecedor for auxiliar e supervisionar esta etapa, deve estar
equipado com máscara de proteção respiratória de face inteira, com filtros
recomendados por norma, e equipamentos de proteção para a pele, pois a
quantidade presente dos vapores de combustíveis é ainda maior do que no
momento do abastecimento de um veículo e pode prejudicar sua saúde.

Lubrificação

Trata da troca de óleo e filtros do motor do veículo. Nessa função, é necessária


alguma proteção nas mãos para evitar o contato do óleo com a pele. Para isso,
existem tanto luvas quanto cremes de proteção.

Num geral, os principais equipamentos de proteção individual que são


recomendados e controlados pela NR20 são:

 Óculos de proteção;
 Máscaras de proteção respiratória;
 Luvas de segurança;
 Calçados de segurança

Mesmo com o uso de EPI, o funcionário não está livre de acidentes, por
frequentar e praticar atividades em zonas de risco constantes.

Contudo, o que significa ter um comportamento considerado seguro no


trabalho? Aqui estão alguns exemplos:

Utilizar o EPI com C.A. (Certificado de Aprovação) em dia, de forma correta e


adequado para o risco da atividade exercida;

Certificar-se periodicamente de que todos os equipamentos, máquinas, objetos


e ferramentas estão propícias para uso. Caso não estejam, não fazer a
utilização dos mesmos;

Guardar os EPI de forma correta. Lembre-se de conservar o seu principal


recurso de segurança no trabalho;

Manter-se em posição correta (ergonomicamente) ao desempenhar uma


atividade;

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Utilizar as ferramentas de trabalho de forma correta e com cautela;

Realizar pausas e alongamentos para a prática saudável das atividades;

Manter o ambiente de trabalho bem organizado e limpo.

Apesar de todas as normas e regras, é comum entrar num posto de


combustível e não encontrar um frentista utilizando todos EPIs necessários.
Porém, o uso de Equipamento de Proteção individual é essencial para a
segurança do trabalhador com riscos químicos. Da mesma forma que praticar a
segurança e informar o trabalhador sobre os riscos da atividade.

Esta NR estabelece a definição para líquidos combustíveis, líquidos inflamáveis


e Gás de petróleo liquefeito, parâmetros para armazenar, como transportar e
como devem ser manuseados pelos trabalhadores.

Entre as mudanças, pode-se destacar que as novas instalações devem ser


pensadas e projetadas considerando aspectos de segurança, saúde e meio
ambiente que possam impactar a integridade física dos trabalhadores.

A capacitação dos empregados também mudou. Cursos específicos, de


integração, básico e intermediário sobre segurança e saúde no trabalho são
obrigatórios, e até setembro todos os funcionários já devem ter cumprido essa
exigência.

No projeto, devem ser observadas as distâncias de segurança entre


instalações, edificações, tanques, máquinas, equipamentos, áreas de
movimentação e fluxo, vias de circulação interna, bem como dos limites da
propriedade em relação a áreas circunvizinhas e vias públicas, estabelecidas
em normas técnicas nacionais. (20.5.2.1)

O projeto deve incluir o estabelecimento de mecanismos de controle para


interromper e/ou reduzir uma possível cadeia de eventos decorrentes de
vazamentos, incêndios ou explosões. (20.5.2.2)

Os projetos das instalações existentes devem ser atualizados com a utilização


de metodologias de análise de riscos para a identificação da necessidade de
adoção de medidas de proteção complementares. (20.5.3)

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FONTES DE IGNIÇÃO E SEU CONTROLE

Todas as instalações elétricas e equipamentos elétricos fixos, móveis e


portáteis, equipamentos de comunicação, ferramentas e similares utilizados em
áreas classificadas, assim como os equipamentos de controle de
descargas atmosféricas, devem estar em conformidade com a Norma
Regulamentadora n.º 10.

O empregador deve implementar medidas específicas para controle da


geração, acúmulo e descarga de eletricidade estática em áreas sujeitas à
existência de atmosferas inflamáveis.

Os trabalhos envolvendo o uso de equipamentos que possam gerar chamas,


calor ou centelhas, nas áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis,
devem ser precedidos de permissão de trabalho.

O empregador deve sinalizar a proibição do uso de fontes de ignição nas áreas


sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis.

Os veículos que circulem nas áreas sujeitas à existência de atmosferas


inflamáveis devem possuir características apropriadas ao local e ser mantidos
em perfeito estado de conservação.

Classificação de área

Embasadas nas normas ABNT NBR IEC 60079-10-2:2013, NR10 e NR20, as


áreas são classificadas em Zonas de acordo com a ocorrência de Atmosfera
Explosiva.

Zona 0: É um local em que a atmosfera explosiva está presente de modo


permanente, por longos períodos ou ainda frequentemente, sendo gerada
normalmente por fonte de risco de grau contínuo; Zona 1: É o local onde a
atmosfera explosiva está presente em forma ocasional e em condições normais
de operação, sendo normalmente gerada por fontes de risco de grau
primário; Zona 2: É o local onde a atmosfera explosiva está presente somente
em condições anormais de operação e persiste somente por curtos períodos de
tempo, sendo gerada normalmente por fontes de risco de grau secundário.

A partir desta classificação pode-se estipular qual a configuração, as


certificações e, principalmente, o grau de proteção necessário dos detectores
de gás.
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Dispersão de gases

Após determinação do tipo de equipamento necessário a ser utilizado, outro


fator muito importante é ONDE e QUANTOS equipamentos instalar. Assim,
com a finalidade de otimizar o posicionamento e o número de detectores de
gás que devem ser dispostos para 100% de cobertura em uma determinada
planta, é necessário a realização do estudo de Dispersão de Gases através do
uso da Computação Fluidodinâmica (CFD) – conjunto de técnicas de simulação
computacional utilizado para prever o comportamento de escoamentos líquidos
e gasosos.

Detecção de gás fixa

Com os estudos acima realizados, a compra dos detectores de gases será


assertiva quanto a especificação, quantidade e disposição da instalação,
estando 100% em conformidade com a NR20 e aptos para serem configurados
de acordo com o gás a monitorar.

Outro ponto a ser destacado é o cuidado com o controle de fontes de ignição.


De acordo com a NR20 / 20.13.2 – O empregador deve implementar medidas
específicas para controle da geração, acúmulo e descarga de eletricidade
estática em áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis. / 20.13.4 O
empregador deve sinalizar a proibição do uso de fontes de ignição nas áreas
sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis.

As principais fontes de ignição podem ser de origem Elétrica, Eletrônica,


Mecânica e Eletrostática. Veja alguns exemplos:

De origem elétrica: Fiações abertas; Painéis (contadores, fusíveis); Tomadas,


Contadores, Botoeiras

De origem eletrônica: Sensores; Transmissores

De origem mecânica: Esteiras, elevadores de canecas; Moinhos, separadores

De origem eletrostática: Por fricção, rolamento; por transporte e transferência


de líquidos inflamáveis.

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PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO COM INFLAMÁVEIS

Uma das principais providências que a Comissão Interna


de Biossegurança pode tomar, para que qualquer acidente seja controlado, é
alertar todos os trabalhadores sobre as devidas precauções quando ocorrer
algum distúrbio ou tumulto, causados por incidentes, como por exemplo
vazamentos de gás, fumaça, fogo e vazamento de água.

O primeiro passo é detalhar em procedimentos operacionais padrões que


deverão ser distribuídos para todos os trabalhadores, contendo informações
sobre todas as precauções necessárias, como: os cuidados preventivos; a
conscientização sobre o planejamento de como atuar na hora do abandono do
local de trabalho; a indicação de medidas práticas sobre o combate e a
retirada.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o mais correto inclusive é que todos os


trabalhadores ou usuários da edificação coloquem em prática as normas
estabelecidas sobre os cuidados preventivos e o comportamento diante do
incidente, promovendo exercícios, através da simulação de incêndios.

Esse tipo de prática contribui suficientemente para a prevenção e a segurança


de todos. Mas para efetuar essa operação é necessário um fator indispensável,
a existência - em perfeito estado de uso e conservação - de equipamentos
destinados a combater incêndios.

A prudência também é outro fator primordial no combate aos incêndios. Todos


sabem que qualquer instalação predial deve funcionar conforme as condições
de segurança estabelecidas por lei, que vão desde a obrigatoriedade
de extintores de incêndios, hidrantes, mangueiras, registros, chuveiros
automáticos (sprinklers) e escadas com corrimão.

Entre esses equipamentos, o mais utilizado no combate a incêndios é o


extintor, que deve ser submetido a manutenção pelo menos uma vez por ano,
por pessoas credenciadas e especializadas no assunto.

É importante também, além de adquirir e conservar os equipamentos de


segurança, saber manuseá-los e ensinar a todos os trabalhadores como
acionar o alarme, funcionar o extintor ou abandonar o recinto, quando
necessário, sem provocar tumultos.

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Normas de Segurança

Entre as normas de segurança estabelecidas por lei para as instalações


prediais, estão a conservação e a manutenção das instalações elétricas.
Existem vários tipos de sistemas de proteção das instalações elétricas, como
fusível tipo rolha, disjuntor, entre outros. Todos devem estar funcionando
perfeitamente, pois qualquer princípio de incêndio pode ser ocasionado por
descargas de curto-circuito.

Qualquer edificação possui um projeto de circuito elétrico, que dimensiona tipos


e números de pontos de corrente (tomadas) ou luz, conforme suas
características de consumo. Quando na presença de uma sobrecarga este
circuito não dimensionado para uma corrente de curto-circuito eleva-se em
muito a temperatura, iniciando o processo de fusão do fio, ou pior, o início de
um incêndio. Por este motivo cuidado com a utilização de benjamins.

Todos os trabalhadores devem estar sempre atentos às normas básicas de


segurança contra incêndio para evitar acidentes. Prevenir é a palavra de ordem
e todos devem colaborar, pois é mais importante evitar incêndios do que
apagá-los.

Alarme Geral

Ao primeiro indício de incêndio, transmita o alarme geral e chame


imediatamente o Corpo de Bombeiros.

Combate ao Fogo

Desligue a chave elétrica geral, em caso de curto-circuito. Procure impedir a


propagação do fogo combatendo as chamas no estágio inicial.

Utilize o equipamento de combate ao fogo disponível nas áreas comuns da


edificação.

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Evacuação da Edificação

Não sendo possível eliminar o fogo, abandone o edifício rapidamente, pelas


escadas. Ao sair, feche todas as portas atrás de si, sem trancá-las..

Não utilize o elevador como meio de escape.

Não sendo possível abandonar o edifício pelas escadas, permaneça no


pavimento em que se encontra, aguardando a chegada do Corpo de
Bombeiros.

Somente suba ao terraço se o edifício oferecer condições de evacuação pelo


alto, ou se a situação o exigir.

A proteção da vida humana é essencial. O negligenciamento neste aspecto do


planejamento não pode ser admitido em qualquer hipótese. A proteção do
patrimônio, por sua vez, é relativa e normalmente determinada segundo uma
conjunção de interesses de ordem econômica. Adicionalmente outros fatores
podem ainda contribuir para definições de interesse como a preservação
histórica ou cultural e manutenção de serviços essenciais.

Institucionalmente o incêndio é entendido como uma ―ocorrência indesejável‖.


Como tal deve ser evitado ou controlado. Cabendo, na sua ocorrência, sanções
econômicas ou jurídicas e atribuição de responsabilidades. O Poder Público,
através dos códigos de obras e outras legislações correlatas, está voltado
fundamentalmente para proteção da vida humana. Enquanto isto, a segurança
patrimonial é influenciada pela postura das companhias seguradoras. Essa
distinção, porém, não é absoluta. Os resultados quanto à proteção estão
sempre superpostos não sendo possível a total dissociação entre eles.

O fogo é uma reação química peculiar chamada combustão. Existe combustão


quando existirem simultaneamente os três vértices de um triângulo teórico. Os
vértices são:

1 - O COMBUSTÍVEL; 2 - O OXIGÊNIO; e 3 - O CALOR.

Isto em condições que possam determinar a contínua combinação do material


combustível (papéis, tecidos, gases, madeira, líquidos inflamáveis, isopor, etc.)
com o oxigênio. Gerando, assim, uma reação exotérmica ou autocatalizada.
Fica afastada, portanto, a ideia instintiva de que só há fogo onde existe
continuidade da chama original do incêndio. Pela transmissão do calor vários
focos podem surgir em pontos diferentes da edificação.

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PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA COM
INFLAMÁVEIS

A Norma Regulamentadora NR 20, aprovada pela Portaria Nº 3.214 de junho


de 1978 do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego, estabelece requisitos
mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho, contra os fatores de
risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção,
armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e
líquidos combustíveis.

A NR 20 é aplicável a todas atividades que envolvem extração, produção,


armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis, nas
etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção, inspeção e
desativação da instalação.

Aplica-se também a extração, produção, armazenamento, transferência e


manuseio de líquidos combustíveis, nas etapas de projeto, construção,
montagem, operação, manutenção, inspeção e desativação da instalação.

A NR 20 dispõe ainda de dois tipos de instalações ―como exceções‖. A primeira


refere-se as instalações que desenvolvem atividades de manuseio,
armazenamento, manipulação e transporte com gases inflamáveis acima de 1
ton até 2 ton e de líquidos inflamáveis e/ou combustíveis acima de 1 m³ até 10
m³.

Estas instalações constituídas como exceções possuem aspectos legais


peculiares, como por exemplo, contemplar no Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (além dos requisitos previstos na NR 9) o inventário e
características dos inflamáveis e/ou líquidos combustíveis, os riscos
específicos relativos aos locais e atividades com inflamáveis e/ou líquidos
combustíveis, os procedimentos e planos de prevenção de acidentes com
inflamáveis e/ou líquidos combustíveis, as medidas para atuação em situação
de emergência, além da necessidade de realizar treinamento em curso básico
previsto nesta norma, dependendo da classificação das instalações.

A capacitação deve ser voltada para os trabalhadores, adequada às


características específicas das instalações nas quais laboram, conforme item
20.11, e abordar, no mínimo, os seguintes tópicos:

1. Treinamento para uso dos extintores de incêndio para princípios de incêndio;

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2. Procedimentos para o uso do sistema de alarme de incêndio;

3. Procedimentos para abandono de área em caso de emergência;

4. Procedimentos para informar a ocorrência de emergência ao setor


responsável, incluindo informação de pessoas que demandem primeiros
socorros.

5. Os integrantes da equipe de resposta a emergências (item 20.14) devem


possuir treinamento adequado às suas funções.

A Permissão de Trabalho abordada no item 20.8.8 é uma autorização


formalizada e compartilhada, a partir de um planejamento para a execução de
atividades não rotineiras, de processos de inspeção e manutenção, a serem
realizados período pré-determinado e que seja necessário estabelecer medidas
de controle, considerando aspectos de segurança, saúde e meio ambiente que
possam impactar a integridade dos trabalhadores.

A empresa deve elaborar um plano que contemple a prevenção e o controle de


vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões e, nos locais sujeitos à
atividade de trabalhadores, a identificação das fontes de emissões fugitivas.

O plano deve contemplar todos os meios e ações necessárias para minimizar e


controlar os riscos de ocorrência de vazamento, derramamento, incêndio e
explosão, devendo ser revisado sempre que for necessário e por
recomendações das inspeções de segurança e/ou da análise de riscos, quando
ocorrerem modificações significativas nas instalações, quando da ocorrência de
vazamentos, derramamentos, incêndios e/ou explosões.

A NR 20 dispõe que as instalações devem possui um plano de inspeção e


manutenção das instalações de inflamáveis e líquidos combustíveis.

As instalações devem ser inspecionadas periodicamente com foco na


segurança e saúde no ambiente de trabalho. O SESMT deve planejar um
sistema de inspeções que seja eficaz e com o envolvimento de setores áreas
importantes dentro da organização.

Ou seja, os membros da CIPA devem estar envolvidos neste planejamento de


inspeções, juntamente com os gestores das áreas operacionais / processos e
manutenção. Nesse sentido, todas não conformidades e oportunidades de
melhoria evidenciadas deverão ser documentados e comunicados ao
responsável, além de serem estabelecidos em plano de ação para o devido
gerenciamento dos riscos.

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Referências Bibliográficas

Sobre o autor:

NR 20 - NORMA REGULAMENTADORA 20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO


TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS

Disponível em:

http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr20.htm

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Sobre o autor:

NR 20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E


COMBUSTÍVEIS - Publicação D.O.U.Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de
1978 06/07/78

Disponível em:

http://trabalho.gov.br/

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Sobre o autor:

Wikipédia, a enciclopédia livre.

Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncias_inflam%C3%A1veis

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Sobre o autor:

Prot-Cap Equipamentos de Segurança - Blog - NR 20 - QUAIS SÃO OS EPI


EXIGIDOS?

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Disponível em:

https://www.protcap.com.br/blog/postos-de-gasolina-nr-20-e-seus-epi-
obrigatorios

https://www.protcap.com.br/blog/7-passos-para-reduzir-acidentes-de-trabalho

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Sobre o autor:

PROMETAL EPIS - NR 20: A segurança do trabalhador em Posto de


Combustível - PUBLICADO EM NRS - NORMAS REGULAMENTADORAS

Disponível em:

https://www.prometalepis.com.br/blog/posto-de-combustivel-nr-20/

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Sobre o autor:

Mantas Brasil - Orientações sobre a NR-20 - NR 20 Líquidos Combustíveis e


Inflamáveis

Disponível em:

https://www.mantasbrasil.com.br/orientacoes-sobre-a-nr-20/

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Sobre o autor:

Segurança do Trabalho - Um blog para estudantes e profissionais da


segurança do trabalho, ou para aqueles que venham descobrir esse mundo
prevencionista que é a segurança do trabalho

Disponível em:

http://segurancaesaudedotrabalho.blogspot.com/2012/09/nr-20-controle-de-
fontes-de-ignicao.html

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16
Sobre o autor:

Enesens - NR20 – Como estar em conformidade com a norma


regulamentadora

Disponível em:

http://www.enesens.com.br/conformidade-com-a-nr20/

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Sobre o autor:

Instruções básicas de combate a incêndio http://www.administer.com.br/po.htm

Disponível em:

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/prevencao_de_incendio.html

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Sobre o autor:

MANOEL ALTIVO DA LUZ NETO - CONDIÇÕES DE SEGURANÇA CONTRA


INCÊNDIO - BRASÍLIA - 1995

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Série Saúde


& Tecnologia — Textos de Apoio à Programação Física dos Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde — Condições de Segurança Contra

Incêndio -- Brasília, 1995.107 p.

Disponível em:

http://portal.anvisa.gov.br/

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Sobre o autor:

Verde Ghaia - NR 20 – Gestão de SSO em atividades com Inflamáveis e


Líquidos Combustíveis - Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional em
atividades com inflamáveis e Líquidos Combustíveis – NR 20

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Disponível em:

https://www.verdeghaia.com.br/blog/nr20-atividades-com-inflamaveis/

Pesquisa equipe IEstudar em: 31/01/2020

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