Estudos Ambientais II
Estudos Ambientais II
Estudos Ambientais II
Nampula
2022
Zainabo Afonso Ibraimo
Docente:
Nampula
2022
Índices
1.1 Introdução.............................................................................................................................1
1.2 Objectivos.............................................................................................................................2
1.3 Metodologia..........................................................................................................................2
2. Fundamentação Teórica...........................................................................................................3
3.1 Conclusão.............................................................................................................................9
Referencia bibliográfica.................................................................................................................10
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CAPITULO I: INTRODUTÓRIO
1.1 Introdução
Nos dias actuais a busca e a conquista do conhecimento têm sido uma grande ferramenta para o
desenvolvimento económico e científico duma nação.
O presente trabalho científico tem como foco, estudar os métodos de gestão das faunas e floras
em Moçambique, onde farei a descrição histórica desta gestão faunísticas em Moçambique e a
importância da conservação da flora e fauna em Moçambique.
O trabalho está organizado em 3 capítulos, onde o primeiro capítulo é composto pela parte
introdutória, isto é, introdução do trabalho, os objectivos que pretendesse alcançar durante o
desenvolvimento do trabalho, a metodologia usada para a elaboração do trabalho (método
bibliográfico e método quantitativo), o segundo capitulo vista vislumbrar da fundamentação
teórica, e o terceiro capitulo vista em trazer com conclusões e as referências usadas para a
elaboração do trabalho.
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1.2 Objectivos
Para Carvalho (2009, p.45), objectivos “ são linhas de prospectiva a desenvolver que proporcione
valor acrescentado à situação de partida”.
2. Fundamentação Teórica
2.1 Conceitos Básicos
Entretanto, a criação de áreas naturais para a conservação dos recursos a nível mundial
representam uma multiplicidade de modalidades e historicamente são consideradas importantes
mecanismos no sentido da preservação e/ou conservação da natureza (Alves, 2018).
Por sua vez, (Macedo, Macedo, & Venturin, 2005), acrescentam dizendo que as áreas de
Conservação são, sem dúvida, uma estratégia fundamental para a conservação é a promoção da
Educação Ambiental participativa, que envolve a comunidade na identificação e resolução de
problemas naturais e/ou actividades que coloquem em risco a continuidade da vida dos recursos
naturais, pois a partir da aproximação da comunidade com estas áreas, tem-se o desenvolvimento
de um trabalho educativo ambiental eficiente.
A restrição no acesso a determinadas áreas para fins alheios aos objetivos e necessidades das
comunidades locais ou povos nativos da área é bem antiga, datando dos tempos mais remotos
(por volta dos anos 700 a.c.), como nos foi revelado por Dixon e Shevman (1991), citado por
(COLCHESTER, 2000). Os mesmos autores referem que a criação de reservas de caça,
destinadas às caças reais, foi o primeiro passo e aconteceu na Assíria.
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(COLCHESTER, 2000), recorrendo a Gadzil e Guha (1993), destaca que no ano 400 a.c. foram
estabelecidos na Índia, no reino Açoca, as caçadas reais. Essa ideia se alastrou para a Europa,
tendo no século XI, a Inglaterra estabelecido o conceito de florestas reais (WESTOBY, 1987,
apud COLCHESTER, 2000).
madeira (Umbila e Chanfuta); e as coutadas (área de exploração orientada), para a caça turística
comercial.
A década de 50 é marcada pela criação das reservas florestais no país, tendo como objetivo,
segundo Muller, Sitoe e Mabunda (2005) a produção de madeira. Até 1973, a SADC
Parliamentary Fórum (2004), apud Brouwer (2006, p. 9) refere existirem 15 reservas florestais,
ocupando perto de 500.000 ha do território nacional. A década de 60 é marcada pela criação do
maior número de reservas nacionais, cerca de 83% e, a de 70 pela criação de parques nacionais,
cerca dos 50% existentes no país. A criação de coutadas19 deu-se na década de 60,
majoritariamente (67%) no último ano da década. As fazendas de bravio foram todas criadas no
princípio do século XXI (2001 e 2002) (MOÇAMBIQUE, 2004).
Durante a guerra civil a gestão das áreas de conservação continuou abandonada, algumas delas
serviram de refúgio de comunidades e outras foram ocupadas pelos guerrilheiros da
RENAMO20, transformando-as em suas bases. Este cenário criou condições para que parte da
população se fixasse nela e se apropriasse delas. A guerra reduziu drasticamente a população de
animais e destruiu as infra-estruturas de apoio existentes (MULLER; SITOE; MABUNDA,
2005; BROUWER, 2006; MOÇAMBIQUE, 2004).
Terminada a guerra civil, as atenções para as áreas de conservação começaram a emergir, porem
encontrava-se em um dilema, pois em quase todas as áreas para além do acesso ser deficiente,
não havia infra-estruturas necessárias para o seu funcionamento.
Observa-se também que a população humana era maior que a população de animais, fator que
dificultava a gestão da área e a sua entrada no mercado turístico.
significativo (a Reserva Nacional do Niassa tinha mais de 500 mil habitantes, segundo o Plano
Estratégico de Desenvolvimento do Turismo – MOÇAMBIQUE, 2004), as comunidades haviam
se apropriado da área (identificando-se com o lugar) e, parte delas havia sido ocupada pelos
guerrilheiros da RENAMO e, reassentá-las era inviável dada a tensão política que ainda se vivia.
Para que as comunidades locais pudessem participar ativamente nas áreas de conservação, era
preciso que se sancionasse oficialmente os direitos de acesso e uso dos recursos naturais
existentes. Para tal, Soto e Tilley (1999, p. 195) argumentam existirem duas razões que o
justificaram,
Como forma de tornar mais visível a conservação, o governo moçambicano adotou a criação de
áreas de conservação transfronteira. Esta forma de administração das áreas de conservação é
globalmente aceita e, Moçambique, ao nível da África Austral, se destaca como líder nessa
iniciativa. Esta abordagem visa o encorajamento da extensão das áreas de conservação para
abarcar ecossistemas críticos ou permitir que animais selvagens tenham maiores áreas para
levarem a cabo seus ciclos de vida natural (MOÇAMBIQUE, 2004).
A madeira é usada nas indústrias de mobiliário e papel. As resinas servem para a indústria das
tintas e vernizes. Os frutos e sementes como castanhas, nozes e pinhões e os cogumelos
comestíveis têm como destino a indústria alimentar. A exploração dos recursos florestais permite
obter muitos benefícios: Os frutos secos e os cogumelos comestíveis fornecem alimento; As
cadeias turísticas aproveitam a paisagem para recreio e lazer; A madeira é utilizada nas indústrias
de mobiliário e papel; As resinas servem para o fabrico de tintas e vernizes.
Mas a floresta não nos fornece só bens matérias, também protege o solo contra a erosão, faz a
manutenção do ar e da água e é o habitat de muitos ecossistemas.
Interessa-nos discutir aqui a questão da vida selvagem, sua conceituação, importância como
recurso natural (recursos faunísticos) e proteção.
Pode-se dizer que a vida selvagem de uma região é o conjunto dos seres vivos – animais e
plantas, que possuem capacidade de sobreviver e procriar livremente na natureza. Por suas
características mais dinâmica, os animais chamam mais atenção. Portanto, os animais que vivem
em estado selvagem são elementos que formam a vida selvagem, compondo a fauna local, a qual
consiste no conjunto dos animais que vivem em uma determinada área.
A importância económica, social e ambiental das florestas, da fauna selvagem e das áreas de
conservação traduz-se no fluxo de bens e serviços directos (facilmente mensuráveis em termos
económicos) e indirectos (dificilmente mensuráveis em termos monetários), que estes recursos
proporcionam ao sector público, privado e à sociedade em geral, tais como:
(i) Ao Sector Público: receitas arrecadadas através das licenças de exploração florestal,
caça e cauções, taxas de entrada das pessoas e meios nos parques e reservas, taxas e
impostos de exploração turística nos parques e reservas, taxas e impostos de
exploração industrial e comercialização de produtos e subprodutos florestais e da
fauna selvagem.
(ii) Ao Sector Privado: receitas obtidas com a comercialização de madeira, animais
selvagens (individual ou por quotas disponíveis para caça), produção e venda de
carne, troféus, peles, couros e outros despojos e oferta de serviços diversos aos
turistas, fora e dentro das Áreas de Conservação (transporte, alojamento, alimentação
e outros);
(iii) À Sociedade ou Público em Geral: madeira, lenha, carvão, materiais de construção,
carne de caça, peixe das águas interiores, mel e outros produtos silvestres comestíveis
e não comestíveis utilizados pelos angolanos para autoconsumo; postos de trabalho e
rendimentos por cada trabalhador ou empregado nas actividades de gestão e
utilização da floresta, da fauna selvagem e áreas de conservação; uso dos recursos
disponíveis para fins ambientais, estéticos, científicos, culturais, de lazer,
educacionais, religiosos, tradicionais e outros.
3.1 Conclusão
Com a informação analisada e interpretada da pesquisa científica que tem como o grande foco
estudar os métodos de gestão das floras e fauna em Moçambique conclui que:
Referencia bibliográfica
Alves, N. S. (2018). Degradação ambiental em unidade de conservação: o caso do parque
municipal natural dos parecis – guajará-mirim/RO: Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Departamento Académico de Ciências Sociais e Ambientais / DACSA.
ANAC. (2014). Plano Estratégico da Administração Nacional das Áreas de Conservação 2015-
2024.
FERREIRA, A. B. (1975). Novo dicionário da língua portuguesa (1ª\ Edição – 15ª Impressão
ed.). Rio de Janeiro – RJ: Editora Nova Fronteira.
Macedo, R., Macedo, S. B., & Venturin, N. A. (2005). Pesquisa de percepção ambiental para o
entendimento e direccionamento da conduta eco-turística em áreas de conservação.
Congresso interdisciplinar de ecoturismo em unidades.
Roesch. (2007).