Tempos Verbais

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Presente do Indicativo:

Pretérito Perfeito do Indicativo


Pretérito Imperfeito do Indicativo

Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo


Indica um evento perfeitamente acabado antes de outro no passado, ou seja,
uma ação passada antes de outra passada. Ex.: Quando cheguei ao ponto, o
ônibus já passara.
Já passara das dez quando o táxi chegou.
Fique atento, sua desinência é –RA.
O pretérito mais-que-perfeito composto é formado pela locução: Tinha / Havia +
Particípio
Ex.:Quando cheguei ao ponto, o ônibus já havia passado.
Já tinha passado das dez quando o táxi chegou.
Futuro do Presente do indicativo

Na forma composta, o futuro do presente indica que um fato é concluído antes


de outro no futuro:
Quando você chegar, já terei jantado.
Em interrogativas, pode indicar também a dúvida/possibilidade sobre um fato
passado:
Não terá sido em vão nosso esforço?

Futuro do Pretérito do Indicativo


ssMODO SUBJUNTIVO
Modo Subjuntivo
Expressa possibilidade, hipótese, fato incerto, duvidoso ou irreal.
As conjunções subordinativas, como regra, levam o verbo para o subjuntivo.
Ex.:
Ainda que eu estude.
Se eu pudesse.
Embora fosse você...
Quando você vir.
Espero que passe na prova.
Esse também é o tempo clássico das orações subordinadas adjetivas: quero
um emprego que me faça bem.
Presente do Subjuntivo

Indica possibilidade no presente ou no futuro.


Ex.: Pena que a vida não seja assim tão colorida.
Temo que a prova venha difícil.

Pretérito imperfeito do Subjuntivo


Obs.: O pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo, tempo composto formado
por
TIVESSE.../HOUVESSE...+PARTICÍPIO, pode indicar uma “ação irreal no
passado”, um fato que não se realizou e muito provavelmente não se realizará.
Ex.:Se a sorte nos tivesse favorecido, não faltaria dinheiro hoje.
Se eu tivesse aplicado tudo, teria obtido sucesso.
O pretérito perfeito do subjuntivo é um tempo eminentemente composto,
com auxiliar ‘ter ou haver’ no presente do subjuntivo, e expressa:
• Fato passado. Ex.: Espero que você tenha entendido a explicação.
• Fato futuro já concluído, antes de outro também no futuro. Ex.: Suponho
que João já tenha saído quando chegarmos.

Futuro do Subjuntivo

Denota ação eventual ou hipotética no futuro.


Ex.: Quando você me pagar, eu entregarei o produto.
“Se eu quiser falar com Deus, tenho que ficar a sós”.
Direi adeus àqueles que me traírem.
Também pode ocorrer em forma composta, caso em que o “particípio” da
locução vai sugerir uma ideia de completude da ação vista como hipotética.
Ex.:Quando tudo estiver acabado, pediremos uma pizza.
Futuro do Subjuntivo X Infinitivo
Quando eu entregar o trabalho, ficarei tranquilo (futuro do subjuntivo).
Para entregar o trabalho, faço horas extras (infinitivo).
Para distinguir um do outro, deve-se observar o contexto. O futuro do
subjuntivo tem ideia de possibilidade/hipótese futura e geralmente vem apoiado
numa conjunção “quando/se”. O infinitivo geralmente vem após uma
preposição. Porém, o macete para fazer essa diferenciação imediatamente é
trocar por um verbo que tenha infinitivo diferente do futuro do subjuntivo.
Troque pelo verbo fazer.
Ex.:Quando eu entregar (fizer) o trabalho, ficarei tranquilo. (futuro do
subjuntivo)
Para entregar (fazer) o trabalho, faço horas extras. (infinitivo)
Propor (Infinitivo) x Propuser (futuro do subjuntivo)
Entreter (Infinitivo) x Entretiver (futuro do subjuntivo)
Ver (Infinitivo) x Vir (futuro do subjuntivo)
Vir (Infinitivo) x Vier (futuro do subjuntivo)
Essa diferença vale para os verbos derivados de por, ter, ver e vir!!

Modo Imperativo
Expressa ordem, conselho, pedido, convite, súplica.
Divide-se em afirmativo e negativo. O IMPERATIVO AFIRMATIVO deriva
quase inteiramente do presente do subjuntivo (que eu beba, que eu caia, que
eu levante), exceto nas pessoas “tu” e “vós”, que derivam do presente do
indicativo (tu bebes, vós bebeis). Advinha o que cai mais na prova! A exceção!
Naturalmente as exceções, que estão marcadas. Resumindo: Com “tu” e “vós”,
teremos a mesma conjugação do presente do indicativo, só que sem o “S”: Tu
bebes e Vós bebeis vai virar no imperativo bebe tu e bebei vós.

Abaixo temos o IMPERATIVO NEGATIVO, que segue o padrão do presente


do subjuntivo normalmente, sem aquelas exceções do “tu” e “vós” explicadas
acima. Você conjuga o subjuntivo, depois insere o “não”. Simples!

Cuidado com verbos terminados em –ZER /-ZIR, pois geram um imperativo


“meio estranho” aos ouvidos, mas correto: Faze tu ou Faz tu; Conduze ou
conduz tu.
O verbo SER tem as seguintes formas de imperativo: Sê tu / Sede vós.

Não confunda o Infinitivo com o Futuro do subjuntivo. Em alguns verbos


eles são idênticos na grafia.
Observe:
Quando o inverno chegar, eu quero estar junto a ti. (Futuro do Subjuntivo)
Ao chegar à casa dos outros, limpe os pés. (Infinitivo).
O contexto quase sempre denuncia essa diferença. Porém, se bater aquela
dúvida, troque o verbo por outro que não tenha essa identidade gráfica, troque
pelo verbo FAZER. Se o verbo virar “fizER”, é subjuntivo. Se
permanecer “fazER”, é infinitivo.
Quando eu vir o trabalho. (Quando eu fizer o trabalho: futuro do subjuntivo)
Está na hora de vir o resultado. (Está na hora de fazer o resultado: Infinitivo)
Repare que o futuro do subjuntivo do verbo “ver” é idêntico ao “infinitivo” do
verbo "vir". Fique atento a esses verbos e teste a substituição!!!

Particípios Abundantes

Um último alerta: “trago” e “chego” não existem (na prova)! Os particípios


corretos são “trazido” e “chegado”.
Verbos Impessoais

Verbo “haver” com sentido de:


1) “existir”: Há (existem) pessoas com sudorese no trem.
2) “ocorrer”: Houve (ocorreram) acidentes graves.
3) “tempo decorrido”: Há (faz) 2 anos não me drogo.
No caso 3, o verbo “fazer” também é impessoal e também não se flexiona.

Verbos irregulares
Verbos terminados em EAR/IAR
Os verbos terminados em IAR são regulares. Devem ser conjugados como o
verbo criar: Eu crio, tu crias, ele cria... Seguem esse modelo os verbos “variar”,
“copiar”, “espiar”. Há exceções conhecidas, que já veremos.
Os verbos terminados em EAR são irregulares, recebem um “i” em algumas
formas. Sejamos práticos, vamos seguir a conjugação do verbo passear, NAS
FORMAS EM QUE TEMOS “I”.

conjugação do verbo passear é importante para alguns verbos excepcionais


que são terminados em IAR, mas se conjugam como se terminassem em EAR.
São as famosas exceções MARIO!

Verbos terminados em UAR / UIR / OAR

Vir e derivados
O verbo vir também é irregular. Outros importantes verbos que caem em prova
derivam dele. Devemos ficar
atentos:
Provir
Intervir
Convir Se conjugam como vir
Advir
Sobrevir
Então, acostume-se com sentenças como: ele conveio, ele interveio, se ele
proviesse...

Ver, Prover e Provir


"Prover" significa "tomar providências", "providenciar", "fornecer"; no indicativo,
conjuga-se pelo verbo "ver" nos tempos presentes (vejo/provejo; vê/provê;
veem/proveem) e futuros(verei/proverei),(veria/proveria). Também segue o
verbo “ver” no pretérito imperfeito (via/provia) e no presente do subjuntivo.
O verbo “prover” é regular nos outros tempos (se eu provesse). Em suma,
“PROVER” funciona como “VER” nos Presentes (do Indicativo e do
Subjuntivo). Nos outros tempos, siga o verbo “BEBER”. Fique ligado!!
Cuidado com o futuro do subjuntivo: prover, proveres, prover, provermos,
proverdes, proverem.

Ver, ter e derivados


Os verbos VIR e TER possuem as mesmas desinências.
Cuidado!!! O verbo abater não segue a conjugação de “ter”, é verbo regular
de segunda conjugação e segue o verbo “beber”.
Só para reforçar, estão erradas as formas: deteram, detessem, entreteram,
quando eu ver, se eu propor...
As formas corretas são detiveram, detivessem, entretiveram, quando eu
vier, se eu propuser...

Verbo Aderir e similares

O “E” do radical vai virar “I” na primeira pessoa do singular do presente do


indicativo (Eu “firo”, “Adiro”,“Repilo”, “Transfiro”). Como o presente do
subjuntivo deriva da primeira pessoa do indicativo, esse “I” também aparecerá
naquele tempo, em todas as pessoas: (que eu eu “fira”, “Adira”, “Repila”,
“Transfira”).
Vamos relembrar: Eu firo, tu feres, ele fere, nós ferimos, vós feris, eles
ferem... / Que... eu fira, tu firas, ele fira, eles firam, vós firais, eles firam...
Também seguem essa conjugação os verbos advertir, competir, convergir,
divergir, despir, digerir, gerir, mentir, perseguir, sugerir, vestir.

Verbo Pôr e derivados


O verbo pôr (ainda acentuado) segue a forma da segunda conjugação, como
“beber”: Eu ponho, tu pões, ele põe, nós pomos, vós pondes, eles põem...
Em alguns tempos, sofre alteração e sua base de conjugação é -puse-

Querer X requerer
Requerer não é derivado de “querer”, ele segue, de modo geral, as
terminações do verbo “beber”. Porém tem um detalhe: ele recebe um “i” na
primeira pessoa do presente do indicativo (requeIro) e também no presente do
subjuntivo, que deriva do indicativo (que eu requeIra; que tu requeIras; que ele
requeIra...)
Os verbos requerer, dizer, fazer e trazer, na 2.a pessoa do singular,
apresentam no imperativo afirmativo duas formas: dize ou diz, faze ou faz,
traze ou traz, requere ou requer. Vale muito a pena memorizar a sua
conjugação. CAI DEMAIS!!! Além do presente do indicativo e do subjuntivo,
atenção às diferenças nas conjugações do
pretérito perfeito do indicativo e do imperfeito do subjuntivo.

Essas conjugações vão aparecer em geral quando o verbo vier conjugado no


subjuntivo, em
função de conjunções: se/que/quando/caso/embora/ainda que... Grave essas
“bases”,
pois nelas estarão as questões.
Ter- TIVE+DESINÊNCIA: Se tivesse, quando tiver...
Pôr- PUSE+DESINÊNCIA: Se puser, quando supuséssemos...
Requerer- REQUERE+DESINÊNCIA: Se requeresse, quando requereu...
Precaver- PRECAVE+DESINÊNCIA: Se precavesse, quando precaveu...
Prover- PROVE+DESINÊNCIA: se provesse, quando proveu...
Ver-VI+DESINÊNCIA: Se visse, quando víssemos, se vir...
Vir- VIE+DESINÊNCIA: Se viéssemos, quando vier, se vierem...

Verbo Aprazer
Esse verbo é bastante irregular e compartilha o radical do adjetivo aprazível,
com sentido de agradável. Para lidar com ele na hora da prova, lembre-se de
algumas terminações do verbo haver em que há “V” e base “ou” na palavra, a
saber:
Pretérito mais-que-perfeito: Eu aprouvera, tu aprouveras...
Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se eu aprouvesse; se tu aprouvesses...
Futuro do subjuntivo: Quando eu aprouver; quanto tu aprouveres...
Acima estão as primeiras pessoas de cada conjugação, basta seguir o padrão.
Bechara e o Dicionário Houaiss mencionam que, embora tenha conjugação
completa, só é usado normalmente nas terceiras pessoas.

Medir, Pedir, Valer e Eleger


Pedir e Medir trazem Ç antes de O e A: Eu Peço/Meço; que eu Peça/Meça.
Valer traz LH antes de O e A: Não valho nada/Valha-me Deus!
Eleger traz J antes de O e A: Eu eleJo; Que eu eleJa. Isso vale para os verbos
com “G” no radical

Verbos Defectivos
Por não trazerem a primeira pessoa do singular do presente do indicativo, são
defectivos os verbos: abolir, banir, brandir, carpir, colorir, computar, delir,
explodir, ruir, exaurir, demolir, puir, delinquir, fulgir (resplandecer), feder,
aturdir, bramir, esculpir, extorquir, retorquir, soer (costumar: ter costume
de).

Verbo Precaver e Reaver


No presente do indicativo, só se conjuga com nós (precavemos/reavemos) e
vós (precaveis/reaveis). Como o presente do indicativo é a base do presente
do subjuntivo, esse verbo não é conjugado neste tempo.
Sabendo disso, basta conjugar o verbo precaver seguindo a segunda
conjugação, como Beber.
No Imperativo, temos: precavei, reavei.
Reaver e Precaver não trazem “J” nem “nh” na sua conjugação. Então, estão
incorretas formas como “precaveja”, “reaveja”, “reavenha”.
Para você não ter que estudar a conjugação dele inteira, siga essa dica: o
verbo Reaver só se conjuga naquelas pessoas em que o verbo Haver tem
“v” na palavra. Segue a primeira pessoa de cada tempo em que isso ocorre,
para você saber o padrão: reouve, reavia, reouvera, reaverei, reaveria.
Obs.: Nessa mesma linha estão os verbos “falir” e “adequar”, que também só
possuem as pessoas ‘nós’ e ‘vós’ no presente do indicativo.
Cuidado: Apesar de “estranhos”, estes verbos não são considerados
defectivos: caber, valer, redimir, polir, sortir, rir, escapulir, entupir,
sacudir.

Correlações verbais
Se eu pudesse, faria/ Se eu puder, farei (ou Caso eu possa/farei)

O futuro do presente se correlaciona com tempo presente ou com tempo


futuro.
(pres.) (fut. pres.)
Ex.: Prometo que estudarei mais.
(fut. pres.) (fut. subj.)
Ex.: Farei tudo o que eu puder.
(pres.) (pres.)
Ex.: Juro que não deixo mais de revisar.
O futuro do pretérito se relaciona com tempo pretérito.
(fut. pret.) (pret. Imp. Subj)
Ex.: Eu morreria se ele descobrisse.

Recapitulando: essas são as correlações que mais caem, leiam-nas várias


vezes! Ex.:
Vejo que você malha.
É preciso que você estude.
Quando terminarem, estarei dormindo.
Se eu tivesse esse carro, já teria morrido.
Vi que você trouxe um presente.
Sugiro que procure um psiquiatra.
Sugeri que procurasse um psiquiatra.
Espero que tenha procurado um psiquiatra.
Esperei que tivesse procurado um psiquiatra.

Substituições válidas entre correlações verbais já cobradas:


Têm de ser fiscalizados = devem ser fiscalizados
Tem gerado nas últimas décadas = gerou nas últimas décadas
Tinha estado = estivera; Tenha sido = haja sido
Se pudéssemos, faríamos = se pudermos, faremos

Vozes Verbais

Voz passiva analítica (SER + Particípio)


Na conversão da voz ativa para a passiva, o sujeito da voz ativa vira o agente da
passiva. O objeto direto da
ativa vira sujeito paciente na passiva.

não aceitam transposição para voz passiva:


levar, ganhar, receber, tomar, aguentar, sofrer, pesar (massa), ter (posse), haver
(impessoal).
Voz passiva X índice de indeterminação do
sujeito
Deseja-se um futuro melhor x Visa-se a um futuro melhor.
Como sabemos, somente VTD ou VTDI podem ter voz passiva, isso porque o objeto
direto da voz ativa vira
sujeito paciente na voz passiva e o sujeito não pode ser preposicionado.
Então, VTI+SE é clássica estrutura de sujeito indeterminado. Verifique se o
verbo pede preposição.
Ex.:
Precisa-se de médicos. (Não há OD, não há sujeito paciente)
Acredita-se em deuses. (Não há OD, não há sujeito paciente)
Não é disso que vamos falar: trata-se de outros assuntos. (VTI+SE, sujeito
indeterminado, não há OD, não há
sujeito paciente)
Verbos intransitivos (VI) e de ligação (VL) não pedem complemento, não têm objeto,
por isso também não
aceitam voz passiva. Se VIs vierem acompanhados de SE, pode apostar que é um
sujeito indeterminado. Ex.:
Vive-se bem aqui.
Sempre se está sujeito a erros.
Não custa lembrar: cuidado com a voz reflexiva, em que o agente pratica a ação e
sofre seus efeitos ao
mesmo tempo. Na dúvida, troque o “se” por a si mesmo e veja se a coerência se
mantém.
Na hora da análise, o tipo de verbo é uma fortíssima pista sintática sobre a presença de
voz passiva ou sujeito
indeterminado. Contudo, você deve sempre conferir o sentido do texto, verificar se há
sentido passivo,
reflexivo ou se há um verbo sem sujeito conhecido no texto.

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