PL 466 2015

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

*PROJETO DE LEI N.º 466-C, DE 2015


(Do Sr. Ricardo Izar)

Dispõe sobre a adoção de medidas que assegurem a circulação segura


de animais silvestres no território nacional, com a redução de acidentes
envolvendo pessoas e animais nas estradas, rodovias e ferrovias
brasileiras; tendo parecer: da Comissão de Viação e Transportes, pela
aprovação deste, com substitutivo, e pela rejeição do de nº 935/15,
apensado (relator: DEP. LAUDIVIO CARVALHO); da Comissão de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, pela aprovação deste, com
substitutivo, e pela rejeição dos de nºs 935/15 e 5.168/16, apensados
(relator: DEP. MAX FILHO); e da Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa
deste; dos de nºs 935/15 e 5168/16, apensados; do Substitutivo da
Comissão de Viação e Transportes, com subemendas; e do Substitutivo
da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (relator:
DEP. ANTONIO BULHÕES).

DESPACHO:
ÀS COMISSÕES DE:
VIAÇÃO E TRANSPORTES
MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E
CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO:
Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

(*) Atualizado em 29/04/19, para inclusão de apensados (3)

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SUMÁRIO
I - Projeto inicial

II - Projeto apensado: 935/15

III - Na Comissão de Viação e Transportes:


- Parecer do relator
- Substitutivo oferecido pelo relator
- Parecer da Comissão
- Substitutivo adotado pela Comissão

IV - Nova apensação: 5168/16

V - Na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável:


- Parecer do relator
- Substitutivo oferecido pelo relator
- Parecer da Comissão
- Substitutivo adotado pela Comissão

VI - Na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania:


- Parecer do relator
- Subemendas oferecidas pelo relator (2)
- Parecer da Comissão
- Subemendas adotadas pela Comissão (2)

VII - Nova apensação: 1963/19

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O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º Esta Lei institui a adoção de medidas que visem assegurar a circulação
segura de animais silvestres pelo território nacional, com a redução de acidentes
envolvendo pessoas e animais nas estradas, rodovias e ferrovias brasileiras.
Art. 2º Estudos de Viabilidade Técnica e Ambiental e Estudos de Impacto
Ambiental - relativos ao planejamento, construções, reformas e duplicação de
estradas, rodovias e ferrovias deverão prever a adoção de medidas mitigadoras do
número de acidentes envolvendo animais silvestres.
Art. 3º Para os fins previstos nesta lei, devem ser adotadas pelo menos as
seguintes medidas mitigadoras do número de acidentes com animais silvestres nas
estradas, rodovias e ferrovias do território nacional:
I – Adoção de Cadastro Nacional Público de acidentes com animais silvestres,
com a concepção de banco de dados no qual sejam registrados todos os incidentes
desta natureza, bem como, demais informações de pesquisa e localização de
passagens no território brasileiro; sujeitando-se a regulamentação posterior.
II - Fiscalização e monitoramento constante nas áreas de maior incidência de
atropelamentos de animais silvestres, identificadas a partir dos dados do Cadastro
Nacional, com o fortalecimento das estruturas de instituições já existentes, para a
celebração de acordos e convênios, com profissionais capacitados.
III - Implantação de medidas que auxiliem a travessia da fauna silvestre, tais
como: Instalação de sinalização e redutores de velocidade, passagens aéreas ou
subterrâneas, passarelas, pontes, cercas e refletores.
IV - Promover a educação ambiental no território brasileiro, visando a redução
no número de acidentes com animais silvestres; com a realização de pelo menos
campanhas que visem a conscientização dos motoristas e da população.
§1° Em se tratando de áreas protegidas, com estradas, rodovias ou ferrovias
em seu interior ou entorno imediato e não previstas no plano de manejo, é necessária
a implantação e o monitoramento permanente de medidas de mitigação.
Art. 4º As estradas, rodovias e ferrovias federais, estaduais e municipais já
existentes no território nacional deverão se adequar, após estudos específicos, às
regras concernentes as medidas mitigadoras constantes desta lei.
Parágrafo único. Lei posterior regulamentará os prazos para adequação e
outros aspectos necessários à completa e adequada aplicação desta lei.
Art. 5º O não cumprimento das obrigações impostas, sujeitará o responsável
ao pagamento de multa a ser definida em regulamento próprio.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor 90 dias após sua publicação.
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JUSTIFICATIVA
O modal rodoviário corresponde atualmente a cerca de 60% do transporte de
cargas no Brasil, fluindo por quase dois milhões de quilômetros de rodovias e estradas
federais, estaduais e municipais.
Tamanho espaço dedicado aos veículos provocou um espantoso aumento da
frota nacional, que cresceu mais de 120% na última década. Hoje temos mais de 65
milhões de carros, motos e caminhões.
Além de engarrafamentos, poluição e descarte de resíduos, outro grave
problema registra estatísticas alarmantes, até agora silenciosas: os incontáveis
atropelamentos e mortes de animais silvestres.
Estimativas baseadas nos poucos estudos disponíveis pintam um quadro
estarrecedor, com milhões de animais selvagens tendo suas vidas perdidas todos os
dias sob as rodas, uma verdadeira chacina, inclusive de espécies ameaçadas de
extinção – em recente estudo encontrou-se 84 animais vertebrados atropelados, em
que 50% pertenciam à classe dos mamíferos, 26% das aves e 24% dos répteis, em
36 km na linha 200 (Rondônia).
Complicando o cenário, não há monitoramento sistemático da mortandade de
onças, tamanduás, preguiças, macacos, veados e muitas outras espécies ameaçadas
em nível nacional.
As estimativas mostram que mais de 450 milhões de animais selvagens
podem estar sendo mortos anualmente em 1,7 milhões de quilômetros de estradas
existentes em todo o Brasil. Deste número, 390 milhões são de pequenos animais
como sapos, cobras, aves e mamíferos de pequeno porte, 55 milhões são animais
como lebres, gambás, macacos, jiboias, tartarugas, entre outros e 5 milhões são de
grandes animais, tais como onças, onças-pardas, lobo-guará, tamanduá-bandeira,
lontras, canídeos e outros felinos de várias espécies.
O atropelamento é apenas o mais visível dos impactos inerentes a todas
rodovias e ferrovias. Os demais são mais difíceis de serem quantificados quanto à
mortalidade e efeitos diretos, mas certamente implicam em redução da viabilidade
populacional a médio e longo prazo.
Desta forma, com relação a mortalidade determinada por atropelamento, as
taxas encontradas para o Brasil variam enormemente, tanto em função da região,
quanto do grupo considerado.
Qualquer empreendimento nas estradas gera impactos negativos. Durante a
construção destes há a perda de habitats, o aumento da compactação e redução da
filtração do solo, podendo alterar a biota e, o crescimento da vegetação no entorno é
impedida pelo seu corte e uso de herbicidas que mantém a vegetação no estágio
inicial de sucessão.
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Algumas pesquisas têm relatado que a presença da rodovia afeta o


comportamento de animais, sendo que, alguns evitam a rodovia devido às
perturbações do tráfego (ruído, produtos químicos, luminosidade etc); outros
permanecem na borda da rodovia, sem levar em conta o tráfego; e por fim, os animais
que somente evitam a rodovia quando há algum carro trafegando.
De todos os impactos o atropelamento é o mais evidente. E este pode afetar a
demografia das populações e a estrutura de comunidades. As características das
estradas, do tráfego e outros fatores, como o padrão da paisagem espacial, o clima
da região, e a sazonalidade podem influenciar na determinação dos locais e taxas de
atropelamento.
Se os impactos negativos de empreendimentos viários determinam a redução
da biodiversidade em áreas ocupadas por atividades antrópicas, seus efeitos são
potencializados quando se considera unidades de conservação.
Rodovias devem ser evitadas próximas a áreas reservadas para a
conservação, pois podem levar o empobrecimento de espécies sensíveis a estradas
e suas perturbações.
Tendo em vista a interação entre as estradas e áreas preservadas, as Unidades
de Conservação (UCs) – que são voltadas para a preservação de espécies,
comunidades e/ou ecossistemas – são as mais afetadas, especialmente com a
questão de atropelamentos. Espécies vulneráveis serão mais impactadas, pois são
populações geralmente menores. Contudo, não há muitos trabalhos que evidenciem
de forma concreta o quão este fator irá afetar tais populações.
No que tange às Unidades de Conservação, a situação é extremamente
delicada. Não há hoje no Brasil uma única norma que defina o que uma rodovia,
estrada ou ferrovia deva estabelecer dentro dos limites das Unidades de Conservação
(UCs). De um modo geral, a minimização de impactos dentro das nossas UCs está
condicionada ao que determina seu Plano de Manejo.
Essa condição traz em si uma fragilidade, pois embora o Plano de Manejo, em
essência, constitua todo o arcabouço legal para a utilização de uma área, a maioria
das UCs hoje não possuem o documento. E as que possuem, em grande parte dos
casos, precisam atualizá-los.
Em um estudo recente, os autores demonstram que das 313 UCs Federais até
então existentes, cerca de 72% estão sob influência direta ou indireta de rodovias. O
percentual é ainda maior se considerarmos que nessa conta estão também as áreas
marinhas que não possuem tais empreendimentos. Em área, o estudo afirma que em
média 3,85% das UCs federais do país estão sendo afetadas, o que significa mais de
2,5 milhões de hectares. Diante desse quadro e dos números assombrosos de
animais atropelados no Brasil, é urgente que medidas de minimização desse impacto

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sejam estabelecidas. No caso das UCs, áreas que por definição existem para
conservar a biodiversidade, a falta de mecanismos que contribuam para a
minimização de impactos é quase ilógica e necessita urgentemente ser revertida.
Em relação à presença de atropelamentos de fauna selvagem na área da
Unidade e/ou seu entorno, mais de 80% das UCs que possuem rodovias em sua área,
afirmam já ter verificado atropelamento de fauna selvagem. Entre os 18% que afirmam
não ter atropelamentos, quase a totalidade (92%) são de Unidades que não possuem
rodovias e estradas no seu interior. Um total de 50% dos questionários informaram
haver atropelamentos constantes em diferentes intensidades, e apenas 1% informa
ser um problema extremo. Crê-se que esta percepção pode ser alterada se o
monitoramento deste impacto for incluído na rotina das Unidades.
Diante de todo o exposto e em face da importância da matéria, peço o apoio
dos ilustres membros desta Casa para a aprovação do Projeto de Lei em tela.

Sala das Sessões, em 25 de fevereiro de 2015.

Deputado RICARDO IZAR


PSD/SP

PROJETO DE LEI N.º 935, DE 2015


(Do Sr. Wadson Ribeiro)

Dispõe sobre a implantação de Corredores Ecológicos que possibilitem a


segura transposição da fauna, sob ou sobre as estradas, rodovias e
ferrovias.

DESPACHO:
APENSE-SE À(AO) PL-466/2015.

O Congresso Nacional Decreta:

Artigo 1°. Fica estabelecida que os Estudos de Viabilidade Técnica e


Ambiental e os Estudos de Impacto Ambiental, relativos às obras de novas
construções ou de ampliação de estradas, rodovias e ferrovias deverão prever,
sempre que as condições exigirem, a implantação de Corredores Ecológicos que
possibilitem a preservação e proteção da fauna, por meio da sua transposição segura
sob ou sobre as estradas, rodovias e ferrovias, em todo o território nacional.

Parágrafo único: As características da fauna e as peculiaridades


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topográficas da região determinarão se o Corredor Ecológico deverá ser subterrâneo


ou aéreo.

Artigo 2°. Para os fins previstos nesta lei, entende-se por Corredor
Ecológico a obra de arte construída sob ou sobre as estradas, rodovias e ferrovias,
destinada ao uso exclusivo, livre e seguro da fauna, quando de sua circulação em seu
meio ambiente natural.

Artigo 3°. A implantação do Corredor Ecológico deverá se dar durante


o cronograma de construção das novas estradas, rodovias e ferrovias.

Artigo 4°. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICATIVA

Em todo o território brasileiro se encontram diversos fragmentos


remanescentes dos mais diversos biomas onde vive nossa grande riqueza: uma das
maiores biodiversidades do planeta.
Esses fragmentos encontram-se, muitas vezes, isolados, sendo que
muitos deles são, nos termos da legislação federal, considerados, Unidades de
Conservação.
A criação e implantação de Corredores Ecológicos ou ecodutos
ligando unidades de conservação ou fragmentos florestais significativos, previstas na
Lei Federal nº 9.985, de 2.000, permitem que ocorra entre eles o fluxo de genes e o
movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas
degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam para sua
sobrevivência áreas com extensão maior do que aquelas das unidades individuais.
A interligação dos ecossistemas realmente se faz necessária, pois o
isolamento interfere na riqueza das espécies, uma vez que diminui o potencial de
imigração. Este fator provoca o declínio ou extinção local de populações, pois
determinadas espécies necessitam de mais de um local para desenvolverem suas
atividades, como cuidados com a prole e busca por recursos como alimento e água,
que não estão disponíveis em um só local dentro da paisagem, dentre outras
peculiaridades.
Assim, a fragmentação de áreas de vegetação natural ou reflorestada
cria barreiras para a dispersão dos organismos dentro dos fragmentos.
Agrava a situação o fato de haver, entre os corredores usados
naturalmente pela fauna, barreiras físicas tais como estradas, rodovias e ferrovias.
Tem sido noticiado, com certa freqüência, a morte por atropelamento
de diversos animais nas rodovias visto que elas, muitas vezes acabam interceptando
fisicamente um corredor ecológico natural. A rodovia Transpantaneira é dolorosa
ilustração.
Imprescindível, portanto que se analisem as barreiras físicas
existentes em áreas de trânsito da fauna, em especial as rodovias e ferrovias já
existentes e aquelas que venham ser construídas de forma a se prever a construção
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de estruturas que propiciem a segurança na travessia da fauna.


Em muitos países são usados túneis sob o leito das rodovias e
ferrovias ou mesmo obras de arte aéreas que passam por sobre elas, denominadas
genericamente de ecodutos.
Em face do exposto, contamos com o imprescindível apoio das
Senhoras Deputadas e Senhores Deputados visando à tramitação e aprovação do
presente projeto de lei.
Sala das Sessões, em 26 de março de 2015.

Deputado WADSON RIBEIRO


PCdoB-MG

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA


COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS - CEDI

LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000


Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III, e
VII da Constituição Federal, institui o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza e dá outras providências.

O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA no exercício do cargo de PRESIDENTE


DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da


Natureza - SNUC, estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das
unidades de conservação.
Art. 2º Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo
as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder
Público com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de
administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção;
II - conservação da natureza: o manejo do uso humano da natureza, compreendendo
a preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do
ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às atuais
gerações, mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações
futuras, e garantindo a sobrevivência dos seres vivos em geral;
III - diversidade biológica: a variabilidade de organismos vivos de todas as origens,
compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas
aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade
dentro de espécies; entre espécies e de ecossistemas;
IV - recurso ambiental: a atmosfera, a águas interiores, superficiais e subterrâneas,
os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora;
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V - preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a


proteção a longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos
ecológicos, prevenindo a simplificação dos sistemas naturais;
VI - proteção integral: manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas
por interferência humana, admitindo apenas o uso indireto dos seus atributos naturais;
VII - conservação in situ : conservação de ecossistemas e habitats naturais e a
manutenção e recuperação de populações viáveis de espécies em seus meios naturais e, no caso
de espécies domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas
propriedades características;
VIII - manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da
diversidade biológica e dos ecossistemas;
IX - uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos
recursos naturais;
X - uso direto: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos recursos
naturais;
XI - uso sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade
dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e
os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável;
XII - extrativismo: sistema de exploração baseado na coleta e extração, de modo
sustentável, de recursos naturais renováveis;
XIII - recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre
degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original;
XIV - restauração: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre
degradada o mais próximo possível da sua condição original;
XV - (VETADO)
XVI - zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação
com objetivos de manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e as
condições para que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica
e eficaz;
XVII - plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos
objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas
que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das
estruturas fiscais necessárias à gestão da unidade;
XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação, onde as
atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de
minimizar os impactos negativos sobre a unidade; e
XIX - corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou seminaturais,
ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento
da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como
a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior
do que aquela das unidades individuais.
.......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES


I - RELATÓRIO:

O projeto de lei em análise, de autoria do ilustre Deputado Ricardo Izar,


dispõe sobre a adoção de medidas que assegurem a circulação segura de animais

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silvestres no território nacional, com a redução de acidentes envolvendo pessoas e


animais nas estradas, rodovias e ferrovias brasileiras.
Compete à Comissão de Viação e Transporte apreciar matéria referente
aos assuntos de “segurança, política, educação e legislação de trânsito e tráfego”,
conforme as alíneas “a, b, c, d, e, f, g e h” do inciso XX do art. 32 do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados - RICD.
Nos termos do Art. 17, inciso II, alínea a, o Presidente da Câmara dos
Deputados fez a distribuição desta proposição à Comissão de Viação e Transporte, à
Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e à Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania, nos termos regimentais e constitucionais para,
no âmbito de suas respectivas competências, apreciar proposição sujeita à apreciação
conclusiva pelas comissões - Art. 24 II - RICD.
Ao projeto de lei nº 4.66/2015 foi apensado o projeto de lei nº 935/2015,
do Deputado Wadson Ribeiro, PCdoB/MG, que dispõe sobre a implantação de
Corredores Ecológicos que possibilitem a segura transposição da fauna, sob ou sobre
as estradas, rodovias e ferrovias.
Não foram apresentadas emendas ao projeto no prazo regimental.
Cumpre-me, por designação da Presidência da Comissão de Viação e
Transporte, a elaboração de parecer sobre o mérito da proposta em exame.
É o relatório.
II - VOTO DO RELATOR

A meritória proposição de iniciativa do nobre deputado Ricardo Izar


institui a adoção de medidas que visem assegurar a circulação segura de animais
silvestres pelo território nacional, com a redução de acidentes envolvendo pessoas e
animais nas estradas, rodovias e ferrovias brasileiras.
Este projeto de lei prevê que seja constituído Estudo de Viabilidade
Técnica e Ambiental e Estudo de Impacto Ambiental, como medidas relativas ao
planejamento, construção, reforma e duplicação de estradas, rodovias e ferrovias, os
quais deverão prever a adoção de medidas mitigadoras do número de acidentes
envolvendo animais silvestres.
O autor da proposição incluiu no texto do projeto quatro medidas
mitigadoras a serem adotadas para a redução de acidentes envolvendo animais
silvestres em estradas e ferrovias:
- a primeira medida se refere à adoção do Cadastro Nacional Público de
Acidentes com Animais Silvestres, com a formação de banco de dados no
qual sejam registrados todos os incidentes envolvendo esses animais;
- a segunda medida trata do fortalecimento da fiscalização com base nas
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informações coletadas no Cadastro Único, assim como, a celebração de


convênios com profissionais capacitados;
- a terceira medida se refere ao auxílio à travessia da fauna silvestre, com
a construção de passagens subterrâneas, passarelas, cercas, refletores e
redutores de velocidade dos veículos;
- a quarta e última medida menciona a promoção da educação ambiental,
por meio de campanhas de conscientização dos motoristas e população
em geral.
Importante considerar que as estradas, rodovias e ferrovias federais,
estaduais e municipais já existentes deverão se adequar, após estudos técnicos
específicos, às regras concernentes as medidas mitigadoras de acidentes de que trata
esta proposição. No entanto, as novas obras deverão ser iniciadas já com a previsão
de medidas de proteção e prevenção de acidentes de trânsito envolvendo animais
silvestres.
O projeto de lei nº 935/2015, do Dep. Wadson Ribeiro PCdoB, apensado,
tem como objetivo a criação e implantação de Corredores Ecológicos ou ecodutos
ligando unidades de conservação ou fragmentos florestais significativos, previstas na
Lei Federal nº 9.985, de 2.000, permitem que ocorra entre eles o fluxo de genes e o
movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas
degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam para sua
sobrevivência áreas com extensão maior do que aquelas das unidades individuais.
Ressalte-se, que o projeto de lei nº 935/2015, apensado, encontra-se
contemplado no projeto de lei 466 de 2015, do deputado Ricardo Izar.
Diante do exposto e em face da importância da matéria, voto PELA
APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 466 de 2015 na forma do SUBSTITUTIVO, anexo,
e pela REJEIÇÃO do PL 935/2015, apensado.

Sala da Comissão, em 15 de setembro de 2015.

Deputado LAUDIVIO CARVALHO


Relator

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 466 DE 2015


(Do Sr. Ricardo Izar)
Dispõe sobre a adoção de medidas que
assegurem a circulação segura de animais
silvestres no território nacional, com a
redução de acidentes envolvendo pessoas

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e animais nas estradas, rodovias e


ferrovias brasileiras.

O Congresso Nacional decreta:


Art. 1º Esta Lei institui a adoção de medidas que visem assegurar a
circulação segura de animais silvestres pelo território nacional, com a redução de
acidentes envolvendo pessoas e animais nas estradas, rodovias e ferrovias
brasileiras, sempre que necessário e apontado por estudo específico.
Parágrafo único – Em rodovias concedidas, qualquer medida de
mitigação deverá ser previamente aprovada pelo poder concedente, respeitando
o contrato de concessão e a recomposição do equilíbrio econômico financeiro.
Art. 2º Estudos de Viabilidade Técnica e Ambiental e Estudos de Impacto
Ambiental - relativos ao planejamento, construções, reformas e duplicação de
estradas, rodovias e ferrovias deverão prever quando apontada a real necessidade,
a adoção de medidas mitigadoras do número de acidentes envolvendo animais
silvestres.
Art. 3º Para os fins previstos nesta lei devem ser adotadas, quando
indicada a necessidade em estudos específicos, as seguintes medidas mitigadoras
do número de acidentes com animais silvestres nas estradas, rodovias e ferrovias do
território nacional:
I – Adoção de Cadastro Nacional Público de acidentes com animais
silvestres, com a concepção de banco de dados no qual sejam registrados todos os
incidentes desta natureza, bem como, demais informações de pesquisa e localização
de passagens, sendo de responsabilidade de cada órgão, seja federal, estadual,
municipal ou concessionárias a apresentar informações inerentes à faixa de
domínio sob sua responsabilidade sujeitando-se a regulamentação posterior.
II - Fiscalização e monitoramento constante nas áreas de maior incidência
de atropelamentos de animais silvestres, identificadas a partir dos dados do Cadastro
Nacional, com o fortalecimento por parte dos governos Federal, Estaduais e
Municipais das estruturas de instituições já existentes, para a celebração de acordos
e convênios, com profissionais capacitados.
III - Implantação de medidas que auxiliem a travessia da fauna silvestre,
tais como: Instalação de sinalização e redutores de velocidade, passagens aéreas ou
subterrâneas, passarelas, pontes, cercas e refletores.
IV – Os órgão competentes devem promover a educação ambiental no
território brasileiro, visando a redução no número de acidentes com animais silvestres;
com a realização de pelo menos campanhas que visem a conscientização dos

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motoristas e da população.
§1° Em se tratando de áreas protegidas, com estradas, rodovias ou
ferrovias em seu interior ou entorno imediato e não previstas no plano de manejo, é
necessária a implantação e o monitoramento permanente de medidas de mitigação.
Art. 4º As estradas, rodovias e ferrovias federais, estaduais e municipais já
existentes no território nacional deverão se adequar, após estudos específicos, às
regras concernentes as medidas mitigadoras constantes desta lei.
§ 1º. Lei posterior regulamentará os prazos para adequação e outros
aspectos necessários à completa e adequada aplicação desta lei.
§ 2º Em rodovias concedidas, qualquer medida de mitigação deverá
ser previamente aprovada pelo poder concedente, respeitando o contrato de
concessão em a recomposição de equilíbrio econômico financeiro.
Art. 5º O não cumprimento das obrigações impostas, sujeitará a sanções
a serem definidas em regulamento próprio.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor 90 dias após sua publicação.

Sala da Comissão, em 15 de setembro de 2015.

Deputado LAUDIVIO CARVALHO


Relator

III - PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Viação e Transportes, em reunião ordinária


realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 466/2015, com substitutivo,
e rejeitou o PL 935/2015, apensado, nos termos do parecer do relator, Deputado
Laudivio Carvalho.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:

Washington Reis e Milton Monti - Vice-Presidentes, Alexandre


Valle, Baleia Rossi, Danrlei de Deus Hinterholz, Diego Andrade, Edinho Araújo,
Edinho Bez, Efraim Filho, Ezequiel Fonseca, Gonzaga Patriota, Goulart, Hugo Leal,
João Rodrigues, Laudivio Carvalho, Major Olimpio, Marcio Alvino, Marinha Raupp,
Marquinho Mendes, Mauro Mariani, Nelson Marquezelli, Paulo Feijó, Remídio Monai,
Roberto Britto, Silas Freire, Tenente Lúcio, Wadson Ribeiro, Adalberto Cavalcanti,
Arnaldo Faria de Sá, Carlos Henrique Gaguim, Evandro Roman, Fábio Ramalho,
Fabio Reis, Jaime Martins, João Paulo Papa, Jose Stédile, Julio Lopes, Leônidas
Cristino, Missionário José Olimpio, Paulo Freire, Ricardo Izar, Ronaldo Martins,

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Samuel Moreira, Sergio Vidigal e Vanderlei Macris.

Sala da Comissão, em 7 de outubro de 2015.

Deputado MILTON MONTI


Presidente

SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA COMISSÃO


Dispõe sobre a adoção de medidas que assegurem a
circulação segura de animais silvestres no território
nacional, com a redução de acidentes envolvendo pessoas
e animais nas estradas, rodovias e ferrovias brasileiras.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º Esta Lei institui a adoção de medidas que visem assegurar a circulação
segura de animais silvestres pelo território nacional, com a redução de acidentes
envolvendo pessoas e animais nas estradas, rodovias e ferrovias brasileiras, sempre
que necessário e apontado por estudo específico.
Parágrafo único – Em rodovias concedidas, qualquer medida de mitigação
deverá ser previamente aprovada pelo poder concedente, respeitando o contrato de
concessão e a recomposição do equilíbrio econômico financeiro.
Art. 2º Estudos de Viabilidade Técnica e Ambiental e Estudos de Impacto
Ambiental - relativos ao planejamento, construções, reformas e duplicação de
estradas, rodovias e ferrovias deverão prever quando apontada a real necessidade, a
adoção de medidas mitigadoras do número de acidentes envolvendo animais
silvestres.
Art. 3º Para os fins previstos nesta lei devem ser adotadas, quando indicada a
necessidade em estudos específicos, as seguintes medidas mitigadoras do número
de acidentes com animais silvestres nas estradas, rodovias e ferrovias do território
nacional:
I – Adoção de Cadastro Nacional Público de acidentes com animais silvestres,
com a concepção de banco de dados no qual sejam registrados todos os incidentes
desta natureza, bem como, demais informações de pesquisa e localização de
passagens, sendo de responsabilidade de cada órgão, seja federal, estadual,
municipal ou concessionárias a apresentar informações inerentes à faixa de domínio
sob sua responsabilidade sujeitando-se a regulamentação posterior.
II - Fiscalização e monitoramento constante nas áreas de maior incidência de
atropelamentos de animais silvestres, identificadas a partir dos dados do Cadastro
Nacional, com o fortalecimento por parte dos governos Federal, Estaduais e
Municipais das estruturas de instituições já existentes, para a celebração de acordos
e convênios, com profissionais capacitados.
III - Implantação de medidas que auxiliem a travessia da fauna silvestre, tais
como: Instalação de sinalização e redutores de velocidade, passagens aéreas ou
subterrâneas, passarelas, pontes, cercas e refletores.
IV – Os órgão competentes devem promover a educação ambiental no território
brasileiro, visando a redução no número de acidentes com animais silvestres; com a
realização de pelo menos campanhas que visem a conscientização dos motoristas e
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PL 466-C/2015
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da população.
§1° Em se tratando de áreas protegidas, com estradas, rodovias ou ferrovias
em seu interior ou entorno imediato e não previstas no plano de manejo, é necessária
a implantação e o monitoramento permanente de medidas de mitigação.
Art. 4º As estradas, rodovias e ferrovias federais, estaduais e municipais já
existentes no território nacional deverão se adequar, após estudos específicos, às
regras concernentes as medidas mitigadoras constantes desta lei.
§ 1º. Lei posterior regulamentará os prazos para adequação e outros aspectos
necessários à completa e adequada aplicação desta lei.
§ 2º Em rodovias concedidas, qualquer medida de mitigação deverá ser
previamente aprovada pelo poder concedente, respeitando o contrato de concessão
em a recomposição de equilíbrio econômico financeiro.
Art. 5º O não cumprimento das obrigações impostas, sujeitará a sanções a
serem definidas em regulamento próprio.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor 90 dias após sua publicação

Sala da Comissão, em 7 de outubro de 2015.

Deputado MILTON MONTI


Presidente

PROJETO DE LEI N.º 5.168, DE 2016


(Do Sr. Francisco Floriano)

"Dispõe sobre a locomoção da fauna silvestre em trechos rodoviários que


margeiam reservas biológicas, santuários ecológicos, unidades de
conservação e/ou áreas de preservação ambiental no bioma da Mata
Atlântica".

DESPACHO:
APENSE-SE À(AO) PL-466/2015.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre a locomoção da fauna silvestre em trechos rodoviários que
margeiam reservas biológicas, santuários ecológicos, unidades de conservação e/ou áreas de
preservação ambiental no bioma da Mata Atlântica.
Art. 2º. As concessionárias de rodovias federais responsáveis pela exploração de trechos
rodoviários que margeiam reservas biológicas, santuários ecológicos, unidades de conservação
e/ou áreas de preservação ambiental no bioma da Mata Atlântica deverão construir túneis de
passagem para garantir a locomoção com segurança da fauna silvestre ali existente visando um

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equilíbrio que assegure o transporte das pessoas com a proteção das espécies animais.
Parágrafo único. Órgão técnico do poder concedente regulamentará está Lei.
Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA

O objetivo do projeto de lei que ora apresento é contribuir para a preservação da fauna
silvestre que habita a Mata Atlântica visando assegurar às futuras gerações o acesso a riquíssima
biodiversidade do nosso país.

A estatística divulgada pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, da


Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais, revelou um dado assustador: por ano, 5 milhões
de animais grandes, como uma anta, por exemplo, são mortos nas estradas brasileiras. E se
forem considerados os bichos menores, como sapos, cobras e aves, este número fica ainda mais
impressionante.
Cito como exemplo, um santuário da Mata Atlântica no norte do Espírito Santo, refúgio
perfeito para muitos animais, se não fosse à presença de uma estrada. No local, passa uma das
rodovias mais movimentadas do país, a BR-101, que liga a região Sul ao Nordeste. Vale lembrar
que, muitos bichos que habitam essa região são de espécies ameaçadas de extinção (Ex. Onça
parda).
Os fiscais do Instituto Chico Mendes, que atuam na região da BR-101, dizem que
recolher as vítimas faz parte da rotina diária. “No nosso trabalho de monitoramento, a gente
chegou a coletar mais de 200 animais em um trecho de 10 quilômetros dentro e fora da unidade
em um dia”, relata o biólogo Marcel Moreno. (Fonte:
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/03/um-animal-silvestre-morre-atropelado-em-
estradas-cada-15-segundos.html)
Alex Bager, diretor do Centro de Estudos em Ecologia de Estradas, explica que, “muitas
vezes, essas estradas são implantadas em locais aonde você tem o animal vive de um lado da
rodovia e do outro é a área de alimentação, é a área de reprodução ou faz parte da área de vida
dele naturalmente. E com isso, ele se obriga a cruzar a rodovia e acaba sendo atropelado, o que
resulta em um verdadeiro massacre. São aproximadamente 15 animais sendo atropelados no
Brasil a cada segundo”. (idem)

“Isso significa que são atropelados 475 milhões de animais selvagens por ano no país. Cerca
de 90% disso, 400 e poucos milhões, são pequenos vertebrados. E é por isso que as pessoas não
percebem. São pequenas aves, rãs, sapinhos que as pessoas não percebem que estão sendo
atropelados”, diz Alex Bager. (idem)
Além dos bichos menores, acabam morrendo 40 milhões de animais de médio porte como
gambás, lebres e macacos. Outros 5 milhões de vítimas são animais de grande porte como onça,
lobos, antas e capivaras, muitos deles ameaçados de extinção.
A situação é considerada tão grave que provocou a ação do Ministério Público. O procurador
Paulo Trazzi já abriu um procedimento e vai ouvir todos os órgãos envolvidos: “Eu acredito que é
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PL 466-C/2015
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possível a gente conseguir um equilíbrio que assegure o transporte das pessoas com a proteção das
espécies animais”, avalia Paulo Trazzi, procurador da República.
Ele lembra que não é só a biodiversidade que está em risco: “A preocupação com os animais,
por si só, já seria suficiente para a nossa atuação e pra considerar a situação urgente, mas, também
existe o risco a vida das pessoas e a saúde das pessoas. Um acidente com uma onça parda de 70
quilos pode causar capotamento e morte de pessoas”, diz Paulo Trazzi, procurador da República.
Da Mata Atlântica
Este bioma ocupa uma área de 1.110.182 Km², corresponde 13,04% do território nacional e
é constituída principalmente por mata ao longo da costa litorânea que vai do Rio Grande do Norte
ao Rio Grande do Sul. A Mata Atlântica passa pelos territórios dos estados do Espírito Santo, Rio de
Janeiro e Santa Catarina, e parte do território do estado de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso do
Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São
Paulo e Sergipe.
A Mata Atlântica é uma das cinco florestas ameaçadas com maior biodiversidade do mundo,
segundo a ONG Conservação Internacional. Os animais mais conhecidos da Mata Atlântica são:
Mico-Leão-Dourado, onça-pintada, bicho-preguiça e capivara.
O bioma apresenta, por exemplo, 725 espécies de vertebrados endêmicos, que não são
encontrados em nenhum outro lugar do planeta e é uma área prioritária para ações de conservação.
A vida desses animais e a preservação da biodiversidade presente na Mata Atlântica são
motivos nobres que justificam a adoção de medidas como a construção de túneis de passagem pelas
concessionárias responsáveis pela exploração de um determinado trecho rodoviário.
Vale ressaltar que, alguns trechos rodoviários que margeiam a Mata Atlântica já fazem uso
desse mecanismo que, na prática, se mostrou eficaz. Porém, são poucos os trechos beneficiados;
precisamos ir além, e construir os túneis por toda a costa litorânea que margeia a Mata Atlântica.
Competirá a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), regulamentar essa Lei no
que diz respeito à seleção dos trechos rodoviários que devem ser beneficiados com a construção dos
túneis de passagem.
Trata-se de uma medida simples que vai ao encontro do que determina a Constituição
Federal, no art. 225. “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações”.

Por todo o exposto, peço o apoio dos nobres pares para a aprovação deste Projeto de lei.

Sala das sessões, 04 de maio de 2016.

Deputado FRANCISCO FLORIANO


(DEM/RJ)
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LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA


Coordenação de Organização da Informação Legislativa - CELEG
Serviço de Tratamento da Informação Legislativa - SETIL
Seção de Legislação Citada - SELEC

CONSTITUIÇÃO
DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
1988

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional


Constituinte para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a
justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,
fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da
República Federativa do Brasil.
.......................................................................................................................................................
TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL
.......................................................................................................................................................
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas
somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos
que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental,
a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a
crueldade.
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
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PL 466-C/2015
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ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente
da obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal
Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma
da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto
ao uso dos recursos naturais.
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações
discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida
em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

CAPÍTULO VII
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E DO IDOSO
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.


§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem
e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por
qualquer dos pais e seus descendentes.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente
pelo homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Parágrafo com redação
dada pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010)
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade
responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar
recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma
coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a
integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
.......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

I – RELATÓRIO

O nobre Deputado Ricardo Izar propõe, por meio do Projeto de


Lei em epígrafe, a adoção de medidas que visem reduzir ou evitar o atropelamento de
animais silvestres nas rodovias e ferrovias nacionais. Dentre as medidas propostas
cite-se a necessidade de se prever a instalação de equipamentos que facilitem a
travessia de animais silvestres, a criação do Cadastro Nacional Público de Acidentes
com Animais Silvestres, o monitoramento e a fiscalização das áreas com maior
incidência de atropelamentos e a realização de campanhas de conscientização dos

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motoristas e da população em geral.


O ilustre autor justifica a proposição fazendo referência ao
número alarmante de animais mortos todos os anos nas nossas estradas e o impacto
dessa mortandade sobre a nossa fauna nativa.
A matéria foi distribuída às Comissões de Viação e Transportes,
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Constituição e Justiça e de
Cidadania. A proposição tramita em regime ordinário e está sujeita à apreciação
conclusiva pelas Comissões.
Ao Projeto de Lei em comento foi apensado o PL nº 935, de
2015, de autoria do ilustre Deputado Wadson Ribeiro, propondo que nas novas
construções ou ampliações de estradas, rodovias e ferrovias, sejam construídas
passagens aéreas ou subterrâneas para o transito de animais silvestres, denominadas
“corredores ecológicos”.
Foi apensado também o PL 5168/2016, de autoria do nobre
Deputado Francisco Floriano, que obriga a construção de tuneis de passagem para a
fauna silvestre nas rodovias que que margeiam reservas biológicas, santuários
ecológicos, unidades de conservação e/ou áreas de preservação ambiental no bioma
da Mata Atlântica.
A Comissão de Viação e Transportes deliberou pela aprovação
do projeto principal e rejeição do PL 935/2015, único apensado na ocasião, na forma
de um substitutivo, nos termos do parecer do relator, nobre Deputado Laudivio
Carvalho. A principal mudança introduzida na Comissão foi condicionar a adoção de
medidas para evitar o atropelamento de animais silvestres, nas rodovias concedidas,
à prévia aprovação pelo poder concedente, respeitando-se o contrato de concessão
e assegurando-se a recomposição do equilíbrio financeiro do contrato.
Não foram apresentadas emendas nesta Comissão no prazo
regimental.
Foi inicialmente indicado relator da matéria nesta Comissão o
ilustre Deputado Bruno Covas, que apresentou parecer propondo a aprovação do
projeto principal e rejeição do PL 935/2015, único apensado na ocasião, na forma de
um Substitutivo, parecer este, entretanto, que não chegou a ser votado na Comissão.
É o relatório.

II - VOTO DO RELATOR

Estamos de inteiro acordo com o parecer já apresentado pelo


nobre Deputado Bruno Covas nesta Comissão, razão pela qual, em homenagem ao
excelente trabalho de Sua Exa, o transcrevemos quase integralmente, acrescentando
apenas nossa análise ao segundo PL apensado, o PL 5168/2016.
Calcula-se que sejam atropelados no Brasil cerca de 475
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milhões de animais silvestres por ano, ou 15 animais por segundo. Esses números,
por si só, já demonstram, eloquentemente, a dimensão do massacre causado pelas
estradas brasileiras à nossa fauna nativa.
Segundo o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de
Estradas, cerca de 90% dos animais mortos, cerca de 400 milhões, são pequenos
vertebrados, como pequenas aves, rãs, sapos, cujo atropelamento muitas vezes não
é sequer percebido pelos motoristas. Além dos animais menores, morrem 40 milhões
de animais de médio porte, como gambás, lebres e macacos. Os animais maiores,
como onça, lobos, antas e capivaras, somam mais 5 milhões. Muitos desses animais
são espécies ameaçadas de extinção.
Convém lembrar que os acidentes com animais maiores, além
dos danos ao veículo, causam comumente ferimentos e, muitas vezes, até mesmo a
morte de motoristas e passageiros.
Entretanto, há medidas que podem reduzir significativamente
esses números, incluindo a construção de passagens por sobre ou por baixo das
estradas, cercas e barreiras, redução de velocidade em unidades de conservação,
medidas educativas, dentre outras. Essas medidas já vêm sendo adotadas em
algumas rodovias nacionais com resultados bastante promissores.
É extremamente oportuna, portanto, a proposta do ilustre
Deputado Ricardo Izar que visa à adoção dessas medidas mitigadoras na construção
e ampliação de novas estradas, rodovias e ferrovias e a adaptação das estradas já
existentes.
As modificações propostas pela Comissão de Viação e
Transportes, mormente aquelas que buscam harmonizar as medidas propostas com
os contratos de concessão de rodovias parecem-nos apropriadas.
Cumpre-nos observar ainda que o conteúdo do PL nº 935/2015,
bem como do PL 5168/2016, estão contemplados no principal, que é mais abrangente.
Com o propósito de contribuir para o aperfeiçoamento do texto
das proposições em comento e corrigir alguns pequenos problemas de técnica
legislativa, estamos propondo um novo substitutivo.
Em face do exposto, votamos pela aprovação do Projeto de Lei
nº 466, de 2015, na forma do Substitutivo anexo, e pela rejeição dos Projetos de Lei
nº 935, de 2015, e 5168, de 2016.
Sala da Comissão, em 04 de outubro de 2016.

Deputado MAX FILHO


Relator

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SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 466, DE 2015.

Adota medidas para evitar acidentes com


animais silvestres nas estradas, rodovias e
ferrovias.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a adoção de medidas para evitar


acidentes com animais silvestres nas estradas, rodovias e ferrovias.
Art. 2º Os Estudos de Viabilidade Técnica e Ambiental e os
Estudos de Impacto Ambiental relativos ao planejamento, construções, reformas e
duplicação de estradas, rodovias e ferrovias deverão prever, sempre que necessário,
a adoção de medidas para evitar acidentes com animais silvestres.
Art. 3º O órgão público competente adotará as seguintes
medidas para evitar acidentes com animais silvestres nas estradas, rodovias e
ferrovias do território nacional:
I – Implantação do Cadastro Nacional Público de Acidentes com
Animais Silvestres, para o registro dos atropelamentos de animais silvestres, com as
informações necessárias para a identificação das áreas com maior incidência de
acidentes, sendo de responsabilidade de cada órgão, seja federal, estadual, municipal
ou concessionária, apresentar as informações referentes à estrada, rodovia ou
ferrovia sob sua responsabilidade;
II - fiscalização e monitoramento constante nas áreas com maior
incidência de acidentes com animais silvestres, identificadas a partir dos dados do
Cadastro Nacional Público de Acidentes com Animais Silvestres, em parceria com
órgãos e instituições públicas estaduais e municipais, quando for o caso, e a
colaboração de organizações e profissionais capacitados, mediante convênio;
III - implantação de estruturas e equipamentos que auxiliem a
travessia da fauna silvestre por estradas, rodovias e ferrovias, tais como: sinalização,
redutores de velocidade, passagens aéreas ou subterrâneas, passarelas, pontes,
cercas e refletores, quando indicada a necessidade em estudos específicos;
IV – promoção de campanhas para informar os motoristas e a
população sobre a importância e a conduta necessária para evitar acidentes com
animais silvestres nas estradas, rodovias e ferrovias.
V – implantação de sinalização alertando o motorista para o
risco de atropelamento de animais silvestres e oferecendo um número de emergência
para o resgate de animal atropelado.
Art. 4º O órgão público competente adotará as medidas
necessárias para a imediata implantação, nas estradas, rodovias ou ferrovias que
atravessam unidades de conservação ou sua zona de amortecimento, de ações,
estruturas e equipamentos para evitar o atropelamento de animais silvestres.
Art. 5º As regras estabelecidas nesta Lei deverão ser aplicadas
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às estradas, rodovias e ferrovias federais, estaduais e municipais já existentes na data


de entrada em vigor desta Lei, mediante a realização de estudos específicos.
Art. 6º Em rodovias concedidas, qualquer medida de mitigação
deverá ser previamente aprovada pelo poder concedente, respeitando-se o contrato
de concessão e a recomposição do seu equilíbrio econômico-financeiro.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a sua
publicação.
Sala da Comissão, em 04 de outubro de 2016.

Deputado MAX FILHO


Relator

III - PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento


Sustentável, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela aprovação do Projeto
de Lei nº 466/2015, com substitutivo, e pela rejeição do PL 935/2015, e do PL
5168/2016, apensados, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Max Filho.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:

Heitor Schuch - Vice-Presidente, Augusto Carvalho, Daniel


Coelho, Givaldo Vieira, Josué Bengtson, Leonardo Monteiro, Mauro Pereira, Nilto
Tatto, Roberto Balestra, Rodrigo Martins, Toninho Pinheiro, Victor Mendes, Bilac
Pinto, Carlos Gomes, Max Filho, Nilson Leitão, Ricardo Izar e Zé Silva.

Sala da Comissão, em 9 de novembro de 2016.

Deputado HEITOR SCHUCH


Presidente em exercício

SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA COMISSÃO AO


PROJETO DE LEI Nº 466, DE 2015

Adota medidas para evitar acidentes com


animais silvestres nas estradas, rodovias e
ferrovias.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a adoção de medidas para evitar


acidentes com animais silvestres nas estradas, rodovias e ferrovias.
Art. 2º Os Estudos de Viabilidade Técnica e Ambiental e os Estudos
de Impacto Ambiental relativos ao planejamento, construções, reformas e duplicação

Coordenação de Comissões Permanentes - DECOM - P_5760


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de estradas, rodovias e ferrovias deverão prever, sempre que necessário, a adoção


de medidas para evitar acidentes com animais silvestres.
Art. 3º O órgão público competente adotará as seguintes medidas
para evitar acidentes com animais silvestres nas estradas, rodovias e ferrovias do
território nacional:
I – Implantação do Cadastro Nacional Público de Acidentes com
Animais Silvestres, para o registro dos atropelamentos de animais silvestres, com as
informações necessárias para a identificação das áreas com maior incidência de
acidentes, sendo de responsabilidade de cada órgão, seja federal, estadual, municipal
ou concessionária, apresentar as informações referentes à estrada, rodovia ou
ferrovia sob sua responsabilidade;
II - fiscalização e monitoramento constante nas áreas com maior
incidência de acidentes com animais silvestres, identificadas a partir dos dados do
Cadastro Nacional Público de Acidentes com Animais Silvestres, em parceria com
órgãos e instituições públicas estaduais e municipais, quando for o caso, e a
colaboração de organizações e profissionais capacitados, mediante convênio;
III - implantação de estruturas e equipamentos que auxiliem a
travessia da fauna silvestre por estradas, rodovias e ferrovias, tais como: sinalização,
redutores de velocidade, passagens aéreas ou subterrâneas, passarelas, pontes,
cercas e refletores, quando indicada a necessidade em estudos específicos;
IV – promoção de campanhas para informar os motoristas e a
população sobre a importância e a conduta necessária para evitar acidentes com
animais silvestres nas estradas, rodovias e ferrovias.
V – implantação de sinalização alertando o motorista para o risco
de atropelamento de animais silvestres e oferecendo um número de emergência para
o resgate de animal atropelado.
Art. 4º O órgão público competente adotará as medidas
necessárias para a imediata implantação, nas estradas, rodovias ou ferrovias que
atravessam unidades de conservação ou sua zona de amortecimento, de ações,
estruturas e equipamentos para evitar o atropelamento de animais silvestres.
Art. 5º As regras estabelecidas nesta Lei deverão ser aplicadas às
estradas, rodovias e ferrovias federais, estaduais e municipais já existentes na data
de entrada em vigor desta Lei, mediante a realização de estudos específicos.
Art. 6º Em rodovias concedidas, qualquer medida de mitigação
deverá ser previamente aprovada pelo poder concedente, respeitando-se o contrato
de concessão e a recomposição do seu equilíbrio econômico-financeiro.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a sua
publicação.
Sala da Comissão, em 9 de novembro de 2016

Deputado HEITOR SCHUCH


Presidente em exercício
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COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA


I – RELATÓRIO
O presente projeto de lei intenta dispor sobre a adoção de medidas
que assegurem a circulação segura de animais silvestres no território nacional, com a
redução de acidentes envolvendo pessoas e animais nas estradas, rodovias e
ferrovias brasileiras.

Em apenso à proposição principal, encontram-se os seguintes


projetos de lei:

- PL nº 935/2015, do Deputado WADSON RIBEIRO; e

- PL nº 5.168/2016, do Deputado FRANCISCO FLORIANO.

As duas proposições mais antigas foram distribuídas inicialmente à


CVT – Comissão de Viação e Transportes, onde foi aprovado o PL nº 466/2015,
principal, com substitutivo, e rejeitado o PL nº 935/2015, apensado, nos termos do
parecer do Relator, Deputado LAUDÍVIO CARVALHO.

A seguir, após a apensação do projeto mais recente, as proposições


foram analisadas pela CMADS – Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, onde foi aprovado o PL nº 466/2015, principal, com substitutivo, e
rejeitados o PL nº 935/2015 e o PL nº 5.168/2016, apensados, nos termos do parecer
do Relator, Deputado MAX FILHO, já em 2016.

Agora, todas essas proposições encontram-se nesta douta CCJC –


Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde aguardam parecer acerca
de sua constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, no prazo do regime de
tramitação de urgência.

A matéria está sujeita à apreciação do Plenário.

É o relatório.

II - VOTO DO RELATOR
A iniciativa das proposições em epígrafe é válida, pois a matéria nelas
tratada é da competência privativa da União (CF, art. 22, IX e XI) e se insere entre as
de atribuição normativa do Congresso Nacional (CF, art. 48, caput).

Ultrapassada a questão da constitucionalidade formal e passando à

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análise pormenorizada das proposições, uma a uma, vemos que o PL nº 466/2015,


principal, não apresenta problemas quanto à constitucionalidade material e à
juridicidade.

Já no que toca à técnica legislativa e à redação, porém, vislumbramos


problemas no PL nº 466/2015, principal. Com efeito, na oportunidade própria –
redação final –, deverá ser renumerado o “§ 1º” do art. 3º para “parágrafo único”, além
de substituir-se o número constante do art. 4º pela sua expressão por extenso.

No que toca ao Substitutivo da CVT, nada há a objetar do ponto de


vista da constitucionalidade material e da juridicidade. No entanto, quanto à técnica
legislativa e à redação, oferecemos-lhe subemenda supressiva (de dispositivo
duplicado por lapso) e subemenda de redação. Na oportunidade própria – redação
final –, outrossim, o “§ 1º” do art. 3º deverá ser renumerado para “parágrafo único”,
além de substituir-se o número constante do art. 6º pela sua expressão por escrito.

Por sua vez, o PL nº 935/15, apensado, não apresenta problemas


relativos à constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e redação.

Finalmente, o PL nº 5.168/2016, apensado, também não apresenta


problemas relativos aos aspectos a observar, nesta oportunidade, de competência
desta Comissão.

Assim, votamos pela;

a) constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do PL nº


466/15, principal;

b) constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do


Substitutivo da Comissão de Viação e Transportes, com a redação dada pelas
subemendas em anexo;

c) constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do


Substitutivo da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;

d) constitucionalidade, juridicidade boa técnica legislativa do PL nº


935/15, apensado; e

e) constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do PL nº


5.168/16, apensado.

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É o voto.

Sala da Comissão, em 12 de setembro de 2017.

Deputado ANTONIO BULHÕES


Relator

SUBSTITUTIVO DA COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES AO


PROJETO DE LEI Nº 466, DE 2015
(Apensados: PL nº 935/2015 e PL nº 5.168/2016)
Dispõe sobre a adoção de medidas que
assegurem a circulação segura de animais
silvestres no território nacional, com a redução de
acidentes envolvendo pessoas e animais nas
estradas, rodovias e ferrovias brasileiras.

SUBEMENDA Nº 1
Suprima-se o § 2º do art. 4º da proposição, renumerando-se o § 1º
para parágrafo único.

Sala da Comissão, em 12 de setembro de 2017.

Deputado ANTÔNIO BULHÕES


Relator

SUBEMENDA Nº 2

Dê-se a seguinte redação ao art. 5º da proposição:

“Art. 5º O não cumprimento das obrigações impostas por


esta lei implicará em sanções a serem definidas em
regulamento” (NR).

Sala da Comissão, em 12 de setembro de 2017.

Deputado ANTÔNIO BULHÕES


Relator

III - PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em


reunião ordinária realizada hoje, opinou pela constitucionalidade, juridicidade e técnica
legislativa do Projeto de Lei nº 466/2015; dos Projetos de Lei nºs 935/2015 e
5.168/2016, apensados; do Substitutivo da Comissão de Viação e Transportes, com

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subemendas; e do Substitutivo da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento


Sustentável, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Antonio Bulhões.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:

Rodrigo Pacheco - Presidente, Daniel Vilela e Marcos Rogério


- Vice-Presidentes, Andre Moura, Antonio Bulhões, Benjamin Maranhão, Betinho
Gomes, Bilac Pinto, Carlos Bezerra, Chico Alencar, Cleber Verde, Cristiane Brasil,
Danilo Forte, Delegado Éder Mauro, Delegado Edson Moreira, Edio Lopes, Elizeu
Dionizio, Evandro Gussi, Fábio Sousa, Félix Mendonça Júnior, Francisco Floriano,
Genecias Noronha, Hildo Rocha, João Gualberto, José Carlos Aleluia, José Mentor,
Júlio Delgado, Luis Tibé, Luiz Couto, Luiz Fernando Faria, Magda Mofatto, Maia Filho,
Marcelo Aro, Marco Maia, Maria do Rosário, Milton Monti, Nelson Marquezelli, Osmar
Serraglio, Paes Landim, Patrus Ananias, Paulo Abi-Ackel, Paulo Maluf, Paulo Teixeira,
Rocha, Ronaldo Fonseca, Rubens Bueno, Sergio Zveiter, Silvio Torres, Tadeu
Alencar, Thiago Peixoto, Valmir Prascidelli, Vicente Arruda, Aliel Machado, André
Abdon, Capitão Augusto, Giovani Cherini, Gorete Pereira, João Campos, João
Fernando Coutinho, Jones Martins, Lincoln Portela, Moses Rodrigues, Pastor Eurico,
Paulo Magalhães, Rubens Otoni e Soraya Santos.

Sala da Comissão, em 4 de outubro de 2017.

Deputado RODRIGO PACHECO


Presidente

SUBEMENDA Nº 1 ADOTADA PELA CCJC


AO SUBSTITUTIVO DA CVT
AO PROJETO DE LEI Nº 466, DE 2015
Dispõe sobre a adoção de medidas que
assegurem a circulação segura de animais
silvestres no território nacional, com a redução de
acidentes envolvendo pessoas e animais nas
estradas, rodovias e ferrovias brasileiras.

Suprima-se o § 2º do art. 4º da proposição, renumerando-se o § 1º para


parágrafo único.

Sala da Comissão, em 04 de outubro de 2017.

Deputado RODRIGO PACHECO


Presidente

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SUBEMENDA Nº 2 ADOTADA PELA CCJC


AO SUBSTITUTIVO DA CVT
AO PROJETO DE LEI Nº 466, DE 2015
Dispõe sobre a adoção de medidas que
assegurem a circulação segura de animais
silvestres no território nacional, com a redução de
acidentes envolvendo pessoas e animais nas
estradas, rodovias e ferrovias brasileiras.

Dê-se a seguinte redação ao art. 5º da proposição:

“Art. 5º O não cumprimento das obrigações impostas por


esta lei implicará em sanções a serem definidas em
regulamento” (NR).

Sala da Comissão, em 04 de outubro de 2017.

Deputado RODRIGO PACHECO


Presidente

PROJETO DE LEI N.º 1.963, DE 2019


(Do Sr. Helio Lopes)

Dispõe sobre o florestamento das áreas adjacentes às estradas e


rodovias e a implantação de passagens de fauna.

DESPACHO:
APENSE-SE À(AO) PL-466/2015.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º Compete ao Poder Público realizar ou fomentar o florestamento


das faixas laterais de domínio e das áreas adjacentes às estradas e rodovias, nas
condições estabelecidas pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.

Parágrafo único. O florestamento das faixas laterais de domínio e das


áreas adjacentes às estradas e rodovias será feito com espécies nativas do bioma
local.

Art. 2º Na abertura de novas estradas e rodovias, em áreas cobertas


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por vegetação nativa, fica proibida a retirada da vegetação nativa em uma faixa de 50
metros contados do limite da faixa de domínio da estrada ou rodovia.

Parágrafo único. Excetua-se ao disposto no caput a retirada de


vegetação em caso de utilidade pública ou interesse social.

Art. 3º Compete ao Poder Público adotar, nas estradas e rodovias,


medidas que auxiliem a travessia da fauna silvestre, tais como: instalação de
sinalização e redutores de velocidade, passagens aéreas ou subterrâneas, cercas e
refletores.

Art. 4º No licenciamento da construção, ampliação ou reforma de


estradas e rodovias, bem como na concessão de rodovia à iniciativa privada, o Poder
Público exigirá o florestamento das faixas de domínio e das áreas adjacentes e a
implantação de medidas que auxiliem a travessia da fauna silvestre.

Art. 5º A violação ao disposto nesta Lei sujeitará os infratores às


penalidades previstas no art. 68, da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

Art. 6º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO
A abertura de estradas e a construção de rodovias são
empreendimentos que causam significativo impacto ambiental. Dentre os efeitos
ambientais de uma obra de construção civil de rodovias destacam-se: perda de terras
agricultáveis; compactação e erosão do solo; alteração do lençol freático; eliminação
da vegetação natural; modificação do relevo e de cursos d’água; restrições ao
movimento e atropelamento de animais.
Quem trafega pelas estradas e rodovias brasileiras descortina, em
regra, uma paisagem desoladora, no que concerne à arborização das margens e das
áreas adjacentes ao leito rodoviário. A vegetação marginal desempenha um papel de
grande importância no controle da erosão e na qualidade da paisagem. Pode ainda
desempenhar um papel significativo na conservação da biodiversidade e como
corredor ecológico, facilitando o fluxo gênico de fauna e flora.
No que se refere especificamente à fauna silvestre, os dois impactos
principais das estradas e rodovias, como já mencionado, são a perda de espécies por
atropelamento, que é direto, visível e mensurável por conta das carcaças presentes
em faixas de rolamentos e acostamentos, e o efeito barreira, um impacto indireto e
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não mensurável que resulta do desencorajamento dos indivíduos em atravessar


rodovias, o que provoca isolamento e perda de variabilidade genética e,
eventualmente, extinções locais e regionais.
O atropelamento de fauna é reconhecido como a principal causa
direta de mortalidade de vertebrados, superando outros impactos como a caça.
Segundo o Centro Brasileiro de Estudos de Ecologia de Estradas – CBEE, estima-se
que mais de 15 animais morrem nas estradas brasileiras a cada segundo. Diariamente
devem morrer mais de 1,3 milhões de animais. E ao final de um ano mais de 475
milhões de animais selvagens são atropelados no Brasil.
A grande maioria dos animais mortos por atropelamento são
pequenos vertebrados, como sapos, pequenas aves, entre outros. O CBEE estima
que morrem aproximadamente 430 milhões de animais pequenos. O restante dos 45
milhões se dividem em 43 milhões de animais de médio porte (p.ex. gambás, lebres,
macacos) e 2 milhões são de grande porte (p.ex. onça-parda, lobos-guarás, onças-
pintadas, antas, capivaras).
Para reduzir essa mortandade de animais nas estradas é necessário
a adoção de medidas que auxiliem a travessia da fauna silvestre, tais como: instalação
de sinalização e redutores de velocidade, passagens aéreas ou subterrâneas, cercas
e refletores.
Com o objetivo de contribuir para a redução dos impactos ambientais
negativos das estradas e rodovias brasileiras, estamos propondo conferir ao Poder
Público a obrigação de promover o reflorestamento das margens das nossas rodovias,
bem como adotar medidas que visem facilitar a travessia dos animais, reduzindo os
índices de atropelamento.
Esperamos contar com o apoio dos nossos ilustres Pares nesta Casa
para o aperfeiçoamento e aprovação da presente proposição.

Sala das Sessões, em 02 de abril de 2019.

Deputado HELIO LOPES

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA


Coordenação de Organização da Informação Legislativa - CELEG
Serviço de Tratamento da Informação Legislativa - SETIL
Seção de Legislação Citada - SELEC

LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998


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Dispõe sobre as sanções penais e


administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
.......................................................................................................................................................
CAPÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
.......................................................................................................................................................
Seção V
Dos Crimes contra a Administração Ambiental
.......................................................................................................................................................
Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir
obrigação de relevante interesse ambiental: (Vide arts. 23, 39 § 2º da Lei nº 12.305, de 2/8/2010)
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano, sem prejuízo
da multa.
Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de
questões ambientais:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
.......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................

FIM DO DOCUMENTO

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