Ficha de Leitura de Etica e Deontologia Profissional

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 25

FICHA DE LEITURA 1

AZEVEDO, T. C. e CRUZ, C. F. Balanço Social como


Referências Instrumento para Demonstrar a Responsabilidade Social das
Bibliográficas Entidades: Uma Discussão Quanto à Elaboração,
Padronização e Regulamentação. (Trabalho classificado em
3º lugar e apresentado na 53ª Convenção dos Contabilistas
do Estado do Rio de Janeiro). Rio de Janeiro, 2006.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática,
1997.

CHIAVENATO, I. Comportamento Organizacional: A


Dinâmica do Sucesso das organizações. 2. ed. Rio de
Janeiro: Campus, 2005.
KREITROM. Ética e Responsabilidade profissional do
contabilista. Fortaleza: Editora Fortes, 2004.

LIMA VAZ.Ética e responsabilidade social empresarial.


Curitiba: Juruá, 1999.

PEROOW, E. Ética nas organizações. São Paulo: Atlas,


1972.

Tema Perfil Ético de uma Organização

Definições de Termo
Organização
Conteúdos mais
Organização é a forma como se dispõe um sistema para
importantes
atingir os resultados pretendidos.
Esse sistema pode ser formado por uma, duas ou mais
pessoas que executam funções de modo controlado e
coordenado com a missão de atingir um objectivo em
comum.
Nesse sentido, pode-se falar de:
 Organização escolar;
 Organização empresarial;
 Organização pessoal;
 Organização de eventos; e
 Organização doméstica.

Organização se baseia na forma com as pessoas se inter-


relacionam entre si e na disposição e distribuição dos
diversos elementos envolvidos, com vista a uma mesma
finalidade.
Para Perrow (1972, p. 25), a organização deve ser analisada
em seu conjunto, levando-se em conta os diversos elementos
relacionados às modalidades de divisão do trabalho e de
níveis hierárquicos, ou seja, à influência que exerce sobre
as pessoas a estrutura organizacional interna, sendo esta, por
sua vez, moldada e adaptada de acordo com o ambiente
externo em que está inserida.

Ética profissional
A Ética profissional é o conjunto de normas éticas que
formam a consciência do profissional e representam
imperativos de sua conduta.
Para Lima Vaz (1999, p.16), Ética profissional é o conceito
moral e de cultura social que são considerados aceitáveis
dentro do universo corporativo.

A ética profissional proporciona um exercício diário de


honestidade, comprometimento, confiabilidade no
comportamento do profissional e na tomada de decisões
em suas actividades. A recompensa é ser reconhecido,
não só pelo seu trabalho, mas também por sua conduta
exemplar.
Conforme o Chauí (1997),existem fundamentos da ética
profissional que a sociedade valoriza os profissionais, tal
como:
•Honestidade enquanto ser humano e profissional;
• Perseverança na busca de seus objectivos e metas;
• Conhecimento Geral e Profissional para oferecer segurança
na execução das actividades profissionais;
• Iniciativa para buscar solucionar as questões apresentadas;
• Imparcialidade na execução do trabalho e na apresentação
de resultados e sugestões;
• Trabalho em Grupo de modo que seja construído um
espírito de equipe;
•Relacionamento Interpessoal baseado na compreensão,
ajuda mútua, respeito e consideração; e
• Postura Profissional, privilegiando as boas maneiras, a boa
educação, a comunicação adequada, os bons hábitos e a boa
aparência.

Perfil Ético de uma organização


De acordo com Kreitlon (2004), o perfil ético desejado pela
uma organização é mapeado, entra em cena a gestão de
pessoas. Uma das acções essenciais é reforçar a integridade
pessoal como critério de contratação em conjunto com o
alinhamento ao perfil técnico desejado pela organização.

Ter profissionais íntegros na organização minimiza riscos de


compliance, mas é importante destacar que o bom
desempenho profissional não depende apenas dessa

qualidade.

Para Souza (2005), diz que o perfil ético é dominante desde


o século XVI até o início do século XIX tem em comum uma
tendência antropocêntrica.
Costumamos achar que os desvios de perfil éticos acontecem
com pessoas ruins. Mas na verdade, é sabido que é o
conjunto de princípios e valores que fundamentam as
condutas de uma convivência harmoniosa dentro de uma
sociedade.

Esse perfil ético, enquanto conjunto de valores e


princípios, não deve deixar de ter sua importância
ressaltada diante de qualquer contexto (sector público,
privado ou terceiro sector, sociedade ou indivíduo, meio
ambiente, etc.).

Factores que influenciam as decisões de perfil ético de


uma organização:
Chiavenato (2005) afirma a existência de três factores que
influenciam as decisões perfil ético de uma organização:
 Intensidade ética: Preocupação das pessoas em
relação a algum assunto ético, onde cada decisão está
atrelada a essa intensidade;

 Desenvolvimento moral: são decisões éticas que


resultam da condição de desenvolvimento moral
obtido pela organização ou pessoa;

 Definição de princípios éticos: princípios estes que


muitas organizações utilizam para direcionar o
comportamento de seus parceiros.
Esses factores são indispensáveis para a compreensão do
perfil ético nas organizações. Portanto, Responsabilidade
Social das organizações é toda e qualquer acção por elas
praticadas que possa contribuir para a melhoria da qualidade
de vida da sociedade.

A Preocupação do meio Ambiente na Ética Empresarial


Para os autores AZEVEDO e CRUZ (2006, p. 14) a empresa,
que tem o olhar voltado à preservação do meio ambiente e o
bem-estar do indivíduo, estará contribuindo e até inspirando
outras entidades a unir forças para uma melhor qualidade de
vida e uma sociedade mais equilibrada e justa para todos.

Principalmente estará concebendo a ideia de que para a


gestão dos negócios é de vital importância que as
organizações tenham um papel social para com a
comunidade, e de que tal conduta representará seu
crescimento e até continuidade. Uma organização com perfil
ético aceitável visa manter o bom nivel de desenvolvimento
dos seus negócios em parceria com a sociedade ao seu redor.

FICHA DE LEITURA 2
ARAÚJO. A. S Contribuição para uma educação para
cidadania: professores e alunos em contexto internacional,
Referência
Portugal, s/ed,2008.
Bibliográficas
FIGUEREIDO, G. Para além da aprendizagem. Educação
democrática para um futuro humano. Tradução de
RosauraEichenberg. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

Marshall, T.H. Cidadania, Classe Social e Status. Rio de


Janeiro: Zahar. Martins, 1967.

MATIAS, R., Fátima, manual de formação ética e


deontologia, Lisboa, Novembro 2010.

Sacristán, J. G. Educar e conviver na cultura global. Edições


,ASA, Lisboa, 2001.

Sacristán, J. GEducar e conviver na cultura global. Edições


ASA. Lisboa, 2001.

Salimo, P. Estudo de Base: Campanha de educação para a


Cidadania. Moçambique: Assistência Europeia, s/ed.,2011.

Tema Educação e Cidadania: Conceito de cidadania; Objetivo e


finalidade da educação para a
cidadania.
Definições de Termos
Educação e cidadania
Conteúdos mais De acordo com Marshall (1967), A educação é encarada
importantes como sendo o principal pré-requisito. A escolarização
obrigatória é igual para todos, constitui um requisito que
capacita o indivíduo para o exercício de cidadania plena.
Advogando também o direito social à educação e à cultura
e outros direitos civis, políticos e económicos das pessoas,
capacitando-os para o exercício dos mesmos.

Araújo (2008),salienta que a educação escolar é um processo


que contribui para o desenvolvimento integral da pessoa e
para a construção da sua identidade, como cidadão
responsável e participante no desenvolvimento humano da
sociedade, na democracia participativa e na solidariedade

Martins e Magarro (2010), o conceito de cidadania é,


geralmente, entendido como o conjunto de direitos e deveres
do indivíduo que pertence a uma determinada comunidade,
que passa a designar-se como cidadão.

Cidadania é o conjunto de direitos e deveres ao qual um


indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive.

Definidos os dois conceitos chaves do trabalho, Kerr (1999)


salienta que a concepção, nomenclatura, objectivos e
finalidades que ligam a educação e a cidadania estão em
consonância com o contexto ideológico e político de cada
nação/comunidade e determinam a abordagem pedagógica
desenvolvida no espaço escolar.

Ainda na óptica do Araújo (2008), a cidadania é um conceito


indissociável da própria natureza social da instituição
escolar, pois, desde os tempos remotos são atribuídas à
escola a função de educação para a cidadania.
Já na óptica de Salimo (2011) a cidadania deve ser
compreendida como uma prática com alicerces numa
identidade baseada no reconhecimento de pertença a uma
comunidade na qual os indivíduos gozam dos mesmos
direitos e deveres, e possuem prerrogativas de participar e
de exercer a sua voz em torno dos deveres e obrigações que
têm na defesa de seus direitos, e na prossecução dos seus
interesses e da sua comunidade, dentro de um quadro de
direitos e deveres constitucional e culturalmente
estabelecidos.

Para Marufo (2010), a Educação para a cidadania refere à


educação escolar para jovens e visa assegurar que estes se
tornem cidadãos activos e responsáveis, capazes de
contribuir para o desenvolvimento e o bem-estar da
sociedade em que vivem.

Evolução histórica do conceito de cidadania


Os teóricos que se interessam pelo estudo da cidadania
atribuem a Grécia antiga como seu berço.
Segundo Matos (s ̸d) o conceito de cidadania tem suas raízes
em muitas fontes, desde as religiões, passando pela Grécia
Antiga e pelo Império Romano.
Na Grécia a Polis era entendida, ao mesmo tempo, como
cidade e como comunidade política. Era justamente este
segundo sentido que remetia às ideias basilares de cidadania,
visto que, nas Cidades-Estado gregas, eram os próprios
membros das comunidades políticas que estabeleciam suas
leis e escolhiam seus governantes.

Nesta perspectiva, a cidadania concretizava-se a partir da


participação activa na vida e nas decisões da cidade.
Araújo (2008) afirma que a concepção grega de cidadania
fazia a distinção entre cidadão e o súbdito, considerando-os
desiguais e dando primazia ao cidadão – homem, reservando
à cidadania direitos como o da participação na vida da
cidade, a possibilidade de ser eleito para cargos públicos, e
excluindo do direito de cidadania as mulheres, os escravos e
os estrangeiros.

Relação entre educação e cidadania


Por seu turno, Marshall e Bottomore (1998) citados em
Sacristan (2001) defendem que a escolarização obrigatória,
igual para todos, constitui um requisito que capacita o
indivíduo para o exercício de cidadania plena, advogando
também que o direito social à educação e à cultura tem
carácter fundamental, não só porque dele depende a
dignidade humana, na medida em que enriquece as
possibilidades de seu desenvolvimento.

De acordo com Brzezinski e Santos (2015, p. 14), “a


cidadania se aprende, mas, sobretudo, se conquista”, e a
melhor forma de conquistá-la é pela educação, pois, apesar
de toda a complexidade que a envolve, é indiscutível que o
conhecimento transforma pessoas e nações.
Assim, a educação passa a ser instrumento de revolução
cultural, meio e fim para a construção de uma sociedade
mais justa e livre.

Os objectivos da cidadania
A função da cidadania é contribuir para a participação ativa
dos indivíduos na sociedade, e o exercício pleno da
cidadania promove a participação das pessoas em diversos
setores da comunidade, havendo assim a construção de uma
sociedade democrática, (FÓRUM EDUCAÇÃO PARA A
CIDADANIA, 2008).

Portanto, a função da cidadania é garantir o cumprimento


dos direitos e deveres dos cidadãos, visando a construir uma
sociedade verdadeiramente democrática. Sendo assim, a
cidadania contribui, dentre outros aspectos, para a atenuação
da desigualdade social e para o fomento do desenvolvimento
sustentável, por meio de ações individuais e coletivas que
objetivem o respeito e a solidariedade entre os indivíduos
que compartilham um mesmo território.

O objectivo final da educação para a cidadania


O objectivo final da educação para a cidadania é a
participação responsável e consciente dos cidadãos na vida
pública do país, quer através dos processos de representação
política, quer através do empenho nas instituições da
sociedade civil, e com compromissos nos princípios e
valores essenciais da democracia.

Esta participação responsável reivindica um conjunto de


conhecimentos, competências e capacidades de intervenção
que a escola deve desenvolver. Deste modo, a educação
escolar tem uma grande responsabilidade no
desenvolvimento dessas competências e capacidades cívicas
através dos procedimentos da prática da vida escolar, com
recurso a metodologias activas e da intervenção não apenas
ao nível do currículo explícito, mas também ao nível do
currículo oculto (ARAÚJO, 2008).
Já Audigier (2000) citado por Figueiredo (2002) citando
defende que a educação para a cidadania não é um conteúdo
escolar ou um conjunto de actividades: é uma finalidade
essencial das políticas educativas.

Finalidade da Educação hoje


A principal finalidade da Educação hoje, tendo em vista uma
sociedade globalizada e democrática como a nossa, deve ser
justamente a de manter essa democracia e cada vez mais
trabalhar no sentido da socialização do educando, tendo
como princípio a compreensão do outro, o respeito as
diversas culturas e o conhecimento de saberes que
possibilitem uma perspectiva de melhor qualidade de vida,
sobretudo mais humana.

Para Pintassilgo (2002), diz que esta finalidade integradora


da escola expressou-se nas reformas de ensino e nos planos
de estudo, assim como nos manuais escolares (catecismos,
compêndios de civilidade, etc.), assistindo-se, no nível dos
espaços curriculares e dos conteúdos, a uma sucessão e
«curiosa dialéctica continuidade-ruptura: moral e religião
cristã, civilidade, direitos e deveres do cidadão e, finalmente,
educação cívica (e moral), entre outras formulações”.

Conforme Diaz-Aguado (2000, p.15), a sociedade actual


apresenta determinados paradoxos ou desafios que a
educação tem que enfrentar no século XXI e que justificam
plenamente a educação para e na cidadania, assim:
 Constata-se uma necessidade de nos relacionarmos
num contexto que é cada vez mais multicultural e
heterogéneo, ao mesmo tempo em que se verifica
uma pressão para a homogeneidade e o aumento das
incertezas sobre a própria identidade individual e
colectiva;
 As novas tecnologias da informação proporcionam-
nos possibilidades aparentemente ilimitadas.
Nomeadamente, permitiram eliminar as barreiras
espaciais da comunicação, coexistindo em
simultâneo com o isolamento e a exclusão social de
alguns indivíduos e grupos sociais; e tornaram ainda
disponível e facilmente acessível uma enorme
quantidade de informação, ao mesmo tempo em que
se constata uma razoável dificuldade para a processar
e compreender;
 Verifica-se que existe um ressurgimento de formas
de intolerância e de violência que se pensava estarem
já superadas (e.g., tráfico de seres humanos,
escravatura laboral, xenofobia, violência doméstica,
para além dos conflitosarmados) em simultâneo com
a
ausência de certezas absolutas relativamente à forma
de as enfrentar.

FICHA DE LEITURA 3
ARAÚJO. A. S., Contribuição para uma educação para
cidadania: professores e alunos em contexto internacional,
Referência
Portugal, s/ed. 2008.
Bibliográficas
CABRITO., Educação e Formação de Adultos: Mutações e
convergências, 2005.

Fonseca, A. M. Educar para a cidadania. Motivações,


princípios e metodologias. Porto: Editora, 2000.

KERR, R. Educação para a Cidadania e Cidades Educadoras


texto editores, S. Paulo. 1999.

Marshall, T.H. Cidadania, Classe Social e Status. Rio de


Janeiro: Zahar. Martins, 1967.

Marufo, G. Para além da aprendizagem. Educação


democrática para um futuro humano. Tradução de Rosaura
Eichenberg. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

Oliveira-Martins, G. Europa – Unidade e diversidade,


educação e cidadania. Colóquio.,1992.

Tema Importância da educaҫão e da cidadania

Definições de Termo
Educação e cidadania
Conteúdos mais
De acordo com Marshall (1967), A educação é encarada
importantes
como sendo o principal pré-requisito. A escolarização
obrigatória é igual para todos, constitui um requisito que
capacita o indivíduo para o exercício de cidadania plena.
Advogando também o direito social à educação e à cultura
e outros direitos civis, políticos e económicos das pessoas,
capacitando-os para o exercício dos mesmos.

Para Brzezinski e Santos (2015, p. 14), “a cidadania se


aprende, mas, sobretudo, se conquista”, e a melhor forma de
conquistá-la é pela educação, pois, apesar de toda a
complexidade que a envolve, é indiscutível que o
conhecimento transforma pessoas e nações.
Cidadania é o conjunto de direitos e deveres ao qual um
indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive.

Araújo (2008), salienta que a educação escolar é um


processo que contribui para o desenvolvimento integral da
pessoa e para a construção da sua identidade, como cidadão
responsável e participante no desenvolvimento humano da
sociedade, na democracia participativa e na solidariedade.

Ainda na óptica do Araújo (2008), a cidadania é um conceito


indissociável da própria natureza social da instituição
escolar, pois, desde os tempos remotos são atribuídas à
escola a função de educação para a cidadania.

De acordo com Kerr (1999), a promoção da Cidadania pode


ser enquadrada em três vertentes como:
• Educação em Cidadania: conhecer como bom cidadão é
envolver-se na aquisição e transmissão de conhecimentos, na
compreensão da história nacional, e mecanismos da vida
política e da governação.

• Educação pela Cidadania: actuar como bom cidadão,


defende que o desenvolvimento de competências de
Cidadania não resulta apenas de um processo
colateral de aquisição de informações, exige a prática,o
envolvimento, a cooperação e a participação na escola e na
comunidade.
• A temática de Educar para a Cidadania: pensar como bom
cidadão, engloba a educação em Cidadania e a Educação
pela Cidadania, na medida em que defende a
promoção de um conjunto de ferramentas, conhecimento e
compreensão,competências e atitudes, valores e disposições
que habilitem os aprendentes a participar de forma crítica,
reflectida e activa nos papéis e responsabilidades que a sua
condição de pessoa e cidadão lhe reservam.

Para Marufo (2010), a Educação para a cidadania refere à


educação escolar para jovens e visa assegurar que estes se
tornem cidadãos activos e responsáveis, capazes de
contribuir para o desenvolvimento e o bem-estar da
sociedade em que vivem.
Leite e Rodrigues (2001) salientam que a educação para a
cidadania «não se resume à aprendizagem dos direitos e
deveres dos cidadãos mas passa essencialmente pela
construção da escola democrática onde seja possível
vivenciar situações de mútuo conhecimento, valorização e
respeito, que assumam um carácter formativo e
potencializador dessa formação nos vários contextos de vida
dos indivíduos.

Importância da educação
Educar para a cidadania é muito mais do que simplesmente
ensinar aos alunos os problemas de um país. É reflectir sobre
as próprias atitudes, é comunicar e ouvir, é argumentar e
escutar os pontos de vista dos outros. É actuar de forma
construtiva e socialmente responsável, incluindo o respeito e
evocando o princípio de justiça, (CABRITO, 2005).

Ainda no mesmo autor diz que, na sala de aula, os alunos


podem começar a enfrentar questões de independência global
por meio de um curso. As aulas que permitem métodos
variados de aprendizado, como debate
e interpretação de papéis, estão se tornando uma necessidade
crescente para o currículo escolar.

Como resultado, os alunos aprendem a se tornar aprendizes


de sucesso, indivíduos confiantes, cidadãos responsáveis e
colaboradores efectivos que permitirá aos alunos que
explorem, desenvolvam e expressem seus próprios valores e
opiniões.
Para Oliveira-Martins, G. (1992), diz que com a Educação, o
individuo se torna mais consciente, participante da
comunidade e se torna um solucionador de problemas.

Importância da cidadania
A Importância da cidadania está relacionada à construção de
uma sociedade democrática, levando em conta os direitos e
deveres dos cidadãos, sejam eles civis, políticos ou sociais,
por meio da participação activa do indivíduo em diferentes
esferas da sociedade, (FONSECA, A. M. 2000).
Ninguém nasce cidadão, mas torna-se cidadão pela
educação, porque a educação actualiza a inclinação potencial
e natural dos homens à vida comunitária ou social.

Teoricamente, a aplicação do conceito de cidadania é


imprescindível para haver uma melhor organização social,
ter consciência de seus direitos e obrigações, garantindo que
estes sejam colocados em prática e estar em pleno gozo das
disposições constitucionais.

FICHA DE LEITURA 4

Referência
Bibliográficas Alves, A. Ética profissional. São Paulo: Atlas, 2000.

CORTINA, M. Ética na empresa. Petrópolis: Vozes, 2009.

Destarte e Martiz, R. Educação para a Cidadania e Cidades


Educadoras texto policopiado, 2005.

LUCKESI, Adolfo S. Ética. 29ª ed. Rio de Janeiro:


Civilização Brasileira, 1994.

Morin, E. Os Sete Saberes Necessários à Educação do


Futuro. Cortez Editora., S. Paulo, 2000.

SAPATO, R. H. Ética Empresarial. Campus Ed. 2007.

Tema Dimensão ética na Educaҫão: Ética e educaҫão

Definições de Termo
Ética
Conteúdos mais
DESTARTE, CORTINA E MARTÍNEZ (2005, p.3),
importantes
entendem que a palavra ética vem do grego ethos:
originalmente tinha o sentido de “morada”, “lugar em que se
vive” e posteriormente significou “carácter,” “modo de ser”
que se vai adquirindo durante a vida.
MOORE (1975), aponta duas origens possíveis para ethos: a
primeira é a palavra grega éthos, que pode ser traduzida por
costume, a segunda também se escreve éthos, porém com e
longo, que significa propriedade do carácter.

A ética foi relacionada e definida como costume, tendo sua


definição como a doutrina dos costumes ou dos hábitos
fundamentais que determinam a atitude e a conduta tanto do
indivíduo como da sociedade.

CORTINA (2015) citada por ALVES (2020, p.20), entende


que a ética é um tipo do saber que se tenta construir
racionalmente, utilizando para tanto o rigor conceptual e os
métodos e de análise e explicação próprios da filosofia.
Como reflexão sobre as questões morais, a ética pretende
desdobrar conceitos e argumentos que permitam
compreender a dimensão moral da pessoa humana nessa sua
condição de dimensão moral. Diante do disso, foi possível
constatar a relação existente entre a ética e moral. Essa
associação ou correspondência possibilitou a interpretação
da ética como sinónimo de moral.

Lima Vaz (1999, p.41) A interrelação entre permanência e


historicidade que aparece como constitutiva do fenómeno
ético é responsável, por sua vez, pela forma como o ethos
socialmente se apresenta, ou seja, a forma do “costume”
(mores, moeurs, Sitten) que, em sua abrangência e
universalidade, é a forma com que a vida humana é vivida
dentro de determinada tradição moral.

Há certa distinção básica entre os conceitos de ética e moral,


porque os conceitos são apresentados como se fosse a
mesma coisa, mas apesar da semelhança entre ambos,
apresentam campos semânticos distintos, o que os torna
diferentes quando se investiga o sentido que é dado a cada
um deles.

Cortina (2009, p.40) faz a seguinte menção no que concerne


à tarefa ética: A tarefa ética consiste, pois, a meu ver, em
acolher o mundo moral em sua especificidade e em dar
reflexivamente razão dele, no propósito de que os homens
cresçam em saber acerca de si mesmos e, consequentemente,
em liberdade.
Para Morin (2000), a ética é um elemento vital na produção
da realidade social, ou seja, principal responsável da
formação da consciência moral do sujeito.

Educação
A palavra educação em português vem de educar. Por sua
vez, “educar” vem do latim educare que é um derivado de
ex, que significa fora ou exterior e educere, que significa
guiar, instruir, conduzir.

O significado de termo direcionar, para fora, era empregado


no sentido de preparar as pessoas para o mundo e viver em
sociedade, ou seja, conduzi-las para fora de si mesmas,
mostrando diferenças que existem no mundo (SAPATO,
2017).
Para Haydt (2011, p.11), a educação tem sido utilizada, ao
longo do tempo, com dois sentidos: Social e Individual.
 Do ponto de vista social, é a acção que as gerações
jovens, orientando a sua conduta, por meio da
transmissão do conjunto de conhecimentos, normas,
valores, crenças, usos e costumes aceitos pelo grupo
social.
 De ponto de vista individual, a educação refere-se
aodesenvolvimento das aptidões e potencialidades de
cada indivíduo, tendo em vista o aprimoramento de
sua personalidade.
Ainda Passamai (2005), diz que, a educação é um processo
social que deve ser coerente com uma visão do homem, do
mundo e de uma sociedade, e constitui o modo de
transmissão dos saberes, das crenças, dos valores, das
tradições e da cultura das gerações mais velhas às gerações
mais novas.

Libâneo (1998, p.18), afirma que “ninguém escapa da


educação, a partir de casa, na rua, na igreja, ou na escola, de
um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços de
vida com ela, para aprender, para ensinar, para aprender-
ensinar, para saber fazer, para ser ou para conviver, todos os
dias misturamos a vida com a educação”.
Dimensão Ética na Educação
De acordo com Brandão (1985, p.7, citado por Trautman,
2002, p.43-44), as dimensões éticas para um profissional da
educação incluem:
Respeito: Tratar todos os alunos, colegas e membros da
comunidade escolar com dignidade, consideração e
igualdade.
Responsabilidade: Assumir a responsabilidade pela
qualidade do ensino, pelo bemestar dos alunos e pelo
cumprimento das obrigações profissionais.
Integridade: Agir de acordo com os valores éticos,
mantendo a honestidade, a transparência e a coerência entre
o que se ensina e o que se pratica.

Justiça: Promover a igualdade de oportunidades, tratar os


alunos de forma imparcial e garantir uma avaliação justa e
equitativa.
Empatia: Demonstrar compreensão, consideração e
empatia pelos alunos, reconhecendo suas necessidades
individuais e promovendo um ambiente acolhedor.
Profissionalismo: Manter-se atualizado com as melhores
práticas educacionais,respeitar as normas institucionais e
actuar com ética em todas as interações profissionais.

Essas dimensões éticas são essenciais para o


desenvolvimento de um profissional da educação
comprometido com a formação integral dos estudantes e
com a construção de uma sociedade mais justa e ética.

A ética do profissional da Educação


As virtudes acima citadas servem para todas as profissões,
mas existem virtudes específicas que determinam a ética do
profissional da docência em seu espaço de sala de aula,
espaço pedagógico.
A exigência destas virtudes específicas tem relação com a
tarefa do docente como educador e seus cui- dados na
relação com os alunos, (MORIN 2007, P.39-40).

A prática pedagógica e a ética do docente, bem como as


virtudes que o docente deve ter como comportamento ético,
devem estar adequadas a um modelo de educação na
sociedade.
A educação tem papel importante no meio social, mas é
necessário saber como atua a educação conforme sua
concepção.

Para Luckesi (1994, p.37), a educação pode ser concebida


como redenção da sociedade, como reprodução da sociedade
ou como transformação da sociedade.
Como reprodução da sociedade, a educação é parte da
sociedade. Mas, como integrante da própria sociedade, tem a
tarefa de reproduzir o mo- delo vigente na sociedade com
todos seus aspectos econômicos, sociais e políticos, o que
representa na verdade, uma forma de amoldar os indivíduos
para a perpetuação de um modelo.

Nesse sentido, deve-se pensar na educação como


transformação da sociedade, como um instrumento
democrático inserido no contexto social, refletindo os
problemas econômicos, sociais e políticos, mas sempre
pensando na realização de um projeto social.

FICHA DE LEITURA 5
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino
Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
Referência
Apresentação dos temas transversais e ética. Brasília:
Bibliográficas
MEC/SEF,1997.

RIOS, Terezinha Azerêdo. Dalben et. al. Ética na formação e


no trabalho docente: para além de disciplinas e códigos. In:
Convergências e tensões no campo da formação e do
trabalho docente. Autêntica, Belo Horizonte, 2001.

VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Rio de Janeiro:


Civilização Brasileira, 1997.

Baptista A. M. Educar para a cidadania. Motivações,


princípios e metodologias.
Porto: Editora.2005.

Ferreira, M. J. A Construção Social da Cidadania na


Infância. Conferência proferida no IV Congresso da Texto
Editora. 2006.

Tema Ética Profissional – O lugar da Ética no Trabalho de um


Educador

Conceitos
De acordo com Brandão, citado por Trautman (2002, p.43-
Conteúdos mais
44), as dimensões éticas para um profissional da educação
importantes
incluem o respeito, responsabilidade, integridade, justiça,
empatia e profissionalismo.
Quando se fala da presença da ética na educação ou na
escola, está-se, na verdade, falando da moral.
A ética é um modo de regulação dos comportamentos que
provém do indivíduo e que assenta no estabelecimento, por
si próprio, de valores (que partilha com outros) para dar
sentido às suas decisões e acções.

Os princípios éticos são directrizes pelas quais o homem,


enquanto ser racional e livre rege o seu comportamento. O
que significa que a ética apresenta, em simultâneo, uma
dimensão teórica (estuda o "bem" e o "mal") e uma
dimensão prática (diz respeito ao que se deve fazer).
A moral se define como o conjunto de valores, regras,
normas que dirigem as acções dos indivíduos em sociedade,
a ética se apresenta como uma reflexão crítica sobre a
moralidade.
Falamos na presença de uma dimensão ética na aula quando
nela a acção é orientada pelos princípios do respeito, da
justiça, da solidariedade, que são promotores do diálogo.
A dimensão ética do trabalho docente
Para Rios (2001), a dimensão ética do trabalho docente se
articula com:
 Uma dimensão técnica, que diz respeito ao domínio
dos saberes (conteúdos e técnicas) necessário para a
intervenção em sua área e à habilidade de construí-
los e reconstruí-los com os alunos;
 Uma dimensão estética, que diz respeito à presença
da sensibilidade na relação pedagógica e sua
orientação numa perspectiva criadora;
 Uma dimensão política, que diz respeito à
participação na construção colectiva da sociedade e
ao exercício de direitos e deveres.
A dimensão técnica tem seu significado empobrecido
quando é considerada desvinculada de outras dimensões. É
assim que se cria uma visão tecnicista, na qual se
supervaloriza a técnica, ignorando sua inserção num
contexto social e político e atribuindo-lhe um carácter de
neutralidade, impossível justamente por causa daquela
inserção.
A sensibilidade é um elemento constituinte do trabalho
pedagógico e é algo que vai além do sensorial, e que diz
respeito a uma ordenação das sensações, uma apreensão
consciente da realidade, ligada estreitamente à
intelectualidade (Ostrower, 1986:12-13).
Falar numa dimensão ética da docência, mais
particularmente da aula, é, portanto, pensar na necessidade
da presença dos princípios éticos na sua construção no seu
planejamento, no desenvolvimento do processo, na revisão e
no reencaminhamento do trabalho.

O lugar da ética no trabalho de um educador


Segundo Paranhos (2007), o termo ético deriva do grego
ethos (carácter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um
conjunto de valores morais e princípios que norteiam a
conduta humana na sociedade.

No pensamento da filosofia, a ética e uma ciência que estuda


os valores e fundamentos morais de uma sociedade e seus
grupos.

Segundo BARBIERI, (2009, p.84),“A ética pode ser


considerada uma dimensão específica da responsabilidade
social, o termo responsabilidade, entendido como obrigação
ou compromisso para com outros, faz parte da linguagem da
moral e da ética.

Para Vasquez (1997, p. 12), A ética é a teoria ou ciência do


comportamento moral dos homens em sociedade. De acordo
com esta abordagem, a ética se ocupa de um objecto próprio.
Conforme o autor, a educação pautada na prática da ética
pressupõe uma acção afectiva, que uni, Induz, compreende,
encaminha, e partilha de geração para geração.

A Ética no Trabalho Docente


Para Barroco (2009, p.121), O homem e considerado como
ser humano, racional, pois tem capacidade para agir de
acordo com sua consciência e liberdade, atributos essenciais
de um ser humano. Esses atributos foram criados pelo
próprio ser humano, a partir do seu desenvolvimento.

Segundo Simões (2005), a ética é uma resposta do grupo


profissional, moral profissional, moral do trabalho. Os
grupos profissionais buscam a distinção de interesses de
outros grupos e da sociedade em geral que procura estudar,
pesquisar, sistematizar padrões. Isso passa a ser ética como
ciência, cujo objecto é a moral.

Baptista (2005), diz que a sociedade contemporânea tem na


escola um lugar privilegiado para a concretização do ideal de
humanidade construído em torno dos valores da democracia,
da justiça, da paz e da solidariedade.

O docente visa determinar uma conduta ética que aprimore a


conduta moral tanto dos docentes quanto dos discentes.
A elaboração do docente como um sujeito que ajusta seu
comportamento por princípios, empenhado com a justiça,
com a elucidação e a independência, com a humanização e o
pensamento crítico, é o resultado de um trabalho constante e
a dedicação do sujeito consegue mesmo e com o acto
educativo.
O docente tem que cuidar de sua própria conduta, vigiar seus
pensamentos, zelar pela relação entre o que é dito e o que é
feito, é compromisso sem rivalidades de educadores e
intelectuais educacionais críticos.

Paulo Freire (2006), propõe uma prática educativa que


considere sobre o compromisso e a responsabilidade do
educador, em relação à sala de aula, os limites da ética, do
que é “ser ético”.

Importância da Ética na Formação Docente


A formação ética deverá preparar os docentes para apoderar-
se de uma consciência nítida no seu crescimento moral,
pessoal e profissional que habilite a entender e apoiar os
alunos no seu processo de crescimento sócio moral,
planejando a sua formação para a vida, e o mundo do
trabalho, responsabilizado consigo, e os outros e na sua
profissão.

De acordo com Contreras (2002, p.73), na formação pessoal


é importante, tendo em vista que, influencia o modo de
pensar e agir, divulgar os valores da sociedade, distinguir
que se deve e não deve fazer.
Na formação profissional auxilia a conduta social do
educador, para a reflexão sobre a acção e ajudar a estimular
nas crianças os valores da sociedade.

Avisão dos Professores


Para o professor, a escola é um ambiente de criação de
relação de independência do aluno, produz seu trabalho
possibilitando a relação com a instituição. Atentar-se para a
globalização e orientar o estudante para a vida, dando-lhe
condições para inserir na sociedade.

Conforme os conteúdos se concretizam de acordo com o


valor social e específico variando de sociedade para
sociedade, cultura para cultura, seus interesses e poderes,
sendo sempre importante ressaltar o tamanho dos valores
morais de cada indivíduo e seus comportamentos presentes
em suas relações com outros indivíduos e com culturas e
povos encontrados, (BRASIL, 1997, p. 52).

Para o professor ensinar, deve-se ter respeito com a


realidade, identidade e individualidade dos alunos. Cada
aluno tem uma história de vida diferente, e por este motivo,
diversas culturas, regras e realidade na sociedade, e para a
inclusão do aluno na sociedade em que se agrupa é
necessário cautela para referir alguns assuntos.

A função do educador é fomentar a decisão de consciência,


voltado em um processo democrático e integrador, e às
diversidades socioculturais, se exprime no gosto de fazer
cidadania, no aprender a pensar, ser, conviver que se
colocam nesse novo cenário pós- moderno.

Você também pode gostar