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PORTUGUÊS – GRAMÁTICA, LITERATURA E DISTOPIA-
INT. DE TEXTO TD 01 EMPADA
ENCONTROS VOCÁLICOS 3-Classifique ditongos dos seguintes vocábulos Os encontros vocálicos são três: ditongo, tritongo em crescentes ou decrescentes: e hiato. água • Ditongo: é a combinação de uma vogal+ uma mamão semivogal, ou vice-versa, na mesma sílaba. biscoito Exemplos: pai, herói, sério, quando. farmácia Dividem-se os ditongos em: peitoral a) orais: pai, jeito, fui, etc. outono b) nasais: mãe, pão, põe aquário c)decrescentes: (vogal + semivogal): pauta, Letícia constitui, ouro, jeito alemães d) crescentes: (semivogal + vogal): gênio, pátria, ambíguo série, quatro igualdade •Tritongo: é o conjunto semivogal/ +vogal+ loucura semivogal, formando uma só sílaba. LITERATURA – QUINHENTISMO a) oral: iguais, averiguei, averiguou, delinquiu, O Quinhentismo é o nome atribuído às primeiras sequoia, Uruguai. produções literárias construídas pelos autores do b) nasal: quão, saguão, saguões Velho Mundo sobre os territórios descobertos pelo • Hiato: é o encontro de duas vogais pronunciadas expansionismo marítimo do século XVI. Nesse em dois impulsos distintos, formando sílabas sentido, a grande quantidade de textos do período diferentes: Saara (Sa-a-ra)/faísca (fa-ís-ca)/ saúde versa sobre as paisagens percorridas e os locais (sa-ú-de) /ciúme (ci-ú-me) encontrados. Tudo isso relatado em crônicas de EXERCÍCIO viagem, em uma literatura documental e 1- Separe as palavras abaixo em três colunas: informativa. É assim que se inaugura a literatura ditongos, tritongos e hiatos: equestre - ciúme - brasileira: pelos discursos feitos pelos radiouvinte - mínguam -fortuito - poético - portugueses sobre a descoberta da quaisquer- aquático - reagir- pessoa - guaicuru – Ilha de Santa Cruz. O Quinhentismo brasileiro averiguou constituiu-se, portanto, de uma literatura 2- Indique quantas letras e quantos fonemas há informativa sobre a terra e das produções em: realizadas no processo de catequização dos MALTRAPILHO- indígenas – a literatura jesuítica. A literatura OBSTRUÇÃO informativa constitui-se das crônicas dos FUGITIVO- viajantes, que eram feitas para relatar ao Rei de CADERNO Portugal as características físicas não só dos VANTAGEM- territórios avistados, mas também do povo que os GUERRILHEIRO ocupava. Duas eram as preocupações dos COELHO europeus: visualizar a riqueza, ou seja, os bens AQUARELA naturais a serem explorados, e ter consciência das GEOGRAFIA- condições de ocupação, inclusive sobre a ATRAVESSAR- resistência ou não dos habitantes locais. Diante de OUVIDO- tal incumbência de tudo informar ao Rei e de fazê- MÉXICO lo de modo mais verossímil possível, era comum VERGONHA- nas expedições a figura de um cronista nos FÊNIX navios, que tinha justamente o papel de relator das ASCENÇÃO- paisagens e de delator dos episódios. Dentro do MACARRONADA contexto histórico vivenciado por Portugal e pelo Brasil, a Carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei Dom Manuel sobre o achamento da Ilha de Vera Cruz foi o relato mais significativo. Essa crônica é considerada o texto fundacional da literatura 7- (Enem) Murilo Mendes, em um de seus brasileira, a “certidão de nascimento” do país. poemas, dialoga com a carta de Pero Vaz de Esquecida durante muitos séculos, somente no Caminha: oitocentismo a Carta de Caminha ganhou “A terra é mui graciosa, notoriedade, principalmente porque o momento Tão fértil eu nunca vi. histórico era adequado para isso: a Independência A gente vai passear, do Brasil. Os escritores e pintores românticos No chão espeta um caniço, passaram, assim, a cultuar a Carta, a exaltar a No dia seguinte nasce figura do índio como o “Bom Selvagem”, o que já Bengala de castão de oiro. vinha sendo divulgado pela filosofia de Rousseau. Tem goiabas, melancias, LITERATURA JESUÍTICA Banana que nem chuchu. Quanto à literatura jesuítica, merece destaque o Quanto aos bichos, tem-nos muito, trabalho poético – e principalmente dramático – De plumagens mui vistosas. desenvolvido pelo Padre Anchieta, que veio para Tem macaco até demais o Brasil em 1553, com a tarefa de participar do Diamantes tem à vontade processo de catequização dos índios. A obra de Esmeralda é para os trouxas. Anchieta, como um todo, é composta por cartas, Reforçai, Senhor, a arca, próximas à estrutura das crônicas da época, nas Cruzados não faltarão, quais ele descreve os costumes dos índios, por Vossa perna encanareis, poemas religiosos e por peças teatrais, Salvo o devido respeito. geralmente autos. Anchieta, aos poucos, Ficarei muito saudoso acrescentava ao tupi e às entidades religiosas Se for embora daqui”. indígenas, com os quais ele estruturava suas MENDES, Murilo. Arcaísmos e termos coloquiais peças, vocábulos do português e demonstrações misturam-se nesse poema, criando um efeito de da fé cristã para que, assim, os índios fossem contraste, como ocorre em: “encenando” a verdadeira fé que teriam de viver. A) A terra é mui graciosa / Tem macaco até demais CONTINUAÇÃO DO EXERCÍCIO B) Salvo o devido respeito / Reforçai, Senhor, a 4- (FUVEST-SP) Entende-se por literatura arca informativa no Brasil C) A gente vai passear / Ficarei muito saudoso A) o conjunto de relatos de viajantes e D) De plumagens mui vistosas / Bengala de castão missionários de oiro europeus sobre a natureza e o homem brasileiros. E) No chão espeta um caniço / Diamantes tem à B) a história dos jesuítas que aqui estiveram no vontade século XVI. 8- (UNISA) A “literatura jesuíta”, nos primórdios de C) as obras escritas com a finalidade de nossa história: catequese do indígena. a) tem grande valor informativo; D) os poemas do Padre José de Anchieta. b) marca nossa maturação clássica; E) os sonetos de Gregório de Matos. c) visa à catequese do índio, à instrução do colono 5- (UFMG–2006) Com base na leitura da Carta de e sua assistência religiosa e moral; Pero Vaz de Caminha, é INCORRETO afirmar que d) está a serviço do poder real; esse texto e) tem fortes doses nacionalistas. A) se filia ao gênero da literatura de viagem. 9- Leia o texto “Erro de português”, de Oswald de B) aborda seu próprio contexto de produção. Andrade, para responder à questão. C) usa registro coloquial em estilo cerimonioso. Erro de português D) se compõe de narração, descrição e Quando o português chegou dissertação. Debaixo duma bruta chuva 6-(UniFOA-RJ) Constitui característica Vestiu o índio fundamental da literatura dos viajantes Que pena! Fosse uma manhã de sol A) a análise crítica da política portuguesa em O índio tinha despido relação ao Brasil. O português. B) o discurso laudatório sobre a política Podemos observar que há uma crítica do autor em econômica do país. relação aos povos colonizadores, sobretudo uma C) o discurso muito eloquente e muito ufanista na crítica sobre as intenções dos padres jesuítas, descrição da terra brasileira. amplamente expressas na literatura produzida D) a análise profundamente psicológica do homem durante o Quinhentismo. A crítica de Oswald de brasileiro. Andrade está presente no verso: E) o alto valor literário nas obras eminentemente (a) “Quando o português chegou (...)”; regionais. (b) “(...) Vestiu o índio (...)”; (c) “(...) Debaixo de uma bruta chuva (...)”; (d) “(...) O índio tinha despido (...)”; (e) “(...) Que pena! Fosse uma manhã de sol (...)” desfazer todos os nós em um esforço delirante. 10- São características da poesia do Padre José Provença e alguma coisa que em mim se fecha. de Anchieta: Provença como uma mulher que se apoia. É A) temas vários, desenvolvidos sem qualquer preciso viver e criar. Viver chorando – como diante preocupação pedagógica ou catequética; dessa casa de telhas redondas e persianas azuis B) linguagem cômica, visando a divertir os índios; numa encosta encravada de ciprestes. expressão em versos decassílabos, como a dos 8 DE SET. Marselha, quarto de hotel. Grandes poetas clássicos do século XVI; flores amarelas da tapeçaria com fundo cinza. C) o tom sério das obras sermonísticas que Geografias da imundície. Canto engordurado e visavam a ensinar os jovens jesuítas chegados ao encardido atrás do enorme radiador. Cama de Brasil; ripas, interruptor quebrado… Aquela espécie de D) função pedagógica; temática religiosa; liberdade que vem do suspeito e do ilícito. expressão em redondilhas, o que permitia que CAMUS, Albert. Esperança do mundo. fossem cantadas ou recitadas facilmente. Os dois fragmentos fazem parte de Esperança do E) cartas e poemas extremamente nacionalistas mundo, livro publicado postumamente a partir de que visavam defender os índios. anotações deixadas em cadernos pelo escritor Albert Camus. Considerando o gênero textual, conclui-se que os dois fragmentos se enquadram A) no gênero textual “carta”, pelo registro da data e pelo relato de considerações pessoais e acontecimentos corriqueiros para um interlocutor familiar. B) no gênero textual “bilhete”, pelo conhecimento do receptor da mensagem, pela linguagem impessoal utilizada e pela brevidade da mensagem transmitida. C) no gênero textual “diário” pelo registro da data, pelo relato de impressões ou considerações pessoais e pela descrição de acontecimentos ou locais verídicos. D) no gênero textual “memorando” pelo registro da 11- O cartum pode ser definido como um desenho data, pela brevidade da mensagem transmitida e humorístico cujo propósito é satirizar o por se constituir de memórias. comportamento humano e os problemas da vida E) no gênero textual “poema” pela brevidade dos em sociedade. O cartum em questão apresenta conteúdos, pela presença de impressões estéticas esse objetivo, propondo um conteúdo de crítica e pelo estilo livre. social. O elemento de crítica da imagem está 13- É indiscutível: os emojis já fazem parte da A) no contraste entre a fi gura da mulher e sua linguagem online e fala-se até em linguagem sombra, retratando que a mulher no mercado de universal. […] Mas conforme cresce a quantidade trabalho ainda é assombrada pelo estereótipo e a de emojis, cresce também a quantidade de imposição social das atividades domésticas. confusões. Um grupo de pesquisadores da B) na sombra da mulher inserida no mercado de Universidade de Minnesota concluiu algo que todo trabalho, indicando que, apesar da aceitação, há usuário de emojis que se preze já sabe: nem todo uma faceta feminina que fica mascarada quando a mundo entende um emoji da mesma forma, já que mulher assume um emprego. cada plataforma exibe um desenho diferente. C) no desconforto da mulher retratada, que se vê […] ALENCAR, Lucas. Os emojis são símbolos como uma dona de casa apesar da ocupação do gráficos utilizados na comunicação pela mercado no trabalho, refletindo a luta social pelo internet que transmitem a ideia de uma palavra ou retorno ao modelo familiar tradicional. enunciado completo. O argumento central do autor D) na mulher espantar-se com sua sombra, do texto é que mostrando a dissociação e afastamentos plenos A) a universalidade dos emojis é cada vez maior, existentes entre os modelos femininos pois sua expressão é muito mais precisa e prática apresentados socialmente. que a escrita ou oralidade. E) na diferença entre a mulher e sua sombra, B) mesmo não sendo ainda uma linguagem traçando a trajetória da conquista do espaço social universal, o emojis podem se tornar o melhor pelas mulheres, que hoje participam da vida sistema de linguagem se os desenhos forem pública e do mercado de trabalho em igualdade padronizados em todas as plataformas digitais. com os homens. C) os emojis implicam diversas confusões por 12- SETEMBRO. Esse mês de agosto foi como possuírem diversos tipos de desenhos que podem uma virada – uma tomada de fôlego antes de ser interpretados diferentemente, impossibilitando seus problemas. Mas você também é culpado. que se torne uma língua universal. Talvez não tenha fornecido treinamento suficiente. D) os emojis são uma linguagem cada vez mais Talvez não tenha explicado direito o que desejava. acessível e universal por possuir diversas Talvez tenha pedido muito, em pouco tempo. interpretações e representações em desenho Assumir a responsabilidade quando as coisas dão diferentes. errado, em vez de culpar os outros, não é E) apesar do uso cada vez mais universal dos masoquismo, é empoderamento: porque assim emojis, não há unanimidade na interpretação de você se concentra em fazer as coisas melhor ou seus símbolos, pois cada plataforma apresenta com mais sabedoria da próxima vez. um desenho diferente. SOUZA, A. 10 coisas que você precisa parar de 14- TEXTO I fazer para ser feliz. O historiador Durval Muniz Albuquerque Jr. inicia o O texto tem como objetivo auxiliar o leitor em seu seu livro A invenção do Nordeste e outras artes, desenvolvimento pessoal. Para isso, o autor convidando-nos a olhar o Nordeste na mídia: A) utiliza uma linguagem direta e objetiva. novelas, documentários, reportagens jornalísticas B) ampara-se na função metalinguística da e, principalmente, programas de humor. O que linguagem. geralmente aparece em cena é um lugar bem C) procura embasar seus argumentos em dados distante (de quem?), com pessoas engraçadas, concretos. que falam errado, se vestem com roupas D) apela para as emoções e dirige-se diretamente emendadas, usam maquiagem exagerada, dão ao interlocutor. tiro e peixeradas para todo lado... O que se E) faz uso da linguagem poética, havendo encontra de comum em todas estas imagens preocupação nítida com a estética. pitorescas e risíveis é um discurso concreto que produz um incômodo nos moradores da região e que pode gerar ao mesmo tempo uma intrigante aceitação do lugar de marginal frente a uma cruel estratégia de estereotipização. VASCONCELOS, C. P. TEXTO II Para quem está acostumado a ver o sertão brasileiro em filmes e séries, com vegetação árida e secura, deixe tudo isso para trás. Aqui [no filme brasileiro Bacurau, de 2019], Thales Junqueira propôs um sertão mais vibrante, colorido e pop, com vegetação verde abundante. “Além da paleta de cor forte, queríamos dar ao filme essa ideia de coletivo, conectividade, comunicação.” Não estranhe, portanto, a onipresença da tecnologia e dos sinais de internet. JACOB, P. A relação entre os fragmentos expostos se dá na medida em que o Texto II A) dialoga com o Texto I, uma vez que o retrato do Nordeste em Bacurau reforça o discurso midiático acerca da região. B) reflete o Texto I, uma vez que a representação proposta pelo filme não se opõe à concepção apresentada pelo historiador. C) critica o Texto I, uma vez que a proposta do filme é retomar e valorizar as raízes do Nordeste, negadas pelo discurso midiático. D) retoma o Texto I, uma vez que a ambientação de Bacurau se propõe a subverter o estereótipo nordestino cristalizado pela mídia. E) reforça o Texto I, uma vez que a produção cinematográfica pretende substituir uma visão do Nordeste ligada à seca por uma ligada à tecnologia. 15- Pessoas cometem erros. Funcionários não atendem suas expectativas. Vendedores não entregam a tempo. Então você culpa os outros por