Molas

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Trabalho Molas

ÍNDICE

INTRODUÇÃO.....................................................................................................3

TEORIA FÍSICA DAS MOLAS............................................................................4

CLASSIFICAÇÃO DE MOLAS............................................................................4

CARACTERÍSTICAS E DIMENSIONAMENTO DE MOLAS...............................7

MONTAGEM E COMPOSIÇÃO...........................................................................9

CONCLUSÃO......................................................................................................11
INTRODUÇÃO

Todo elemento mecânico pode ser considerado uma mola, pois todos eles
respondem elasticamente a uma solicitação de força por menor que seja o intervalo de
tempo. Uma outra definição mais simples diz que mola é todo o objeto que tem a
capacidade de armazenar energia mecânica. Estas são feitas geralmente de aço
enrijecido e suas dimensões e formas variam de acordo com o local a serem usadas.
As molas estão presentes no nosso dia a dia em diferentes situações e de diversas
formas. Ao longo da historia a mola sempre exerceu um importante papel no
desenvolvimento de equipamentos que sofrem força.

A mola esta presente desde uma simples caneta, até em naves


aeroespaciais, existe uma diversificada gama de formatos e composição. Por definição
mola é um objeto que se dá impulso ou resistência a qualquer peça, para imprimir
movimentos, amortecer embates, prender um objeto, destinada a reagir, depois de
haver sido dobrada, vergada, distendida ou comprimida, a partir desta definição
podemos notar a importância de tal peça para a sociedade. Este trabalho tem por
objetivo esclarecer as variáveis que caracterizam uma mola, bem como citar as
principais aplicações, explicar seu funcionamento e mostrar os mais importantes tipos
de formatos de molas. Molas são usadas em máquinas para exercer forças,
proporcionar flexibilidade, ou ainda, para armazenar ou absorver energia. Em geral, as
molas podem ser classificadas como molas de fio ou planas que incluem as helicoidais,
feitas de fio em seções circulares, quadradas ou especial e podem ser desenvolvidas
para resistir à compressão, tração e torção.

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TEORIA FÍSICA DAS MOLAS

Na física clássica, uma mola pode ser vista como um dispositivo que
armazene a energia potencial esticando as ligações entre os átomos de um material
elástico. A lei de Hooke da elasticidade indica que a extensão de uma haste elástica
(seu comprimento distendido menos seu comprimento relaxado) é linear proporcional á
sua tensão e á força usada para esticá-la. Similarmente, a contração (extensão
negativa) é proporcional à compressão (tensão negativa). Esta lei relaciona-se somente
quando a deformação (extensão ou contração). Para deformações além do limite
elástico, as ligações atômicas começam quebradas, e uma mola pode formar ondas, ou
deformar-se permanentemente. Muitos materiais não têm nenhum limite elástico
claramente definido, e assim a lei de Hooke não pode ser aplicada a estes materiais. A
lei de Hooke é realmente uma consequência matemática do fato que a energia
potencial da haste está no estado relaxado.

CLASSIFICAÇÃO DE MOLAS

As molas podem ser classificadas em diferentes grupos quando observadas


suas formas e aplicações, os principais tipos de molas são:

a) Molas helicoidais (ou bobina): São as molas mais comuns de se


observar, são feitas a partir de um fio que é enrolado em uma hélice
cilíndrica, com uma extremidade fixa e a outra coligada a um elemento
móvel, que gira em torno do eixo da mola. Podem ser observadas em
canetas, ao redor de amortecedores veiculares, peneiras vibratórias

Figura 1: Exemplo de molas helicoidais.

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b) Molas em lâminas: as molas em lâminas possuem formato retangular e
curvo, podem ser utilizadas várias lâminas de molas umas sobre as
outras conferindo uma rigidez variável. Este feixe de molas possui uma
mola chamada mola mestra, que possui nas suas extremidades dois
olhais de articulação responsáveis pela fixação desta no elemento a ser
amortecido. A diferença entre as curvaturas das lâminas somada ao atrito
entre elas gera o amortecimento. São observadas em veículos de carga e
em maquinas ferroviárias.

Figura 2: Feixe de molas utilizados em veículos de carga. É composto pelas lâminas, pelos grampos, responsáveis
por manter as molas unidas, e pelas molas mestras.

c) Molas em espiral: este tipo de mola é formado por uma fita feita de
material elástico. Possui seção retangular constante posta em espiral
plana onde uma de suas extremidades é fixa e a outra é ligada a um
elemento giratório. Ao aplicar um momento torsor neste elemento ele é
enrolado e gera uma tensão nesta mola. Este tipo de mola é aplicado em
quase todos os instrumentos eletrônicos e mecânicos de medida.

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Figura 3: Exemplo de mola em espiral.

d) Molas de torção: são aquelas molas cuja solicitação predominante é a


torção. As molas de torção podem ser de dois tipos, as denominadas
barra de torção que são constituídas por uma barra rígida. Geralmente
são fixadas nas pontas, cujo objetivo é impedir a torção de um objeto
temos como exemplo um dispositivo encontrado nos automóveis, os
quais possuem esse tipo de barra em seus eixos a fim de diminuir sua
rolagem nas curvas. O outro tipo de mola de torção é a mola helicoidal
com carregamento axial, cujo fio helicoidal tem formas diversas como
circular, quadrada ou retangular, muito empregado em eixos que
possuem movimento limitado como eixos de carburador.

Figura 4: Alguns exemplos de molas de torção helicoidais.

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CARACTERÍSTICAS E DIMENSIONAMENTO DE MOLAS

Chamam-se características elásticas de uma mola os gráficos que exibem a


variação da intensidade da força ou do valor do momento de reação em função da
excursão (deformação) retilínea e ou angular.

Geralmente as curvas representativas resultantes são curvas quaisquer, mas


existem trechos cujos diagramas mantêm-se, com grande aproximação, retilíneos e
para os quais as expressões da força e do momento de reação em função das
respectivas excursões y e podem ser postas sob a forma F= K.y ou M = K., onde nos
dois casos K é o coeficiente angular dos considerados trechos retilíneos nos diagramas.

O parâmetro K é chamado coeficiente de rigidez ou também simplesmente


rigidez da mola. De acordo com a natureza e os efeitos dos elementos elásticos
componentes dos sistemas mecânicos, os relativos coeficientes de rigidez podem ser
diferenciados em coeficientes de rigidez axial, flexional, torcional e de deslizamento.

Para um dado sistema elástico simples sujeito a uma determinada carga


crescente, que provoca no sistema deformações elásticas que podem ser acumuladas,
por exemplo;

Simplesmente axiais ou flexionais com característica retilínea, o respectivo


coeficiente de rigidez axial ou flexional do sistema é igual numericamente ao valor
assumido pela força elástica de reação imposta pelo sistema (aplicada no mesmo ponto
de aplicação da carga), relativamente a uma excursão retilínea unitária em tal ponto de
aplicação.

Para um sistema elástico sujeito a uma torção, o coeficiente de rigidez


torcional é medido pelo valor do momento elástico de reação fornecido pelo sistema
quando o próprio é sujeito a um momento torcional e que provoque uma excursão
angular unitária. Estes coeficientes exprimem-se, portanto, em kgm.m/rad e kgm.m.

Flexibilidade da mola é o valor recíproco da rigidez, onde y é a deformação


linear e F a intensidade da força que a originou e é a deformação angular e M o valor
do momento que a determinou. A flexibilidade da mola indica o valor da deformação
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sob a carga unitária sobre as características da mola influem, além da sua forma e
dimensões, as propriedades elásticas do material do qual é constituída, ou seja, o
módulo de elasticidade e as características de resistência e, em particular as máximas
solicitações admissíveis no campo da elasticidade.

As molas de flexão simples denominadas molas de folha são molas de


lâminas apoiadas nas duas extremidades e carregadas no meio do vão livre por uma
carga concentrada. Têm espessura constante e largura constante ou variável
linearmente com um valor máximo em correspondência à carga de um valor mínimo
nas extremidades.

A mola de flexão simples com haste curvilínea é particularmente utilizada nas


juntas de fricção onde há necessidade de ter molas com flecha elástica relativamente
grande, de acordo com o espaço disponível e as forças atuantes.

Podem ser curvadas em arco de círculo, de largura e espessura constantes,


carregadas na extremidade por duas forças iguais e contrárias com a linha de ação
coincidente com a corda do arco; ou também o anel circular fechado, com lâmina de
espessura e largura constantes carregadas por cargas radiais e concentradas; ou enfim
em forma de S (chamado acoplamento a fricção Dolmen Le Blanc, um clássico) a seção
retangular constante carregada na extremidade por duas cargas iguais opostas, tendo
ambas as mesmas retas de aplicação.

No dimensionamento, uma mola de compressão apropriada é calculada


através das forças da mola, curso, diâmetro da espira e comprimento de fixação. Na
verificação, molas existentes podem ser calculadas pela entrada de dimensões e
valores.

Todos os elementos necessários, tais como forças da mola, curso,


constantes da mola, trabalho da mola, tensão, comprimento do arame, curso de
empeno da mola, extensão radial, frequência natural e peso são calculados.

As forças mínimas e máximas, F1 e F2, podem ser calculadas iterativamente,


assim como o maior e menor diâmetro de arame possível para as molas mais macias e

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duras.

Tal conceito pode estender-se também a um elemento elástico sujeito a um


binário, neste caso a força é substituída por um momento aplicado e a deformação
retilínea pelo deslocamento angular. Rigidez propriedade de um material de sofrer
tensões sem se deformar permanentemente. Sobtensão crescente, o material irá se
deformar de forma elástica até o ponto em que se deforma permanentemente seja de
forma rúptil, seja de forma dúctil o que depende das propriedades reológicas do
material e também das condições termodinâmicas e do tempo em que a tensão é
aplicada. Flexibilidade é a capacidade de um determinado material se tornar flexível,
que se pode dobrar, curvar, etc.

MONTAGEM E COMPOSIÇÃO

Muitas vezes os órgãos elásticos simples vêm acoplados entre si, de varias
maneiras para obter sistemas com características elásticas mais apropriadas a
determinados empregos. Podem-se ter também sistemas elásticos com agrupamentos
mistos, isto é, constituídos de molas em série e em paralelo. Mola a rigidez variável, ou
melhor, com rigidez crescente de acordo como a carga é empregada, por exemplo, nos
pesados automóveis.

Uma mola de torção helicoidal pode ser feita com rigidez variável, enrolando-
a com passo variável e, tal que sob uma determinada carga, um número
preestabelecido de espirais, vindo ao contato entre si diminua o comprimento livre da
mola.

A elasticidade de uma mola é regida pela Lei De Hooke. Essa lei diz que a
extensão de uma haste elástica (comprimento distendido menos comprimento relaxado)
é linearmente proporcional a sua tensão e força usada para esticá-la, desde que não
ultrapasse seu regime elástico.

Como foi dito acima, as molas são feitas de aço enrijecido, mais
especificamente aços carbono com teor de carbono superior a 0,7%, podendo chegar a
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1 ou até 1,2%. Pode conter também manganês, confere uma elevada resistência à
fadiga, e silício, que possui elevado limite de elasticidade e de ruptura depois de passar
pela têmpera.

Outro fator muito importante no projeto e dimensionamento de molas é a


questão da fadiga. O calculo de fadiga em molas leva em consideração o fato de que as
molas trabalham em regime de tração ou compressão, raramente sobre os dois regimes
simultaneamente. Desse modo os diagramas de fadiga são baseados em tensão
máxima e mínima suportada pela mola, e não em tensão alternada como para eixos.

A lei de Hooke da elasticidade indica que a extensão de uma haste elástica


(seu comprimento distendido menos seu comprimento relaxado) é linear proporcional á
sua tensão e á força usada para esticá-la.

Similarmente, a contração (extensão negativa) é proporcional à compressão


(tensão negativa).Esta lei relaciona-se somente quando a deformação (extensão ou
contração). Para deformações além do limite elástico, as ligações atômicas começam
quebradas, e uma mola pode formar ondas, ou deformar-se permanentemente. Muitos
materiais não têm nenhum limite elástico claramente definido, e a lei de Hooke não
pode ser aplicada a estes materiais.

A lei de Hooke é realmente uma consequência matemática do fato que a


energia potencial da haste está no estado relaxado.

Os materiais empregados na construção das molas são os aços carbono,


com teor de carbono superior a 0,7% e até a 1% ou 1,2%, os aços manganês, pela sua
elevada resistência à fadiga, os aços silício, pelos seus elevados limites de elasticidade
e de ruptura, depois da têmpera. Para estes dois últimos aços, porém, as maiores
propriedades são atingidas com a presença simultânea do manganês e eventualmente
do cromo.

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CONCLUSÃO

Por meio das pesquisas realizadas e das informações adquiridas pode-se


apresentar as diversificações das molas, suas características e suas aplicações.
Conferiu-se a complexidade de dimensionamento, seus parâmetros de proporção,
sendo uma mola não dependente apenas de seu formato, mas também do material a
ser utilizado. Apresentou também um pouco das características e comportamentos dos
materiais, mas especificamente do aço manganês e do aço carbono, podendo constar a
diferença de rigidez e elasticidade deles. Por fim a montagem das molas que podem ser
relacionadas em sequência ou em paralelo dependendo da sua linha de ação.

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