Aula 00 EDA 2024 1
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Ronaldo B Assunção
Aula 00 de EDA — 05 de março de 2024
T Ó P I C O S : U M A V I S Ã O PA N O R Â M I C A S O B R E E Q UA Ç Õ E S D I F E R E N - ROTEIRO:
1. Introdução às ED’s e breve histórico
C I A I S . O objetivo destas notas é apresentar uma introdução e breve
2. Tipos de problemas que se resolvem
histórico das equações diferenciais; listar alguns tipos de problemas com ED’s e a grande divisão do
que conduzem às equações diferenciais; apresentar a divisão básica da assunto
teoria de equações diferenciais entre as equações ordinárias (EDO’s) 3. Tipos de soluções: analíticas e
e equações parciais (EDP’s); comentar sobre os tipos e as formas de numéricas
4. Existência e unicidade de soluções
soluções de equações diferenciais.
Equações diferenciais
d[ x( t)]
= − kx( t),
dt
em que t representa o tempo, x( t) indica a massa de material radio-
ativo da amostra no instante t e k é a constante positiva de propor-
cionalidade que depende do material radioativo em questão; o sinal
negativo indica que a taxa de variação é negativa pois a massa da
amostra diminui com a passagem do tempo. A complicada verbaliza-
ção ilustra a economia e precisão da formulação matemática. Outro
exemplo trata da capitalização dos juros compostos em que a taxa de
variação do capital é diretamente proporcional ao capital em determi-
nado instante. Essa lei das finanças também pode ser expressa por
uma equação diferencial
d[ x( t)]
= + kx( t),
dt
em que t representa o tempo, x( t) indica o capital em determinado
instante t e k é a taxa de juros. A generalidade da formulação mate-
mática está presente nesses dois exemplos pois essas duas equações
diferenciais são essencialmente idênticas e podem ser resolvidas atra-
vés da mesma técnica; suas diferenças são apenas superficiais (no
caso presente, apenas o sinal adiante do termo do lado direito de cada
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d2 [θ ( t)] g
2
= − sen(θ ),
dt l
em que t representa o tempo, θ indica o deslocamento angular do
pêndulo a partir da direção vertical, l é o comprimento do pêndulo
e g é a aceleração da gravidade. Mais uma vez, a expressão dessa
relação em palavras segue as linhas gerais já apontadas: a taxa de
variação em relação ao tempo da taxa de variação em relação ao tempo
do deslocamento angular (a aceleração angular) é direcionada para
a posição vertical e é inversamente proporcional ao comprimento do
pêndulo e diretamente proporcional à aceleração da gravidade e ao
seno do deslocamento angular.
Muitas situações são por demais complicadas para serem expressas
simplesmente por uma variável dependente apenas de outra variá-
vel. Por exemplo, a posição de uma partícula em um plano vertical é
dada por duas coordenadas, a abscissa x e a ordenada y que indicam
respectivamente as distâncias horizontal e vertical. Ambas as variá-
veis da posição da partícula podem variar com o tempo durante um
movimento nesse plano vertical. Esse movimento pode ser expresso
por uma equação que envolve as duas coordenadas ( x, y), cada uma
delas dependente do tempo t. No caso particular em que a resistência
do ar é negligenciável, uma partícula sob a influência da aceleração
da gravidade g descreve um movimento governado por um par de
equações diferenciais que envolvem a derivada segunda,
d2 [ x( t)] d2 [ y( t)]
=0 = − g.
d t2 d t2
Mais um exemplo de equação diferencial, agora proveniente da
geometria. Mostra-se no cálculo diferencial que a curvatura κ de uma
curva cuja equação cartesiana é y = y( x) é definida em termos da
derivada segunda pela fórmula
µ ³ d[ y( x)] ´2 ¶−3/2 d2 [ y( x)]
κ := 1 + .
dx d x2
d[κ( x)]
= ψ( x )
dx
B R E V E PA N O R A M A S O B R E E D ’ S 3
d[ y( x)] d y d2 [ y( x)] d2 y
= = y′ ( x) = y′ = 2 = y′′ ( x) = y′′ etc. . .
dx dx d x2 dx
a equação diferencial para prescrição da taxa de variação da curvatura
de uma curva torna-se
¢5/2
1 + ( y′ )2 y′′′ − 3 y′ ( y′′ )2 = 1 + ( y′ )2 ψ( x);
¡ ¢ ¡
1 + ( y′ )2 y′′′ = 3 y′ ( y′′ )2 .
¡ ¢
∂2 u ∂2 u
− c2 = 0,
∂ t2 ∂ x2
∂2 u ∂2 u ∂2 y ∂2 u ∂2 u ∂2 y ∂2 u
µ ¶ µ ¶
2 2
−c + = 0; −c + + = 0.
∂ t2 ∂ x2 ∂ x2 ∂ t2 ∂ x2 ∂ x2 ∂ z2
∂y ∂2 y
− α2 = 0,
∂t ∂ x2
e suas versões em dimensões superiores,
∂u ∂2 u ∂2 y ∂2 u ∂2 u ∂2 y ∂2 u
µ ¶ µ ¶
− α2 + = 0; − α2 + + = 0.
∂t ∂ x2 ∂ x2 ∂ t2 ∂ x2 ∂ x2 ∂ z2
∂2 u ∂2 u ∂2 v 1 ∂v 1 ∂2 v
+ = 0; + + 2 = 0.
∂ x2 ∂ y2 ∂ρ 2 ρ ∂ρ ρ ∂θ 2
∂2 u ∂2 u ∂2 u ∂2 v 1 ∂v 1 ∂2 v ∂2 v
+ + = 0; + + 2 + = 0;
∂ x2 ∂ y2 ∂ z2 ∂ρ 2 ρ ∂ρ ρ ∂θ 2 ∂ z2
∂2 w 2 ∂w 1 ∂ ∂w 1 ∂2 w
µ ¶
+ + sen(θ ) + =0
∂ρ 2 ρ ∂ρ ρ 2 sen(θ ) ∂θ ∂θ ρ 2 sen2 (θ ) ∂φ2
F x, y, y′ , . . . , y(n) = 0.
¡ ¢
(1)
y′ = f ( x, y); y′′ = f ( x, y, y′ ).
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O primeiro período
O segundo período
d2 y 1
µ ³ d y ´2 ¶1/2
= 1 +
d x2 a dx
1 d[ mv]
= − g − R ( v)
m dt
Se a massa m é constante, o lado esquerdo dessa EDO reduz-se à
±
derivada temporal da velocidade, dv d t = − g − R (v).
negativo adiante dos termos do lado direito da EDO indica que a acele-
ração é negativa e que a velocidade do objeto diminui com a passagem
do tempo; após simplificação,
d2 [ r ( t)] GM
m =− 2
d t2 r
d2 [ q( t)] d[ q( t)] 1
L +R + q( t) = E ( t).
d t2 dt C
d2 v 1 dv 1 d2 v d2 v
+ + + = 0. (4)
dρ 2 ρ dρ ρ 2 dθ 2 d z2
Se existem soluções da equação de Laplace (4) em coordenadas cilín-
dricas na forma de um produto de uma exponencial exp(−ξ z) por um
cosseno cos(νθ ) e por alguma função radial R (ρ ),
d2 w 2 dw 1 d dw 1 d2 w
µ ¶
+ + sen( θ ) + = 0. (6)
dρ 2 ρ dρ ρ 2 sen(θ ) dθ dθ ρ 2 sen2 (θ ) dφ2
Se existem soluções da equação de Laplace (6) em coordenadas esféri-
cas na forma de um produto de uma potência ρ n por alguma função do
ângulo longitudinal Θ(θ ),
v(ρ , θ , φ) = ρ n Θ(θ ),
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d2 ψ
+ (λ − z2 )ψ = 0.
d z2
O problema transforma-se em determinar o conjunto de valores ad-
missíveis para o parâmetro λ que garantam a existência de soluções
que verifiquem o comportamento assintótico |ψ| → 0 quando | z| → +∞.
Esse problema é um caso especial da teoria desenvolvida conjunta-
mente pelo suíço Jacques Charles François Sturm e do francês Joseph
Liouville.
d2 [ x( t]
m = f ( x, t), (9)
d t2
em que x é a distância percorrida pela locomotiva ao longo da linha
férrea desde a origem e f é a resultante das forças aplicadas pelos dois
foguetes. O controle é definido pela desigualdade | f ( x, t)| É P . Como
objetivo, uma das seguintes condições pode ser analisada a respeito da
viagem da locomotiva: (1) viagem no mínimo tempo; (2) viagem com
mínimo desgaste dos componentes; (3) viagem com mínimo consumo
de combustível. Uma vez decidido sob qual critério o problema deve
ser analisado, o problema de controle óptimo consiste em projetar
um esquema para aplicar a função f = f ( x, t) de modo a atingir o
resultado desejado; isto é, o problema consiste em selecionar, no
conjunto de soluções da equação diferencial que consiste de todas as
B R E V E PA N O R A M A S O B R E E D ’ S 13
d[ c( t)]
= − kc( t)
dt
em que o sinal negativo no lado direito da equação indica que a concen-
tração do reagente diminui com a passagem do tempo. Essa é a mesma
equação da desintegração radioativa e das finanças.
Analocamente, em uma reação química de segunda ordem do tipo
A + B → C + D em que a e b são respectivamente as concentrações
dos reagentes A e B e x = x( t) é a fração da concentração do reagente
que foi consumida no instante t, então a derivada de x em relação ao
tempo t é proporcional ao produto de (a − x) por ( b − x),
d[ x( t]
= k(a − x)( b − x).
dt
Reações químicas reversíveis também podem ser descritas por
EDO’s. Por exemplo, considere-se uma reação química simples do tipo
A ⇌ B; tal como a interconversão entre duas substâncias em que a e
b são as respectivas concentrações iniciais de A e B e, corresponden-
temente, (a − x) e (a + x) são seus valores no instante t. Diz-se que, se
±
d x d t = 0 então a reação está em equilíbrio. A derivada de x = x( t) é
proporcional à diferença entre k 1 (a − x) e k 2 (a + x), em que k 1 e k 2 ∈ R+
são constantes positivas,
d[ x( t)]
= k 1 ( x − a) − k 2 ( x + a). (10)
dt
Uma reação catalítica é uma reação química na qual uma das
substâncias, denominada calalisador, modifica a taxa de reação
sem sofrer qualquer modificação permanente. Em uma reação auto-
catalítica uma substância A é transformada em outra substância
B, que então age como um catalisador para a reação. Se x = x( t) é a
concentração do catalizador B no instante t e se N é seu valor final,
então esse processo pode ser descrito por uma EDO de primeira
±
ordem em que a derivada d x d t é proporcional ao produto de x( t) por
( N − x( t)),
d[ x( t)]
= kx( N − x).
dt
Tipos de soluções
uma equação diferencial não linear tem uma solução que não pode
ser obtida atribuindo-se valores específicos às constantes arbitrárias
presentes na solução geral. Essas soluções da EDO não linear são
denominadas soluções singulares. Por exemplo, a EDO não linear
( y′ )2 + x y′ − y = 0 tem solução geral dada por y( x) = cx + c2 em que c ∈ R
é uma constante arbitrária. De fato, y( x) = cx + c2 implica y′ ( x) = c e
( y′ )2 + x y′ − y = ( c)2 + x( c) − ( cx + c2 ) = 0 para todo x ∈ R. Algumas soluções
particulares da EDO são y( x) = x + 1, y( x) = 2 x + 4 e y( x) = − x + 1,
determinadas respectivamente pelos valores c = 1, c = 2 e c = −1. Por
outro lado, a função y( x) = (−1/4) x2 também é solução dessa EDO não
linear. De fato, y( x) = (−1/4) x2 implica y′ ( x) = (−1/2) x e ( y′ )2 + x y′ − y =
((−1/2) x)2 + x((−1/2) x) − (−(1/4) x2 ) = (1/4) x2 − (1/2) x2 + (1/4) x2 = 0 para
todo x ∈ R. Como esta solução não pode ser obtida a partir da solução
geral pela atribuição de um valor particular da constante c ∈ R, esta
é uma solução singular da referida EDO. Nesse exemplo, a solução Veremos posteriormente que isso
2 somente pode acontecer com as EDO’s
geral y( x) = cx + c constitui uma família de funções cujos gráficos
não lineares. Em outros termos, as
formam linhas retas no plano cartesiano; o gráfico da solução singular EDO’s lineares não possuem soluções
é uma parábola com a concavidade voltada para baixo. Essa parábola singulares.
d2 [ y( x)]
+ ω2 y( x) = 0. (11)
d x2
Essa EDO modela as oscilações de um sistema massa-mola e tam-
bém as oscilações da corrente em circuitos elétricos, dentre outras
aplicações; por esse motivo, a equação (11) é denominada equação
do movimento harmônico simples. Comumente, nessas aplicações
procura-se uma solução que verifica algumas condições suplementares.
No caso do sistema massa-mola, por exemplo, são conhecidas a posição
e a velocidade iniciais da massa, denotadas por y(a) = y0 e y′ (a) = y0′ ,
respectivamente. Essas duas condições são denominadas condições
iniciais (CI’s) ou condições de fronteira de um ponto. Assim, uma
classe de problemas que surgem nas aplicações é constituído por uma
EDO juntamente com as CI’s; essa classe de problemas é denominada
problema de valor inicial (PVI) ou problema de Cauchy, escrito na
forma O problema de valor inicial ou problema
de Cauchy consiste de uma equação
2
d [ y( t)] diferencial ordinária suplementado por
PVI: EDO: + ω2 y( t) = 0; CI: y(a) = y0 ; y′ (a) = v0 .
d t2 condições iniciais: PVI = EDO + CI. A
estratégia geral para resolver o PVI
A seguir, descreve-se uma estratégia geral para resolver esse PVI. é determinar a solução geral da EDO
1. Determinar a solução geral da EDO de segunda ordem dependente e depois usar as CI’s para calcular as
constantes.
de duas constantes arbitrárias y = φ( x; c 1 , c 2 ).
2. Usar as condições iniciais para determinar os valores das constan-
tes arbitrárias.
A solução geral da equação do movimento harmônico simples é
d2 [ y( t)]
PVF: EDO: + ω2 y( t) = 0; CF: y(0) = y(a).
d t2
Esse problema possui soluções não triviais que são múltiplos da função
y( x) = sen(( nπ/a) x). Mais especificamente, Uma solução trivial é uma função
identicamente nula, y( x) ≡ 0, que
d2 [ y( t)] n2 π2 se anula em todos os pontos. Uma
PVF: EDO: + 2 y( t) = 0; CF: y(0) = y(a). solução não trivial é uma função não
d t2 a
identicamente nula, y( x) ̸≡ 0, isto é,
tem soluções da forma existe pelo menos um ponto no qual a
função não se anula.
³ nπ ´
yn( x) = b n sen x .
a
Logo, os valores admissíveis, denominados autovalores, são da forma
λn = ± nπ/a em que n ∈ N e as correspondentes soluções são senói-
des yn ( x) = b n sen(λn x), denominadas autofunções. A importante
teoria que trata de autovalores e das correspondentes autofunções
é denominada teoria de problemas de autovalores ou problema de
Sturm-Liouville.
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| f ( x, y1 ) − f ( x, y2 )| É L| y1 − y2 |
d[ y( x)]
PVI: EDO: = f ( x, y); CI: y( x0 ) = y0 .
dx
Exemplos relativamente simples mostram que a continuidade da
função f é suficiente para garantir a existência de solução; a condição
de Lipschitz sobre f garante a unicidade da solução.
Pela generalização da condição de Lipschitz para o caso em que
tanto f quanto y são vetores em n dimensões e D ⊂ R × Rn é uma região
no espaço de n + 1 dimensões, a versão do Teorema 1 para essa situação
pode ser estabelecido para o PVI
d[⃗y( x)] ⃗
PVI: EDO: = f ( x,⃗y( x)); CI: ⃗y( x0 ) = ⃗y0 , (15)
dx
d[⃗z( x)]
PVI: EDO: = A⃗z( x); CI: ⃗z( x0 ) = ⃗z0 , (16)
dx
em que
" # " # " #
y 0 1 y0
⃗z = ′ ; A ; ⃗z0 = . (17)
y −ω2 0 v0
Soluções em séries
Aproximações
d[ y( x)]
PVI: EDO: = 1 + x 2 y2 ; CI: y(0) = 0.
dx
pelo método de iteração as soluções aplicado com a função f ( x, ξ) =
1 + x2 ξ2 , as soluções aproximadas são
1 5 1 5 2 9
y0 ( x) = 0; y1 ( x) = x + x ; y2 ( x) = x + x + x ;
5 5 45
e assim sucessivamente.
∂f ∂f ∂f
y′′′ ( x) = + y′ + y′′
∂x ∂y ∂ y′
y1 y2 ( x0 ) 2 y(n) ( x0 ) n
y( x0 + h) = y0 + h+ h +···+ h .
1! 2! n!
Essas mesmas etapas podem, posteriormente, ser repetidas no ponto
x = x0 + h e assim por diante.
yr+1 = yr + (1 − c) k r + cm r .
Exercícios
quer constantes A , B ∈ R.
d2 [ r ( t)] M
PVI: EDO: 2
= −k ¡ ¢2 ; CI: r (0) = R , r ′ (0) = v0 .
dt x( t)
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d2 y dy ¡ 2
x2 + x − n2 = 0.
¢
2
+x
dx dx
p
Efetuar a mudanças de variáveis y = z/ x com x ∈ R\{0} para
transformá-la na nova EDO
d2 z 4 n2 − 1
µ ¶
+ 1 − z = 0.
d x2 4 x2
dy
= y2 + x .
dx
¶2/3
3
µ
Efetuar as mudanças de variáveis x = t e y = x1/2 w para
2
transformá-la na nova EDO
dw 1
+ w = w2 + 1.
dt 3t
dy ³ dy ´ d[ x( t)]
= y+ x . = − kx( t)
dx dx dt
Logo, a função y( x) = A exp Bx2 é solução da EDO
¡ ¢
em que k ∈ R+ é a constante de proporcionalidade
que depende do material radioativo da amostra e o
d2 y d y ³ dy ´
xy 2
= y+ x . sinal negativo adiante da constante positiva indica
dx dx dx
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A tensão T no ponto M tem a direção do ângulo θ Essa equação é uma EDO com variáveis separáveis e
e pode ser decomposta em duas componentes, uma reescreve-se na forma
horizontal T cos(θ ) que se equilibra com H (isto é, 1 dp 1
= ;
T cos(θ ) − H = 0) e outra vertical T sen(θ ) que se p
1 + p2 dx a
equilibra com ρ s (isto é, T sen(θ ) − ρ s = 0);. Logo,
multiplicam-se ambos os lados da EDO pela diferen-
T sen(θ ) ρ
tan(θ ) = = s. cial d x,
T cos(θ ) H
1 ³ dp ´ 1
Suponhamos que a equação da catenária seja escrita dx = dx ;
dx a
p
1 + p2
na forma y = y( x); nosso objetivo é determinar a fór-
mula para y. Devido à flexibilidade do cabo, segue-se integra-se em relação à variável independente x,
que Z
1 ³ dp ´ Z
1
dx = d x + c1 ;
d[ y( x)] d x a
p
1+ p 2
tan(θ ) = .
dx ±
com a definição da diferencial d p = ( d p d x ) d x,
Logo, essas duas expressões para a tangente do
ângulo θ implicam 1 1
Z Z
d p = d x + c1
a
p
1+ p 2
d[ y( x)] ρ 1
= s= s (18) ¯ q ¯ x
dx H a ln ¯ p + 1 + p2 ¯ = + c 1 .
¯ ¯
a
em que, por simplicidade denota-se a = H /ρ . A deri-
vação de ambos os lados dessa equação em relação a É possível resolver essa equação para p; os detalhes
x implica ficam aos cuidados do leitor,
³x
d2 [ y( x)] 1 d[ s( x)]
´
= p = a senh + c 1 .
d x2 a dx a
±
em que s = s( x) é o comprimento de arco da catenária E como p = d y d x , segue-se que uma integração adi-
medido a partir de M0 até M . Entretanto, sabe-se cional permite determinar y = y( x). Multiplicam-se
que a derivada do comprimento de arco em relação à ambos os lados dessa EDO pela diferencial d x,
variável x é d[ y( x)] ³x ´
d x = p d x = a senh + c 1 d x ;
d[ s( x)]
µ ³ d[ y( x)] ´2 ¶1/2 dx a
= 1+ .
dx dx integra-se em relação à variável independente x,
A substituição dessa expressão na EDO implica d[ y( x)] ³x
Z Z ´
d x = a senh + c 1 d x + c 2 ;
³ d[ y( x)] ´2 ¶1/2 dx a
d2 [ y( x)] 1
µ
= 1+ , ±
d x2 a dx pela definição da diferencial d y = ( d y d x ) d x,
dy 1 ³ 3 ´−4/3 ³ 3 1/3 ´
6. Dada a EDO original: = y2 + x; dadas as mudan- =− t t w
d
³ 3 ´2/3x 2 2 2
³ 3 ´−1/3 ³³ 3 ´2/3 ³ 3 ´2/3 ´³ 3 ´−1/3
ças de variáveis x = t e y = x1/2 w, segue-se + t t w2 + t t
2 2 2 2 2
1 ³ 3 ´−4/3 ³ 3 ´1/3 ³ 3 ´−1/3+2/3−1/3
w2
³ 3 ´2/3 2
x= t ; t = x3/2 ; =− t t w+ t
2 3 2 2 2 2
³ 3 ´−1/3 ³ 3 ´−1/3+2/3−1/3
1/2
y = x w; w= y t . + t
2 2
1 ³ 3 ´−1
Pela regra da cadeia, segue-se =− t w + w2 + 1
2 2
1 2
dw ∂w ∂w ∂ y ∂ x =− w + w2 + 1.
= + 2 3t
dt ∂t ∂ y ∂x ∂t
³ 1 ´³ 3 ´−4/3 ³ 1 ´
Logo, deduz-se a nova EDO
= − t y
3 2 3
³ 3 ´−1/3 ¡ ¢³ 2 ³ 3 ´−1/3 3 ´ dw 1
+ y2 + x t + w = w2 + 1.
2t 3 2 2 dt 3t