Ebook - Práticas de Comunicação Antirracista No Brasil
Ebook - Práticas de Comunicação Antirracista No Brasil
Ebook - Práticas de Comunicação Antirracista No Brasil
comunicação
antirracista
no Brasil
LEONARDO CUSTÓDIO
JÚLIA TAVARES
MÔNICA SACRAMENTO
LÚCIA XAVIER (ORGS.)
Conectadas com seu tempo, pessoas negras têm utilizado diferentes meios
de comunicação e tecnologias para comunicar suas ideias e propostas para
a sociedade. Com a internet, essas muitas vozes ampliaram-se em número, vi-
sibilidade e alcance geográfico. Em diferentes áreas e carreiras profissionais
ou formações, em especial as mulheres negras travestis, trans e cis ocupam o
espaço virtual (ciberespaço) para disputar brechas no acesso e na criação de
sistemas de produção como autoras-narradoras de suas histórias de vida, in-
quietações, ações, demandas e sonhos.
Boa leitura!
Educomunicação popular e periférica:
relato de experiência com o Laboratório
de Midiativismo e Empreendedorismo
Negro (NegritoLab)
Introdução
atravessam a vida de pessoas negras diariamente. inspirou justamente em Paulo Freire. Diante disso, é
possível afirmar que a educomunicação possui bases
teóricas na comunicação social e dialógica de Paulo
Freire. Conforme Ismar Soares (2002), a educomuni-
cação se fundamenta a partir de entendimentos de
cunho tradicional nos campos da educação e outras
áreas das ciências sociais e entendendo que a edu-
comunicação se trata de um conjunto de ações com
cimento e explorar diferentes temas, que eles e elas sendo expostas de forma grotesca, sem o direito à
sejam protagonistas em narrativas relacionadas às resposta.
suas comunidades e expressem suas necessidades
específicas. Quem são essas pessoas que comunicam essas no-
tícias? A quem interessa a veiculação dessas notícias
Outro ponto importante que a educomunicação po- sensacionalistas? A quem interessa o distanciamento
pular e periférica proporciona é o de fortalecer a das pessoas negras do amplo debate racial, veicula-
capacidade dessas pessoas de avaliar criticamen- do nas mídias?
ram que aprender a lidar com um mecanismo virtual liação do público-alvo; na segunda etapa, formamos
para o qual não estavam preparados, desde a criação os jovens nos temas já citados, com uma equipe téc-
do design de uma peça para divulgar o produto até nica capacitada para orientar os jovens e as jovens
a manutenção da página de divulgação da marca, o negros e negras moradores de periferias acerca das
pós-venda, entre outros processos que buscamos ferramentas utilizadas; e no terceiro momento lança-
ensinar no curso oferecido. mos a nossa plataforma digital.
Boa leitura!
Realização Apoio