Desenho AssistidoPor Computador
Desenho AssistidoPor Computador
Desenho AssistidoPor Computador
DESENHO
ASSISTIDO POR
COMPUTADOR
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
DESENHO
ASSISTIDO POR
COMPUTADOR
© 2015. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
FICHA CATALOGRÁFICA
ISBN: 978-85-7519-896-4
1. Educação Profissional. 2. Desenho Assistido por Computador. 3. Madeira. 4. Mobiliário. 5.
Desenho técnico. 6. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
I. Título. CDU 681.3
3 Comandos.........................................................................................................................................................................21
3.1 Comandos de configuração da área de trabalho e interface.......................................................22
3.2 Principais comandos de desenho..........................................................................................................24
4 Comandos específicos..................................................................................................................................................37
4.1 Comandos de construção.........................................................................................................................37
4.2 Comandos de visualização.......................................................................................................................46
4.3 Cotas/dimension .........................................................................................................................................48
7 Modificação de sólidos.................................................................................................................................................59
8 Matriz de sólidos.............................................................................................................................................................61
9 Visualização de sólidos.................................................................................................................................................63
Referências............................................................................................................................................................................65
Indice......................................................................................................................................................................................69
Introdução
Obter conhecimento é importante, mas transmiti-lo também. É isso que proporciona às ge-
rações vindouras aprimorarem o que já foi alcançado e irem além.
Vivemos atualmente a era da informação, o que facilita muito a disseminação do conheci-
mento. A partir desse contexto, ocorre também a migração de processos de trabalho específi-
cos que originalmente eram manuais e tornaram-se computadorizados, inclusive mais eficazes.
É o caso do desenho técnico, que da forma manual, passou a ser executado quase que total-
mente por computador.
O objetivo deste livro é auxiliar você a compreender o processo básico de desenho assistido
por computador. Os sistemas de desenho assistido por computador (DAC) ou computer ai-
ded design (CAD) ajudam a aumentar a produtividade e a qualidade das tarefas relacionadas
aos projetos de móveis, que é o foco do nosso estudo.
De fato, a passagem do desenho na prancheta para as telas de um computador é um marco
dos benefícios trazidos pelos avanços tecnológicos. Entretanto, nesse material não vamos tra-
balhar os conceitos relacionados a um software específico, pois, são muitas as possibilidades
que encontramos no mercado, há uma diversidade de softwares livres e, também, os denomi-
nados proprietários, aqueles criados por determinadas empresas pelos quais precisamos ad-
quirir o produto pela compra das licenças.
Nosso estudo será baseado nos conhecimentos técnicos necessários para trabalhar com as
ferramentas dos desenhos assistidos pelo computador, vamos mencionar algumas ferramentas
básicas que encontraremos nos principais softwares para elucidar a construção do desenho de
mobiliário.
Nesse sentido, antes de você trabalhar com os desenhos DAC/CAD e familiarizar-se com as
ferramentas dos softwares, são necessários associar esse conhecimento a conceitos aprendidos
em outras disciplinas, como a Geometria, a Matemática e também todos os conceitos que estu-
damos na primeira unidade curricular do nosso curso.
Assim como em outras áreas de estudo, quando trabalhamos com a execução de um projeto
ou um desenho de mobiliário, é claro, que você precisa usar sua criatividade para alcançar re-
sultados satisfatórios. O desenho assistido exige muito exercício e dedicação diária para evoluir
no seu desempenho.
Para ajudá-lo, este material abordará alguns conceitos genéricos utilizados pelos programas
ou softwares para o desenho assistido por computador, sugerimos que você estude os concei-
tos apresentados fazendo a utilização simultânea de um software considerado DAC/CAD, que
faça a construção vetorial dos desenhos técnicos. Assim, você poderá experimentar as ferra-
mentas e os comandos descritos, esse processo facilitará sua aprendizagem.
Recomendamos que você tente repetir os comandos no software escolhido, também re-
comendamos a leitura do manual online disponível no próprio software, dessa forma, pela
experimentação e a realização das atividades do curso, você conseguirá ir além do básico e
expandir o seu conhecimento.
Antes de tudo, você conhecerá os conceitos básicos relacionados ao desenho assistido por
computador e, posteriormente, explorará os conhecimentos relacionados ao desenho de móveis.
Conceitos básicos de desenho
assistido por computador
Quando estamos falando de desenho assistido por computador antes de qualquer coisa es-
tamos falando do meio pelo qual vamos representar um desenho, se o nosso ambiente de tra-
balho nos fornecesse uma prancheta, com esquadros, e diversos tipos de lápis com diferentes
grafites, vamos utilizar essas ferramentas para aplicar os conhecimentos técnicos necessários
para realizar o projeto de um móvel, por exemplo.
Agora, estamos diante de uma tela de computador e temos a responsabilidade de fazer
a criação de um móvel e fazer o seu detalhamento técnico, os conhecimentos sobre normas
técnicas, sobre os princípios da geometria descritiva e da matemática serão os mesmos que
antes aplicamos na prancheta, nas folhas de papel sulfite com o jogo de esquadro e as demais
ferramentas que colocaram a nossa disposição para a execução do trabalho.
Então, ao começar a estudar sobre o desenho assistido por computador precisamos enten-
der que todo o embasamento teórico para a criação e o detalhamento técnico de um móvel é
o mesmo que aplicamos no trabalho manual.
O que vamos explorar nesse capítulo será direcionado para as ferramentas de trabalho, e
não para os conhecimentos básicos que envolvem o desenho de técnico de móveis. Então,
surgem determinadas questões que antes não tínhamos a necessidade de nos preocuparmos.
Vamos explorar esses conhecimentos!
O software também é considerado a parte lógica do computador e para funcionar corretamente é ne-
cessário atender aos requisitos mínimos de cada sistema. Muitos programas são executados a partir de
softwares básicos, por exemplo, o sistema operacional de um computador, que é a base para instalação de
todos os outros programas, que gera um ambiente de interação entre a máquina e o usuário. Os sistemas
operacionais mais conhecidos são o Windows, o Linux e o Mac Os.
Os softwares de DAC/CAD também têm as especificações técnicas disponibilizadas pelo fornecedor/fa-
bricante, que devem ser observadas e providenciadas para obter o melhor desempenho das suas funções.
No quadro a seguir, você pode observar um exemplo dos requisitos mínimos para os softwares de dese-
nho assistido por computador, quando você adquirir o software atente para as configurações necessárias,
cada programa pode apontar questões específicas.
Exemplo de requisitos mínimos necessários para o suporte do software de desenho assistido por computador
Quadro 1 – Exemplo de requisitos mínimos necessários para o suporte do software de desenho assistido por computador,
com base nas referências do ano da primeira edição. Fonte: Silmar Alves (2015).
Além dos requisitos mínimos do equipamento, o projetista precisa definir algumas características do
projeto a ser executado. Será um projeto 2D ou 3D? Um trabalho 2D exige menor potência do sistema.
Mas se o intuito for criar projetos que geram arquivos grandes, e especialmente em 3D, então todos os
requisitos solicitados pelo software devem ser atendidos para obter um bom desempenho e estabilidade.
2.2 INTERFACE
A maioria dos programas de computador abrem uma tela de boas vindas automaticamente quando o
software é iniciado, nessa tela você terá acesso a comandos básicos como a criação de um arquivo novo,
abrir os arquivos recentes, bem como arquivos de exemplo.
Outra opção interessante desse painel são as informações sobre as novas funcionalidades da versão
instalada, assim como, os recursos de aprendizagem on-line que a maioria dos fornecedores/fabricantes
tem oferecidos aos usuários. Essa é uma excelente possibilidade de conhecer melhor o software e as ferra-
mentas que ele oferece para o desenvolvimento do seu trabalho. Explore esse painel!
Normalmente, as telas gráficas dos softwares tem a seguinte estrutura, na parte superior encontra-se
a barra de menu dos principais comandos, no centro está a área gráfica, onde são realizados os desenhos,
em 2D ou 3D. Nas laterais, você achará a barra de propriedades dos comandos de desenhos e de edição.
Alguns softwares permitem a entrada de comando via teclado, quando houver essa opção ela fica na parte
inferior da tela ou em uma janela suspensa.
A barra de menu, menu de comandos ou menu principal contém, entre várias possibilidades, opções
de comandos como Novo/New (criar novo arquivo), Abrir/Open (abrir um arquivo salvo em alguma pasta)
Salvar como/Save as (salvar alterações em um arquivo ou salvar um arquivo em um novo diretório ou pasta
como um novo projeto).
Veja a especificação dos principais comandos que você poderá encontrar nessa barra de menu:
• Novo/New: Utilizada para criar um novo arquivo.
• Abrir/Open: Utilizada para abrir arquivos já executados.
• Salvar/Save: Utilizada para gravar projetos e suas informações para uso posterior.
• Salvar Como/Save As: Utilizada para gravar projetos em locais diferentes e/ou renomeá-los.
• Exportar/Export: Gerar arquivos em várias extensões para interação com outros softwares e gerar
arquivos de leitura.
• Publicar/Publish: Preparar arquivos para impressão 3D, transmissão via internet (e-mail).
• Imprimir/Print: Gerar arquivos de visualização digital ou impressão em máquinas de plotagem ou
impressoras tradicionais.
• Arquivos recentes/Recent files: Atalho para abrir arquivos executados ou abertos recentemente, lis-
tados na ordem organizada por data ou ordem alfabética.
• Fechar/Close: Para encerrar o programa.
Quando você escolher a opção Salvar/Save, Salvar como/Save As ou Exportar/Export, o arquivo será
salvo automaticamente no formato padrão do programa escolhido. Caso deseje outro, basta escolhê-lo na
lista e selecioná-lo. Quando o objetivo é enviar o projeto para visualização para um cliente, por exemplo,
costuma-se salvar em PDF. Já quando o projeto é em 3D, o formato ideal será manter o 3D.
DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR
16
Quando você desenvolve um projeto num software DAC/CAD, logicamente, tem-se o intuito de que
seja para fins de execução. Quase sempre, o projeto é transmitido virtualmente, e para que isso seja possí-
vel, é necessário que o formato do projeto seja compatível com a versão do computador receptor.
Na sua atividade profissional, na negociação com os clientes ou fornecedores você saberá quais são
os softwares utilizados por eles, porém, nem sempre é possível saber qual a versão que o cliente/forne-
cedor possui, então é recomendado realizar algumas configurações básicas no seu projeto, como salvar
seu arquivo no formato mais antigo, ou seja, numa versão anterior. Assim, você garante que o destinatário
conseguirá abrir o projeto recebido.
É muito importante conhecer e localizar as ferramentas do programa antes de iniciar um projeto, para
que você consiga um desempenho mais rápido e um desenho de qualidade. Como são muitas as ferra-
mentas e funções, somente com acesso e utilização contínuos do programa é que você conseguirá nave-
gar com facilidade.
Você localizará outro elemento importante da interface: a linha de informações de comandos digitados.
O comando que está sendo utilizado aparece descrito nesta janela, possibilitando que o projetista verifi-
que constantemente se este foi aplicado de forma correta. Quando desejar cancelar um comando, utilize-
-se da tecla de cancelamento que geralmente é o “Esc”.
Na área de desenho costuma-se encontrar o comando das linhas isométricas X, Y e Z, onde é possível
executar várias ações como deslocamento da posição, alinhamento, rotação, dimensão etc.
Na tela de interface você verá o cursor, que terá livre movimento através do mouse sobre a área de
trabalho. Movendo-se simplesmente o cursor sem previamente selecionar um comando nada acontecerá.
Você encontrará como opção na tela padrão, a estrutura de modelo do sistema para desenvolver proje-
tos em duas dimensões baseadas nas coordenadas cartesianas, onde haverá como referência inicialmente
dois eixos: Eixo X que determina o sentido horizontal e o Eixo Y que determina o sentido vertical.
No software de DAC é possível realizar e obter as seguintes informações para a execução de um projeto:
• Unidades e precisão;
• Blocos de títulos e bordas;
• Nomes, cores e definições de layers (camadas);
• Ajustes de pontos de referência e espaço de grade;
• Estilos de texto;
• Estilos de dimensões;
• Estilos de tabelas;
• Tipos de linhas;
• Espessuras de linhas;
• Layout de impressão;
• Configuração de páginas;
• Precisão de casas decimais.
O sistema de coordenadas padrão para desenhos em 2D é o Sistema de Coordenadas do Usuário, que
indica a posição de um objeto nos eixos X e Y.
Coordenadas Cartesianas:
1. Coordenadas absolutas: São aquelas utilizadas quando sabemos os valores absolutos de X e Y.
Digitam-se os valores das coordenadas respeitando-se os eixos cartesianos onde as coordenadas
estão sempre relacionadas a um ponto 0,0 estipulado pelo programa.
Ex:
2. Coordenadas relativas: São aquelas em que após um ponto ser definido no desenho é possível
indicar as variações em X e Y do próximo ponto, porém relacionadas ao último ponto aplicado e não
ao ponto 0,0 absoluto.
Em alguns softwares você pode utilizar as coordenadas relativas inserindo o símbolo arroba (@) antes
das coordenadas X e Y. Ao digitar o comando @ X,Y, dessa forma você informa ao computador que o pró-
ximo ponto deverá ser estabelecido em relação ao primeiro ponto determinado.
3. Coordenadas relativas polares: são aquelas em que após escolhido o ponto inicial da reta deve-se
entrar com a distância e o ângulo relativos ao primeiro ponto para determinar o segundo ponto da
reta.
Quando o software utilizar o símbolo arroba como referência relativa, o comando deverá ser: @com-
primento + o ângulo, onde o símbolo arroba (@) lembra ao computador que o segundo ponto deverá ser
estabelecido em relação ao primeiro determinado.
Ex:
RECAPITULANDO
Você aprendeu que DAC – Desenho Assistido por Computador ou CAD - Computer Aided Design é a
denominação geral dos sistemas computacionais de projetos gráficos 2D e 3D. Existem vários desses
softwares, desenvolvidos para funcionarem nos mais variados sistemas, que atuam no campo das
engenharias, arquitetura e design, oferecendo muitos recursos. Atualmente, há vários softwares que
se tornaram populares do mundo, devido a sua flexibilidade e inovação aos desenhos assistidos por
computador.
Conhecer a interface do software é fundamental. Assim, você viu seus principais componentes: a
tela de boas vindas que funciona como uma apresentação do software, com alguns atalhos; as prin-
cipais ações dos programas, como salvar, abrir e imprimir; e o menu que concentra as ferramentas
específicas do programa. Você também compreendeu a utilidade dos sistemas de coordenadas do
programa.
Comandos
SAIBA O Google Tradutor pode ajudar muito nesse início dos estudos. Conheça a fer-
MAIS ramenta no endereço: <www.google.translate.com>.
Familiaridade com o computador também é uma necessidade mínima para aquele que de-
sejar se aperfeiçoar na utilização de softwares tão complexos como os utilizados em DAC.
Muitas vezes, serão citados termos provenientes da Matemática e da Geometria, e se houver
dúvidas quanto a isso, vale a pena pesquisarem em sites de busca ou em livros especializados.
Um exemplo: espera-se que você tenha o conhecimento básico de coordenadas cartesianas X e Y.
Caso você ainda tenha algumas dúvidas, é melhor primeiro pesquisar sobre o assunto para,
então, prosseguir com a leitura.
SAIBA MACHADO, Antonio, IEZZI, Gelson, DOLCE, Osvaldo - Geometria Plana - Con-
MAIS ceitos Básicos - Ensino médio-integrado, Atual, 2013.
Cada programa de DAC/CAD possui uma infinidade de comandos e ferramentas, muitas se-
guem os princípios básicos que descreveremos no curso, porém, nem todas as opções de cada
comando serão apresentadas aqui. Cabe a você, aos poucos, ir experimentando, reconhecendo
e pesquisando sobre cada uma no próprio menu de ajuda do software.
CURIOSI Teste as teclas no seu teclado para descobrir se há outras utilidades ou funções nos
DADE programas. Por exemplo, a barra de espaço, tecla enter e tecla esc.
DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR
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Primeiro você aprenderá a configurar as unidades de medida a serem utilizadas para desenvolver um
projeto em sistema de desenho assistido por computador.
1) Unidade/Unit
Quando abrimos os programas DAC/CAD e surge a área de trabalho, é como se abríssemos a folha
de papel a ser executado o desenho. Essa folha pode ser de várias dimensões: A0, A1, A2 etc. Da mesma
forma, a área de trabalho também é dimensionada, porém dividida em unidades ou quadrados. São as
unidades que podem ser definidas em metros, cm, mm, entre outras. Mas no DAC, a unidade de medidas
é adimensional, ou seja, o desenhista ou projetista é quem define a unidade a ser trabalhada dependendo
do modelo a ser desenhado. Vamos tomar como exemplo a planta (um corte) da porta de um quarto, no
desenho abaixo.
Ou o desenho de um parafuso:
Pode-se observar que não consta o tipo de unidade de medida, somente a quantidade numérica de
unidades. Mas se um arquiteto analisar a planta da porta do quarto, ele verá que a unidade numérica é o
metro. E se um engenheiro mecânico observar o desenho do parafuso, ele concluirá que as medidas estão
em milímetros. Como podemos constatar isso? Pela proporção óbvia, da grandeza utilizada. Um quarto
jamais poderia ser projetado em medida real na tela de um computador e o parafuso também ficaria pe-
queno demais.
Assim, a escolha da unidade de medida com a qual você irá trabalhar depende do desenho. Se o projeto
for de um navio, por exemplo, é necessário determinar uma unidade de medidas que caiba na tela. Tam-
bém é preciso estipular a folga de tela, pois o desenho ocupa uma área especifica que necessita de uma
moldura. Se você for desenhar um objeto que tenha dimensões de 30x40, é preciso ter uma área de 40x50
para o trabalho.
Os softwares geralmente recebem os comandos em inglês e para executá-los, digitamos o comando
confirmando-o com um Enter.
Para configurar a unidade com a qual deseja trabalhar, procure e identifique, no software que você
utiliza, o comando Unidades/Units (Unidades em Inglês) e selecione a unidade de medida que for mais
adequada ao seu projeto.
Na maioria dos softwares, existem 5 sistemas de unidades de medidas de comprimentos e ângulos: Ar-
quitetônico/Architectural, Decimal, Engenharia/Engineering, Fractional e Científico/Scientific. No campo
de medidas, selecione Decimal, que é o sistema que utilizaremos, esse é o sistema métrico mais utilizado
nos projetos no Brasil, os demais sistemas de medidas são utilizados em outros países, os softwares trazem
essas possibilidades porque são criados para atender aos diversos clientes e as suas especificações.
CURIOSI Cada programa tem formas diferentes de interpretar as medidas quebradas através de
ponto ou vírgulas, por exemplo: 1098.08. Fique atento e confira se a medida inserida
DADE é a medida desejada, em alguns softwares você pode recorrer ao comando Distância/
Distance, por esse comando é mostrado ao usuário às unidades de desenho corrente,
conforme configurações do comando de unidades de medida.
As casas decimais também podem ser configuradas. Procure o campo de tipo de ângulo e selecione
como opção os graus decimais. Trabalharemos com duas casas, selecionadas nos campos de precisão >
0,00. Cada software pode trazer uma denominação específica, esteja atento a essas variações.
DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR
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2) Limites/Limits
O comando Limites/Limits define as coordenadas X e Y do canto inferior esquerdo e do canto superior
direito da área de trabalho, possibilitando, assim, definir um retângulo. Geralmente, a referência adotada é
do eixo de coordenadas do canto inferior direito que deve ser definido como 0,0.
Para desenhar novos objetos, é necessário conhecer os principais comandos de desenho em 2D, conhe-
cidos como os comandos das “primitivas geométricas fundamentais”, onde estão representados a linha, a
O comando Linha/Line permite criar um segmento de reta definido por dois pontos
extremos, especificados através das coordenadas. Ao inserir o primeiro ponto de de-
finição de uma linha, surge uma linha elástica que fica presa ao cursor aguardando a
FIQUE definição do outro ponto.
ALERTA É possível desenhar um segmento de reta e continuar a solicitar os pontos, o que
permite a execução de desenhos contínuos. Mas cada segmento de reta é um objeto
isolado!
circunferência, o retângulo e outras figuras básicas. Todos os comandos de desenho podem ser acessados
via os menus disponibilizados nos softwares ou digitados na caixa de comandos.
O comando Linha/Line traça uma linha ou várias linhas, que são finalizadas ao clicar com o botão direi-
to do mouse quando desejar ou teclando. Após selecionar o comando, clique em um ponto da tela e, em
seguida, especifique um segundo, terceiro, quarto e assim sucessivamente. O cursor mostra o tamanho do
segmento criado e, caso houver ângulo, também o apontará. Desenhos contínuos são traçados sem soltar
o mouse, ou seja, sempre pressionando o mouse sobre a área de trabalho.
Na maioria dos softwares é possível escolher dois comandos para desenhar linhas: um é o Linha/Line
ou Poli linha/Polyline. É importante salientar que tanto o comando Linha/Line quanto o Poli linha/Polyli-
ne podem executar linhas continuas ou quebradas, com a diferença que quando selecionadas, apresentam
diferenças. Você entenderá melhor ao observar as próximas imagens.
O desenho traçado com a ferramenta Linha/Line, quando selecionado, mostra linhas independentes.
Já o desenho executado com a ferramenta Poli linha/Polyline mostra que o desenho é composto por
poli linhas, ou seja, linhas que são agrupadas umas nas outras.
Quando quiser traçar uma linha em uma posição vertical ou horizontal, pode-se utilizar o comando
ortogonal ou seguir a orientação da posição do cursor de desenho, com a demonstração através de linhas
guias referente a estas posições. Então, selecione o início da linha com o primeiro clique, digite o valor
desejado. Depois, executar o segundo clique, completando a linha. Dessa forma, as linhas sempre serão
originadas nas posições vertical ou horizontal, não inclinadas.
Outro comando importante é o de “seleção”. Ao pressionar o botão esquerdo do mouse e arrastá-lo
da esquerda para direita sobre o desenho executado, aparece uma tela azul, que é o campo de seleção
acionado.
Soltando o mouse onde estava o campo de seleção, aparece a área selecionada com seus pontos de de-
senho marcados e somente as linhas que estiverem por inteiro dentro desta área é que serão selecionadas.
Veja o que acontece se a seleção acontecer da direita para a esquerda:
A poli linha/polyline aparecerá selecionada em toda sua extensão mesmo que a área de seleção não
tiver sido assim estendida, porém a linha/line apresentará pontos de seleção somente na linha que foi
selecionada.
*Center, Diameter (Centro e diâmetro): Opção de Circle que traça o círculo com uma medida de diâ-
metro pré-estipulada.
*Circle Diameter 2points (Diâmetro e dois pontos): O círculo é definido pelo diâmetro de 2 pontos.
*Circle Diameter 3points (Diâmetro e 3 pontos): O círculo é definido pelo diâmetro de 3 pontos.
*Circle Tan, Tan, Tan (3 Tangentes e raio): Círculo obtido a partir da especificação de um círculo tan-
gente a outros dois círculos com um determinado raio.
Lembre-se de que o software de desenho assistido por computador gera traços no sentido anti-horário,
com exceção da geração de linhas por 3 pontos. Os arcos seguem o mesmo raciocínio. Assim, se desejar-
mos definir a dimensão do arco, ela deve ser pensada no sentido anti-horário para ser positiva. Isso signifi-
ca que o movimento do cursor deve ser anti-horário.
Para os ângulos, o raciocínio é o mesmo, e o ângulo inicial é o que repete a posição das 3 horas do relógio.
• Arc 3-Points (Arco 3 pontos): São designados 3 pontos do arco de circunferência (1º extremo, ponto
intermediário e 2º extremo).
*Arc Start, Center, End (Arco com início, centro e fim): A definição começa com um ponto inicial do arco
de circunferência. Em seguida, define-se o centro do arco e, por fim, determina-se o ponto final do arco de
circunferência que, relativamente ao primeiro, segue o sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.
*Arc Start, Center, Angle (Arco com início, centro e definição de ângulo): Define-se o ponto inicial
e o centro do arco. Em seguida, digita-se o valor do ângulo (positivo, seguindo o sentido anti-horário, e
negativo para o sentido horário).
*Arc Start, Center, Lenght (Arco com início, centro e dimensão da corda): Define-se o ponto inicial e
o centro do arco. Em seguida, digita-se o comprimento. Observe na figura do comprimento.
3) Polígono - Polygon
Comando que gera polígonos regulares – ou seja, que tem todos seus lados e ângulos iguais.
Esse comando pode ser utilizado indicando o número de lados desejado e o raio de uma circunferência
que pode estar por dentro (inscrita) ou por fora (circunscrita) do polígono desejado.
Inserir o comando de polígono, digitar nº de lados do polígono. Em seguida, definir centro do Polígono.
Selecionar a opção: Inscrito e fornecer o valor de raio desejado.
Inserir o comando de polígono, digitar nº de lados do polígono. Em seguida, definir centro do Polígono.
Selecionar a opção: Circunscrito e fornecer o valor de raio desejado.
A segunda forma de utilizar o comando polígono/polygon é informando o número de lados desejado
e a dimensão de cada um:
2 CONCEITOS BÁSICOS DE AUTOCAD®
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Inserir o comando de polígono, digitar nº de lados do polígono. Em seguida, definir o seu local de início
com base em uma linha ou aresta existente.
4) Retângulo/Rectangle
Cria um retângulo a partir de dois vértices opostos. Corresponde a uma poli linha/polyline fechada.
No painel de desenho clicar em Retângulo/Rectangle> clicar no ponto 1 (P1) , que representa o ponto
de origem do desenho. Deslocar o mouse no sentido oposto e clicar definindo o ponto 2 (P2).
Tem-se como segunda opção, a forma de desenhar o retângulo com base em coordenadas, onde X
representa o valor da base e Y representa a altura.
Para obter um retângulo com base nas coordenadas, ativar o comando Retângulo, clicar em um ponto
da tela para definir o ponto de início, digitar o valor de X (separando os eixos pelo sinal de vírgula) o valor
de Y e confirmar com Enter. Ex.: 100,80 (enter).
5) Elipse/Ellipse
É gerada por vários arcos e há 2 formas de gerá-la . Veja quais são nas figuras a seguir:
• Centro/Center- Cria uma elipse à partir do centro e dois pontos que definem os raios da elipse:
Clicar no ponto que define o centro da elipse> Clicar no 1º ponto =1º Raio da elipse > clicar no
2º ponto = 2º raio da elipse.
• Axis, End (Eixo e fim) - Cria uma elipse onde dois pontos definem um dos diâmetros da elipse e o 3º
ponto define o outro raio da elipse.
Clicar no 1º ponto que definirá o diâmetro > clicar no 2º ponto que definirá o diâmetro> clicar no 3º
ponto referente ao outro raio da elipse.
6) Pontos/Points
Ao digitar o comando Ponto/Point e clicar em um ponto da tela, será gerado um ponto de referência
no projeto. Ao passar o mouse sobre ele em um comando de desenho, será identificado um ponto de re-
ferência ou nó.
7) Hachura/Hatch
As hachuras são úteis para representar os materiais e também texturas, relevos, etc. do modelo dese-
nhado. São utilizadas também para preenchimento de uma área especifica com um padrão de textura.
Os padrões (modelos) de hachuras podem ser definidos pelo usuário e proporciona opções complexas
de hachuras.
FIQUE As hachuras determinam uma área de corte e o material a ser utilizado é apresentado
ALERTA no desenho através do padrão de material utilizado.
8) Camadas/Layers
Camadas/Layers são níveis de trabalho, camadas transparentes e superpostas de um desenho, pos-
sibilitando a organização e agrupamento de informações sobre o mesmo. A forma mais apropriada para
compreender a ferramenta camadas/layers é imaginar um desenho executado por partes, cada uma em
uma folha de papel transparente que, quando sobrepostas, formam o desenho completo. Os níveis repre-
sentam cada folha do exemplo. Têm-se como base as hierarquias de desenho técnico, podendo ser defini-
dos tipos e espessuras e atribuídos aos desenhos.
2 CONCEITOS BÁSICOS DE AUTOCAD®
35
Realizando a aplicação de camadas/layers e suas configurações, obteremos nas imagens dos projetos
referências claras de itens como Projeções, Áreas projetadas e recuadas de um desenho, diferenciação de
entidades. Tudo com base nas convenções de normas como as da ABNT para desenho técnico ou arquite-
tônico, por exemplo.
O objetivo principal das camadas/layers é organizar os arquivos para que sejam encontrados rapida-
mente, pois um projeto possui muitos detalhes, que pode facilmente se perder no processo de trabalho.
As cores e os tipos de linha também são características importantes de cada layer.
9) Combinar propriedades
Transfere características de um objeto para outro (cor, camada/layer, tipo de linha, escala de linha,
transparência, estilo de plotagem, etc.)
DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR
36
RECAPITULANDO
Você aprendeu neste capítulo alguns comandos básicos para iniciar um projeto. Estudamos alguns
recursos que serão muito úteis ao longo do processo de desenho que podem ajudá-lo na execução
dos projetos de mobiliário. Além disso, aprendeu sobre as camadas/layers, que são transparentes e
sobrepostas, formando assim o desenho, o que ajuda muito na organização do projeto.
Comandos específicos
Os comandos estudados no capitulo anterior são utilizados para gerar formas e desenhos ini-
ciais em um projeto, mas existem comandos e ferramentas de maior precisão e maior complexi-
dade que organizam, transformam e caracterizam os modelos (peças ou objetos) ou conjuntos de
elementos, para que atendam as necessidades representativas de um desenho técnico.
As normas da ABNT são aplicadas através destes comandos, então é importantíssimo que,
paralelamente ao conhecimento das normas, você estude com afinco todas as possibilidades
destes grupos de ferramentas e acessórios de mudança das formas originais geradas pelos co-
mandos iniciais.
Depois de você se familiarizar com os comandos básicos, vamos avançar para o conheci-
mento dos comandos de construção, a relação dos comandos apresentados pode mostrar uma
variação dependendo do software utilizado, fique atento aos nomes e as funções dessas ferra-
mentas. A maioria do softwares gratuitos (software livre) apresentam uma interface intuitiva e
estabelecem regras rígidas para a utilização das ferramentas. É interessante recorrer aos tuto-
riais na internet ou buscar ao aprendizado on-line que o fornecedor/fabricante disponibiliza.
1) Matriz/Array
Cria cópias múltiplas de um ou mais objetos em sequências de linhas ou colunas ou curvas
(polar).
O Array ou matriz pode ser associativo ou não. Se for associativo, todos os objetos gerados
na cópia fazem parte de um conjunto, ou seja, serão manipulados posteriormente todos de
uma só vez. Se não for associativo, os objetos gerados são independentes uns dos outros e
podem ser editados separadamente.
Matriz Retangular é a sequência de objetos organizados em linhas e colunas, ou seja, são
cópias alinhadas em uma área retangular.
DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR
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Após dar o comando de Matriz (Array) Definir nº de linhas (rows), em seguida Definir nº de colunas (co-
lumns) e a distância entre linhas. Pode-se também definir distancia entre as colunas ou ângulo.
Matriz polar é a sequência de objetos organizada de forma circular, ou seja, a partir de um ponto
pré-estabelecido e em rotação ao seu redor.
Definir nessa opção a quantidade de itens e em que ângulo será distribuído de um total de 360 graus.
Matriz por caminho de referência é a sequência formada por objetos (cópias) distribuídos conforme
a necessidade e o desejo do executor. Desenha-se o objeto inicial, em seguida uma linha auxiliar. Após
definir o tipo de matriz, clicar no caminho para que objetos copiados sejam criados automaticamente
distribuindo-se ao longo do caminho.
2 CONCEITOS BÁSICOS DE AUTOCAD®
39
2) Cópia/Copy
Comando que gera cópias de objetos já desenhados. Para acessá-lo, siga o caminho:
Inserir o comando de cópia>Escolher um dos métodos de seleção>Informar o ponto base.
3) Mover/Move
Comando que tem a finalidade de mover os objetos já desenhados de uma posição para outra na área
de trabalho. Sem alterar sua orientação ou tamanho.
Comando de Mover é semelhante ao de cópia, basta clicar sob o ponto base de deslocamento do obje-
to e especificar a nova posição do objeto.
4) Espelho/Mirror
Espelha uma figura ou objeto através de um eixo estabelecido.
Inserir o comando de Espelho, selecionar objeto a ser espelhado e definir por quais pontos deseja o
espelhamento. Pode-se definir um eixo como referência.
5) Chanfro/Chamfer
Faz chanfros (cortes diagonais em cantos) nos vértices dos desenhos, seja de poli linhas ou duas linhas.
Inserir comando de Chanfrar:
6) Arredondar/Fillet
O comando para Arredondar/Fillet concorda dois elementos (linhas, arcos ou círculos) com um raio
definido pelo usuário. Arredonda os cantos (vértices) dos desenhos, prolonga segmentos de reta até que
se encontrem ou corta segmentos de reta na sua intersecção.
Inserir comando de Arredondar
9) Explodir /Explode
Quando um objeto (entidade) é formado por muitos nós ou por poli linhas/polylines, blocos ou cotas
e deseja-se desmembrá-lo em entidades simples, é através do comando explode que se executa essa
ação. Mas é importante saber que quando se explode uma entidade, muitas vezes suas propriedades
são perdidas.
Selecionar as entidades que deseja desvincular e inserir o comando de explosão.
11) Estender/Extend
Prolonga, estende objetos (entidades) até o limite definido por outros objetos, ou seja, encosta um
objeto ao outro.
2 CONCEITOS BÁSICOS DE AUTOCAD®
43
12) Esticar/Stretch
Estica ou encurta um objeto ou um grupo de objetos, ou parte de um objeto. O objeto deve ser sele-
cionado e tudo que for cruzado pela janela de seleção será esticado, enquanto tudo que estiver dentro da
janela será movido.
DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR
44
FIQUE Dividir, nesse caso, significa inserir pontos ou blocos entre as partes para obter refe-
ALERTA rências, e não para cortá-las.
15) Alinhar/Align
Organizar em alinhamentos os objetos selecionados. Você pode alinhar por um único ponto, por dois
pontos ou por 3 pontos.
Veja as opções de alinhamento nas imagens a seguir:
16) Rotacionar/Rotate
Gira um objeto ou um grupo de objetos relacionados a um ponto de referência e um ângulo de rotação.
Os ângulos especificados com valor positivo indicam rotação no sentido anti-horário. Os ângulos de valor
negativo indicam rotação no sentido horário.
Inserir comando de rotação>Selecionar objeto a ser rotacionado. Selecionar ponto base de rotação e
definir ângulo de rotação.
17) Apagar/Erase
O comando apagar (Erase) apaga as entidades selecionadas do desenho.
Selecionar o que deseja apagar e inserir o comando Apagar (Erase) ou selecionar o objeto e pressionar
a tecla Delete.
18) Área/Area
O comando permite calcular a área e o perímetro que o usuário define através da seleção de pontos.
Pode-se calcular a área de uma Poli linha/Polyline apenas colecionando-a, ou determinar os pontos que
definem o perímetro do objeto. Se o usuário não fechar o polígono, será calculada a área como se tivesse
sido desenhada uma linha do último ponto introduzido, até o primeiro.
Muitas vezes, durante o processo do desenho/projeto, é necessário visualizar detalhes com precisão
absoluta, e existem comandos próprios para este objetivo.
1) Aproximar ou afastar/Zoom
Comandos utilizados para visualização do desenho em execução na área de trabalho. Existem várias
possibilidades.
2) Panorâmica/Pan
É a ferramenta “mãozinha”, utilizada para mover a tela conforme a necessidade de visualização do de-
senho.
Acesso:
• pelo comando
• pelo mouse: pressionar o Botão de Rolagem do Mouse (Scroll do Mouse);
3) Visualizar/View
Quando se visualiza uma vista, ela pode ser salva. Essa opção possibilita a visualização posterior de uma
vista observada e facilita a visualização de desenhos muito grandes.
4) Blocos/Blocks
Podem ser utilizadas bibliotecas de símbolos para seu desempenho, que são criadas através de con-
juntos de objetos denominados blocos. Um bloco é caracterizado por conter características como: nome,
ponto de referência de inserção e conjunto de objetos que o formam.
2 CONCEITOS BÁSICOS DE AUTOCAD®
47
Eles são objetos que foram criados com intuito de representar elementos que serão usados muitas ve-
zes no desenho. Elementos repetitivos podem ser as legendas, detalhes de adorno, símbolos, margens, etc.
O uso de blocos agiliza o trabalho, pois basta recorrer a eles para repetir os desenhos.
Em cada bloco criado, podem ser associadas informações extraídas do próprio desenho que também
podem ser manipuladas isoladamente.
5) Texto/Text
Um estilo de texto é definido pelos parâmetros de configuração dos caracteres (altura, espaçamento,
inclinação) e por uma fonte de texto.
Embora estes comandos não funcionem exatamente como os editores de texto tradicionais, seguem os
mesmos princípios padrões dos editores de textos.
6) Escala/Escale
O comando de escala/escale permite aumentar ou diminuir as dimensões dos desenhos proporcional-
mente. A definição da nova escala dos desenhos pode ser feita via mouse (sem definição exata) ou digi-
tando-se o fator de escala (proporção) em que os objetos serão aumentados ou diminuídos de tamanho.
7) Dimensionamento
Dimensionamento é o processo de acrescentar medidas a um desenho. Também chamadas de cotas, as
dimensões podem variar no seu estilo e aplicações. Os softwares permitem cotar linhas, multilinhas, arcos,
círculos e segmentos de poli linhas ou desenhar dimensionamentos independentes.
Os dimensionamentos mostram as medidas geométricas dos objetos, as distâncias, os ângulos entre
objetos ou as coordenadas XY de um objeto. São divididos em linear, radial e angular. Os lineares incluem
dimensionamento horizontal, vertical, alinhado, em rotação ordenada por linha de base e contínuo.
DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR
48
Todo dimensionamento possui um estilo que é caracterizado, entre outras coisas, por cor, estilo de tex-
to e escala do tipo de linha. Principais comandos de dimensionamento:
4.3 COTAS/DIMENSION
Os estilos de dimensionamento podem ter famílias de diferentes parâmetros para que seja possível usar
um parâmetro distinto para cada estilo de dimensionamento.
Estes parâmetros de dimensionamentos podem ser definidos no comando: Criar Novos Estilos de Texto.
2 CONCEITOS BÁSICOS DE AUTOCAD®
49
Quadro de configuração para setas (Arrow heads), linhas de dimensão (Dimension LINES), linhas de
extensão ( Extension Lines) e marcadores para círculos (Center Mark for Circles).
B. TEXTO/TEXT
Quadro de configuração para texto do dimensionamento. Altera estilo, altura, justificação (posição) e
alinhamento do texto do dimensionamento.
C. AJUSTES/FIT
Quadro de configuração do posicionamento da cota define os itens que permanecem entre as linhas
de extensão: texto, indicadores, (arrows) ou ambos. Além de definir se o texto ficará justificado as linhas de
cotas e também a escala geral.
Quadro de configuração para definição das unidades e ângulo, precisão e omissão de zeros, sufixo e
prefixo, fator para arredondamentos, escala, linear, etc.
Indica que unidade pretende usar como alternativa à principal. Por exemplo, pode-se fazer um desenho
em mm. E parte dele pode ser executada em polegadas.
Esta opção permitirá que se defina que tipo de unidade alternativa usar.
F. TOLERÂNCIAS/TOLERANCES
Controla o formato das tolerâncias. As tolerâncias são acrescentadas após a unidade primária.
DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR
50
RECAPITULANDO
Você aprendeu a utilizar ferramentas mais complexas para produzir um projeto, como o comando
Copiar/Copy, que cria quantas cópias você precisar de algum elemento do desenho, e o Espelho/
Mirror, que espelha o que você criou, muito útil para criações simétricas. O Chanfro/Changer, por sua
vez, executa cortes diagonais em cantos nos vértices dos desenhos.
Você também aprendeu a alterar o tamanho e o aspecto do desenho e observou novas formas de
visualização e funções para acumular elementos e detalhes.
Conceitos básicos de desenho
tridimensional - modelagem 3D
Figura 48: Móvel criado a partir de informações bidimensionais traduzidos em um objeto tridimensional.
Fonte: Liliana Nakakogue (2015).
DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR
52
Até aqui temos o conhecimento das coordenadas cartesianas, relativas e polares através dos eixos X, Y
e Z. Coordenadas cartesianas em três dimensões têm como base de localização a referência de três eixos:
Coordenada referente à largura: Eixo X
Coordenada referente à profundidade: Eixo Y
Coordenada referente à altura: Eixo Z
Trabalhando esses três valores você conseguirá criar objetos em três dimensões, que denominamos
como sólidos. A seguir citaremos alguns exemplos.
5.2 CAIXA/CUBO/BOX
Para desenhar caixas em formato de paralelepípedo, devemos usar valores distintos para as três dimensões:
Primeiro o valor da coordenada X, em seguida o valor referente à coordenada Y e para finalizar, a coor-
denada Z.
Se desejar criar caixas em formato de cubo, as dimensões do eixo X, Y e Z devem ser iguais.
5.3 CILINDRO/CYLINDER
Assim como o círculo, para criar um cilindro é necessário fornecer um valor de raio ou diâmetro, em
seguida definir sua altura.
É possível fornecer diferentes valores nos eixos X e Y, obtendo como resultado um cilindro elíptico.
5.4 CONE/CONE
Para criar um cone, deve-se fornecer um valor de raio ou diâmetro para sua base e um valor para sua
altura.
Da mesma forma que o cilindro, fornecendo um valor para o eixo X e outro para o eixo Y, teremos um
cone com base elíptica.
5.5 ESFERA/SPHERE
5.6 PIRÂMIDE/PYRAMID
Para criar uma pirâmide podemos definir sua base com vários números de lados, podendo ser uma base
inscrita ou circunscrita.
Figura 54 : Pirâmides
Fonte: Liliana Nakakogue (2015)
Existem dois tipos de pirâmides, um com extremidade pontiaguda e outro com a extremidade plana,
cujo nome pode ser denominado como pirâmide com tronco.
2 CONCEITOS BÁSICOS DE AUTOCAD®
55
RELEMBRANDO:
Polígonos inscritos são aqueles cujo raio em origem a partir do centro até o vértice, possuem suas ares-
tas tangenciadas em relação a uma circunferência dividindo-a em vários arcos. Polígonos circunscritos têm
seu raio com base do centro até suas arestas.
Para criar uma argola tridimensional é necessário pensar em dois valores: O valor da circunferência total
da argola (A) e o valor da circunferência da espessura / bitola (B).
2. É possível chanfrar as arestas de um sólido fornecendo as duas distâncias, a contar dos seus vértices.
Com base no desenho em 2D, define-se um eixo de centro real ou imaginário para que o
plano gire em torno do mesmo. Após definido o eixo e com o plano selecionado, aplica-se a
revolução criando um objeto sólido.
Qualquer sólido pode ser trabalhado na forma de matriz, onde se organizam os objetos em
sequência para criações baseadas em posicionamento dessas volumetrias apenas ou em modi-
ficação de objetos, como unir ou subtrair essas matrizes de forma a criar novos objetos.
Após realizar o procedimento de matriz, pode-se utilizar dessa matriz para o desenvolvi-
mento de novos objetos, posicionando de forma que uma peça interfira em outra.
Subtraindo-se a volumetria da matriz do objeto criado.
1. Acabamentos de visualização
REFERÊNCIAS
KUBBA. Sam A.A. Desenho Técnico: para construção (eixo Infraestrutura). Tradução Alexandre Sava-
terra. Porto Alegre: Bookman, 2014. (série tekne).
MACHADO, A.; IEZZI, G.; DOLCE, O. Geometria Plana: conceitos básicos. São Paulo: Atual (Grupo Sarai-
va), 2013. 27 cm. ISBN 9788535713213.
RIBEIRO, A. C.; PERES, M. P.; IZIDORO, N. Desenho técnico e AutoCAD. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2013.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. Departamento Regional de São Paulo. Leitura e
Interpretação de Desenho Técnico. São Paulo, [20--].
SILVA, A. et al. Desenho Técnico Moderno. Curitiba: LTC, 2006.28 cm. ISBN 8521615221.
2 CONCEITOS BÁSICOS DE AUTOCAD®
67
Silmar Antonio Alves é graduado em Licenciatura em Arte – Educação Artística pelo Centro Universi-
tário Claretiano de Batatais, em São Paulo, e em Design em Moda pela Universidade Tuiuti do Paraná.
Atua como técnico de ensino pleno no SENAI de Curitiba, consultor de modelagem e desenvolvimento
de coleções e também é autor do material didático das disciplinas de modelagem masculina, feminina,
infantil e malharia da área têxtil e vestuário. Atua como palestrante de pesquisa e criação junto ao cur-
so de design de moveis do SENAI Curitiba em eventos como o a congresso moveleiro e nas semanas
acadêmicas do curso.
Anderson Trierveiler é graduado em Design de Produto pela Universidade Tuiuti do Paraná. Gra-
duado pelo programa especial da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina) de Formação Pe-
dagógica para Formadores de Educação Profissional. Pós Graduado pela Pontifícia Universidade Ca-
tólica do Paraná em Design Estratégico: Inovação. Atua como técnico de ensino pleno no Senai C2i
(Centro Internacional de Inovação) em Curitiba, onde coordena também o curso técnico em Design
de Móveis e demais cursos de qualificação desta área. Foi consultor em Design de Móveis junto ao
Senai CETEMAM da cidade de Arapongas, desenvolvendo novos produtos para empresas deste polo
moveleiro.
Liliana Suemi Nakakogue possui graduação em Design de Interiores pelo Centro Universitário
Campos de Andrade (2007). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em
Tecnologia em Design de Interiores. Dedica-se ao desenvolvimento de projetos de interiores resi-
denciais, comerciais e corporativos. Ministra aulas através do uso de softwares específicos para a
capacitação no desenvolvimento de projetos bidimensionais, tridimensionais, desenhos técnicos e
maquetes eletrônicas.
2 CONCEITOS BÁSICOS DE AUTOCAD®
69
ÍNDICE
A
Abrir 15,16,19
Alinhamento 16,44,45,49
Ambiente de interação 14
Aprendizagem 11,15
Aprendizagem on-line 15
Área de trabalho 9,17,22,24,40,46
Arquitetura 19
Arquivo 15,16
Arquivo novo 15
Arquivos recentes 15
Arroba 18
Área de trabalho 9,17,22,24,40,46
B
Barra de menu 15
Blocos 17,46
Bordas 17,56
C
Camadas 17,34,35,36
Cancelamento 16
Casas decimais 17,23
Científico 23
Comandos 9,11,12,14,15,16,21,23,24,25,36,37,42,46,47,48
Componentes 13,19
Conceitos básicos 9,13,51
Configuração 9,14,22,47,49
Configurações básicas 16
Configurar 22,23
Conhecimento básico 21
Construção 9,11,37,65
Construção vetorial 11
Coordenadas absolutas 17
Coordenadas cartesianas 17,21,52
Coordenadas relativas 7,18
Coordenadas relativas polares 7,18
Corte 22,34
Cursor 17,24,25,28,41
D
Definições 13
Desempenho 11
Desenhista 22
Desenho assistido por computador 9,11,12,13,14,21,22,28,51,57
Desenhos técnicos 11,67
Design 19,67
Deslocamento 7,16,40,41
Digitados 16,24
Dimensão 16,28,29,30,49
Distance 23
Distância 23
E
Eixos 17,32,52,53
Engineering 23
Equipamento 13,14
Ergonomia 16
Especificações técnicas 14
Estilos de dimensões 17
Estilos de tabelas 17
Execução 11,13,16,17,24,25,36,46
Experimentação 12
Exportar 15
F
Fechar 46
Ferramentas 11,13,15,16,19,21,37,50,51
Formato 15,16,49,52
Fractional 23
Funções 14,16,21,37,50
G
Geometria 11,21,65
Geometria descritiva 13
Graus 23
H
Hardware 13
2 CONCEITOS BÁSICOS DE AUTOCAD®
71
I
Impressão 15,17
Imprimir 15
Instalação 14
Interface 9,15,22
J
Janela 15,16,43
L
Layers 17,34,35,36
Layout de impressão 17
Língua inglesa 21
Linhas isométricas 16
M
Manual 11,12,13
Máquina 13,14
Matemática 13
Medidas quebradas 23
Mobiliário 6,11,36
Mouse 13,16,17,24,25,31,33,46,47
Móveis 11,12,13,51
Mover 40
Movimento 17,28
P
Pasta 15
Ponto inicial 18,29
Pontos de referência 17,42
Posição 16,17,25,28,40,49
Precisão 17,23,37,46,49
Principais comandos 9,24,48
Produtividade 11
Programa 14,15,16,17,19,21,23,67
Programas 11,13,14,15,19,21,22
Projetista 14,16,22
Projeto 7,11,13,14,15,16,17,22,23,25,33,35,36,37,46,50,51,63
Projeto 2d 14
Proporção 23,47
Propriedades 15,35,42
Publicar 15
Q
Qualidade 11,16
R
Requisitos de sistema 9,13
Requisitos mínimos 14
Rotação 16,25,38,45,47
S
Salvar 15
Scientific 23
Selecionar 17,24,25,40,45,46,57
Sentido anti-horário 19,28,29,45
Sentido horário 19,29,45
Símbolo 18
Sistema 9,13,14,17,22,23,48
Sistema métrico 23
Sistema operacional 14
Sistemas computacionais 19
Software 11,12,13,14,15,16,17,18,19,21,23,25,28,37
Softwares livres 11
T
Tecla 16,21,46
Tela padrão 17
Tipos de linhas 17
Títulos 17
U
Unidades 17,23,49
Unit 22,28
Usuário 14,21,23,34,41,46
V
Variações 18,23
Versão instalada 15
Visualização 9,14,15,46,50,63
Z
Números
2 CONCEITOS BÁSICOS DE AUTOCAD®
73
Waldemir Amaro
Gerente
Anderson Trierveiler
Liliana Suemi Nakakogue
Silmar Antonio Alves
Elaboração
Anderson Trierveiler
Silmar Antonio Alves
Revisão Técnica
NEaD
Revisão Ortográfica e Gramatical
Anderson Trierveiler
Benito Juarez de Castro Lima Filho
Janilson da Silveira Castro
Renato Bernardi
Comitê Técnico de Avaliação
I-comunicação
Projeto Gráfico