Concepções Sobre o Desenvolvimento e Aprendizagem
Concepções Sobre o Desenvolvimento e Aprendizagem
Concepções Sobre o Desenvolvimento e Aprendizagem
O indivíduo sofre, durante toda a sua vida, a influência dos agentes externos de
natureza física e social. Esses agentes atuam sobre o seu organismo e sobre o seu espírito,
estimulando suas capacidades e aptidões e promovendo o seu desenvolvimento físico e
mental.
A escola não pode mais ser considerada como uma simples máquina de
alfabetização. Sua função não se restringe mais, como antigamente, à modesta tarefa de
ensinar, sua tarefa é mais ampla e profunda, ou seja, deve levar o nosso aluno a ser mais
critico, mais compromissado e mais otimista em relação à aprendizagem.
A escola não deve perder de vista que a aprendizagem de um novo conceito envolve a
interação com o já aprendido. Portanto, as experiências e vivências que o aluno traz consigo
favorecem novas aprendizagens. Bruner chama a atenção para o fato de que as matérias ou
disciplinas tais como estão organizadas nos currículos, constituem-se muitas vezes divisões
artificiais do saber. Por isso, várias disciplinas possuem princípios comuns sem que os
alunos – e algumas vezes os próprios professores – analisem tal fato, tornando o ensino
uma repetição sem sentido, em que apenas respondem a comandos arbitrários, Bruner
propõe o ensino pela descoberta. O método da descoberta não só ensina a criança a resolver
problemas da vida prática, como também garante a ela uma compreensão da estrutura
fundamental do conhecimento, possibilitando assim economia no uso da memória, e a
transferência da aprendizagem no sentido mais amplo e total.
O ato de ensinar envolve sempre uma compreensão bem mais abrangente do que o
espaço restrito do professor na sala de aula ou às atividades desenvolvidas pelos alunos.
Tanto o professor quanto o aluno e a escola encontram-se em contextos mais globais que
interferem no processo educativo e precisam ser levados em consideração na elaboração e
execução do ensino.
Ensinar algo a alguém requer, sempre, duas coisas: uma visão de mundo (incluídos
aqui os conteúdos da aprendizagem) e planejamento das ações (entendido como um
processo de racionalização do ensino). A prática de planejamento do ensino tem sido
questionada quanto a sua validade como instrumento de melhoria qualitativa no processo de
ensino como o trabalho do professor:
Em nosso entendimento a escola faz parte de um contexto que engloba a sociedade, sua
organização, sua estrutura, sua cultura e sua história. Desse modo, qualquer projeto de
ensino – aprendizagem está ligado a este contexto e ao modo de cultura que orienta um
modelo de homem e de mulher que pretendemos formar, para responder aos desafios desta
sociedade. Por esta razão, pensamos que é de fundamental importância que os professores
saibam que tipo de ser humano pretendem formar para esta sociedade, pois disto depende,
em grande parte, as escolhas que fazemos pelos conteúdos que ensinamos, pela
metodologia que optamos e pelas atitudes que assumimos diante dos alunos. De certo modo
esta visão limitada ou potencializada o processo ensino-aprendizagem não depende das
políticas públicas em curso, mas do projeto de formação cultural que possui o corpo
docente e seu compromisso com objeto de estudo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim sendo, a aprendizagem tem um vínculo direto com o meio social que
circunscreve não só as condições de vida do individuo mas também a sua relação com o
ambiente escolar e o estudo, sua percepção e compreensão das matérias. A consolidação
dos conhecimentos depende dos significados que eles carregam em relação à experiência
social do jovem e dos adultos na família, no meio social, no trabalho.
Referências Bibliográficas
BOCK, A.; al. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. 7ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2001.
PIAGET, J. O nascimento do raciocínio na criança. 5ª. Ed. São Paulo: El Ateneo, 1993.