Phased Array - Próend
Phased Array - Próend
Phased Array - Próend
PHASED ARRAY
INTRODUÇÃO
Cristais piezo compostos são uma combinação de cristais piezelétricos cerâmicos e outros
materiais, normalmente polímeros, os quais proporcionam novas propriedades piezelétricas. O
método usual de fabricação de materiais piezo compostos, está mostrada na figura 1. Este
método produz uma matriz de material cerâmico rodeada por um enchimento de polímero. Os
elementos da matriz cerâmica podem ser menores que 0,05 mm de largura, com uma separação
de menos que 0,025 mm.
Materiais piezo compostos têm sido utilizados em cabeçotes no ensaio ultra-sônico médico há
mais de 20 anos. Com a introdução dos cabeçotes phased array para ensaios não destrutivos
(por volta do ano 1998), a fabricação dos cristais piezo compostos tornou-se mais critica em
razão do grande número de pequenos elementos piezelétricos no arranjo típico do cabeçote e da
necessidade de uma elevado grau de uniformidade entre os elementos. Os elementos individuais
do cabeçote são gerados geralmente pela usinagem de sulcos em um cristal maior e
preenchimento dos mesmos com um polímero.
Os cabeçotes phased array são construídos com um grande número de cristais (mosaico de
cristais). Os cristais são individualmente conectados ao aparelho, agindo cada um como se fosse
um cabeçote ultra-sônico. Os cristais podem ser organizados na forma linear, anular, circular ou
em matriz (ver figura 5) e o acionamento dos cristais, em determinadas seqüências pré-
estabelecidas, permite o ensaio ultra-sônico dos materiais com varredura eletrônica, focalização
eletrônica e angulação eletrônica do feixe sônico.
Rua Nunes Machado, 2328 - 80220-070 - Curitiba - PR - Fone (41) 332-0783 Fax (41) 333-4732 www.proend.com.br
FOLHA 2/4
CONCEITOS BÁSICOS
O conceito básico da tecnologia phased array é baseada no uso de cabeçotes multi-cristais, nos
quais os mesmos podem ser individualmente acionados. Estes cabeçotes são conectados a
equipamentos especialmente construídos que permitem a emissão-recepção sônica simultânea e
independente de cada cristal. Os equipamentos permitem também acionar cada cristal com
atraso de tempo em relação aos demais.
Para algumas aplicações nem todos os cristais são utilizados simultaneamente. Nestes casos o
aparelho utiliza uma multiplexação dinâmica para selecionar os cristais ativos dentre os cristais
do cabeçote.
VARREDURA ELETRÔNICA
A varredura eletrônica (ver figura 2), consiste em movimentar o feixe sônico ao longo do
cabeçote, ativando um grupo definido de cristais de cada vez. Cada grupo é composto de vários
cristais dentro do cabeçote phased array.
Em geral, este conceito é utilizado para ensaio de chapas, tubos e barras e pode também ser
utilizado para o ensaio de soldas.
FOCALIZAÇÃO ELETRÔNICA
Focalização eletrônica (ver figura 3) é baseada no uso de retardos eletrônicos, aplicados no grupo
de cristais do cabeçote, durante a emissão e recepção sônica. Estes retardos têm o efeito similar
ao obtido por lentes de focalização e permitem a focalização em diferentes profundidades
previamente escolhidas.
A focalização eletrônica permite utilizar apenas um cabeçote phased array em lugar de vários
cabeçotes convencionais de diferentes profundidades focais. A utilização mais comum desta
técnica é no ensaio de chapas de grandes espessuras.
ANGULAÇÃO ELETRÔNICA
A angulação eletrônica (ver figura 4) utiliza também as leis de retardo da focalização eletrônica.
Neste caso, as leis de retardo são calculadas para dar ao feixe emitido um ângulo o qual pode
variar simplesmente pela mudança dos retardos de emissão dos cristais.
A angulação eletrônica permite a utilização de apenas um cabeçote phased array para o ensaio de
peças onde tradicionalmente são utilizados vários cabeçotes angulares. Adicionalmente, pode-se
angular o feixe sônico sem a utilização de sapatas, permitindo a varredura de peças muito
pequenas.
A varredura, focalização e a angulação eletrônicas podem ser combinadas para várias aplicações,
tais como o ensaio de soldas e tubos.
A tecnologia phased array requer o uso de cabeçotes multi-cristais (mosaico de cristais) com
variadas configurações, mas que atendam a certos requisitos:
• O acionamento dos cristais deve ser individual e independente, sem a geração de
vibrações nos cristais adjacentes, devidas ao acoplamento elétrico ou acústico;
• Todos os cristais devem ter desempenho similar, de modo a assegurarem a construção de
um feixe sônico homogêneo.
1 – Arranjo linear
2 – Arranjo anular
3 – Arranjo em matriz
4 – Arranjo circular
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
Além da sua geometria, os cabeçotes phased array oferecem também a mesma flexibilidade que
têm os cabeçotes mono cristal. Eles podem ser utilizados na técnica do contato direto ou imersão,
sua área ativa pode ser plana ou focalizada e podem também levar em conta os limites regidos
das condições ambientais, tais como temperatura, pressão, vibração e radiação.
EXEMPLOS DE APLICAÇÕES
A figura 7 mostra vários exemplos de utilização da técnica phased array.