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2024/25
VERSÃO 11/03/2024
GUIA DE IMUNIZAÇÃO SBIm/SBPT – PNEUMOLOGIA 2024-2025
Coordenação
Mônica Levi – Presidente da SBIm
Rosemeri Maurici da Silva – Membro da Comissão de Imunizações da SBPT
Revisão e atualização
SBIm
Juarez Cunha, Mônica Levi, Renato Kfouri e Tânia Petraglia
SBPT
Clystenes Odyr Soares Silva, Margareth Maria Pretti Dalcolmo e Rosemeri Maurici da Silva
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Boa leitura!
INTRODUÇÃO
4
5
DOENÇA PNEUMOCÓCICA
Um exemplo de enfermidade bacteriana frequente nos pneumopatas
é a doença causada pelo Streptococcus pneumoniae, a bactéria mais
frequente neste grupo e causa comum de óbito. Segundo estudo con-
duzido por Active Bacterial Core Surveillance (ABCs) e National
Health Interview Survey (NHIS), as taxas de incidência da doença
pneumocócica invasiva (DPI) em pessoas sem comorbidades são
muito diferentes, quando comparadas com aquelas em indivíduos
que apresentam comorbidades de alto risco.
516
50 - 64 anos
500 x 5,9
≥ 65 anos
398
400 x 4,5
x 3,8 x 3,9
305 398
300 254 264
x 2,8 248
187
200
116 124 126
106 111
100 67 76 72
44 42 51 52
14 25
0
Nenhuma Diabetes Cardiopatia Tabagismo
Fumantes Alcoolismo Asma Pneumonia
crônica crônica
Condição de base
Fonte: Froes F, Roche N, Blasi F. Pneumococcal vaccination and chronic respiratory diseases. Int J Chron Obstruct
Pulmon Dis. 2017 Dec 5;12:3457-3468. doi: 10.2147/COPD.S140378. eCollection 2017.
Indivíduo
saudável
250
Casos/100.000 pessoas
Cardiopatia
crônica
200
Diabetes
150
Alcoolismo
100
Pneumopatia
crônica
50
0
18-34 35-49 50-64 65-79 >80
Idade, anos
Fonte: Kyaw MH, Rose CE Jr, Fry AM, Singleton JA, Moore Z et al. The influence of chronic illnesses on the incidence of invasive
pneumococcal disease in adults. J infectdis. 2005;192(3):377-386.
asma, contra 2,5% dos controles (sem DPI). Após análise por modelo
de regressão logística pareada, chegou-se a um risco (OR) indepen-
dente de DPI de 2,8 (95% IC 2,1 a 3,6) associado à asma sem neces-
sidade de internação hospitalar nos últimos 12 meses, porém, com
suporte medicamentoso, e de 12,3 (95% IC 5,4 a 28,0) para indivíduos
asmáticos que apresentaram uma ou mais de uma internação hospita-
lar nos últimos 12 meses.
canstockphoto | Bialasiewicz
clusões dos autores foram que as vacinas pneumocócicas
multivalentes fornecem proteção significativa
contra pneumonia adquirida na comu-
nidade, embora nenhuma evi-
dência indique que a vacinação
reduziu o risco de pneumonia
pneumocócica confirmada, o
que foi um evento relativamente
raro. Evidências de qualidade mo-
derada sugerem os benefícios da
vacinação contra o pneumococo em
pessoas com DPOC, com redução da
probabilidade de exacerbação. Um es-
tudo em indivíduos institucionalizados
mostrou efetividade de 64% para a preven-
ção de pneumonia pneumocócica.
INTERVALO DE
2 MESES
VPC13
VPP23 5 ANOS VPP23
ou VPC15
5 ANOS
INTERVALO DE
2 A 6 MESES
≥1 ANO VPC13
VPP23 VPP23
ou VPC15
12
Pneumologia – Guia de Imunização SBIm/SBPT 2024/25
ATENÇÃO
▶ A VPP23 não está disponível nos CRIE para investigação diag-
nóstica de imunodeficiências.
▶ A VPC15 não está disponível na rede pública.
ATENÇÃO:
▶ para crianças que iniciaram ou completaram esquema com
VPC10, recomenda-se, sempre que possível, ampliar a prote-
ção com dose(s) adicional(is) de vacinas que contemplem os
sorotipos 19A, 3 e 6A;
▶ as VPC13 e VPC15 podem ser intercambiadas em qualquer mo-
mento do esquema vacinal.
RECOMENDAÇÕES PARA A VACINAÇÃO DE ADULTOS
▶ VPC13 ou VPC15 para pessoas com 60 ou mais anos de vida (entre
50 e 59 anos a indicação fica a critério médico). Esquema: dose única
a partir de 60 anos de idade, complementando a prevenção com a va-
cina VPP23, em esquema sequencial (intervalo de dois a seis meses).
INFLUENZA
A influenza ou gripe é uma doença infecciosa aguda do trato res-
piratório, altamente contagiosa, causada por vírus da família
Orthomyxoviridae, classicamente dividido em três tipos imunológicos:
Mixovirus influenza A, B e C, sendo que apenas os tipos A e B têm
relevância clínica em humanos.
Sua transmissibilidade é alta, sobretudo pela via direta, por meio das
secreções respiratórias da pessoa contaminada expelidas durante a fala,
tosse ou espirros. A via indireta se caracteriza pelo contato das mãos
em superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias, o que
possibilita levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos ou ao nariz.
VSR
O vírus sincicial respiratório (VSR) é causa de infecções respiratórias
em pessoas de qualquer idade, mas atinge principalmente crianças pe-
quenas. Porém, as pessoas com idade mais avançada apresentam maior
risco de desfechos graves, podendo o VSR ser inclusive mais fatal do
que o vírus influenza em indivíduos acima de 60 anos.
O VSR foi reponsável por 11,4% das hospitalizações dos pacientes com
DPOC e por 7,2% dos pacientes com asma, configurando um impor-
tante agente etiológico causador de descompensação destas doenças.
Dentre as comorbidades mais frequentes entre pessoas com mais de 60
anos hospitalizadas por VSR nos Estados Unidos, destacam-se a insufi-
ciência cardíaca, o diabetes, a doença pulmonar obstrutiva crônica e a
asma brônquica. É cada vez maior a frequência com que o diagnóstico
tem sido feito, o que se deve, principalmente, à maior disponibilidade de
métodos moleculares.
VACINA
A vacina Arexvy© (GSK) é a primeira a ser disponibilizada no Brasil.
Indicada para pessoas a partir dos 60 anos, tem como objetivo princi-
pal a proteção desse grupo etário contra infecção do trato respiratório
inferior (ITRI) pelo VSR, principalmente as pessoas com comorbida-
des e fragilidades que representam risco aumentado de complicações
da infecção, internação e óbito.
É uma vacina recombinante proteica adjuvantada, composta pela pro-
teína F em sua forma pré-fusão, associada a um potente sistema adju-
vante: o ASO1e. A vacina é muito imunogênica em adultos com idade
mais avançada e demonstrou capacidade de induzir forte resposta hu- 17
moral com alta produção de anticorpos neutralizantes em pessoas com
RECOMENDAÇÕES
A vacina está recomendada em dose única de 0,5 mL (via intramuscu-
lar) para todas as pessoas a partir de 60 anos de idade, com o objetivo
de prevenir ITRI. A recomendação é enfatizada para aquelas perten-
centes a grupos de risco aumentado para formas graves, hospitalização
e óbito decorrentes de infecção pelo VSR.
No Brasil, entre 2020 e 2023, até a semana epidemiológica (SE) 43, fo-
ram notificadas 3.598.936 hospitalizações e 870.778 óbitos por SRAG.
Desses, 61% (2.178.608) dos casos ocorreram em decorrência da co-
vid-19 e 79% dos óbitos (686.625) se deveram à SRAG pela mesma
causa. O ano com o maior registro de casos hospitalizados e óbitos por
covid-19 foi 2021. Ressalta-se que, após o alcance de boas coberturas
vacinais, observou-se redução na hospitalização e na evolução a óbito,
fato observado, principalmente, a partir de 2022.
Vacinas covid-19
A recomendação de vacinação contra a covid-19 para 2024 pelo MS/
PNI está direcionada às populações de maior risco, com o objetivo
de oferecer melhor proteção contra doença grave e morte. Dentre os
grupos prioritários estão os imunocomprometidos e as pessoas com
comorbidades. É fundamental que esses pacientes mantenham seus
reforços atualizados, seguindo as orientações e logísticas operacionais
dos órgãos governamentais competentes.
18
No grupo dos pneumopatas crônicos graves, são incluídas as pessoas
Pneumologia – Guia de Imunização SBIm/SBPT 2024/25
Esquemas vacinais
É importante destacar que tanto para a doença (novas possibilidades
terapêuticas e/ou profiláticas, covid longa etc.), assim como para as
vacinas (recomendações e composições das vacinas), com frequência
temos novidades e alterações. É fundamental consultar sites de refe-
rência como os da OMS, do MS e das sociedades científicas.
TABELA 2 – Esquema de vacinação para os grupos prioritários em 2024
Registro no
Recomendação Intervalo 19
Vacina Esquema prévio sistema de
em 2024 mínimo
informação
D1 + D2
Pfizer
Reforço
bivalente D1 + D2 + REF1 Uma dose 6 meses
(REF)
(RNAm)
D1 + D2 + REF1 + REF2
Fonte: DPNIS/SVSA/MS.
Nota: pessoas imunocomprometidas que receberam esquemas prévios com a dose adicional ou D3, com ou sem doses de reforços
subsequentes, também deverão receber uma dose da vacina covid-19 no ano de 2024.
HERPES-ZÓSTER
O herpes-zóster (HZ) é a uma doença causada pela reativação do
vírus Varicela-zóster, latente no organismo após o primeiro contato,
quando causa a varicela, popularmente conhecida como catapora.
É caracterizado por erupção cutânea localizada, em geral dolorosa,
envolvendo um ou poucos dermátomos adjacentes.
Por ser inativada e, portanto, sem riscos para pessoas com prejuízo
do sistema imune, está indicada para indivíduos maiores de 50 anos
e para imunocomprometidos a partir de 18 anos de idade. A vacina
foi registrada no Brasil em junho de 2022, por enquanto apenas em
serviços privados de imunização.
RECOMENDAÇÕES SBIm
20 A VZR é recomendada de rotina a partir de 50 anos, no esquema
de duas doses (0-2 meses), mesmo para pacientes que já tiveram a
Pneumologia – Guia de Imunização SBIm/SBPT 2024/25
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OUTRAS INFECÇÕES
IMUNOPREVENÍVEIS
VARICELA (CATAPORA)
Causada pelo vírus da varicela-zóster (VVZ), a varicela é uma doen-
ça altamente contagiosa, com uma taxa de ataque que varia de 61%
a 100% para os contactantes domiciliares. Caracteriza-se por um
período prodrômico de um a dois dias, com febre e mal-estar geral,
seguido pelo surgimento das lesões de pele com características pro-
gressivas: mácula, pápula, vesícula e crosta.
24
Na maioria dos casos, a doença é autolimitada, com duração de dez a
Pneumologia – Guia de Imunização SBIm/SBPT 2024/25
HEPATITE B
A OMS estima que 296 milhões de pessoas viviam com infecção crô-
nica por hepatite B em 2019, ano em que foram registradas 1,5 milhão
de novas infecções. No mesmo período, a doença resultou em cerca
de 820.000 mortes, principalmente por cirrose e carcinoma hepato-
celular. Apesar dos avanços na terapia antiviral, apenas uma minoria
dos pacientes com hepatite crônica apresentará resposta sustentada
ao tratamento.
FEBRE AMARELA
Em suas formas mais graves, a febre amarela tem alta letalidade, che-
gando a 50%, sendo mais grave em crianças de baixa idade e idosos.
Em 2023, 34 países da África e 13 países da América Central e do Sul
eram considerados endêmicos ou com regiões endêmicas para a febre
amarela, segundo a OMS.
DOENÇA MENINGOCÓCICA
Causada pela bactéria Neisseria meningitidis, resulta em doenças in-
vasivas graves, como a meningite e a meningococcemia. As infecções,
em geral, têm início abrupto e evoluem de forma rápida, alcançando
no Brasil uma taxa de letalidade de 15% a 20%. A doença pode aco-
meter pessoas de todas as faixas etárias, porém, no Brasil, a maior
incidência ocorre em crianças menores de 5 anos de idade, sobretudo
nos menores de 1 ano. Em situações de surtos observa-se uma distri-
buição aumentada da doença entre os adolescentes e adultos jovens.
Sabe-se que indivíduos assintomáticos podem ser portadores desta
bactéria na nasofaringe, propiciando a transmissão para indivíduos
suscetíveis.
HPV
O HPV é um vírus que infecta homens e mulheres. Os tipos oncogê-
nicos estão presentes em mais de 99% dos casos de câncer do colo do
útero; 90% dos casos de câncer de ânus; cerca de 64% dos casos de
câncer de boca; e cerca de 40% dos casos de câncer de pênis. Os tipos
16 e 18 são os mais comumente relacionados aos cânceres citados. Já
90% das verrugas genitais são causadas pelos tipos 6 e 11, classifica-
30 dos como não oncogênicos.
Pneumologia – Guia de Imunização SBIm/SBPT 2024/25
Para que a vacinação seja mais efetiva, o ideal é que ocorra antes do
contato com o vírus, ou seja, o mais precocemente para meninas e
meninos a partir dos 9 anos de idade. No entanto, pessoas mais ve-
lhas, mesmo aquelas previamente infectadas, também podem se be-
neficiar da vacinação.
Duas vacinas estão disponíveis no Brasil (todas inativadas): vacina
HPV4 – contendo os tipos 6, 11, 16, 18 e a vacina HPV9 – contendo 31
os tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 5, com esquema de duas doses
POLIOMIELITE
A poliomielite é uma doença altamente infecciosa e potencialmente
fatal causada pelo poliovírus (sorotipos 1, 2 e 3). São considerados
fatores de risco para complicações, como as formas paralíticas: as
imunodeficiências primárias e secundárias; gravidez, pacientes amig-
dalectomizados, dentre outros. O último caso da doença no Brasil
ocorreu em 1989.
Transmissão
O DENV é transmitido ao homem por um vetor, através da picada de
fêmeas de Aedes aegypti infectadas, no ciclo urbano humano–vetor–
humano. Os relatos de transmissão por via vertical (de mãe para filho
durante a gestação) e transfusional são raros.
Dengue no Brasil
Segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério
da Saúde, até o dia 1 de março de 2024 foram registrados:
▶ casos prováveis - 1.658.816
▶ óbitos em investigação - 218
▶ óbitos confirmados - 1.094
▶ coefiente de incidência - 777,6
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aedes-
-aegypti/monitoramento-das-arboviroses - Acesso em 01/03/2024.
Vacinas disponíveis 33
Temos duas vacinas dengue licenciadas no Brasil, ambas atenuadas.
RECOMENDAÇÕES
A QDenga® é indicada para a prevenção da dengue causada por qual-
quer sorotipo do vírus em indivíduos dos 4 aos 60 anos de idade,
tanto soronegativos como soropositivos para dengue.
36 Sites consultados
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