Resumo - Modelos Nucleares - Artigo
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1 Bariões Relativistas
Bom, o que a autora está buscando fazer nesta seção é apresentar uma visão
rápida e independente sobre a mecânica quântica relativista e a teoria quântica
dos campos relativistas. Eles estão tentando estabelecer as bases para desen-
volvimentos futuros, mas claro, detalhar esses temas em um espaço tão curto
é meio complicado. O autor sugere dar uma olhada em livros de referência,
como os de Bjorken e Drell, ou Itzykson e Zuber, para um entendimento mais
completo desses assuntos.
A abordagem histórica que eles seguem para formalizar os bariões relativistas
é interessante. Começam combinando os princı́pios da mecânica quântica e da
relatividade especial para criar uma equação de onda para uma única partı́cula,
aquela famosa equação de Dirac. E claro, como é de se esperar, essa equação
tem soluções tanto com energias positivas quanto negativas. Depois de dar
uma olhada nas soluções com energia positiva, eles partem para as soluções
com energia negativa, mostrando como essas podem ser interpretadas como
antibariões.
A introdução de antipartı́culas adiciona uma camada extra de complexidade
à teoria de Dirac. Para torná-la consistente, é necessário trazer à tona a segunda
quantização e os campos de Dirac. A partir daı́, conseguem discutir os bariões no
contexto da teoria quântica relativista dos campos. é um trabalho bem sólido,
mas, como sempre, a recomendação é ir fundo em livros mais detalhados para
um mergulho mais completo nesses conceitos.
1
capazes de definir uma densidade probabilidade real, de definição positiva ϱ(x, t),
cujo integral de volume ϱ(x, t)d3 x é um escalar de Lorentz. Em segundo lugar,
R
∂ µ ∂
j ≡ ∂µ j µ = ϱ + ∇ · j = 0 (1)
∂xµ ∂t
Por fim, o princı́pio da correspondência exige que as partı́culas livres de
massa M obedeçam à relação
E 2 = p2 + M 2 (2)
entre a energia E e o momento p.
com isso podemos ter que a função de onda do sistema ψ(x, t) evolui no
tempo através de uma equação linear em ψ, permitindo assim a superposição de
soluções. Além disso, para garantir uma densidade de probabilidade positiva-
definida, é necessária uma equação de primeira ordem em ∂/∂t. Onde isso
implicará uma equação dinâmica da forma
∂
i ψ(x, t) = Hψ(x, t) (3)
∂t
onde H é o Hamiltioniano do sistema. Podemos então entender que uma vez
que a covariância de Lorentz exige que as derivadas espaciais e temporais en-
trem de forma semelhante, procuramos naturalmente um hamiltioniano que seja
linear nas derivadas espaciais. A equação (2), no entanto, quando combinada
com a correspondência usual E → H → i∂/∂t e p → i∇, produz uma relação
entre as segundas derivadas. Isto é semelhante à situação na eletrodinâmica
clássica, onde as equações de campo que acoplam E e B são de primeira or-
dem nas derivadas no tempo e no espaço, mas cada componente do campo
eletromagnético livre satisfaz a equação de onda de segunda ordem. Seguindo
a analogia, expressamos a função de onda relativı́stica como um campo mul-
ticomponente ψn (x, t), n = 1, 2. · · · , N , cujos componentes são acoplados por
uma equação dinâmica que é linear no ψn e contém no máximo derivadas de
primeira ordem. A forma geral de tal equação é
∂
i ψm (x, t) = −iαmn · ∇ψn (x, t) + M βmn ψn (x, t)
∂t
≡ Hmn ψn (x, t) (4)
onde identificámos o hamiltoniano usando (3). A soma de 1 a N sobre
os ı́ndices Latin repetidos está implı́cita. Os coeficientes constantes αmn =
1 2 3
(αmn , αmn , αmn e βmn são matrizes N × N.
2
Sendo assim para que consigamos determinar os coeficientes da matriz, é
necessário impor as restrições referidas acima e com isso podemos definir uma
densidade de probabilidade real, positiva-definida
ϱ = ψn∗ ψn ≡ ψ † ψ (5)
ψ1
ψ2 † ∗ ∗ ∗
· · · , ψ = (ψ1 , ψ2 , · · · , ψN )
ψ= (6)
ψN
∂ †
i ψ ψ = −i∇ · (ψ † αψ) + i(∇ψ † ) · (α − α† )ψ + M ψ † (−† )ψ (7)
∂t
e a multiplicação de matrizes é agora incompreendida. O Hamiltoniano tem
de ser hermitiano,
α† = α, β † = β (8)
j = ψ † αψ (9)
∂2ψ
− = (−∇2 + M 2 )ψ (10)
∂t2
Isto, por sua vez, restringe as matrizes α e β. Interagindo (4), encontramos
∂2ψ 1
− = − (αi αj + αj αi )∇i ∇j ψ − iM (βαi + αi β)∇i ψ + M 2 β 2 ψ (11)
∂t2 2
que reproduz
3
αi αj + αj αi
i j
= α , α = 2δ ij
βαi + αi β β, αi = 0
= (12)
i 2 2
(α ) = β =1
Estas relações, juntamente com (8), implicam que α e β não têm traços,
são de dimensão par e têm valores próprios de mais ou menos 1. Como tem de
haver pelo menos quatro matrizes independentes mutuamente incomutáveis, a
dimensão mais pequena para a qual (13) pode ser satisfeita é N = 4, e esta é a
escolha adoptada originalmente por Dirac.
Ressaltamos que as relações (13) são independentes da representação, e
muitas manipulações no formalismo Dirac são mais facilmente realizadas desta
forma. Para algumas aplicações, no entanto, é útil empregar uma representação
especifica, e uma escolha comum é a fomação de duas matrizes uma αeβ
onde α são as matrizes padrão 2 x 2 Pauli e as entradas unitárias em β
representam matrizes unitárias 2x2.
Nesta fase, as três restrições descritas no inı́cio desta subsecção estão satis-
feitas. O passo final é ilustrar a covariância de Lorentz do formalismo. Devido à
natureza um pouco técnica deste tópico, adiamos uma discussão completa para
mais tarde nesta seção. Vamos, no entanto, introduzir uma notação covariante
definindo quatro matrizes γ µ (µ = 0, 1, 2, 3)
γ 0 = β, γ = βα = (γ 1 , γ 2 , γ 3 ) (13)
(iγµ ∂ µ − M )ψ = 0 (14)
γ µ γ ν + γ ν γ µ = {γ µ , γ ν } = 2g µν (15)
ψ ≡ ψ† γ 0 (16)
j µ = ψγ µ ψ (17)
4
Na representação padrão (Dirac-Pauli), encontramos duas matrizes uma
para γ 0 eoutraparaγ e notemos que os γ µ não são eremitas, mas em vez disso
satisfazem
(γ µ )† = γ 0 γ mu γ 0 (18)
χ
u(ρ) = (22)
ϕ
onde
" #1/2 !
E(p) + M σ·p
u(p) = χ (24)
2E(p) E(p) + M
5
Duas soluções independentes de energia positiva podem ser encontradas es-
colhendo χ = (10) ou χ = (01) para o spinor ”Pauli” χ.
Para as soluções de energia negativa, a autora segue as convenções presentes
em uma de suas referências e assim e escrevemos
Encontramos então
Com a utilidade da convenção (25) é que podemos escrever (20) e (26) como
χŝ
u(0, ŝ) = (28)
0
′
σ·χŝ′ = χŝ (30)
6
A normalização implı́cita em (2.25) e (2.28) difere da de Bjorken e Drell na
medida em que
′ ′ ′
u† (p, s)u(p, s ) = ν † (p, s)ν(p, s ) = δ ŝŝ (31)
7
−ip·x
ψ (−) (x, t; p, ŝ = ẑ) = eiE(p)te ν(p, s) (32)
" #1/2 !
E(p) + M σ·p
ν(p, s) = (33)
2E(p) E(p) + M
Z t2 Z t2 Z
∂ϕ
δ Ldt = δ dt d3 x ϕ, , ∇ϕ; t = 0 (34)
t1 t1 V ∂t
∂L
Π(x, t) ≡ (35)
∂(partialϕ/∂t)
Tendo definido o momento canónico Π podemos agora passar a um sistema
quântico-mecânico substituindo as variáveis dinâmicas ϕ(x, t) e Π(x, t) em cada
8
ponto do espaço-tempo por operadores de Hermiton que satisfazem as relações
de comutação de tempo igual
′ ′
[Π(x, t), ϕ(x , t)] = −iδ (3) (x − x ) (36)
′ ′
[ϕ(x, t), ϕ(x , t)] = [Π(x, t), Π(x , t)] = 0 (37)
∂
Π(x, t) = i[H, Π(x, t)]
∂t
∂
ϕ(x, t) = i[H, ϕ(x, t)] (38)
∂t
as relações de comutação em igualdade de tempo (37) são independentes da
imagem. Assim, são válidas na estrutura de Schodinger da mecânica quântica,
em que os operadores são independentes do tempo e o vetor de estado tem a
mesma dependência temporal que a solução da equação de Schrodinger
equação (2.45)
O teorema de Ehrenfest (2.44) define então a derivada temporal de um oper-
ador e rege corretamente a evolução temporal de qualquer elemento da matriz.
Em contraste, na teoria de Heisenberg, os operadores (os campos, neste caso)
têm uma dependência temporal total e os estados são independentes do tempo.
Os campos são então soluções explı́citas das equações de movimento (2.44). Para
campos livres, é simples passar analiticamente entre as duas imagens.
O tensor energia-momento é definido por
∂
i |Ψ(t)⟩ = H|Ψ(t)⟩ (39)
∂t
e a equação de Euler -Lagrange garante a conservação desta quantidade
∂
Tµν ≡ ∂ µ Tµν = 0 (40)
∂xµ
pµ = (H, P ) = g µν Pν (41)
definida por
9
Z
Pν = d3 xToν (42)
2
(∂µ ∂ µ+m )ϕ(x, t) = 0 (43)
1
L= (∂µ ϕ∂ µ ϕ − m2 ϕ2 (44)
2
e o momento conjugado é
∂L ∂L
Π= ≡ =ϕ (45)
∂(∂ϕ/∂t) ∂ϕ
H(Π, ϕ) = Πϕ − L
1 2
= Π (x, t) + [∇ϕ(x, t)]2 + m2 ϕ2 (x, t) (46)
2
e é claramente definida positiva. As regras de comutação são dadas por (37)
e o tensor energia-momento é
1
Tµν = − [∂ λ ϕ∂λ ϕ − m2 ϕ2 ]}µν + ∂µ ϕ∂ν ϕ (47)
2
é fácil verificar que T00 d3 , e o operador de três momentos se torna
R
Z
P =− d3 xΠ∇ϕ (48)
2πni
ki = , i = x, y, z, ni = 0, ±1, ±2, · · · (49)
L
10
que oferece a vantagem de um conjunto enumerável de números de onda. A
covarência de Loretz explı́cita sempre pode ser recuperada pelo limite V → ∞
no final de qualquer cálculo. A solução geral para a equação de campo clássica
(43) pode então ser escrita como
1 X 1 µ µ
ϕ(x, t) = √ (c e−ikµ x + c†k eikµ x
1/2 k
(50)
V k (2ωk )
Z
1 ′
d3 xei(k−k )·x
= δkk′ (51)
V V
1 †)
ωk (c†k ck + ck ck
X
H =
2
k
X 1 † †)
P = k (ck ck + ck ck (52)
2
k
1
ωk (c†k ck + 1/2) > 0
X
H =
2
k
kc†k ck
X
P = (54)
k
11
O propagador de Feynman para o campo escalar sem interação é definido
usando o produto ordenado no tempo.
′ ′
i∆0 (x − x) ≡ ⟨0|T (ϕ(x )ϕ(x))|0⟩
′ ′ ′ ′
= ⟨0|ϕ(x )ϕ(x)|0⟩θ(t − t) + ⟨0|ϕ(x)ϕ(x )|0⟩θ(t − t ) (55)
Z
1 X 1
→ 2/z
d3 k (57)
V (2π)
k
′ d3 k ′ ′ ′ ′
i∆0 (x − x) = int 3
[θ(t − t)e−ik·(x −x) + θ(t − t )eik·(x −x) ]
2ωk (2π)
d4 k
Z
1 ′
= i 4 2 2
e−ik·(x −x)
(2π) kµ − m + iε
d4 k 0
Z ′
≡ i 4
∆ (k)e−ik·(x −x) (58)
(2π)
dω e−iω(t−t)
Z
θ(t − t) = i (59)
2π ω + iε
foi usada, e ε é um infinitesimal positivo.
2 Um modelo simples
2.1 Equações de campo na teoria escalar-vetorial
Discutimos agora um modelo de teoria quântica relativista de campos (QHD
- I) para o sistema nuclear de muitos corpos baseado nos campos da Tabela.
Assumimos que o mesão escalar neutro se liga à densidade escalar dos bariões
através de gs ψ̄ψϕ e que o mesão vetorial neutro se liga à corrente conservada dos
bariões através de gν ψ̄γµ ψV µ . Este modelo é motivado pela observação empı́rica
12
de grandes componentes Lorentz escalares e de quatro vectores na interação N-
N. Estas devem, evidentemente, ser reproduzidas em qualquer teoria relativista
da estrutura nuclear, e a forma mais simples de o fazer é através da troca de
mesões escalares e vectoriais. Observamos também que, no limite de bariões
pesados e estáticos, a troca de um mesão dá origem a um potencial efetivo
núcleo-nucleão da forma
1
LI = ψ̄[γµ (i∂ µ − gν V µ ) − (M − gs ϕ)]ψ + (∂µ ϕ∂ µ ϕ − m2s ϕ2)
2
1 1
− Fµν F µν + m2ν Vν V ν + δL (61)
4 2
onde
Fµν ≡ ∂µ Vν − ∂ν Vµ (62)
" #
∂ ∂L ∂L
µ µ
− =0 (63)
∂x ∂(∂qi /∂c ) ∂qi
13
∂µ F µν + m2ν V ν = gν ψ̄γ ν ψ (65)
B µ = ψ̄γ µ ψ (67)
¯ µ (i∂µ + gν Vµ ) + (M − gs ϕ)] = 0
psi[γ (68)
∂qi ∂L
Tµν = gµν L + (70)
∂xν ∂(∂qi /∂xµ
onde o ı́ndice repetido i é somado sobre todas as coordenadas generalizadas
as equações de Lagrange garantem que este tensor é conservado e satisfaz a
Eq. (40). Daqui decorre que o momento quádruplo P, definido em (42), é uma
constante de movimento. A inserção da nossa expressão anterior na Eq (70) e
a subsequente utilização da equação de campo (66) conduzem a
1h 1 i
Tµν = − ∂λ ϕ∂ λ ϕ + m2s ϕ2 + Fλσ F λσ − m2ν Vλ V λ gµν
2 2
+ iψ̄γµ ∂ν ψ + ∂µ ϕ∂ν ϕ + ∂ν Fλµ (71)
14
⟨Tµν ⟩ = (E + p)uµ uν − pgµν (72)
1
p= ⟨Tii ⟩ (73)
3
E = ⟨T00 ⟩ (74)
neste caso.
ϕ → ⟨ϕ⟩ ≡ ϕ0 (75)
gs gs
ϕ0 = ⟨ψ̄ψ⟩ ≡ 2 ϱs (77)
m2s ms
gν † gν
V0 = ⟨ψ ψ⟩ ≡ 2 ϱB (78)
m2ν mν
15
O campo condensado, constante e clássico ϕ0 e V0 estão assim diretamente
relacionados com as fontes bariónicas. Note-se que, para derivar (78), é essencial
que o campo vetorial seja maciço. A fonte de v0 é simplesmente a densidade de
bariões ϱb = B/V . Como a corrente de bariões (67) é conservada, o número de
bariões
Z Z
B≡ d3 xB 0 = d3 xψ † ψ (79)
V V
[iγµ ∂ µ − gν γ 0 V0 − (M − gs ϕ0 ]ψ = 0 (80)
e pode ser resolvida diretamente. Tal como para as partı́culas livres, procu-
ramos primeiro soluções de estado estacionário para um sistema uniforme da
forma
M ∗ = M − gs ϕ0 (83)
16
O campo escalar condensado sphi0 serve assim para deslocar a massa dos
bariões. Evidentemente, o campo vetorial condensado V0 desloca a frequência
(ou energia) das soluções. O quadrado da Eq. (80) e as propriedades das
matrizes de Dirac dadas na Subsecção 1.1 conduzem às equações de valores
próprios
1 X (+) † (−)
ψ(x, t) = √ [Akλ U (k, λ)eik·x−iε (k)t + Bkλ V (kλ)e−ik·x−iε (k)t ] (88)
V kλ
1 1
LM F T = ψ̄[iγµ ∂ µ − gν γ 0 V0 − (M − gs ϕ0 )]ψ − m2s ϕ20 + m2s V02 (89)
2 2
A única variável de campo quântico restante é ψ, e o tensor energia-momento
torna-se
17
∂ψ ∂LM F T
(Tµν )M F T = −gµν LM F T + (90)
∂xnu ∂(∂ψ/∂xµ)
1 1
= iψ̄γµ ∂ν ψ − m2 V 2 − m2s ϕ20 )gµν (91)
2 0 0 2
A densidade de pressão e a densidade de energia podem agora ser identifi-
cadas usando (73) e (74)
1 † 1 1
p= ψ (−α · ∇)ψ + m2ν V02 − m2s ϕ20 (92)
3 2 2
1 1
E = ψ † [−iα · ∇ + βM ∗ + gν V0 ]ψ − m2ν V02 + m2s ϕ20 (93)
2 2
onde a equação de Dirac (80) foi usada para obter (93). O Hamiltoniano
para o sistema segue de (41) e (42):
Z Z
H= d3 xT00 = d3 xE (94)
V V
∂L
Πψ ≡ (95)
∂(∂ψ/∂t
Πψ = iψ † (96)
′
ψx (x), Πψ(x1)β = iδαβ δ (3) (x − x ) (97)
18
′
ψ̂x (x), ψ̂β† (x ) = δxβ δ (3) (x − x′ ) (98)
Como para os campos livres, estas relações são equivalentes às seguintes
condições de quantização para as amplitudes de modo normal que aparecem na
Eq(88):
n o n o
Akλ , A†k′ λ′ = δkk′ δλλ′ = Bkλ , Bk†′ λ′
n o
{Akλ , Bk′ λ′ } = 0 = A†kλ , Bk†′ λ′ , etc. (99)
Z X † †
B̂ = d3 xψ̂ † psi
ˆ = (Akλ , Akλ + Bkλ , Bkλ ) (101)
V kλ
devemos, no entanto, ter algum cuidado com estas expressões. Primeiro, use
(99) para ordenar normalmente o lado direito de (101):
Z
B̂ ≡ d3 x[ψ̂ † ψ̂ − ⟨0|ψ̂ † ψ̂|0⟩]
V
X † †
= (Akλ , Akλ − Bkλ , Bkλ ) (103)
kλ
19
onde |0⟩ é o vácuo sem interação dado pela Eq (??) no limite a interpretação
fı́sica é simplesmente a dos bariões e antibariões que se propagam em campos
escalares e vectoriais constantes e condensados. Note-se que a massa efetiva |0⟩
depende explicitamente do campo escalar.
A constante V0 pode ser expressa em termos da densidade conservada de
bariões no final de qualquer cálculo através da Eq (78). Em contraste, ψ0 é
uma quantidade dinâmica que deve ser calculada auto consistentemente usando
a equação do campo de mésons escalares
gs
ϕ0 = ϱs (ϕ0 ) (104)
m2s
∂
E(B, V ; ϕ0 ) = 0 (105)
∂ϕ0
Este problema do modelo MFT é exatamente resolúvel. Mantém as carac-
terı́sticas essenciais do QHD: A covariância de Lorentz, os graus de liberdade
explı́citos dos mesões e a incorporação de antipartı́culas. Para além disso, pro-
duz uma solução simples para as equações de campo que se torna cada vez
mais válida à medida que a densidade bariónica aumenta. Esta solução e o
problema do modelo fornecem assim um ponto de partida significativo para a
descrição do sistema nuclear de muitos corpos, bem como uma base consistente
para o cálculo de correções utilizando a teoria quântica relativista dos campos
e as técnicas padrão de muitos corpos. Passamos a investigar algumas das suas
consequências.
Z kf
γ γ
ϱB = d3 k = kf 3 (106)
(2π)3 0 6π 2
kF
gν2 m2
Z
γ
E= 2
ϱB 2 + 2s (M − M ∗ )2 + d3 k(k 2 + M ∗2 )1/2 (107)
2mν gs (2π)3 0
20
kf
gν2 m2s k2
Z
1 γ
p= ϱB 2 − (M − M ∗ )2 + d3 k (108)
2mν 2 2
gs 3 (2π)3 0 (k 2 + M ∗2 )1/2
Aqui a Eq. (78) foi usada para eliminar V0 e a Eq. (83) serve para eliminar
–. Os dois primeiros termos em (107) e (108) resultam dos termos de massa dos
campos vetorial e escalar.
Os termos finais destas equações são os do gás de Fermi relativista de bariões
de massa M*. Estas expressões dão a equação de estado da matéria nuclear em
forma paramétrica: E(ϱB ) e p(ϱB ).
Resta determinar a massa efetiva M*. Isto pode ser feito minimizando E(M ∗ )
em relação a M* como em (105) , o que leva à relação de auto consistência
kF
g2 γ M∗
Z
∗
M = M − s2 d3 k (109)
ms (2π)3 0 (k 2 + M ∗2 )1/2
kF
1 X
ϱB = ⟨F | : ψˆ† ψ̂ : |F ⟩ = U † (k, λ)U (k, λ) (110)
V
kλ
kF
ˆ 1 X
ϱB = ⟨F | : ψ¯† ψ̂ : |F ⟩ = Ū (k, λ)U (k, λ) (111)
V
kλ
" !#
∗ gs2 γM ∗ ∗2 kF + EF ∗
M =M− 2 kF EF ∗ − M ln (112)
ms 4π 2 M∗
21
!
∂ E
p = ϱB 2 (113)
∂ϱB ϱB
" #
gν2 3 m2s M 2 −5/3
E → ϱB ϱB + kF + 2 + O(ϱB ) (114)
2m2ν 4 2gs ϱB
!−1
∗ g 2 γkF 2
M → M 1 + s2 (115)
ms 4π 2
" #
3kF 2 3kF 4 gν2 gs2 3kF 4 gν2
E → ϱB M+ − + ϱB − ϱB + ϱB + O(ϱB 2 ) (116)
10M 56M 2m2ν 2m2s 10m2ν M 2
!
E − BM
= −15.75M eV
B
0
kF 0 = 1.42f m−1 (117)
22
Figure 1: Curva de saturação para materia nucelar
23
Figure 2: Efeito de massa
Figure 3:
de van der Waal, e as propriedades das duas fases são deduzidas através de uma
construção de Maxwell. A altas densidades, o sistema aproxima-se do limite de
causal p = E, representando a equação de estado ”mais rı́gida” possı́vel.
A equação de estado da matéria de neutrões mostrada na Fig. 3 dá o tensor
momento-energia através da Eq(72), e as equações de Tolman-Oppenheimer-
Volkoff para a métrica geral-relativı́stica podem ser integradas para encontrar a
massa de uma estrela de neutrões em função da densidade central. O resultado
é apresentado na Fig. 4. Esta MFT dá uma massa máxima de uma estrela
de neutrões de 2,57M a uma densidade central em 208 P b. Note-se que a aprox-
imação assintótica da equação de estado para o limite casual já é relevante neste
regime.
A MFT da matéria nuclear tem apenas dois parâmetros, e todas as out-
ras propriedades podem agora ser calculadas com as constantes da Eq.(118).
A quantidade a4 é o coeficiente da energia de simetria do bulk na fórmula
semi-empı́rica da massa nuclear Kv−1 é a compressibilidade. Também compara-
mos a Eq(118) com razões de acoplamento adimensionais obtidas a partir de
uma análise de mudança de fase da dispersão nucleon-nucleon. Embora a con-
24
Figure 4:
25