Aula 0 - AFCE Português
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PDF)
MP-MG (Analista do Ministério Público -
Letras) Conhecimentos Específicos -
2023 (Pré-Edital)
Autor:
Equipe Português Estratégia
Concursos, Felipe Luccas
10 de Março de 2023
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 00 (Somente em PDF)
Índice
1) Noções Iniciais de Verbos
..............................................................................................................................................................................................4
3) Modo Indicativo
..............................................................................................................................................................................................8
4) Modo Subjuntivo
..............................................................................................................................................................................................
26
5) Modo Imperativo
..............................................................................................................................................................................................
34
7) Transitividade Verbal
..............................................................................................................................................................................................
43
8) Verbos Impessoais
..............................................................................................................................................................................................
46
9) Verbos Unipessoais
..............................................................................................................................................................................................
47
Índice
29) Lista de Questões - Emprego dos tempos e modos - Multibancas
..............................................................................................................................................................................................
114
NOÇÕES INICIAIS
Olá, pessoal! Tudo bem?
Vamos estudar juntos essa classe gramatical importante e cheia de detalhes: verbo.
Verbo é um assunto muito cheio de detalhes e cai demais em provas. Abordaremos esse assunto de maneira
mais prática, usando verbos conhecidos como referência. Esses verbos vão servir de modelos para a
conjugação daqueles que mais caem na prova, então você tem que dominar a conjugação dos verbos
modelo. Praticaremos muito!
Há outra forma de estudar a matéria: concentrar-se mais nos exemplos do que tentar gravar as regras com
todos aqueles nomes técnicos de tempos e modos verbais. Vamos economizar no gramatiquês sempre que
possível e enriquecer a aula com mais exemplos, que você deve ler e incorporar como uma possibilidade da
língua. Isso vai te ajudar a reconhecer a alternativa correta na hora da prova.
Quando trouxermos a conjugação de um verbo, leia com atenção e grife aquelas terminações que você não
conhecia ou que soaram “estranhas”. Escreva-as no canto do material, para poder revisar. Essas são as que
podem te confundir.
Aprenderemos também que, embora os tempos e modos verbais tenham seus sentidos mais “clássicos”,
muitas vezes, outros elementos do contexto podem dar a eles outras nuances semânticas. A banca explora
muito isso.
Vamos começar, olho na vaga!!
No concurso, não aprenderemos a conjugar verbos guardando terminaçõezinhas infinitas, pois você não
“monta” verbos juntando pedacinhos na sua cabeça (como em: CANT+Á+SSE+MOS); todos sabemos
conjugar verbos, ao menos os que são mais correntes. O que veremos é uma terminologia técnica que é
cobrada em prova e as exceções a essa lógica linguística que dominamos. Vamos lá!
Verbo é a classe variável (varia em tempo, modo, número, pessoa) que expressa ação, estado, fenômeno
e processos em geral.
O tempo se refere a quando ocorre a ação (Estudo, Estudei, Estudarei), mas nem sempre o “tempo verbal”
corresponde a um tempo cronológico real idêntico.
Por exemplo, em “vou sair” o verbo está no presente, mas o tempo real da ação é futuro.
O modo indica a atitude da pessoa que fala em relação ao fato que enuncia. Há três modos verbais: Indicativo
(certeza), Subjuntivo (dúvida/hipótese) e Imperativo (ordem/sugestão).
As categorias de número e pessoa indicam qual pessoa do discurso está relacionada ao verbo e se está no
singular ou no plural:
Primeira pessoa: a pessoa que fala (eu, nós)
Segunda pessoa: a pessoa com quem se fala (tu, vós)
Terceira pessoa: a pessoa de quem se fala (ele (a)/eles (as))
Então, aquela velha história de “eu, tu, ele, nós, vós, eles” nada mais é do que a lista das pessoas do discurso,
representadas pelos pronomes retos. O verbo vai se flexionar para concordar com cada uma dessas pessoas.
A propósito, o fato de ser “pessoa do discurso” não significa que sejam seres humanos e estejam “falando”
de fato! Podemos dizer: “eles caíram e ficaram destruídos” e o “caíram” pode muito bem referir-se a carros,
homens, cachorros, gatos, charutos, figos, potes de Danone ou qualquer substantivo que esteja na terceira
pessoa do plural, ok?
Pretérito
Futuro
MODO – diferentes maneiras em que um fato pode Indicativo – indica um fato certo.
se realizar Subjuntivo – enuncia um fato hipotético, duvidoso,
possível.
Imperativo – exprime ordem, conselho, pedido,
proibição.
PESSOA – quem realiza a ação verbal Singular – eu (1ª), tu (2ª), ele (3ª)
Plural – nós (1ª), vós (2ª), eles (3ª)
Para trabalharmos com verbos, temos que dominar um verbo de cada conjugação, que nos sirva de modelo.
Esse modelo vai nos dar a estrutura geral de qualquer conjugação e se aplicará à maioria dos verbos.
Depois estudaremos as exceções que as bancas mais gostam de cobrar, verbos que se parecem, enganam,
mas não seguem uma determinada conjugação, como verbos irregulares e anômalos.
==0==
VERBOS
1ª CONJUGAÇÃO 2ª CONJUGAÇÃO 3ª CONJUGAÇÃO
AMAR BEBER SORRIR
FALAR ESCREVER DORMIR
ESTUDAR CORRER IMPRIMIR
Temos então que saber um verbo de cada conjugação e usá-lo como modelo.
Por finalidade mnemônica, nesta aula vamos usar como modelo os verbos beber (2ª conjugação), cair (3ª
conjugação) e levantar (1ª conjugação) =). Essas vogais (A, E, I) são chamadas de vogal temática e vão
aparecer na maioria das formas do verbo (Ex.: tapAr, tapAsse, tapAram; olhAr, olhAsse, olhAram).
Então, se você souber conjugar um verbo de 1ª conjugação, poderá aplicar essa conjugação a outros verbos
da mesma conjugação, pois seguirão o mesmo padrão.
Tomemos como exemplo o verbo LEVANTAR, de 1ª conjugação. Vamos conjugá-lo em três tempos:
presente, pretérito perfeito e futuro, respectivamente.
LEVANTAR
Modo indicativo
PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO FUTURO
EU levanto EU levantei EU levantarei
TU levantas TU levantaste TU levantarás
ELE levanta ELE levantou ELE levantará
NÓS levantamos NÓS levantamos NÓS levantaremos
VÓS levantais VÓS levantastes VÓS levantareis
ELES levantam ELES levantaram ELES levantarão
Agora, observem que se tomarmos outro verbo de mesma conjugação, nos mesmos tempo e modo, as
terminações seguirão o mesmo padrão.
AMAR
Modo indicativo
PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO FUTURO
EU amo EU amei EU amarei
TU amas TU amaste TU amarás
ELE ama ELE amou ELE amará
NÓS amamos NÓS amamos NÓS amaremos
VÓS amais VÓS amastes VÓS amareis
ELES amam ELES amaram ELES amarão
A diferença está somente no “radical” da palavra, ou seja, da parte da palavra que traz seu sentido original:
“am” e “levant”. O restante do verbo é uma combinação de outros componentes, que trarão informações
adicionais em relação a esse sentido principal que o radical indica.
O verbo é formado de:
Radical + vogal temática + desinências modo-temporais e número-pessoais (DMT) e (DNP).
Essas “partes” do verbo vão denunciar seu sentido primário, tempo, modo, número, pessoa, conjugação.
Por exemplo, em “Agora amamos chocolate” a desinência número-pessoal –mos revela que o sujeito é a
primeira pessoa do plural, nós, e que a ação de amar se passa no presente. A desinência –va em “eu amava
um beija-flor” revela que o verbo amar está no pretérito imperfeito, que indica hábito no passado.
Não é necessário individualizar essas terminações nem entrar naquele mundo de tabelas com desinências
de cada tempo, pois não montamos o verbo na nossa cabeça de pedacinho em pedacinho, mas sim
comparando com outros verbos já familiares. As desinências relevantes para a prova serão apontadas
oportunamente.
MODO INDICATIVO
Modo verbal que expressa certeza, fatos vistos como certos, consumados, concretos.
Presente do Indicativo
Fato permanente, verdade atemporal, universal, vista A água ferve a 100 graus.
como fato certo, indiscutível O Brasil faz parte do Mercosul.
Futuro próximo
A novela começa hoje à noite.
(Este uso do verbo no presente é usado para indicar
Arrume-se logo, o táxi chega às dez.
futuro visto como certo).
Presente histórico/narrativo
(Nesse caso, o presente tem referência a ações no Em 1908, nasce o mito.
passado, muito comum nas narrativas e biografias.
Machado de Assis publica Dom
Serve para dar maior atualidade, dinamismo,
Casmurro em 1899.
verossimilhança ao evento narrado, tornando-o mais
próximo do leitor).
Fato que teve início e fim num passado próximo ou Li duas aulas de constitucional hoje.
distante Li muitos livros na minha infância.
(TRE-PA / 2020)
Julgue o item a seguir.
Alfredo, filho de dona Arlinda, alumiou o caminho. O vocábulo em destaque é uma variação do
verbo "iluminar" e está no pretérito imperfeito.
Comentários:
São sinônimos, mas "alumiou" está no pretérito PERFEITO. Questão incorreta.
(TRE-PA / 2020)
Julgue o item a seguir.
Mário e eu fomos os melhores do time, no oitavo ano. O vocábulo em destaque é a forma
conjugada do verbo "ser" e estar no pretérito mais-que-perfeito.
Comentários:
"fomos" é conjugação do verbo "ser" e está no pretérito PERFEITO. Questão incorreta.
(UFSC / 2019)
Hoje sabemos com o mundo...
O verbo ‘sabemos’ está empregado na segunda pessoa do futuro do indicativo.
Comentários:
Está na primeira pessoa do plural (nós), do modo indicativo: sabemos/bebemos. Questão
incorreta.
(CRF-TO / 2019)
Em conformidade com o contexto do texto apresentado, julgue o item a seguir.
A locução vai fazer, empregada na passagem “Vai te fazer bem!”, representa a mesma ideia
expressa pela forma verbal fará.
Comentários:
O futuro simples é normalmente substituído por uma locução formada de verbo “IR no presente
+ infinitivo”: vou fazer>farei; vou sair>sairei; vou chegar>chegarei; vai fazer>fará. Embora o
verbo esteja no presente, seu sentido é de futuro.
Questão correta.
Este tempo indica continuidade, ação que se inicia em algum momento do passado e se
estende, perdura, continua até o momento da fala, sua duração se estende até o presente. Sua
forma é (TENHO + PARTICÍPIO). Ex.:
Tenho feito muitos exercícios de português.
==0==
Essa última locução poderia ser substituída por “venho levantando”, pois a locução formada de
“IR/VIR no presente do indicativo + gerúndio” sugere as mesmas relações do pretérito perfeito
composto: o gerúndio mantém essa ideia de ‘continuidade’ e ‘duração’ do processo, e o auxiliar
“venho”, no presente, preserva a ideia de que a ação perdura até o presente.
Obs1: Não se assuste, “tempo composto” é apenas um tempo formado por uma combinação de
verbos (locução verbal), ou seja, é “composto” porque tem mais de uma forma verbal: Verbo
ter/haver + Verbo no PARTICÍPIO.
(TJ-AL / 2018)
“Tenho comentado aqui na Folha diversos usos da internet”; o tempo verbal destacado nesse
segmento inicial do texto indica uma ação que:
a) se iniciou e terminou no passado;
b) mostra início indeterminado e continuidade no presente;
c) indica repetição sem determinação de tempo;
d) se iniciou no passado e termina no presente;
e) se localiza antes de outra ação também passada.
Comentários:
Por definição, o pretérito perfeito composto do indicativo expressa uma ação iniciada em algum
momento do passado e que perdura no presente.
Cuidado com a letra D, pois a definição não diz que “termina no presente”, mas sim que
“continua” no presente, é uma ação ‘não concluída’. Gabarito letra B.
(CAGE-RS / 2018)
Estas memórias ficariam injustificavelmente incompletas se nelas eu não narrasse, ainda que de
modo breve, as andanças em que me tenho largado pelo mundo na companhia de minha mulher
e de meus fantasmas particulares.
Assinale a opção que apresenta uma forma / locução verbal do texto 1A9AAA que denota uma
ação / um fato que ocorreu repetidamente no passado e que se prolonga até o momento da
narração do texto.
a) “tenho largado” b) “fui possuído” c) “tem” d) “haja fugido” e) “narrasse”
Comentários:
Não havia necessidade do texto inteiro. Sabemos já que “tenho largado” é locução do pretérito
perfeito composto, que indica justamente isto: ação habitual que começa no passado e perdura
até o presente momento, o momento da fala/narração. Gabarito letra A.
(UFU-MG / 2018)
No trecho “[O sistema mundial de rádio] Foi criado e vem sendo desenvolvido há 10 anos por
engenheiros de primeira linha ao redor do mundo [...]”, a forma verbal destacada indica ação
iniciada no passado
a) e concluída no momento da enunciação.
b) e não concluída no momento da enunciação.
c) e concluída depois de outra ação no passado.
d) desenvolvida por determinado tempo e concluída no momento da enunciação.
Comentários:
Como vimos, assim como pretérito perfeito composto, a locução formada de “IR/VIR no presente
do indicativo + gerúndio” indica uma ação que começou em algum momento do passado e que
perdura até o presente. Então, começaram a desenvolver o sistema de rádio em algum momento
do passado e ele está sendo desenvolvido até o momento da fala. Gabarito letra B.
As desinências de pretérito imperfeito do indicativo que você deve procurar são “VA A IA INHA”
(amaVA, compraVA, erA, pretendiA, IA, faZIA, vINHA, tINHA).
Uma ação que estava ocorrendo (ação durativa ou Eu estava dormindo, quando o cachorro
contínua) quando outra (instantânea) aconteceu latiu.
(ALESE / 2018)
Uma tendência que já coroava as edições anteriores do prêmio
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do que se encontra acima está sublinhado em:
a) por meio do qual definia uma suposta obra de arte
b) o novo prêmio atenderia ao mercado
c) ou o que o contraria
d) o leitor elegerá títulos apenas entre os finalistas
e) ele contempla os títulos com mais chances
Comentários:
Coroava e definia estão ambos conjugados no pretérito imperfeito do indicativo.
Vejamos os demais:
b) o novo prêmio atenderia ao mercado (futuro do pretérito)
(CEMIG / 2018)
Os verbos destacados estão flexionados no pretérito imperfeito do indicativo, EXCETO em:
a) “[...] ao ponto em que havia um intervalo sensível de tempo entre digitar e a letra aparecer na
tela.”
b) “Meu telefone, um iPhone 6, estava cada vez mais lento.”
c) “Não era por nenhuma das causas apontadas nas inúmeras salas de conversa entre usuários de
iPhones vagarosos.”
d) “Você já entrou alguma vez numa loja cara onde os vendedores, envaidecidos pela aura do
próprio produto [...].”.
Comentários:
Questão de mero reconhecimento: as formas havia, estava e era estão conjugadas no pretérito
imperfeito do indicativo. Já a forma entrou está no pretérito PERFEITO. Gabarito letra D.
✔ Indica um evento perfeitamente acabado antes de outro no passado, ou seja, uma ação
passada antes de outra passada. Ex.:
Quando cheguei ao ponto, o ônibus já passara.
Já passara das dez quando o táxi chegou.
Esse tempo caiu em desuso na língua portuguesa. Hoje, sua principal função linguística é
derrubar o combalido candidato de concurso público. Interessa-nos saber aqui que existe o
pretérito mais-que-perfeito composto, que é semanticamente equivalente ao mais-que-perfeito
simples.
(PGE-AM / 2022)
Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava:
continuava andando de um lado para outro, diante da casa, carregando o seu cartaz. (18º
parágrafo).
No trecho acima, o narrador relata alguns fatos ocorridos no passado. Um fato anterior a esse
tempo passado está indicado pela seguinte forma verbal:
(A) carregando.
(B) Chovia.
(C) tornara.
(D) importava.
(E) continuava.
Comentários:
O tempo verbal que indica uma ação passada anterior a outra também passada é o pretérito
mais-que-perfeito: tornaRA. A forma composta é equivalente: tinha/havia tornado.
"carregando" está no gerúndio, indicando ação contínua; "chovia" e "importava" e "continuava"
estão no pretérito imperfeito, indicando ação duradoura, reiterada, no passado.
Gabarito letra C.
((SEFAZ-RS / 2019)
Um erro tipográfico invertera, no programa do concerto, os nomes de Pixis e Beethoven...
Os sentidos originais e a correção gramatical do texto seriam preservados se a forma verbal
“invertera” fosse substituída por
a) inverteria.
b) teria invertido.
c) invertesse.
d) havia invertido.
e) houve de inverter.
Comentários:
Invertera é forma do pretérito mais-que-perfeito simples (terminação -RA) e equivale a sua forma
composta: tinha/havia invertido. Gabarito letra D.
(TCM-BA / 2018)
É a época em que a burguesia, que assumira o poder havia pouco tempo, executava uma
espécie de junção entre a moral e a natureza
Julgue o item a seguir.
Com o emprego da forma verbal “assumira”, exprime-se a anterioridade de uma ação em relação
a outra.
Comentários:
Veja a terminação em -RA, indicativa do pretérito mais-que-perfeito composto, convertendo para
a forma simples, teremos:
A burguesia TINHA/HAVIA ASSUMIDO o poder havia pouco tempo e executava uma espécie de
junção entre a moral e a natureza.
O evento de “assumir o poder” é anterior à ação de “executar a junção”, então temos a
anterioridade de uma ação em relação a outra. Questão correta.
(CGE-RO / 2018)
“O velho, um bêbedo esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a
um vizinho invisível”; a forma verbal “dirigira” pode ser adequadamente substituída por:
a) foi dirigir. b) tinha ido dirigir. c) dirigia. d) havia dirigido. e) dirigiu.
Comentários:
Dirigira é a forma simples no pretérito mais-que-perfeito. A forma composta é TINHA/HAVIA
dirigido. Gabarito letra D.
Atenção: é “possível”, em alguns casos específicos, usar o pretérito perfeito no lugar do
pretérito mais-que-perfeito sem prejuízo gramatical ou mudança de sentido. Isso ocorre em
orações temporais, ou quando se subentende pelo contexto que aquela ação ocorreu antes de
outras, numa narrativa que já posiciona os fatos no passado. Esse uso é abonado por gramáticos
tradicionais, como Bechara e Sacconi.
Ex.: Depois que viu (= vira) a confusão, achou melhor se afastar.
Ressaltamos que tem que haver um contexto específico que permita essa equivalência.
Fato futuro em relação ao momento da fala Passarei no concurso dos meus sonhos.
Na forma composta, o futuro do presente indica que um fato é concluído antes de outro no
futuro:
Quando você chegar, já terei jantado.
Em interrogativas, pode indicar também a dúvida/possibilidade sobre um fato passado:
Não terá sido em vão nosso esforço?
Terão chegado a tempo na escola?
(AFAP / 2019)
A agência da ONU para informação e comunicação, a UIT, indicou que, até o final de 2018,
51,2% da população mundial estará usando a internet. “Até o final de 2018, teremos
ultrapassado a marca de 50% do uso da internet”, afirmou o diretor da UIT, Houlin Zhou, em um
comunicado. “Esse é um passo importante para uma sociedade global da informação mais
inclusiva”, disse ele.
O futuro do indicativo em estará usando e teremos ultrapassado serve ao propósito discursivo de
a) constatar fatos ocorridos.
b) retificar propósitos.
c) sinalizar prognósticos.
d) apresentar sugestões.
e) evocar experiências.
Comentários:
Temos duas locuções de futuro do presente composto, que foram usadas no texto para expressar
as previsões do autor: a quantidade de pessoas usando a internet no final de 2018. Assim, o
tempo foi usado para “sinalizar prognósticos” (previsões/projeções). Gabarito letra C.
(IF-ES / 2019)
Julgue o item a seguir.
Retirar o acento gráfico de “permitirá” manteria o verbo na terceira pessoa do singular, porém
passaria ao pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo.
Comentários:
Sim, “permitirá” está conjugado no futuro do presente; retirando o acento, passaríamos a ter
“permitiRA”, forma do pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo. Questão correta.
Grave que esse tempo traz terminação –RIA. Para reconhecer esse tempo verbal,
uma dica é pensar:
“se eu pudesse, eu_____”.
Nessa lacuna você vai inserir verbos como
Ex.: Levantaria, beberia, cairia, viajaria...
Como sugere o nome, indica fato futuro em relação a outro fato, no passado. O marco temporal
é o pretérito e após esse marco pretérito ocorre uma ação.
Pode ser usado para expressar polidez em Seria bom você estudar mais português.
pedidos e conselhos Quem gostaria de uma sobremesa?
O futuro do pretérito composto (Base: teria / + particípio), funciona de forma muito semelhante.
Observe:
Se tivéssemos morado juntos, teríamos sido felizes?
(Fato que teria ocorrido no passado, se concretizada uma condição)
(DPE-DF / 2022)
...A realização concreta de suas premonições, com pormenores de clarividência, está
indissociavelmente relacionada às suas fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum
sentido em pensar que, de alguma forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka,
em O processo principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem? Seria possível
que uma profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua
realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração.
No quinto período do texto, a locução verbal “teriam contribuído” poderia ser substituída por
contribuiriam, sem prejuízo da correção gramatical do texto.
Comentários:
O futuro do pretérito indica dúvida/hipótese/incerteza; então foi bem empregado nessas
perguntas especulativas. Ambas as formas, simples (contribuiriam) e composta (teriam
contribuído) são corretas e expressam basicamente os mesmos valores.
Questão correta.
(CRF-TO / 2019)
“Aceita este comprimido?”
O emprego da forma verbal Aceitaria, no lugar de “Aceita”, tornaria a pergunta mais agressiva
ou grosseira.
Comentários:
Pelo contrário. O futuro do pretérito é também utilizado para expressar maior polidez, cortesia. A
pergunta ficaria menos agressiva ou grosseira. Questão incorreta.
(SEFAZ-RS / 2019)
A tributação, portanto, somente pode ser compreendida a partir da necessidade dos indivíduos
de estabelecer convívio social organizado e de gerir a coisa pública mediante a concessão de
poder a um soberano. Em decorrência disso, a condição necessária (mas não suficiente) para que
o poder de tributar seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária
privada seria comparável a usurpação ou roubo.
No trecho “seria comparável a usurpação ou roubo”, a forma verbal “seria” expressa dúvida
quanto à possibilidade de concretização da referida comparação.
Comentários:
Não há dúvida, o futuro do pretérito foi utilizado pela natureza condicional das ideias do período.
Na hipótese de não emanar do Estado o poder de tributar, qualquer imposição tributária privada
seria comparável a usurpação ou roubo. Questão incorreta.
(EMAP / 2018)
O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e tange. Se
a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer pessoa normal responderia “Bem,
obrigado!” — com o Juca a coisa não era assim tão simples.
Na linha 4, caso a forma verbal “era” fosse substituída por seria, a respectiva afirmação sobre o
comportamento de Juca seria mais categórica que a que se verifica no texto.
Comentários:
Pelo contrário. Embora seja tempo do indicativo, o futuro do pretérito indica incerteza,
possibilidade, por isso seu uso constante em estruturas condicionais ou hipotéticas:
Ex.: Seu estudasse, passaria na prova.
Ex.: O candidato estaria envolvido em um esquema de propina.
Portanto, de forma alguma deixaria a alternativa mais categórica, mas afirmativa e certa.
Questão incorreta.
MODO SUBJUNTIVO
Expressa possibilidade, hipótese, fato incerto, duvidoso ou irreal.
As conjunções subordinativas, como regra, levam o verbo para o subjuntivo. Ex.:
Ainda que eu estude.
Se eu pudesse.
Embora fosse você...
Quando você vir.
Espero que passe na prova.
Esse também é o tempo clássico das orações subordinadas adjetivas: quero um emprego que me faça bem.
Presente do Subjuntivo
Como mencionado antes, a conjunção subordinativa geralmente leva o verbo para o subjuntivo. Porém,
observe a mudança de sentido que ocorre se trocarmos um tempo indicativo por um subjuntivo. Ex.:
MJSP / 2022
Na ótica da saúde pública, pode-se conceituar a política de redução de danos como um conjunto de
estratégias que visam minimizar os danos causados pelo uso de diferentes drogas, sem necessariamente
exigir a abstinência de seu uso. Vale dizer, enquanto não for possível ou desejável a abstinência, outros
agravos à saúde podem ser evitados, como, por exemplo, as doenças infectocontagiosas transmissíveis por
via sanguínea, tais quais as hepatites e HIV/AIDS.
A oração “enquanto não for possível ou desejável a abstinência” (segundo período do primeiro parágrafo)
expressa uma vontade, haja vista o emprego do modo subjuntivo em “for”.
Comentários:
A oração expressa um fato hipotético, incerto; daí a utilização do futuro do subjuntivo.
Cuidado: o subjuntivo também pode indicar fatos considerados concretos; não podemos garantir que o mero
uso do subjuntivo indica desejo ou fato hipotético. Por exemplo:
Embora João seja carioca, não tem sotaque do RJ. (o subjuntivo foi utilizado por força da conjunção
concessiva, numa oração que indica um fato concreto: ele é carioca). Questão incorreta.
(IMESF / 2019)
(UNICAMP / 2019)
Assinale a alternativa cuja forma verbal em destaque expressa possibilidade de que um fato ou evento venha
a se realizar.
a) Nas últimas semanas, tenho sido torturado por computadores que ligam e desligam sozinhos...
b) Naturalmente, não dá certo.
c) ... onde a palavra seja chamada a dirimir dúvidas ou dinamitar certezas.
d) Para reinstalar a internet no computador, tenho de ligar um cabo enfiado na televisão.
e) Em jovem, sobrevivi aos zeros em matemática, física, estatística e outras ciências do diabo...
Comentários:
“Fato ou evento que venha a se realizar” sugere a ideia de hipótese, de dúvida, de possibilidade, de
conjectura. O modo que por excelência exprime tais noções é o modo subjuntivo. Então, “seja” será nosso
gabarito, pois está conjugado no presente do subjuntivo. “Torturado” e “Ligar” estão, respectivamente, em
forma nominal de particípio e infinitivo, não possuem um tempo/modo próprio. “Dá” está no presente do
indicativo, tempo da certeza; “sobrevivi” está no pretérito perfeito do indicativo. Gabarito letra C.
(UFSC / 2019)
Em um dos testes, a equipe fez com que, aos seis meses de idade, bebês japoneses e ingleses escutassem
sons de ambas as culturas.
A forma verbal ‘escutassem’ está empregada na terceira pessoa do plural do pretérito imperfeito do
subjuntivo.
Comentários:
Terceira pessoa do plural (eles) escutaSSEm. Observe a desinência SSE, que marca esse tempo. Questão
correta.
(UFU-MG / 2019)
Denota ação posterior a outro fato na oração Duvidei que minha avó bebesse tanta tequila.
principal
Pedia que eles se levantassem.
Denota, hipóteses, conjectura, condição ou Se eu estudasse todo dia, passaria em qualquer prova.
desejo Seria melhor que falassem logo.
Temia que fosse um golpe.
O pretérito perfeito do subjuntivo é um tempo eminentemente composto, com auxiliar ‘ter ou haver’ no
presente do subjuntivo, e expressa:
• Fato passado. Ex.: Espero que você tenha entendido a explicação.
• Fato futuro já concluído, antes de outro também no futuro. Ex.: Suponho que João já tenha saído
quando chegarmos. ==0==
Observe que o modo subjuntivo como um todo é usado em orações subordinadas ou orações que de modo
geral expressam hipóteses/desejos.
Futuro do Subjuntivo
(SEDF / 2017)
O transporte é público, o corpo da mulher não.
Asssédio sexual no ônibus é crime.
(EBSERH / 2017)
Em relação à classificação dos verbos destacados no excerto “Ainda bem que somos crescidinhos, senão
ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.”, julgue o item:
O verbo “somos” está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é um verbo anômalo.
O verbo “sobrarem” está na terceira pessoa do plural, no futuro do presente do modo subjuntivo e pertence
à primeira conjugação.
Comentários:
Se você reparar, o item pede para você julgar 6 afirmativas! Vamos lá:
O verbo “somos” está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo (Certo. Nós somos) e é
um verbo anômalo (Certo. Pois o radical se altera radicalmente: Eu sou, tu és… eu fui… eu era… (que) eu
seja… (se) eu fosse… (quando) eu for… ).
O verbo “sobrarem” está na terceira pessoa do plural, no futuro do presente do modo subjuntivo (Certo. Se
eles/5 minutos sobrarem) e pertence à primeira conjugação (Certo. Vogal temática A, terminação em Ar,
marca da primeira conjugação). Tudo certo! Questão correta.
Vamos relembrar a matéria com alguns quadros esquemáticos sobre o modo subjuntivo:
Que eu tenha
Perfeito
amado
Futuro
Quando eu Tiver
Composto
amado
MODO IMPERATIVO
Expressa ordem, conselho, pedido, convite, súplica. Divide-se em afirmativo e negativo.
O IMPERATIVO AFIRMATIVO deriva quase inteiramente do presente do subjuntivo (que eu beba, que eu
caia, que eu levante), exceto nas pessoas “tu” e “vós”, que derivam do presente do indicativo (tu bebes, vós
bebeis). Advinha o que cai mais na prova! A exceção! Naturalmente as exceções, que estão marcadas.
Resumindo: Com “tu” e “vós”, teremos a mesma conjugação do presente do indicativo, só que sem o “S”: Tu
bebes e Vós bebeis vai virar no imperativo bebe tu e bebei vós.
AFIRMATIVO
Levantar Beber Cair
Tu levanta tu bebe tu cai tu
Ele (você) levante ele beba ele caia ele
Nós levantemos nós bebamos nós caiamos nós
Vós levantai vós bebei vós caí vós
Eles levantem eles bebam eles caiam eles
Não há imperativo na primeira pessoa, pois não é possível dar uma ordem a si mesmo.
Abaixo temos o IMPERATIVO NEGATIVO, que segue o padrão do presente do subjuntivo normalmente, sem
aquelas exceções do “tu” e “vós” explicadas acima. Você conjuga o subjuntivo, depois insere o “não”.
Simples!
NEGATIVO
Levantar Beber Cair
Tu não levantes tu não bebas tu não caias tu
Ele (você) não levante ele não beba ele não caia ele
Nós não levantemos nós não bebamos nós não caiamos nós
Vós não levanteis vós não bebais vós não caiais vós
Eles não levantem eles não bebam eles não caiam eles
Importante é saber que não podemos misturar as pessoas, tu e você, pois a gramática exige uniformidade
de tratamento.
Cuidado com verbos terminados em –ZER /-ZIR, pois geram um imperativo “meio estranho” aos ouvidos,
mas correto: Faze tu ou Faz tu; Conduze ou conduz tu.
O verbo SER tem as seguintes formas de imperativo: Sê tu / Sede vós.
(CORE-PE / 2019)
... autora do livro Toque, clique e Leia com Michael Levine...
(DETRAN-CE / 2018)
Atente para os verbos destacados em: “reflita melhor e não cometa esse erro da próxima vez”. (linhas 17-
19) Se o interlocutor fosse tratado pelo pronome tu, essa frase seria reescrita corretamente da seguinte
forma:
a) Reflita melhor e não comete esse erro da próxima vez.
==0==
As orações construídas pelas formas nominais são chamadas de orações reduzidas (de infinitivo, gerúndio
ou particípio). As formas nominais também são usadas nas locuções verbais. Ex.:
Posso tentar ajudar.
Ele devia parar de fumar.
Venho trabalhando demais ultimamente.
Tenho andado distraído.
Eu já tinha feito o trabalho quando ela chegou.
O fato de estar no singular não quer dizer que seja impessoal, pois pode estar flexionado no singular porque
seu sujeito é singular. Vejamos:
É importante estudarmos para a prova.
(Sujeito explícito na desinência -mos = nós; o infinitivo concorda com ele)
Obs.: O uso do infinitivo pessoal é um dos assuntos mais controvertidos da gramática. Gramáticos como
Celso Cunha e Sacconi apenas listam casos de uso “recomendado” ou “conveniente”, sem bater o martelo
em regras absolutas de concordância. Então, de modo geral, não há regras rígidas para a concordância do
infinitivo pessoal. Na maioria dos casos, se houver um sujeito explícito para o infinitivo, é permitido
concordar com ele. Na locução verbal, o infinitivo é impessoal.
REITERAMOS:
Não confunda o Infinitivo com o Futuro do subjuntivo. Em alguns verbos eles são idênticos na grafia.
Observe:
Quando o inverno chegar, eu quero estar junto a ti. (Futuro do Subjuntivo)
Ao chegar à casa dos outros, limpe os pés. (Infinitivo).
O contexto quase sempre denuncia essa diferença. Porém, se bater aquela dúvida, troque o verbo por outro
que não tenha essa identidade gráfica, troque pelo verbo FAZER. Se o verbo virar “fizER”, é subjuntivo. Se
permanecer “fazER”, é infinitivo.
Repare que o futuro do subjuntivo do verbo “ver” é idêntico ao “infinitivo” do verbo "vir". Fique atento a
esses verbos e teste a substituição!!!
Para expressar continuidade, é possível usar locução de gerúndio (Ele vem buscando a aprovação), ou,
alternativamente, locução de infinitivo (Ele está a buscar a aprovação) e particípio (Ele tem buscado a
aprovação).
O gerúndio também pode funcionar com valor adjetivo. Ex.:
Tenho um livro ensinando essa questão (um livro que ensina).
De forma concreta, não sabemos aonde essa vontade de mudar de emprego vai nos levar. O que
sabemos, sim, é que mudanças desse tipo, por muitas vezes, depois de um tempo, colocam-nos no mesmo
lugar de insatisfação profissional do qual partimos. Criamos, assim, um ciclo sem fim, que só pode ser
interrompido com um olhar profundo sobre as nossas carreiras.
Sem esse olhar, seguiremos fugindo, buscando soluções milagrosas para que o trabalho seja mais
prazeroso e nos traga felicidade, quando, na verdade, em grande parte das vezes, a possibilidade de um
trabalho que nos ofereça uma vida feliz já está ao nosso alcance, mas ainda não conseguimos encontrar [...].
Disponível em: https://vidasimples.co/colunistas/analise. Acesso em: 12 jun. 2022. Adaptado.
Os verbos usados no gerúndio indicam ações do passado que foram totalmente finalizadas.
Comentários:
Primariamente, o gerúndio indica ação continuada, prolongada, durativa. Esse é seu principal sentido, ou
seja, não indicação de ações no passado. Questão incorreta.
(CS-UFG / 2016)
No título do texto, “Festejando no precipício”, o uso do verbo no gerúndio
a) caracteriza uma forma nominal e neutra.
b) tem a função de indicar uma ação prolongada.
c) reforça a ideia de progressividade no futuro.
d) configura-se como um usual vício de linguagem.
Comentários:
Primariamente, o gerúndio indica ação continuada, prolongada, durativa. Esse é seu principal sentido. O
infinitivo caracteriza uma forma nominal e neutra. Gabarito letra B.
A frase que identifica o primeiro erro – “Usar água da chuva para beber, tomar banho e cozinhar” – emprega
a forma verbal do infinitivo. Com isso, o autor do texto consegue um resultado conveniente para esse tipo
de texto, que é não personalizar as ações.
Comentários:
O infinitivo impessoal, não flexionado, não se refere a nenhum sujeito explícito. Por isso, tem o efeito de não
personalizar as ações e indicá-las de modo vago. Questão correta.
Particípios Abundantes
Há verbos que trazem mais de um particípio, um regular, terminado em –do, e um não regular, que pode ter
diversas terminações. Isso sempre gera muita dúvida no dia a dia e nas provas. Segue uma pequena lista
deles.
Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular
Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Afligir Afligido Aflito
Assentar Assentado Assento
Corrigir Corrigido Correto
Encher Enchido Cheio
Entregar Entregado Entregue
Expressar Expressado Expresso
Extinguir Extinguido Extinto
Fixar Fixado Fixo
Fritar Fritado Frito
Limpar Limpado Limpo
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Pagar Pagado Pago
Submeter Submetido Submisso
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago
Imprimir Imprimido Impresso
Veja o uso dos particípios:
Regular Serão usados na voz ativa, com os Tenho pagado minhas dívidas em
verbos TER / HAVER. débito automático.
(terminação -do)
Eu nunca havia aceitado bem críticas.
Irregular Serão usados na voz passiva, com O boleto foi pago em dinheiro vivo.
(com outras terminações) os verbos SER / ESTAR. Estive suspenso do trabalho, por
(PETROBRAS / 2022)
Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de ninguém”...
No início do texto, a forma verbal “escrito” poderia ser corretamente substituída por escrevido.
Comentários:
A grafia “escrevido” não existe; a forma correta de particípio é “escrito”.
Questão incorreta.
(MPE-PI / 2018)
Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de
correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada.
Os sentidos do texto seriam alterados caso o trecho “estar a se corresponder” (l.2-3) fosse assim reescrito:
estar se correspondendo.
Comentários:
Não seriam. São formas equivalentes: a+infinitivo equivale à forma de gerúndio.
Estou a cantar=Estou cantando. No português brasileiro, contudo, a forma realmente utilizada é o gerúndio.
Questão incorreta.
(PF / 2018)
Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a uma
investigação. Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo.
A substituição da forma verbal “dedicando” por que dedicam manteria os sentidos originais do texto.
Comentários:
O gerúndio indica que a ação é vista como em andamento, em progresso, durativa, contínua. Então, quando
dizemos “mostram detetives dedicando toda sua atenção a uma investigação”, o verbo sugere que o
detetive é visto praticando a ação, é visto enquanto ela está em andamento. Veja com um exemplo mais
simples:
Vi no trabalho o servidor bebendo (estava bebendo quando foi visto, a ação estava em progresso, foi flagrado
durante a ação).
Vi no trabalho o servidor que bebe (apenas sabemos que bebe, não necessariamente estava bebendo no
trabalho)
Então, há alteração de sentido sim. Questão incorreta.
TRANSITIVIDADE VERBAL
A TRANSITIVIDADE de um termo diz respeito à sua necessidade de ter um complemento. Na prática, se o
verbo é “transitivo”, isso significa que “pede um complemento”. Isso é aprofundado nos tópicos de sintaxe
e regência. Vejamos aqui de maneira objetiva:
(DPE-SC / 2018)
A fonte da juventude, capaz de curar todos os males e fornecer o vigor físico da melhor época da vida, nunca
passou de um mito.
Julgue o item a seguir:
O verbo passou, no contexto, é transitivo direto.
Comentários:
==0==
Um detalhe. A transitividade de um verbo pode mudar no contexto. Passar, numa frase como “o tempo
passou”, é verbo intransitivo, pois não pede complemento. No caso da questão, no entanto, o verbo “passar”
é VTI (Verbo transitivo indireto), pois exige a preposição “de”. Note, também, a presença do objeto indireto
“um mito”.
e) INCORRETO. Aqui o verbo traz dois complementos: O jornal da cidade de Friburgo dedicou uma página
inteira ao episódio com os grevistas. Logo, é transitivo direto e indireto. Gabarito letra D.
VERBOS IMPESSOAIS
Verbos impessoais são aqueles que não possuem “pessoa”, não possuem um sujeito. O efeito prático é que
não vão ao plural. Vejamos os principais:
Verbos que indicam fenômenos da natureza: chover, nevar, amanhecer, anoitecer, trovejar ou formas
indicativas de tempo e aspectos climáticos, como “faz sol”, “está frio”, “está tarde”, "ainda é cedo”, ...
==0==
VERBOS UNIPESSOAIS
Verbos unipessoais são aqueles que, pelo sentido, só admitem sujeito na terceira pessoa do singular ou do
plural, por exemplo:
1) Verbos indicativos de “ação/voz/estado de animais”: Latir, Ladrar, Galopar, Trotar, Zurrar...
2) Verbos que normalmente trazem uma oração como sujeito. Ex.:
Convém acordar mais cedo.
Parece que vai chover.
Importa que você estude muito.
Cumpre ao policial proteger as pessoas.
Consta que você vomitou no padre.
==0==
(UFSC / 2019)
Julgue o item a seguir:
o verbo ‘dizer’ em “Digo-te que você...” está empregado como impessoal.
Comentários:
Não é impessoal, pois tem sujeito: “eu digo”. Verbos impessoais não possuem um agente responsável pelo
processo verbal. Questão incorreta.
(CAGE-RS / 2018)
[...] ocorreram diversos avanços, como, por exemplo, a diminuição da mortalidade infantil e do analfabetismo
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a forma verbal “ocorreram” fosse
substituída por
a) existiu. b) aconteceu. c) sucederam. d) tiveram. e) houveram.
Comentários:
Ocorrer é sinônimo de suceder. As letras A e B não poderiam ser a resposta, porque os verbos estão no
singular e o sujeito é “diversos avanços”. Tiveram, na letra D, é informal. Houveram, na letra E, causaria erro
de concordância, uma vez que o verbo haver impessoal, no sentido de suceder, não vai ao plural. Gabarito
letra C.
(STM / 2018)
No período “É um orgulho poder contar com você”, a terceira pessoa do singular empregada na forma verbal
“É” justifica-se por tratar-se de um verbo impessoal, como em É tarde.
Comentários:
No primeiro caso, o verbo “ser” não é impessoal e está no singular para concordar com a oração:
[Isto (“Poder contar com você”) é um orgulho. Já no segundo caso o verbo ser é impessoal, indicando tempo.
Questão incorreta.
VERBOS AUXILIARES
Verbos auxiliares são aqueles se unem ao verbo principal em locuções verbais, formando uma oração única.
Então, eles auxiliam na formação da locução e também adicionam algum sentido extra ao verbo principal.
O verbo auxiliar se flexiona para concordar com o sujeito, enquanto o verbo principal permanece
invariável, numa de suas formas nominais: infinitivo, particípio ou gerúndio.
O sentido principal está no verbo principal, ao passo que o auxiliar traz especificações semânticas da ação,
como duração, aspecto, modo, possibilidade. Ex.:
Ele deve pensar muito em adotar um cão.
(Auxiliar “dever” + infinitivo, indicando possibilidade, especulação...).
Os Verbos Auxiliares podem trazer matizes semânticos de modo, “refinando” o sentido do verbo principal
com informação extra sobre a “atitude” do locutor em relação ao verbo. Ex.:
Ele pode estar doente (possibilidade, dúvida).
Você não pode entrar aqui (permissão, proibição).
Ele pode ficar horas sem dormir e não ficar cansado (capacidade, habilidade).
Ele deve estar chegando (possibilidade, probabilidade).
Deve haver centenas como você (possibilidade, probabilidade).
Você deve estudar mais, se quiser vencer (conselho).
Vocês hão de passar (desejo).
Tenho que ir (dever, obrigação).
Ele parece ser esforçado (aparência, incerteza, possibilidade).
Comecei a fumar (aspecto incoativo, de início; não fumava antes).
Estou para tirar férias (sentido de iminência, intuito).
Está para chegar o avião (sentido de iminência, ação por iniciar).
As pessoas iam chegando (ação sucessiva, pouco a pouco).
Venho tratando essa doença há anos (desenvolvimento gradual).
(CORE-SP / 2019)
Na locução verbal da oração “O número deve crescer ainda mais nos próximos anos”, o verbo auxiliar está
empregado no: ==0==
a) Presente do indicativo.
b) Presente do subjuntivo.
c) Infinitivo.
d) Futuro do presente do indicativo.
e) Imperativo.
Comentários:
“Deve” é o auxiliar da locução “deve crescer” e está no presente do indicativo. Gabarito letra A.
(AGU / 2019)
“Ele achava que a sociedade deveria ser harmoniosa e as pessoas deveriam ser encorajadas em seu
‘autodesenvolvimento’ para que pudessem aproveitar ao máximo sua posição.”
A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir:
Existem duas locuções verbais no período.
Comentários:
Há três locuções:
a sociedade deveria ser harmoniosa e as pessoas deveriam ser encorajadas em seu ‘autodesenvolvimento’
para que pudessem aproveitar.
Poder e Dever são verbos auxiliares. Questão incorreta.
(SEGEP-MA / 2018)
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto os clientes que solicitam
a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil.
A forma verbal destacada indica
a) recomendação. b) necessidade. c) certeza. d) obrigação. e) possibilidade.
Comentários:
O auxiliar “poder” indica uma possibilidade futura, é possível que as pessoas sejam punidas ou não.
Gabarito letra E.
(TRE-PE / 2017)
A moralidade, que deve ser uma característica do conjunto de indivíduos da sociedade, deve caracterizar de
modo mais intenso ainda aqueles que exercem funções administrativas e de gestão pública ou privada. Com
relação a essa ideia, vale destacar que o alcance da moralidade vincula-se a princípios ou normas de conduta,
aos padrões de comportamento geralmente reconhecidos, pelos quais são julgados os atos dos membros de
determinada coletividade. Disso é possível deduzir que os membros de uma corporação profissional — no
caso, funcionários e servidores da administração pública — também devem ser submetidos ao julgamento
ético-moral. A administração pública deve pautar-se nos princípios constitucionais que a regem. É
necessário, ainda, que tais princípios estejam pública e legalmente disponíveis ao conhecimento de todos os
cidadãos, para que estes possam respeitá-los e vivenciá-los.
No texto, a forma verbal “devem”, no trecho “os membros de uma corporação profissional (...) também
devem ser submetidos ao julgamento ético-moral” , foi empregada no sentido de
a) probabilidade. b) capacidade. c) permissão. d) obrigação. e) necessidade.
Comentários:
Pela leitura do texto, entendemos que os servidores públicos devem ser submetidos a julgamento ético-
moral por decorrência do princípio constitucional da moralidade. Se essa submissão decorre de norma
constitucional, o verbo “dever” indica obrigação, imposição. Gabarito letra D.
VERBOS DE LIGAÇÃO
Os verbos que indicam ação são chamados de “nocionais". Os verbos de ligação, por sua vez, são chamados
verbos copulativos ou verbos relacionais, porque “ligam” o sujeito a um termo que indica um estado ou
característica (esse termo é chamado de “predicativo do sujeito”). Ex.:
João é feliz / Maria está alegre / O Rio de Janeiro continua lindo.
As bancas têm cobrado as “variações semânticas” dos estados expressos pelos verbos de ligação, como
mudança e permanência. Vejamos:
Estado permanente. Ex.: Minha mãe é mal-humorada.
Estado continuado. Ex.: Minha mãe continua/permanece mal-humorada.
Estado transitório/circunstancial. Ex.: Minha mãe está feliz. / Minha mãe anda silenciosa
ultimamente.
Mudança de estado. Ex.: Minha mãe ficou mal-humorada. / Minha mãe tornou-se organizada por
causa do concurso. / Minha mãe virou síndica do prédio.
Estado aparente. Ex.: Minha mãe parece distraída.
Sutilezas semânticas: Observem que o estado continuado se distingue do permanente porque aquele traz
sentido de um estado que começou e continuou, o começo é um pressuposto da continuidade. O foco está
nela. Já o estado permanente indica uma qualidade inerente, atemporal, sem referência a quando ela
começou ou quando vai terminar. Por essa razão, o fato de um verbo de estado permanente estar no passado
(“era”, “foram”) não faz que ele perca sentido de “permanência”.
Além disso, saiba que o verbo só é considerado de ligação quando “liga” sujeito a predicativo. Ex.:
Ana anda deprimida.
(“Anda” é um verbo de ligação, indica estado transitório e liga o sujeito ao predicativo “deprimida”).
(MPE-RJ / 2016)
Os verbos de estado indicam: estado permanente, estado transitório, mudança de estado, aparência de
estado e continuidade de estado. A frase que mostra um verbo de estado com valor de mudança de estado
é:
a) “áreas que antes eram baratas e de fácil acesso”;
b) “tornam-se mais caras”;
c) “habitantes que sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários”;
d) “Além disso, à medida que as cidades crescem”;
e) “a grande maioria da população pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes”.
Comentários:
Falou em “verbos de estado”, pode caçar os verbos de ligação mais tradicionais, “ser”, “estar”,
==0==
“permanecer”, “continuar”, “tornar-se”. Na letra A, “eram”, o verbo “ser” indica estado permanente. Na
letra B, “tornam-se” indica que houve mudança de um estado anterior para um posterior.
Na letra c, “são” indica estado permanente. Na letras D e E, “crescem” e “busque” são verbos nocionais, de
ação, não de estado. Gabarito letra B.
(SEDF / 2017)
A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em
outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde,
por exemplo).
O emprego do verbo “continua” permite que se infira que não houve mudança na caracterização da língua
como “forte elemento de discriminação social”.
Comentários:
Exatamente. O verbo “continua” dá ideia de estado continuado, o que é reforçado pelo caráter durativo do
gerúndio “sendo”. Se algo “continua sendo”, então “ainda é”, ou seja, não mudou. Questão correta.
Irregulares Não mantêm a regularidade ao longo da Caber (caibo/cabe/coube); Dar (dou, dá,
conjugação, o radical sofre modificações, não dei); Dizer (digo, diz, disse, direi); Querer
segue o modelo da conjugação (quero, quis, quererei); Ouvir (ouço,
ouve); Trazer (trago, trouxe).
Anômalos Apresentam total diversidade de radicais Eu sou, tu és… eu fui… eu era… (que) eu
(Ser, Ir) seja… (se) eu fosse… (quando) eu for…
A principal estratégia da banca para enganar o candidato é conjugar um verbo irregular como se fosse
regular. Vejamos:
Os verbos terminados em EAR são irregulares, recebem um “i” em algumas formas. Sejamos práticos, vamos
seguir a conjugação do verbo passear, NAS FORMAS EM QUE TEMOS “I”.
PRESENTE IMPERATIVO
PRESENTE SUBJUNTIVO
INDICATIVO AFIRMATIVO
Eu passeio que eu passeie NÃO HÁ
tu passeias que tu passeies passeia tu
ele passeia que ele passeie passeie ele
A conjugação do verbo passear é importante para alguns verbos excepcionais que são terminados em IAR,
mas se conjugam como se terminassem em EAR. São as famosas exceções MARIO!
Mediar
Ansiar
Remediar Se conjugam como passear/odiar
Incendiar/intermediar
Odiar
O verbo “mobiliar” se pronuncia da seguinte maneira no presente do indicativo: Eu moBÍlio, tu moBÍlias, ele
moBÍlia... Essas formas são chamadas de “rizotônicas”, nome chique que apenas indica que a sílaba tônica
está no radical...
Vir e derivados
O verbo vir também é irregular. Outros importantes verbos que caem em prova derivam dele. Devemos ficar
atentos:
Provir
Intervir
Convir Se conjugam como vir
Advir
Sobrevir
Então, acostume-se com sentenças como: ele conveio, ele interveio, se ele proviesse...
Em suma, “PROVER” funciona como “VER” nos Presentes (do Indicativo e do Subjuntivo). Nos outros
tempos, siga o verbo “BEBER”. Fique ligado!!
Cuidado com o futuro do subjuntivo: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.
"Provir" significa “ter origem de”, "descender", "derivar", "resultar", conjuga-se pelo verbo "vir"
(vem/provém; veio/proveio; vêm/provêm; viesse/proviesse).
Temos absoluta necessidade de conhecer a conjugação do verbo “ver”, pois isso vai facilitar o contraste com
a conjugação do verbo “vir”, assunto cobrado em muitas questões! Trazemos aqui a conjugação mais
cobrada, a do futuro do subjuntivo do verbo “ver”, recite-a como um mantra!
FUTURO DO SUBJUNTIVO
VIR VER
(MPE-GO / 2019)
Em “E há sempre a possibilidade real de crescer no banco e vir a se tornar um sócio.”, existe a presença do
verbo vir. Assinale a alternativa em que este verbo se encontra no futuro do pretérito:
a) O jovem talentoso vem chegando.
b) O lucro virá no fim do ano.
c) O investimento viera mas perdera-se na burocracia.
Cuidado!!! O verbo abater não segue a conjugação de “ter”, é verbo regular de segunda conjugação e
segue o verbo “beber”.
SUBJUNTIVO
Quando ele VIER Quando ele TIVER Se ele VIESSE Se ele TIVESSE
Quando nós VIERMOS Quando nós TIVERMOS Se nós VIÉSSEMOS Se nós TIVÉSSEMOS
Quando vós VIERDES Quando vós TIVERDES Se vós VIÉSSEIS Se vós TIVÉSSEIS
Quando eles VIEREM Quando eles TIVEREM Se eles VIESSEM Se eles TIVESSEM
Só para reforçar, estão erradas as formas: deteram, detessem, entreteram, quando eu ver, se eu propor...
(CMS / 2018)
“Os países com bom desempenho nessa habilidade têm estruturas de aula...”; a frase abaixo que mostra uma
forma verbal INADEQUADA de um verbo composto de “ter” é:
a) ela não se atinha ao tema indicado;
Esses são os formatos que caem mais em prova, conjugações com base –puse+desinências modo-temporais.
Só mais um detalhe: saliento que o verbo pôr é acentuado, para se diferenciar de "por" preposição. Seus
derivados não são acentuados (compor, propor), pois serão oxítonas terminadas em R e só as oxítonas
terminadas em a(s), e(s), o(s), em, ens são acentuadas.
Querer X requerer
Vamos relembrar um verbo parcialmente regular.
Requerer não é derivado de “querer”, ele segue, de modo geral, as terminações do verbo “beber”. Porém
tem um detalhe: ele recebe um “i” na primeira pessoa do presente do indicativo (requeIro) e também no
presente do subjuntivo, que deriva do indicativo (que eu requeIra; que tu requeIras; que ele requeIra...)
Os verbos requerer, dizer, fazer e trazer, na 2.a pessoa do singular, apresentam no imperativo afirmativo
duas formas: dize ou diz, faze ou faz, traze ou traz, requere ou requer. Vale muito a pena memorizar a sua
conjugação.
CAI DEMAIS!!! Além do presente do indicativo e do subjuntivo, atenção às diferenças nas conjugações do
pretérito perfeito do indicativo e do imperfeito do subjuntivo.
QUERER
Presente do indicativo: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem.
Pretérito perfeito do indicativo: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram.
Pretérito imperfeito do indicativo: queria, querias, queria, queríamos, queríeis, queriam.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram.
(SEPLAG-RECIFE / 2019)
Considere os seguintes trechos:
− ao impedir que o infante indefeso fique protegido contra determinada doença...
− a enfermidade continue a se propagar pela população.
− As campanhas de vacinação exigiram esforço hercúleo.
As expressões verbais estão correta e respectivamente substituídas por verbos flexionados no mesmo tempo
e modo em:
a) se mantém – permaneça – requiseram
b) se mantenha – permaneça – requereram
c) se mantenha – permaneça – requiseram
d) se mantém – permanece – requereram
e) se mantenha – permanece – requereram
Comentários:
O pretérito perfeito de “requerer” é “requereram”, não é “requiseram”. Então, seria possível eliminar A e C.
“Fique”, “Mantenha”, “Continue” e “Permaneça” estão no presente do subjuntivo. “Mantém” e
“Permanece” estão no presente do indicativo. Gabarito letra B.
(TRANSPETRO / 2018)
A forma verbal destacada atende às exigências da norma-padrão da língua portuguesa em:
a) Ao digitar as senhas em público, é necessário que confiremos se há pessoas estranhas nos observando
para garantir a segurança virtual.
b) As informações pessoais deveriam ser digitadas de forma condensada para que cabessem todas no espaço
próprio do questionário socioeconômico.
c) Os meios eletrônicos contribuem para que os estudantes retenham a maior parte das informações
necessárias ao bom desempenho escolar.
d) Para evitar a espionagem virtual é preciso que nós não consintemos na utilização dos nossos dados
pessoais ao instalar novos aplicativos no celular.
e) Quando algum consumidor querer comprar o último modelo de smartphone, pode agredir outros
componentes da fila para tomar seu lugar.
Comentários:
Vejamos:
a) “Conferir” segue a conjugação de “ferir”, no presente do subjuntivo, temos: que nós firAmos/ que nós
confirAmos.
b) “Caber” é um verbo irregular, então tem formas como “coube e caiba”. No pretérito imperfeito do
subjuntivo, teremos: que as informações “coubessem”.
c) Correto. Reter deriva de “ter”: que os estudantes tenham/retenham.
d) A forma correta, no presente do subjuntivo, é “consintAmos".
e) A forma correta, no futuro do subjuntivo, é “quiser". Quando algum consumidor “quiser”!
Gabarito letra C.
Essas conjugações vão aparecer em geral quando o verbo vier conjugado no subjuntivo, em
função de conjunções: se/que/quando/caso/embora/ainda que... Grave essas “bases”,
pois nelas estarão as questões.
Ter- TIVE+DESINÊNCIA: Se tivesse, quando tiver...
Pôr- PUSE+DESINÊNCIA: Se puser, quando supuséssemos...
Requerer- REQUERE+DESINÊNCIA: Se requeresse, quando requereu...
==0==
Verbo Aprazer
Esse verbo é bastante irregular e compartilha o radical do adjetivo aprazível, com sentido de agradável. Para
lidar com ele na hora da prova, lembre-se de algumas terminações do verbo haver em que há “V” e base
“ou” na palavra, a saber:
Pretérito mais-que-perfeito: Eu aprouvera, tu aprouveras...
Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se eu aprouvesse; se tu aprouvesses...
Futuro do subjuntivo: Quando eu aprouver; quanto tu aprouveres...
No presente do subjuntivo, a forma do verbo ‘diferir’ vai ser “difirA” (que eu eu “fira”). Questão correta.
(IBGE / 2016)
A frase em que a palavra destacada está flexionada de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa é:
a) Para comunicar a seus acionistas o resultado financeiro semestral, o relatório abrangeu os aspectos
principais relacionados à produção da empresa.
b) Quando o Congresso propor que as lâmpadas incandescentes não sejam mais vendidas no país, a
população terá de se acostumar ao novo padrão.
c) O governo interviu na fabricação de lâmpadas quando decidiu que novos modelos deveriam tornar-se
obrigatórios no nosso país.
d) Se os moradores obterem lâmpadas modernas para iluminar suas casas, farão economia de eletricidade.
e) Se você ver águas paradas, tome uma providência para evitar a proliferação do mosquito.
Comentários:
a) O verbo abranger é regular e segue a conjugação de “beber”. Ele bebeu, Ele abrangeu. Questão correta.
b) Propor é derivado de Pôr. O “quando” é pista para o futuro do subjuntivo, tempo que o verbo tem forma
“propuser”.
c) O verbo intervir deriva do vir. O governo veio/interveio. Questão incorreta.
d) Obter deriva de Ter. O “se” também é pista para o futuro do subjuntivo: se os moradores
tiverem/obtiverem. Questão incorreta.
e) O “se” também é pista para o futuro do subjuntivo. Decore que a forma correta é “vir”. Quando/Se eu VIR
(do VER). Questão incorreta. Gabarito letra A.
(ELETROBRÁS / 2016) Adaptada
A frase está escrita corretamente, de acordo com a norma-padrão:
- O autor expressou o desejo que os livros mantessem margens estensas e páginas em branco.
Comentários:
Manter se conjuga como ter. A forma correta do pretérito imperfeito do subjuntivo é “tivessem” >
“mantivessem”. Além disso, a forma é “eXtensas”. Questão incorreta.
(INSTITUTO RIO BRANCO / 2015)
“Censurem, piquem, ou calem-se, como lhes aprouver. Não alcançarão jamais que eu escreva, neste meu
Brasil, coisa que pareça vinda em conserva lá da outra banda, como a fruta que nos mandam em lata.”
Com relação a aspectos gramaticais do texto acima, julgue o próximo item. Na oração ‘como lhes aprouver’,
foi empregada uma forma flexionada do verbo aprazer, cujo radical é o mesmo que o do adjetivo aprazível,
de uso corrente na atualidade.
Comentários:
Questão estilo “sabe ou não sabe”. O verbo aprazer de fato tem o mesmo radical do adjetivo aprazível e
sofre transformação no futuro e no pretérito imperfeito do subjuntivo, bem como no pretérito perfeito e
mais-que-perfeito do indicativo, assumindo a terminação –ouve+desinência. No caso em tela, a conjunção
subordinativa “como” joga o verbo para o futuro do subjuntivo: aprazer se torna aprouver. Questão correta.
VERBOS DEFECTIVOS
São aqueles verbos que têm defeito de conjugação, pois não são conjugados em todas as pessoas,
normalmente pela semelhança que a conjugação teria com outro verbo (Falar e Falir: eu falo), ou pelo mau
som: “ela computa”... Na maioria dos casos, são conjugados só na primeira e segunda pessoa do plural do
modo indicativo, na segunda pessoa do plural do modo imperativo e não possuem flexões no presente do
subjuntivo (porque não têm o presente do indicativo).
Obs.: O presente do subjuntivo é derivado do radical da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo, em suma, “eu faço” vira “que eu faça”. Então, quando o verbo não tem a primeira pessoa do
singular no indicativo, não terá o presente do subjuntivo. Por consequência, não terá as formas de imperativo
que também derivam do subjuntivo.
Por não trazerem a primeira pessoa do singular do presente do indicativo, são defectivos os verbos: abolir,
banir, brandir, carpir, colorir, computar, delir, explodir, ruir, exaurir, demolir, puir, delinquir, fulgir
(resplandecer), feder, aturdir, bramir, esculpir, extorquir, retorquir, soer (costumar: ter costume de).
Há certa controvérsia entre esses verbos, pois alguns gramáticos e dicionários listam verbos defectivos como
regulares. Não podemos entrar nessa discussão, então vamos destacar alguns que já foram cobrados em
prova.
VERBO VICÁRIO
São chamados de Verbos Vicários aqueles que fazem as vezes de outros verbos, substituindo-os para evitar
repetição. Os mais comuns são os verbos ser e fazer.
Normalmente vêm acompanhados de um pronome demonstrativo o, que retoma a ação ou o evento da
oração anterior. Ex.:
Eu poderia ter fugido, mas não o fiz. (“o fiz” retoma “ter fugido”)
Se você não estudou foi porque teve preguiça. (“foi” retoma “não estudou”)
Se ela não aceita ir ao cinema é porque não quer. (“é” retoma “aceita”)
Observe que há dois verbos e um substitui o outro, quando vicário, o “fazer” não traz seu sentido próprio,
pois assume o sentido do outro verbo.
As estruturas com esses verbos costumam ser cobradas até em questões de compreensão textual, quando a
banca pode perguntar o referente do pronome.
(ISS-TERESINA / 2016)
Fazer parte constitui um específico uso de “fazer”, verbo que, em outros contextos, pode assumir distintas
funções e acepções. Empregado como “verbo vicário”, faz as vezes de outro, como se exemplifica em:
a) Tentarei hoje mesmo fazê-lo ver a questão sob ponto de vista menos rígido.
b) Foi ele quem fez uma bela mesa de madeira maciça.
c) O mediador poderia ter evitado a discussão, mas não o fez.
d) Fizeram frente à situação adversa com coragem e elegância, o que nos comoveu.
e) O discurso foi bastante positivo, pois o orador o fez de modo acalorado e consistente..
Comentários:
O verbo “fazer” tem vários sentidos, que foram explorados nas alternativas. No entanto, é na letra C que ele
funciona como “vicário”, pois substitui o verbo “evitar”. Observe a presença do demonstrativo “o”,
retomando o fato de “evitar a discussão”.
Observe que devemos ter dois verbos diferentes, e o verbo vicário estará substituindo o outro.
Na letra E só há um verbo, “discurso” não é verbo! O verbo “foi” é de ligação e só serviu para dar qualidade
ao discurso. Não tem sentido de ação. Além disso, o orador “fez o discurso”, o verbo fazer está sendo
utilizado com sentido de “fazer” mesmo, de produzir, realizar. Não está substituindo outro verbo. Gabarito
letra C.
VERBOS PRONOMINAIS
São aqueles que trazem um pronome “integrante” do verbo e que não podem ser conjugados sem ele.
Veja alguns deles: ARREPENDER-SE, ATREVER-SE, ASSEMELHAR-SE, CANDIDATAR-SE, DIGNAR-SE,
ESFORÇAR-SE, QUEIXAR-SE, REFUGIAR-SE, SUICIDAR-SE, ESTREITAR-SE...
Há diversos verbos que podem ser usados como pronominais: lembrar-se; esquecer-se. Nesses casos, a
regência passa a exigir a preposição “DE”. Ex.:
Lembrei/esqueci a letra ou Lembrei-me/Esqueci-me da letra.
As bancas gostam de perguntar se o pronome é parte integrante do verbo e/ou, se exerce função sintática,
ou se pode ser suprimida. Nos verbos que não são essencialmente pronominais, como lembrar e esquecer,
a retirada do pronome DEVE ser acompanhada também da retirada da preposição.
Ex.: Eles não se arrependem de nada. (o “se” é parte integrante, não pode ser retirado e nem exerce qualquer
função sintática. Não pense que é reflexivo, tampouco recíproco, pois não podemos arrepender a outra
pessoa nem a nós mesmos: se arrepender não é arrepender a si mesmo. Claro?)
Um critério importante é sempre verificar se o verbo vai ter sentido passivo, pois a banca vai tentar confundir
você afirmando que o “se” representa voz passiva sintética, como em “Alugam-se casas” (casas são
alugadas).
(AGU / 2019)
“Ninguém se esqueceu da enxurrada de tuítes enraivecidos trocados há apenas um ano por Trump e o
presidente nortecoreano – ‘fogo e fúria’, o ‘grande botão’ nuclear etc.”
Julgue o item a seguir.
A retirada do SE do período não provoca alteração de sentido nem constitui inadequação à norma culta.
Comentários:
“Esquecer-se” (de) é um verbo pronominal, então a retirada do “se” causa erro. É possível utilizá-lo sem
pronome, mas também é necessário retirar a preposição:
Esquecer-SE DE algo ou Esquecer algo.
Questão incorreta.
(MPU / 2018)
Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em especial se
aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de uma
teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça.
Na expressão “fazê-lo” (l.2), a forma pronominal “lo” retoma a ideia de agir para tentar evitar uma
calamidade.
Comentários:
Sim. Aqui, temos o “pronome demonstrativo neutro usado ao lado de um verbo vicário. “Fazer” retoma a
ação anterior (agir...)”:
Fazê-lo = Fazer isso (o que foi mencionado: agir para tentar evitar uma calamidade).
Questão correta.
==0==
(pres.) (pres.)
Ex.: Juro que não deixo mais de revisar.
Recapitulando: essas são as correlações que mais caem, leiam-nas várias vezes! Ex.:
Vejo que você malha.
É preciso que você estude.
Quando terminarem, estarei dormindo.
Se eu tivesse esse carro, já teria morrido.
Vi que você trouxe um presente.
Sugiro que procure um psiquiatra.
Sugeri que procurasse um psiquiatra.
Espero que tenha procurado um psiquiatra.
Esperei que tivesse procurado um psiquiatra.
Não é produtivo querer gravar a regra de cada correlação, foque nos exemplos acima e
nas “correlações essenciais”!
(PM-SP / 2020)
Considerando a correspondência entre as formas verbais e o emprego do pronome, conforme a norma-
padrão, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas da frase.
Se soubéssemos mais detalhes a respeito de como foi criada a Polícia Militar,
___________________________ melhor desde a sua criação.
a) podemos compreender-lhe c) podíamos compreender-lhe
b) poderíamos compreendê-la d) pudemos compreendê-la
Comentários:
A questão é de correlação verbal. Aplicaremos a correlação básica: se eu pudeSSE, faRIA:
Se soubéSSEmos, podeRÍAmos compreendê-la (compreender a Polícia Militar). Gabarito letra B.
(BANRISUL / 2019) ==0==
Há ocorrência de forma verbal na voz passiva e adequada articulação entre os tempos e os modos verbais
na frase:
Caso viéssemos a viver, no futuro, dois ou mais séculos, nada garantirá que estivéssemos satisfeitos com esse
tempo de vida.
Comentários:
Aplicando a correlação básica PudeSSE/FaRIA, teríamos: viéSSEmos/garantiRIA. Observem que não faz
sentido um verbo indicando hipótese no passado correlacionado a um indicando sua consequência no futuro.
É um situação tão incoerente como: *Se eu pudesse, viajarei... Questão incorreta.
(PRF / 2019)
Não consigo pensar em um cargo público mais empolgante que o desse homem. Claro que o cargo, se existia,
já foi extinto, e o homem da luz já deve ter se transferido para o mundo das trevas eternas.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso a forma verbal “existia” fosse substituída
por existisse.
Comentários:
Veja que não faz sentido:
o cargo, se existisse, já foi extinto...
Para manter a correlação, teríamos que grafar:
Claro que o cargo, se existisse, já teria sido extinto. Questão incorreta.
(DETRAN-MA / 2018)
A flexão das formas verbais e a articulação entre seus tempos e modos estão plenamente adequadas na
frase:
a) Quem caminhasse pelas grandes cidades virá a constatar que elas contessem muitas surpresas.
b) Numa época em que a velocidade se impuser de forma ainda mais drástica, valerá a pena buscar
alternativas.
c) Se ninguém vir a buscar caminhos alternativos, nenhuma possibilidade real de libertação seria explorada.
d) Nosso estilo de vida levará-nos a impasses urbanos que dificilmente encontrariam alguma forma de
solução.
e) A convicção do poeta acena para a criação nossa de caminhos próprios, da qual advisse um novo prazer
de viver.
Comentários:
Em questões desse tipo, procure logo as correlações clássicas! Aplique as correlações aos verbos nas
alternativas.
Se eu pudesse, faria/ Se eu puder, farei
a) Quem caminhaSSE pelas grandes cidades virIA a constatar que elas continham muitas surpresas.
b) Numa época em que a velocidade se impusER de forma ainda mais drástica, valeRÁ a pena buscar
alternativas.
c) Se ninguém vieSSE a buscar caminhos alternativos, nenhuma possibilidade real de libertação serIA
explorada.
d) Nosso estilo de vida nos levará a impasses urbanos que dificilmente encontrarão alguma forma de solução.
(Lembre que não se usa pronome oblíquo átono após verbo no futuro)
e) A convicção do poeta acenaRIA para a criação nossa de caminhos próprios, da qual advieSSE um novo
prazer de viver. Gabarito letra B.
(TRT 6ª REGIÃO / 2018)
Há construção na voz passiva e adequada articulação entre os tempos verbais na frase:
a) Os que apreciarem as instalações, no futuro, talvez poderiam emprestar-lhes o sentido que hoje não
parecem ter.
b) Ao serem visitadas, as instalações costumam impressionar o público que se deixa levar pela significação
que o próprio autor lhes atribui.
c) Se fosse para levar a sério a materialidade das instalações, nenhuma delas necessita da justificativa a ser
dada pelo criador.
d) Nunca a linguagem das grandes obras de arte teria necessidade de alguma explicação que venha a se
tornar indispensável.
e) Por mais que nos esforcemos para perscrutar o sentido de uma instalação, este sempre dependeria das
razões alegadas pelo autor.
Comentários:
Em questões desse tipo, procure logo as correlações clássicas!!Aplique as correlações aos verbos nas
alternativas.
Se eu pudesse, faria/ Se eu puder, farei (Caso eu possa, farei)
a) Não há voz passiva. Não há estrutura de voz passiva analítica (SER+particípio) nem sintética (VTD+SE
apassivador).
b) Na b, temos a chamada voz passiva analítica (SER+Particípio) “serem avistadas”. A correlação está perfeita,
todos os verbos estão no presente.
c) A correlação correta seria:
Se fosse para levar a sério a materialidade das instalações, nenhuma delas necessitaria da justificativa a ser
dada pelo criador.
Observe que é a correlação clássica: Se eu pudesse, faria
d) A correlação correta seria:
Nunca a linguagem das grandes obras de arte teria necessidade de alguma explicação que viesse a se tornar
indispensável.
Observe que temos novamente a correlação clássica: Se eu pudesse, faria
e) A correlação correta seria:
Por mais que nos esforcemos para perscrutar o sentido de uma instalação, este sempre dependerá das
razões alegadas pelo autor.
Observe que temos novamente a correlação clássica: (Caso eu possa, farei).
Gabarito letra B.
Analítica
SER + PARTICÍPIO
Ex.: Casas são vendidas
VOZ PASSIVA
Sintética
VTD / VTDI + SE
Ex.: Vendem-se casas
Para ficar ainda mais claro, vamos fazer uma transposição da voz ativa com tempo composto para voz
passiva. Observe que o tempo composto não muda:
O homem havia realizado sua missão. (voz ativa com tempo composto)
A missão havia sido realizada pelo homem. (voz passiva com tempo composto)
Na voz passiva analítica, observe que o particípio varia em gênero e número para concordar com seu
referente.
Ressaltamos que, para concurso, voz passiva sintética e voz passiva analítica são equivalentes, constituindo
alternativas sintáticas para o mesmo enunciado.
Entretanto, cuidado com a colocação pronominal na hora de substituir uma pela outra:
Embora as estruturas sejam equivalentes, “Não contabilizaram-se” seria erro de colocação pronominal, pois
palavra negativa atrai o pronome para antes do verbo.
(ELETROBRAS / 2016)
Transpondo-se para a voz ativa a frase Eficazes sistemas de irrigação teriam sido utilizados pelos antigos em
suas culturas de cereais, a forma verbal resultante deverá ser
a) seriam utilizados.
b) teriam utilizado. ==0==
c) foram utilizados.
d) utilizaram-se.
e) haveriam de utilizar.
Comentários:
Se a voz é passiva, “eficazes sistemas de irrigação” é sujeito paciente. Na voz ativa, esse termo deverá assumir
função de objeto direto e o agente da passiva “pelos antigos” vai ter que virar sujeito. O “ser” da voz passiva
desaparece:
Eficazes sistemas de irrigação teriam sido utilizados pelos antigos
Os antigos teriam utilizado eficazes sistemas de irrigação.
Há uma locução de tempo composto “Ter+particípio”, essa locução de tempo composto se mantém; então
basta subtrair o verbo “ser” da locução passiva que teremos a voz ativa de novo.
Gabarito letra B.
(PREFEITURA DE PAULÍNIA / 2016)
“Teria sido o mundo criado jamais se o seu criador tivesse medo de suscitar confusão? Criar vida quer dizer
criar confusão.”
Sobre a estruturação gramatical da frase acima, está correta a afirmativa:
A forma ativa correspondente a “Teria sido criado” é “teria criado”.
Comentários:
O mundo teria sido criado pelo criador. (voz passiva)
O criador teria criado o mundo. (voz ativa)
O sujeito paciente “o mundo” vira objeto direto na voz ativa. O agente da passiva vira sujeito. O tempo futuro
do pretérito é mantido na conversão.
Questão correta.
2
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VOZES VERBAIS
As vozes verbais indicam a relação do sujeito com o verbo, definindo o papel do sujeito como agente ou
paciente.
VOZ PASSIVA O sujeito é paciente, sofre a ação, [Os criminosos] foram detidos pelo policial.
recebe o efeito da ação. Detiveram-SE [os criminosos].
VOZ REFLEXIVA Os sujeitos praticam uma ação uns [Os criminosos] se abraçaram na prisão.
RECÍPROCA nos outros, mutuamente
Há casos em que o verbo tem sentido passivo (levei um soco), mas ainda assim, sintaticamente, a voz é ativa,
porque o sujeito sintático pratica a ação.
O que mais cai em prova é a conversão de voz ativa para voz passiva, ou entre tipos de voz passiva. Aqui, é
necessário reconhecer as funções sintáticas básicas: sujeito (entidade ligada ao verbo em papel de agente
ou paciente) e objeto direto (complemento verbal sem preposição).
Flagraram o homem comendo Nutella escondido. (Voz ativa com sujeito indeterminado, na terceira
pessoa do plural).
(TJ-SP / 2019)
Transpostas para a voz passiva, as passagens “O próximo governo não encontrará um ambiente econômico
internacional sereno.” e “Se até o início deste ano EUA, Europa e China davam sinais de vigor...” assumem a
seguinte redação:
Não será encontrado um ambiente econômico internacional sereno pelo próximo governo. / Se sinais de
vigor eram dados por EUA, Europa e China até o início deste ano...
Comentários:
Comentários:
Na conversão para a voz passiva, o objeto direto da voz ativa vira sujeito paciente. O tempo original do verbo
(presente) deve ser mantido na locução (SER + particípio). O sujeito ativo vai virar agente da passiva. Veja:
Essas visitas dos turistas “em busca de distrações” desnaturam o significado real desses museus e
monumentos.
o significado real desses museus e monumentos é desnaturado por Essas visitas dos turistas “em busca de
distrações” Gabarito letra B.
(TRIBUNAL DE JUSTIÇA-AL / 2018)
A frase que NÃO exemplifica a ocorrência de voz passiva é:
a) “Diante do número de casos de preconceito explícito e agressões, somos levados ao questionamento...”;
b) “...a sociedade corre o risco de estar tornando-se irracionalmente intolerante”;
==0==
b) INCORRETO. Embora “sofrer” tenha sentido passivo, não há estrutura passiva sintética nem analítica.
c) CORRETO. Temos voz passiva sintética VTD+SE, equivalente à forma: É comum que a opinião seja
generalizada.
d) INCORRETO. Prioritária é apenas um adjetivo.
e) INCORRETO. Urgente é apenas um adjetivo. Gabarito letra C.
(DPE-AM / 2018)
E então, de súbito, ouvimos a voz de Wagner
Transformando-se o segmento sublinhado acima em sujeito da frase, a forma verbal resultante será:
a) é ouvido. b) se ouvem. c) é ouvida. d) fomos ouvidos. e) foram ouvidas.
Comentários:
“A voz de Wagner” é objeto direto de “ouvir”, na voz ativa. Na voz passiva, o objeto direto vira sujeito. Então,
teremos, na voz passiva:
“A voz de Wagner” é ouvida. Gabarito letra C.
(STM–Analista / 2018)
Todos esses senhores [que buscam pela violência o domínio sobre a mulher] parece que não sabem o que é
a vontade dos outros. Eles se julgam com o direito de impor o seu amor ou o seu desejo a quem não os quer.
Não sei se se julgam muito diferentes dos ladrões à mão armada
É de se supor que quem quer casar deseje que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal com a
máxima liberdade, com a melhor boa-vontade, sem coação de espécie alguma, com ardor até, com ânsia e
grandes desejos; como é então que se castigam as moças que confessam não sentir mais pelos namorados
amor ou coisa equivalente?
O vocábulo se recebe a mesma classificação em “se julgam” (L.2) e “se castigam” (L.8).
Comentários:
No primeiro caso, os “senhores violentos” se julgam (julgam a si próprios) com o direto de impor o seu amor.
Temos SE reflexivo.
No segundo caso, as moças “são castigadas”, recebem o castigo; então o sentido é passivo e o SE é pronome
apassivador. A classificação não é a mesma. Questão incorreta.
(CBM-AL / 2017)
A abundância e a prosperidade eram, como de costume, simétricas à miséria da maioria da população, que
vivia em estado crônico de subnutrição.
Daqueles tempos coloniais nasceu o costume, ainda vigente, de comer terra. Antigamente, castigava-se esse
“vício africano” colocando-se mordaças nas bocas das crianças ou pendurando-as dentro de cestas a grande
distância do solo.
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB2A1AAA, julgue o item a seguir.
A substituição de “castigava-se” (ℓ.4) por castigavam não prejudicaria as informações veiculadas no texto.
Comentários:
A princípio, parece inadmissível trocar “castigava-se” por “castigavam” e ainda assim manter o sentido, não?
Entenda o raciocínio da banca. Na voz passiva sintética (VTD+SE – Castigavam-se), o agente da passiva não
aparece, então não sabemos quem é o agente, não sabemos quem de fato castiga. Ao reescrever como
“Castigavam”, temos uma oração na voz ativa com sujeito indeterminado, que é outra forma de justamente
ocultar quem é o agente de castigar. Então, continuamos sem saber quem castigava e temos apenas a
informação do que era castigado. Portanto, essas estruturas servem ao mesmo propósito: não revelar o
agente da ação verbal. Dito de outra forma, a voz passiva sintética, por não ter agente da passiva, quando
convertida em voz ativa, gera uma sentença com sujeito indeterminado. Por isso, a banca entendeu que são
equivalentes. Questão correta.
Dias depois, sai o gabarito ERRADO e o combalido candidato fica aos prantos: ”eu erreeeeei, concurso é
impossível!!!!”
Essa oração é sujeito paciente, ISTO não é esperado. Somente na voz ativa é que essa oração seria objeto
direto. Eu espero [que o governo resolva tudo sozinho] (Espero [ISTO]). Só nesse caso seria um complemento
verbal. Observe que há um “SE” bem grande para indicar sentido passivo.
(INSS / 2016)
Julgue o item subsequente, que versam sobre os sentidos e os aspectos linguísticos do texto acima.
A substituição de “destacou-se” (l.11) por foi destacado prejudicaria o sentido original do período.
Comentários:
Prejudicaria. Cuidado! A forma “destacou-se” indica voz reflexiva, pois o autor destacou-se a si mesmo,
exerceu a ação de destacar sobre si. A forma “foi destacado” traz voz passiva analítica (SER+Particípio). Não
são equivalentes. Questão correta.
Então, VTI+SE é clássica estrutura de sujeito indeterminado. Verifique se o verbo pede preposição.
Ex.:
Verbos intransitivos (VI) e de ligação (VL) não pedem complemento, não têm objeto, por isso também não
aceitam voz passiva. Se VIs vierem acompanhados de SE, pode apostar que é um sujeito indeterminado. Ex.:
Vive-se bem aqui.
Sempre se está sujeito a erros.
Não custa lembrar: cuidado com a voz reflexiva, em que o agente pratica a ação e sofre seus efeitos ao
mesmo tempo. Na dúvida, troque o “se” por a si mesmo e veja se a coerência se mantém.
Na hora da análise, o tipo de verbo é uma fortíssima pista sintática sobre a presença de voz passiva ou sujeito
indeterminado. Contudo, você deve sempre conferir o sentido do texto, verificar se há sentido passivo,
reflexivo ou se há um verbo sem sujeito conhecido no texto.
2. (PGE-PE / 2019)
Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram
simultaneamente.
A coerência e a correção gramatical do texto seriam preservadas se a forma verbal “mudaram”
fosse substituída por mudam.
Comentários:
Observem que a banca está apenas falando de correção (ausência de erro) e coerência (lógica,
ausência de contradição). Então, não há nenhum problema em usar o presente “mudam” no
lugar do pretérito perfeito “mudaram”, uma vez que seria lógico também usar o presente
histórico: “mudam” indicando tempo passado, recurso utilizado para aproximar do leitor o fato
passado narrado, para dar maior dinamicidade e verossimilhança ao texto.
Questão correta.
3. (PGE-PE / 2019)
Nesse contexto, a Lei Maria da Penha teria o papel de assegurar o reconhecimento das mulheres
em situação de violências (incluída a psicológica) pelo direito; afinal, é constatando as obrigações
que temos diante do direito alheio que chegamos a uma compreensão de cada um(a) de nós
como sujeitos de direitos.
A substituição da forma verbal “teria” (L.1) por tem manteria tanto a correção gramatical quanto
a coerência do texto.
Comentários:
A questão não fala de sentido, então basta perceber que não há erro nem se cria um enunciado
sem lógica. Apenas o tempo verbal saiu do campo hipotético para um campo mais concreto.
Questão correta.
Comentários:
O pretérito perfeito de “requerer” é “requereram”, não é “requiseram”. Então, seria possível
eliminar A e C. “Fique”, “Mantenha”, “Continue” e “Permaneça” estão no presente do
subjuntivo. “Mantém” e “Permanece” estão no presente do indicativo.
Gabarito letra B.
6. (EMAP / 2018)
O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e tange. Se
a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer pessoa normal responderia “Bem,
obrigado!” — com o Juca a coisa não era assim tão simples.
Na linha 4, caso a forma verbal “era” fosse substituída por seria, a respectiva afirmação sobre o
comportamento de Juca seria mais categórica que a que se verifica no texto.
Comentários:
Pelo contrário. Embora seja tempo do indicativo, o futuro do pretérito indica incerteza,
possibilidade, por isso seu uso constante em estruturas condicionais ou hipotéticas:
Ex.: Seu estudasse, passaria na prova.
Ex.: O candidato estaria envolvido em um esquema de propina.
Portanto, de forma alguma deixaria a alternativa mais categórica, mas afirmativa e certa.
Questão incorreta.
7. (IHBDF / 2018)
Nasci no Brás, durante a Segunda Guerra. Da rua em que morávamos até a Praça da Sé, são vinte
minutos de caminhada.
Infere-se do emprego da forma verbal “morávamos” que o narrador fornece uma informação
sobre si próprio e sua família.
Comentários:
Morávamos, verbo no pretérito imperfeito, indica ação habitual/duradoura no passado. Refere-se
ao tempo durante o qual o narrador morou naquele lugar. Como ele menciona a família, essa
informação também vale para ela. Questão correta.
8. (IHBDF / 2018)
Quando estava com sete anos, acordei com os olhos inchados, e meu pai me levou ao pediatra.
Ao voltarmos, o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de borracha na porta da fábrica em
frente parou e a molecada correu até nós. Queriam saber se era verdade que os médicos davam
injeções enormes na bunda das crianças.
Depreende-se do emprego da forma verbal “jogávamos” que o narrador, ao retornar do pediatra
para casa, juntou-se a colegas para jogar futebol.
Comentários:
Aqui temos aquele caso em que usamos o pretérito imperfeito para indicar que uma ação estava
em curso (jogávamos futebol) quando outra a interrompeu (o futebol parou quando o menino
voltou do pediatra). Então, ele não estava jogando naquele momento nem juntou-se aos colegas.
Na verdade, ele interrompeu o futebol quando passou com o pai.
Questão incorreta.
9. (IHBDF / 2018)
Tentar deter o mar era inútil. Também não havia como fazer um molde da areia, mesmo que ele
tivesse tempo para isso, coisa que ele não tinha. Talvez conseguisse correr até em casa para
buscar sua câmera.
Os sentidos originais do trecho “Tentar deter o mar era inútil” seriam mantidos caso a forma
verbal “era” fosse substituída por seria.
Comentários:
Evidentemente, “era” e “seria” não possuem o mesmo sentido. Contudo, às vezes o autor usa
uma forma “querendo dizer outra coisa”, ou melhor, usa uma forma quando deveria ter usado
outra. O sentido texto sugere uma relação condicional, então, rigorosamente, deveria aparecer o
futuro do pretérito, para uma correlação perfeita:
Tentar deter o mar SERIA inútil. Também não HAVERIA como fazer um molde da areia, mesmo
que ele tivesse tempo para isso, coisa que ele não tinha.
Então, esse “era” tem justamente o valor de “seria”, pois faz parte de uma estrutura condicional.
É como costumamos ouvir:
Se eu pudesse, casava! (no sentido de “casaria”)
Sacconi registra essa substituição do futuro do pretérito pelo pretérito imperfeito, indicando “que
o fato seria consequência certa e imediata de outro, que é irreal ou não ocorreu.
Ex.: Se eu fosse o prefeito, desapropriava toda esta região.
Ex.: Se viéssemos de trem, não chegávamos a tempo.”
Questão correta.
Questão incorreta.
reouvéssemos...
Gabarito letra E.
==0==
2. (TJ-RS/ 2020)
A frase em que a substituição do segmento sublinhado por um particípio de valor equivalente foi
feita de forma adequada é:
a) O terreno que está sob as águas do rio / submetido às;
b) Um edifício que está sobre duas rochas / construído;
c) Os restos que estão na lata do lixo / acolhidos;
d) O estado que está entre Amazonas e Maranhão / posto;
e) Um carro que está na garagem / paralisado.
Comentários:
Vejamos cada uma das alternativas:
a) INCORRETO. O que está sob as águas está SUBMERSO.
b) CORRETO. O edifício que está sobre as rochas foi CONSTRUÍDO.
c) INCORRETO. Os restos que estão da lata do lixo estão GUARDADOS / COLOCADOS.
3. (IPHAN / 2018)
Os senhores poucos, e os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e
nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e
prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos
adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoute, como
estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás como imagens
vilíssimas da servidão, e espetáculos da extrema miséria.
A forma verbal “nadando” exprime um evento com duração no tempo.
==0==
Comentários:
Sim. O gerúndio exprime justamente a ação em seu aspecto durativo, contínuo, indica que o
verbo é visto como uma ação/evento/processo em progresso, em andamento. Questão correta.
4. (MPE PI / 2018)
Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de
correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada.
Os sentidos do texto seriam alterados caso o trecho “estar a se corresponder” (l.2-3) fosse assim
reescrito: estar se correspondendo.
Comentários:
Não seriam. São formas equivalentes: a+infinitivo equivale à forma de gerúndio.
Estou a cantar=Estou cantando. No português brasileiro, contudo, a forma realmente utilizada é
o gerúndio. Questão incorreta.
==0==
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto CG1A1-II, a forma verbal “há”
(1º parágrafo) poderia ser substituída por
a) existe. b) ocorre. c) têm. d) tem. e) existem.
Comentários:
Há exceções = Existem exceções. O verbo haver fica no singular, por ser impessoal. Existir faz
concordância normal com o sujeito Exceções.
Gabarito letra E.
2. (CGE-CE / 2019)
No texto CB1A1-I, poderia ser substituído por havia o verbo ter empregado em
a) “Não tinha mais que vinte casas mortas” (L. 1).
b) “Algumas construções nem sequer tinham telhado” (L. 2 e 3).
c) “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3 e 4).
d) “Em Juazeiro tinha gente” (L. 9).
e) “Não tinha tanto dinheiro para comer” (L. 23).
Comentários:
Em “Em Juazeiro tinha gente”, o verbo “ter” é impessoal, com sentido de existir: havia
gente/existia gente.
Nas demais hipóteses, o “ter” tem sentido de posse, então não caberia a substituição por
“haver”.
Na letra A, embora haja sentido de posse, entendo que não haveria nenhum problema em usar o
verbo haver: Não havia (existiam) mais que vinte casas mortas. Esse, contudo, não é o melhor
gabarito e a banca deve considerar a letra D.
Gabarito letra D.
correta é “notória”, concordando com “impressão”, palavra feminina. Além disso, “faz” deveria
estar no plural, concordando com “passos”. Questão incorreta.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (PRF / 2019)
Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em razão de atividades
do trabalho humano.
Seriam mantidos os sentidos do texto caso o primeiro período do segundo parágrafo fosse assim reescrito:
Quando prestamos atenção a nossa volta, percebemos que quase tudo que vemos existe pelas atividades
do trabalho humano.
Comentários:
Na redação original, temos uma clássica correlação verbal de estrutura condicional:
Se prestarmos atenção, perceberemos.
Então, temos uma hipótese, uma suposição, seguida de um possível efeito decorrente dessa condição.
Na reescritura, a banca usou a conjunção temporal “quando” e o verbo no presente: “percebemos”, o que
embora tenha uma ideia geral semelhante, expressa algo concreto no tempo, algo visto como mais certo.
Portanto, há mudança de sentido.
Questão incorreta.
2. (SEFAZ-RS / 2019)
Por outro lado, se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia, os custos desse setor
diminuiriam, o que possibilitaria a queda dos preços de seus produtos e poderia gerar um crescimento das
vendas. Outro efeito viável dessa política seria o aumento do lucro das empresas, favorecendo-se, assim, a
elevação dos seus investimentos — e, consequentemente, da produção — e o surgimento de novas
empresas, o que provavelmente resultaria no crescimento da produção, bem como no acirramento da
concorrência, com possíveis reflexos sobre os preços. Em qualquer um desses cenários, o setor seria
estimulado.
A correção gramatical e os sentidos do texto 1A3-I seriam preservados caso o fragmento “favorecendo-se,
assim, a elevação dos seus investimentos” fosse reescrito da seguinte forma: que favorecerá, assim, a
elevação dos seus investimentos
Comentários:
Incorreto. O verbo no futuro causa problema de correlação verbal, temos uma hipótese no pretérito, o verbo
fica: “favoreceria”.
Questão incorreta.
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d) À medida que as emoções iam tomando conta de mim, maior a inibição que me impedia a fala.
e) Pior ataque costumava ser o da infância, quando esta se imporia a mim de modo súbito e intenso.
Comentários:
Não há erro algum na correlação empregada em:
À medida que as emoções iam tomando conta de mim, maior a inibição que me impedia a fala.
Há dois verbos no pretérito imperfeito, indicando uma realidade passada vista como habitual e contínua.
Façamos ajustes nas demais, sempre aplicando as correlações básicas:
a) Caso envelhecêssemos por inteiro, não HAVERÍAMOS de frequentar sensações já vividas.
b) Alguém já terá notado que o que vivemos não PODERÁ retornar senão com o auxílio da nossa imaginação.
c) Se meus olhos não estivessem úmidos, eu não HAVERIA como me dar conta da força daquela emoção.
e) Pior ataque costumava ser o da infância, quando esta se IMPUNHA a mim de modo súbito e intenso.
Gabarito letra D.
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ao longo da vida.
e) Se nos lembrássemos sempre do valor de uma amizade verdadeira, HAVERÍAMOS de estabelecer um maior
controle sobre as desavenças.
Gabarito letra C.
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Comentários:
“Teremos conquistado” é forma de futuro do presente composto e indica que ação estará concluída no
momento futuro sugerido.
Trazendo para um exemplo mais simples, compare:
Às 21h, jantarei (começarei a comer).
Às 21h, terei jantado (já terei terminado de comer).
Então, “teremos conquistados” indica que a ação de conquistar já estará completa, perfeitamente concluída.
“Conquistaremos” não tem esse sentido, apenas indica a ação como algo que ocorrerá no futuro, sem esse
valor de ação “já concluída” naquele momento.
Questão incorreta.
7. (SEFAZ-GO / 2018)
==0==
A frase escrita com clareza e correção, no que se refere ao emprego das formas verbais, é:
a) Tendo em vista ser este um projeto piloto, aqueles que se oporem ao novo sistema de arrecadação seriam
convidados a manifestar suas críticas através de diferentes canais, como internet, telefone, além de debates
com as lideranças.
b) Os crimes de sonegação, que vêm persistindo a despeito do arrefecimento da fiscalização, atentam contra
os cofres públicos e promovem a concorrência desleal, prejudicando o trabalhador honesto.
c) Será vedada a autorização para a aquisição de matéria-prima ao contribuinte que não estivesse regular
com o pagamento dos impostos na forma e no prazo que se estabeleceu na legislação tributária.
d) Para participar da licitação, a empresa deverá possuir tecnologias gráficas de segurança que
correspondesse às especificações do edital, além de obter todas as autorizações para operação no estado.
e) Apenas depois que efetuasse o pagamento de todos os impostos e que mantivesse regularizada sua
situação junto aos órgãos responsáveis é que as lojas estão aptas a abrir suas portas ao consumidor.
Comentários:
Vejamos:
a) Tendo em vista ser este um projeto piloto, aqueles que se OPUSEREM ao novo sistema de arrecadação
SERÃO convidados a manifestar suas críticas através de diferentes canais, como internet, telefone, além de
debates com as lideranças.
Na redação original, há problema de correlação verbal. Aplicando a correlação básica: “Se eu puder, farei”,
teremos: OPUSEREM/SERÃO
b) Os crimes de sonegação, que vêm persistindo a despeito do arrefecimento da fiscalização, atentam contra
os cofres públicos e promovem a concorrência desleal, prejudicando o trabalhador honesto. CORRETA.
c) SERÁ vedada a autorização para a aquisição de matéria-prima ao contribuinte que não ESTIVER regular
com o pagamento dos impostos na forma e no prazo que se estabeleceram (forma e prazo foram
estabelecidos) na legislação tributária.
Na redação original, há problema de correlação verbal. Aplicando a correlação básica: “Se eu puder, farei”,
teremos: ESTIVER/SERÁ
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d) Para participar da licitação, a empresa deverá possuir tecnologias gráficas de segurança que correspondA
às especificações do edital, além de obter todas as autorizações para operação no estado.
Na redação original, há problema de correlação verbal. Aplicando a correlação básica: “Caso eu possA, farei”,
teremos: CORRESPONDA/DEVERÁ
e) Apenas depois que efetuaSSEM o pagamento de todos os impostos e que mantivesse regularizada sua
situação junto aos órgãos responsáveis é que as lojas ESTARIAM aptas a abrir suas portas ao consumidor.
Na redação original, há problema de concordância e de correlação verbal. Aplicando a correlação básica: “Se
eu PUDESSE, FARIA”, teremos: EFETUASSEM/SERIA.
Gabarito letra B.
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b) “Eu não posso dizer se livros me trazem mais perto das coisas ou me distanciam delas.”
c) “Um clássico é algo que todos queriam ter lido, mas ninguém quer ler.”
d) “Cada dia que surge constitui uma nova vida para quem sabe viver.”
e) “Deixe entrar a vida pela janela aberta que se abre para o quintal.”
Comentários:
Nas locuções verbais, temos um verbo auxiliar + verbo principal em forma nominal (infinitivo,
gerúndio ou particípio). O verbo auxiliar e o principal têm o mesmo sujeito, por isso, o verbo
auxiliar se flexiona para concordar com esse sujeito. Por essa razão, formam uma única oração.
Na letra E, temos dois verbos, mas eles não formam locução verbal, pois o sujeito não é o
mesmo! Observe:
(você) Deixe (a vida) entrar.
O sujeito de “entrar” é “a vida”, portanto, não é o mesmo sujeito de “deixe”. Nesse caso, temos
duas orações independentes, não temos locução verbal. Nas outras, os dois verbos (principal e
auxiliar) se referem ao mesmo sujeito.
Esse tipo de construção ocorre com os verbos causativos (mandar, deixar, fazer) e sensitivos (ver,
ouvir, sentir). O objeto direto desses verbos vai vir na forma de uma oração, com sujeito próprio.
Atenção a esses verbos!!
Gabarito letra E.
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2. (SEFAZ-DF / 2020)
Sem prejuízo da correção gramatical e da coerência do texto, o período “Sustentabilidade é vista
como uma abordagem de negócios para criar valor a longo prazo, levando-se em conta como
uma companhia opera nos ambientes ecológico, social e econômico.” (2º parágrafo) poderia ser
reescrito da seguinte forma: Vê-se sustentabilidade como uma abordagem de negócios para criar
valor a longo prazo, considerando-se como uma companhia opera no ambiente ecológico, no
social e no econômico.
Comentários:
A reescrita em questão apresenta três alterações que preservam a correção gramatical e a
coerência do texto. Na primeira alteração, nota-se a substituição de uma construção na voz
passiva analítica (“Sustentabilidade é vista”) pela forma sintética (“Vê-se sustentabilidade”). Em
seguida, o trecho “levando-se em conta” foi substituído por “considerando-se”. Uma das
acepções do verbo considerar é justamente “ter ou levar em conta; tomar em consideração;
atentar para”. Por fim, houve a substituição do trecho “nos ambientes ecológico, social e
econômico” por “no ambiente ecológico, no social e no econômico”. Neste caso, passou-se o
substantivo “ambientes” para o singular, e tal termo está elidido nos demais membros da
coordenação (no ambiente ecológico, no [ambiente] social e no [ambiente] econômico).
Questão correta.
3. (IBGE / 2020)
A frase “Foi observada a criação de uma nova empresa” está escrita na voz passiva com o verbo
SER; se transformássemos essa frase para a voz ativa, a forma correta seria:
a) Observou-se a criação de uma nova empresa;
b) Observa-se a criação de uma nova empresa;
c) Criou-se uma nova empresa;
d) A criação de uma nova empresa foi observada;
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4. (AFAP / 2019)
Há emprego de voz passiva e adequada articulação entre tempos e modos verbais na frase:
a) Não lhe havendo estendido os deuses outra pena, o autor teria de amargar a condição de
pedagogo.
b) Se quisesse se valer de sua condição de professor, o escritor poderá ter aproveitado seu
convívio com os jovens.
c) Caso fosse dada ao professor a oportunidade da criação literária, proveitoso material é que
não lhe faltaria.
d) Uma vez que lhe coubesse aproveitar melhor a companhia dos jovens, o autor terá sabido
convertê-la em ficção.
e) Havendo desprezado o ódio dos deuses, ao professor coubera redimir-se de algum modo no
exercício desse ofício.
Comentários:
Está perfeita a correlação em: Caso fosse dada ao professor a oportunidade da criação literária,
proveitoso material é que não lhe faltaria.
Observe que segue a correlação básica: Se eu pudeSSE, faRIA.
Cuidado, nas letras A e E, não há qualquer erro, apenas não há voz passiva.
Fazendo ajustes nas demais:
b) Se QUISESSE se valer de sua condição de professor, o escritor PODERIA ter aproveitado seu
convívio com os jovens.
d) Uma vez que lhe coubesse aproveitar melhor a companhia dos jovens, o autor TERIA sabido
convertê-la em ficção.
Observe NOVAMENTE que segueM a correlação básica: Se eu pudeSSE, faRIA.
Gabarito letra C.
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6. (BANRISUL / 2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande.
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato. Através dessas atividades,
consolidaram um mercado interno e desenvolveram a camada média da população. E, embora o
poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores das estâncias e charqueadas, o poder
econômico dos imigrantes foi, aos poucos, se consolidando.
Julgue o item a seguir.
Configura-se como agente da voz passiva o termo pelos grandes senhores.
Comentários:
Em voz ativa, teríamos: os grandes senhores detivessem o poder político. Vejam que o sujeito é
“os grandes senhores”, então este termo passa a ser agente da passiva na conversão.
Questão correta.
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A conversão é perfeita em: a vida não consumiu, pois temos sentença em voz ativa, com sujeito
(a vida) e verbo transitivo direto (consumir); na voz passiva correspondente, esse sujeito (a vida) é
o agente da passiva: consumido “pela vida”.
Na letra B, não cabe transposição, o verbo “ser” é de ligação.
Na letra C, as duas sentenças estão em voz passiva. A primeira está em voz passiva sintética e a
segunda em voz passiva analítica, então não houve conversão. O enunciado pede “outra voz
verbal”.
Na letra D, “tomar posse” não equivale a “possuir”.
Na letra E, o auxiliar foi modificado e as duas vozes continuam sendo passivas.
Gabarito letra A.
9. (BANRISUL / 2019)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
Durante a história observa-se fatores distintos que conduzem a humanidade a sentimentos
diversos, em cujos há enorme diversidade de propósitos.
Comentários:
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2. (PGE-PE / 2019)
Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram
simultaneamente.
A coerência e a correção gramatical do texto seriam preservadas se a forma verbal “mudaram”
fosse substituída por mudam.
3. (PGE-PE / 2019)
Nesse contexto, a Lei Maria da Penha teria o papel de assegurar o reconhecimento das mulheres
em situação de violências (incluída a psicológica) pelo direito; afinal, é constatando as obrigações
que temos diante do direito alheio que chegamos a uma compreensão de cada um(a) de nós
como sujeitos de direitos.
A substituição da forma verbal “teria” (L.1) por tem manteria tanto a correção gramatical quanto
a coerência do texto.
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6. (EMAP / 2018)
O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e tange. Se
a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer pessoa normal responderia “Bem,
obrigado!” — com o Juca a coisa não era assim tão simples.
Na linha 4, caso a forma verbal “era” fosse substituída por seria, a respectiva afirmação sobre o
comportamento de Juca seria mais categórica que a que se verifica no texto.
7. (IHBDF / 2018)
Nasci no Brás, durante a Segunda Guerra. Da rua em que morávamos até a Praça da Sé, são vinte
minutos de caminhada.
Infere-se do emprego da forma verbal “morávamos” que o narrador fornece uma informação
sobre si próprio e sua família.
8. (IHBDF / 2018)
Quando estava com sete anos, acordei com os olhos inchados, e meu pai me levou ao pediatra.
Ao voltarmos, o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de borracha na porta da fábrica em
frente parou e a molecada correu até nós.
Queriam saber se era verdade que os médicos davam injeções enormes na bunda das crianças.
Depreende-se do emprego da forma verbal “jogávamos” que o narrador, ao retornar do pediatra
para casa, juntou-se a colegas para jogar futebol.
9. (IHBDF / 2018)
Tentar deter o mar era inútil. Também não havia como fazer um molde da areia, mesmo que ele
tivesse tempo para isso, coisa que ele não tinha. Talvez conseguisse correr até em casa para
buscar sua câmera.
Os sentidos originais do trecho “Tentar deter o mar era inútil” seriam mantidos caso a forma
verbal “era” fosse substituída por seria.
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Considerando-se o uso linguístico nos segmentos, no contexto em que ocorrem no texto, está
correto o que se afirma em:
a) A reescrita de embora se reconheça à música o privilégio de exprimir a alma (3º parágrafo) com
o verbo na voz passiva analítica deve conter a forma seja reconhecida.
b) Ao substituir-se a conjunção em Esta diferença é compreensível se pensarmos (4º parágrafo)
por caso, o verbo pensar deve assumir a forma do presente do modo subjuntivo.
c) A forma verbal destacada em Zeus teria designado (1º parágrafo) pode ser substituída pelo
pretérito imperfeito do subjuntivo sem prejuízo da correção gramatical.
d) A substituição da forma verbal em o governo do mundo coincide assim com uma harmonia
precisa imensurável (1º parágrafo) por ajusta-se exige a substituição do elemento sublinhado por
à.
e) O sentido mantém-se inalterado caso se substitua o segmento sublinhado em de cuja goela
saiu [...] o mundo (1º parágrafo) por em cuja goela imergiu.
==0==
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GABARITO
6. INCORRETA 11 14
INCORRETA INCORRETA
. .
7. CORRETA
1. CORRETA 12 15
8. INCORRETA INCORRETA LETRA E
2. CORRETA . .
9. CORRETA
3. CORRETA 13 16
INCORRETA INCORRETA
10 . .
4. LETRA C LETRA B
.
5. LETRA B
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GABARITO
1. INCORRETA
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2. (TJ-RS/ 2020)
A frase em que a substituição do segmento sublinhado por um particípio de valor equivalente foi
feita de forma adequada é:
a) O terreno que está sob as águas do rio / submetido às;
b) Um edifício que está sobre duas rochas / construído;
c) Os restos que estão na lata do lixo / acolhidos;
d) O estado que está entre Amazonas e Maranhão / posto;
e) Um carro que está na garagem / paralisado.
3. (IPHAN / 2018)
Os senhores poucos, e os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e
nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e
prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos
adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoute, como
estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás como imagens
vilíssimas da servidão, e espetáculos da extrema miséria.
A forma verbal “nadando” exprime um evento com duração no tempo.
4. (MPE PI / 2018)
Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de
correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada.
Os sentidos do texto seriam alterados caso o trecho “estar a se corresponder” (l.2-3) fosse assim
reescrito: estar se correspondendo.
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GABARITO
1. LETRA C
2. LETRA B
3. CORRETA
4. INCORRETA
==0==
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vem elíptico por antecipação; essa construção é inadequada, visto que os verbos têm distintas
regências.
GABARITO
1. INCORRETA
2. CORRETA
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==0==
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto CG1A1-II, a forma verbal “há”
(1º parágrafo) poderia ser substituída por
a) existe. b) ocorre. c) têm. d) tem. e) existem.
2. (CGE-CE / 2019)
No texto CB1A1-I, poderia ser substituído por havia o verbo ter empregado em
a) “Não tinha mais que vinte casas mortas” (L. 1).
b) “Algumas construções nem sequer tinham telhado” (L. 2 e 3).
c) “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3 e 4).
d) “Em Juazeiro tinha gente” (L. 9).
e) “Não tinha tanto dinheiro para comer” (L. 23).
GABARITO
1. LETRA E
2. LETRA D
3. INCORRETA
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GABARITO
1. INCORRETA
==0==
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GABARITO
1. INCORRETA
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2. (SEFAZ-RS / 2019)
Por outro lado, se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia, os custos
desse setor diminuiriam, o que possibilitaria a queda dos preços de seus produtos e poderia
gerar um crescimento das vendas. Outro efeito viável dessa política seria o aumento do lucro das
empresas, favorecendo-se, assim, a elevação dos seus investimentos — e, consequentemente, da
produção — e o surgimento de novas empresas, o que provavelmente resultaria no crescimento
da produção, bem como no acirramento da concorrência, com possíveis reflexos sobre os preços.
Em qualquer um desses cenários, o setor seria estimulado.
A correção gramatical e os sentidos do texto 1A3-I seriam preservados caso o fragmento
“favorecendo-se, assim, a elevação dos seus investimentos” fosse reescrito da seguinte forma:
que favorecerá, assim, a elevação dos seus investimentos.
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c) Muitas desavenças sérias haverão de surgir quando velhos amigos forem levados a confrontar
suas antagônicas posições políticas.
d) Não deveriam jamais ter enfraquecido uma verdadeira amizade aquelas dissensões que vierem
a ocorrer ao longo da vida.
e) Se nos lembrássemos sempre do valor de uma amizade verdadeira, houvéssemos de
estabelecer um maior controle sobre as desavenças.
b) Uma vez que se infrinja os critérios da necessidade humana, o direito à propriedade poderia se
mostrar abusivo.
c) Sempre terão havido aqueles ambiciosos para os quais não contarão os limites de propriedade
a serem observados.
d) Os espaços que venham a ser propriedade do meu corpo deverão corresponder plenamente a
necessidades minhas.
e) Poderão acorrer aos bebedouros qualquer pássaro, desde que não houvesse a tomada de
posse por um deles.
7. (SEFAZ-GO / 2018)
A frase escrita com clareza e correção, no que se refere ao emprego das formas verbais, é:
a) Tendo em vista ser este um projeto piloto, aqueles que se oporem ao novo sistema de
arrecadação seriam convidados a manifestar suas críticas através de diferentes canais, como
internet, telefone, além de debates com as lideranças.
b) Os crimes de sonegação, que vêm persistindo a despeito do arrefecimento da fiscalização,
atentam contra os cofres públicos e promovem a concorrência desleal, prejudicando o
trabalhador honesto.
c) Será vedada a autorização para a aquisição de matéria-prima ao contribuinte que não estivesse
regular com o pagamento dos impostos na forma e no prazo que se estabeleceu na legislação
tributária.
d) Para participar da licitação, a empresa deverá possuir tecnologias gráficas de segurança que
correspondesse às especificações do edital, além de obter todas as autorizações para operação
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no estado.
e) Apenas depois que efetuasse o pagamento de todos os impostos e que mantivesse
regularizada sua situação junto aos órgãos responsáveis é que as lojas estão aptas a abrir suas
portas ao consumidor.
GABARITO
1. INCORRETA
2. INCORRETA
3. LETRA D
4. LETRA C
5. LETRA D
6. INCORRETA
7. LETRA B
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b) “Eu não posso dizer se livros me trazem mais perto das coisas ou me distanciam delas.”
c) “Um clássico é algo que todos queriam ter lido, mas ninguém quer ler.”
d) “Cada dia que surge constitui uma nova vida para quem sabe viver.”
==0==
e) “Deixe entrar a vida pela janela aberta que se abre para o quintal.”
GABARITO
1. LETRA E
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2. (SEFAZ-DF / 2020)
Sem prejuízo da correção gramatical e da coerência do texto, o período “Sustentabilidade é vista
como uma abordagem de negócios para criar valor a longo prazo, levando-se em conta como
uma companhia opera nos ambientes ecológico, social e econômico.” (2º parágrafo) poderia ser
reescrito da seguinte forma: Vê-se sustentabilidade como uma abordagem de negócios para criar
valor a longo prazo, considerando-se como uma companhia opera no ambiente ecológico, no
social e no econômico.
3. (IBGE / 2020)
A frase “Foi observada a criação de uma nova empresa” está escrita na voz passiva com o verbo
SER; se transformássemos essa frase para a voz ativa, a forma correta seria:
a) Observou-se a criação de uma nova empresa;
b) Observa-se a criação de uma nova empresa;
c) Criou-se uma nova empresa;
d) A criação de uma nova empresa foi observada;
e) Observaram a criação de uma nova empresa.
4. (AFAP / 2019)
Há emprego de voz passiva e adequada articulação entre tempos e modos verbais na frase:
a) Não lhe havendo estendido os deuses outra pena, o autor teria de amargar a condição de
pedagogo.
b) Se quisesse se valer de sua condição de professor, o escritor poderá ter aproveitado seu
convívio com os jovens.
c) Caso fosse dada ao professor a oportunidade da criação literária, proveitoso material é que
não lhe faltaria.
d) Uma vez que lhe coubesse aproveitar melhor a companhia dos jovens, o autor terá sabido
convertê-la em ficção.
e) Havendo desprezado o ódio dos deuses, ao professor coubera redimir-se de algum modo no
exercício desse ofício.
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6. (BANRISUL / 2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande.
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato. Através dessas atividades,
consolidaram um mercado interno e desenvolveram a camada média da população. E, embora o
poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores das estâncias e charqueadas, o poder
econômico dos imigrantes foi, aos poucos, se consolidando.
Julgue o item a seguir.
Configura-se como agente da voz passiva o termo pelos grandes senhores.
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9. (BANRISUL / 2019)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
Durante a história observa-se fatores distintos que conduzem a humanidade a sentimentos
diversos, em cujos há enorme diversidade de propósitos.
Durante o período do Estado Novo (1937-1945), no governo de Getúlio Vargas, foram adotados
dispositivos legais para fortalecer a família numerosa, por meio de diversas medidas...
A substituição de “foram adotados” por adotou-se preservaria a correção e o sentido do texto.
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GABARITO
4. LETRA C 9. INCORRETA 12
LETRA B
.
5. LETRA A 10
1. CORRETA INCORRETA
. 13
6. CORRETA LETRA C
2. CORRETA .
11
7. LETRA A INCORRETA
3. LETRA E .
8. LETRA C
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