TEXTO DE APOIO de Fisica 9a OPTICA GEOMETRICA

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Texto de Apoio de Física - 9ª classe

Óptica Geométrica
Óptica é o ramo da Física que se estuda os fenómenos causados pela acção da luz.
Ela divide-se em Óptica Física ou ondulatória e Óptica Geométrica.
Óptica Física ou ondulatória estuda a propagação da luz sob a forma de onda.
Óptica Geométrica estuda fenómenos luminosos baseando se apenas na sua propagação rectilínea e as leis da
reflexão e refracção.
Fontes de luz. Corpos luminosos e iluminados
Luz é a parte visível da radiação electromagnética
Fonte da luz é todo o corpo capaz de emitir a luz, independentemente se esta luz é própria ou apenas
reflectida.
Exemplo: O sol, a lua, o espelho, a parede, a lâmpada, etc
As fontes de luz dividem-se em dois tipos:
Fontes Primárias ou Corpos Luminosos
São aqueles que têm a capacidade de emitir luz própria, produzida por elas.
Exemplo: o sol, a chama da vela, lâmpada acesa.
Fontes Secundárias ou Corpos Iluminados são aqueles que não têm a capacidade de emitir luz própria,
mas conseguem reflectir a luz que recebem, originária de outra fonte.
Exemplo: a lua, o espelho, os reflectores nas estradas, uma parede, uma lâmpada apagada.
Por sua vez os corpos iluminados classificam-se em:
a) Corpos Transparentes são os que deixam atravessar pela luz, permitindo visualizar com nitidez os
objectos por de trás deles.
Exemplo: o vidro comum, o ar, etc,
b) Corpos Translúcidos são os que se deixam atravessar parcialmente pela luz, não permitindo visualizar
com nitidez os objectos por detrás deles.
Exemplo vidro fosco, o fumo, etc.
c) Corpos Opacos são os que não se deixam atravessar pela luz, não permitindo visualizar os objectos que
estão por trás deles.
Exemplo: uma madeira, uma parede, etc.

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Consequências da Propagação Rectilínea da Luz


As consequências da propagação rectilínea da luz são a formação de sombra, penumbra e eclipse.
 Sombra é a região do espaço com ausência total da luz. Essa região fica por de traz do objecto, quando a
sua frente tiver uma fonte de luz.
 Penumbra é a região do espaço onde a luz chega parcialmente, ou seja, é a região intermédia entre a
sombra e a luz.

Eclipse é um fenómeno que ocorre quando um astro se interpõe entre o sol e um ouro astro.
O eclipse é um fenómeno que envolve o Sol, a Lua e a Terra, podendo se manifestar de duas formas: Eclipse
solar e eclipse lunar.
Eclipse Solar: ocorre quando a lua se interpõe entre o sol e a Terra, impendido que a luz do Sol chegue a
Terra.

Eclipse Lunar: ocorre quando a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua, impedindo com que a luz do Sol
chegue a Lua.

Reflexão da luz
Reflexão de luz é o retorno da luz para o meio donde provém ao atingir uma superfície reflectora; ou seja,
Reflexão é o fenómeno luminoso em que um feixe de luz incidente sobre uma superfície polida muda de
sentido, voltando ao meio da sua propagação inicial.
A Reflexão da luz pode ser classificada em:
 Reflexão Difusa ocorre quando o feixe luminoso paralelo incide numa superfície irregular (não polida).

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Ex: Folha de papel


Neste caso os raios do feixe reflectido espalham-se tomando direcções diferentes como mostra a figura
abaixo.
 Reflexão Regular ocorre quando um feixe paralelo incidir numa superfície regular (polida). Ex:
Espelho.
Neste caso os raios do feixe luminoso reflectido tomam a mesma direcção e de forma paralela.

Leis de Reflexão
A reflexão obedece as seguintes leis:
1ª lei: O raio incidente i, a normal N, o ponto de incidência B e o raio reflectido r estão no mesmo plano.
2ª lei: O ângulo de incidência ̂ é igual ao ângulo de reflexão ̂ ( ̂ ̂ ).

AB = raio de luz incidente; BC = raio de luz reflectido; N = recta normal à superfície no ponto B
T = recta tangente à superfície no ponto B; i = ângulo de incidência, formado entre o raio incidente e a recta
normal; r = ângulo reflectido, formado entre o raio reflectido e a recta normal.

Imagens produzidas por espelhos planos e suas características


Conceitos básicos
Espelho é um instrumento óptico, geralmente de vidro, com uma superfície lisa e polida, que forma imagens
mediante a reflexão dos raios de luz.
Estes classificam-se em espelhos planos e curvos.
Espelho Plano é qualquer superfície lisa e plana que tem a capacidade de reflectir regularmente a luz; ou
seja, espelho plano é aquele em que a superfície de reflexão é totalmente plana.
Imagem é a representação virtual de um objecto.

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Produção de imagens em espelhos Planos


Para a construção de imagens em espelhos planos consideremos as leis da reflexão bastando imaginar que o
observador vê um objecto que parece estar atrás do espelho, isto ocorre devido o prolongamento do raio
reflectido passa por um ponto imagem virtual (PIV), "atrás" do espelho.
Com isso, a projecção da imagem de um ponto P situando em frente do espelho plano pode ser representada
da seguinte maneira:

Características da imagem produzidas por espelhos planos quanto:


 A natureza: a imagem é virtual (forma-se atrás do espelho);
 A orientação: a imagem é directa (não se inverte);
 Ao tamanho: a imagem é igual ao objecto;
 A posição: a imagem forma-se à mesma distância do espelho ao objecto.
Associação de dois espelhos planos
Dois espelhos planos podem ser associados, com as superfícies reflectoras se defrontando e formando um
ângulo entre si, com valores entre 0° e 180°. Neste caso, consiste em formar n imagens a partir de um
objecto.
Para se calcular o número de imagens que serão vistas na associação usa-se a fórmula:

Sendo o ângulo formado entre os espelhos e n o número de imagens obtidas.

Geometricamente, pode ser representada da seguinte maneira:

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Espelhos Curvos
Espelho curvo é aquele em que a sua superfície reflectora é lisa e curva.
Os espelhos curvos ou esféricos podem ser classificados em côncavos e convexos.
Ex: A colher de sopa apresenta duas superfícies espelhadas.

Espelho Côncavo são aqueles cuja parte reflectora está virada para o centro da curvatura ou seja, os que a
parte reflectora é interior.
Espelho Convexo são aqueles cuja parte reflectora não está virada para o centro da curvatura ou seja se, os
que a parte reflectora é exterior.

Elementos de um espelho Curvo


a) Vértice (V) é o ponto de intersecção da superfície esférica com o eixo principal.
b) Foco (F) é o ponto médio entre o vértice e o centro da curvatura.
c) Centro da curvatura (C) é o centro da esfera.
d) Distância Focal (f) é a distância do vértice ao foco.

e) Eixo Principal (ou Óptico) é qualquer recto que passa pelo centro de curvatura e por qualquer ponto da
superfície reflectora. Este eixo pode ser chamado de Raio R que é a distância entre o vértice V e o centro
da curvatura C.

Reflexão de raios paralelos, focais e centrais num espelho côncavo


1. Raio Paralelo é aquele que incide paralelamente em relação ao eixo principal e reflecte passando pelo
foco.

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2. Raio Focal é aquele que incide passando pelo foco do espelho e é reflectido paralelamente em relação
ao eixo principal.

3. Raio Central é aquele que incide passando pelo centro da curvatura do espelho e é reflectido na mesma
direcção com sentido contrário.

4. Raio sobre o vértice é que incide no vértice e é reflectido simetricamente.

Construção geométrica de imagens em espelhos côncavos


O processo geométrico de obtenção de imagens em espelhos esféricos consiste na utilização adequada dos
raios luminosos aprendidos na lição anterior. Deste modo a imagem é obtida pela intercepção dos raios
reflectidos (imagem real) ou pelo prolongamento dos raios reflectidos (imagem virtual).
E isto significa que para a obtenção da imagem num espelho côncavo é necessário o uso adequado de dois
tipos de raios ou mais.

a) Se o objecto estiver situado para além do centro de curvatura C.


Características da imagem
Real, invertida, menor que objecto

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Situa-se entre o foco e o centro de curvatura

b) Se o objecto estiver situado no centro de curvatura C.


Características da imagem
Real, invertida, igual ao objecto
Situa-se no centro de curvatura.

c) Se o objecto estiver situado entre o foco e o centro de curvatura C.

Características da imagem
Real, invertida, maior que objecto
Situa-se para além do centro de curvatura.
d) Se o objecto estiver situado no foco

Não há formação de imagem (a imagem forma-se no infinito).

e) Se o objecto estiver situado entre o foco e o vértice

Características da imagem
Virtual, directa, maior que objecto
Situa-se atrás do espelho.
A equação de Gauss e do Aumento linear transversal
onde: f - distância focal; - distância do objecto até o espelho;
- distância da imagem até o espelho; A - aumento linear transversal;
i - tamanho da imagem; o - tamanho do objecto.

Exercícios
1. O que é Óptica Geométrica?
2. O que são fontes de luz?

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3. Dê exemplo de algumas fontes de luz?


4. O que são corpos transparentes?
5. Enuncie as leis de Reflexão.
6. Defina espelho plano.
7. Construa a imagem do objecto dado pelo segmento AB.

8. Calcula o número de imagens “N” formadas dum objecto colocado entre dois espelhos planos, sabendo
que o ângulo de inclinação é de .
9. Quais são os elementos de um espelho curvo?
10. Construa um espelho côncavo e sobre ele trace cada um dos tipos de raio que aprendeste.
11. Nos espelhos côncavos representados abaixo, com ajuda de todo material geométrico recomendado, faça
a construção geométrica das imagens e indique as respectivas características, no seu caderno.

Características da imagem
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

12. Um objecto O de 5cm de comprimento está apoiado no eixo principal de um espelho esférico côncavo de
distância focal 40 cm, a 50 cm do vértice do espelho.
a) Determine a distância da imagem ao vértice espelho.
b) Determina o valor do comprimento da imagem.

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Fenómeno da refracção da luz


O feixe de luz tem a direcção de propagação alterada ao passar do ar para o vidro. A esse fenómeno
chamamos refracção da luz.

Refracção da luz é a mudança de direcção do raio luminoso devido à passagem de um


meio transparente para o outro

Representação geométrica da refracção da luz.

onde: i – raio incidente; r – raio refractado; ̂ – ângulo de incidência; ̂ - ângulo de refracção.


Normal (N) é uma recta perpendicular à superfície no ponto de incidência.

Leis da Refracção
O fenómeno da refracção da luz obedece às seguintes leis:
1ª Lei: O raio incidente, a recta normal, o raio refractado e a superfície de separação entre os dois meios
pertencem ao mesmo plano;

2ª Lei: (Lei de Snell-Descartes): A divisão (quociente) entre o seno do ângulo de incidência o seno do
ângulo de refracção é constante.

̂
̂

Esta lei também pode ser chamada de Lei de Snell-Descartes porque em 1621 foi descoberta pelo
matemático holandês Snell e confirmada em 1638 pelo físico francês Descartes. Mais tarde foi comprovada
que esta relação é igual ao quociente entre o índice de refracção do meio refractor (nR) e o índice de refracção
do meio de incidência (ni) ou mesmo é igual a divisão entre as velocidades da luz nos dois meios.
̂ ou ̂
̂ ̂

Onde: ̂ – ângulo de incidência; ̂ - ângulo de refracção; - índice de refracção do meio refractor e -


índice de refracção do meio de incidência.

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A partir da 2ª lei podemos concluir que:


 O ângulo de incidência ̂ é maior que o ângulo de refracção ̂ quando a luz passa de um meio menos
denso para o meio mais denso.
 O ângulo de incidência ̂ é menor que o ângulo de refracção ̂ quando a luz passa de um meio mais
denso para o meio menos denso.

Índice de Refracção

Índice de Refracção (n) de um meio, é a divisão entre a velocidade da luz no vácuo (c) e a velocidade da luz
(v) no meio refractor.
Onde: n é o índice de refracção; c é a velocidade da luz no vácuo e
v é a velocidade do meio.

Para o caso de ângulo de incidência maior que o ângulo limite, a luz não atravessará o meio de incidência,
sendo assim totalmente reflectido. A este fenómeno chama-se reflexão total

Índices de refracção de alguns meios


Material Índice de refracção (n)
Vácuo 1,00
Ar 1,004
Gelo 1,31
Água 1,33
Álcool 1,36
Vidro 1,5 a 1,9
Quartzo 1,54
Diamante 2,42

Tabela de algumas razões trigonométricas (**)


Ângulo em ° C Sen Ângulo em ° C Sen Ângulo em ° C Sen
0 0,00 35 0,5736 70 0,9397
5 0,0872 40 0,6428 75 0,9659
10 0,1736 45 0,7071 80 0,9848
15 0,2588 50 0,7660 85 0,9962
20 0,342 55 0,8192 90 1,00
25 0,4226 60 0,8660
30 0,50 65 0,9063

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Introdução ao estudo das lentes


Lente é um meio transparente e homogéneo limitado por duas superfícies curvas ou por uma superfície curva
e outra plana.
As lentes podem ser esféricas, cilíndricas, paralelas entre outras. Nesta classe estamos preocupados em
estudar apenas as lentes esféricas.
As lentes esféricas por sua vez classificam-se em:
 Lentes convergentes são aquelas com extremidades finas e que os raios paralelos do feixe luminoso que
neles incidem convergem num ponto.
As lentes convergentes classificam-se em:
a) Biconvexas são lentes limitadas por duas faces convexas (figura 1).
b) Côncavo-convexas são lentes limitadas por duas faces esféricas sendo uma côncava e outra convexa
(figura 2).
c) Plano-convexas são lentes limitadas por duas faces sendo uma plana e outra convexa. (figura 3).

 Lentes divergentes são aquelas, com extremidades grossas, em que os raios paralelos do feixe luminoso
que neles incidem divergem.
a) Bicôncavas são lentes limitadas por duas faces côncavas (figura 4).
b) Convexa-Côncavas são lentes limitadas por duas faces esféricas, sendo uma convexa e outra côncava
(figura 5).
c) Plano-côncavas são lentes limitadas por duas faces sendo uma plana e outra côncava. (figura 6).

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Elementos de uma Lente


Os elementos geométricos principais de uma lente são: O - centro óptico da lente; C- centro da curvatura da
lente; Eixo principal é a recta perpendicular à superfície reflectora e passa pelo centro da curvatura; Eixo
secundário é qualquer linha recta que passa pelo centro óptico da lente; Focos “F” são os pontos do eixo
principal onde convergem os raios refractados depois de incidirem paralelamente ao eixo principal; distância
focal “f” é a distância do foco ao eixo médio da lente; vértice “V”.

Refracção dos raios focal, paralelo e central numa lente biconvexa.


1. Raio paralelo é aquele que incide na lente paralelamente ao eixo óptico principal e refracta-se passando
pelo foco secundário.
2. Raio focal é aquele que incide na lente, passando pelo foco primário e refracta-se paralelamente ao eixo
óptico principal.
3. Raio central é aquele que incide na lente, passando pelo centro óptico O e atravessa a lente sem sofrer
qualquer refracção.
Nota: A imagem fornecida por uma lente pode ser obtida utilizando-se dois dos três raios particulares.

Construção geométrica de imagens dadas por uma lente biconvexa e suas características
a) Se o objecto estiver situado além do centro da curvatura - a imagem será obtida através de um raio
paralelo e outro focal (vide a figura abaixo).

Características da imagem
A imagem é real, invertida, menor que o objecto e forma-se entre foco secundário e centro de curvatura.
b) Se o objecto estiver situado no centro da curvatura - a imagem será obtida através de um raio paralelo e
outro focal (vide a figura abaixo).

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Características da imagem

A imagem é real, invertida, igual ao objecto e forma-se no centro da curvatura.

c) Se o objecto estiver situado no foco - a imagem será obtida através de um raio paralelo e outro central
(vide a figura abaixo).

Características da imagem: A imagem forma-se no infinito (não há formação de imagem).

d) Se o objecto estiver situado entre o foco e o centro óptico "O"- a imagem será obtida através do
prolongamento dos raios refractados, provenientes de um raio incidente paralelo e outro central (vide a
figura abaixo).

Características da imagem
A imagem é virtual, directa, maior que o objecto e forma-se no mesmo lado do objecto.

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Exercícios
1. Defina refracção.
2. Um raio de luz propaga-se no ar (nar = 1,0) e incide numa placa de vidro (nvidro = 1,4), sofrendo
refracção. O ângulo de incidência é 45º. Calcule o ângulo de refracção. (Resp. 30º)
3. O índice de refracção de um material é a razão entre a:
a) densidade do ar e a densidade do material.
b) intensidade da luz no ar e a intensidade da luz no material.
c) frequência da luz no vácuo e a frequência da luz no material.
4. Nas lentes convergentes representadas abaixo, com ajuda de todo material geométrico recomendado,
faça a construção geométrica das imagens e indique as respectivas características, no seu caderno.
a) Quando o objecto esta situado além do centro da curvatura.

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Instrumentos óptico
Os instrumentos ópticos são equipamentos construídos para auxiliar a visualização do que
seria muito difícil ou impossível de enxergar sem eles.
As peças fundamentais que compõem a maioria dos instrumentos ópticos como a lupa,
microscópio e a máquina fotográfica são os espelhos e lentes.
O Microscópio composto
É um instrumento óptico constituído por duas lentes convergentes. A lente mais próxima do
olho chama-se objectiva e a outra, através da qual é observada a imagem ampliada, chama se ocular

O objecto coloca-se próximo do foco da objectiva, que forma uma imagem I1, real e
ampliada, situada entre a ocular e o foco. Depois ela serve como objecto para a ocular, que
fornece uma imagem final I2 virtual e ainda mais ampliada como mostra o esquema ao lado.
Assim sendo significa que se a objectiva amplia 50 vezes o objecto, a ocular provoca um
aumento de 10 vezes, a ampliação total fornecida pelo microscópio será de 5010 500
vezes.

A lupa
lupa é um instrumento óptico munido de uma lente com capacidade de criar imagens
virtuais ampliadas.
É utilizada para observar com mais facilidade pequenos objectos e alguns detalhes ou

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superfícies. Também denominada microscópio simples - é constituída de uma única lente


convergente.
O tamanho da imagem produzida na retina varia com o ângulo α que o objecto ocupa no
campo de visão. Quando aproximamos o objecto do olho, aumentamos este ângulo. Assim aumentamos a
capacidade de observar detalhes do objecto, mas como ele está numa distância
menor que do ponto próximo, o vemos fora de foco, perdendo nitidez.

A máquina fotográfica
É um instrumento óptico constituído por uma câmara escura acoplada a uma lente
convergente, um diafragma, um obturador e um filme fotossensível.
O esquema a baixo, mostra que a imagem criada pela lente convergente da câmara é real,
invertida e reduzida.

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O diafragma é um orifício pequeno criado por um conjunto de lâminas cujo objectivo é


regular a quantidade de luz que entra na câmara escura.
O obturador é uma lâmina opaca que controla o tempo de exposição do filme à luz.

A película sensível (filme fotossensível) é uma camada gelatinosa que contém brometo de
prata. Expondo-o à luz, os raios luminosos refractados pela lente (e criam a imagem dos
objectos) atingem a película em certos locais provocando a decomposição do brometo de
prata e a decomposição de prata no local atingido pelos raios. Contudo, o depósito só é
visível após o filme ser revelado.

Olho humano
O olho humano é um órgão da visão, no qual uma imagem óptica do mundo externo é
produzida e transformada em impulsos nervosos e conduzida ao cérebro.
O olho humano é constituído por uma lente biconvexa, denominada cristalino, situado na
região anterior do globo ocular, no fundo do globo está localizada a retina, que funciona
como um anteparo sensível à luz como ilustra a figura abaixo.

A retina recebe todas as sensações luminosas que são levadas ao cérebro pelo nervo óptico.
Ainda podemos distinguir a córnea, que tem um índice de refracção muito diferente do índice
do ar, pelo que os raios luminosos sofrem uma refracção muito significativa ao atravessá-la.
A íris, ao determinar a abertura da pupila, controla a quantidade de luz que entra no olho.
Quando olhamos para um objecto, o cristalino forma uma imagem real, invertida e menor,

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localizada sobre a retina, permitindo-nos ver nitidamente o objecto.


Essa imagem invertida, formada na retina, é levada para o cérebro, onde passa por processos
com que seja vista pelo ser humano na sua posição directa.

Deficiências do olho humano


Miopia
Diz-se que uma pessoa sofre de miopia quando a imagem do objecto é formada à frente da
retina, não conseguindo focar bem os objectos mais afastados (vide a figura abaixo)

a) Sintomas da Miopia: Ver mal ao longe, piscar os olhos, aproximar-se dos objectos e dores
de cabeça.
b) Correcção da Miopia: Uso de óculos com lentes divergentes de tal maneira que a imagem
se forme mais longe, sobre a retina, em tamanho normal.

Hipermetropia

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Diz-se que uma pessoa sofre de Hipermetropia quando a imagem é formada atrás da retina.
Neste caso os raios luminosos sejam interceptados pela retina antes da formação da imagem
(vide a figura abaixo).

a) Sintomas da Hipermetropia: Fadiga visual, lentidão na leitura, picadas, ardor ou


vermelhidão ocular, dores de cabeça, olhos lacrimejantes quando olha ao perto.
b) Correcção da Hipermetropia: Uso de óculos com lentes convergentes de tal maneiras
que a imagem se formem na retina.
Esta anomalia é característica das pessoas mais idosas, por isso também é conhecida por vista
cansada.
Geralmente com idade as pessoas desenvolvem as duas deficiências ao mesmo tempo, o que
antigamente, as obrigava a usarem dois pares de óculos. Mas com a indústria óptica, através
de lentes bifocais e progressivas, consegue corrigir tanto a miopia como a Hipermetropia
apenas com um par de óculos.

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