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ISSN 2675-6218

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E SEUS IMPACTOS NA EDUCAÇÃO: UMA REVISÃO


SISTEMÁTICA

ARTIFICIAL INTELLIGENCE AND ITS IMPACTS ON EDUCATION: A SYSTEMATIC REVIEW

INTELIGENCIA ARTIFICIAL Y SUS IMPACTOS EM LA EDUCACIÓN: UNA REVISIÓN


SISTEMÁTICA

Keila1

RESUMO

Este estudo analisa o impacto da inteligência artificial (IA) na educação, destacando a


personalização da aprendizagem como um benefício crucial por meio de uma revisão sistemática
de 20 artigos selecionado com rigor em plataformas cientificas. Objetivo deste artigo é destacar a
transformação no processo de ensino e aprendizagem promovida pela IA permitindo a adaptação
do ensino às necessidades individuais dos alunos, desde as primeiras tecnologias educacionais
até as ferramentas atuais de comunicação. No entanto, é importante reconhecer que, apesar de
facilitar o acesso à informação, a demanda a orientação ativa dos educadores para promover uma
compreensão crítica e profunda. Ela replica habilidades humanas, como raciocínio e resolução de
problemas, e suas aplicações, como aprendizagem adaptativa e tutores inteligentes, proporcionam
uma personalização sem precedentes no ensino. É imperativo que os educadores desempenhem
um papel ativo para aprimorar o processo de ensino e aprendizagem, sem substituí-lo. A
personalização da educação, aprimorada pela IA, leva a uma abordagem mais eficaz e
envolvente, beneficiando tanto alunos quanto educadores. É essencial abordar questões éticas e
desafios práticos para maximizar os benefícios dessa revolução educacional. Com uma
colaboração equilibrada entre a inteligência artificial e a orientação humana, podemos criar um
ambiente educacional mais adaptado e eficiente às necessidades individuais de cada aluno.
Conclui-se que o estudo oferece perspectivas valiosas para o avanço da educação na era da IA
destacando a importância de uma abordagem ética e consciente para aproveitar todo o potencial
transformador da IA.

PALAVRAS-CHAVE: Inteligência Artificial. Educação. Personalização.

ABSTRACT

This study analyzes the impact of artificial intelligence (AI) in education, focusing on personalized
learning as a crucial benefit. Through a systematic review of 20 selected scientific articles over two
decades, the results highlight the radical transformation in the teaching and learning process
promoted by AI. AI enables the adaptation of teaching to individual student needs, from early
educational technologies to current communication tools. However, it is important to recognize that,
despite facilitating access to information, AI requires active guidance from educators to promote
critical and deep understanding. It replicates human skills such as reasoning and problem-solving,
and its applications, such as adaptive learning and intelligent tutors, provide unprecedented
personalization in education. It is imperative for educators to play an active role in integrating AI as

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Acadêmica do curso de Ciência da Computação na Universidade do Estado do Amazonas – UEA.

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a support to enhance the teaching and learning process, without replacing it. Personalized
education, enhanced by AI, leads to a more effective and engaging approach, benefiting both
students and educators. However, it is essential to address ethical issues and practical challenges
to maximize the benefits of this educational revolution. With a balanced collaboration between
artificial intelligence and human guidance, we can create an educational environment that is more
tailored and efficient to the individual needs of each student. This study offers valuable insights for
advancing education in the era of AI, highlighting the importance of an ethical and mindful
approach to harnessing the full transformative potential of AI.
KEYWORDS: Artificial Intelligence. Education. Personalization.

RESUMEN

Este estudio analiza el impacto de la inteligencia artificial (IA) en la educación, centrándose en la


personalización del aprendizaje como un beneficio crucial. A través de una revisión sistemática de
20 artículos científicos seleccionados a lo largo de dos décadas, los resultados destacan la
transformación radical en el proceso de enseñanza y aprendizaje promovida por la IA. La IA
permite adaptar la enseñanza a las necesidades individuales de los alumnos, desde las primeras
tecnologías educativas hasta las herramientas actuales de comunicación. Sin embargo, es
importante reconocer que, aunque facilita el acceso a la información, la IA requiere la orientación
activa de los educadores para promover una comprensión crítica y profunda. Replica habilidades
humanas como el razonamiento y la resolución de problemas, y sus aplicaciones, como el
aprendizaje adaptativo y los tutores inteligentes, proporcionan una personalización sin
precedentes en la educación. Es imperativo que los educadores desempeñen un papel activo en la
integración de la IA como apoyo para mejorar el proceso de enseñanza y aprendizaje, sin
reemplazarlo. La personalización de la educación, mejorada por la IA, conduce a un enfoque más
efectivo y atractivo, beneficiando tanto a los alumnos como a los educadores. Sin embargo, es
esencial abordar cuestiones éticas y desafíos prácticos para maximizar los beneficios de esta
revolución educativa. Con una colaboración equilibrada entre la inteligencia artificial y la
orientación humana, podemos crear un entorno educativo más adaptado y eficiente a las
necesidades individuales de cada alumno. Este estudio ofrece perspectivas valiosas para el
avance de la educación en la era de la IA, destacando la importancia de un enfoque ético y
consciente para aprovechar todo el potencial transformador de la IA.
PALABRAS-CLAVE: Inteligencia Artificial. Educación. Personalización.

INTRODUÇÃO

A integração da inteligência artificial (IA) na área educacional está causando uma


mudança profunda no cenário atual. Diante disso, o objetivo geral deste artigo é analisar de
maneira ampla de como IA impacta na prática educacional, considerando suas implicações,
benefícios e desafios.
Esta pesquisa tem como propósito avaliar o impacto da Inteligência Artificial na educação
de forma extensivo, levando em conta os benefícios, desafios e questões éticas envolvidas. Para
alcançar esse objetivo, é necessário dividir o objetivo principal em metas mais específicas.
Primeiramente, pretendemos investigar como a personalização da aprendizagem através da IA
influencia o processo educacional, levando em consideração as diferentes formas e ritmos de

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aprendizado dos alunos. Além disso, queremos analisar o papel das tecnologias de comunicação
na educação contemporânea e examinar os efeitos dessas plataformas na troca de ideias entre
alunos e professores. Por fim, propomos avaliar a eficácia da IA na avaliação e no feedback dos
alunos, considerando seu potencial para melhorar a progressão do aprendizado de forma mais
efetiva.
Com a rápida evolução tecnológica, tornou-se essencial compreender os impactos reais e
potenciais dessa integração para orientar as práticas pedagógicas de maneira mais eficiente. Além
disso, a personalização da aprendizagem oferecida pela IA promete atender às necessidades
individuais dos alunos, proporcionando um ambiente educacional mais inclusivo e adaptado à
diversidade de perfis de aprendizado. Nesse sentido, a investigação dos benefícios e desafios da
IA na educação é crucial para embasar políticas educacionais e práticas de ensino inovadoras.
Entretanto, essa revolução também acarreta questionamentos e desafios cruciais. Surge a
preocupação de que a automação impulsionada pela IA possa redundar na desvalorização do
papel do professor no processo educacional. Além disso, a superficialidade na análise de
informações e a potencial distorção da realidade mediada por plataformas de comunicação digital
são questões que demandam uma abordagem crítica. Dessa forma, torna-se imperativo abordar
tais desafios de forma a promover uma integração equilibrada e ética da IA na educação,
maximizando seus benefícios sem comprometer a qualidade do ensino.

1 INÍCIO DA APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

O progresso das sociedades contemporâneas em direção a sociedades baseadas no


conhecimento é impulsionado pela ampla utilização de tecnologias de informação. Isso resulta em
uma cultura política centrada no conhecimento e em uma perspectiva da realidade influenciada
por esse elemento. Essas inovações tiveram um papel fundamental na transformação do setor
educacional, atuando principalmente como ferramentas para facilitar o acesso à informação. As
pioneiras desse processo de transformação, que compartilham a características mencionada,
formam denominadas tecnologias de primeira geração. Nesse contexto, essas tecnologias eram
controladas pelo professor e empregadas por ele para aprimorar a eficácia seu trabalho
(PARREIRA; LEHMANN; OLIVEIRA;2021).
Em sua fase inicial, essas tecnologias tiveram uma orientação predominante para auxiliar
na apresentação de conhecimento. Seu principal efeito residia em capturar a atenção, ilustrar
ideias de maneira visual e tangível, e enriquecer a diversidade das exposições. Entre os exemplos
estavam a projeção de vídeos e a criação ou acesso a apresentações em formato PowerPoint,
realizadas pelo professor ou obtidas da internet. Dado que a concentração desempenha um papel
crucial na aquisição de conhecimento, a incorporação dessas tecnologias aprimorou o processo
de aprendizagem, especialmente quando o professor combinava seu uso com técnicas de
questionamento, diálogo em grupo e visualização de práticas.

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Outra categoria de tecnologias de primeira geração abrangia aquelas que concediam ao


indivíduo acesso direto à informação, sem depender de intermediários. Isso se manifestava em
sites informativos, anúncios, blogs, podcasts e plataformas similares, que permitiam aos
estudantes localizar a informação desejadas de maneira mais eficaz em comparação aos métodos
tradicionais (PARREIRA; LEHMANN; OLIVEIRA; 2021):
O aluno já não é mais o mesmo e não atua como antes. Ele não lê mais
em material impresso e prefere ler nas telas. Quando solicitado a fazer uma
pesquisa, provavelmente vai utilizar um sistema de busca como o Google ou os
sistemas de acesso às bases de dados digitais (VALENTE, 2018, p. 17).
Essa acessibilidade simplificada impulsionou o processo de aprendizagem e elevou a
independência do estudante, incentivando a absorção de uma ampla gama de perspectivas e a
análise comparativa, o que aprimorou a capacidade crítica e a objetividade. No entanto, o que por
vezes se tornou escasso foi a perspectiva integradora, o respaldo da experiência e a abordagem
dialógica, “uma racionalidade aberta, dialogante com uma realidade que lhe resiste, uma
racionalidade consciente das suas insuficiências” (MORIN, 2012, p. 23).
As tecnologias de comunicação presentemente em utilização (tais como Facebook,
Instagram, WhatsApp, entre outras) facilitam uma constante troca de ideias tanto entre os
estudantes quanto com os professores (LEHMANN; PARREIRA, 2019). Do ângulo educativo,
essas tecnologias têm levado a uma variedade de resultados, alguns benéficos e outros menos
favoráveis, o que os torna merecedores de uma atenção especial.
Valente (2018, p. 19) destaca que essas tecnologias estão desempenhando um papel na
formação de novos padrões de interação, produção e identidade, contribuindo para a formação do
que alguns autores denominaram como cultura digital.
Castells (2002), por sua vez, enfatiza certos traços dessa cultura: comunicação
instantânea, transcendendo as barreiras geográficas; diversificação das formas de comunicação;
adaptabilidade fácil no formato e significado das várias camadas comunicativas; construção de
uma consciência e mentalidade coletiva através do trabalho em rede. Essas plataformas de
suporte ao aprendizado têm impactos positivos: esclarecem dúvidas; proporcionam acesso a
perspectivas divergentes, o que viabiliza uma compreensão mais abrangente dos temas; cultivam
uma disposição para a diversidade e ampliam a visão da realidade (PARREIRA; LEHMANN;
OLIVEIRA; 2021).
Contudo, existem repercussões menos favoráveis associadas à ampla utilização dessas
ferramentas: a velocidade das trocas de informação dificulta a profundidade da análise; o impacto
emocional decorrente da análise superficial distorce a percepção e a avaliação das ideias,
resultando em interpretações distorcidas da realidade (GARFINKLE, 2020); frequentemente, a
motivação se torna volátil, e a distinção entre o essencial e o secundário se torna obscura, ou até
mesmo inexistente (WILCOX; STEPHEN, 2012).
Para equilibrar esses efeitos menos positivos, uma intervenção do professor, baseada em
habilidades interpessoais e estratégicas bem estabelecidas, é recomendada: como habilidades de

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liderança, escuta ativa e um estilo de interação resolutivo (PARREIRA; PESTANA; OLIVEIRA,


2018); uma atitude investigativa (GALEGO, 2018); uma abordagem sistemática de consulta e
análise, mais do que apenas a tradicional docência.

A aplicação consistente e educacionalmente eficaz dessas tecnologias é uma maneira


pela qual o professor pode corresponder às exigências dos processos de aprendizagem
contemporâneos. Além disso, ela pode representar o primeiro passo na preparação do professor
para enfrentar o impacto dos sistemas de inteligência artificial nas atividades educacionais
(PARREIRA; LEHMANN; OLIVEIRA; 2021).

2 INSERÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Ao longo dos anos, a cultura digital passou por uma evolução significativa, dando origem à
emergente presença da inteligência artificial. Essa inteligência artificial representa a capacidade
dos dispositivos eletrônicos de operarem de forma análoga ao pensamento humano, o que inclui a
habilidade de compreender variáveis, tomar decisões e solucionar problemas. Em essência, ela
opera por meio de uma lógica que ecoa o processo de raciocínio humano. Em outras palavras, a
inteligência artificial tem como objetivo desenvolver dispositivos que possam simular a capacidade
humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas - enfim, a habilidade
inerente à inteligência (BARBOSA; PORTES, 2023).
A Inteligência Artificial (IA) é um conceito inerente ao campo da computação, que envolve
a capacidade das máquinas (sejam físicas, softwares ou outros sistemas) de interpretar
informações externas, assimilar conhecimento a partir dessa interpretação e aplicar o aprendizado
adquirido para resolver tarefas específicas e alcançar objetivos predefinidos. Para o criador do
termo, John McCarthy, a definição de Inteligência Artificial é "a ciência e engenharia de criar
sistemas inteligentes. É a habilidade dos dispositivos eletrônicos de operarem de forma que
remete ao pensamento humano." Tais sistemas são essencialmente nutridos por dados,
aprendem com esses dados e se ajustam continuamente com a inclusão de novos dados
(BARBOSA; PORTES, 2023).
Ela representa um progresso tecnológico que capacita sistemas a emular uma forma de
inteligência comparável à humana. Isso transcende a mera programação de instruções
específicas, permitindo a tomada autônoma de decisões fundamentadas em padrões extraídos de
vastos conjuntos de dados. A inteligência Artificial busca conferir às máquinas a capacidade de
pensar à semelhança dos seres humanos, habilitando-as a analisar, raciocinar, aprender e tomar
decisões de maneira lógica e coerente (TAVARES; MEIRA; AMARAL; 2020).
A IA concentra-se principalmente no processamento de dados e imagens, com a
finalidade de conferir a dispositivos e tecnologias uma capacidade mais avançada e a habilidade
de simular competências humanas. Cada facetas do aprendizado ou outra manifestação de
inteligência pode ser definido com precisão tal que uma máquina possa ser desenvolvida para

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replicá-lo. O objetivo original por trás do projeto de criação da IA era que as máquinas realizassem
tarefas que demandavam inteligência, de maneira análoga à ação humana (MINSKY, 1988).
Pode-se afirmar que os desafios iniciais foram superados e que tanto paradigmas simbólicos
quanto conexionistas têm impulsionado uma variedade de campos nas ciências ao longo dos
anos.
Bates (2015) oferece uma definição da inteligência artificial, descrevendo-a como a
representação por meio de software dos processos mentais empregados na aprendizagem
humana. De acordo com Bates, as tentativas de reproduzir o processo de ensino utilizando a
inteligência artificial (IA) tiveram início aproximadamente na década de 1980, primeiramente
concentradas no ensino da aritmética. Não obstante os inúmeros esforços de pesquisa na área de
IA para o ensino nas últimas três décadas, os resultados têm sido insatisfatórios. Demonstra-se
desafiador para as máquinas lidarem com a ampla diversidade de maneiras pelas quais os
estudantes aprendem (ou não conseguem aprender). Somente recentemente, temos
testemunhado avanços mais significativos, exemplificados, por exemplo, pela aprendizagem
adaptativa (TAVARES; MEIRA; AMARAL, 2020).
A integração da Inteligência Artificial na educação gera controvérsias, uma vez que a
aplicação dessa tecnologia tende a substituir atividades humanas. Se essa abordagem for
interpretada de maneira objetiva, pode surgir a ideia de que a máquina pode substituir o papel do
professor. No entanto, é importante destacar que há um grande potencial na utilização da
inteligência artificial como um auxílio para as tarefas de aprendizagem, tanto do ponto de vista do
aluno quanto do ponto de vista dos professores (PARREIRA; LEHMANN; OLIVEIRA; 2021).
Essa integração nos sistemas educacionais oferece a possibilidade de impactar os
processos de ensino e aprendizagem. Dado que essa é uma esfera caracterizada por sua
natureza multi e interdisciplinar, seu desenvolvimento está intrinsecamente ligado aos avanços em
outras áreas. Em um cenário em que a sociedade se torna cada vez mais intrincada e as
mudanças são uma constante, percebe-se que a falta de preparo para lidar com tal complexidade
pode dificultar a navegação em um mundo repleto de informações acessíveis com apenas um
toque (TAVARES; MEIRA; AMARAL, 2020).
Alguns exemplos notáveis de aplicação da IA na educação abrangem a aprendizagem
adaptativa, tutores inteligentes, ferramentas de diagnóstico, sistemas de recomendação,
identificação de estilos de aprendizagem, ambientes virtuais, gamificação e a aplicação de
técnicas de mineração de dados no contexto educacional (TAVARES; MEIRA; AMARAL, 2020).
Diante desses avanços, é evidente que a IA possui o potencial de aprimorar significativamente o
campo educacional, preparando os indivíduos para enfrentar os desafios de um mundo repleto de
informação e mudança constante.

3 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA EDUCAÇÃO

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A incorporação da Inteligência Artificial, assim como qualquer outra tecnologia nas


práticas educativas, não deve ser fundamentada exclusivamente na mera atualidade. O processo
de assimilação do conhecimento é intrinsecamente individual e particular, influenciado pelo
contexto, histórico e vivências únicas de cada indivíduo. Esses contextos podem variar de âmbito
pessoal, social a institucional, abarcando diversas formas de comunicação, e são suscetíveis à
influência da disponibilidade de informações (TAVARES; MEIRA; AMARAL, 2020).
A análise da aplicação da Inteligência Artificial nos procedimentos educacionais requer
uma compreensão abrangente dos currículos, diretrizes e competências em um cenário
interdisciplinar digital. Essa perspectiva abrange pesquisas nas ciências cognitivas que
fundamentam abordagens pedagógicas mediadas por tecnologia digital, incorporando modelos
computacionais de IA e estratégias experimentais provenientes da Psicologia, Neurociência e
Pedagogia. Kant enfatizou a relevância da educação no desenvolvimento humano, sublinhando
como gerações sucessivas se instruem mutuamente. Porém, Lévy (2010) discorda dessa
perspectiva, lançando debates sobre as visões kantianas em relação ao conhecimento e à
tecnologia.
As dimensões de espaço e tempo sofrem redefinição em diversos contextos, ligando-se à
concepção de um "cidadão do mundo". O pensamento humano é moldado tanto pela técnica
quanto pelas tecnologias intelectuais, resultando em uma reconfiguração cognitiva. A chegada da
informática tem desencadeado interações entre informática e pensamento, culminando em
reestruturações cognitivas e parcerias "homem-computador".
A progressão tecnológica influencia diretamente a cognição e a educação, dando origem
a uma nova abordagem de educação mediada pela tecnologia. As interfaces em constante
evolução impactam o ensino, a aprendizagem e a função do educador, que assume o papel de
intermediador e incentivador do processo educativo. A implementação da Inteligência Artificial (IA)
na educação impulsiona mudanças profundas, permitindo processos de ensino e aprendizagem
personalizados e colaborativos. Nesse cenário, emergem portais educacionais apoiados por IA,
que desempenham o papel de agentes pedagógicos e proporcionam a estrutura para a
disseminação de conhecimento e informações personalizadas (LÉVY, 2010).
A presença da IA na educação almeja criar uma abordagem dinâmica, adaptativa e
inclusiva para o ensino, afetando alunos, educadores e administradores. Isso envolve a
implementação de modelos de ensino personalizados e colaborativos, contribuindo para o
aprimoramento global do sistema educacional. A integração da IA no contexto educacional levanta
reflexões acerca da evolução da educação em um ambiente tecnológico em constante mutação
(LÉVY, 2010).
A aplicação da inteligência artificial no âmbito educacional representa um campo de
pesquisa interdisciplinar que une conhecimentos da ciência da computação e das ciências da
aprendizagem. Os objetivos centrais que orientam essa abordagem são duplos: em primeiro lugar,
busca-se desvendar os mecanismos subjacentes e os momentos cruciais nos quais ocorre o

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processo de aprendizagem. Esse entendimento profundo fornece a base necessária para


aprimorar as estratégias pedagógicas, tornando-as mais eficazes e alinhadas com as
necessidades dos alunos (CIEB, 2019).
Em segundo lugar, a integração da inteligência artificial visa catalisar a criação de
ambientes de aprendizagem altamente adaptativos. Esses ambientes são caracterizados por sua
capacidade de personalização, onde o conteúdo, o ritmo e as abordagens de ensino são
moldados de acordo com as características e as necessidades individuais de cada aluno. A
eficácia desse modelo adaptativo é um componente essencial, assegurando que a aprendizagem
seja mais envolvente, relevante e eficiente (CIEB, 2019). Esses objetivos, centrados no
aprimoramento da aprendizagem e na criação de ambientes educacionais adaptativos, ressoam
com as demandas atuais por uma educação de alta qualidade que esteja em sintonia com as
transformações tecnológicas e pedagógicas do século XXI.
Conforme delineado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura (UNESCO), a convergência entre Inteligência Artificial (IA) e educação instaura um
enfoque abrangente que abarca aspectos pedagógicos, estruturais, de acesso, éticos, equitativos
e sustentáveis (Unesco, 2021). Dessa maneira, a subárea da Ciência da Computação conhecida
como Inteligência Artificial aplicada à Educação abrange traços interdisciplinares tanto da IA em si
quanto da Informática na Educação (IE). Vicari (2021, p. 12) destaca, a IA aplicada à Educação
configura-se como um campo de pesquisa de natureza multi e interdisciplinar, pois envolve a
incorporação de tecnologias de IA em sistemas cujo escopo é o processo educativo. Com efeito,
os sistemas educacionais desempenham um papel central como domínio de aplicação e testes
para as tecnologias da IA.
De acordo com Diaz, Moro e Carrión (2015), a perspectiva iminente aponta para a
delimitação da aprendizagem em torno de pilares como mobilidade, interação, inteligência artificial
e recursos tecnológicos fundamentais. Isso destaca a importância premente de explorar essas
tecnologias e estabelecer uma abordagem metodológica interdisciplinar eficaz que assegure
níveis de aprendizagem adequados (Diaz; Moro; Carrión, 2015, p. 45).
Ao utilizar a IA para aprimorar a interatividade e a adaptabilidade desses ambientes, é
possível proporcionar aos estudantes oportunidades únicas de exploração e aprendizado em um
contexto virtual ou aumentado. A combinação da inteligência artificial com essas tecnologias
imersivas oferece um cenário no qual os alunos podem se envolver de maneira mais profunda e
participativa com o conteúdo educacional.

4 IMPACTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA EDUCAÇÃO

Na subárea de realidade virtual aumentada, a partir de novembro de 2022, a empresa


OpenAI lançou publicamente o programa ChatGPT. Como resultado, voltaram a surgir debates
sobre a utilização da IA. É relevante notar que, desta vez, o impacto tem uma base justificável, já
que o programa demonstra de maneira convincente a capacidade de substituir uma habilidade até

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então restrita: a criação de textos bem elaborados, semelhantes aos produzidos por seres
humanos (BARBOSA; PORTES, 2023).
Este avançado sistema de produção de textos em linguagem natural, abrangendo diferentes
idiomas, distingue-se de uma pesquisa no Google ao fornecer respostas fundamentadas em seu
conhecimento prévio e treinamento textual. Por contraste, o ChatGPT opera como um gerador de
textos, enquanto o Google opera como um buscador de informações em tempo real na internet.
Enquanto o ChatGPT se concentra na geração de conteúdo textual, o Google é projetado para
recuperar informações específicas e atualizadas da web (GIRAFFA; KHOLSSANTOS, 2023).
Lo (2023) conduziu uma análise de 50 artigos publicados até 28 de fevereiro de 2023,
utilizando a versão original baseada no GPT-3.5, em contraposição ao GPT-4. Os resultados
indicaram que o ChatGPT possui o potencial de oferecer suporte aos processos educacionais em
campos específicos do conhecimento, onde uma ampla gama de contribuições está disponível. No
entanto, seu desempenho global não atingiu plenamente as expectativas em avaliações de
assuntos mais especializados, nos quais a disponibilidade de dados é limitada. O autor aprofunda
suas preocupações ao ressaltar que o ChatGPT também enfrenta diversas questões inerentes à
sua programação, que não assegura a precisão ou a veracidade dos dados gerados, destacando
a possibilidade de produção de informações incorretas ou falsas, bem como o desafio crítico do
plágio.
Até a versão GPT-3.5, os sistemas de detecção de plágio não eram capazes de avaliar a
originalidade do texto gerado pelo ChatGPT. Essas limitações, sobretudo no contexto do plágio,
motivaram a indústria de software e as pesquisas relacionadas a ela a desenvolver atualizações
nos sistemas, visando abordar essa problemática. As versões mais recentes dessas ferramentas
de identificação de possível plágio já incorporam mecanismos para identificação, desde que o
texto gerado esteja em língua inglesa. É evidente que a pesquisa continua no sentido de abranger
uma variedade de idiomas, e em breve poderemos esperar soluções abrangentes para essa
questão (LO, 2023).
Durante um evento organizado por Oliveira e Pinto (2023), foi demonstrado o potencial
transformador da inteligência artificial nas abordagens educacionais, conferindo-lhes
características mais personalizadas, eficazes e eficientes. A IA possui a notável capacidade de
customizar a educação, adaptando-se às necessidades singulares dos alunos e oferecendo um
conteúdo de aprendizagem sob medida. Ao monitorar de maneira contínua o progresso dos
estudantes, a IA tem a habilidade de proporcionar feedback imediato, ajustando tanto o ritmo
quanto o conteúdo da aprendizagem, assegurando que cada aluno progrida de acordo com sua
própria velocidade de aprendizado.
Adicionalmente, a inteligência artificial desempenha um papel crucial na aprimoração das
avaliações estudantis. Por meio da aplicação de algoritmos avançados, ela analisa as respostas
dos alunos e provê feedback imediato, permitindo que os educadores ajustem sua instrução e
ofereçam orientações mais precisas aos estudantes. A utilização da IA também pode conduzir a

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uma considerável automatização de tarefas administrativas, liberando os educadores para


focalizarem-se mais no ensino e na interação com os alunos. Ao automatizar atividades como a
correção de provas, a atribuição de notas e a geração de relatórios, os professores dispõem de
um tempo maior para desenvolver estratégias pedagógicas efetivas (OLIVEIRA; PINTO, 2023).
No entanto, é importante reconhecer que a integração da inteligência artificial na educação
também traz desafios e considerações éticas. Questões como a privacidade dos dados dos
alunos, a confiabilidade dos algoritmos e a necessidade de uma supervisão humana adequada
precisam ser cuidadosamente abordadas. Embora a IA ofereça benefícios notáveis, é fundamental
encontrar um equilíbrio entre o uso responsável da tecnologia e a preservação dos valores
educacionais e humanos.
A aprendizagem adaptativa é outra esfera na qual a IA se sobressai, possibilitando
ambientes de aprendizagem que se ajustam automaticamente às necessidades individuais dos
alunos. Através da monitorização em tempo real do desempenho, a IA fornece feedback que
orienta a adaptação do conteúdo de aprendizagem, garantindo a sua congruência com as
necessidades específicas de cada aluno. Ademais, a IA demonstra habilidade para analisar vastos
conjuntos de dados educacionais de maneira eficaz. Isso capacita educadores a identificarem
padrões e tendências que podem aprimorar suas abordagens pedagógicas. Ao incorporar a IA, é
possível identificar áreas nas quais os estudantes enfrentam dificuldades e receber sugestões
para otimizar o processo de ensino (OLIVEIRA; PINTO, 2023).
A implementação bem-sucedida da aprendizagem adaptativa requer uma integração
cuidadosa da tecnologia com a expertise pedagógica. Os educadores desempenham um papel
fundamental na interpretação dos dados fornecidos pela IA e na adaptação das estratégias de
ensino de acordo com as necessidades individuais dos alunos. A colaboração entre a inteligência
artificial e os educadores humanos pode criar um ambiente de aprendizado enriquecedor e
altamente eficaz (OLIVEIRA; PINTO, 2023).
Apesar de a inteligência artificial, incluindo sistemas como o ChatGPT, possuir potencial
para apoiar a educação, GIRAFFA e KHOLS-SANTOS (2023) observam que também traz consigo
desafios ligados à precisão, confiabilidade e plágio. A compreensão do funcionamento desses
sistemas e sua integração adequada na educação são elementos essenciais para maximizar seus
benefícios. A compreensão profunda das capacidades e limitações da inteligência artificial, aliada
a uma abordagem crítica na avaliação das informações geradas, permitirá que educadores e
estudantes usem essas ferramentas de maneira mais informada e produtiva. A educação sobre o
uso ético da inteligência artificial, bem como a implementação de medidas de verificação e
validação das informações, são passos importantes para enfrentar os desafios inerentes ao uso
dessas tecnologias na educação.
Portanto, enquanto a inteligência artificial oferece um horizonte promissor para a educação,
é necessário um equilíbrio cuidadoso entre aproveitar seus benefícios e abordar suas limitações.
A colaboração multidisciplinar, o desenvolvimento contínuo de diretrizes educacionais e a busca

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constante por melhorias tecnológicas são essenciais para garantir que a integração da inteligência
artificial na educação seja bem-sucedida e proporcione resultados positivos para educadores e
estudantes.

5 MÉTODO UTILIZADO NA PESQUISA

A revisão sistemática da literatura segundo Biolchini et al. (2005) é uma técnica de


pesquisa baseadas em evidências da literatura cientifica, conduzido formalmente, seguindo fase
de protocolo bem definido.
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na qual o conhecimento é principalmente derivado
da compreensão do material analisado por meio de revisão bibliográfica. Em outras palavras, essa
pesquisa é essencialmente qualitativa, utilizando o método indutivo e incorporando uma revisão
narrativa de caráter exploratório e descritivo sobre o tema em estudo, que é a logística reversa
(MINAYO, 2012).

Segundo Minayo (2012, p. 623), o principal objetivo da análise qualitativa é compreender.


Compreender envolve a capacidade de se colocar no lugar do outro, reconhecendo que, como
seres humanos, somos capazes de desenvolver essa habilidade de compreensão. Para atingir
essa compreensão, é essencial considerar a singularidade de cada indivíduo, uma vez que sua
subjetividade é uma expressão de sua experiência de vida única. Além disso, é importante
compreender que a experiência e a vivência de uma pessoa são moldadas pela história coletiva e
influenciadas pela cultura do grupo ao qual ela pertence.
Foram efetuadas pesquisas bibliográficas nos últimos em plataformas científicas de busca,
incluindo Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e portal do CAPES. Os termos de busca
utilizados foram: Inteligência artificial, educação, tecnologia educacional Artificial Intelligence,
Education, Educational Technology.

Na condução dessa revisão bibliográfica, foram aplicados critérios de inclusão


cuidadosamente definidos. Primeiramente, foram consideradas publicações dos últimos vinte
anos, garantindo que a revisão estivesse com informações completas acerca da evolução da
inteligência artificial. Além disso, priorizou-se a pertinência do assunto abordado em relação ao
escopo do estudo em questão.

Para assegurar a qualidade das fontes selecionadas, foi verificado se os estudos


apresentavam um objetivo claro e bem delineado, coerente com a natureza da pesquisa. Também
foi essencial que os trabalhos fossem embasados em literatura prévia, demonstrando uma sólida
fundamentação teórica. Por fim, os critérios de inclusão requeriam que as conclusões dos estudos
estivessem em consonância com os resultados apresentados e analisados, proporcionando uma
base confiável para a revisão da literatura.

A seleção dos trabalhos foi meticulosa, levando em consideração não apenas a


pertinência temática, mas também a coerência com a estrutura e metodologia estabelecidas para

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a revisão. Dessa forma, os estudos anteriores foram examinados para coletar informações
relevantes, garantindo uma base sólida para a análise.

Ao explorar as bases de dados mencionadas, um total de 52 artigos foram identificados.


Através de uma análise aprofundada da metodologia adotada em cada estudo, foi possível
escolher e incorporar 20 trabalhos que demonstraram consistência e alinhamento com os
objetivos da revisão. Essa abordagem assegura a qualidade e relevância das fontes utilizadas
para embasar o estudo em questão.

TÍTULO DO ARTIGO AUTOR/ANO PERIÓDICO


A inteligência artificial BARBOSA, LM; PORTES, LAF. Revista Tecnologia
(2019) Educacional
Teaching in a Digital Age:
Guidelines for Designing BATES, A. W. / 2015 Tony Bates Associates Ltd
teaching and learning
A era da informação: CASTELLS, M. / 2002 Fundação Calouste
economia, sociedade e Gulbenkian (Vol. 1: A
cultura sociedade em rede)
Notas técnicas #16: CIEB - CENTRO DE INOVAÇÃO
inteligência artificial na PARA A EDUCAÇÃO CIEB
educação BRASILEIRA / 2019
Aprendizagem móvel: DIAZ, JCT; MORO, AI; RUSC. Universities and
perspectivas CARRIÓN, PVT. / 2015 Knowledge Society Journal
Reconfiguração da profissão CONFERÊNCIA
académica em Portugal e GALEGO, C. / 2018 INTERNACIONAL DE
Espanha: do professor que EDUCAÇÃO COMPARADA-
investiga ao investigador que CIEC
ensina
The erosion of deep literacy GARFINKLE, A. / 2020 National Affairs
Inteligência Artificial e
Educação: conceitos, GIRAFFA, L; KHOLS-SANTOS, Educação em Análise
aplicações e implicações no P. / 2023
fazer docente
Instrumentos inovadores de
aprendizagem: uma LEHMANN, L.; PARREIRA, A. / Revista Lusófona de
experiência com o 2019 Educação
WhatsaApp
As tecnologias da
inteligência. O futuro do LÉVY, P. / 2010 Editora 34
pensamento na era da
informática
What Is the impact of
ChatGPT on education? a LO, Chung Kwan. / 2023 Education Sciences
rapid review of the literature
Análise qualitativa: teoria, MINAYO, Maria. C. S. / 2012 Ciência e Saúde coletiva
passos e fidedignidade
Perceptrons: An Introduction MINSKY, M. L.; PAPERT, S. A. /
to Computational Geometry 1988 The Science Press
Meus filósofos MORIN, E. / 2012 Porto Alegre: Sulina
A inteligência artificial na OLIVEIRA, L; PINTO, M. / 2023 Escola Superior de Media
educação: ameaças e Artes e Design, Politécnico
oportunidades para o ensino- do Porto
aprendizagem
Assessing educational PARREIRA, A.; PESTANA, H.; Ensaio: Avaliação e Políticas

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leadership: a competence- OLIVEIRA, P. / 2018 Públicas em Educação


complexity based test
O desafio das tecnologias de PARREIRA, Artur, LEHMANN, Ensaio: Avaliação e Políticas
inteligência artificial na Lúcia e OLIVEIRA, Mariana / Públicas em Educação
Educação: percepção e 2021
avaliação dos professores
Inteligência Artificial na TAVARES, LA; MEIRA, MC; Brazilian Journal of
Educação. AMARAL, SF. / 2020 Development
Inovação nos processos de
ensino e de aprendizagem: o VALENTE, J. / 2018 NIED/Unicamp
papel das tecnologias digitais
Influências das Tecnologias
da Inteligência Artificial no VICARI, Rosa Maria. / 2021 Estudos Avançados
ensino
Are close friends the enemy?
Online social networks, self- WILCOX, K.; STEPHEN, A. T. / Journal of Consumer
esteem, and self-control 2012 Research
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).

6- RESULTADOS ANALISADOS

O uso da inteligência artificial na educação tem uma influência significativa. Primeiramente,


a personalização da aprendizagem, possibilita pela IA surgir como um dos principais impactos
positivos.
Conforme apontado por Parreira, Lehmann e Oliveira (2021) o início da aplicação da
tecnologia na educação trouxe transformações significativas no processo de ensino e
aprendizagem. As chamadas tecnologias de primeira geração desempenharam um papel
fundamental nessa evolução, inicialmente facilitando o acesso à informação e melhorando a
eficácia do trabalho do professor. A incorporação dessas tecnologias, como projeção de vídeos e
apresentações em PowerPoint, estimulou a concentração dos alunos e enriqueceu a diversidade
das exposições. Além disso, permitiu que os alunos tivessem acesso direto à informação por meio
de sites informativos, blogs, podcasts e outras plataformas.
No entanto, é importante notar que, embora essas tecnologias tenham contribuído para a
independência dos alunos, elas também podem ter enfraquecido a perspectiva integradora e a
abordagem dialógica. A facilidade de acesso à informação nem sempre se traduziu em uma
compreensão mais profunda, pois a análise crítica e a reflexão podem ser prejudicadas quando se
busca apenas informações superficiais.
As tecnologias de comunicação, como Facebook, Instagram e WhatsApp, têm
desempenhado um papel importante na educação contemporânea. Elas promovem uma
constante troca de ideias entre estudantes e professores, o que pode ter efeitos tanto positivos
quanto negativos. Por um lado, essas tecnologias esclarecem dúvidas, proporcionam acesso a
perspectivas divergentes e cultivam a disposição para a diversidade, enriquecendo a visão da
realidade.
Imperioso destacar que, a velocidade das trocas de informação por meio dessas
plataformas pode dificultar a profundidade da análise e levar a interpretações distorcidas da

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realidade. Além disso, a motivação dos alunos pode se tornar volátil, e a distinção entre
informações essenciais e secundárias pode se tornar obscura. Portanto, é crucial que os
professores desempenhem um papel ativo na orientação e mediação dessas interações para
maximizar seus benefícios.
Para Tavares, Meira e Amaral (2020) a evolução da cultura digital trouxe a emergência da
inteligência artificial (IA) como uma ferramenta poderosa na educação. A IA tem o potencial de
revolucionar o ensino e a aprendizagem, pois visa replicar a capacidade humana de raciocinar,
tomar decisões e resolver problemas. Ela funciona com base em dados, aprendendo e ajustando-
se continuamente com base em novas informações.
A IA na educação abrange uma variedade de aplicações, como aprendizagem adaptativa,
tutores inteligentes, ferramentas de diagnóstico, sistemas de recomendação e identificação de
estilos de aprendizagem. Essas aplicações têm o potencial de personalizar a educação de cada
aluno, adaptando-se às suas necessidades específicas e oferecendo um ambiente de
aprendizagem mais eficaz (LÉVY, 2010).
Porém, a introdução da IA na educação também gera controvérsias. Há preocupações de
que a automação possa substituir o papel do professor. Portanto, é essencial que os educadores
desempenhem um papel ativo na integração da IA usando-a como uma ferramenta de apoio para
aprimorar o processo de ensino e aprendizagem, em vez de substituí-lo.
A inteligência artificial (IA) está desempenhando um papel cada vez mais importante na
educação, e isso está mudando significativamente a forma como se aprende e se ensina. Não é
apenas uma tendência passageira; é uma revolução educacional em andamento. Cada aluno é
único, com suas próprias necessidades, estilos de aprendizado e ritmos, e a IA permite que a
educação seja personalizada de acordo com essas características individuais.
Essa personalização significa que os alunos podem aprender de maneira mais eficaz e
envolvente, pois o conteúdo e a abordagem são adaptados às suas necessidades específicas. Os
educadores, por sua vez, podem oferecer suporte mais direcionado, concentrando-se nas áreas
em que os alunos precisam de mais ajuda. A IA também está assumindo tarefas administrativas,
como a correção de provas e a atribuição de notas, o que libera os professores para se
concentrarem mais no ensino e no apoio aos alunos (DIAZ; MORO; CARRIÓN, 2015).
Além disso, a IA tem um impacto significativo na avaliação dos alunos. Ela fornece
feedback imediato e identifica áreas em que os alunos podem melhorar, ajudando-os a progredir
em seu aprendizado de maneira mais eficaz. Outra evolução emocionante é a integração da IA em
ambientes de aprendizado baseados em realidade virtual e aumentada, criando experiências
educacionais envolventes e interativas.
Conforme apontado por Lo (2023), esses avanços também levantam desafios e
preocupações éticas. A precisão das respostas geradas pela IA, especialmente em tópicos
especializados, é uma preocupação. Além disso, a questão do plágio estudantil é sensível, já que

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a IA pode criar conteúdo que parece original, o que requer supervisão humana para garantir a
integridade acadêmica.
Outro ponto crítico é a privacidade dos dados dos alunos, que deve ser rigorosamente
protegida e estar em conformidade com regulamentações de privacidade. A integração bem-
sucedida da IA na educação exige uma colaboração eficaz entre a IA e a supervisão humana para
abordar esses desafios e garantir uma educação de alta qualidade.
Por fim, a IA está transformando a educação de maneira fundamental, tornando-a mais
personalizada e eficaz. No entanto, é crucial lidar com os desafios e considerações éticas que
surgem nesse processo. A IA na educação representa uma jornada emocionante e contínua, com
um potencial significativo para moldar o futuro da aprendizagem.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa realizada sobre o uso da inteligência artificial na educação revela um cenário


promissor e transformador para o campo educacional. A personalização da aprendizagem,
potencializada pela IA, surge como um dos principais impactos mais significativos. Esta
abordagem permite adaptar o ensino às necessidades específicas de cada aluno, proporcionando
uma experiência de aprendizado mais eficaz e envolvente. No entanto, é crucial abordar as
preocupações éticas e desafios que acompanham essa evolução. A precisão das respostas
geradas pela IA, a necessidade de supervisão humana e a proteção da privacidade dos dados dos
alunos são considerações fundamentais para garantir uma integração bem-sucedida.
A introdução de tecnologias na educação, desde as chamadas “tecnologias de primeira
geração” até as atuais ferramentas de comunicação, desempenhou um papel crucial na
transformação do processo de ensino e aprendizagem. No entanto, é importante reconhecer que,
embora tenham facilitado o acesso à informação, essas tecnologias podem exigir uma orientação
mais ativa por parte dos educadores para promover uma compreensão mais profunda e crítica. A
constante troca de informações por meio de plataformas de comunicação também apresenta
desafios, como a necessidade de discernir entre informações essenciais e secundárias.
A IA surge como uma ferramenta poderosa na educação, com o potencial de replicar a
capacidade humana de raciocinar, tomar decisões e resolver problemas. Suas aplicações, como
aprendizagem adaptativa e tutores inteligentes, oferecem uma personalização sem precedentes
no ensino. No entanto, é imperativo que os educadores desempenhem um papel ativo na
integração da IA utilizando-a como um suporte para aprimorar o processo de ensino e
aprendizagem, em vez de substituí-lo. A colaboração eficaz entre a IA e a supervisão humana é
essencial para superar os desafios e garantir uma educação de alta qualidade.
Em última análise, a IA está moldando o futuro da aprendizagem de forma fundamental e
promissora. A personalização da educação, aprimorada pela IA, abre caminho para uma
abordagem mais eficaz e envolvente, beneficiando tanto alunos quanto educadores. No entanto,
para maximizar os benefícios dessa revolução educacional, é essencial abordar de forma proativa

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as questões éticas e os desafios práticos que surgem. Com uma colaboração bem equilibrada
entre a inteligência artificial e a orientação humana, podemos criar um ambiente educacional mais
adaptado e eficiente para as necessidades individuais de cada aluno.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, LM; PORTES, LAF. A inteligência artificial. Revista Tecnologia Educacional. ISSN:
0102-5503. 2023. Disponível em:
http://abt-br.org.br/wp-content/uploads/2023/03/RTE_236.pdf#page=16. Acesso em: 22 ago.223.
BATES, A. W. Teaching in a Digital Age: Guidelines for Designing Teaching and Learning
Vancouver BC: Tony Bates Associates Ltd, 2015.

CASTELLS, M. A era da informação: economia, sociedade e cultura. Lisboa: Fundação


Calouste Gulbenkian, 2002. Vol. 1: A sociedade em rede.

CIEB - CENTRO DE INOVAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA. Notas técnicas #16:


inteligência artificial na educação. São Paulo: CIEB, 2019. Disponível em:
https://cieb.net.br/wpcontent/uploads/2019/11/CIEB_Nota_Tecnica16_nov_2019_digital.pdf.
Acesso em: 19 ago. 2023.

DIAZ, JCT; MORO, AI; CARRIÓN, PVT. Aprendizagem móvel: perspectivas. RUSC.
Universities and Knowledge Society Journal, Barcelona, v. 12, n. 1, p. 38-49, 2015. Disponível em:
https://rusc.uoc.edu/rusc/ca/index.php/rusc/article/view/v12n1-torres-infante-torres/v12n1-torres-
infante-torres-en.html. Acesso em: 22 ago. 2023.

GALEGO, C. Reconfiguração da profissão académica em Portugal e Espanha: do professor


que investiga ao investigador que ensina. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE
EDUCAÇÃO COMPARADA – CIEC 2018, 2., 2018. Funchal. Livro de resumos. 2018. p. 98.

GARFINKLE, A. The erosion of deep literacy. National Affairs, Washington, n. 44, Springer 2020.

GIRAFFA, L; KHOLS-SANTOS, P. Inteligência Artificial e Educação: conceitos, aplicações e


implicações no fazer docente. Educação em Análise, Londrina, v. 8, n. 1, p. 116–134, 2023.
DOI: 10.5433/1984-7939.2023v8n1p116. Disponível em:
https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/educanalise/article/view/48127. Acesso em: 22 ago. 2023.

LEHMANN, L.; PARREIRA, A. Instrumentos inovadores de aprendizagem: uma experiência


com o WhatsApp. Revista Lusófona de Educação, Lisboa, v. 43, n. 43, p. 75-89, maio 2019.
Disponível em: https://revistas.ulusofona.pt/index.php/rleducacao/article/view/6771. Acesso em: 19
ago. 2023.

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LÉVY, P. As tecnologias da inteligência. O futuro do pensamento na era da informática (2. ed.).


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LO, Chung Kwan. What Is the impact of ChatGPT on education? a rapid review of the
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MINAYO, Maria. C. S. Análise qualitativa: teoria, passos e fidedignidade. Ciência e Saúde


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OLIVEIRA, L; PINTO, M. A inteligência artificial na educação: ameaças e oportunidades para


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https://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/22779/1/LIV_LinoOliveira_2023.pdf. Acesso em: 22 ago.
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PARREIRA, A.; PESTANA, H.; OLIVEIRA, P. Assessing educational leadership: a


competence-complexity based test. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio
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PARREIRA, Artur, LEHMANN, Lúcia e OLIVEIRA, Mariana. O desafio das tecnologias de


inteligência artificial na Educação: percepção e avaliação dos professores. Ensaio:
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tecnologias digitais. In: Valente, J. A.; Freire, F.-M. -P.; Arantes, F. L., (org.). Tecnologia e
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Avançados [online]. 2021, v. 35, n. 101, pp. 73-84. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/s0103-
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esteem, and self-control. Journal of Consumer Research, Chicago, v. 40, n. 1, p. 90-103, nov.
2012.Disponível em: https://doi.org/10.1086/668794. Acesso em: 19 ago. 2023.

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