Desenvolvimento Infantil

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DESENVOLVIMENTO INFANTIL

O desenvolvimento infantil é um processo pelo qual todas as crianças passam desde o


nascimento até mais ou menos 6 anos de idade. Está relacionado ao desenvolvimento de
habilidades específicas que garantem a autossuficiência da criança. Ao conquistar
determinadas capacidades, a criança passa a apresentar certos comportamentos e ações
(como, por exemplo, dizer a primeira palavra, dar os primeiros passos, etc.) que são esperados
a partir de determinada idade. Dessa forma, o desenvolvimento infantil acaba por ser um
conjunto de aprendizados que, pouco a pouco, vai tornando a criança cada vez mais
independente e autônoma. Segundo Marcondes (1980), desenvolvimento é o aumento da
capacidade do indivíduo em realizar funções cada vez mais complexas. Desenvolvimento
infantil é um processo que se inicia na vida intrauterina e envolve o crescimento físico, a
maturação neurológica e a construção de habilidades relacionadas ao comportamento,
visando tornar a criança competente para resolver às suas necessidades a às do seu meio. O
desenvolvimento humano é dinâmico, com mudanças biológicas e psicológicas que permitem
que a criança adquira novos comportamentos e também modifique os antigos. Com isso o
desenvolvimento neuropsicomotor corresponde à aquisição progressiva de capacidades
motoras e psicocognitiva de modo ordenado e sequencial (PIAGET,1980). A linguagem sofre
influência contínua de fatores externos genéticos, ambientais que apresentam variações de
um indivíduo para o outro e que tornam único o curso do desenvolvimento de cada criança.
Alguns fatores são de boa relevância quanto os achados para o desenvolvimento da
linguagem, especialmente nos períodos perinatal e neonatal, são prematuridade, gestação de
alto risco, relação Faculdade de Minas 5 negativa entre mãe e feto, idade materna, assistência
pré-natal precária, baixo peso ao nascer, comprimento menor que 45cm, asfixia perinatal,
hemorragia intracraniana infecções congênitas, período de aleitamento materno menor que
seis meses e baixa escolaridade materna (SOUZA 2002). Os primeiros anos de vida são muito
importantes devido á intensa atividade cerebral, fruto da interação entre as características
biológicas e as oportunidades de experiência dos indivíduos. A intensa neuroplasticidade nesse
período é também responsável por melhores prognósticos, se a intervenção ocorrer
precocemente. Observa-se no Brasil que estudos mostram as influências da condição social, do
fator desnutrição e da relação familiar como fatores de risco para o atraso do desenvolvimento
neuropsicomotor da criança (GUTTON 2005). A supervisão do crescimento e do
desenvolvimento da criança é uma importante tarefa que faz parte do rol de atividades do dia-
a-dia do pediatra. O maior objetivo da identificação e do diagnóstico precoce do atraso do
desenvolvimento de uma criança, e da consequente intervenção precoce, geralmente
multiprofissional, ela contribui para que cada criança adquira seu máximo potencial individual,
com finalidade da Pediatria (MÉIER 2013). O acompanhamento de crianças e do processo de
desenvolvimento reúne diferentes modalidades de avaliação, que incluem os pais, os
professores os pediatras e os demais profissionais. O acompanhamento de crianças e do
processo de desenvolvimento reúne diferentes modalidades de avaliação. Reunindo ambos
profissionais de saúde. Este acompanhamento é utilizado a anamnese, observação da criança
em seu ambiente, a prática de atividade ou, ainda, a aplicação de instrumentos de triagem
(LEMOS 1986). Não existe um instrumento padronizado, isto dificulta a avaliação do
desenvolvimento, o que tem contribuído para que as alterações passem despercebidas, isto se
torna evidente muito anos mais tarde. Possivelmente quando a criança está no ensino
fundamental. Faculdade de Minas 6 A aquisição da linguagem é uma das realizações mais
notáveis dos primeiros anos de vida. Aos cinco anos de idade, as crianças têm o domínio
essencial do sistema de sons e da gramática de seu idioma e adquiriram um vocabulário de

Classificação: Uso Interno


milhares de palavras. Este trabalho descreve os principais marcos do desenvolvimento da
linguagem presentes nos cinco primeiros anos de vida, em crianças monolíngues com
desenvolvimento típico, e os mecanismos que têm sido propostos para explicar essas
aquisições (HAGE 2004). As habilidades de linguagem de crianças pequenas são importantes
para seu sucesso interpessoal acadêmico. É essencial, portanto, dispor de descrições do
desenvolvimento normativo que permitam identificação de crianças com comprometimento
de linguagem e compreender os mecanismos de aquisição da linguagem que podem fornecer a
base para a otimização do desenvolvimento de todas as crianças.

Fases do Desenvolvimento Infantil (segundo Jean Piaget)

As etapas do desenvolvimento infantil foram o principal tema de estudo do psicólogo suíço


Jean Piaget. Jean William Fritz Piaget (9 de agosto de 1896 - 16 de setembro de 1980)
Faculdade de Minas 7 Durante o tempo em que trabalhava em uma escola, Piaget se
interessou por observar o raciocínio utilizado pelas crianças para responder as perguntas de
seus professores. Posteriormente, passou a observar também os seus filhos e desta forma,
acabou por subdividir as fases da infância. A teoria de Piaget considera que o desenvolvimento
infantil consiste em quatro fases no que diz respeito à cognição: sensório-motor, pré-
operatório, operatório concreto e operatório formal. As fases do desenvolvimento infantil são:

Sensório-motor: de 0 a 2 anos

Nesta fase, a criança se concentra nas sensações e nos movimentos. Ela começa a entender o
que as sensações significam e como os movimentos dela podem levar a alterações no mundo
exterior. Nos primeiros meses, o bebê ainda não tem controle consciente de suas ações
motoras. No entanto, com o passar do tempo, ele vai gradualmente ganhando consciência de
seus movimentos, e é aí que começa a festa: ele percebe que, se esticar o bracinho, consegue
puxar o móbile em cima do berço. A partir daí, passa a testar as possibilidades de
movimentação para ver aonde aquilo vai chegar. Vale lembrar que, nessa fase, a criança ainda
tem dificuldades com tudo aquilo que ela não pode ver, tocar ou sentir. A chamada
permanência do objeto ainda não existe, pois a criança não admite sua existência fora do seu
campo sensorial. Sendo assim, se os pais escondem um brinquedo, por exemplo, ela não vai
procurar. Pra ela, o brinquedo deixou de existir. O mesmo acontece com as pessoas: se o bebê
não vê a mãe, ela automaticamente deixa de existir e começa a choradeira. A medida em que a
criança vai recebendo estímulos, ela passa a ter uma vaga noção de que objetos fora de sua
vista não Faculdade de Minas 8 necessariamente deixam de existir. É por isso que a brincadeira
do “cadê o bebê?” é tão divertida e saudável!

Pré-operatório: de 2 a 7 anos:

Esse estágio se inicia com a capacidade do pensamento representativo, ou seja, a criança


começa a gerar representações da realidade no próprio pensamento. É isso que possibilita a
aprendizagem da fala (que começa bem mais cedo, mas se desenvolve mais rapidamente aqui)
e as brincadeiras de “faz de conta”. Vale lembrar que essa fase é marcada por um
egocentrismo evidente, mas isso não significa falha de caráter, fazendo parte do
desenvolvimento cognitivo típico de qualquer criança. Ao falar, ela fala sozinha e poucas vezes
considera aquilo que foi dito para ela. Com isso, há também uma necessidade de “dar vida” às
coisas: para as crianças nesse estágio, uma bola rolando faz isso porque tem vontade, não
porque está em uma superfície íngreme ou porque uma força foi aplicada, tirando-a da inércia.

Classificação: Uso Interno


Ela também acredita que as coisas acontecem para si mesma. Na mente das crianças dessa
idade, o sol se põe para que elas vão dormir, não porque o dia acaba naturalmente. Voltando
ao pensamento representativo, é justamente ele que permite o desenvolvimento do
pensamento lógico posteriormente. Nessa fase, a criança pode se confundir com números e
quantidades. Um exemplo é quando colocamos a mesma quantidade de suco em copos de
formatos diferentes: um fino e longo, outro largo e curto. Por mais que seja a mesma
quantidade, o nível do suco no copo fino fica acima do nível no copo curto. Para as crianças
nesse estágio, isso quer dizer que tem mais suco no copo fino, mesmo que antes elas tenham
visto que se trata da mesma quantidade! Faculdade de Minas 9 Outro exemplo: se eu pegar
dois biscoitos para mim e der apenas um biscoito para ela, a criança ficará chateada achando
que tem menos. De fato, nesse caso, ela está certa. No entanto, se eu dividir o biscoito dela ao
meio ao invés de dar um novo biscoito, ela achará isso justo. Isso acontece pois, para ela,
parece que nós dois temos dois biscoitos, mesmo que as metades do biscoito dela sejam
consideravelmente menores que os meus. Por isso, se o seu filho pequeno dá respostas
erradas em exercícios que medem quantidades, volumes e tamanhos, não se preocupe: ele
está se desenvolvendo normalmente, apenas passando pelo período pré-operatório no qual a
lógica ainda está sendo formada! É também nesse estágio que as crianças começam a
entender o que é certo e o que é errado, o que podem e o que não podem fazer. No entanto,
ao serem apresentadas a uma nova situação inusitada, elas ainda não são capazes de julgar
moralmente o problema, fazendo aquilo que têm vontade (independentemente de ser certo
ou errado). Por isso, pais e mães devem ter paciência com as crianças nessa fase. Ela ainda tem
muito a aprender e não adianta brigar quando ela faz algo de errado: ela simplesmente não é
capaz de perceber sozinha que não pode.

Operatório concreto: de 8 a 12 anos

Marcado pelo início do pensamento lógico concreto, as crianças passando por esse estágio
começam a manipular mentalmente as representações das coisas que internalizou durante os
estágios passados. O problema é que essa manipulação só pode ocorrer com coisas concretas,
dispostas no mundo real. Conceitos abstratos ainda não são compreensíveis. Lembrando do
exemplo dos copos de suco, a criança nessa fase já compreende que os dois copos têm a
mesma quantidade de suco, ou seja, ela tem a noção Faculdade de Minas 10 de conservação.
Quanto ao biscoito, ela também entende que duas metades de um biscoito não equivalem a
dois biscoitos. Prepare-se para ter que dividir mais biscoitos com seu filho, porque essa
desculpa não vai mais colar! Aqui, já há uma maior compreensão do que é moral. As regras da
sociedade começam a fazer sentido e, em situações simples, a criança já é capaz de, por si só,
julgar o que seria correto fazer.

Operatório formal: a partir de 12 anos:

O último estágio postulado por Piaget tem seu início já na pré-adolescência, quando a criança
é capaz de manipular, também, representações abstratas, fazendo operações com conceitos
que não possuem formas físicas, como certos conceitos matemáticos. Nesse estágio, as
crianças começam a entender o mundo pelos olhos de outras pessoas: elas passam a
compreender experiências que elas mesmas não vivenciaram em primeira pessoa. Na verdade,
esse processo já começa durante o período operatório concreto mas, como o nome já diz, só
serve para objetos concretos. Já nesse novo estágio, a criança passa a entender o ponto de
vista dos outros a respeito de conceitos abstratos.

3.Tipos de Desenvolvimento infantil

Classificação: Uso Interno


Durante o processo de desenvolvimento, a criança evolui em diferentes aspectos de sua
formação. A evolução não se dá somente no crescimento físico da criança, mas também na sua
parte cognitiva e social, dentre outras.

Desenvolvimento emocional:

O desenvolvimento emocional está relacionado aos sentimentos e às emoções e é perceptível


por parte da criança desde a fase de bebê. Um bebê é capaz de compreender a recepção de
carinho e de amor, e também de amar e de criar laços afetivos com os pais e com outras
pessoas próximas, principalmente com aquelas com as quais tem mais convívio. O
estabelecimento dessas relações é fundamental para que a criança desenvolva sua inteligência
emocional e não tenha, no futuro, problemas afetivos.

Desenvolvimento cognitivo:

O desenvolvimento cognitivo refere-se à parte mais intelectual do ser humano. Diz respeito à
atenção, ao raciocínio, à memória e à capacidade de resolver problemas. A cognição do ser
humano é desenvolvida com o tempo. Enquanto bebê, uma pessoa não tem uma capacidade
de memória muito aguçada. Em geral, as pessoas não têm, por exemplo, recordações de
acontecimentos que tenham tido lugar antes dos seus dois anos de idade. O desenvolvimento
cognitivo infantil permite que a criança interprete, assimile e se relacione com os estímulos do
ambiente que a cerca e com a sua própria essência.

Desenvolvimento físico:

O desenvolvimento físico é aquele através do qual as crianças desenvolvem habilidades e


capacidades motoras como sentar, andar, ficar em pé, pular, correr, etc. Em atividades que
requerem mais precisão, como por exemplo, escrever, o desenvolvimento físico fica também
dependente do desenvolvimento cognitivo.

Desenvolvimento social:

Com o desenvolvimento social, a criança aprende a interagir em sociedade. É com base nesse
tipo de desenvolvimento que a criança estabelece com outras pessoas uma espécie de
intercâmbio de informações, que permite adquirir cultura, tradições e normas sociais. A
importância de brincar no desenvolvimento infantil está diretamente relacionada com esse
tipo de desenvolvimento, pois através da socialização com outras crianças, são desenvolvidas
certas capacidades de interação e noções de limites. O que pode influenciar o
desenvolvimento infantil? Apesar da definição do conceito de fases do desenvolvimento
piagetiano, o próprio Piaget defende que esse desenvolvimento poder ser beneficiado por
certos estímulos e por um ambiente apropriado para crianças.

Desenvolvimento da Criança (0 a 6 anos)

Berçário, Pré-Maternal, Maternal I, Maternal II, Jardim A e Jardim B Faixa etária: 0 aos 6 anos
"A trajetória que uma criança percorre desde que começa a deixar de ser bebê (dependência
total), até começar a se transformar em um ser mais independente e autônomo está
relacionado tanto às condições biológicas, como aquelas proporcionadas pelo espaço familiar
e social (escola), com o qual interage." É preciso saber que: O desenvolvimento de uma criança
não acontece de forma linear.  As mudanças que vão se produzindo ocorrem de forma
gradual, são períodos contínuos que vão se sucedendo e se superpondo.  Durante a evolução

Classificação: Uso Interno


a criança experimenta avanços e retrocessos, vivendo seu desenvolvimento de modo
particular.  Acompanhamos a construção de sua personalidade respeitando que em cada
idade há um jeito próprio de se manifestar. Faculdade de Minas 13  Tanto antecipar etapas,
como não estimular a criança, podem ser geradores de futuros conflitos.  Cabe a família e a
ESCOLA conhecer e respeitar os passos do desenvolvimento infantil. Característica da faixa
etária dos 0 aos 6 meses

Desenvolvimento Físico

Processo de fortalecimento gradual dos músculos e do sistema nervoso: os movimentos


bruscos e descontrolados iniciais vão dando lugar a um controle progressivo da cabeça, dos
membros e do tronco;  Por volta das 8 semanas é capaz de levantar a cabeça sozinho durante
poucos segundos, deitado de barriga para baixo;  Controle completo da cabeça por volta dos
4 meses: deitado de costas, levanta a cabeça durante vários segundos; deitado de barriga para
baixo começa a elevar-se com apoio das mãos e dos braços e virando a cabeça;  Por volta dos
4 meses o controle das mãos é mais fino, sendo capaz de segurar num brinquedo;  Entre os 4
e os 6 meses utiliza os membros para se movimentar, rolando para trás e para frente;
apresenta também maior eficácia em alcançar e agarrar o que quer ou a posicionar-se no chão
para brincar;  Desenvolve o seu próprio ritmo de alimentação, sono e eliminação; 
Desenvolvimento progressivo da visão;  Com 1 mês, é capaz de focar objetos a 90 cm de
distância;  Progressivamente será capaz de utilizar os dois olhos para focar um objeto
próximo ou afastado, bem como de seguir a deslocação dos objetos ou pessoas;  Entre os 4 e
os 6 meses a visão e a coordenação olho-mão encontram-se próximas da do adulto; 
Desenvolvimento da função auditiva; Faculdade de Minas 14  Entre os 2 e os 4 meses, o bebê
reage aos sons e às alterações do tom de voz das pessoas que o rodeiam;  Por volta dos 4-6
meses, possui já uma grande sensibilidade às modulações nos tons de voz que ouve

Desenvolvimento Cognitivo

A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos;  Vocaliza espontaneamente,


sobretudo quando está em relação;  A partir dos 4 meses, começa a imitar alguns sons que
ouve à sua volta;  Por volta do 6º mês, compreende algumas palavras familiares (o nome
dele, "mamã", "papá"...), virando a cabeça quando o chamam;

Desenvolvimento Social

Distingue a figura cuidadora das restantes pessoas com quem se relaciona, estabelecendo com
ela uma relação privilegiada;  Fixa o rosto e sorri (aparecimento do 1º sorriso social por volta
das 6 semanas);  Aprecia situações sociais com outras crianças ou adultos;  Por volta dos 4
meses: capacidade de reconhecimento das pessoas mais próximas, o que influencia a forma
como se relaciona com elas, tendo reações diferenciadas consoante a pessoa com quem
interage. É também capaz de distinguir pessoas conhecidas de estranhos, revelando
preferência por rostos familiares;

Desenvolvimento Emocional

Manifesta a sua excitação através dos movimentos do corpo, mostrando prazer ao antecipar a
alimentação ou o colo;  O choro é a sua principal forma de comunicação, podendo significar
estados distintos (sono, fome, desconforto...);  Apresenta medo perante barulhos altos ou
inesperados, objetos, situações ou pessoas estranhas, movimentos súbitos e sensação de dor;
Faculdade de Minas 15 Característica da faixa etária dos 6 aos 12 meses

Classificação: Uso Interno


Desenvolvimento Físico

Desenvolvimento da motricidade: os músculos, o equilíbrio e o controlo motor estão mais


desenvolvidos, sendo capaz de se sentar direito sem apoio e de fazer as primeiras tentativas
de se pôr de pé, agarrando-se a superfícies de apoio;  A partir dos 8 meses, consegue
arrastar-se ou gatinhar;  A partir dos 9 meses poderá começar a dar os primeiros passos,
apoiando-se nos móveis;  Desenvolvimento da preensão: entre os 6 e os 8 meses, é capaz de
segurar os objetos de forma mais firme e estável e de manipulá-los na mão; por volta dos 10
meses, é já capaz de meter pequenos pedaços de comida na boca sem ajuda, é capaz de bater
com dois objetos um no outro, utilizando as duas mãos, bem como adquire o controle do dedo
indicador (aprende a apontar);

Desenvolvimento Cognitivo

A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos, principalmente através da boca; 
Desenvolvimento da noção de permanência do objeto, ou seja, a noção de que uma coisa
continua a existir mesmo que não a consiga ver;  Vocalizações;  Os gestos acompanham as
suas primeiras "conversas", exprimindo com o corpo aquilo que quer ou sente (por ex., abre e
fecha as mãos quando quer uma coisa);  Alguns dos seus sons parecem-se progressivamente
com palavras, tais como "mamã" ou "papá" e ao longo dos próximos meses o bebê vai tentar
imitar os sons familiares, embora inicialmente sem significado

A partir dos 8 meses: desenvolvimento do, acrescentando novos sons ao seu vocabulário. Os
sons das suas vocalizações começam a acompanhar as modulações da conversa dos adultos -
utiliza "mamã" e "papá" com significado;  Nesta fase, o bebê gosta que os objetos sejam
nomeados e começa a reconhecer palavras familiares como "papa", "mamã", "adeus", sendo
progressivamente capaz de associar ações a determinadas palavras (por ex: tchau-tchau" -
acenar);  A partir dos 10 meses, a noção de causa-efeito encontra-se já bem desenvolvida: o
bebê sabe exatamente o que vai acontecer quando bate num determinado objeto (produz
som) ou quando deixa cair um brinquedo (o pai ou a mãe apanha-o). Começa também a
relacionar os objetos com o seu fim (por ex., coloca o telefone junto ao ouvido);  Progressiva
melhoria da capacidade de atenção e concentração: consegue manter-se concentrado durante
períodos de tempo cada vez mais longos;  A primeira palavra poderá surgir por volta dos 10
meses;

Desenvolvimento Social

O bebê está mais sociável, procurando ativamente a interação com quem o rodeia (através das
vocalizações, dos gestos e das expressões faciais);  Manifesta comportamentos de imitação,
relativamente a pequenas ações que vê os adultos fazer (por ex., lavar a cara, escovar o
cabelo, etc.);  A partir dos 10 meses, maior interesse pela interação com outros bebês;

Desenvolvimento Emocional

Formação de um forte laço afetivo com a figura materna (cuidadora) - Vinculação;  Presença
de ansiedade de separação, que se manifesta quando é separado da mãe, mesmo que por
breves instantes - trata-se de uma ansiedade normal no desenvolvimento emocional do bebê;
Faculdade de Minas 17  Presença de ansiedade perante estranhos: sendo igualmente uma
etapa normal do desenvolvimento emocional do bebê, manifesta-se quando pessoas
desconhecidas o abordam diretamente;  A partir dos 8 meses, maior consciência de si
próprio;  Nesta fase é comum os bebês mostrarem preferência por um determinado objeto

Classificação: Uso Interno


(um cobertor ou uma pelúcia, por ex.), o qual terá um papel muito importante na vida do bebê
- ajuda a adormecer, é objeto de reconforto quando está triste, etc.; Característica da faixa
etária de 01 aos 02 anos

Desenvolvimento Físico

Começa a andar, sobe e desce escadas, sobe os móveis, etc. - o equilíbrio é inicialmente
bastante instável, uma vez que os músculos das pernas não estão ainda bem fortalecidos.
Contudo, a partir dos 16 meses, o bebê já é capaz de caminhar e de se manter de pé em
segurança, com movimentos muito mais controlados;  Melhoria da motricidade fina devido à
prática - capacidade de segurar um objeto, o manipula, passa de uma mão para a outra e o
larga deliberadamente. Por volta dos 20 meses, será capaz de transportar objetos na mão
enquanto caminha;

Desenvolvimento Cognitivo

Maior desenvolvimento da memória, através da repetição das atividades - permite-lhe


antecipar os acontecimentos e retomar uma atividade momentaneamente interrompida, à
qual dedica um maior tempo de concentração. Da mesma forma, através da sua rotina diária,
o bebê desenvolve um entendimento das sequências de acontecimentos que constituem os
seus dias e dos seus pais;  Exibe maior curiosidade: gosta de explorar o que o rodeia;
Faculdade de Minas 18  Compreende ordens simples, inicialmente acompanhadas de gestos
e, a partir dos 15 meses, sem necessidade de recorrer aos gestos;  Embora possa estar ainda
limitada a uma palavra de cada vez, a linguagem do bebê começa a adquirir tons de voz
diferentes para transmitir significados diferentes. Progressivamente, irá sendo capaz de
combinar palavras soltas em frases de 2 palavras;  É capaz de acompanhar pedidos simples,
como por ex. "dá-me a caneca";  As experiências físicas que vai fazendo ajudam a desenvolver
as capacidades cognitivas. Por exemplo, por volta dos 20 meses;  Sabe que um martelo de
brincar serve para bater e já o deve utilizar;  Consegue estabelecer a relação entre um
carrinho de brincar e o carro da família;  Entre os 20 e os 24 meses é também capaz de
brincar ao faz-de-conta (por ex., finge que deita chá de um bule para uma xícara, põe açúcar e
bebe - recorda uma sequência de acontecimentos e faz de conta que os realiza como parte de
um jogo). A capacidade de fazer este tipo de jogos indica que está a começar a compreender a
diferença entre o que é real e o que não é;

Desenvolvimento Social

Aprecia a interação com adultos que lhe sejam familiares, imitando e copiando os
comportamentos que observa;  Maior autonomia: sente satisfação por estar independente
dos pais quando inserida num grupo de crianças, necessitando apenas de confirmar
ocasionalmente a sua presença e disponibilidade - esta necessidade aumenta em situações
novas, surgindo uma maior dependência quando é necessária uma nova adaptação;  As suas
interações com outras crianças são ainda limitadas: as suas brincadeiras decorrem sobre tudo
em paralelo e não em interação com elas;  A partir dos 20-24 meses, e à medida que começa
a ter maior consciência de si própria, física e psicologicamente, começa a alargar os seus
sentimentos Faculdade de Minas 19 sobre si próprio e sobre os outros - desenvolvimento da
empatia (começa a ser capaz de pensar sobre o que os outros sentem);

Desenvolvimento Emocional

Classificação: Uso Interno


Desenvolvimento Emocional  Grande reatividade ao ambiente emocional em que vive:
mesmo que não o compreenda, apercebe-se dos estados emocionais de quem está próximo
dele, sobre tudo os pais;  Está a aprender a confiar, pelo que necessita de saber que alguém
cuida dela e vai de encontro às suas necessidades;  Desenvolve o sentimento de posse
relativamente às suas coisas, sendo difícil partilhá-las;  Embora esteja normalmente bem
disposta, exibe por vezes alterações de humor ("birras");  É bastante sensível à
aprovação/desaprovação dos adultos;

Característica da faixa etária dos 2 aos 3 anos

Desenvolvimento Físico

 À medida que o seu equilíbrio e coordenação aumentam, a criança é capaz de saltar ou saltar
de um pé para o outro quando está a correr ou a andar;  É mais fácil manipular e utilizar
objetos com as mãos, como um lápis de cor para desenhar ou uma colher para comer sozinha;
 Começa gradualmente a controlar os esfíncteres (primeiro os intestinos e depois a bexiga);

Desenvolvimento Cognitivo

Fase de grande curiosidade, sendo muito frequente a pergunta "Por quê?";  À medida que se
desenvolvem as suas competências linguísticas, a criança começa a exprimir-se de outras
formas, que não apenas a exploração física - trata-se de juntar as competências físicas e de
linguagem (por ex., quando faço isto, acontece aquilo), o que ajuda ao seu desenvolvimento
cognitivo; Faculdade de Minas 20  É capaz de produzir regularmente frases de 3 e 4 palavras.
A partir dos 32 meses, já capaz de conversar com um adulto usando frases curtas e de
continuar a falar sobre um assunto por um breve período;  Desenvolvimento da consciência
de si: a criança pode referir-se a si própria como "eu" e pode conseguir descrever-se por frases
simples, como "tenho fome";  A memória e a capacidade de concentração aumentaram (a
criança é capaz de voltar a uma atividade que tinha interrompido, mantendo-se concentrada
nela por períodos de tempo mais longos);  A criança está a começar a formar imagens
mentais das coisas, o que a leva à compreensão dos conceitos - progressivamente, e com a
ajuda dos pais, vai sendo capaz de compreender conceitos como dentro e fora, cima e baixo; 
Por volta dos 32 meses, começa a apreender o conceito de sequências numéricas simples e de
diferentes categorias (por ex., é capaz de contar até 10 e de formar grupos de objetos - 10
animais de plástico podem ser 3 vacas, 5 porcos e 3 cavalos);

Desenvolvimento Social

A mãe é ainda uma figura muito importante para a segurança da criança, não gostando de
estranhos. A partir dos 32 meses, a criança já deve reagir melhor quando é separada da mãe,
para ficar à guarda de outra pessoa, embora algumas crianças consigam este progresso com
menos ansiedade do que outras;  Imita e tenta participar nos comportamentos dos adultos:
por ex., lavar a louça, maquiar-se, etc.;  É capaz de participar em atividades com outras
crianças, como por exemplo, ouvir histórias;

Desenvolvimento Emocional

Inicialmente o leque de emoções é vasto, desde o puro prazer até a raiva frustrada. Embora a
capacidade de exprimir livremente as emoções seja considerada saudável, a criança
necessitará de aprender a lidar com as suas emoções e de saber que sentimentos são
adequados, o que requer prática e ajuda dos pais;  Nesta fase, as birras são uma das formas

Classificação: Uso Interno


mais comuns da criança chamar a atenção – geralmente deve-se a mudanças ou a
acontecimentos, ou ainda a uma resposta aprendida (as birras costumam estar relacionadas
com a frustração da criança e com a sua incapacidade de comunicar de forma eficaz);

Características da faixa etária dos 03 aos 04 anos

Desenvolvimento Físico

 Grande atividade motora: corre, salta, começa a subir escadas, pode começar a andar de
triciclo; grande desejo de experimentar tudo;  Embora ainda não seja capaz de amarrar
sapatos, veste-se sozinha razoavelmente bem;  É capaz de comer sozinha com uma colher ou
um garfo;  Copia figuras geométricas simples;  É cada vez mais independente ao nível da sua
higiene; é já capaz de controlar os esfíncteres (sobretudo durante o dia);

Desenvolvimento Cognitivo

Compreende a maior parte do que ouve e o seu discurso é compreensível para os adultos; 
Utiliza bastante a imaginação: início dos jogos de faz-de-conta e dos jogos de papéis; 
Compreende o conceito de "dois";  Sabe o nome, o sexo e a idade;  Repete sequências de 3
algarismos;  Começa a ter noção das relações de causa e efeito; Faculdade de Minas 22  É
bastante curiosa e investigadora;

Desenvolvimento Social

É bastante sensível aos sentimentos dos que a rodeiam relativamente a si própria;  Tem
dificuldade em cooperar e partilhar;  Preocupa-se em agradar os adultos que lhe são
significativos, sendo dependente da sua aprovação e afeto;  Começa a aperceber-se das
diferenças no comportamento dos homens e das mulheres;  Começa a interessar-se mais
pelos outros e a integrar-se em atividades de grupo com outras crianças;

Desenvolvimento Emocional

É capaz de se separar da mãe durante curtos períodos de tempo;  Começa a desenvolver


alguma independência e autoconfiança;  Pode manifestar medo de estranhos, de animais ou
do escuro;  Começa a reconhecer os seus próprios limites, pedindo ajuda;  Imita os adultos;

Desenvolvimento Moral

Começa a distinguir o certo do errado;  As opiniões dos outros, acerca de si própria assumem
grande importância para a criança;  Consegue controlar-se de forma mais eficaz e é menos
agressiva;  Utiliza ameaças verbais extremas, como por exemplo: "eu te mato!", sem ter
noção das suas implicações;

Característica da faixa etária dos 04 aos 05 anos

Desenvolvimento Físico

 Rápido desenvolvimento muscular;  Grande atividade motora, com maior controle dos
movimentos;  Consegue escovar os dentes, pentear-se e vestir-se com pouca ajuda;

Desenvolvimento Cognitivo

Adquiriu já um vocabulário alargado, constituído por 1500 a 2000 palavras; manifesta um


grande interesse pela linguagem, falando incessantemente;  Compreende ordens com frases

Classificação: Uso Interno


na negativa;  Articula bem consoantes e vogais e constrói frases bem estruturadas;  Exibe
uma curiosidade insaciável, fazendo inúmeras perguntas;  Compreende as diferenças entre a
fantasia e a realidade;  Compreende conceitos de número e de espaço: "mais", "menos",
"maior", "dentro", "debaixo", "atrás";  Começa a compreender que os desenhos e símbolos
podem representar objetos reais;  Começa a reconhecer padrões entre os objetos: objetos
redondos, objetos macios, animais...

Desenvolvimento Social

Gosta de brincar com outras crianças; quando está em grupo, poderá ser seletiva acerca dos
seus companheiros;  Gosta de imitar as atividades dos adultos;  Está a aprender a partilhar, a
aceitar as regras e a respeitar a vez do outro;

Desenvolvimento Emocional

Os pesadelos são comuns nesta fase;  Tem amigos imaginários e uma grande capacidade de
fantasiar;  Procura frequentemente testar o poder e os limites dos outros;  Exibe muitos
comportamentos desafiantes e opositores; Faculdade de Minas 24  Os seus estados
emocionais alcançam os extremos: por ex., é desafiante e depois bastante envergonhada; 
Tem uma confiança crescente em si própria e no mundo;

Desenvolvimento Moral

Tem maior consciência do certo e errado, preocupando-se geralmente em fazer o que está
certo; pode culpar os outros pelos seus erros (dificuldade em assumir a culpa pelos seus
comportamentos);

Características da faixa etária dos 5 aos 6 anos

Desenvolvimento Físico

 A preferência manual está estabelecida;  É capaz de se vestir e despir sozinha;  Assegura


sua higiene com autonomia;  Pode manifestar dores de estômago ou vômitos quando
obrigada a comer comidas de que não gosta; tem preferência por comida pouco elaborada,
embora aceite uma maior variedade de alimentos;

Desenvolvimento Cognitivo

Fala fluentemente, utilizando corretamente o plural, os pronomes e os tempos verbais; 


Grande interesse pelas palavras e a linguagem;  Pode gaguejar se estiver muito cansada ou
nervosa;  Segue instruções e aceita supervisão;  Conhece as cores, os números, etc. 
Capacidade para memorizar histórias e repeti-las;  É capaz de agrupar e ordenar objetos
tendo em conta o tamanho (do menor ao maior);  Começa a entender os conceitos de "antes"
e "depois", "em cima" e "em baixo", etc., bem como conceitos de tempo: "ontem", "hoje",
"amanhã"; Faculdade de Minas 25

Desenvolvimento Social

A mãe é ainda o centro do mundo da criança, pelo que poderá recear a não voltar a vê-la após
uma separação;  Copia os adultos;  Brinca com meninos e meninas;  Está mais calma, não
sendo tão exigente nas suas relações com os outros; é capaz de brincar apenas com outra
criança ou com um grupo de crianças, manifestando preferência pelas crianças do mesmo
sexo;  Brinca de forma independente, sem necessitar de uma constante supervisão;  Começa

Classificação: Uso Interno


a ser capaz de esperar pela sua vez e de partilhar;  Conhece as diferenças de sexo;  Aprecia
conversar durante as refeições;  Começa a interessar-se por saber de onde vêm os bebês; 
Está numa fase de maior conformismo, sendo crítica relativamente aqueles que não
apresentam o mesmo comportamento;

Desenvolvimento Emocional

Pode apresentar alguns medos: do escuro, de cair, de cães ou de dano corporal, embora esta
não seja uma fase de grandes medos;  Se estiver cansada, nervosa ou chateada, poderá
apresentar alguns dos seguintes comportamentos: roer as unhas, piscar repetidamente os
olhos, fungar, etc.;  Preocupa-se em agradar aos adultos;  Maior sensibilidade relativamente
às necessidades e sentimentos dos outros;  Envergonha-se facilmente;

Desenvolvimento Moral

Devido à sua grande preocupação em fazer as coisas bem e em agradar, poderá por vezes
mentir ou culpar os outros de comportamentos reprováveis. Faculdade de Minas 26
"Aprendemos sobre o jeito de ser de cada criança através da forma como se relaciona com
seus amigos, seus brinquedos, como manifesta suas vontades e afetos; tolera suas frustrações,
através das primeiras expressões gráficas e da linguagem".

Os principais fatores que podem impactar o desenvolvimento infantil são:

Ambiente onde a criança vive. Hereditariedade (os seus pais, avós e demais ancestrais).
Alimentação. Problemas físicos.

Psicologia do desenvolvimento infantil

A psicologia do desenvolvimento infantil é responsável por estudar as alterações que ocorrem


no comportamento do ser humano durante a infância e defende que ele precisa passar por
algumas etapas de aprendizado para finalmente adquirir determinada capacidade. Esse estudo
engloba não só o desenvolvimento emocional/afetivo (emoções e sentimentos), mas também
o cognitivo (conhecimento/razão), o social (relações sociais) e o psicomotor (funções motoras
e psíquicas). A psicologia do desenvolvimento busca estudar também os fatores que
promovem as mudanças de comportamento que levam a determinado fim. O psicólogo suíço
Jean Piaget, fez uma analogia entre o desenvolvimento infantil e o desenvolvimento de um
embrião: ele considerou que o percurso do desenvolvimento infantil consistia em fases e que a
conclusão de uma determinada fase era condição necessária para passar à fase seguinte, ou
seja, defendia que o desenvolvimento ocorria de forma sequencial, sem pular etapas. Piaget
definiu o desenvolvimento cognitivo como uma espécie de embriologia mental. A construção
da criança enquanto indivíduo está diretamente relacionada com o ambiente que a cerca. A
demanda do ambiente pode influenciar diretamente o Faculdade de Minas 27 alcance de
determinadas capacidades. Essa condição estabelece algumas relações do desenvolvimento
infantil com a aprendizagem: uma criança que não sofre estímulos, pode, por exemplo,
desenvolver certas capacidades mais tarde ou até mesmo vir a não desenvolvê-las. Em outras
palavras, se o ambiente não demanda, a criança pode não “reagir” e não “construir”. Em suma,
a psicologia do desenvolvimento infantil defende que a construção acontece através da
interação com o meio.

A importância do brincar no desenvolvimento infantil

Classificação: Uso Interno


As brincadeiras e jogos constituem uma parte fundamental do processo de desenvolvimento
infantil. Através das brincadeiras, as crianças têm a possibilidade de explorar seus sentimentos
e emoções e também seus medos e angústias. O lúdico também permite que as crianças criem
situações hipotéticas que auxiliam no desenvolvimento das capacidades de reflexão, análise,
raciocínio, imaginação e criatividade. A brincadeira com outras crianças, por exemplo, ensina a
criança a partilhar seja um brinquedo ou mesmo um espaço. Desta forma, a socialização ajuda
a criança a ultrapassar a fase do egocentrismo. Por intermédio da brincadeira, a criança
explora e reflete sobre a realidade e a cultura na qual está inserida, interiorizando-a. A
experimentação de diferentes papéis Faculdade de Minas 28 sociais (o papel de mãe, pai,
bombeiro, super-homem) através do faz-de-conta, permite à criança compreender o papel do
adulto e aprender a comportar-se e a sentir como ele, constituindo-se como uma preparação
para a entrada no mundo dos adultos. A criança procura assim conhecer o mundo e conhecer-
se a si mesma. Outro aspeto importante do brincar é o desenvolvimento do raciocínio, da
atenção, da imaginação e da criatividade, na medida em que as brincadeiras trazem novas
linguagem e ajudam a criança a pensar, se quisermos, a pensar a realidade de forma criativa.
Os benefícios do brincar são inesgotáveis e como tal é muito importante que os pais não se
esqueçam de definir na agenda da criança um espaço diário para não fazer nada – é aí que
surge o espaço para brincar. O adulto pode e deve participar na brincadeira, uma vez que o seu
envolvimento não só estreita os laços afetivos com a criança como também aumenta o seu
nível de interesse e motivação. Na interação, o adulto tem oportunidade de conter e ajudar a
criança na elaboração das inquietações que surgirem durante a brincadeira, bem como
enriquecer e estimular a imaginação da criança, despertandolhe ideias e questionando-a para
a descoberta de soluções.

Teoria de Piaget versus teoria de Vygotsky

Lev Semyonovich Vygotsky (17 de novembro de 1896 - 11 de junho de 1934) Faculdade de


Minas 29 No domínio da psicologia, Jean Piaget e Lev Vygotsky foram grandes estudiosos do
desenvolvimento infantil. Ambos são considerados construcionistas e interacionistas, pois
defendem que nada acontece sem uma interação e que tudo precisa passar por um processo
de construção até alcançar determinado fim. A diferença entre a teoria de Piaget e a teoria de
Vygotsky são as mediações utilizadas para abordar a interação. Piaget considera que a
interação se dê por meio da ação da criança. Desta forma ocorre uma troca com o meio; a
criança age e aprende por experiência própria, não há uma pessoa ensinando. Para Vygotsky, a
mediação ocorre por meio de ferramentas culturais, ou seja, o aprendizado ocorre quando a
criança interage ou coopera com pessoas que fazem parte do seu ambiente. Posteriormente,
esses processos de aprendizados são internalizados e passam a fazer parte do
desenvolvimento independente da criança. Em outras palavras, para Vygotsky o
desenvolvimento infantil é resultado do convívio social.

Fatores importantes para o bom desenvolvimento infantil

A base para um bom desenvolvimento é o vínculo afetivo com a mãe, o pai, os familiares e
demais cuidadores. Quando há um ambiente acolhedor, a criança tem a oportunidade de
crescer saudavelmente, desenvolvendo suas habilidades ao máximo. Ambientes perturbados
como casas em que moram muitas pessoas, presença de muitas brigas, violência, abuso
psicológico e físico, entre outros, são fatores de risco para que as crianças tenham dificuldade
em desenvolver suas habilidades plenamente. Não raramente, esses pequenos passam a
sofrer de transtornos mentais mais tarde na vida e podem ter dificuldades no social, na
carreira, nos estudos, entre outros. Fatores que podem influenciar no desenvolvimento são:

Classificação: Uso Interno


Faculdade de Minas 30 Hereditariedade: Se os pais começaram a falar mais tarde do que maior
parte dos bebês, é provável que o filho também demore um pouco para aprender a falar;
Nutrição: A alimentação é importante não apenas para o desenvolvimento do corpo, como
também para a cognição, visto que o cérebro é um órgão como todos os outros e precisa estar
nutrido para funcionar adequadamente; Ambiente: Quando há falta de estimulação no
ambiente em que a criança vive, pode haver um retardo no desenvolvimento intelectual. Já
ambientes com estímulos o suficiente, facilmente aceleram esse processo; Problemas Físicos:
Se a criança sofre de alguma condição médica, o desenvolvimento pode ser dificultado.
Crianças surdas, por exemplo, podem demorar para desenvolver a linguagem.

Marcos do desenvolvimento infantil

Muitas mamães e papais sabem que seu filho está se desenvolvendo bem porque conhecem
os marcos do desenvolvimento. Esses marcos são eventos nos quais a criança começa a
demonstrar certos comportamentos e têm momentos certos para acontecerem. Vale lembrar
que as idades podem variar bastante, mas em geral é aconselhável procurar um pediatra ao
desconfiar que seu filho não está se desenvolvendo tipicamente. Faculdade de Minas 31

Marcos importantes até os 12 meses

No nascimento, o bebê:

 Dorme a maior parte do tempo;  Suga com a boca com frequência;  Chora quando é
perturbado ou sente desconfortos.

4 semanas

Leva as mãos aos olhos e à boca;  Move a cabeça de um lado para o outro quando deitado; 
Segue um objeto em movimento em frente ao rosto com o olhar;  Responde aos sons do
ambiente (levando sustos, chorando etc.);  Pode se virar na direção de vozes e sons
familiares;  É capaz de focar em um rosto.

6 semanas

Observa objetos dentro do seu campo de visão;  Passa a sorrir quando falam com ele;  Fica
deitado sobre a barriguinha.

3 meses

Consegue manter a cabeça firme quando está sentado;  Eleva a cabeça a 45º quando deitado
de bruços;  Abre e fecha as mãozinhas;  Faz força com os pés quando é colocado sob uma
superfície plana;  Movimenta-se para alcançar brinquedos suspensos, como o móbile do
berço;  Segue, com o olhar, um objeto na frente do seu rosto, balançando a cabeça de um
lado para o outro;  Observa rostos atentamente; Faculdade de Minas 32  Sorri ao ouvir a voz
do cuidador (mãe, pai, babá etc.);  Começa a balbuciar, emitindo sons semelhantes à fala.

5-6 meses

Mantém a cabeça firme quando está de pé;  Consegue se sentar com apoio;  Rola o corpo
em um sentido, geralmente da posição deitado de bruços para deitado de costas;  Tenta
alcançar objetos;  Reconhece pessoas à distância;  Presta bastante atenção às vozes
humanas;  Sorri espontaneamente;  Ao sentir prazer, expressa por meio de gritinhos; 
Balbucia para brinquedos.

Classificação: Uso Interno


7 meses

Consegue se sentar sem apoio;  Sustenta parte do seu peso corporal quando mantido de pé; 
Passa objetos de uma mão para a outra;  Segura a própria mamadeira;  Procura objetos que
caíram;  Responde ao próprio nome;  Balbucia combinando vogais e consoantes;  Responde
à brincadeira do “cadê o bebê? ”.

9 meses

Consegue se sentar bem;  Tenta pegar brinquedos que estão longe do seu alcance; 
Responde quando os brinquedos são tirados dele; Faculdade de Minas 33  Engatinha ou se
mantém sobre os pés e as mãos;  Consegue se colocar de pé;  A partir da posição de bruços,
consegue se sentar;  Consegue ficar de pé se apoiando em algo ou alguém;  Diz “mama” e
“papa”.

12 meses

 Consegue andar se apoiando em móveis ou segurando a mão de pessoas;  Pode dar um ou


dois passos sem apoio;  Fica em pé por poucos momentos de cada vez;  Diz “mama” e
“papa” para as pessoas corretas;  Aprende a beber em copo;  Bate palminhas e dá tchau; 
Consegue falar algumas palavras.

Marcos do desenvolvimento dos 18 meses aos 6 anos

Aos 18 meses

 Anda bem;  Consegue subir escadas se apoiando.  Desenha uma linha vertical;  Faz uma
torre com 4 cubos;  Vira várias páginas de um livro ao mesmo tempo;  Fala cerca de 10
palavras;  Puxa brinquedos em cordas;  Consegue comer algumas coisas sozinho.

Aos 2 anos

Tem coordenação motora o suficiente para correr bem;  Sobe em móveis. Faculdade de
Minas 34  Manuseia bem talheres;  Vira páginas individuais dos livros;  Faz uma torre com 7
cubos;  Forma frases com 2 ou 3 palavras.

Aos 2,5 anos:

Salta;  Sobre e desce escadas sem ajuda.  Faz rabiscos em padrão circular;  Abre portas; 
Consegue vestir roupas simples sozinho;  Fala quando precisa ir ao banheiro.

Aos 3 anos

Possui boa coordenação motora para andar bem (marcha madura);  Anda de velocípede. 
Prefere usar uma mão à outra;  Copia um círculo;  Consegue se vestir sozinho, mas ainda não
sabe fechar os botões ou amarrar cadarços;  Conta até 10 e usa plurais;  Reconhece pelo
menos 3 cores;  Faz perguntas constantemente;  Consegue comer sozinho;  Grande parte
das crianças nessa idade já conseguem usar o banheiro sozinhas.

Aos 4 anos

Sobe e desce as escadas alternando os pés;  Salta sobre um pé;  Consegue lançar bolas.
Faculdade de Minas 35  Copia uma cruz;  Consegue se vestir;  Lava as mãos e o rosto.

Aos 5 anos

Classificação: Uso Interno


Pula;  Pega uma bola arremessada.  Copia um triângulo;  Desenha uma pessoa em 6 partes;
 Conhece 4 cores;  Consegue se vestir e se despir sem ajuda.

Aos 6 anos

Anda em linha reta usando toda a superfície do pé.  Escreve seu próprio nome. 10.

Desenvolvimento da linguagem

Crianças não nascem sabendo falar, e isso não é surpresa para ninguém. A fala, assim como a
cognição, não surge da noite para o dia: ela também vai chegando por meio de estágios.
Faculdade de Minas 36 Entretanto, não conseguir falar é diferente de não conseguir se
comunicar. A comunicação entre cuidador e bebê é, na maioria das vezes, muito bem
estabelecida. Quantas vezes você não viu uma mãe reconhecer a necessidade do pequeno só
pelo choro? Pois bem, desde o começo ele já vai criando uma espécie de linguagem própria,
ainda que não use as palavras. O problema é que nem todo mundo entende essa linguagem do
bebê e, a medida em que cresce, ele precisa aprender a se adaptar ao mundo à sua volta. Com
isso, ele passa a aprender a língua do lugar em que vive ao longo de dois estágios: o pré-
linguístico e o linguístico.

Estágio pré-linguístico

Este estágio ocorre antes da criança conseguir falar as primeiras palavras. Durante esse tempo,
ela costuma usar muito o choro para se comunicar. Muitas vezes, nem o bebê sabe muito bem
porque está chorando. Para ele, a fome é apenas uma sensação desconfortável, não sendo
muito diferente da dor da cólica. Com a ajuda da mãe, ele mesmo vai aprendendo o que é o
que: se a sensação ruim passa depois de se alimentar, então é fome. Assim, ele cria um choro
específico para essa sensação, a medida em que vai aprendendo a diferenciar o que sente.
Com o tempo, ele começa a produzir sons chamados “arrulhos”, sons guturais (saem
diretamente da garganta) que dão a base para que ele aprenda a usar as cordas vocais. Por
volta dos 6-10 meses, o bebê passa a balbuciar e repetir sons de consoantes e vogais. É nessa
fase que ele começa a falar “mama”, “papa” e “dada”. Não raramente, os pais confundem isso
com suas primeiras palavras, quando na verdade o próprio bebê não faz muita ideia do que
aquilo significa. Ou seja, nem sempre que a criança fala “mama”, ela está chamando a mãe.
Muitas vezes, está só experimentando suas cordas vocais. Faculdade de Minas 37 No final do
primeiro ano de idade, a criança já tem uma noção básica dos sons usados na linguagem, o que
dá a base para que ela possa efetivamente aprender a falar. É nessa hora que ela realmente
começa a aprender suas primeiras palavras.

Estágio linguístico

Lá pela metade do segundo ano de vida (18 meses), a criança já consegue usar combinações
de sons para se referir a pessoas, objetos, animais e até mesmo acontecimentos. Nessa época,
estima-se que ela tenha um vocabulário de cerca de 50 palavras, mesmo que elas estejam
erradas. O curioso é que, nessa fase, uma única palavra tem o valor de uma frase inteira. Um
exemplo é quando ela aponta para fora de casa dizendo “ua”. Os pais entendem que essas
duas letrinhas significam “eu quero ir para a rua”, ou “quero ir passear”. A esse fenômeno dá-
se o nome de “holófrases”. Ainda nessa idade, são frequentes trocas e omissões de letras,
como no exemplo citado da “rua sem r”. Ao final dos 2 anos de idade, espera-se que a criança
tenha um vocabulário de mais de 100 palavras e, entre os 2 e 3 anos, ela começa a aprender as

Classificação: Uso Interno


regras gramaticais e a trocar menos as letras. Aos 6 anos, já consegue falar frases longas e
busca sempre empregar as regras gramaticais corretamente.

Gênese da linguagem: como a criança aprende?

Apesar de sabermos que a linguagem está sendo desenvolvida pelo que a criança demonstra
externamente, não sabemos muito bem como esse aprendizado se dá. No entanto, diversos
teóricos tentaram explicar isso. Um linguista chamado Chomsky acredita que parte do
aprendizado é biologicamente determinado, ou seja, ocorre de maneira nativa. A criança vai
aprendendo a falar porque seu organismo se desenvolve, possibilitando a fala. Faculdade de
Minas 38 Já Skinner, um grande psicólogo comportamental, defendia que a linguagem era
obtida pela experiência. A medida em que a criança experimentava a linguagem com seus pais
e com outros adultos, ela ia aprendendo. Piaget, já citado, traz uma terceira visão que reflete
melhor o que vemos na prática: o aprendizado da linguagem ocorre por meio das interações
entre a criança e o mundo. Ele se dá juntamente com o desenvolvimento cognitivo, e é
baseado tanto em pressupostos biológicos quanto interacionistas. Com isso, fica mais claro
que a criança precisa do estímulo dos pais para aprender a falar. Suas primeiras sílabas são, de
fato, imitações dos sons que os pais emitem perto dela. Isso deixa claro como é preciso que
haja alguém a estimulando para que a criança possa aprender a falar de fato.

Quando a Criança não Apresenta o Desenvolvimento Típico

Para começar, devemos manter em mente que as idades, tanto do desenvolvimento cognitivo
quanto motor, são aproximadas, com referência em uma média. Ou seja, a capacidade de
pensamento representativo, característica marcante do estágio pré-operatório, pode não
aparecer logo que a criança faz 2 anos de idade. Outra coisa importante é perceber que,
muitas vezes, os estágios se sobrepõem: entrar no estágio pré-operatório não
necessariamente quer dizer que a criança aprendeu tudo que tinha para aprender no estágio
sensório-motor. Nesses casos, não há porque se preocupar, pois a passagem de um estágio
para o outro não significa que ela não será capaz de desenvolver essas habilidades
posteriormente. Pelo contrário, as habilidades já adquiridas continuam evoluindo sempre,
independente do estágio. Vale lembrar que crianças diferentes se desenvolvem de maneiras
diferentes, mas, em linhas gerais, existe um tempo certo para que algumas habilidades
apareçam. Faculdade de Minas 39 Se, por acaso, uma criança de 3 anos ainda não consegue
falar uma palavra, é sinal de que ela apresenta alguma disfunção no desenvolvimento e isso
deve ser investigado. Por outro lado, bebês que não saem da fase do balbucio podem ser
surdos, sendo esta apenas outra condição que precisa de atenção. Na dúvida, consulte sempre
um pediatra de confiança. Se necessário, ele poderá encaminhar o pequeno para um
fonoaudiólogo, psicopedagogo, neurologista, entre outras especialidades que podem ajudar a
trabalhar essas habilidades. É importante compreender os estágios do desenvolvimento
cognitivo infantil porque é justamente nessa fase que aparecem os primeiros sintomas de
vários transtornos diagnosticados na infância, como é o caso do autismo e do transtorno de
déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Além disso, dificuldades no aprendizado de uma
criança podem ser um convite para a reflexão: o que está acontecendo no ambiente social e
familiar dessa criança que pode estar atrapalhando seu desenvolvimento? Como dito
anteriormente, os vínculos afetivos são indispensáveis para um desenvolvimento pleno e de
qualidade. Pais que brigam frequentemente ou que são ausentes, a presença de algum irmão
com quem a criança é sempre comparada, situações nas quais ela é inferiorizada, entre outros,
são todos fatores que prejudicam o desenvolvimento. Por isso, às vezes o problema pode não

Classificação: Uso Interno


estar na criança em si, mas na dinâmica familiar. Nesses casos, é importante prestar atenção
nas atitudes que podem prejudicá-la, assim como buscar ajuda quando necessário.

Conclusão

Considera-se que o desenvolvimento da criança é um fator relevante em todos os aspectos,


pois é preciso que se tenha um desenvolvimento na integra, ou seja, social, psicológico, por
isso é fundamental que se possa oferecer condições a criança de ter um desenvolvimento
sócioafetivo adequado e desenvolver também a sua Faculdade de Minas 40 capacidade de
aprendizagem respeitando os limites de cada idade. A criança desde que nasce desenvolve-se
de forma relevante e dinâmica, o desenvolvimento físico corresponde a sua maneira de
crescer com fatores genéticos e biológicos interferindo nesse processo. Já o desenvolvimento
social e afetivo é outro fator relevante que deve ser levado em consideração em especial no
processo de aprendizagem. É verídico que a personalidade da criança é única e sua construção
se dá nos primeiros anos de vida. A base deste desenvolvimento dará estruturação à infância,
adolescência, juventude e vida adulta. Por este motivo, é tão importante o cuidado das
crianças em seu desenvolvimento emocional saudável. Conhecer o mundo e sentir-se seguro é
fundamental para o indivíduo que acabou de sofrer o trauma do nascimento e entrou no
mundo real. Nesta fase, o mais importante é o estabelecimento do vínculo mãe-filho para que
o bebê se sinta seguro e parta para a sua aventura de descobrir o mundo. As crianças com
capacidades normais precisam apenas vivenciar interações conversacionais para adquirir a
linguagem. No entanto, muitas crianças talvez não tenham experiências suficientes com esse
tipo de interação para maximizar seu desenvolvimento de linguagem. Os pais devem ser
encorajados a tratar seus filhos pequenos como parceiros de conversa desde os primeiros
meses de vida. Educadores e formuladores de políticas devem reconhecer que as habilidades
linguísticas das crianças não refletem apenas suas capacidades cognitivas, mas também as
oportunidades de ouvir e usar a linguagem que seus ambientes lhes proporcionaram.

Classificação: Uso Interno

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