Ebook Servico Social
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EM SERVIÇO SOCIAL:
questões em evidência
1
PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL:
questões em evidência
ORGANIZADORAS
Vera Núbia Santos
Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves
Nelmires Ferreira da Silva
ISBN
978-85-8413-438-0
EDITORA CRIAÇÃO
CONSELHO EDITORIAL
Criação Editora
Aracaju | 2023
Copyrigth 2023 by Organizadoras
S237p
Santos, Vera Núbia; Gonçalves, Maria da Conceição Vasconce-
los; Silva, Nelmires Ferreira da (org.).
Pesquisa e Pós-Graduação em Serviço Social: questões
em evidência / Organizadoras: Vera Núbia Santos, Maria da
Conceição Vasconcelos Gonçalves e Nelmires Ferreira da Sil-
va; Prefácio de Joana Valente Santana. – 1. ed. – Aracaju, SE :
Criação Editora, 2023.[
274p fig. grafs, tabs. quadro.
E-book: PDF.
Inclui bibliografia.
ISBN978-85-8413-438-0
CDD 360
CDU 364.46
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PREFÁCIO | Pesquisa e pós-graduação em Serviço Social
1
Afirma o autor que o grande capital constrói estratégias de intervenção que permi-
tem “uma nova escala de mercantilização alcançando todos os domínios demarca-
dos legalmente como públicos, compreendendo serviços públicos estabelecidos, por
meio de diversas contrarreformas do Estado. A Emenda Constitucional nº 95/2016,
efetivada após o golpe de 2016, [...] é a matriz da desconstrução de todas as políticas
sociais da Constituição de 1988” (Leher, 2021, p. 13).
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Joana Valente Santana
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
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Joana Valente Santana
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PREFÁCIO | Pesquisa e pós-graduação em Serviço Social
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Joana Valente Santana
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Grupo de Estudos e Pesquisas Marxistas – GEPEM; Grupo de Estudos e Pesquisas em
Fundamentos, Formação em Serviço Social e Políticas Sociais – GEPSSO; Grupo de
Estudos e Pesquisa em Saúde – GEPS; Grupo de Estudos e Pesquisas do Envelhecimen-
to Humano; Grupo de Estudos e Pesquisas em Trabalho, Questão Social e Movimento
Social – GETEQ; Núcleo de Estudos e Pesquisas em Marxismo e Serviço Social. O le-
vantamento desses grupos de pesquisa foi realizado com base na Plataforma Sucu-
pira (https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/) e, em seguida, no Diretório de Grupos
de Pesquisa (http://lattes.cnpq.br/web/dgp) da Plataforma Lattes (https://lattes.cnpq.
br/). Em termos de metodologia, primeiramente foi realizado o acesso na Plataforma
Sucupira, em seguida, optou-se por “Coleta Capes”, e, logo após, “Dados do Envio”.
Após esta etapa, foram selecionadas as opções para busca de dados específicos do
PPGSS/UFS, sendo a instituição em questão a “Fundação Universidade Federal de
Sergipe (FUFSE)”, o Programa em “Serviço Social”, e o ano base, o de “2020”. A partir
desta busca, foi possível verificar a lista de docentes (permanentes e colaboradores)
do referido PPG. Por fim, a partir dos nomes dos(as) docentes do PPGSS/UFS, foi rea-
lizada a busca pelo perfil dos(as) referidos(as) docentes na Plataforma Lattes, e com
isso, foi possível acessar o Diretório de Grupos de Pesquisa, para verificar o(s) grupo(s)
que cada um(a) dos(as) docentes integram, informação esta que consta na aba “Gru-
pos de pesquisa em que atua”. Ressalte-se que a Coordenação do PROSS atualizou
a informação dos docentes que continuam no Programa, no ano 2022, motivo pelo
qual alguns docentes que estavam no levantamento inicial referente ao ano de 2020
foram suprimidos desta apresentação.
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PREFÁCIO | Pesquisa e pós-graduação em Serviço Social
Fonte: Elaboração própria com base em dados na Plataforma Sucupira (2020) e Plataforma Lattes (2021).
5
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa do Serviço Social – Gestão “Aqui se respira
luta!” (gestão 2021-2022).
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Joana Valente Santana
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PREFÁCIO | Pesquisa e pós-graduação em Serviço Social
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Joana Valente Santana
REFERÊNCIAS
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APRESENTAÇÃO
1
Disponível em: https://auditoriacidada.org.br/. Note-se em dados percentuais: em
2019, o MEC foi responsável por 3,48% e o MCTI por 0,23% do orçamento executado;
em 2020, o MEC atinge 2,49% e o MCTI 0,1758%; já em 2021 o percentual executado
em cada ministério foi de 2,49% e 0,1202% para o MEC e MCTI, respectivamente.
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APRESENTAÇÃO | Pesquisa e Pós-Graduação em evidência nos 10 Anos do PROSS/UFS
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Para esse ano comemorativo, foram desenvolvidas três atividades: lançamento de
quatro livros (vinculados a grupos de pesquisas de docentes do PROSS), aula inaugu-
ral com a temática dos dez anos do Programa e o I Encontro de Egressas e Egressos.
Participaram da Comissão Organizadora das atividades quatro docentes, dois discen-
tes e cinco egressas do Programa.
3
Foi feita chamada de trabalhos, que foram submetidos à avaliação de uma Comissão
Científica formada por docentes da Universidade Federal de Sergipe, Universidade
Federal da Bahia, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e Universidade Esta-
dual de Montes Claros.
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APRESENTAÇÃO | Pesquisa e Pós-Graduação em evidência nos 10 Anos do PROSS/UFS
(Thiago de Mello)
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PARTE I
DESAFIOS E PERSPECTIVAS
PARA A PESQUISA E A
PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL
31
CAPÍTULO 1
Inez Stampa
INTRODUÇÃO
32
Inez Stampa
1
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (2011-2018), coor-
denadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (2010-2012),
membro do Conselho de Ensino e Pesquisa (2015-2018) e, atualmente, diretora do De-
partamento de Serviço Social.
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Desafios para o Serviço Social em contexto de desfinanciamento da pesquisa e da Pós-graduação no Brasil
2
Utilizo a denominação mundialização do capital porque este conceito, cunhado por
Chesnais (1996), expressa de forma clara a nova etapa de internacionalização do ca-
pitalismo, ainda em curso. Creio que o termo globalização, muito difundido entre
nós, é um termo carregado de ideologia, com certo caráter apologético, com pouco
ou nenhum rigor conceitual, o que o torna um mito do nosso tempo. Por essa razão,
ao invés de globalização, adoto o termo mundialização do capital e nova ordem do
capital, de acordo com Chesnais (1986) e Harvey (1998). A busca de recomposição pelo
capital, que de muito já era internacionalizado, dá-se mediante a mundialização do
mercado. O capital rompe as fronteiras nacionais e constitui-se num poder global,
drenando a maior parte do fundo público nessa recomposição. Trata-se de deixar o
mercado livre para ser o grande regulador das relações sociais e, consequentemente,
prega-se o Estado articulador e financiador da recomposição capitalista.
3
Subprime é uma modalidade de crédito de risco concedida a tomadores que não
apresentam garantias suficientes para comprovar sua adimplência. O termo foi cria-
do nos EUA, no início dos anos 2000, como uma forma de empréstimo de segunda
linha para o setor imobiliário que possuía taxas mais altas e alienava a residência
do tomador. A crise do subprime foi uma crise financeira que teve início em julho de
2007 nos EUA, a partir da queda do índice Dow Jones (está entre os principais indica-
dores financeiros do mercado de ações norte-americano) motivada pela concessão de
crédito hipotecário de alto risco. Ou seja, o subprime foi um dos principais catalisado-
res da crise econômica de 2008, considerada como o pior momento do capitalismo
desde a Grande Depressão de 1929.
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Inez Stampa
4
Antonio Gramsci (1891-1937) foi um político, estudioso e pensador marxista italiano que
construiu relevante obra política em meio às transformações e inflexões definidoras
do século XX (como a Primeira Guerra Mundial, a Revolução Russa e o surgimento de
partidos comunistas em diversos países). Protagonizou a criação do Partido Comunista
Italiano e viveu o fracasso de tentativas socialistas do Ocidente, além da ascensão e
repressão fascista, que determinou a sua prisão nos cárceres de Mussolini por vinte
anos, onde permaneceu por onze anos. Faleceu três dias depois de obter liberdade con-
dicional devido ao seu precário estado de saúde. Oriundo desse cenário, Gramsci reagiu
diante dos acontecimentos que marcaram a Itália no final do século XIX e o mundo no
início do século XX, tendo sua produção forjada em resposta ao contexto da época.
5
Tradução livre de “Il vecchio mondo sta morendo, un nuovo mondo tarda a nascere e,
in questo chiaroscuro, i mostri scoppiano” (Gramsci, 2007, p. 2238).
6
O neoliberalismo é uma concepção político-ideológica segundo a qual o mercado se
traduz em um valor incontestável, de modo que qualquer empecilho à livre circula-
ção de mercadorias é visto como ameaça ao equilíbrio das forças sociais. Segundo
Dardot e Laval (2016, p. 15), é uma forma de governança e de intervenção que depende
crucialmente de uma ação estatal abrangente, razão pela qual definem o neoliberalis-
mo “como o conjunto de discursos, práticas, dispositivos, que determinam um novo
governo dos homens segundo o princípio universal da concorrência”, pois a extensão
da lógica do mercado se dá por meio da transformação do Estado.
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Desafios para o Serviço Social em contexto de desfinanciamento da pesquisa e da Pós-graduação no Brasil
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Paulo Guedes, nos anos 1980, depois de seu doutoramento em Economia pela Univer-
sidade de Chicago (EUA), foi recrutado por Selume, ex-diretor de Orçamento da dita-
dura de Pinochet (1973-1990), que então dirigia a Faculdade de Economia e Negócios
da Universidade do Chile. Guedes afirmava pretender fazer no Brasil as reformas que
foram feitas no Chile de Pinochet: autonomia do Banco Central, câmbio flutuante,
equilíbrio fiscal (equilíbrio entre receitas e despesas públicas) e previdência social no
regime de capitalização (Fernández, 2018).
8
A saída do Reino Unido da União Europeia (iniciada em 2016 e efetivada em 2020)
foi apelidada de Brexit, palavra originada na língua inglesa resultante da junção de
British (britânico) e exit (saída).
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Desafios para o Serviço Social em contexto de desfinanciamento da pesquisa e da Pós-graduação no Brasil
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Após a Avaliação Quadrienal de 2017, foram criados três cursos de Mestrado Acadê-
mico (Universidade Federal de Tocantins/UFT; Universidade Federal da Bahia/ UFBA
e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia/ UFRB) e um curso de Doutorado Aca-
dêmico (Universidade Federal de Juiz de Fora/UFJF).
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Inez Stampa
10
Evento realizado entre 9 a 11 de novembro de 2021 pelo PROSS/UFS, no qual partici-
pei como palestrante da mesa “Desafios para a pesquisa em Serviço Social no contex-
to atual: o papel das agências de fomento”.
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Desafios para o Serviço Social em contexto de desfinanciamento da pesquisa e da Pós-graduação no Brasil
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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Desafios para o Serviço Social em contexto de desfinanciamento da pesquisa e da Pós-graduação no Brasil
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CAPÍTULO 2
INTRODUÇÃO
E ste artigo tem por objetivo apresentar uma discussão sobre a repre-
sentação discente na Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa
em Serviço Social (ABEPSS), destacando a relevância desta entidade na
atual conjuntura brasileira.
Trata-se de uma construção coletiva da representação discente de
pós-graduação da ABEPSS Regional Nordeste, sob a gestão “Aqui se res-
pira luta – biênio 2021/2022”. As considerações a serem apresentadas são
frutos da participação na Mesa de Abertura do I Encontro de Egressas e
Egressos do Programa de Pós-graduação em Serviço Social (PROSS) da
Universidade Federal de Sergipe.
A ABEPSS é uma entidade de natureza acadêmico-científica e polí-
tica (Santos, 2007), composta hoje por docentes, discentes de graduação
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Perspectivas de representação discente na ABEPSS na conjuntura brasileira atual
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Yanca Virgínia Araújo Silva; Ingred Lydiane de Lima Silva
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Perspectivas de representação discente na ABEPSS na conjuntura brasileira atual
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Yanca Virgínia Araújo Silva; Ingred Lydiane de Lima Silva
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Perspectivas de representação discente na ABEPSS na conjuntura brasileira atual
1
Os dados da pesquisa estão disponíveis no documento “A formação em Serviço Social
e o Ensino Remoto Emergencial”. Recomendamos a leitura: https://www.abepss.org.
br/arquivos/anexos/20210611_formacao-em-servico-social-e-o-ensino-remoto-emer-
gencial-202106141344485082480.pdf.
2
A pesquisa teve o alcance de 100% dos programas de pós-graduação stricto sensu em
Serviço Social do Brasil. 5 PPGs (13,9%) na regional Norte; 10 PPGs (27,8%) na regional
Nordeste; 3 PPGs (8,3%) na regional Centro-Oeste; 9 PPGs (25%) na regional Leste; 6
PPGs (16,7%) na regional Sul I; 3 PPGs (8,3%) na regional Sul II.
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Yanca Virgínia Araújo Silva; Ingred Lydiane de Lima Silva
status quo”. Não é por acaso que no contexto pandêmico ganham forças
propostas como a do ensino híbrido, uma vez que esta modalidade e o
ensino a distância também compõem parte do receituário neoliberal.
Para Behring (2003), o endividamento3 e a recessão econômica
nos países periféricos foram o caminho para o avanço do neoliberalis-
mo, sendo a hiperinflação a base da contrarreforma do Estado no Bra-
sil. É nesse contexto que as instituições multilaterais, representantes
do grande capital, passam a receitar o neoliberalismo para os países
devedores como medida para combater a inflação e atrair capital es-
trangeiro.
A importância da “reforma” do Estado e das políticas socais reside
na necessidade de reestrutura da máquina estatal para a reprodução do
capital neste novo contexto político, econômico e cultural financeiriza-
do do sistema. A essência da ideologia neoliberal é um “Estado mínimo
para o trabalho e máximo para o capital” (Netto, 2007, p. 231).
Na análise de Guerra (2010), as atuais configurações de ensino com
a flexibilização do mundo do trabalho refletem o interesse por parte do
mercado de um novo perfil profissional. O trabalhador “é chamado a
desenvolver várias competências e habilidades voltadas para o merca-
do, portador de valores individualistas e imediatistas, a partir dos quais
vale o ter (neste caso, o certificado) em detrimento do ser (neste caso,
um profissional qualificado)” (Guerra, 2010, p. 724).
Concomitante à contrarreforma do Estado brasileiro, vislumbra-
-se o crescimento do ensino superior privado. Durante o governo de
Fernando Henrique Cardoso (FHC), com a aprovação do plano diretor,
“a universidade passa a ocupar o âmbito dos serviços não exclusivos do
3
Para Behring (2003), compreender o desmonte do Estado brasileiro nos anos 1990 e
o processo de inserção do país na dinâmica contemporânea do capital, por meio da
incorporação da política macroeconômica neoliberal requer considerar as condições
gerais que lhe antecedem. Em sua análise, existe uma relação direta entre a contrar-
reforma neoliberal dos anos 1990, a estagnação econômica do país nos anos 80 e o
processo de endividamento durante o período da ditadura militar no Brasil.
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Perspectivas de representação discente na ABEPSS na conjuntura brasileira atual
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Perspectivas de representação discente na ABEPSS na conjuntura brasileira atual
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Yanca Virgínia Araújo Silva; Ingred Lydiane de Lima Silva
4
TEJADAS, S. et al. “Estágio de pós-graduação” em Serviço Social no sociojurídico:
aproximações preliminares. Serviço Social & Sociedade [online]. 2022, n. 143, pp. 101-
120. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0101-6628.273.
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Perspectivas de representação discente na ABEPSS na conjuntura brasileira atual
5
ABEPSS lança Nota Técnica sobre Família e Políticas Públicas em contraponto ao
Edital 02-2021 CAPES. Disponível em: http://www.abepss.org.br/arquivos/anexos/nt-
-abepss-marco-21-202103262108381181190.pdf.
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Yanca Virgínia Araújo Silva; Ingred Lydiane de Lima Silva
REFERÊNCIAS
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Perspectivas de representação discente na ABEPSS na conjuntura brasileira atual
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PARTE II
EXPERIÊNCIAS DE PERMANÊNCIA E
CONTINUIDADE DA PÓS-GRADUAÇÃO:
REBATIMENTOS NO EXERCÍCIO E NA FORMAÇÃO
PROFISSIONAL
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CAPÍTULO 3
INTRODUÇÃO
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Aline Nascimento Santos Correia; Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Simone Barreto Dativo
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Pós-Graduação e Serviço Social
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As propinas são valores anuais que correspondem às mensalidades.
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Pós-Graduação e Serviço Social
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Mota (2013, p. 17) irá fazer uma reflexão sobre esse contexto profis-
sional adotando que o Serviço Social deve ser considerado como uma
profissão e área do conhecimento, especificamente, uma área de produ-
ção do conhecimento, uma vez que
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Pós-Graduação e Serviço Social
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Aline Nascimento Santos Correia; Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Simone Barreto Dativo
referência que possibilita a quebra deste obstáculo, isso porque busca su-
perar os obstáculos impostos através da criação de estratégias, ao cons-
truir a leitura da realidade social através do método dialético que permite
considerar um conjunto de partes, relacionadas a uma estrutura maior.
O segundo obstáculo é a quase ausência de pensamento crítico no
exercício da atividade profissional dos assistentes sociais em Portugal,
o que leva a criar rotinas de práticas que não acompanham a evolução
dos problemas e não criam respostas inovadoras às necessidades so-
ciais. Uma realidade que atende à reprodução do trabalho tecnocrático
baseado apenas na inclusão social através do preenchimento de dados
exigidos pelo serviço público. Com a ordem que limita as suas ações ao
mero cumprimento de horário e funções pré-estabelecidas, elaboradas
previamente.
Tais obstáculos nos possibilitam arriscar em dizer que a formação
profissional de assistentes sociais brasileiros e portugueses pode estar
partindo de princípios bem diferentes, isso mesmo com as afinidades
encontradas na pós-graduação a partir da importância atribuída à pro-
dução científica. Tal realidade também nos coloca diante do desafio
de pensar nos reflexos da pós-graduação para profissionais brasileiros
que vão buscar formação continuada em países cuja dimensão objetiva
para produção do conhecimento muitas vezes está desconectada com
aquela que no Brasil é fomentada desde a formação inicial.
Portanto, tudo isso nos faz enxergar que a construção/compreensão
teórico-metodológica dos programas de pós-graduação em Serviço Social
são fundamentais para repensar/ressignificar as bases para a formação
profissional, seja ela inicial e/ou continuada, no Brasil ou em Portugal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Pós-Graduação e Serviço Social
REFERÊNCIAS
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Aline Nascimento Santos Correia; Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Simone Barreto Dativo
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CAPÍTULO 4
INTRODUÇÃO
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Ana Flávia Alves de Oliveira Almeida; Inácia Batista de Brito; Simone Moreira dos Santos Souza
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O Perfil dos Assistentes Sociais que atuam no Sistema Único de Assistência Social no Estado de Sergipe
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Ana Flávia Alves de Oliveira Almeida; Inácia Batista de Brito; Simone Moreira dos Santos Souza
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O Perfil dos Assistentes Sociais que atuam no Sistema Único de Assistência Social no Estado de Sergipe
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O Perfil dos Assistentes Sociais que atuam no Sistema Único de Assistência Social no Estado de Sergipe
área desde que sejam feitos cortes em outras. Outro ponto de extrema
relevância sobre a medida é a desconsideração das taxas de crescimen-
to demográfico, o que leva ao sucateamento das políticas sociais, pondo
em risco a qualidade de vida da população brasileira, principalmente
dos segmentos vulnerabilizados, que são o público da política da Assis-
tência Social.
Com a chegada de um governo de extrema direita ao governo fe-
deral, o processo de desmonte da já frágil estrutura do SUAS, acom-
panhada por uma ofensiva político-ideológica contra a população de
baixa renda, os efeitos das medidas adotadas e/ou mantidas no governo
Bolsonaro começam a ser sentidos pela classe trabalhadora. De acordo
com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2018 para
2019, a extrema pobreza se manteve em 6,5% da população, em 2018 e
2019, afetando mais da metade dos nordestinos e 39,8% das mulheres
pretas ou pardas.
Dados divulgados em abril 2021, pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV) revelam que o número de cidadãos que vivem abaixo da linha
da pobreza triplicou, e atinge cerca de 27 milhões de pessoas, cerca de
12,8% da população brasileira. O levantamento feito pela instituição
também aponta que muitas famílias “sobrevivem” com o valor de R$
246,00 (US$ 43,95) por mês. Com a inflação crescente no Brasil, sobre-
viver com R$ 246,00 é praticamente impossível, principalmente com o
aumento da cesta básica.
Para completar o rol das investidas conservadoras, Bolsonaro
lançou em 07 de julho de 2019, o Programa Pátria Voluntária, que tem
como presidente a primeira-dama do país, Michele Bolsonaro, e cuja fi-
nalidade é promover o voluntariado de forma articulada entre o gover-
no, as organizações da sociedade civil e o setor privado. Em uma única
tacada, o governo renova práticas que remonta à pior cultura histórica
do campo da Assistência Social: o primeiro-damismo e o voluntariado.
As ações do Programa são difíceis de serem avaliadas, pois só encontra-
mos dados na plataforma oficial do Programa, ou seja, são informações
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Ana Flávia Alves de Oliveira Almeida; Inácia Batista de Brito; Simone Moreira dos Santos Souza
criadas pelo próprio governo e mesmo assim elas são superficiais e não
expressam quais as instituições e o público que atingiu até o momento
com o retorno da cultura do voluntariado.
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O Perfil dos Assistentes Sociais que atuam no Sistema Único de Assistência Social no Estado de Sergipe
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Ana Flávia Alves de Oliveira Almeida; Inácia Batista de Brito; Simone Moreira dos Santos Souza
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Ana Flávia Alves de Oliveira Almeida; Inácia Batista de Brito; Simone Moreira dos Santos Souza
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O Perfil dos Assistentes Sociais que atuam no Sistema Único de Assistência Social no Estado de Sergipe
REFERÊNCIAS
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Ana Flávia Alves de Oliveira Almeida; Inácia Batista de Brito; Simone Moreira dos Santos Souza
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PARTE III
PESQUISAS NO PROSS/SE:
RESULTADOS DE DISSERTAÇÃO
112
CAPÍTULO 5
INTRODUÇÃO
1
Considerando que esta publicação é resultante da Chamada de Trabalhos do I En-
contro de Egressas e Egressos do PROSS 2021, o qual tratou da submissão de apre-
sentações oriundas de pesquisas de dissertação produzidas no Programa, este artigo
reproduz alguns trechos da obra homônima e original do autor (Cf. Santos, 2018).
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Implicações dos Sistemas de Informação no Serviço Social
114
Fábio dos Santos Barbosa; Josiane Soares Santos
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Implicações dos Sistemas de Informação no Serviço Social
116
Fábio dos Santos Barbosa; Josiane Soares Santos
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Implicações dos Sistemas de Informação no Serviço Social
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Fábio dos Santos Barbosa; Josiane Soares Santos
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Implicações dos Sistemas de Informação no Serviço Social
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Fábio dos Santos Barbosa; Josiane Soares Santos
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Implicações dos Sistemas de Informação no Serviço Social
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Fábio dos Santos Barbosa; Josiane Soares Santos
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Implicações dos Sistemas de Informação no Serviço Social
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Fábio dos Santos Barbosa; Josiane Soares Santos
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Implicações dos Sistemas de Informação no Serviço Social
126
Fábio dos Santos Barbosa; Josiane Soares Santos
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Implicações dos Sistemas de Informação no Serviço Social
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
128
Fábio dos Santos Barbosa; Josiane Soares Santos
129
CAPÍTULO 6
INTRODUÇÃO
130
Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Maria Lúcia Machado Aranha
131
Elementos Introdutórios para entender a Noção de
Competência nas Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social
Do pós Segunda Guerra até o final dos anos 1960 e início dos anos
1970 os países centrais vivenciaram ondas longas expansivas, que re-
sultaram no desenvolvimento da acumulação capitalista mundial. No
entanto, tal cenário modificou-se nos anos 1970 diante de uma cri-
se sem precedentes na história do capitalismo. Trata-se de uma cri-
se estrutural do capital que “[...] afete o sistema do capital global não
apenas em um de seus aspectos – o financeiro/monetário, por exem-
plo – mas em todas as suas dimensões fundamentais, ao colocar em
questão a sua viabilidade como sistema reprodutivo social” (Mészá-
ros, 2009, p. 100).
O panorama de crise registrou uma recessão generalizada, envol-
vendo todas as grandes potências capitalistas, a onda longa expansiva
deu lugar a um processo de estagnação. Em decorrência desse movi-
mento, os anos 1970 e 1980 foram períodos de grandes transtornos eco-
nômicos, sociais e políticos. As agitações e incertezas advindas dessa
dinâmica impulsionaram múltiplas experiências para o sistema de
produção e para a vida social, formatando um novo modo de produ-
zir. Assim se delineou a reestruturação produtiva, a partir de inovações
tecnológicas e organizacionais em meio a mudanças sociais, políticas e
econômicas na dinâmica capitalista, enquanto estratégia para conter
a crise de 1970, articulada à financeirização e ao neoliberalismo, com
vistas à retomada dos padrões de lucratividade. Nesse processo, a rees-
truturação produtiva surgiu como uma nova proposta de organização
da produção.
132
Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Maria Lúcia Machado Aranha
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Elementos Introdutórios para entender a Noção de
Competência nas Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social
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Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Maria Lúcia Machado Aranha
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Competência nas Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social
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Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Maria Lúcia Machado Aranha
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Competência nas Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social
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Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Maria Lúcia Machado Aranha
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Elementos Introdutórios para entender a Noção de
Competência nas Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social
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Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Maria Lúcia Machado Aranha
sas Diretrizes, por não ter sido objeto de discussão, apresenta-se como
autodefinida, conceituada, levando a um pseudo consenso a respeito da
sua concepção. Daí a importância de problematizá-la.
141
Elementos Introdutórios para entender a Noção de
Competência nas Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social
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Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Maria Lúcia Machado Aranha
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Competência nas Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social
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Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Maria Lúcia Machado Aranha
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Competência nas Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social
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Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Maria Lúcia Machado Aranha
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Elementos Introdutórios para entender a Noção de
Competência nas Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Maria Lúcia Machado Aranha
REFERÊNCIAS
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Elementos Introdutórios para entender a Noção de
Competência nas Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social
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Laryssa Gabriella Gonçalves dos Santos; Maria Lúcia Machado Aranha
151
CAPÍTULO 7
INTRODUÇÃO
1
Construído a partir da dissertação defendida, em 2019, no Programa de Pós-Gradua-
ção em Serviço Social da Universidade Federal de Sergipe, por Rosa Angélica dos San-
tos sob orientação de Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves. O trabalho em tela
traz alguns resultados desta pesquisa, especialmente quanto a incidência do pensa-
mento de Antonio Gramsci e sua influência no Serviço Social, apresentando alguns
resultados do capítulo IV.
2 Trata-se da tese intitulada O pensamento de Antonio Gramsci na produção teórica do Ser-
viço Social Brasileiro, defendida em 2016 pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço
Social da Universidade Federal de Santa Catarina.
152
Rosa Angélica dos Santos; Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves
153
Categorias Gramscianas
3
Antonio Gramsci (1891-1937) nasceu em Ales, Sardenha, Itália. Foi um político e pen-
sador mais lido e traduzido em todo o mundo, que ao final dos anos de 1960, desperta
o interesse de estudiosos situados no amplo espectro das ciências sociais. Foi um pre-
so político do regime fascista e morreu em 1937 em decorrência de uma hemorragia
cerebral, quando já aproveitava do pouco tempo de liberdade do cárcere. Podemos
assumir que Gramsci foi pensador italiano marxista que vivenciou o contexto políti-
co, cultural, social e econômico europeu no primeiro terço do século XX. Da tradição
marxista, suas obras buscam desvendar a multiplicidade de significados, os antago-
nismos, as contradições da sociedade capitalista em constante transformação e con-
tribui significativamente com reflexões que possibilitam a organização política dos
sujeitos com vista à superação dessa sociabilidade.
4
Esta atualidade pode ser evidenciada no segmento acadêmico quando a Faculdade de
Educação da Universidade Federal da Bahia promoveu o curso Fascismo e Educação:
reflexões a partir de Gramsci em 2021 no formato online (Plataforma YouTube) e contou
com vários expoentes do pensamento gramsciano.
5
São seis volumes dos Cadernos do Cárcere distribuídos nos seguintes títulos: I-
Introdução ao estudo da filosofia. A filosofia de Benedetto Croce; II- Os intelectuais.
O princípio educativo. Jornalismo; III- Maquiavel, a Política e o Estado Moderno; IV-
Temas de Cultura. Ação católica. Americanismo e Fordismo; V- O Risorgimento. No-
tas sobre a história da Itália; VI- Literatura. Folclore. Gramática. Esses volumes estão
disponíveis na língua portuguesa, organizados pela Editora Civilização Brasileira.
6
Enquanto pensador, as ideias de Gramsci jamais haviam sido citadas por autores
brasileiros. Elas são apropriadas e difundidas para se pensar a realidade brasileira a
partir da década de 1960. Anterior a esse período, as referências eram mencionadas
na imprensa socialista com destaque ao martírio vivido na prisão fascista.
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Rosa Angélica dos Santos; Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves
155
Categorias Gramscianas
7
O Serviço Social tem em sua trajetória a pesquisa e produção do conhecimento como
elemento inerente à consolidação da profissão e desde os anos de 1980 a categoria
responde pela sua própria produção de conhecimento, dando sustentação a sua prá-
tica profissional. A pesquisa e consequente produção de conhecimento no âmbito da
profissão requisita o aprofundamento teórico-metodológico como meio para a inves-
tigação da vida social.
156
Rosa Angélica dos Santos; Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves
8
A aproximação do Serviço Social com a tradição marxista ocorre ainda no início da
década de 1960, sendo interrompida pela conjuntura política do golpe de 1964 e reto-
ma-se a partir da segunda metade da década de 1970. As condições são as que se co-
locam: “as modificações sofridas pela sociedade brasileira nesse período ampliaram,
consequentemente, os espaços da ação profissional dos assistentes sociais. Se, no pas-
sado, as formas de prática encontravam-se mais restritas ao âmbito institucional, a
categoria passa a entrever, agora, a possibilidade de uma maior aproximação com o
movimento organizativo das classes subalternas” (Simionatto, 2011b, 169). A prática
profissional também se redefine, afastando-se da perspectiva modernizadora e deli-
neando um projeto de ruptura, “[…] as reflexões profissionais mudam de direção, na
medida mesma em que se colocam frente a frente com a realidade e com as condições
de existência das camadas exploradas da população.”.
157
Categorias Gramscianas
9
O universo abrangeu 189 trabalhos, destes, 53 foram teses e 136 dissertações. A nossa
amostra foi constituída por 20 trabalhos. A disparidade entre estes números está re-
lacionada à oferta destes cursos nos programas de pós-graduação em Serviço Social
no nordeste. Temos apenas 04 universidades com ofertas de doutorado (UFAL, UFPE,
UFMA e UFPI), e as demais ofertam mestrado. Outras duas universidades (UFBA e
UFRB) implantaram os programas de mestrado no ano de 2018.
158
Rosa Angélica dos Santos; Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves
Quadro 01: Síntese da amostra e categorias nas produções acadêmicas de teses e dissertações
Título Temática Categorias Tipo
A utopia da emancipação hu- Organização Partidos, intelectuais, eman- Dissertação
mana na Colômbia: os sindica- política e cipação humana e emancipa-
tos e os partidos de esquerda no participação ção política
período 2002-2010
Estado, Mídia e Oligarquia: po- Mídia e co- Estado, sociedade civil, hege- Tese
der público e meios de comuni- municação monia, guerra de movimento,
cação como suporte de um pro- guerra de posição, jornalismo
jeto político para o Maranhão
A radiofusão comunitária na Mídia e Co- Democracia, classes subal- Dissertação
luta pela democratização da municação ternas, luta de classes, inte-
comunicação: a experiência em lectuais, função do direito,
São Luis – Maranhão das rádios guerra de posição, mídia, he-
Bacanga FM e Conquista FM gemonia, comunicação
A Pedagogia da hegemonia na Política Pú- Ideologia, Estado, hegemonia, Dissertação
Assistência Social: críticas das blica: Assis- filosofia da práxis, política,
ideologias governamentais dos tência social revolução passiva, crise orgâ-
Núcleos de Participação Popu- nica, guerra de posição
lar em Fortaleza
As múltiplas determinações do Política Pú- Bloco histórico, Estado, socie- Tese
Programa Nacional de Assis- blica: Educa- dade civil, hegemonia, revolu-
tência Estudantil – PNAES nos ção ção passiva, transformismo,
governos Luiz Inácio Lula da estrutura, superestrutura
Silva
Pacto social e hegemonia bur- N e o d e s e n - Política, hegemonia, bloco Tese
guesa: a reforma do neolibera- volvi- histórico, estado, ideologia,
lismo na Era Lula mento intelectuais, revolução passi-
va, transformismo
Os determinantes da atuação Trabalho Intelectuais, sociedade civil, Tese
dos intelectuais do trabalho no transformismo, hegemonia,
capitalismo contemporâneo consenso, fordismo e america-
nismo, Estado, revolução pas-
siva
Processos religiosos e articu- Movimentos Intelectuais, hegemonia, par- Dissertação
lação de forças no movimento sociais tido, ideologia, religião, socie-
dos trabalhadores rurais sem- dade civil, superestrutura
-terra (MST): um estudo sobre
o Assentamento Pedro e Inácio
– Nazaré da Mata/Pernambuco
159
Categorias Gramscianas
160
Rosa Angélica dos Santos; Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves
10
O estudo analisa as categorias gramscianas mais recorrentes nas teses e dissertações,
tais como: Política, Hegemonia, Intelectuais, Estado e Sociedade civil. Assim, sintetiza
essas articulações das temáticas e objetos das produções com as diferentes catego-
rias, comentando as questões postas pelos autores e a incorporação do pensamento
de Gramsci na fundamentação dos estudos.
161
Categorias Gramscianas
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Rosa Angélica dos Santos; Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves
163
Categorias Gramscianas
164
Rosa Angélica dos Santos; Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves
nos governos Lula e Dilma, revelando a forma que esses setores cons-
truíram sua hegemonia a partir dos aparelhos privados de hegemonia
na sociedade civil. Outro elemento nesse movimento diz respeito às
mudanças operadas na ideologia dominante e os limites e contradições
da política de conciliação de classes. Dessa forma, o conceito de hege-
monia é referenciado “na capacidade de uma classe ou fração de classe
exercer dominação tanto pela força quanto pelo consenso, tanto no in-
terior dos aparelhos do Estado stricto sensu, […] quanto através de seus
aparelhos privados de hegemonia no seio da sociedade civil” (Mara,
2016, p. 32, supressão nossa).
Na discussão da categoria hegemonia e política, Mara (2016) cha-
ma atenção para as interpretações descoladas dos problemas históricos
devido os escritos se apresentarem cifrados e descontinuados – por ser
uma obra desenvolvida no cárcere, Gramsci teve o cuidado de evitar
a censura. Argumenta que algumas categorias foram incorporadas no
senso comum acadêmico com significado diferente dos Cadernos. “Con-
ceitos como hegemonia e sociedade civil foram esvaziados de conteúdo
de classe, reinterpretados de forma a distanciar seu pensamento da tra-
dição teórico-política do marxismo revolucionário” (Mara, 2016, p. 60).
Acerca da questão dos Intelectuais, podemos observar como um
dos trabalhos considera que “[…] a contribuição do pensador sardo no
tocante ao fenômeno histórico dos intelectuais, é o fio condutor e a
espinha dorsal que permitem analisar contemporaneamente os deter-
minantes da atuação dos intelectuais que desenvolvem atividades nos
assentamentos de reforma agrária […]” (Silva, 2008, p. 24). Sua pesquisa
volta-se para os determinantes da atuação dos intelectuais no assen-
tamento de reforma agrária, atuação esta compreendida e analisada
em consonância com as tendências gerais da sociabilidade burguesa
na economia, na política e na cultura, assim como das mediações da
relação entre Estado e sociedade civil.
No campo da disputa hegemônica por meio da criação de consen-
sos, Silva (2008) situa os determinantes da atuação dos intelectuais do
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Categorias Gramscianas
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Rosa Angélica dos Santos; Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves
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Categorias Gramscianas
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Rosa Angélica dos Santos; Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves
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Categorias Gramscianas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Rosa Angélica dos Santos; Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves
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Categorias Gramscianas
172
CAPÍTULO 8
INTRODUÇÃO
173
Principais discussões e resultados da Pesquisa
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Maíra dos Santos Oliveira; Maria Lúcia Machado Aranha
CAMINHO METODOLÓGICO
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Principais discussões e resultados da Pesquisa
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Maíra dos Santos Oliveira; Maria Lúcia Machado Aranha
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Principais discussões e resultados da Pesquisa
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Maíra dos Santos Oliveira; Maria Lúcia Machado Aranha
1 – Miranda:
• “A organização dos trabalhadores em educação sob a forma-
-sindicato no capitalismo neoliberal: o pensamento pedagó-
gico e o projeto sindical do SINPRO-RIO, da UPPES e do SEPE-
-RJ”. Dissertação. 2005.
Principais categorias identificadas: totalidade, media-
ção, contradição, práxis, trabalho, forma-sindicato, trabalho
produtivo e improdutivo, trabalho material e imaterial, traba-
lho intelectual e manual, subsunção real e formal do trabalho
ao capital, educação, escola unitária, Estado, ideologia.
2 – Sagrillo:
• “Trabalho docente: uma análise da produção do GT trabalho e
educação da ANPED”. Dissertação, 2009.
Principais categorias tratadas: Trabalho, práxis, alienação,
contradição, historicidade, totalidade, reestruturação produtiva.
3 - Vicentini:
• “Trabalho coletivo docente: contribuições para o desenvolvi-
mento profissional dos professores”. Dissertação, 2006.
Principal categoria analisada: trabalho coletivo.
4 – Fontana:
• “Trabalho docente e capitalismo: um estudo sobre a natureza
do trabalho docente nas pesquisas em educação na década de
1990”. Dissertação, 2005.
179
Principais discussões e resultados da Pesquisa
180
Maíra dos Santos Oliveira; Maria Lúcia Machado Aranha
Dito isso, depreende-se que nem toda atividade pode ser conside-
rada práxis, a atividade docente situa-se no rol das posições teleológicas
secundárias, ou seja, sua atividade se dá no intercâmbio entre os ho-
mens, portanto descarta-se a ideia de que é práxis. E, embora sua finali-
dade seja induzir os homens a agir de determinada maneira, isto, por si
só, não garante que realize transformações concretas e/ou objetivas na
realidade, assim como acontece com a práxis política e/ou revolucioná-
ria. A atividade do professor é atividade teórica e não práxis.
Miranda (2005; 2011), assim como Hypolito (1997), Enguita (1991),
Fontana (2005), em suas argumentações defendem a existência de um
processo de trabalho docente. Ora, de acordo com Marx (2013), quais
elementos compõem o processo de trabalho1? Atividade orientada a um
fim, meios e objeto de trabalho. Observe o que diz Marx (2013, p. 258)
sobre o processo simples de trabalho:
1
Ressalta-se que Marx (2013) esclarece a diferença entre processo de trabalho simples
e processo de produção capitalista. Neste último, a produção de mercadorias objetiva
a geração de mais-valia, de capital. Para saber mais, consultar a própria Obra ou o
Capítulo I da Dissertação, objeto desse estudo.
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Principais discussões e resultados da Pesquisa
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Maíra dos Santos Oliveira; Maria Lúcia Machado Aranha
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Principais discussões e resultados da Pesquisa
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Maíra dos Santos Oliveira; Maria Lúcia Machado Aranha
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Principais discussões e resultados da Pesquisa
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Maíra dos Santos Oliveira; Maria Lúcia Machado Aranha
Os autores salientam:
187
Principais discussões e resultados da Pesquisa
CONSIDERAÇÕES FINAIS
188
Maíra dos Santos Oliveira; Maria Lúcia Machado Aranha
REFERÊNCIAS
189
Principais discussões e resultados da Pesquisa
190
Maíra dos Santos Oliveira; Maria Lúcia Machado Aranha
191
PARTE IV
PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO NO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
SERVIÇO SOCIAL NA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SERGIPE: ANÁLISE DE UMA DÉCADA
INTRODUÇÃO
193
Produção de Conhecimento no Programa de Pós-graduação
em Serviço Social na Universidade Federal de Sergipe
194
Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves; Ana Carolyna Ribeiro Sales;
Weslany Thaise Lins Prudêncio; Carolina Sampaio de Sá Oliveira
1
Para mais detalhes ver o artigo “Departamento de Serviço Social: formação profis-
sional e pós-graduação” de autoria de Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves e
Josiane Soares Santos, publicado no livro Política Social e Serviço Social.
2
Projeto encaminhado pelo DSS/UFS, em 2003, à CAPES, resultando no Convênio nº
0056/03 desenvolvido entre 2003 e 2008. Envolveu a Universidade de Brasília (UnB)
com a participação das docentes Denise Bomtempo; Potyara Amazoneida Pereira;
Ivanete Boschetti e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), princi-
palmente através da Prof.ª Dr.ª Maria Carmelita Yazbek.
3
Docentes do DSS/UFS capacitadas: Maria da Conceição Almeida Vasconcelos; Rosân-
gela Marques dos Santos; Clarissa Carvalho Santos; Maria Cecília Tavares Leite; The-
reza Cristina Zavaris Tanezini.
195
Produção de Conhecimento no Programa de Pós-graduação
em Serviço Social na Universidade Federal de Sergipe
4
O curso e especialização “Política Social e Serviço Social” foi realizado durante o pe-
ríodo de setembro/2007 a maio de 2009, formando 38 especialistas.
5
Parecer CNE/CES 244/2011.
6
Associação Temporária de 4 anos (março de 2011 a março de 2015). O corpo docen-
te do PROSS/UFS foi constituído por Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves/
coordenadora; Maria Helena Santana Cruz/ vice coordenadora; Josiane Soares San-
tos; Maria da Conceição Almeida Vasconcelos; Maria Lúcia Machado Aranha e Vera
Núbia Santos. Por parte da UnB participaram Ivanete Salete Boschetti; Maria Lúcia
Leal; Marlene Teixeira Rodrigues; Perci Coelho de Souza; Potyara A. P. Pereira e Rosa
Helena Stein. Durante os dois primeiros anos os docentes da UnB tiveram partici-
pação nas disciplinas obrigatórias ministrando 15 horas de aulas. Desde o início as
orientações de dissertações foram assumidas pelas docentes do PROSS.
7
Apresentação de Propostas para Cursos Novos (APCN).
196
Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves; Ana Carolyna Ribeiro Sales;
Weslany Thaise Lins Prudêncio; Carolina Sampaio de Sá Oliveira
8
Na página do PROSS, na aba “Documentos”, na opção “Outros”, encontra-se o docu-
mento de aprovação do mestrado em Serviço Social, intitulado Ficha de Recomen-
dação – APCN/CAPES. Entre outros informes há descrição das linhas de pesquisa na
página 3.
9
Foram 41 inscrições homologadas, 12 vagas ofertadas e 11 aprovados (Andréa Carla
Pereira dos Santos Almeida; Andréa Mattos Dantas do Nascimento; Ana Paula Leite
Nascimento; Heide de Jesus Damasceno; Ingridi Palmieiri Oliveira; Maciela Rocha
Souza; Maíra dos Santos Oliveira; Maísa Aguiar Santana; Maria Auxiliadora Silva
Moreira Oliveira; Maria de Fátima Silva Oliveira; Maria Rosângela Albuquerque
Melo). Todas concluíram o curso sendo realizadas 8 defesas em 2013 (5 defesas em
setembro e 3 em outubro) e 3 em 2014 (2 defesas em janeiro e 1 em março). A 1ª defesa
ocorreu no dia 20/09/2013, de Maria Rosângela Albuquerque Melo sob orientação da
Prof.ª Dr.ª Nailsa Maria Sousa Araújo. Pretende-se enfatizar que o prazo de defesa
desde o início está dentro do previsto na área.
197
Produção de Conhecimento no Programa de Pós-graduação
em Serviço Social na Universidade Federal de Sergipe
10
O “Documento de Área 2013”, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ní-
vel Superior (CAPES), retrata a Avaliação Trienal 2013, envolvendo os anos de 2010,
2011 e 2012. Na ocasião, a Prof.ª Dr.ª Berenice Rojas Couto (PUC –RS), exercia a coorde-
nação de área 32 e a Prof.ª Dr.ª Maria Luiza Amaral Rizzotti (UEL), era a coordenadora
adjunta.
11
Relatório de autoria da coordenação da área 32, constituída por: Maria Lúcia Teixei-
ra Garcia/ coordenadora de área, Vera Maria R. Nogueira, coordenadora adjunta de
área e Valéria L. Forti, coordenadora adjunta de MP.
198
Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves; Ana Carolyna Ribeiro Sales;
Weslany Thaise Lins Prudêncio; Carolina Sampaio de Sá Oliveira
12
Acesso em 12 jan. 2023.
13
José Paulo Netto, autor da designação, expõe de forma aprofundada o processo de
renovação no seu livro “Ditadura e Serviço Social”.
199
Produção de Conhecimento no Programa de Pós-graduação
em Serviço Social na Universidade Federal de Sergipe
14
A produção de conhecimento envolve além das dissertações e teses, outras publica-
ções, entre elas, livros, capítulos de livros, artigos em periódicos, trabalhos completos
em eventos científicos.
15
As diretrizes curriculares, em 1996, foram aprovadas durante a Convenção Nacional
da Associação Brasileira de Ensino de Serviço Social. Após processo de tramitação no
Ministério da Educação é aprovada no Conselho Nacional de Educação/CNE e na Câ-
mara de Educação Superior/ CES através da Resolução CNE/ CES nº 15 de 13/03/2002
com base nos pareceres CNE/CES 492/2001 e 1.363/2001.
200
Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves; Ana Carolyna Ribeiro Sales;
Weslany Thaise Lins Prudêncio; Carolina Sampaio de Sá Oliveira
16
Fundação de Apoio a Pesquisa e a Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe.
201
Produção de Conhecimento no Programa de Pós-graduação
em Serviço Social na Universidade Federal de Sergipe
17
Entre eles o EDUCON, o JOINPP, o CBAS, o ENPESS.
202
Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves; Ana Carolyna Ribeiro Sales;
Weslany Thaise Lins Prudêncio; Carolina Sampaio de Sá Oliveira
203
Produção de Conhecimento no Programa de Pós-graduação
em Serviço Social na Universidade Federal de Sergipe
204
Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves; Ana Carolyna Ribeiro Sales;
Weslany Thaise Lins Prudêncio; Carolina Sampaio de Sá Oliveira
205
Produção de Conhecimento no Programa de Pós-graduação
em Serviço Social na Universidade Federal de Sergipe
Gráfico 4 - Número de dissertações com o tema educação, por linha de pesquisa (2013-2022)
206
Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves; Ana Carolyna Ribeiro Sales;
Weslany Thaise Lins Prudêncio; Carolina Sampaio de Sá Oliveira
207
Produção de Conhecimento no Programa de Pós-graduação
em Serviço Social na Universidade Federal de Sergipe
208
Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves; Ana Carolyna Ribeiro Sales;
Weslany Thaise Lins Prudêncio; Carolina Sampaio de Sá Oliveira
fendida pelo governo Bolsonaro, o que pode ter gerado interesse nes-
sa temática. Nessa mesma direção, nota-se que a produção teórica do
PROSS/UFS enfatiza questões vitais ao desenvolvimento da sociedade
e inerentes à profissão.
Outro aspecto observado é que, assim como as temáticas abran-
gem diferentes objetos de estudo, cada objeto também possui suas
particularidades, com enfoques distintos. No âmbito da assistência es-
tudantil, por exemplo, foram identificados recortes como a análise da
política de assistência estudantil na UFS; a atuação profissional do/a
assistente social na assistência estudantil e as ações da assistência estu-
dantil e seus efeitos nas instituições e/ou na vida dos usuários.
De modo breve, ainda que não seja o foco deste artigo, serão expli-
citados alguns elementos que fizeram parte da metodologia das pesqui-
sas de mestrado apresentadas ao PROSS/UFS.
As dissertações das duas linhas de pesquisa apresentam semelhan-
ças quanto aos aspectos metodológicos. Dentre os tipos de pesquisa uti-
lizados destacam-se a pesquisa bibliográfica, que envolve documentos
já tratados, como livro, artigo, tese, dentre outros. É frequente a utiliza-
ção da pesquisa documental, cujo objetivo é analisar documentos que
nunca foram analisados ou foram parcialmente trabalhados. Há tam-
bém dissertações que recorrem à pesquisa empírica – uso de entrevis-
ta, aplicação de questionário buscando dados relevantes de vivência e
experiência do sujeito da pesquisa – submetidas ao Comitê de Ética. Em
geral, usam abordagens de cunho quantitativo e qualitativo fundamen-
tadas no materialismo histórico-dialético, a referência teórico-metodo-
lógica hegemônica na formação profissional e produção de conheci-
mento do Serviço Social, por ser capaz de apreender as determinações
sócio-históricas em sua concretude cotidiana.
Diante do Quadro 1 é relevante reconhecer que as pesquisas apre-
sentadas nas dissertações 1, 2, 3, 5, 7 e 9 foram de caráter exploratório,
com pesquisa documental. Já as dissertações 4, 6 e 8 foram empíricas,
após autorização do Comitê de Ética da UFS. Cabe elucidar que as dis-
209
Produção de Conhecimento no Programa de Pós-graduação
em Serviço Social na Universidade Federal de Sergipe
CONSIDERAÇÕES FINAIS
210
Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves; Ana Carolyna Ribeiro Sales;
Weslany Thaise Lins Prudêncio; Carolina Sampaio de Sá Oliveira
REFERÊNCIAS
211
Produção de Conhecimento no Programa de Pós-graduação
em Serviço Social na Universidade Federal de Sergipe
212
Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves; Ana Carolyna Ribeiro Sales;
Weslany Thaise Lins Prudêncio; Carolina Sampaio de Sá Oliveira
213
CAPÍTULO 10
INTRODUÇÃO
214
Vera Núbia Santos; Kathleen Pimentel dos Santos; Raíssa dos Santos Rocha;
Naihara Gomes de Oliveira; Renildes Santos Maciel
215
Contribuições de Pessoas Egressas na Consolidação da Pós-Graduação
216
Vera Núbia Santos; Kathleen Pimentel dos Santos; Raíssa dos Santos Rocha;
Naihara Gomes de Oliveira; Renildes Santos Maciel
217
Contribuições de Pessoas Egressas na Consolidação da Pós-Graduação
218
Vera Núbia Santos; Kathleen Pimentel dos Santos; Raíssa dos Santos Rocha;
Naihara Gomes de Oliveira; Renildes Santos Maciel
219
Contribuições de Pessoas Egressas na Consolidação da Pós-Graduação
220
Vera Núbia Santos; Kathleen Pimentel dos Santos; Raíssa dos Santos Rocha;
Naihara Gomes de Oliveira; Renildes Santos Maciel
1
Em 2023 dois novos cursos de mestrado e dois de doutorado foram aprovados pela
CAPES.
221
Contribuições de Pessoas Egressas na Consolidação da Pós-Graduação
O PERCURSO DA PESQUISA
222
Vera Núbia Santos; Kathleen Pimentel dos Santos; Raíssa dos Santos Rocha;
Naihara Gomes de Oliveira; Renildes Santos Maciel
223
Contribuições de Pessoas Egressas na Consolidação da Pós-Graduação
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Vera Núbia Santos; Kathleen Pimentel dos Santos; Raíssa dos Santos Rocha;
Naihara Gomes de Oliveira; Renildes Santos Maciel
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Contribuições de Pessoas Egressas na Consolidação da Pós-Graduação
TOTAL / ano 8 14 9 11 6 12 10 11
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Vera Núbia Santos; Kathleen Pimentel dos Santos; Raíssa dos Santos Rocha;
Naihara Gomes de Oliveira; Renildes Santos Maciel
(2014), 97% dos assistentes sociais no Brasil são mulheres. Essa caracte-
rística tanto é presente desde o nascimento da profissão, quanto está
dentro dos processos históricos e culturais que a constitui. A incorpora-
ção do Serviço Social às profissões chamadas “profissões femininas” está
ligada ao nascimento da profissão, pela ligação às doutrinas religiosas e
o papel da mulher na sociedade burguesa, que atribuía à presença femi-
nina a “docilidade, a meiguice, a compaixão e o dom de comunicação,
convencimento e acolhimento” (Cisne, 2012, p. 47 apud Jesus, 2018, s.p.).
A primeira informação coletada através da plataforma Lattes fo-
ram as datas de atualização dos respectivos currículos. O Currículo Lat-
tes tornou-se, em nível nacional, a plataforma padrão de registro da tra-
jetória acadêmica de estudantes e pesquisadores. Agências de fomento,
universidades e institutos de pesquisa o aderiram, retificando ainda
mais sua importância (Ferreira; Oliveira; Pitombeira, 2016). Ressalte-se
que o gerenciamento das informações contidas na Plataforma Lattes é
instrumento fundamental tanto para as atividades de financiamento,
quanto para a absorção de informações necessárias para a formulação
e gestão de ciência e tecnologia.
Verifica-se que a integração e divulgação das informações dos
pesquisadores, docentes, estudantes e profissionais ligados à ciência e
tecnologia traz benefícios tanto aos sujeitos envolvidos, como também
para o desenvolvimento da comunidade científica, ao compor uma base
de dados que “permitisse a seleção de especialistas e consultores, além
da geração de dados estatísticos sobre a distribuição das atividades de
pesquisa em ciência e tecnologia no país” (Estácio, 2017, p. 306).
Analisar essas questões permitiu observar a manutenção dos cur-
rículos, desse modo, a sua atualização é também necessária e importan-
te aos programas de pós-graduação e seus respectivos cursos, ao permi-
tir o acompanhamento de seus egressos, verificando o que o programa
tem contribuído para um seguimento na carreira acadêmica, ou na
inserção no mercado de trabalho, ou ainda na contemplação de finan-
ciamento de projetos futuros. Como indicado no gráfico abaixo, menos
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Contribuições de Pessoas Egressas na Consolidação da Pós-Graduação
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Naihara Gomes de Oliveira; Renildes Santos Maciel
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Contribuições de Pessoas Egressas na Consolidação da Pós-Graduação
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Vera Núbia Santos; Kathleen Pimentel dos Santos; Raíssa dos Santos Rocha;
Naihara Gomes de Oliveira; Renildes Santos Maciel
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Contribuições de Pessoas Egressas na Consolidação da Pós-Graduação
REFERÊNCIAS
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Vera Núbia Santos; Kathleen Pimentel dos Santos; Raíssa dos Santos Rocha;
Naihara Gomes de Oliveira; Renildes Santos Maciel
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CAPÍTULO 11
INTRODUÇÃO
1
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
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Nelmires Ferreira da Silva; Carla Alessandra da Silva Nunes; Catarina Nascimento de Oliveira; Juliane Barbosa Tavares
2
Conselho Federal de Serviço Social/Conselhos Regionais de Serviço Social.
3
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social.
4
Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social.
239
Autoavaliação, Componente da Avaliação da Capes
[...] Muita tinta tem sido gasta sobre a questão da Avaliação da Pós-
-Graduação. O que figura neste meio é um duelo que parece polari-
zar os que são a favor e os que são contra avaliar. Mas esta aparente
oposição não alcança a questão de fundo: de que modelo de avalia-
ção se trata? Sob que parâmetros tal avaliação será realizada?
Nesta direção, temos que nos perguntar qual modelo de avalia-
ção que acaba sendo naturalizado entre nós. Qualquer maneira
de avaliação vale a pena? Em que consiste o modelo de avaliação
da Capes? Avaliar o que, por que e sob quais critérios? É possível
avaliar áreas diferentes com os mesmos parâmetros e critérios de
relevância social?
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Nelmires Ferreira da Silva; Carla Alessandra da Silva Nunes; Catarina Nascimento de Oliveira; Juliane Barbosa Tavares
5
O Seminário de Avaliação e Autoavaliação teve o objetivo debater as preposições
estratégicas à construção de processos de autoavaliação do PROSS-UFS como com-
ponente do processo avaliativo CAPES, a partir da exposição de representantes da
COPGD, Coordenadora da Pós-Graduação da PUCRS e (Ex) Coordenadores do Pro-
grama de Pós-Graduação em Serviço Social da UFS (PROSS/UFS). O evento ocorreu
nos dias 14 e 15 de setembro de 2021, das 14h às 16h, com duração de 2h em cada dia,
totalizando 4h, através da modalidade remota.
241
Autoavaliação, Componente da Avaliação da Capes
6
09 a 11 de novembro de 2021.
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Nelmires Ferreira da Silva; Carla Alessandra da Silva Nunes; Catarina Nascimento de Oliveira; Juliane Barbosa Tavares
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Autoavaliação, Componente da Avaliação da Capes
7
Bolsa de Valores (B3) e na NASDAQ - A Nasdaq, Inc. é uma empresa multinacional
norte-americana de serviços financeiros que opera no mercado de ações NASDAQ e
em oito bolsas de valores europeias.
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Nelmires Ferreira da Silva; Carla Alessandra da Silva Nunes; Catarina Nascimento de Oliveira; Juliane Barbosa Tavares
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Nelmires Ferreira da Silva; Carla Alessandra da Silva Nunes; Catarina Nascimento de Oliveira; Juliane Barbosa Tavares
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Autoavaliação, Componente da Avaliação da Capes
REFERÊNCIAS
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Nelmires Ferreira da Silva; Carla Alessandra da Silva Nunes; Catarina Nascimento de Oliveira; Juliane Barbosa Tavares
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Autoavaliação, Componente da Avaliação da Capes
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SOBRE AS(OS) AUTORAS(ES)
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Sobre os autores
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Sobre os autores
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Sobre os autores
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Sobre os autores
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Sobre os autores
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Sobre os autores
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Sobre os autores
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Sobre os autores
271
Sobre os autores
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[...] com o objetivo de discutir os desafios e as perspectivas da pes-
quisa no âmbito da pós-graduação na área de Serviço Social, a coletânea
que ora é publicada ratifica a importância da pesquisa e da produção do
conhecimento e apresenta resultados de pesquisa de discentes e docen-
tes do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade
Federal de Sergipe (PROSS/UFS).
Reunindo pesquisadores da área de Serviço Social que participam
da Coordenação de Área do Serviço Social na Capes; docentes e discen-
tes representantes da Pós-Graduação na ABEPSS (Regional Nordeste);
docentes, discentes e egressos/as do Programa; docentes da graduação,
assistentes sociais e discentes iniciação científica, a coletânea está orga-
nizada em quatro partes.
As discussões apontam uma unidade de articulação das diferentes
análises: a disposição do PPG em Serviço Social da UFS em resistir e de-
fender a Universidade Pública e a produzir conhecimento que analisa
criticamente a desigualdade social e as inúmeras violências cotidianas
que vivem a avassaladora maioria das pessoas desse imenso país.
As reflexões têm ainda uma importante característica que compa-
rece em vários textos: demarcam a adoção da perspectiva do método do
materialismo histórico e dialético no desenvolvimento das pesquisas,
demonstrando que a teoria crítica e revolucionária está viva e vem esti-
mulando sujeitos a dizer não à barbárie capitalista, nutrindo sonhos de
construção de uma sociabilidade onde se tenha uma verdadeira eman-
cipação humana!
APOIO
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