Aula Sobre Analise Funcional

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 22

PÚBLICO: NUTRICIONISTA

PROBLEMA:
- Paciente não se compromete com o plano alimentar
- Nutricionista não consegue ou não sabe identificar e
resolver isso. Acha que é só substituir o problema.

Por exemplo:

Uma paciente chega no consultório dizendo que quer


emagrecer. A tendencia é perguntar o que ela come e
substituir por outros alimentos. Mas a alimentação é a
única variável que influencia no emagrecimento?
Alimentação é a única variável que influencia na adesão à
dieta?

Solução:
Análise em cadeia/funcional
Tem como objetivo identificar qual é o problema, qual é a
variável que está impedindo do paciente alcançar suas
metas, o que desencadeia, qual a função, o que esta
interferindo com a solução de problema, e o que está
disponível para ajudar a solucionar o problema.
Introdução
 Aula – 3 passos para fazer seus pacientes se
comprometerem com o plano alimentar
 3 passos para o paciente se comprometer com o plano
alimentar
 O que fazer para que seus pacientes se comprometam
com o plano alimentar
 Como aumentar a adesão alimentar dos seus pacientes
Pra quem é essa aula de hoje:
 Para você nutricionista que está cansada da pouca
adesão dos seus pacientes?
 Para você nutricionista que está cansada de receber
seus pacientes, mas eles não voltam?
 Pra você nutricionistas que está cansada de ir toda
empolgada para a consulta, mas o paciente diz que não
seguiu sua recomendação?
Provavelmente, você se sente fracassada, até se
perguntando se está na profissão correta.
A verdade é que, muitos são os fatores que os pacientes
não aderem à dieta. Mas a verdade é que você não pode
exigir de si, algo que nunca aprendeu na faculdade.
Sabemos que as coisas estão mudando, mas a verdade é
que muitas nutricionistas ainda não aprenderam a
implementar estratégias psicológicas e princípios do
comportamento nas suas consultas, presas ainda ao
formato de implementar ou substituir alimentos sem uma
análise funcional.

Por isso, essa aula tem como objetivo te ensinar uma


ferramenta que você não aprendeu na faculdade, chamada
analise funcional do comportamento.

Introdução
Por que não conseguimos fazer com que toda população
tenha uma alimentação balanceada, se isso lhes trará
saúde?
Por que, mesmo com o entendimento de que praticar
atividade física, seguir recomendações sobre o que comer,
mesmo assim, seus pacientes não seguem sua orientação?
A solução está em substituir somente a alimentação?

Príncípios do comportamento

Existem diferentes modelos de causalidade do


comportamento. Um deles é ter como causa os
processos internos, como neurológicos, fisiológicos e
mentais.
Conceitos para explicar o comportamento. Muitas
explicações usam conceitos que acabam se tornando
redundantes. Ex. João comeu porque estava com fome
ou porque quis.
 A psicologia é o estudo das interações entre
organismo-ambiente. Essa explicação considera a
relação interativa do que acontece antes e depois do
comportamento (resposta). Além disso, considera a
causalidade ao longo do tempo; ou seja, não há um
evento único ou uma causa que produza diretamente
um efeito, mas, sim, relações funcionais, de maneira
que o comportamento é considerado uma variável
dependente em relação aos eventos ambientais, os
quais seriam variáveis independentes.
Para explicar um comportamento não é necessário que
os acontecimentos sejam próximos (contíguos) no
espaço e no tempo, mas que sejam contingentes. Isto,
precisa ter uma relação de dependência entre o
comportamento e as variáveis ambientais que
influenciam no comportamento – relação de
dependência entre eventos. Para saber se um
comportamento ocorrerá novamente, ou seja, podemos
identificar os determinantes pelas condições
contextuais e consequências produzidas pelo
comportamento. A relação de dependência é
bidirecional – Comportamento influencia o ambiente e
o ambiente influencia o comportamento.
Níveis de seleção
Há três níveis de seleção do comportamento:
- Filogenetico: seleção de comportamentos inatos.
Borboletas com tons amarelos escuros são menos
visíveis a predadores, logo, menos risco de ser atacada.
A probabilidade é que sobrevivam mais que outras
borboletas, produzam e aumente a população desse
fenótipo naquela região. Assim, uma criança que nasce
com uma suscetibilidade genética maior que outra
criança em termos de altura, tem mais chances de êxito
em uma disputa a uma vaga no time de basquete.

- Ontogenetico: seleção de comportamentos durante


a história de vida. A consequencia do comportamento
vai afetar a probabilidade daquele comportamento
ocorrer novamente em uma situação semelhante. Por
exemplo, uma criança que balbucia uma variedade de
sons, somente os sons próprios daquela língua de seus
cuidadores será reforçada com alegria.

- Sociogenese: seleção de comportamentos


relacionadas a praticas culturais ao longo da
historia de uma cultura. Neste caso, há reforço de
práticas que são benéficas para a cultura. Um exemplo,
comportamentos típicos de meninas e meninos foram
vistos em olimpíadas. Regras e costumes com
vestimentas baseado na cultura. Brasileiras usavam
biquinis e egípcias jogaram vôlei com veu sobre a
cabeça.

Portanto, o comportamento tem múltiplas causas.


Assim, considera-se a possibilidade de que um único
comportamento possa ser função de mais de uma
variável e de que uma única variável possa afetar mais
de um comportamento.

Comportamentos operantes e respondentes


De acordo com a analise do comportamento, os
comportamentos podem ser classificados com duas
categorias: respondentes e operantes.
Comportamentos respondentes (ou reflexos): Relação
organismo-ambiente. Ou seja, mudança no organismo
(resposta) é eliciada por uma mudança no ambiente
(estímulo)
Comportamentos operantes: O comportamento que
opera no ambiente produzindo consequencia
(modificação o ambiente), as quais, por sua vez,
afetam a probabilidade do comportamento ocorrer
novamente.
Tipos de consequências – Falar que vou falar mais
sobre isso na hora de aplicar a analise.
Reforço: O reforço é qualquer consequência que
aumenta a frequência de um comportamento. Todos os
seres humanos, assim como outros animais, são
influenciados pelas consequências de seus
comportamentos.
Consequencia reforçadora: quando mantem ou
aumenta a probabilidade de ocorrência da resposta.
Consequencia punitiva: diminuiu a probabilidade de
ocorrência do comportamento que antecede.
É importante destacar que um mesmo comportamento
pode produzir simultaneamente consequencias
aversivas e reforçadoras.
Diferencia de topografia x função
Ao analisar um comportamento, há basicamente dois
aspectos a serem considerados: o morfológico e o
funcional. Morfologia diz respeito à forma do
comportamento, isto é, à postura, aparência e movimentos
apresentados pelo organismo. Um termo bastante utilizado
para referir-se à forma do comportamento é o termo
"topografia". Esta palavra se origina das palavras gregas
“topos” (lugar) e “grafia” (escrita) e, quando aplicada à
descrição de comportamento. Topografia é a forma.
Quando a paciente descreve que ela come hambuguer
(topografia), e voce enfatiza a topografia como problema,
voce substitui a topografia por outra, ou seja, substitui o
alimento.
O termo "função" diz respeito aos efeitos produzidos pelo
comportamento no ambiente, ou seja, às modificações que
produzimos no nosso ambiente quando nos comportamos.
Ex: andar até a geladeira (topografia), evitar o estudo
(efeito produzido).
Na nossa vida diária, o interesse pelo comportamento se
origina muito mais pelos seus resultados, do que por sua
topografia. Na linguagem comum, referimo-nos,
diretamente aos resultados, sem darmos atenção explícita
para a topografia, cuja relevância é maior quando estamos
aprendendo uma dada tarefa. "Ir para casa.", "Virar a
página.", "Trocar um pneu.", são expressões que apontam
para os resultados, não para a forma.
Posso ir para casa andando ou de ônibus, virar a página
pegando-a pelo canto superior entre o indicador e o
polegar ou por baixo, apoiando o polegar e erguendo-a.
Trocar um pneu envolve uma série de movimentos, mas
pode ser feito até, simplesmente, pedindo-se a alguém para
trocar. Posso comer com o garfo ou talher, rápido ou
devagar.
Quando você relata que o professor está com os ombros
caídos, ou que abaixa a cabeça, você está focalizando os
aspectos morfológicos dos comportamentos apresentados
pelo professor (uma postura: ombros caídos; e um
movimento: abaixar a cabeça). Mas quando diz que o
monitor acendeu a luz, que o mágico estalou os dedos, ou
que o monitor abriu o livro, você está apontando as
conseqüências dos desempenhos, isto é, os efeitos
produzidos no ambiente (luz acesa ou apagada, ruído
característico do estalar dos dedos, ou livro aberto,
respectivamente).
As definições comportamentais podem focalizar aspectos
morfológicos, aspectos funcionais, ou ambos, sendo, neste
último caso, denominadas de definições mistas.
Descrição Morfológica: A monitora estava com o dedo
indicador orientado na posição horizontal, com a ponta do
dedo em contato com a extremidade superior do botão do
interruptor da lâmpada, que estava mais alta em relação à
parede, e moveu o dedo para a frente.
Descrição Funcional: A monitora acionou o interruptor. A
monitora ligou a lâmpada. Descrição Mista: A monitora
pressionou o botão do interruptor com o dedo indicador da
mão direita estendido, ligando a lâmpada.
Em situações cotidianas, somos levados a enfatizar os
aspectos funcionais ou morfológicos do comportamento
dependendo do que é importante para as circunstâncias
específicas. Por exemplo, se você está ensinando uma
paciente os primeiro passos para instalar um habito
alimentar, além de servir como modelo, voce poderá
descrever o comportamento a ser emitido pela paciente
com ênfase nos aspectos morfológicos, ou seja destacando
as movimentos que devem ser executados (comer
devagar). Mas se você está ensinando a alguém como
comer devagar, provavelmente você fará descrições dos
comportamentos a serem emitidos enfatizando os aspectos
funcionais (alterações a serem produzidas tais como
colocar sentir o sabor do alimento etc) sem se importar
muito com quais as possíveis topografias que poderão
gerar estes resultados. Na maioria dos casos,
envolvidos no comportamento.
Mas o importante também é analisar a função do comer.
O que é análise funcional?
A análise funcional permite que você identifique as causas
e o que mantem os comportamentos-alvos.
Uma “análise em cadeia” é uma série de perguntas para
orientar os pacientes, com o objetivo de descobrir quais
fatores levaram aos comportamentos-problema e quais
fatores podem estar dificultando a alteração dessas
atitudes.
Qualquer comportamento pode ser entendido como uma
série de componentes associados, interligados, que se
seguem um após um outro.
Mostrar a figura Mostrar de analise em cadeia.
Por que fazer uma análise funcional?
A análise funcional é uma ferramenta inestimável para
avaliar um comportamento a ser modificado. Embora a
condução de uma análise funcional exija tempo e esforço,
ela fornece informações essenciais para a compreensão dos
eventos que conduzem a um comportamento-alvo (ou seja,
as atitudes que seus pacientes querem mudar).
Muitas tentativas para solucionar um problema do seu
paciente fracassam porque não foi completamente
compreendido e avaliado. Ao conduzir repetidas análises
funcionais, você conseguirá identificar o padrão que liga
os diferentes componentes de um comportamento.
Descobrir quais são os elos é o primeiro passo na busca de
soluções para interromper o comportamento-problema.
Quando qualquer um dos elos da cadeia pode ser rompido,
o comportamento-problema pode ser interrompido.
Uma análise funcional examina a cadeia de
acontecimentos que acarretam comportamentos ineficazes,
assim como as consequências desses comportamentos que
pode estar dificultando sua mudança. Ela também ajuda a
descobrir como reparar os danos.
O que significa cada elemento:
Fatores de vulnerabilidade: Fatores como doença e cansaço
podem fazer com voce se torne suscetível à cadeia de
eventos que leva a um episódio de compulsão alimentar.
Evento gatilho: é o próprio evento que desencadeou a
cadeia de eventos que levou a compulsão alimentar.
Elos: representam as ações, sentimentos, pensamentos e
outras experiencias que explkicam o que aconteceu entre o
evento gatilho e a própria atuação no momento do
comportamento problemático.
Comportamentos-alvos: Comer compulsivo. O que te
afasta das metas, dos valores.
Consequências: todas as consequências imediatas como as
de longo prazo que aumentam ou diminuem a
probabilidade do comportamento

Instruções para preencher a análise funcional


1.Faça uma breve descrição do comportamento-alvo
2.Descreva o evento gatilho
3.Marque os fatores de vulnerabilidade que levaram a
paciente a ser mais suscetível ao evento gatilho e faça
uma breve descrição deles.
4.Anote os elos específicos que ocorreram após o evento
gatilho e que levaram o comportamento-alvo. Depois
você pode indicar se esse elo foi uma Ação, uma
sensação Corporal, Pensamento, Evento ou
Sentimento.
5.Identifique comportamentos habilidosos que a paciente
poderia ter utilizado para substituir os elos, de modo a
interromper a cadeia
6.Descreva as consequências imediatas e de longo prazo
da compulsão alimentar
7.Descreva o seu plano de reparar os danos que
resultaram do seu comportamento-alvo.

Como fazer uma análise em cadeia


Passo 1: descreve o comportamento-alvo
Por exemplo, Comer.
Seja muito específico. Não utilize termo vagos. Não
analise “não comportamentos”
Identifique exatamente o que o paciente fez, pensou ou
sentiu. (caso sentimentos sejam o problema).
Identifique o que ele não fez.
Descreva a intensidade do comportamento e outras
características que são importantes.
Descreva o comportamento-alvo com detalhes
suficientes para que um ator em uma peça ou filme
pudesse recriá-la com precisão

Passo 2: Descreva o evento desencadeante que iniciou a


cadeia de eventos que acarretou o comportamento-alvo
Inicie sempre com um fato que aconteceu no ambiente.
O que provocou isso? Qual evento exato precipitou o
inicio da reação? Quando a sequencia de eventos que
levaram ao comportamento-alvo se iniciou? Quando o
problema começou? O que estava acontecendo
imediatamente antes do pensamento ou impulso para o
comportamento-alvo começar? O que você estava
fazendo, pensando, imaginando naquele momento? Por
que o comportamento-alvo aconteceu naquele dia e
não no anterior?
Passo 3: descreva os fatores que ocorreram antes do
acontecimento que lhe tornaram vulnerável a iniciar a
cadeia de eventos para o comportamento-alvo, por
exemplo:
- Doença física
- Uso de drogas, medicamentos
- Acontecimentos estressantes no ambiente (positivo ou
negativo)
- Emoções intensas
- Comportamentos anteriores seus que lhe pareceram
estressantes vindo a sua mente.
Passo 4: Descreva minuciosamente a cadeia de eventos
que levaram ao comportamento-alvo
Imagine que esse seu comportamento seja encadeado ao
evento desencadeante no ambiente. Qual é a extensão da
cadeia? Em que direção ela vai? Os links pode ser:
- Ações ou coisas que você faz
- Sensações corporais ou sentimentos
- Cognições
- Acontecimentos no ambiente ou coisas que outras
pessoas falaram ou fazem
- Sentimentos ou emoções que você sente.
Passo 5: descreva as consequências do comportamento-
alvo
Como as outras pessoas reagiram posterior ou
imediatamente? Como voce se sentiu logo após realiza-lo?
Um pouco depois? Que efeito o comportamento teve em
voce e em seu ambiente?

Para mudar o comportamento:


Passo 6: Descreva comportamentos habilidosos para
substituir os links problemátivos na cadeia de eventos
Retorne a cadeia de comportamentos que seguiram o
evento desencadeante. Destaque o link em que, se voce
tivesse feito algo diferente, teria evitado o comportamento-
alvo. O que voce poderia ter feito diferente em cada link
para evitar o comportamento-alvo? Quais comportamentos
de enfrentamento ou habilidosos voce poderia ter usado?
Passo 7: desenvolva um plano de prevenção para
reduzir a vulnerabilidade a acontecimentos estressantes
Passo 8: repare consequências importantes ou
significativas do comportamento-alvo.
Análise quem você realmente prejudicou? Qual
consequencia negativa voce pode reparar?
Considere o dano que causou em outras pessoas e aquele
causou a si mesmo. Conserte o que danificou.
Exemplo 1.
Os passos de 1-5 têm a ver com entender o problema.
\Qual é exatamente o principal comportamento-alvo que
estou analisando?
Comer demais
1.Qual evento desencadeante no ambiente iniciou a
cadeia que me levou ao comportamento-alvo? Inclua o
que aconteceu imediatamente antes do impulso ou
pensamento vir a sua mente.
Dia em que o evento desencadeante ocorreu: Segunda-feira
Minha irmã, que mora fora da cidade, me telefonou e disse
que não viria me visitar na semana seguinte, como havia
que faria, porque seu marido tinha uma festa de trabalho
importante e queria que ela o acompanhasse.
2.Quais coisas em mim e em meu ambiente me tornaram
vulnerável.
Dia em que os acontecimentos que me deixaram
vulnerável se iniciaram: Domingo
Meu namorado disse que tinha de fazer uma viagem a
negócios em algum momento do mês seguinte.
3.Que cadeia de eventos, elo por elo, levou do evento
desencadeante até o comportamento-alvo?
- Eu me senti ferida, comecei a soluçar no telefone com
minha irma e fiquei zangada com ela.
- Eu pensei: não aguento mais. Ninguém me ama.
- Eu me sentir envergonhada quando desliguei o telefone
na cara de minha irma
- Eu pensei: minha vida é inútil; nunca vou poder contar
com ninguém
- Tentei assistir televisão, mas não estava passando nada de
que eu gostasse.
- Comecei a me sentir agitada e pensei “não aguento mais”
- Decidi ligar para o iFood para comer uma pizza e me
sentir melhor, mas acabei comendo a pizza e jantando.
5. Quais foram exatamente as consequências no
ambiente?
Curto prazo: Passei a noite em claro de tão cheia que
fiquei.
Longo prazo: meu namorado confia menos em mim; minha
irmã esta chateada com isso;
Em mim mesmo?
Curto prazo: estou envergonhada e furiosa comigo mesma
Longo prazo: Culpa, engordei
Que dano meu comportamento-alvo causou?
Feriu-me por falar aquelas coisas para pessoas que amo.
Os passos de 1-6 em a ver com alterar o comportamento-
alvo
6. Identificar comportamentos habilidosos para
substituir os elos problemáticas e, assim, diminuir a
probabilidade de esse comportamento acontecer de
novo.
7. Desenvolver planos de prevenção para reduzir a
vulnerabilidade aos eventos desencadeantes e a
ativação da cadeia. Maneiras de evitar que o evento
desencadeante ocorra novamente:
Não posso evitar que o evento desencadeante aconteça,
então preciso praticar a antecipação e ter planos de como
arranjar-me quando estou em casa sozinha.
8. Reparar as consequencias negativas do
comportamento-alvo no ambiente e para si mesmo:
Pedir desculpas a minha irma e tranquiliza-la de que tem
todo o direito de mudar de planos. Conversar com ela para
planejar uma nova hora para uma visita. Perguntar se seria
mais útil se eu fosse visita-la.
Exemplo 2
Passo 1 – O comportamento-alvo: gritei com o meu
namorado e sai da sala batendo a porta
Passo 2. O evento desencadeante: Cheguei do trabalho,
e meu namorado estava adormecido no sofá da sala
[início da cadeia de eventos que conduziu a sair gritando e
batendo a porta].
Passo 3. O que me deixou vulnerável: Na noite anterior,
meu namorado havia chegado em casa muito tarde e
exausto. Fazia um bom tempo que nós não saíamos juntos
após o trabalho, e eu o convenci a sairmos na noite
seguinte. Eu mal podia esperar pelo passeio ao chegar em
casa.
Passo 4. Os comportamentos e eventos específicos que
foram os elos da cadeia:
1º. Quando eu o vi dormindo, pensei: “Ele está dormindo
de novo. Não vamos sair”.
2º. Pensei: “Ele não me ama”.
3º. Na mesma hora, fiquei furiosa.
4º. Quis magoá-lo como ele me magoou.
Passo 5. As consequências do comportamento – o mal
que o meu comportamento causou:
a) Ao ambiente: Meu namorado ficou muito magoado por
eu ter presumido que ele não me amava.
b) Para mim: Senti-me culpada. Percebi que havia
arruinado a noite para nós dois.
Passo 6. Na próxima vez, posso verificar os fatos, pois,
quando investiguei o que estava acontecendo, descobri
que ele havia tirado uma soneca para que fôssemos
capazes de curtir bons momentos juntos.
Passo 7. Eu posso verificar os fatos em meu
relacionamento com meu parceiro quando começar a
pensar que ele não me ama.
Passo 8. Planos para reparar, corrigir e supercorrigir o
mal: Vou fazer todos os esforços necessários para tratar o
meu namorado como se ele me amasse constantemente.
Também vou pedir desculpas a ele e, para compensar a
noite que eu arruinei, vou planejar uma noite a dois
inesquecível.

Caso clínico – Caso Ângela.

Comportamento-alvo: Na
terça-feira tive uma
compulsão alimentar que
durou uma hora em um fast-
food.

Evento gatilho: Tive uma


briga com meu marido
sobre os nossos planos para
as férias
Comportamentos habilidosos
Fatores de vulnerabilidade: para substituir:
Fiquei acordada até muito Respiração diagfragmatica,
tarde na noite anterior, renovar o meu
como faço com frequencia. comprometimento – pegar o
livro.
Descreve os elos específicos
da cadeia: Lembrar-me de que não
haverá problema se eu não
1. Peguei minhas coisas e souber, não é complicado
entrei no carro
Provavelmente iria dizer a
2. Questionei-me sobre a mim mesma que os meus
possibilidade de eu ser sentimentos complicados são
egoísta. Se eu deveria pedir validos
desculpas. Respiração diafragmática
3. Fiquei triste porque as
férias ficaram tão
estressantes e tão Me perguntar: O que de fato
complicadas. importa aqui? Renovar o
comprometimento.
4. Senti que os meus
músculos estavam ficando
mais tensos, apertei as mãos
no volante. Renovar comprometimento
5. Eu me senti para interromper a compulsão
sobrecarregada, confusa, alimentar, ler os meus cartoes
triste e com raiva. de enfrentamento.

6. Pensei: “Ele vai ver so” Renovar comprometimento,


So vou voltar bem tarde ler os cartões, respiração.
para casa. Não me importo”
7. Pensei: “vou me sentir
melhor se me permitir Renovar o comprometimento,
comer alguma comida”. respiracao
Comecei a pensar no tipo de
comida eu poderia comprar”

8. Senti desejo, excitação e


antecipação.

9. Estacionei em uma
conveniência, comprei
comida e acabei tendo uma
compulsão alimentar no
carro.

Exemplo:
Paciente relata que está acima do peso.
Intervenção padrão: substituir o alimento para ter o déficit
calórico.
Por que a paciente não consegue?
Quando voce troca um hambuguer na segunda para um pao
com ovo, por exemplo, voce so esta trocando o alimento,
não o porque o paciente come, a função do comer.

Você também pode gostar