Legislação MPU
Legislação MPU
Legislação MPU
→ Concurso do MPU 7°
→ Concurso do MPU 8°
→ Concurso do MPU 9°
19.2.2 CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS CARGOS DE ANALISTA DO MPU
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU: 1 Ministério Público da União. 1.1 Lei Orgânica do
Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75/1993). 1.2 Perfil constitucional do Ministério
Público e suas funções institucionais. 1.3 Conceito. 1.4 Princípios institucionais. 1.5 A autonomia
funcional e administrativa. 1.6 A iniciativa legislativa. 1.7 A elaboração da proposta orçamentária.
1.8 Os vários Ministérios Públicos. 1.9 O Procurador-Geral da República: requisitos para a
investidura e procedimento de destituição. 1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 1.11 Funções
exclusivas e concorrentes. 1.12 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias,
prerrogativas e vedação. 2 Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1 Composição. 2.2
Atribuições constitucionais.
3. Filtrar todas as questões do CESPE de Legislação do MPU dos últimos 30 anos e selecionar as
legislações mais incidentes nas provas.
4. Filtrar todas as questões de Legislação do MPU que caíram em todas as provas nos últimos 30
anos, exceto CESPE, e selecionar as legislações mais incidentes nas provas.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
CAPÍTULO V
SEÇÃO II
DOS TERRITÓRIOS
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na
forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do
Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara
Territorial e sua competência deliberativa.
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados
Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores
Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
TÍTULO IV
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO II
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre:
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União
e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)
SEÇÃO IV
DO SENADO FEDERAL
SEÇÃO VII
DAS COMISSÕES
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que
resultar sua criação.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante
requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo,
sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
SEÇÃO VIII
DO PROCESSO LEGISLATIVO
SUBSEÇÃO III
DAS LEIS
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República,
ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
II - disponham sobre:
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais
para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios;
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
I - relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de
competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei
complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal,
quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as
atribuições previstas no art. 96.
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em
lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;
II - dois terços pelo Congresso Nacional
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
SEÇÃO II
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação;
CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez
anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das
respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder
Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
SEÇÃO II
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
SEÇÃO III
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da
República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de
notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022)
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos
Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal,
Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de
responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os
membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais
de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;
SEÇÃO IV
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 122, de 2022)
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;
II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por
antigüidade e merecimento, alternadamente.
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
SEÇÃO V
DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, DOS TRIBUNAIS REGIONAIS DO
TRABALHO E DOS JUÍZES DO TRABALHO
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico e
reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do
Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022)
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no
art. 94; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da
carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)
SEÇÃO VII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES
Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre
oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-
generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.
Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, sendo: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 122, de 2022)
I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de
efetiva atividade profissional;
II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça
Militar.
TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
SEÇÃO I
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
TÍTULO VI
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
SEÇÃO II
DOS ORÇAMENTOS
Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas correntes e
receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, é facultado aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério
Público, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto permanecer a situação,
aplicar o mecanismo de ajuste fiscal de vedação da: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
109, de 2021)
VI - criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou
benefícios de qualquer natureza, inclusive os de cunho indenizatório, em favor de membros de
Poder, do Ministério Público ou da Defensoria Pública e de servidores e empregados públicos e de
militares, ou ainda de seus dependentes, exceto quando derivados de sentença judicial transitada em
julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas de que trata este
artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na
forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO VIII
DOS ÍNDIOS
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo
em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do
processo.
Bibliografia consultada
LOPES, J. A. V. Democracia e cidadania: o novo Ministério Público . Rio de janeiro: Lumen Juris,
2000.
MAZZILLI, H. N. Introdução ao Ministério Público . São Paulo: Saraiva, 1997.
SALLES, C. A. Entre a razão e a utopia: a formação histórica do Ministério Público. In: VIGLIAR,
J. M. M. e MACEDO JÚNIOR, R. P. (Coord.). Ministério Público II: democracia . São Paulo:
Atlas, 1999.
Princípios
Os princípios são mandamentos que se irradiam sobre as normas, dando-lhes sentido, harmonia e
lógica. Eles constituem o próprio “espírito” do sistema jurídico-constitucional. Alguns exemplos: a
administração pública é regida por princípios como os da moralidade, legalidade, publicidade,
impessoalidade e eficiência; o Direito Penal é regido pelo princípio da presunção de inocência e
pelo da irretroatividade da lei penal (uma lei não pode punir atos praticados antes da sua edição); o
Direito Tributário, pelo princípio da igualdade tributária e pelo princípio da anterioridade (nenhum
tributo pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que foi publicada a lei que o instituiu
ou aumentou).
Princípio da Indivisibilidade
Princípio do Ministério Público, significa que membros não se vinculam aos processos nos quais
atuam, podendo ser substituídos uns pelos outros. Essa possibilidade apenas se confirma entre
membros de um mesmo ramo, ou seja, procuradores da República não substituem procuradores do
Trabalho ou promotores de Justiça. Tal substituição se dá apenas no MPF.
Promotor Natural
Princípio reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal como decorrente das cláusulas da
independência funcional da inamovibilidade dos integrantes do MP. Significa que somente o
promotor natural é que deve atuar no processo, o que impede a chefia da instituição de efetuar
designações casuísticas, afastando um procurador e designando outro para atuar naquela causa. Um
procurador somente se afasta de um processo por algum dos motivos previstos em lei ou quando
mudam de área de atuação ou cidade.
Princípio da Unidade
Um princípio institucional do Ministério Público (artigo 127, parágrafo 1º, da Constituição da
República). Diz-se que o MP é uno porque os procuradores integram um só órgão, sob a direção de
um só chefe. A unidade só existe dentro de cada Ministério Público, inexistindo entre o MPF e o
MP Estadual ou entre o MP de cada estado.
Direitos difusos
São aqueles que possuem natureza indivisível e dizem respeito a uma massa indeterminada de
pessoas, que não podem ser individualizadas. Por exemplo, o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado é um direito tipicamente difuso, porque afeta um número incalculável
de pessoas, que não estão ligadas entre si por qualquer relação jurídica pré-estabelecida.
Direitos coletivos
São os que pertencem a determinado grupo, categoria ou classe de pessoas, de início
indeterminadas, mas determináveis em algum momento posterior. Existe entre eles uma relação
jurídica pré-estabelecida, anterior a qualquer fato ou ato jurídico. Por exemplo, ação civil pública
que pede a inexigibilidade de fiador para estudantes inscritos no FIES.
Inamovibilidade
Prerrogativa constitucional assegurada aos magistrados e membros do Ministério Público, salvo por
promoção aceita, remoção a pedido, ou em virtude de decisão do tribunal competente, diante do
interesse público. Por essa prerrogativa, magistrados e membros não podem ser removidos a pedido
ou por permuta, ou de ofício, mediante decisão do órgão colegiado competente.
LUPA JURÍDICA!!!
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente (CLÁUSULA PÉTREA IMPLÍCITA),
essencial à função jurisdicional do Estado, (não exerce apenas funções jurisdicionais)
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica (CUSTOS IURIS), do regime democrático (fiscaliza o
efetivo exercício da democracia) e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (em regra, o
Ministério Público não irá atuar na defesa de interesses individuais disponíveis, salvo se
houver interesse público.)
STF. Jurisprudência. Súmula 643. O Ministério Público tem legitimidade para promover ação
civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares.
STF. Jurisprudência. ADI 514 MC. Não obstante a autonomia institucional que foi conferida ao
Ministério Público pela Carta Política, permanece na esfera exclusiva do Poder Executivo a
competência para instaurar o processo de formação das leis orçamentárias em geral. A Constituição
autoriza, apenas, a elaboração, na fase pré-legislativa, de sua proposta orçamentária, dentro dos
limites estabelecidos na lei de diretrizes. [ADI 514 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 13-6-1991, P,
DJ de 18-3-1994.]
STF. Jurisprudência. ADI 1285 - SÃO PAULO. Não há violação à competência privativa da
União para legislar a respeito de matéria processual, tendo em vista que o inquérito civil possui
natureza procedimental inserida no âmbito da competência concorrente dos Estados-membros (art.
24, XI, CF/1988) e a atribuição interna de competências para o ajuizamento de ação civil pública
não possui natureza processual, mas de norma organizacional a ser estabelecida por lei
complementar estadual, na forma do art. 128, § 5º, da CF/1988. Não há violação ao princípio da
independência funcional do Ministério Público ao se promover, pela lei estadual, a divisão de
competências entre seus membros para o inquérito civil ou para a ação civil pública. (ADI 1285,
Relator(a): ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 27-03-2023, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-s/n DIVULG 04-05-2023 PUBLIC 05-05-2023)
STF. Jurisprudência. ADI 3.727. A escolha do PGR deve ser aprovada pelo Senado (CF, art. 128,
§ 1º). A nomeação do procurador-geral de Justiça dos Estados não está sujeita à aprovação da
assembleia legislativa. Compete ao governador nomeá-lo dentre lista tríplice composta de
integrantes da carreira (CF, art. 128, § 3º). Não aplicação do princípio da simetria." [ADI 452, rel.
min. Maurício Corrêa, j. 28-8-2002, P, DJ de 31-10-2002.] = ADI 3.727, rel. min. Ayres Britto, j.
12-5-2010, P, DJE de 11-6-2010
STF. Jurisprudência. ADI 1783. “Ministério Público dos Estados: Procurador-Geral de Justiça:
nomeação a termo por dois anos (Constituição, art. 128, § 3º): é inconstitucional a previsão em lei
estadual de que, vago o cargo de Procurador Geral no curso do biênio, o provimento se faça para
completar o período interrompido e não para iniciar outro de dois anos:implicações da previsão de
que a nomeação se faça sempre para o tempo certo de um biênio com a mecânica das garantias da
independência do Chefe do Ministério Público: ação direta julgada procedente”. (ADI 1783,
Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal Pleno, julgado em 11/10/2001, DJ 16-11-
2001)
STF. Jurisprudência. ADI 4768/DF. A prerrogativa atribuída aos membros do Ministério Público
de situar-se no mesmo plano e imediatamente à direita dos magistrados nas audiências e sessões de
julgamento (Lei Complementar 75/1993, art. 18, I, “a”; e Lei 8.625/1993, art. 41, XI) não fere os
princípios da isonomia, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório (CF/1988, art.
5º, I, LIV e LV) nem compromete a necessária paridade de armas que deve existir entre a defesa e a
acusação. STF. Plenário. ADI 4768/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 23/11/2022 (Info
1077).
STF. Jurisprudência. RE 1178617 RG. O Ministério Público de Contas não tem legitimidade para
impetrar mandado de segurança em face de acórdão do Tribunal de Contas perante o qual atua. STF.
Plenário virtual. RE 1178617 RG, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 25/04/2019
(repercussão geral).
STF. Jurisprudência. Rcl 24156 AgR/DF e Rcl 24158 AgR/DF. O Ministério Público junto ao
Tribunal de Contas não possui legitimidade ativa para propor reclamação no STF alegando
descumprimento da decisão do Supremo. A atuação dos membros do MPTC limita-se, unicamente,
ao âmbito dos próprios Tribunais de Contas perante os quais oficiam. STF. 2ª Turma. Rcl 24156
AgR/DF e Rcl 24158 AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, julgados em 24/10/2017 (Info 883).
STF. Jurisprudência. Rcl 24162 AgR . O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas não
dispõe de fisionomia institucional própria, não integrando o conceito de Ministério Público
enquanto ente despersonalizado de função essencial à Justiça (CF/88, art. 127), cuja abrangência é
disciplinada no art. 128 da Constituição Federal. STF. 2ª Turma. Rcl 24162 AgR, Rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 22/11/2016.
STF. Jurisprudência. ADI 892/RS. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento de que o
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União é instituição que não integra o Ministério
Público da União, cujos ramos foram taxativamente enumerados no art. 128, inciso I, da Carta
Política. Portanto, aquele Ministério Público é vinculado administrativamente ao próprio Tribunal
de Contas da União. (ADI 892/RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 18.03.2002).
STF. Jurisprudência. ADI 892-RS. ADI 789-DF. O Ministério Público junto ao Tribunal de
Contas é vinculado administrativamente ao Tribunal de Contas e não possui autonomia financeira e
administrativa, mas apenas funcional. (resumido)
STF. Jurisprudência. Rcl 24.159 AgR. As atribuições do Ministério Público comum, entre as
quais se inclui sua legitimidade processual extraordinária e autônoma, não se estendem ao
Ministério Público junto aos Tribunais de Contas, cuja atuação está limitada ao controle externo a
que se refere o art. 71 da CF/88 (STF, Rcl 24.159 AgR, 2016).
STF. Jurisprudência. MS 27.339. É também pelo fato do Ministério Público de Contas não se
inserir na estrutura do MP comum que não podem os membros do MPE atuar junto às Cortes de
Contas, ainda que transitoriamente (STF, MS 27.339).
STF. Jurisprudência. Leading Case. RE 576155. Tema 56. Tese. O Ministério Público tem
legitimidade para propor ação civil pública com o objetivo de anular Termo de Acordo de Regime
Especial — TARE firmado entre o Poder Público e contribuinte, em face da legitimação ad causam
que o texto constitucional lhe confere para defender o erário. Relator(a): MIN. RICARDO
LEWANDOWSKI
STF. Jurisprudência. Leading Case. RE 657718. Tema 500. Tese. 1) O Estado não pode ser
obrigado a fornecer medicamentos experimentais. 2) A ausência de registro na Anvisa impede,
como regra geral, o fornecimento de medicamento por decisão judicial. 3) É possível,
excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento sem registro sanitário, em caso de mora
irrazoável da Anvisa em apreciar o pedido (prazo superior ao previsto na Lei 13.411/2016), quando
preenchidos três requisitos: I – a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil, salvo
no caso de medicamentos órfãos para doenças raras e ultrarraras; II – a existência de registro do
medicamento em renomadas agências de regulação no exterior; III – a inexistência de substituto
terapêutico com registro no Brasil. 4) As ações que demandem o fornecimento de medicamentos
sem registro na Anvisa deverão ser necessariamente propostas em face da União. Relator(a): MIN.
MARCO AURÉLIO
STF. Jurisprudência. Leading Case. RE 409356. Tema 561. Tese. O Ministério Público é parte
legítima para o ajuizamento de ação coletiva que visa anular ato administrativo de aposentadoria
que importe em lesão ao patrimônio público.
STF. Jurisprudência. Leading Case. ARE 694294. Tema 645. Tese. O Ministério Público não
possui legitimidade ativa ad causam para, em ação civil pública, deduzir em juízo pretensão de
natureza tributária em defesa dos contribuintes, que vise questionar a constitucionalidade/legalidade
de tributo. Relator(a):
MIN. LUIZ FUX
STF. Jurisprudência. Leading Case. RE 684612. Tema 698. Tese. A tese de repercussão geral
fixada foi a seguinte: 1. A intervenção do Poder Judiciário em políticas públicas voltadas à
realização de direitos fundamentais, em caso de ausência ou deficiência grave do serviço, não viola
o princípio da separação dos poderes. 2. A decisão judicial, como regra, em lugar de determinar
medidas pontuais, deve apontar as finalidades a serem alcançadas e determinar à Administração
Pública que apresente um plano e/ou os meios adequados para alcançar o resultado; 3. No caso de
serviços de saúde, o déficit de profissionais pode ser suprido por concurso público ou, por exemplo,
pelo remanejamento de recursos humanos e pela contratação de organizações sociais (OS) e
organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP). Relator(a): MIN. LUÍS ROBERTO
BARROSO
STF. Jurisprudência. Leading Case. RE 855178. Tema 793. Tese: Os entes da federação, em
decorrência da competência comum, são solidariamente responsáveis nas demandas prestacionais
na área da saúde, e diante dos critérios constitucionais de descentralização e hierarquização,
compete à autoridade judicial direcionar o cumprimento conforme as regras de repartição de
competências e determinar o ressarcimento a quem suportou o ônus financeiro. Relator(a): MIN.
LUIZ FUX
STF. Jurisprudência. Leading Case. RE 643978. Tema 850. Tese. O Ministério Público tem
legitimidade para a propositura de ação civil pública em defesa de direitos sociais relacionados ao
FGTS.
STF. Jurisprudência. RE 985392. Tema 946. Tese. Os Ministérios Públicos dos Estados e do
Distrito Federal têm legitimidade para propor e atuar em recursos e meios de impugnação de
decisões judiciais em trâmite no STF e no STJ, oriundos de processos de sua atribuição, sem
prejuízo da atuação do Ministério Público Federal. Relator(a): MIN. GILMAR MENDES
STF. Jurisprudência. RE 409356. “O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar Ação Civil
Pública que vise anular ato administrativo de aposentadoria que importe em lesão patrimônio
público”. (RE 409356, Relator(a): LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 25/10/2018,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-187 DIVULG 28-07-2020 PUBLIC 29-07-2020)
STF. Jurisprudência. ADI 2831. É inconstitucional dispositivo de lei estadual que institui
gratificação aos membros do MP pela prestação de serviço à Justiça Eleitoral a ser paga pelo Poder
Judiciário.
STF. Jurisprudência. ADI 6328. É inconstitucional lei estadual que prevê movimentação funcional
entre membros do Ministério Público, mediante procedimentos e critérios diversos dos
estabelecidos pelo modelo federal.
STF. Jurisprudência. ADI 6845. É inconstitucional a exigência de prévia comunicação ou
autorização para que os membros do Ministério Público do Acre possam ausentar-se da comarca ou
do Estado onde exercem suas atribuições. Ofensa à liberdade de locomoção. (ADI 6845, Relator(a):
CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 25/10/2021, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-217
DIVULG 04-11-2021 PUBLIC 05-11-2021)
STF. Jurisprudência. Informativo 677. O CNMP não possui competência para rever processos
disciplinares instaurados e julgados contra servidores do Ministério Público pela Corregedoria local.
A competência revisora conferida ao CNMP limita-se aos processos disciplinares instaurados contra
os membros do Ministério Público da União ou dos Estados (inciso IV do § 2º do art. 130-A da CF),
não sendo possível a revisão de processo disciplinar contra servidores. STF. 1ª Turma. MS
28827/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 28/8/2012 (Info 677).
STF. Jurisprudência. Informativo 763. Se uma grande quantidade de pessoas está tendo
problemas com determinada seguradora consorciada ao DPVAT (que tem deixado de pagar os
beneficiários ou o faz em valores inferiores ao devido), o Ministério Público poderá ajuizar uma
ação civil pública em favor dessas pessoas? SIM. O Plenário do STF decidiu que o Ministério
Público tem legitimidade para defender contratantes do seguro obrigatório DPVAT (RE
631.111/GO, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 06 e 07/08/2014. Repercussão Geral).
STF. Jurisprudência. Informativo 851. "O PGR decide conflitos de atribuições entre MPE e MPF,
seja este conflito positivo ou negativo, tanto em matéria cível como criminal". STF. Plenário. Pet
5586 AgR/RS, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Teori Zavascki, julgado em 15/12/2016
(Info 851).
STF. Jurisprudência. Informativo 893. Promotor de Justiça que passa a atuar no processo
decorrente de desmembramento oriundo do TJ está livre para alterar a denúncia anteriormente
oferecida pelo PGJ.
STF. Jurisprudência. Informativo 955. O Ministério Público tem legitimidade para a propositura
de ação civil pública em defesa de direitos sociais relacionados ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço(FGTS). STF. Plenário. RE 643978/SE, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em
9/10/2019 (repercussão geral – Tema 850) (Info 955).
STF. Jurisprudência. Súmula 643. O Ministério Público tem legitimidade para promover ação
civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares.
STF. Jurisprudência. Súmula 734. Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado
o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
STF. Jurisprudência. ACO 2351 AgR. Os Ministérios Públicos estaduais não estão vinculados,
nem subordinados, no plano processual, administrativo e/ou institucional, à Chefia do Ministério
Público da União, o que lhes confere ampla possibilidade de atuação autônoma nos processos em
que forem partes, inclusive perante os Tribunais Superiores. Assim, por exemplo, o Ministério
Público Estadual possui legitimidade para o ajuizamento de ação rescisória perante o STJ para
impugnar acórdão daquela Corte que julgou processo no qual o parquet estadual era parte. STF. 1ª
Turma. ACO 2351 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 10⁄02⁄2015.
STF. Jurisprudência. ACO 2351 AgR. "Os Ministérios Públicos estaduais não estão vinculados
nem subordinados, no plano processual, administrativo e/ou institucional, à Chefia do Ministério
Público da União, o que lhes confere ampla possibilidade de atuação autônoma nos processos em
que forem partes, inclusive perante os Tribunais Superiores." (ACO 2351 AgR, Relator(a): Min.
LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 10/02/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-042
DIVULG 04-03-2015 PUBLIC 05-03-2015)
STF. Jurisprudência. Rcl 7.101. O Supremo Tribunal reconheceu a legitimidade ativa autônoma
do Ministério Público estadual para ajuizar reclamação no Supremo Tribunal, sem que se exija a
ratificação da inicial pelo PGR. [Rcl 7.101, rel. min. Cármen Lúcia, j. 24-2-2011, P, DJE de 9-8-
2011.].
STF. Jurisprudência. ARE 725.491. A pretensão de um órgão do Ministério Público não vincula
os demais, garantindo-se a legitimidade para recorrer, em face do princípio da independência
funcional. (ARE 725.491, Rel. Min. Luiz Fux. 26.05.2015).
RESUMINDO!!!
QUEM DECIDE O CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES ENTRE MEMBROS DO MINISTÉRIO
PÚBLICO?
MPE do Estado 1 x MPE do Estado 1: PGJ do Estado 1
MPF x MPF: CCR, com recurso ao PGR
MPU (ramo 1) x MPU (ramo 2): PGR
MPE x MPF: CNMP
MPE do Estado 1 x MPE do Estado 2: CNMP
STF. Jurisprudência. ADI 3161. Ementa: CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA. ART. 263, §2º,
DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. PARTICIPAÇÃO DE MEMBRO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO EM CONSELHO SUPERIOR DE FUNDO ESTADUAL DE
CONSERVAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO URBANO. RESERVA DE LEI
COMPLEMENTAR PARA ESTABELECIMENTO DE ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO
PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE DE EXERCÍCIO DE ATIVIDADES DE CONSULTORIA DE
ÓRGÃOS PÚBLICOS. INTERPRETAÇÃO CONFORME. PROCEDÊNCIA PARCIAL. 1.Nos
termos do artigo 129, IX da Constituição Federal, são funções institucionais do Ministério Público
“exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade,
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas”.
Possibilidade regulamentada pela Lei Orgânica Nacional dos Ministérios Públicos estaduais (art.
25, VII da Lei Federal 8.625/93) e Estatuto do Ministério Público da União (LC 75/93).
2.Concretização do artigo 129, IX da CF. Inúmeras e importantes previsões legais de participação
em conselhos relacionados as funções institucionais do Ministério Público. A título de exemplo:
Conselho Nacional de Política Indigenista (art. 5º do Decreto 8.593/2015); Comitê Nacional para os
Refugiados (Lei Federal 9.474/1997); Conselho Nacional dos Direitos Humanos, CNDH (Lei
12.986/2014); Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescentes, CONANDA (art. 260,
§4º, do ECA). 3.A participação em Conselhos da Administração Pública – órgãos com atribuição
legal para se manifestar, em caráter deliberativo ou consultivo, sobre a formulação de políticas
públicas de interesse social – é compatível com as atribuições previstas pela Constituição Federal e
pela Lei 8.625/1993 para o Ministério Público, desde que: (a) a representação do Ministério Público
seja exercida por membro nato, indicado pelo Procurador-Geral de Justiça; (b) a participação desse
membro ocorra a título de exercício das atribuições institucionais do Ministério Público; e (c)
vedada a percepção de remuneração adicional. 4. Ação Direta julgada parcialmente procedente.
(ADI 3161, Relator(a): MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: ALEXANDRE DE MORAES,
Tribunal Pleno, julgado em 13/10/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-294 DIVULG 16-12-
2020 PUBLIC 17-12-2020)
Superior Tribunal de Justiça (STJ)
STJ. Jurisprudência. Súmula n° 99. O Ministério Público tem legitimidade para recorrer no
processo que oficiou como fiscal da lei, ainda que não haja recurso da parte.
STJ. Jurisprudência. Súmula n° 601. O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na
defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que
decorrentes da prestação de serviço público.
STJ. Jurisprudência. Súmula n° 329. O Ministério Público tem legitimidade para propor ação
civil pública em defesa do patrimônio público.
STJ. Jurisprudência. Súmula n° 601. O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na
defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que
decorrentes da prestação de serviço público. STJ. Corte Especial. Aprovada em 07/02/2018, DJe
14/02/2018.
STJ. Jurisprudência. Informativo 552. O Ministério Público tem legitimidade ad causam para
propor ação civil pública com a finalidade de defender interesses coletivos e individuais
homogêneos dos mutuários do Sistema Financeiro da Habitação. O STJ entende que os temas
relacionados com SFH possuem uma expressão para a coletividade e o interesse em discussão é
socialmente relevante. STJ. 3ª Turma. REsp 1.114.035-PR, Rel. originário Min. Sidnei Beneti, Rel.
para acórdão Min. João Otávio de Noronha, julgado em 7/10/2014 (Info 552).
STJ. Jurisprudência. Informativo 576. O Ministério Público Estadual possui legitimidade para
atuar diretamente no STJ nos processos em que figurar como parte. O MPE, nos processos em que
figurar como parte e que tramitam no STJ, possui legitimidade para exercer todos os meios
inerentes à defesa de sua pretensão. A função de fiscal da lei no âmbito do STJ será exercida
exclusivamente pelo Ministério Público Federal, por meio dos Subprocuradores-Gerais da
República designados pelo Procurador-Geral da República. STJ. Corte Especial. EREsp 1.236.822-
PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 16/12/2015.
STJ. Jurisprudência. Informativo 587. O controle externo da atividade policial exercido pelo
Ministério Público Federal não lhe garante o acesso irrestrito a todos os relatórios de inteligência
produzidos pela Diretoria de Inteligência do Departamento de Polícia Federal, mas somente aos de
natureza persecutório-penal. O controle externo da atividade policial exercido pelo Parquet deve
circunscrever-se à atividade de polícia judiciária, conforme a dicção do art. 9º da LC n. 75/93,
cabendo-lhe, por essa razão, o acesso aos relatórios de inteligência policial de natureza
persecutório-penal, ou seja, relacionados com a atividade de investigação criminal. O poder
fiscalizador atribuído ao Ministério Público não lhe confere o acesso irrestrito a "todos os relatórios
de inteligência" produzidos pelo Departamento de Polícia Federal, incluindo aqueles não destinados
a aparelhar procedimentos investigatórios criminais formalizados. STJ. 1ª Turma. REsp 1.439.193-
RJ, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 14/6/2016 (Info 587).
STJ. Jurisprudência. Informativo 662. Ação Civil de perda de cargo de Promotor de Justiça cuja
causa de pedir não esteja vinculada a ilícito capitulado na Lei nº 8.429/92 deve ser julgada pelo
Tribunal de Justiça. STJ. 2ª Turma. REsp 1737900-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em
19/11/2019 (Info 662).
STJ. Jurisprudência. Informativo 670. Os Ministérios Públicos dos Estados podem atuar,
diretamente, na condição de partes, perante os Tribunais Superiores, em razão da não existência de
vinculação ou subordinação entre o Parquet Estadual e o Ministério Público da União. Tal
conclusão, entretanto, não pode ser aplicada ao Ministério Público do Trabalho, considerando que o
MPT é sim órgão vinculado ao Ministério Público da União, conforme dispõe o art. 128, I, “b”, da
Constituição Federal. O MPT integra a estrutura do MPU, atuando perante o Tribunal Superior do
Trabalho, não tendo legitimidade para funcionar no âmbito do STJ, tendo em vista que esta
atribuição é reservada aos Subprocuradores-gerais da República integrantes do quadro do
Ministério Público Federal. STJ. 1ª Seção. AgRg no CC 122.940-MS, Rel. Min. Regina Helena
Costa, julgado em 07/04/2020 (Info 670).
STJ. Jurisprudência. Tema repetitivo 766. O Ministério Público é parte legítima para pleitear
tratamento médico ou entrega de medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os entes
federativos, mesmo quando se tratar de feitos contendo beneficiários individualizados, porque se
refere a direitos individuais indisponíveis, na forma do art. 1º da Lei n. 8.625/1993 (Lei Orgânica
Nacional do Ministério Público)
STJ. Jurisprudência. AgInt no AREsp 1.688.809-SP. Ministério Público Federal é parte legítima
para pleitear indenização por danos morais coletivos e individuais em decorrência do óbito de
menor indígena. STJ, AgInt no AREsp 1.688.809-SP, Rel. Min. Assusete Magalhães, Segunda
Turma, por unanimidade, julgado em 26/04/2021, DJe 28/04/2021 (Info 696).
STJ. Jurisprudência. HC 155245 AgR-AgR. O Ministério Público Militar NÃO DISPÕE DE
LEGITIMIDADE PARA ATUAR, EM SEDE PROCESSUAL, PERANTE O STF. Isso porque a
representação institucional do Ministério Público da União, nas causas instauradas na Suprema
Corte, cabe ao Procurador-Geral da República [...] STF. 2ª Turma. HC 155245 AgR-AgR,
11/11/2019.