DANIEL DE OLIVEIRA SOUSA - Capitulo 02 - Versão 0
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CACHOEIRA
2023
DANIEL DE OLIVEIRA SOUSA
CACHOEIRA
2023
CAPITULO 2
A vida num mundo caído está cheia de pecado e miséria. Todo ser humano,
homens, mulheres e até crianças passam por problemas e dificuldades, todos nós em
algum momento da vida nos encontramos aflitos, angustiados, com dor, com aquele
sentimento de amargurar da vida, depressão resistente, tristeza profunda diante da
prática de adultério, ira violenta, falta de comunicação crônica, lutas com a culpa por
adição à pornografia, transtornos alimentares de evitação fóbica a calorias, câncer
recorrente, atração secreta por pessoa do mesmo sexo, ideações suicidas e a lista
continua, e em momentos como estes precisamos de ajuda, de alguém para aconselhar.
Desde tempos muito antigo aos nos relacionamos com outras pessoas, percebemos que
existe a necessidade de ajudarmos e sermos ajudados, aconselharmos e sermos
aconselhados. O aconselhamento, portanto, faz parte da vida do ser humano. É aquela
ajuda necessária para segui adiante. Cada ser humano em algum momento da sua
história vai dar ou receber conselhos, o aconselhamento é algo que acompanha o ser
humano por toda sua vida.
Neste capitulo vamos abordar o tema do aconselhamento pastoral para casais
que estão em fase de separação/divórcio, especificamente para casais cristãos em crise.
precisamos primeiro compreender a noção do que é aconselhamento em geral, e
também abordaremos os conceitos de aconselhamento psicológico (também chamado de
aconselhamento terapêutico), aconselhamento espiritual e as diferenças que possam
existir entre esses dois tipos de aconselhamentos, embora não pretendamos esgotar
todas as informações sobre estes temas.
Forguieri (2007) diz que, “o aconselhamento terapêutico ou psicológico é a
relação entre duas ou mais pessoas, por meio de uma conversação, na qual a presença de
um aconselhador torna-se existencialmente terapêutico para uma ou várias destas
pessoas, que são os aconselhando”. Para ela, trata-se de uma relação interpessoal que
requer a presença genuína do aconselhador, manifestada por ele mediante a diferentes
atuações, como informações, esclarecimento, o exame e a reflexão a respeito de
situações conflitantes vividas pela pessoa que está sendo aconselhada.
O aconselhamento, em sua forma simples, é uma pessoa procurando andar ao
lado de outra que perdeu seu caminho. (PIERRE e REJU, 2015).
Pierre e Reju (2015) afirma que nem todas as situações começam da mesma
maneira. O aconselhamento começa com a pessoa inquieta procurando ajuda. O
aconselhamento iniciado pela própria pessoa é geralmente a maneira mais natural de
desencadear o processo. isso acontece geralmente porque ela está ciente de sua
necessidade de ajuda independentemente de qual seja o assunto, essas conversas podem
ser resumidas nas palavras “Eu preciso de ajuda”. Em outras palavras o aconselhamento
é alguém precisando de ajuda e encontra outro alguém que pode ajudar, com palavras,
com conselhos, ou apenas ouvindo o desabafo da pessoa que precisa tirar as cargas do
sofrimento dos seus ombros. Às vezes, apenas um ombro já é o suficiente para servir de
conselheiro para alguém que precisa achar o caminho.
Pereira (2009), diz que o Conselheiro é procurado para ajudar pessoas que
estão passando por mudanças em suas vidas. Que estão vivenciando momentos de
transição, dor e angústia, que têm seu equilíbrio e o fluxo do existir abalados. Sendo
assim, cabe a ele examinar, com seu conselheiro, as situações conflitantes vivenciadas
por esse, ampliar a sua percepção a respeito da problemática em questão e analisar os
recursos e capacidades pessoais do mesmo para enfrentá-lo.
É tão importante o papel do aconselhador terapêutico que “a pessoa que
procura ajuda psicológica, ao falar de seus dilemas e dificuldades, pouco a pouco,
descobre os seus recursos, capacidades e potencialidades para lidar com seus problemas.
Dessa forma, ela percebe-se como um ser que, mesmo fragilizado, pode responsabilizar-
se por sua existência”. (Pereira, 2009)
Para um bom desenvolvimento da terapia, terapeuta e paciente precisa entrar
em uma relação de sintonia, essa harmonia é fundamental para que a influêmcia alcance
seu propósito. Forguieri (2007) comenta que:
“ao se deixar envolver pelo cliente, sintonizando-se
com ele, em um nível de igualdade e solidariedade, o
terapeuta propicia a esse: não se sentir sozinho, por
perceber a presença do terapeuta junto de si; deixar
de ser apenas um paciente para se tornar um agente,
participante, ao perceber que “mexe” com o
terapeuta, que consegue influencia-lo.”
Roger F. Hurding apresenta níveis de aconselhamento. Nível 1. “[..] Alívio do
peso dos problemas diante de um ouvinte compreensivo, 2. Vazão de sentimentos num
relacionamento de apoio. 3. Discussão de problemas existentes com um ajudador que
não assuma a posição de juiz”. (HURDING, 1995 apud BROWN e PEDDER, 1979, p.
95).
O autor destaca que “[...] a essência do aconselhamento e da psicoterapia
encerra a ideia de ajudar ao outro por meio de um relacionamento de cuidado.
(HURDING, 1995, p. 35) Roger F. Hurding, ressalta que “[...] o aconselhamento da
psicoterapia tem por objetivo produzir uma mudança construtiva do comportamento e
da personalidade.” (HURDING, 1995 apud TRAUX e CARKHUFF, 1967, p. 4).
Outro ponto importante para a eficácia do aconselhamento é a relação entre
conselheiro e aconselhado, é preciso confiança. Alguns indivíduos, mesmo sentindo
necessidade de um aconselhamento fica cheio de receios com relação ao outro que ele
precisa se abrir, contar sobre suas feridas, seus sentimentos, suas decepções e mágoas,
falado sobre esse assunto Collins, (2004, p. 46 e 47) apresenta algumas características
pessoas do conselheiro que proporcionam uma boa relação com seu paciente:
1. Calor humano. Esta expressão implica em atenção, respeito
e numa preocupação sincera, porém não sufocante, com o bem
estar do aconselhando, independentemente de suas ações ou
modo de pensar. Jesus demonstrou essa qualidade ao encontrar
a samaritana no poço. Embora os padrões morais daquela
mulher fossem baixos, e Jesus jamais tivesse feito vista grossa
ao pecado, ele a respeitou e tratou-a como um ser humano que
tinha valor. A ternura e o cuidado de Jesus deviam ser traços
bem marcantes de sua personalidade. 2. Sinceridade. O
conselheiro sincero é autêntico - aberto, honesto, alguém que
não recorre à falsidade, nem se coloca em posição superior. Ser
sincero significa ser espontâneo, mas não impulsivo; ser
franco, mas não insensível. O conselheiro autêntico demonstra
o que é realmente, sem a hipocrisia de pensar uma coisa e dizer
outra. 3. Empatia. O que o aconselhando pensa? Como ele se
sente, realmente? Quais são seus valores, crenças, conflitos
íntimos e feridas da alma? O bom conselheiro está sempre
sensível a essas questões, é capaz de compreendê-las e usa suas
palavras e gestos de forma a fazer com que o aconselhando
perceba isso. Empatia é exatamente essa capacidade de “sentir
o mesmo” que o aconselhando. E possível ajudar as pessoas
mesmo sem compreendê-las inteiramente, mas o conselheiro
que consegue transmitir empatia (principalmente no início do
processo terapêutico) tem maiores chances de sucesso.
(COLLINS, 2004, p. 47)
2.2 Aconselhamento psicológico
O problema é que nem todos os pastores estão preparados para assumi esse
papel de pastor conselheiro, falta preparo, falta conhecimento, segundo Collins (2004, p.
43), a pesar do conhecimento que temos hoje, três em cada quatro conselheiros
desempenham mal a sua função. Ele diz ainda que, “[...] pesquisas recentes demonstram
que a maioria dos pastores e sente despreparados para assumir as responsabilidades do
aconselhamento e grande parte deles não sabem aconselhar corretamente.” (COLLINS,
2004, p. 43)
Há, entretanto, alguns que têm sucesso e aconselha com muita eficiência e
maestria. Collins (2004), apresenta alguns objetivos do aconselhamento, entre eles
temos os seguintes:
Todas as ovelhas fedem, umas fedem mais do que as outras, mas o pastor
precisa estar perto destas ovelhas para cuidar, e acaba sentindo seu fedor, as vezes esse
fedor passa para o pastor. Neste caso, o pastor precisa entrar na vida das pessoas para
poder ajuda-las em suas crises. Pierre e Reju (2015), chega a dizer que “o labor pastoral
envolve identificar-se com a fraqueza e pecado das pessoas. Condescendência.”
O cuidado pastoral é bíblico, vem de Deus. A bíblia diz: “Como pastor,
apascentará o seu rebanho; entre os braços, recolherá os cordeirinhos e os levará no seu
regaço; as que amamentam, ele as guiará mansamente.” Isaías 40:11 “Procurarei as
perdidas e trarei de volta as desviadas. Enfaixarei a que estiver ferida e fortalecerei a
fraca, mas a rebelde e forte eu destruirei. Apascentarei o rebanho com justiça.”
Ezequiel 34:16.
O pastor conselheiro precisa está atento a suas ovelhas para cuidar delas, Hoff
(1996) comenta que: “o Verdadeiro pastor deve estar onde estão as ovelhas. Ele se
compadece de suas fraquezas, as ama de coração, as consola e as cura. Vive perto delas,
pensa com a mente delas, vê com os olhos delas, sente com o coração delas, sofre as
tristezas delas, leva junto com elas as cargas, e deste modo cumpre o mandamento de
Cristo.
Ao cuidar do rebanho, o pastor precisa ser um pastor conselheiro, e está atento
a cada detalhe da vida de suas ovelhas, especialmente aquelas que estão vivendo uma
crise. Quando se trata de relacionamento, este assunto se torna ainda mais delicado, e
quando se trata de relacionamento matrimonial, o assunto fica mais estreito. É fácil
notar que “[...] estamos vivendo numa época em que a infelicidade conjugal é mais
comum, e em que muitas pessoas veem o divórcio como uma saída de emergência
conveniente e sempre disponível, para o caso dos problemas matrimoniais ficarem
muito difíceis de resolver.” (COLLINS, 2004, p. 476).
Por pouca coisa, as vezes por quase nada, as pessoas já estão pensando em um
divórcio, é como se a solução para seus problemas fossem a separação, desconsiderando
o casamento uma união permanente e instituída por Deus, Collins confirma quando diz
que:
“[...] a “incompatibilidade de gênios” torna-se
motivo suficiente para o rompimento da união
conjugal, e o divórcio amigável permite que o
casamento seja legalmente desfeito quando um dos
cônjuges — ou ambos — simplesmente não quer
mais permanecer junto. O matrimônio, essa união
permanente instituída por Deus, é tratado cada vez
mais como um acordo de conveniência temporário.”
(COLLINS, 2004, p. 477)
Para isso existe o pastor conselheiro, e como é gratificante para um pastor
conselheiro ver os resultados de seu labor. Mesmo diante de tantas idas e vindas, de
lutas diante do conflito gerado por uma crise. “[...] Não é fácil ajudar um casal a
resolver conflitos matrimoniais e construir um casamento melhor, mas esta pode ser
uma das mais gratificantes experiências que um conselheiro pode ter.” (COLLINS,
2004, p. 477)
Todos os efeitos tem as suas causas, mas o que leva um casal a viverem em
conflitos? Quais são algumas das causas dos problemas conjugais? Collins apresenta
argumentos bíblicos quando explica que em:
A crise tem tomado conta do mundo, e cada tempo que passa as crises tem sido
mais frequentes e maiores, mas o que é crise? De acordo com o dicionário online de
português, Crise é o “Momento em que se deve decidir se um assunto ou o seguimento
de uma ação deve ser levado adiante, alterado ou interrompido; momento crítico ou
decisivo”. (MICHAELIS, 2023). falando do emocional, no mesmo dicionário, crise é “o
estado emocional de súbito desequilíbrio em que os sintomas de um sofrimento ou
angústia mental se manifestam com maior intensidade: Crise emocional. Crise de
nervos.” (MICHAELIS, 2023). Crise pode ser também um “estado em que a dúvida, a
incerteza e o declínio se sobrepõem, temporariamente ou não, ao que estava
estabelecido como ordem econômica, ideológica, política etc.: Crise religiosa. Crise
moral. Crise dos costumes.” (MICHAELIS, 2023).
Socialmente falando, crise é uma “conjuntura desfavorável; situação anormal e
grave; conflito, tensão, transtorno: Crise internacional. Crise do sistema monetário.”
(MICHAELIS, 2023).
Além disso crise também pode ser “Momento perigoso ou difícil; período de
desordem. Situação conflituosa; tensão: crise familiar. Expressão de ausência, carência:
crise de mão de obra. Em que há decadência; queda: crise de moralidade. Sinônimos de
Crise: apuro, dificuldade, ataque, acesso, conflito, carência, queda”. (MICHAELIS,
2023).
Neste capitulo vamos falar sobre crises em entre casais que podem levar ao
divórcio. Ultimamente está cada vez mais evidente o aumento das crises entre casais,
inclusive entre casais cristãos. A pergunta que precisamos responder é, quais são os
motivos que leva um casal a querer se separar? De acordo com Fernando Céser, (2010)
“Os motivos para tal estresse têm a ver com a existência de filhos, a própria ligação do
cônjuge, a percepção do fracasso em relação ao casamento, o receio da rejeição e a
alteração do padrão de vida, assim como a mudança do estilo de vida. Esses fatores de
estresse alteram a fun cionalidade entre a pessoa e a sua família e provoca um estado de
tensão.
CAPÍTULO 4 –
Importante.
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