Introduçaõ Sobre A Origem Dos Números

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Matematica Essencial: Fundamental: Origem dos numeros

Alegria Financeira Fundamental Mdio Geometria Trigonometria Superior

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Clculos

Ensino Fundamental: A origem dos nmeros


A origem dos nmeros Incio do processo de contagem Representao numrica Alguns smbolos antigos O baco Sistema Indo-Arbico Histrico: notao Posicional Histrico: criao do zero Notao Posicional Sistema numrico Romano

Introduo sobre a origem dos nmeros

Voc j usou muitas vezes os nmeros, mas ser que j parou para pensar sobre:
a. O modo como surgiram os nmeros? b. Como foram as primeiras formas de contagem? c. Como os nmeros foram criados, ou, ser que eles sempre existiram?

Para descobrir sobre a origem dos nmeros, precisamos estudar um pouco da histria humana e entender os motivos religiosos desses criadores. Na verdade, desconhecemos qualquer outro motivo que tenha gerado os nmeros. Os historiadores so auxiliados por diversas descobertas, como o estudo das runas de antigas civilizaes, estudos de fsseis, o estudo da linguagem escrita e a avaliao do comportamento de diversos grupos tnicos desde o princpio dos tempos. Olhando ao redor, observamos a grande presena dos nmeros.

Quanto mais voltarmos na histria, veremos que menor a presena dos nmeros.
O Incio do processo de contagem

Os homens primitivos no tinham necessidade de contar, pois o que necessitavam para a sua sobrevivncia era retirado da prpria natureza. A necessidade de contar comeou com o desenvolvimento das atividades humanas, quando o homem foi deixando de ser pescador e coletor de alimentos para fixar-se no solo.

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O homem comeou a plantar, produzir alimentos, construir casas, protees, fortificaes e domesticar animais, usando os mesmos para obter a l e o leite, tornando-se criador de animais domsticos, o que trouxe profundas modificaes na vida humana. As primeiras formas de agricultura de que se tem notcia, foram criadas h cerca de dez mil anos na regio que hoje denominada Oriente Mdio. A agricultura passou ento a exigir o conhecimento do tempo, das estaes do ano e das fases da Lua e assim comearam a surgir as primeiras formas de calendrio. No pastoreio, o pastor usava vrias formas para controlar o seu rebanho. Pela manh, ele soltava os seus carneiros e analisava ao final da tarde, se algum tinha sido roubado, fugido, se perdido do rebanho ou se havia sido acrescentado um novo carneiro ao rebanho. Assim eles tinham a correspondncia um a um, onde cada carneiro correspondia a uma pedrinha que era armazenada em um saco.

No caso das pedrinhas, cada animal que saa para o pasto de manh correspondia a uma pedra que era guardada em um saco de couro. No final do dia, quando os animais voltavam do pasto, era feita a correspondncia inversa, onde, para cada animal que retornava, era retirada uma pedra do saco. Se no final do dia sobrasse alguma pedra, porque faltava algum dos animais e se algum fosse acrescentado ao rebanho, era s acrescentar mais uma pedra. A palavra que usamos hoje, clculo, derivada da palavra latina calculus, que significa pedrinha. A correspondncia unidade a unidade no era feita somente com pedras, mas eram usados tambm ns em cordas, marcas nas paredes, talhes em ossos, desenhos nas cavernas e outros tipos de marcao.

Os talhes nas barras de madeira, que eram usados para marcar quantidades, continuaram a ser usados at o sculo XVIII na Inglaterra. A palavra talhe significa corte. Hoje em dia, usamos ainda a correspondncia unidade a unidade.
Representao numrica
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Com o passar do tempo, as quantidades foram representadas por expresses, gestos, palavras e smbolos, sendo que cada povo tinha a sua maneira de representao.

A faculdade humana natural de reconhecimento imediato de quantidades se resume a, no mximo, quatro elementos. Este senso numrico que a faculdade que permite reconhecer que alguma coisa mudou em uma pequena coleo quando, sem seu conhecimento direto, um objeto foi tirado ou adicionado, coleo. O senso numrico no pode ser confundido com contagem, que um atributo exclusivamente humano que necessita de um processo mental. "Distingimos, sem erro e numa rpida vista um, dois, trs e mesmo quatro elementos. mas a para nosso poder de identificao dos nmeros." Histria Universal dos Algarismos", Georges Ifrah.

Temos tambm, alguns animais, ditos irracionais, como os rouxinis e os corvos, que possuem este senso numrico onde reconhecem quantidades concretas que vo de um at trs ou quatro unidades. Existe um exemplo clebre sobre um corvo que tinha capacidade de reconhecer quantidades. Curiosidade: Um fazendeiro estava disposto a matar um corvo que fez seu ninho na torre de observao de sua manso. Por diversas vezes, tentou surpreender o pssaro, mas em vo: aproximao do homem, o corvo saa do ninho. De uma rvore distante, ele esperava atentamente at que o homem sasse da torre e s ento voltava ao ninho. Um dia, o fazendeiro tentou um ardil: dois homens entraram na torre, um ficou dentro e o outro saiu e se afastou. Mas o pssaro no foi enganado: manteve-se afastado at que o outro homem sasse da torre. A experincia foi repetida nos dias subsequentes com dois, trs e quatro homens, ainda sem sucesso. Finalmente, foram utilizados cinco homens como antes, todos entraram na torre e um permaneceu l dentro enquanto os outros quatro saam e se afastavam. Desta vez o corvo perdeu a conta. Incapaz de distinguir entre quatro e cinco,
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voltou imediatamente ao ninho.


Alguns smbolos antigos

No comeo da histria da escrita de algumas civilizaes como a egpcia, a babilnica e outras, os primeiros nove nmeros inteiros eram anotados pela repetio de traos verticais:

I II 1 2

III 3

IIII 4

IIIII 5

IIIIII 6

IIIIIII 7

IIIIIIII 8

IIIIIIIII 9

Depois este mtodo foi mudado, devido dificuldade de se contar mais do que quatro termos:

I 1

II 2

III 3

IIII 4

IIII I 5

IIII II 6

IIII III 7

IIII IIII 8

IIII IIII I 9

Um dos sistemas de numerao mais antigos que se tem notcia o egpcio. um sistema de numerao de base dez e era composto pelos seguintes smbolos numricos:

Outro sistema de numerao muito importante foi o aproximadamente 4 mil anos.

da Babilnia, criado a

Algumas das primeiras formas de contagem foram utilizadas com as partes do corpo humano, sendo que em algumas aldeias os indivduos chegavam a contar at o nmero 33.
O baco

O baco, em sua forma geral, uma moldura retangular com fileiras de arame, cada fileira representando uma classe decimal diferente, nas quais correm pequenas bolas

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No princpio, os sistemas de numerao no facilitavam os clculos, logo, um dos instrumentos utilizados para facilitar os clculos foi o baco muito usado por diversas civilizaes orientais e ocidentais. No Japo, o baco chamado de soroban e na China de sunpan, que significa bandeja de calcular.
O Sistema de numerao Indo-Arbico

Nosso sistema de numerao surgiu na sia, h muitos sculos no Vale do rio Indo, onde hoje o Paquisto. O primeiro nmero inventado foi o 1 e ele significava o homem e sua unicidade, o segundo nmero 2, significava a mulher da famlia, a dualidade e o nmero 3 (trs) significava muitos, multido. A curiosidade sobre os nomes do 3, no deve ter ocorrido por acaso. Ingls three Francs trois Latim tres Grego treis Italiano tre Espanhol tres Portugus trs

Sueco Alemo Russo tre drei tri

Polons Hindu trzy tri

Notas histricas sobre a atual notao posicional

Foi no Norte da ndia, por volta do sculo V da era crist, que nasceu o mais antigo sistema de notao prximo do atual, o que comprovado por vrios documentos, alm de ser citado por rabes (a quem esta descoberta foi atribuda por muitos anos). Antes de produzir tal sistema, os habitantes da ndia setentrional usaram por muito tempo uma numerao rudimentar que aparece em muitas inscries do sculo III antes de Cristo. Esta numerao tinha uma caracterstica do sistema moderno. Seus nove primeiros algarismos eram sinais independentes: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 o que significava que um nmero como o 5 no era entendido como 5 unidades mas como um smbolo independente. Por muito tempo, estes algarismos foram denominados algarismos arbicos, de uma forma errada. Ainda existia nesta poca a dificuldade posicional e os hindus passaram a usar a notao
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por extenso para os nmeros, pois no podiam exprimir grandes nmeros por algarismos. Sem saber, estavam criando a notao posicional e tambm o zero. Cada algarismo tinha um nome: 1 2 3 4 5 6 7 8 9

eka dvi tri catur paca sat sapta asta nava Quando foi criada pelos hinds a base 10, cada dezena, cada centena e cada milhar, recebeu um nome individual: 10 100 1.000 10.000 100.000 1.000.000 10.000.000 100.000.000 1.000.000.000 = = = = = = = = = dasa sata sahasra ayuta laksa prayuta koti vyarbuda padma

Ao invs de fazer como hoje, de acordo com as potncias decrescentes de 10, os hindus escreviam os nmeros em ordem crescente das potncias de 10 por volta do sculo IV depois do nascimento de Jesus Cristo. Eles comeavam pelas unidades, depois pelas dezenas, pelas centenas e assim por diante. O nmero 3.709 ficava: 9 nove nava 700 sete centos sapta sata 3000 trs mil tri sahasra

Poderiamos escrever o nmero 12.345 como paca caturdasa trisata dvisahasra ayuta pois, 12.345 = 5 + 40 + 300 + 2.000 + 10.000, logo: 5 40 300 2.000 10.000 = = = = = paca catur dasa tri sata dvi sahasra ayuta

paca caturdasa trisata dvisahasra ayuta Esta j era uma forma especial. Em virtude da grande repetio que ocorria com as potncias de 10, por volta do sculo V depois do nascimento de Jesus Cristo, os matemticos e astrnomos hindus resolveram abreviar a notao retirando os mltiplos de 10 que apareciam nos nmeros grandes, assim o nmero 12.345 que era escrito como:
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paca caturdasa trisata dvisahasra ayuta passou a ser escrito apenas: 54321 = paca catur tri dvi dasa 12345 = 5 + 410 + 3100 + 21000 + 110000 e esta se transformou em uma notao falada e escrita posicional excelente para a poca, mas comearam a acontecer alguns problemas como escrever os nmeros 321 e 301. 321 = 1 + 2 x 10 + 3 x 100 321 = dasa dvi tri 301 = 1 + 3 x 100 301 = dasa tri lgico que este ltimo nmero no poderia ser o 31, pois: 31 = 1 + 3 x 10 31 = dasa tri No nmero 301 faltava algo para representar as dezenas. Para construir este material, usamos algumas partes do excelente livro: "Os nmeros: A histria de uma grande inveno", Georges Ifrah, Editora Globo, 3a.edio, 1985, com a permisso da Editora.
Notas histricas sobre a criao do zero

Tendo em vista o problema na construo dos nmeros como 31 e 301, os hindus criaram um smbolo para representar algo vazio (ausncia de tudo) que foi denominado sunya (a letra s tem um acento agudo e a letra u tem um trao horizontal sobre ela). Dessa forma foi resolvido o problema da ausncia de um algarismo para representar as dezenas no nmero 301 e assim passaram a escrever: 301 = 1 + ? x 10 + 3 x 100 301 = dasa sunya tri
Os hindus tinham acabado de descobrir o zero.

Porm, estas notaes s serviam para as palavras e no para os nmeros, mas reunindo essas idias apareceram juntos o zero bem como o atual sistema de notao posicional. Um dos primeiros locais onde aparece a notao posicional um tratado de cosmologia denominado: Lokavibhaga, publicado na data de 25 de agosto de 458 do calendrio juliano, por um movimento religioso hind para enaltecer as suas prprias qualidades cientficas e religiosas. Neste texto, aparece o nmero 14.236.713 escrito claramente:

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triny ekam sapta trs um sete

sat

trini dve catvary ekakam quatro um

seis trs dois

Escrever tais nmeros na ordem invertida, fornece: um quatro dois trs seis sete um trs 1 4 2 3 6 7 1 3

Nmeros como 123.000 eram escritos como: sunya sunya sunya tri dvi dasa que significa: zero zero zero trs dois um que escrito na ordem invertida fornece: um dois trs zero zero zero No texto existe a palavra hind sthanakramad que significa "por ordem de posio". Observamos que tal notao posicional j era ento conhecida no quinto sculo de nossa era por uma grande quantidade de cientistas e matemticos. Para escrever este material, usamos alguns tpicos do excelente livro: "Os nmeros: A histria de uma grande inveno", Georges Ifrah, Editora Globo, 3a.edio, 1985.
Notao Posicional

O sistema de numerao posicional indiano surgiu por volta do sculo V. Este princpio de numerao posicional j aparecia nos sistemas dos egpcios e chineses. No sistema de numerao indiana no posicional que aparece no sculo I no existia a necessidade do nmero zero. Notao (ou valor) posicional quando representamos um nmero no sistema de numerao decimal, sendo que cada algarismo tem um determinado valor, de acordo com a posio relativa que ele ocupa na representao do numeral. Mudando a posio de um algarismo, estaremos alterando o valor do nmero. Por exemplo, tomemos o nmero 12. Mudando as posies dos algarismos teremos 21. 12 = 1 10 + 2 21 = 2 10 + 1 O zero foi o ltimo nmero a ser inventado e o seu uso matemtico parece ter sido criado pelos babilnios. Os documentos mais antigos conhecidos onde aparece o nmero zero, no so anteriores ao sculo III antes de Cristo. Nesta poca, os nmeros continham no mximo trs algarismos.
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Um dos grandes problemas do homem comeou a ser a representao de grandes quantidades. A soluo para isto foi instituir uma base para os sistemas de numerao. Os numerais indo-arbicos e a maioria dos outros sistemas de numerao usam a base dez, isto porque o princpio da contagem se deu em correspondncia com os dedos das mos de um indivduo normal. Na base dez, cada dez unidades representada por uma dezena, que formada pelo nmero um e o nmero zero: 10. A base dez j aparecia no sistema de numerao chins. Os sumrios e os babilnios usavam a base sessenta. Alguma vez voc questionou sobre a razo pela qual h 360 graus em um crculo? Uma resposta razovel que 360=6x60 e 60 um dos menores nmeros com grande quantidade de divisores, como por exemplo: D(60) = { 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30, 60} Os indianos reuniram as diferentes caractersticas do princpio posicional e da base dez em um nico sistema numrico. Este sistema decimal posicional foi assimilado e difundido pelos rabes e por isso, passou a ser conhecido como sistema indo-arbico. Nosso sistema de numerao retrata o baco. Em cada posio que um nmero se encontra seu valor diferente.
O Sistema Romano de Numerao

O sistema de numerao Romano um sistema decimal, ou seja, sua base dez. Este sistema utilizado at hoje em representaes de sculos, captulos de livros, mostradores de relgios antigos, nomes de reis e papas e outros tipos de representaes oficiais em documentos. Estas eram as primeiras formas da grafia dos algarismos romanos. Tal sistema no permite que sejam feitos clculos, no se destinavam a fazer operaes aritmticas mas apenas representar quantidades. Com o passar do tempo, os smbolos utilizados pelos romanos eram sete letras, cada uma com um valor numrico: Letra I V X L C D M Valor 1 5 10 50 100 500 1000 Leitura Um Cinco Dez Cinquenta Cem Quinhentos Mil Estas letras obedeciam aos trs princpios:
1. Todo smbolo numrico que possui valor menor do que o que est sua esquerda,

deve ser somado ao maior. VI = 5 + 1 = 6 XII = 10 + 1 + 1 = 12 CLIII = 100 + 50 + 3 = 153 2. Todo smbolo numrico que possui valor menor ao que est sua direita, deve ser subtrado do maior.
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IX = 10 - 1 = 9 XL = 50 - 10 = 40 VD = 500 - 5 = 495 3. Todo smbolo numrico com um trao horizontal sobre ele representa milhar e o smbolo numrico que apresenta dois traos sobre ele representa milho.

Construda por Miriam Gongora e Ulysses Sodr. Atualizada em 24/mar/2005.

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