Conhecimentos Bancários para Concursos
Conhecimentos Bancários para Concursos
Conhecimentos Bancários para Concursos
ISBN 978-85-387-2885-6
Série Série
CONHECIMENTOS
Legislação Especial para Concursos (Direito do Idoso – Direito das
Pessoas Portadoras de Deficiência – Declaração Universal dos Direitos
Humanos – Direito da Criança e do Adolescente)
Questões Resolvidas de Língua Portuguesa para Concursos
Questões Resolvidas de Matemática para Concursos
BANCÁRIOS PARA
Questões Resolvidas de Raciocínio Lógico para Concursos
Questões Resolvidas de Direito Constitucional para Concursos
CONCURSOS
Jonas Barbosa Leite Filho
Jonas Barbosa Leite Filho
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
PARA CONCURSOS
3.ª edição
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
_____________________________________________________________________________
L552c
3.ed.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-387-2959-4
28.02.12 07.03.12
033501
_____________________________________________________________________________
17
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)
Conceito e panorama geral | 17
Tipos de riscos financeiros | 22
Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS) | 23
27
Mercado de capitais
Mercado primário e mercado secundário | 27
Ações | 28
Debêntures | 33
Commercial paper/promissória comercial | 37
Derivativos | 37
45
Sistema Financeiro Nacional I
Conceitos gerais | 45
Estrutura e funções do Sistema Financeiro Nacional (SFN) | 46
63
Sistema Financeiro Nacional II
Estrutura e funções do Sistema Financeiro Nacional (SFN) | 63
83
Produtos e serviços financeiros I
Títulos de crédito | 83
Depósitos à vista | 87
mário
Tarifas bancárias | 93
Cheque | 97
Certificado de Depósito Bancário (CDB) e Recibo de Depósito Bancário (RDB) | 106
111
Produtos e serviços financeiros II
Cobrança e pagamento de títulos e carnês | 111
Transferência automática de fundos | 112
Arrecadação de tributos e tarifas públicas | 113
Remote banking | 114
Corporate finance | 116
Dinheiro de plástico | 117
Fundos de investimento | 119
Hot Money | 128
Contas garantidas | 128
Crédito rotativo | 129
Desconto de títulos | 129
Financiamento de capital de giro e capital fixo | 130
Vendor finance e compror finance | 130
137
Produtos e serviços financeiros III
Crédito Direto ao Consumidor (CDC) | 137
Crédito rural | 138
Caderneta de poupança | 143
Financiamentos à importação e exportação | 144
Cartões de crédito | 148
Leasing | 148
Títulos de capitalização | 151
Plano Mensal (PM) | 152
Plano Único (PU) | 152
Planos de aposentadoria e pensão privados | 152
Planos de seguros | 155
163
Garantias do Sistema Financeiro Nacional
Garantias pessoais ou fidejussórias | 163
Garantias reais | 167
177
Tipos de sociedade e mercado de câmbio
Tipos de sociedade | 177
Mercado de câmbio | 183
Economia e mercado financeiro
Economia
7
Economia e mercado financeiro
8
Economia e mercado financeiro
Mercado financeiro
Até janeiro de 1992 o Selic era depositário, também, dos títulos públicos
estaduais e municipais e a partir dessa data eles passaram a ser processados
na Cetip.
10
Economia e mercado financeiro
A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a meta para a taxa Selic (Sis-
tema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período
entre reuniões ordinárias do Comitê (oito reuniões ordinárias por ano).
11
Economia e mercado financeiro
Dicas de estudo
Memorizar os objetivos da política econômica.
12
Economia e mercado financeiro
Memorizar quando e por quem foi criado o Selic e quais os títulos que
o sistema custodia e liquida.
Atividades
1. (CEF) A política monetária enfatiza sua atuação sobre os meios de
pagamento, títulos públicos e taxas de juros, modificando o custo e o
nível de oferta do crédito. O Banco Central administra a política mone-
tária por intermédio dos seguintes instrumentos clássicos de controle
monetário:
I. recolhimentos compulsórios;
II. operações de mercado aberto – open market;
III. limites e políticas de alçadas internas de crédito;
IV. políticas de redesconto bancário e empréstimos de liquidez;
V. depósitos à vista e cadernetas de poupança.
a) I, II e III.
b) I, II e lV.
c) I,III e lV.
d) II,III e V.
e) III, IV e V.
(( Certo.
13
Economia e mercado financeiro
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
Gabarito
1. B
2.
a) Certo.
b) Errado.
c) Certo.
14
Economia e mercado financeiro
Referências
PORTAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL. Ministério da Fazenda. Disponível em:
<www.bcb.gov.br>. Acesso em: 23 fev. 2012.
15
Sistema de Pagamentos Brasileiro
(SPB)
Instituições financeiras;
17
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)
Visanet e Redecard;
19
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)
20
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)
21
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)
Risco de crédito
Qualquer sistema de pagamentos está sujeito a riscos. No antigo SPB, a
principal fonte de insegurança residia no fato de não haver controle on-line
pelo Bacen das contas de reservas dos bancos.
Risco de imagem
O risco de imagem advém da mesma situação. Ocorre porque a institui-
ção de origem da operação pode ter sua imagem desgastada perante seus
clientes e o mercado.
Risco sistêmico
Os riscos de liquidez e de crédito podem gerar o risco sistêmico. Ele
ocorre quando as situações de instabilidade geram um efeito dominó, en-
volvendo várias ou todas as instituições financeiras vinculadas ao sistema de
pagamentos.
22
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)
Cadastro de Clientes do
Sistema Financeiro Nacional (CCS)
O Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional é um sistema in-
formatizado, centralizado no Banco Central do Brasil, que permite indicar
onde os clientes de instituições financeiras mantêm bens, direitos e valores,
diretamente ou por seus representantes legais e procuradores.
23
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)
Dica de estudo
Saber os tipos de riscos financeiros é muito importante. Não esquecer
o que é LBTR e LDL.
Atividades
1. O Sistema de Pagamentos Brasileiro é o conjunto de procedimentos,
regras, instrumentos e operações integrados que, por meio eletrôni-
co, dão suporte à movimentação financeira entre os diversos agentes
econômicos do mercado brasileiro. Sua função básica é
24
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)
Gabarito
1. E
Referências
PORTAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL. Ministério da Fazenda. Disponível em:
<www.bcb.gov.br>. Acesso em: 23 fev. 2012.
25
Mercado de capitais
Valores mobiliários
Valores mobiliários são aqueles papéis (títulos) que possuem valor para
negociação, podem ser bônus de subscrição, debêntures, ações, certificados
de depósitos bancários, cotas de fundos de investimentos, cédulas de de-
bêntures, notas promissórias comerciais, contratos de derivativos etc.
27
Mercado de capitais
Ações
Ação é a menor parcela representativa do capital social de uma socie-
dade anônima. Quando compra uma ação, o investidor se torna acionista
da empresa, quer dizer, torna-se um sócio, com direito aos bens e lucros.
A responsabilidade do acionista está limitada ao valor das suas ações, ou
seja, se a empresa for à falência, o acionista perde apenas o valor das ações
adquiridas.
Tipos de ações
Ordinárias (ON)
A característica principal desse tipo de ação é o fato de que ela permite
que seu proprietário tenha direito a voto nas assembleias gerais da empresa,
influenciando nas alterações dos estatutos, na eleição da diretoria etc.
28
Mercado de capitais
Preferênciais (PN)
Tem como característica principal dar ao acionista preferência em receber
dividendos e ser reembolsado do capital, no caso de dissolução da empresa.
Podem ser diferenciadas por classes, como letras que apareçam após sua de-
nominação. A emissora é quem estabelece as características de cada classe
de ação.
De fruição
Tipo de ação que confere ao titular participação nos dividendos e no
acervo e preferência de aquisição de novas ações. Conserva o direito de voto
e é de posse e propriedade dos fundadores da companhia. São ações que
têm sua amortização deliberada em assembleia ou no estatuto da empresa.
Esse tipo de ação concorre ao acervo líquido, depois de assegurado os direi-
tos daquelas não amortizadas.
Nominativas
A CVM define as ações nominativas como aquelas emitidas em nome de
seu titular, o qual estará inscrito no Livro de Registro de Ações Nominativas.
Escriturais
A CVM define as ações escriturais como aquelas cujo controle da posição
dos titulares é feito por instituições financeiras especificamente autorizadas
pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a prestação do serviço de
ações escriturais.
29
Mercado de capitais
Subscrição de ações
Também chamada de underwriting, ocorre quando uma sociedade anôni-
ma, com o intuito de captar recursos para concretizar investimentos decididos
em assembleia geral dos acionistas, emite novas ações que serão negociadas
no mercado, sempre com a intermediação de bancos de investimentos, bancos
múltiplos com carteira de investimentos, corretoras de títulos e valores mobi-
liários e distribuidoras de valores mobiliários. A esse tipo de emissão dá-se o
nome de operação de subscrição de ações no mercado primário.
30
Mercado de capitais
ações “com” (cheias) – ações que conferem a seu titular o direito aos
proventos distribuídos pelas empresas;
31
Mercado de capitais
32
Mercado de capitais
Debêntures
33
Mercado de capitais
São aquelas que podem ser trocadas por ações da companhia emissora.
34
Mercado de capitais
35
Mercado de capitais
[...]
36
Mercado de capitais
[...]
São títulos que possibilitam ao seu emitente obter recursos tendo como
garantia o penhor de debêntures emitidas por outras companhias. Esse ins-
trumento permite que uma instituição financeira subscreva debêntures de
algumas empresas e, em seguida, emita cédulas para obter recursos.
Derivativos
São instrumentos financeiros estabelecidos mediante contrato, com a se-
guinte peculiaridade: seus preços são determinados e variam em função dos
preços de outros ativos, que podem ser uma mercadoria, um título de renda
fixa, uma ação, uma moeda estrangeira etc.
37
Mercado de capitais
Mercado a termo
No mercado a termo, o hedger assegura o preço de um ativo, na compra
ou na venda, fixando seu preço em um prazo predeterminado. Esse tipo de
operação pode ser realizada nas bolsas, tanto de valores quanto de merca-
38
Mercado de capitais
Mercado de opções
Quem compra uma opção tem um direito. Se a opção for de compra (call),
o direito de comprar; se a opção for de venda (put), o direito de vender. O
comprador de uma opção de compra (venda), ou titular dessa opção, tem
o direito de comprar (vender) uma certa quantidade de ações, a um preço
prefixado até uma data determinada.
Toda opção tem um vencimento, sendo que sua aquisição poderá ser
exercida a partir do dia seguinte ao da compra, a qualquer momento, até
o vencimento, e se não for exercida, o titular perde integralmente o valor
aplicado no prêmio.
39
Mercado de capitais
Mercado futuro
É o mercado no qual se negociam lotes padrão de ações com datas de
liquidação futura, escolhidas entre aquelas fixadas periodicamente pela
bolsa.
Operações de swap
A palavra swap significa troca ou permuta e designa uma operação cada
vez mais procurada no mercado financeiro internacional, envolvendo inclu-
sive várias empresas brasileiras.
Dicas de estudo
Saber quem são as instituições que não podem emitir commercial paper.
Gravar a diferença entre o mercado primário e o secundário; e a dife-
rença entre empresas de capital aberto e de capital fechado.
Memorizar os tipos e formas de ações. Importante, ainda, saber as van-
tagens que o acionista pode auferir.
Compreender os tipos de garantias de debêntures emitidas.
Estudar bem as diferenças entre os vários tipos de operações.
Atividades
1. (CEF) 0 mercado financeiro pode ser classificado como primário ou secun-
dário, dependendo do momento da negociação do título no mercado. O
lançamento de um novo ativo financeiro ocorre no mercado primário. No
mercado secundário ocorrem as:
a) vendas de títulos públicos que são negociados por meio da Bovespa.
b) transações financeiras envolvendo o mercado monetário internacional.
c) compras de títulos privados, derivativos, opções que estão sendo
oferecidas ao mercado financeiro.
d) negociações de títulos de crédito como cheques, notas promissó-
rias e DOC, realizados por meio da bolsa de valores e do mercado
de balcão.
e) negociações posteriores, em bolsa de valores ou em mercado de
balcão, envolvendo compras e vendas de títulos já lançados entre
investidores.
2. Indique se a frase está certa ou errada; se errada, justifique a resposta.
a) (BB) O número e o valor nominal das ações de uma companhia não
poderão ser alterados.
(( Certo.
(( Errado.
41
Mercado de capitais
(( Certo.
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
Gabarito
1. E
2.
a) Errado.
42
Mercado de capitais
b) Certo.
c) Errado.
d) Certo.
Referências
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DO MERCADO FINANCEIRO (ANDIMA);
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS COMPANHIAS ABERTAS (ABRASCA). O que São De-
bêntures? Disponível em: <www.debentures.com.br/downloads/textostecnicos/
cartilha_debentures.pdf>. Acesso em: 23 fev. 2012.
43
Sistema Financeiro Nacional I
Conceitos gerais
Sistema Financeiro Nacional (SFN) é o conjunto de instituições e instru-
mentos financeiros que possibilitam a transferência de recursos dos ofertantes
finais (poupadores) para os tomadores finais (investidores), além de criar con-
dições para que títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado.
SUPERAVITÁRIOS DEFICITÁRIOS
Estrutura e funções do
Sistema Financeiro Nacional (SFN)
A composição do Sistema Financeiro Nacional, conforme o Banco Central
do Brasil (Bacen), é a seguinte:
46
Sistema Financeiro Nacional I
47
Sistema Financeiro Nacional I
48
Sistema Financeiro Nacional I
Sua sede fica em Brasília, capital do país, e tem representações nas ca-
pitais dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.
Executar os serviços do meio circulante: distribuir dinheiro aos bancos, recolher cédulas
dilaceradas etc.
Atribuições
Julgar, em segunda e última instância administrativa, os recursos inter-
postos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo
Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários, pela Secretaria
do Comércio Exterior e pela Secretaria da Receita Federal nas infrações pre-
vistas na legislação.
49
Sistema Financeiro Nacional I
Estrutura
São oito conselheiros possuidores de conhecimentos especializados em
assuntos relativos aos mercados financeiros, de câmbio, de capitais e de cré-
dito rural e industrial, observando-se a seguinte composição:
50
Sistema Financeiro Nacional I
Bancos comerciais
Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas
que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos ne-
cessários para financiar, a curto e a médio prazo, o comércio, a indústria, as
empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A
captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica
do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo. Deve ser
constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social
deve constar a expressão “Banco” (Resolução CMN 2.099/94).
51
Sistema Financeiro Nacional I
Ativas:
desconto de títulos;
crédito rural;
empréstimo em conta-corrente;
repasse de recursos;
crédito pessoal;
operações de câmbio.
passivas:
depósitos à vista;
depósitos a prazo;
operações de câmbio.
Cooperativas de crédito
As cooperativas de crédito observam, além da legislação e normas do
sistema financeiro, a Lei 5.764/71, que define a política nacional de coope-
rativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. Atuando
tanto no setor rural quanto no urbano, as cooperativas de crédito podem se
originar da associação de funcionários de uma mesma empresa ou grupo
de empresas, de profissionais de determinado segmento, de empresários ou
mesmo adotar a livre admissão de associados em uma área determinada de
atuação, sob certas condições. Os eventuais lucros auferidos com suas ope-
rações – prestação de serviços e oferecimento de crédito aos cooperados –
são repartidos entre os associados.
54
Sistema Financeiro Nacional I
Bancos de câmbio
Os bancos de câmbio são instituições financeiras autorizadas a realizar,
sem restrições, operações de câmbio e operações de crédito vinculadas às de
câmbio, como financiamentos à exportação e importação e adiantamentos
sobre contratos de câmbio, e ainda a receber depósitos em contas sem remu-
neração, não movimentáveis por cheque ou por meio eletrônico pelo titular,
cujos recursos sejam destinados à realização das operações acima citadas. Na
denominação dessas instituições deve constar a expressão “Banco de Câmbio”.
Bancos de desenvolvimento
Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas
pelos governos estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o su-
primento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamen-
to, a médio e a longo prazo, de programas e projetos que visem promover
o desenvolvimento econômico e social do respectivo estado. As operações
passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão ou endosso
de cédulas hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e
de Títulos de Desenvolvimento Econômico. As operações ativas são emprés-
timos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado. Devem
ser constituídos sob a forma de sociedade anônima, com sede na capital do
estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatória e pri-
vativamente, em sua denominação social, a expressão “Banco de Desenvol-
vimento”, seguida do nome do estado em que tenha sede.
Bancos de investimento
Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especia-
lizadas em operações de participação societária de caráter temporário, de
financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de
giro e de administração de recursos de terceiros. Devem ser constituídos sob
a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denomi-
nação social, a expressão “Banco de Investimento”. Não possuem contas- -cor-
rentes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos,
internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados.
As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital
56
Sistema Financeiro Nacional I
Principais operações:
Ativas:
Passivas:
Repasse
O BNDES opera direta ou indiretamente, nesse caso através da rede de
agentes financeiros e privados credenciados, que compreendem os bancos
de desenvolvimento, bancos de investimentos, bancos comerciais, financei-
ras e bancos múltiplos.
Companhias hipotecárias
As companhias hipotecárias são instituições financeiras constituídas sob
a forma de sociedade anônima, que têm por objeto social conceder finan-
58
Sistema Financeiro Nacional I
59
Sistema Financeiro Nacional I
Principais operações:
Ativas:
crédito pessoal.
Passivas:
60
Sistema Financeiro Nacional I
Dica de estudo
Saber como se efetua essa capacidade de criar moedas das instituições
financeiras bancárias.
Atividade
1. Indique se a frase está certa ou errada; se errada, justifique a resposta.
(( Certo.
(( Errado.
Gabarito
1.
a) Certo.
Referências
PORTAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL. Ministério da Fazenda. Disponível em:
<www.bcb.gov.br>. Acesso em: 23 fev. 2012.
Estrutura e funções do
Sistema Financeiro Nacional (SFN)
Bolsas de valores
As bolsas de valores são sociedades anônimas ou associações civis, com o
objetivo de manter local ou sistema adequado ao encontro de seus membros
e à realização entre eles de transações de compra e venda de títulos e valores
mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscaliza-
do por seus membros e pela Comissão de Valores Mobiliários. Possuem auto-
nomia financeira, patrimonial e administrativa (Resolução CMN 2.690/2000).
Ibovespa
O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) mostra o desempe-
nho das principais ações negociadas na bolsa, sendo um importante indica-
dor do desempenho médio das cotações do mercado de ações brasileiro. O
Ibovespa representa a variação do valor de uma carteira teórica, constituída
pelas ações que, em conjunto, representam 80% do volume negociado no
mercado à vista, nos 12 meses anteriores à formação dessa carteira. A cada
quatro meses, é feita uma reavaliação de sua composição, com base nas ne-
gociações ocorridas nos últimos 12 meses.
Novo Mercado
O Novo Mercado é um segmento especial onde são listadas e negocia-
das, na BM&F Bovespa, ações de empresas que se comprometem, volunta-
riamente, com a adoção de práticas adicionais de governança corporativa
em relação ao que é exigido legalmente.
64
Sistema Financeiro Nacional II
65
Sistema Financeiro Nacional II
Administradoras de consórcio
As administradoras de consórcio são pessoas jurídicas prestadoras de ser-
viços relativos à formação, organização e administração de grupos de con-
sórcio, cujas operações estão estabelecidas na Lei 5.768/71.
66
Sistema Financeiro Nacional II
Com base no artigo 10 da Lei 5.768/71, o Bacen pode intervir nas em-
presas de consórcio e decretar sua liquidação extrajudicial. O grupo é uma
sociedade de fato, constituída na data da realização da primeira assembleia
geral ordinária por consorciados reunidos pela administradora, que coletam
poupança com vistas à aquisição de bens, conjunto de bens ou serviço turís-
tico e por meio de autofinanciamento (Circular BCB 2.766/97).
67
Sistema Financeiro Nacional II
68
Sistema Financeiro Nacional II
69
Sistema Financeiro Nacional II
zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados su-
pervisionados;
70
Sistema Financeiro Nacional II
Sociedades Seguradoras
As sociedades seguradoras são entidades constituídas sob a forma de so-
ciedades anônimas especializadas em pactuar contrato por meio do qual as-
sumem a obrigação de pagar ao contratante (segurado), ou a quem este de-
signar, uma indenização, no caso em que advenha o risco indicado e temido,
recebendo, para isso, o prêmio estabelecido.
As seguradoras:
71
Sistema Financeiro Nacional II
Corretoras de seguro
De acordo com o Decreto 60.459/67:
Art. 100. O corretor de seguros, profissional autônomo, pessoa física ou jurídica, é o
intermediário legalmente autorizado a angariar e promover contratos de seguro entre as
Sociedades Seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de Direito Privado.
§1.º A habilitação será feita perante a Susep, mediante prova de capacidade técnico-
-profissional, na forma das instruções baixadas pelo CNSP.
§2.º O corretor de seguros poderá ter prepostos de sua livre escolha e designará, dentre
eles, o que o substituirá.
§3.º Os corretores e prepostos serão registrados na Susep, com obediência aos requisitos
estabelecidos pelo CNSP.
Parágrafo único. Os impedimentos deste artigo aplicam-se também aos Sócios e Diretores
de Empresas de corretagem.
Art. 127. Caberá responsabilidade profissional, perante a Susep, ao corretor que deixar de
cumprir as leis, regulamentos e resoluções em vigor, ou que der causa dolosa ou culposa
a prejuízos às Sociedades Seguradoras ou aos segurados.
a) multa;
c) cancelamento do registro.
uma comissão pela aproximação das partes. Nota-se também que a corre-
tagem tanto pode ser feita por um indivíduo (pessoa física) quanto por uma
sociedade (pessoa jurídica), sendo que em qualquer um dos casos somente
poderá operar com a autorização da Susep.
Conselho Nacional
de Previdência Complementar (CNPC)
Órgão colegiado, vinculado ao Ministério da Previdência Social, exercen-
do a função de órgão regulador do regime de previdência complementar
operado pelas entidades fechadas de previdência complementar.
autorizar:
74
Sistema Financeiro Nacional II
75
Sistema Financeiro Nacional II
receitas da Previc;
produto de multas;
publicações e afins.
76
Sistema Financeiro Nacional II
77
Sistema Financeiro Nacional II
78
Sistema Financeiro Nacional II
O risco das empresas de factoring é muito grande, então dessa forma elas
têm de ser extremamente eficientes na análise do risco representado pelos
sacados.
Sociedades Administradoras
de Cartões de Crédito (SACC)
É uma sociedade não bancária e que necessita de uma fonte distinta de
recursos para eventual financiamento do saldo devedor mensal.
Trata-se de uma cláusula que dispõe sobre a obtenção pela sociedade ad-
ministradora, como mandatária do usuário, de recursos para financiamento
79
Sistema Financeiro Nacional II
Além disso, os contratos usualmente fazem prever que, por força do man-
dato, a sociedade administradora fará jus a uma remuneração conforme pa-
râmetros do mercado (sem explicitar valor ou critérios de apuração).
Atividades
1. Indique se a frase está certa ou errada; se errada, justifique a resposta.
(( Certo.
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
80
Sistema Financeiro Nacional II
(( Certo.
(( Errado.
Gabarito
1.
a) Errado.
b) Errado.
c) Certo.
Referências
PORTAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL. Ministério da Fazenda. Disponível em:
<www.bcb.gov.br>. Acesso em: 23 fev. 2012.
81
Produtos e serviços financeiros I
Títulos de crédito
O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e
autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencher os requi-
sitos da lei. Se for omitido qualquer requisito legal, que invalide como título
de crédito, não está invalidado o negócio jurídico que lhe deu origem.
Deve conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que con-
fere e a assinatura do emitente. Se não contiver a indicação do vencimento,
é considerado à vista. Se não contiver o lugar de emissão e de pagamento,
será considerado o domicílio do emitente.
Nota promissória
Lei Uniforme de Genebra – Decreto 57.663/66
[...]
DA NOTA PROMISSÓRIA
Art. 75. A nota promissória contém:
1. denominação “nota promissória” inserta no próprio texto do título e expressa na língua
empregada para a redação desse título;
2. a promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada;
3. a época do pagamento;
4. a indicação do lugar em que se efetuar o pagamento;
5. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga;
6. a indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é passada;
7. a assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor).
83
Produtos e serviços financeiros I
Por ser um título de crédito a nota promissória pode ser transmissível por
endosso, caso o sacador insira as palavras “não à ordem”, ou qualquer expres-
são equivalente, fica invalidada a transmissão via endosso.
84
Produtos e serviços financeiros I
O sacado que paga uma nota promissória pode exigir que ela lhe seja
entregue com a respectiva quitação e o portador não pode recusar qualquer
pagamento parcial.
Uma fatura pode dar origem a mais de uma duplicata, mas uma dupli-
cata não pode se referir a mais de uma fatura. Quem emite a duplicata é o
credor, e em caso de não devolução da duplicata enviada para aceite, pode-
-se emitir uma triplicata.
85
Produtos e serviços financeiros I
Os títulos de crédito podem ter garantia por aval. Nas duplicatas o aval
pode ser parcial, já que as duplicatas são regidas subsidiariamente pela
Lei Uniforme de Genebra naquilo que não for citado na lei específica das
duplicatas.
Prescrição do protesto:
Letra de câmbio
É um instrumento de captação (operações passivas) de Sociedades de
Crédito, Financiamento e Investimentos (financeiras).
Modalidades de vencimento:
86
Produtos e serviços financeiros I
Depósitos à vista
São atividades típicas de bancos comerciais e os bancos podem exigir
valor mínimo para manutenção da conta.
Pessoa Física
Documentos básicos necessários para abertura da conta:
87
Produtos e serviços financeiros I
o jovem menor de 16 anos pode ser titular de conta bancária, mas pre-
cisa ser representado pelo pai ou responsável legal;
Pessoal ou conjunta:
Pessoa Jurídica
Documentos básicos necessários para abertura da conta:
Conta simplificada
Segundo a Resolução do Banco Central (Bacen) 3.211/2004, é uma conta-
-corrente ou de poupança, individual (chamada de conta especial de depósi-
tos à vista), que pode ser aberta em bancos múltiplos com carteira comercial,
em bancos comerciais e na Caixa Econômica Federal, por pessoa física que
não tenha em seu nome outra modalidade de conta, em qualquer banco.
88
Produtos e serviços financeiros I
O cliente estará isento de tarifa para realizar até quatro saques, quatro
extratos e quatro depósitos por mês. Caso exceda esse limite em quantidade
por tipo de transação, ou utilize saque mediante recibo, ele pagará as tarifas
cobradas pelo banco.
Conta salário
O trabalhador tem direito a escolher em qual banco quer receber o seu
salário, solicitando ao banco a transferência do valor para outra instituição
com isenção de tarifa na transferência da conta salário para outro banco.
89
Produtos e serviços financeiros I
Limitações:
Transferência de conta-corrente
91
Produtos e serviços financeiros I
resgates;
extratos e saldos;
compra de ações;
saques;
pagamento de contas;
fornecimento de cheques;
Encerramento de conta
Os contratos ou fichas-proposta de abertura de conta deverão estabele-
cer, no mínimo, as seguintes condições para seu encerramento:
Tarifas bancárias
O Bacen, por orientação do Conselho Monetário Nacional (CMN), através
da Resolução 3.518/2007, criou regras novas com o intuito de disciplinar a
cobrança de tarifas bancárias pela prestação de serviços por parte das insti-
tuições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil.
93
Produtos e serviços financeiros I
2.ª via do cartão de débito, exceto em caso de 2.ª via do cartão de poupança, exceto em caso
perda, roubo ou danificação pelo cliente de perda, roubo o danificação do cliente
2 extratos por mês contendo a movimentação 2 extratos por mês contendo a movimentação
mensal mensal
Compensação de cheques
Prioritários: tarifas que poderão ser cobradas pelos bancos, mas a majoração des-
ses itens só pode acontecer a cada 180 dias
Confecção e renovação de cadastro
Sustação de cheque
Cheque administrativo
Cheque visado
94
Produtos e serviços financeiros I
Depósito identificado
Ordem de pagamento
Aditamento de contratos
Aluguel de cofre
Cartão de crédito
Certificado digital
Corretagem
Custódia
Leilões agrícolas
95
Produtos e serviços financeiros I
não tiverem sido liquidadas 50%, no mínimo, das folhas de cheque for-
necidas ao correntista nos três últimos meses.
Deve ser fornecido aos clientes pessoas físicas, até 28 de fevereiro de cada
ano, a partir de 2009, extrato consolidado discriminando, mês a mês, as tari-
fas cobradas no ano anterior em conta-corrente de depósitos à vista e/ou em
conta de depósitos de poupança.
96
Produtos e serviços financeiros I
Cheque
A Lei 7.357/1985 dispõe sobre o cheque e dá outras providências:
nominal (ou nominativo) à ordem, que é aquele que só pode ser apre-
sentado ao banco pelo beneficiário indicado no cheque, podendo ser
transferido por endosso do beneficiário;
nominal não à ordem, que é aquele que não pode ser transferido pelo
beneficiário;
97
Produtos e serviços financeiros I
Endosso em cheques
Segundo a Lei 7.357/1985, o cheque pagável à pessoa nomeada, com
ou sem cláusula expressa “à ordem’’, é transmissível por via de endosso. E o
cheque pagável à pessoa nomeada, com a cláusula “não à ordem’’, ou outra
equivalente, só é transmissível pela forma e com os efeitos de cessão (não
será observada a lei dos títulos de crédito ou equivalente, mas na lei civil, por
exemplo, o cheque perde sua autonomia de circulação).
98
Produtos e serviços financeiros I
Aval em cheque
A Lei 7.357/85 afirma que o pagamento do cheque pode ser garantido, no
todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo
por signatário do título.
Devolução de cheques
O cheque poderá ser devolvido por um dos motivos a seguir classificados
na Resolução do Banco Central 1.682/90:
13 Conta encerrada.
Prática espúria – este motivo, a ser utilizado exclusivamente pelos bancos que assumirem o
“Compromisso de pronto acolhimento”, caracteriza-se quando:
1. forem apresentados, no mesmo dia, mais de três cheques sem fundos de valor até o esta-
belecido em dispositivo específico, sacados contra a mesma conta de depósitos;
14 2. já tiverem sido pagos, em datas diferentes e em razão do referido “Compromisso”, três ou
mais cheques sem fundos de valor até o estabelecido em dispositivo específico. Os bancos
poderão assumir, com registro no Banco Central do Brasil – departamento de organização
e autorizações bancárias –, “compromisso de pronto acolhimento”, revogável a qualquer
tempo, pelo qual se comprometerão a não devolver os cheques de valor até o estabelecido
em dispositivo específico, pelos motivos 11 e 12.
Nas devoluções pelos motivos 12, 13 e 14, os bancos são responsáveis pela inclusão do
correntista no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF).
100
Produtos e serviços financeiros I
Impedimento ao pagamento
21 Contraordem ou oposição ao pagamento.
Contraordem (ou revogação) ou oposição (ou sustação) ao pagamento, ocasionada por fur-
to ou roubo, cuja utilização fica condicionada à apresentação, pelo emitente, em ambos os
casos, ou portador legitimado, no caso oposição (ou sustação), da respectiva ocorrência
28 policial. Os cheques devolvidos pelo motivo 28 – contraordem (ou revogação) ou oposição
(ou sustação) ao pagamento ocasionada por furto ou roubo –, quando reapresentados no
Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papéis (SCCOP) devem ser devolvidos pelo
motivo “49 – remessa nula”.
Erro formal (sem data de emissão, com o mês grafado numericamente, ausência de assina-
31 tura, não registro do valor por extenso).
33 Divergência de endosso.
34 Cheque apresentado pelo banco que não o indicado pelo carimbo de cruzamento.
35 Cheque fraudado.
Apresentação indevida
40 Moeda inválida.
44 Cheque prescrito.
101
Produtos e serviços financeiros I
Remessa nula, caracterizada pela reapresentação de cheque devolvido pelos motivos 12,
13, 14, 43, 44 e 45, podendo a devolução ocorrer a qualquer tempo. Os cheques devolvidos
49 pelo motivo 28 – contraordem (revogação) ou oposição (sustação) ao pagamento ocasio-
nado por furto ou roubo –, quando reapresentados no SCCOP, devem ser devolvidos pelo
motivo 49 – remessa nula.
Praça do acolhimento
Praça sacada do cheque
do depósito
Integrada ao Sirc Não integrada ao
de São Paulo Sirc de São Paulo
Integrada ao Sirc Prazos mencionados no
Três dias úteis
de São Paulo item “a”
Não integrada ao Sirc
Três dias úteis Quatro dias úteis
de São Paulo
103
Produtos e serviços financeiros I
Quando a sustação é dada por roubo ou furto (motivo 28), o cliente fica
liberado de pagar a taxa e a tarifa cobradas no caso de inclusão no CCF, pelo
serviço de exclusão do nome no cadastro. Em caso de perda ou roubo, o be-
neficiário do cheque pode pedir ao banco a oposição ao seu pagamento.
Preenchimento do cheque
O banco considera apenas o valor escrito por extenso quando o cheque
apresentar o valor numérico diferente do valor por extenso. O cheque pode
ser preenchido com tinta de qualquer cor, porém os cheques preenchidos
104
Produtos e serviços financeiros I
com outra tinta que não azul ou preta podem, no processo de microfilma-
gem, ficar ilegíveis.
Cheque cruzado
Quando um cheque for cruzado, o favorecido não pode sacar diretamen-
te no caixa, ele deve ser depositado em conta bancária. O cruzamento pode
ser geral, quando não indica o nome do banco, ou especial, quando o nome
do banco aparece entre os traços de cruzamento.
105
Produtos e serviços financeiros I
Os recursos captados por esses meios são utilizados para comporem fun-
ding para as carteiras de empréstimos. Por serem depósitos a prazo, existe
uma data combinada para que ocorra o resgate do título. Na data de ven-
cimento, ocorre o crédito em conta-corrente do cliente do valor aplicado
acrescido da remuneração que tenha sido contratada, após a cobrança dos
impostos devidos.
Características
O CDB e o RDB têm mecanismos idênticos. O CDB pode ser escritural ou
físico e o RDB somente pode ser recibo.
Rendimento
O rendimento do CDB e do RDB são obtidos pela taxa de juros ou pela
taxa de juros mais a variação de um indexador. Varia conforme a necessidade
de captação de cada banco.
Garantias
O CDB e o RDB são garantidos pela instituição financeira. O controle do
sistema Cetip assegura que o CDB não é falso.
Prazos mínimos:
pós-fixados:
106
Produtos e serviços financeiros I
TR/TJLP – um mês;
flutuantes:
Liquidez
O CDB tem maior liquidez que o RDB, pois pode ser liquidado antes da
data do vencimento e o RDB somente pode ser liquidado no dia do resgate.
Caso ocorra negociação entre as partes, o RDB, excepcionalmente, pode ser
liquidado antes, mas o aplicador resgata somente o capital.
Dicas de estudo
Estar atento para os documentos mínimos necessários para abertura
das contas-correntes e contas simplificadas.
107
Produtos e serviços financeiros I
Atividades
1. Indique se as frases abaixo estão certas ou erradas; se erradas, justifi-
que a resposta.
(( Certo.
(( Errado
(( Certo.
(( Errado.
108
Produtos e serviços financeiros I
b) nota promissória.
c) nota fiscal.
d) cheque.
e) cédula hipotecária.
Gabarito
1.
a) Errado.
b) Errado.
2. A
3. B
Referências
PORTAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL. Ministério da Fazenda. Disponível em:
<www.bcb.gov.br>. Acesso em: 23 fev. 2012.
109
Produtos e serviços financeiros II
Modalidades de cobrança
Simples
O cedente (credor do título) relaciona os títulos em um borderô, anexan-
do os títulos a serem cobrados, e remete ao banco, transferindo a posse dos
títulos ao banco, mas mantendo a propriedade. O banco encarrega-se de
cobrar do sacado (devedor do título), através da emissão de boleto de co-
111
Produtos e serviços financeiros II
Rápida
O banco entrega boletos pré-impressos ao cliente cedente que os pre-
enche e os envia ao sacado, remetendo os dados ao banco apenas para
registro.
Caucionada
O mesmo processo da cobrança simples, com o detalhe que os títulos
envolvidos estão caucionados ao banco para garantir algum tipo de dívida
do cedente com a instituição financeira.
Descontada
Processo idêntico ao da cobrança simples, só que o valor resultante do
pagamento por parte do sacado pertence ao banco que, ao aceitar os títu-
los para cobrança, adiantou o valor da cobrança ao cedente descontando os
juros combinados.
Sem registro
O banco emite os boletos pré-impressos ao cedente, que os preenche e
remete ao sacado. Nesse caso nada fica registrado no banco.
112
Produtos e serviços financeiros II
113
Produtos e serviços financeiros II
Remote banking
Dentro do processo de redução de custos de intermediação financeira,
os bancos concluíram sobre a importância de reduzir o trânsito e a fila de
clientes nas agências e, como consequência, o investimento necessário em
instalações de atendimento.
Entrega em Em mãos.
domicílio de
talões de cheque Via correio.
114
Produtos e serviços financeiros II
Terminais de autopagamento.
Mobile banking
O mobile banking é um novo canal de relacionamento colocado à disposi-
ção para a realização de operações financeiras em tempo real, como se pre-
sente estivesse. Sua operacionalização acontece através do telefone celular.
Serviços disponíveis:
115
Produtos e serviços financeiros II
Corporate finance
São operações complexas que os bancos realizam e que envolvem a in-
termediação de fusões, cisões, aquisições e incorporações de empresas.
União de empresas.
Reduz custos.
Fusão
Prática de monopólio.
Expansão.
Aquisição
Compra de uma empresa.
116
Produtos e serviços financeiros II
Tender Offer ou É a operação pela qual se pretende comprar as ações de seus de-
oferta da concor- tentores, pagando-lhes além do valor de mercado, ou seja, com
rência algum acréscimo, para que estes concordem na venda.
Dinheiro de plástico
Private label
É um cartão com a marca de determinada empresa que funciona como
um cartão de crédito comum, com a diferença de que pode ser usado so-
mente na rede da loja emitente e administrado por uma empresa coligada.
A vantagem é o aumento da base de clientes. Ex.: C&A, Renner, Riachuelo,
Marisa, Pão de Açúcar.
Principais vantagens:
117
Produtos e serviços financeiros II
Cartão afinidade
O cartão de afinidade é a parceria entre uma instituição ou fundação e a
administradora, possui um apelo e enfoque emocional visando à identifica-
ção do cliente com a empresa. O cliente é informado sobre quanto e como
ele está contribuindo com a empresa.
Co-branded
Esse tipo de cartão traz vantagens para o seu portador. O cartão traz o
logotipo da empresa associada à administradora de cartões e o logotipo da
bandeira. Quanto mais o cliente utiliza, mais tem vantagens como: milhas
aéreas, descontos em compras, brindes etc. Ex.: TAM e Ipiranga.
Cartões de débito
São cartões que efetuam o débito direto na conta do portador quando
utilizados. Caso não tenha saldo suficiente na conta-corrente, a transação
é recusada. Quando a transação é efetuada, o débito na conta do usuário é
instantâneo e o crédito na conta do lojista é em prazo futuro.
118
Produtos e serviços financeiros II
Smart card
O smart card (cartão inteligente) é um cartão de crédito que possui um
microprocessador embutido. Ele substitui a tarja magnética dos cartões de
crédito e débito comuns. São populares na Europa e Estados Unidos já há
algum tempo, e agora é que está sendo utilizado pelos bancos brasileiros.
Esse tipo de cartão pode conter diversas informações, não somente os dados
da conta do cliente.
Fundos de investimento
Um fundo de investimentos é todo e qualquer recurso, independente-
mente da fonte, apartado para atender a um fim específico. Assim, podemos
verificar que qualquer ajuntamento de recursos pode ser chamado de fundo.
Pode ser uma tradicional “caixinha” que colegas fazem para garantir recursos
necessários para o cafezinho diário, como pode ser constitucional, que são
aqueles previstos na nossa Constituição, que são utilizados para estimular o
desenvolvimento de regiões menos favorecidas, como o Fundo Constitucio-
nal de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).
119
Produtos e serviços financeiros II
Art. 2.º O fundo de investimento é uma comunhão de recursos, constituída sob a forma
de condomínio, destinado à aplicação em títulos e valores mobiliários, bem como em
quaisquer outros ativos disponíveis no mercado financeiro e de capitais, observadas as
disposições desta Instrução.
Marcação a mercado
O valor da cota é recalculado diariamente e a remuneração varia de
acordo com o prazo de aplicação e com os rendimentos dos ativos que com-
põem o fundo.
Fundos abertos
São fundos que admitem, permanentemente, livre ingresso e saída de
cotistas. Nesse tipo de fundo, as cotas não podem ser objeto de cessão ou
transferência, salvo por decisão judicial, execução de garantias ou sucessão
universal (herança).
120
Produtos e serviços financeiros II
Fundos fechados
São fundos com quantidade limitada de cotas oferecidas aos potenciais
investidores, durante um período predeterminado. Esses fundos, em geral,
estão vinculados a algum empreendimento, por exemplo, privatização de
empresas públicas, construção de shopping centers etc. Não são permitidos
resgates antes do prazo determinado na instalação do fundo. As cotas dos
fundos fechados podem ser transferidas por termo de cessão e transferência,
assinado pelo cedente e pelo cessionário e registrado em cartório de títulos
e documentos. Podem ser transferidos, também, por meio de bolsa de valo-
res ou no mercado de balcão organizado.
Chinese wall
Os fundos devem possuir escrituração contábil própria, para evitar confli-
to de interesses e assegurar a segregação entre a gestão dos recursos da ins-
tituição administradora e os recursos de terceiro (PL do fundo). Essa determi-
nação legal também é conhecida como chinese wall (muralha chinesa).
121
Produtos e serviços financeiros II
Fundos de Conversão;
122
Produtos e serviços financeiros II
Investidores qualificados
Pode ser constituído fundo de investimento destinado, exclusivamente, a
investidores qualificados.
instituições financeiras;
Taxas
A remuneração do administrador pelos serviços que presta aos cotistas
dos fundos é chamada de taxa.
123
Produtos e serviços financeiros II
tributação:
Fundo Referenciado
Deve identificar em sua denominação o seu indicador de desempenho –
benchmark –, em função da estrutura dos ativos financeiros integrantes das
respectivas carteiras. O hedge funciona apenas como proteção.
Fundo de Ações
Aplica seus recursos em ações de companhias abertas de alta liquidez
que são negociadas no mercado à vista das bolsas de valores, buscando re-
torno superior à rentabilidade média do Índice da Bolsa de Valores de São
Paulo (Ibovespa). Apresenta alto risco e é indicado a investidores que conhe-
cem o mercado financeiro e de capitais e que buscam uma maior rentabili-
dade no médio e longo prazo.
125
Produtos e serviços financeiros II
Fundo Cambial
Além de acompanhar a variação do dólar, o capital é rentabilizado com
uma taxa de juros. É indicado para quem possui dívidas em dólar ou quem
acredita na desvalorização da nossa moeda.
Fundo Multimercado
Os fundos classificados como multimercado devem possuir políticas de in-
vestimento que envolvam vários fatores de risco, sem o compromisso de con-
centração em nenhum fator em especial ou em fatores diferentes das demais
classes. Atuam com flexibilidade, tanto no mercado de renda fixa, de renda
variável e de derivativos. É considerado de risco médio e indicado para investi-
dores acostumados a operar no mercado financeiro.
Regulamento e prospecto
Somente poderão compor a carteira dos fundos, ativos financeiros admi-
tidos à negociação em bolsa de valores, de mercadorias e futuros, ou regis-
trados em sistema de registro, de custódia ou de liquidação financeira, devi-
damente autorizados pelo Banco Central ou pela CVM. As cotas de fundos de
investimentos aberto não necessitam de registro.
126
Produtos e serviços financeiros II
Clube de Investimentos
O Clube de Investimento é um condomínio constituído por pessoas fí-
sicas com o objetivo de dinamizar os investimentos em ações. O objetivo
é constituir uma carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, pela
aplicação de recursos financeiros próprios, dinamizando os investimentos
em ações com a ampliação de investidores nas bolsas de valores.
Nenhum participante (cotista) pode deter mais de 40% das cotas disponí-
veis, cada cota corresponde a um voto nas assembleias gerais.
127
Produtos e serviços financeiros II
Hot Money
Exclusivo para pessoas jurídicas, alternativa de financiamento de capi-
tal de giro de curtíssimo prazo, variando geralmente entre 1 a 10 dias, por
meio de um contrato em que se estabelecem as regras de funcionamen-
to, podendo ser sacado através de telefone ou terminal remoto. O prazo
máximo de uma operação de Hot Money é de 29 dias.
Não esquecer
CDIs são títulos emitidos pelos bancos para captar recursos de outros
bancos e sua negociação é restrita ao mercado entre bancos. Não estão
sujeitos à tributação e são registrados na Cetip.
Chama-se Hot Money por ser um “dinheiro quente”. Serve para suprir ne-
cessidades momentâneas ou emergenciais de caixa.
Contas garantidas
Exclusivo para pessoas jurídicas, têm por finalidade conceder limite de
crédito, lastreado em garantias de duplicatas, por exemplo, ou garantia fide-
jussória. Podem ter, ainda, como garantias: penhor de bens, warrants, conhe-
cimento de depósito, caução de direitos creditórios ou alienação fiduciária. É
o “cheque especial” destinado a pessoas jurídicas.
128
Produtos e serviços financeiros II
Crédito rotativo
Exclusivo para pessoas jurídicas. Os contratos de abertura de crédito são
operações que se destinam a proporcionar crédito rotativo, dentro de um
limite fixado, o qual pode ser utilizado livremente, sendo concedido a em-
presas idôneas, com boa capacidade cadastral e de boa liquidez, respeitan-
do condições específicas que podem variar de uma instituição para outra.
Desconto de títulos
Exclusivo para pessoas jurídicas, o desconto de duplicatas é uma forma
tradicional de a empresa realizar empréstimo para capital de giro. A duplica-
ta é um título de crédito criado pelo Direito Brasileiro.
A duplicata tem o prazo de 30 dias para ser protestada, para que possa ser
utilizado o direito de regresso. Os encargos são descontados da duplicata no
ato da liberação do dinheiro ao cedente.
129
Produtos e serviços financeiros II
Capital de giro
São financiamentos destinados a proporcionar recursos para ciclo opera-
cional da empresa, ou seja, para os itens que circulam ou giram na empresa
por um determinado período.
Quando existe uma diferença, isto é bem constante, entre os prazos e va-
lores de recebimento e de pagamento de obrigações por parte de uma em-
presa, esta tem a necessidade de obter um capital para cobrir esse espaço,
que é gerado quando a empresa tem que receber determinada quantia em
uma data, mas precisa pagar um obrigação em uma data anterior.
Capital fixo
O capital fixo pode ter duas definições:
130
Produtos e serviços financeiros II
Vendor finance
Vendor é uma alternativa de financiamento para vendas a prazo, portanto
de capital de giro, cuja característica principal é a cessão do crédito, permi-
tindo dessa forma que uma empresa venda seu produto a prazo e receba à
vista. Em outras palavras: uma empresa vende produtos para outra empresa.
A vendedora é cliente do banco, a compradora nem sempre.
Compror finance
Uma variante do vendor finance, destinado a financiar capital de giro.
Tem como características: a empresa paga o fornecedor à vista e financia
a compra a prazo através de crédito bancário; os prazos podem chegar até
180 dias; o comprador passa a ter mais poder de barganha na compra em
vista do pagamento à vista; o banco dá crédito à empresa com destinação
específica. Exemplos: estoques para vendas de Natal; pode haver redução do
spread em relação a uma operação normal; e para o fornecedor a operação
passa despercebida, pois ele recebe à vista.
Dicas de estudo
Memorizar o conceito de mobile banking.
131
Produtos e serviços financeiros II
Atividades
1. Indique se as frases abaixo estão certas ou erradas; se erradas, justifi-
que a resposta.
(( Certo.
(( Errado.
132
Produtos e serviços financeiros II
133
Produtos e serviços financeiros II
(( Certo.
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
134
Produtos e serviços financeiros II
Gabarito
1.
a) Errado.
b) Errado.
Referências
Portal do Banco Central do Brasil. Ministério da Fazenda. Disponível em: <www.
bcb.gov.br>. Acesso em: 23 fev. 2012.
135
Produtos e
serviços financeiros III
É direcionado para pessoa física, mas pode ser utilizado para pessoa jurí-
dica, sendo que é mais interessante esta utilizar um Finame ou um leasing.
As taxas são menores, pois não envolvem o risco de quem faz a compra e
sim do interveniente.
137
Produtos e serviços financeiros III
Crédito rural
São os recursos destinados ao financiamento agropecuário, com condi-
ções especiais definidas pela política governamental. Beneficia os produto-
res agrícolas, as cooperativas e as agroindústrias.
Modalidades de financiamentos
Investimento
Os investimentos são utilizados para os bens ou serviços que irão bene-
ficiar vários períodos de produção (safras), como máquinas e implementos
agrícolas, tratores, armazéns e outros. Os recursos, em geral, são do Banco
Nacional do Desenvolvimento (BNDES), através da Agência Especial de Finan-
ciamento Industrial (Finame) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
O Banco Central através da Resolução 3.137/2003 dita que:
138
Produtos e serviços financeiros III
Custeio
São utilizados para preparação do solo, plantio e manutenção das lavou-
ras até a colheita. Inclui, também, aquisição de adubos, sementes, defensivos
etc. Os vencimentos dos empréstimos são coincidentes com as épocas de
comercialização das safras.
Comercialização
Os empréstimos para comercialização incluem as operações de descon-
tos e os empréstimos do governo federal. Nas operações de desconto são
negociadas as notas promissórias ou duplicatas rurais emitidas na comercia-
lização de produtos agrícolas.
a comissão de fiscalização;
Duplicata rural
Título de crédito utilizado nas vendas a prazo de quaisquer bens de natu-
reza agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas diretamente por pro-
dutores rurais ou por suas cooperativas. O vendedor entrega ou remete ao
comprador que devolverá assinada (aceita).
141
Produtos e serviços financeiros III
data da entrega;
assinatura do emitente.
No caso de CPR com liquidação financeira, a expressão “financeira” deverá
vir logo após o nome do título, e terá que ser explicitado, em seu corpo, os refe-
renciais necessários à clara identificação do preço ou do índice de preços a ser
utilizado no resgate do título, a instituição responsável por sua apuração ou
divulgação, a praça ou o mercado de formação do preço e o nome do índice.
As garantias de uma CPR poderão consistir de hipoteca, penhor ou alie-
nação fiduciária. A Cédula do Produto Rural poderá ser negociada no mer-
cado primário ou no mercado secundário e seu endosso deverá ser sempre
completo, isto é, em preto e na sequência de transmissão. Para ter eficácia
contra terceiros, a CPR deve ser inscrita no Cartório de Registro de Imóveis
do domicílio do emitente.
142
Produtos e serviços financeiros III
Caderneta de poupança
A poupança foi criada originalmente para captar recursos para o Sistema
Financeiro Habitacional instituído em 1964.
143
Produtos e serviços financeiros III
Financiamentos
à importação e exportação
Importação
Linhas de crédito captadas no exterior para financiamento aos importa-
dores por um prazo negociado com o banco. Podem ser obtidas pelo impor-
tador com um banqueiro no exterior ou com um banco brasileiro.
Financiamentos à importação
De acordo com o fornecedor dos recursos, o financiamento apresenta-se
nas seguintes formas:
Modalidades de pagamento
Crédito Documentário (carta de crédito) – é a modalidade de paga-
mento em que é realizada a abertura de carta de crédito onde apare-
cem descritas as condições em que a operação deve ser concretizada e
um banqueiro que se compromete, por ordem e conta de seu cliente, a
pagar a mercadoria, mediante a apresentação dos documentos repre-
sentativos da transação.
144
Produtos e serviços financeiros III
Exportação
Linhas de crédito que podem utilizar recursos do BNDES, dos bancos na-
cionais e do Tesouro Nacional, pois é de interesse do país que ocorra a expor-
tação e que ocorra a entrada de divisas no país.
145
Produtos e serviços financeiros III
146
Produtos e serviços financeiros III
Proex
O Programa de Financiamento às Exportações (Proex) é um programa go-
vernamental criado para dar às empresas exportadoras brasileiras condições
de financiamento idênticas àquelas do mercado internacional. Quem ope-
racionaliza o sistema é o Banco do Brasil S.A., por ser o agente financeiro do
governo federal.
Proex Financiamento
Financiamento tanto para o exportador (Supplier’s Credit), como para o
importador (Buyer’s Credit). As modalidades são idênticas às do BNDES Exim
Pós-Embarque, porém sem a interferência do BNDES. Os prazos para paga-
mento vão de 360 dias a 10 anos, em parcelas trimestrais ou semestrais, con-
secutivas e de igual valor. O valor máximo para financiamento é até 85% do
valor exportado.
Proex Equalização
Refere-se à equalização das taxas de juros com as praticadas no merca-
do internacional. A diferença a mais dos encargos contratados com o finan-
ciador e as do mercado internacional são assumidas pelo Tesouro Nacional,
pagando ao exportador com títulos públicos federais. Os prazos para paga-
mento vão de 360 dias a 10 anos, em parcelas trimestrais ou semestrais, con-
secutivas e de igual valor.
147
Produtos e serviços financeiros III
Cartões de crédito
São cartões que facilitam o dia a dia das pessoas e representam um
enorme incentivo ao consumo e segurança de quem recebe.
Leasing
A Lei 7.132/83 dá a seguinte definição de leasing (arrendamento mer-
cantil):
148
Produtos e serviços financeiros III
Art. 1.º
[...]
Parágrafo único. Considera-se arrendamento mercantil, para os efeitos desta Lei, o negócio
jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de arrendadora, e pessoa física ou
jurídica, na qualidade de arrendatária, e que tenha por objeto o arrendamento de bens
adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso próprio
desta.
renovar o contrato;
comprar o bem;
devolver o bem.
149
Produtos e serviços financeiros III
[...] caso realizada antes dos prazos mínimos estipulados, o contrato perde sua
caracterização legal de arrendamento mercantil e a operação passa a ser classificada como
de compra e venda a prazo. Nesse caso, as partes devem arcar com as consequências
legais e contratuais que essa descaracterização pode acarretar.
Leasing financeiro
Modalidade em que os pagamentos realizados pelo arrendatário (pessoa
física ou jurídica) são suficientes para que a empresa de leasing recupere o
custo do bem arrendado durante o contrato e obtenha um retorno sobre os
recursos investidos.
Lease back
As regras são as mesmas do leasing financeiro.
Leasing operacional
Utilizado para equipamentos com alto valor de revenda e mercado se-
cundário ativo. No leasing operacional, o fabricante é o arrendador e as con-
traprestações são limitadas a 90% do custo do bem. O prazo mínimo é de 90
150
Produtos e serviços financeiros III
Títulos de capitalização
Tipo de investimento que combina características de jogo e de poupan-
ça. Com os títulos concorre-se a prêmios em dinheiro, além de haver o rendi-
mento de parte do valor investido. Do valor aplicado, a instituição financeira
separa um percentual para a poupança, outro para o sorteio e um terceiro
pra cobrir despesas.
151
Produtos e serviços financeiros III
Planos de aposentadoria
e pensão privados
A Previdência Privada é uma forma de poupança de longo prazo para
evitar que a pessoa na aposentadoria sofra uma redução muito grande de
sua renda. Com a limitação de benefício concedido pela Previdência Oficial
nos casos de aposentadoria, se faz imprescindível sua complementação atra-
152
Produtos e serviços financeiros III
Planos
Planos Abertos
Destinam-se a qualquer indivíduo que deseja formar uma reserva finan-
ceira para sua aposentadoria. São planos oferecidos por bancos, seguradoras
e entidades abertas de previdência privada ao público em geral, mesmo não
existindo nenhum vínculo entre as partes.
Planos Fechados
Também chamados de Fundos de Pensão, destinam-se aos funcionários
de uma empresa ou ao conjunto de empresas – privadas ou estatais – pa-
153
Produtos e serviços financeiros III
Exemplos de tipos
de recebimento de renda
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) regula os tipos de rece-
bimento de renda:
Planos de seguros
O seguro, como o próprio nome diz, surge da necessidade de seguran-
ça das pessoas diante das incertezas e riscos que corremos na vida. Todos
querem uma segurança, uma garantia futura que nos proteja dos prejuízos
e perdas de fatos inesperados. O risco é a possível ocorrência de um evento
prejudicial ao segurado e beneficiários.
Com base em estatísticas passadas, é possível prever, com certo grau de cer-
teza, o que ocorrerá no futuro. Identificando-se grupos homogêneos de risco,
dimensiona-se a frequência e a sua extensão. Com a identificação da probabili-
dade de sinistros, o segurador está em condições de determinar o prêmio que
deverá ser cobrado do pretendente ao seguro.
Tipos de seguros
Os riscos básicos para efeitos de seguros são três: patrimônio, pessoa e
responsabilidade. Um mesmo contrato de seguro (apólice) pode conter os
três riscos desses grupos. Uma mesma apólice pode contemplar a cobertu-
ra patrimonial, o seguro de vida (pessoa) e os danos causados a terceiros
(responsabilidade).
Seguro de veículos
Costuma ter o prazo de um ano, cobre a reparação dos danos ocorridos
ao veículo segurado ou causados por ele a terceiros ou a coisas. Os danos
não cobertos devem vir relacionados no contrato. Existe, ainda, a franquia,
que é o valor a partir do qual a seguradora passa a arcar com os prejuízos. Até
esse valor, o custo é do segurado.
Seguro de vida
Dá cobertura aos riscos de morte natural ou acidental e invalidez por aci-
dente ou doença. Casos de suicídio, regra geral, estão excluídos da cobertu-
ra. Seu pagamento costuma ser mensal, por prazo indeterminado, havendo
exceções, de contratos por prazo determinado.
156
Produtos e serviços financeiros III
Seguro de viagem
Cobre riscos de acidentes em viagem, como extravio de bagagem, despe-
sas médico-hospitalares, odontológicas, problemas jurídicos e até traslado
do corpo, em caso de morte. Não assume os riscos de catástrofes naturais,
como furacões e terremotos. Os contratos duram o tempo da viagem, mas
também podem cobrir viagens que aconteçam durante um ano inteiro, no
caso de pessoas que viajam com frequência. O seguro pode ser feito na pró-
pria agência de viagem, em bancos ou corretoras.
Seguro-saúde
Dá cobertura facultativa aos riscos que envolvem assistência médica
hospitalar.
Dicas de estudo
Memorizar os três tipos de CDC e suas diferenças, já que estes são bem
diferentes uns dos outros.
157
Produtos e serviços financeiros III
Atividades
1. (BB) Nas operações de Crédito Direto ao Consumidor (CDC), as taxas
de juros cobradas pela Financeira e/ou Banco Múltiplo com essa car-
teira são, via de regra, maiores que as taxas de juros cobradas nas ope-
rações de Crédito Direto ao Consumidor com Interveniência (CDCI). Tal
fato se deve à (ao):
a) prática de mercado.
158
Produtos e serviços financeiros III
(( Certo.
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
159
Produtos e serviços financeiros III
(( Certo.
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
160
Produtos e serviços financeiros III
Gabarito
1. D
2. E
3.
a) Certo
b) Certo
c) Errado.
d) Certo.
e) Errado.
f) Errado.
g) Errado.
Referências
PORTAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL. Ministério da Fazenda. Disponível em:
<www.bcb.gov.br>. Acesso em: 23 fev. 2012.
161
Garantias do Sistema
Financeiro Nacional
Aval
Garantia plena e solidária, prestada por terceiro(s), a favor de obrigado
por letra de câmbio, nota promissória, ou título semelhante, caso o emitente,
sacador ou aceitante não o possa liquidar.
O aval pode ser completo (em preto), quando traz o nome da pessoa em
favor de quem é dado; e aval em branco, quando não traz o nome da pessoa
a quem é dado o aval.
Exprime-se pelas palavras “bom para aval” ou por qualquer fórmula equivalente; e
assinado pelo dador do aval.
163
Garantias do Sistema Financeiro Nacional
O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de indicação entender-se-á ser pelo
sacador [nota: refere-se, aqui, sobre a letra de câmbio].
Art. 32. O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada.
A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula por
qualquer razão que não seja um vício de forma.
Se o dador de aval paga a letra, fica sub-rogado nos direitos emergentes da letra contra a
pessoa a favor de quem foi dado o aval e contra os obrigados para com esta em virtude
da letra.
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
§1.º Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura
do avalista.
Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao
emitente ou devedor final.
§1.º Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais
coobrigados anteriores.
§2.º Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem
se equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma.
Fiança
Contrato pelo qual uma pessoa se obriga por outra, para com o credor
desta, a satisfazer a obrigação, caso o devedor não a cumpra. É um contrato,
sempre escrito, pelo qual a pessoa física ou jurídica garante a obrigação do
devedor.
164
Garantias do Sistema Financeiro Nacional
Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não pode ser obriga-
do a aceitá-lo se não for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha
de prestar a fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a obrigação.
Porém, existem algumas restrições, onde não poderá ser invocado tal be-
nefício quando o fiador:
renunciou expressamente;
165
Garantias do Sistema Financeiro Nacional
Pode ainda o fiador requerer o que pagou ao devedor, bem como todas
as perdas e danos que sofreu em razão da fiança, pode também auxiliar
no devido andamento da execução iniciada pelo credor, pois o fiador está
interessado na exoneração, ou seja, solução do caso para se ver livre da
responsabilidade.
Vale lembrar que a fiança que não possui prazo determinado, a qualquer
momento pode o fiador exigir sua exoneração, que se dará por sentença ju-
dicial através de ação declaratória, ou também tem se admitido pela simples
notificação ao credor, independente da concordância do devedor principal
ou do credor, porém durante os 60 dias determinados por lei, contados da
notificação ao credor, continuará ligado à função de fiador.
166
Garantias do Sistema Financeiro Nacional
Fianças bancárias
Garantia de uma obrigação contratada pelo cliente da instituição finan-
ceira junto a terceiros, onde a instituição financeira é o fiador; e o cliente da
instituição é o afiançado; e o terceiro é o favorecido.
substituição de cauções;
aluguel de imóveis;
performance.
Garantias reais
As garantias reais são divididas em alienação fiduciária, penhor e
hipoteca.
Alienação fiduciária
É a cessão temporária de bens, sendo aplicável a bens móveis e imóveis,
que dá ao devedor a posse e o uso do bem, mantendo a propriedade do
credor. O devedor, como depositário, tem a responsabilidade de conservar o
bem e indenizar o credor por quaisquer danos que o bem sofra.
167
Garantias do Sistema Financeiro Nacional
Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, a suas expensas e risco, pode usar a coisa
segundo sua destinação, sendo obrigado, como depositário:
Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial ou
extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e
das despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor.
168
Garantias do Sistema Financeiro Nacional
Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa
alienada em garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do credor, dar seu direito eventual à
coisa em pagamento da dívida, após o vencimento desta.
Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da dívida e
das despesas de cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante.
Art. 1.368. O terceiro, interessado ou não, que pagar a dívida, se sub-rogará de pleno
direito no crédito e na propriedade fiduciária.
Hipoteca
Direito real constituído a favor do credor sobre imóvel do devedor ou de
terceiro, como garantia exclusiva do pagamento da dívida, sem, todavia, tirá-
-lo da posse do dono.
170
Garantias do Sistema Financeiro Nacional
Penhor
Penhor é o direito real de garantia sobre coisa móvel alheia cuja posse, no
penhor comum, é transferida ao credor, que fica com o direito de promover
a sua venda judicial e preferir no pagamento a outros credores, caso a dívida
não seja paga no vencimento.
Todo contrato caracterizado por ter um penhor como garantia deve ser
registrado no Cartório de Títulos e Documentos. O credor de uma dívida ga-
rantida por penhor tem o direito de guardar e cuidar da coisa empenhada
e somente devolvê-la depois que a dívida for paga integralmente. Caso ela
não seja paga, o credor poderá promover a execução judicial, procedendo a
venda da garantia e quitando a dívida – é o caso do penhor de joias na Caixa
Econômica Federal.
Penhor mercantil
Contrato acessório pelo qual o devedor, ou terceiro, entrega ao credor
ou a quem o represente uma coisa móvel, que é por ele retida com o fim de
assegurar, preferencialmente, o cumprimento da obrigação. É a garantia na
qual o bem empenhado faz parte integrante do negócio comercial.
Na descrição dos bens, devem ser fornecidos todos os detalhes que per-
mitam sua completa e imediata identificação, avaliação e localização:
171
Garantias do Sistema Financeiro Nacional
Art. 3.º O art. 2.º do Anexo II à Resolução 3.251, de 16 de dezembro de 2004, passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 2.º São objeto da garantia proporcionada pelo FGC os seguintes créditos:
VI - letras de câmbio;
173
Garantias do Sistema Financeiro Nacional
2.ª etapa: apurado o valor que caberia a cada titular na 1.ª etapa, como
se fossem todos iguais, considerar que os cônjuges e dependentes poderão
receber até R$70.000,00 cada um, limitado ao saldo da conta.
Dicas de estudo
Saber que o aval pode ser parcial e por quê.
Gravar, nas garantias reais, quem tem a posse e quem tem a proprie-
dade.
Atividades
1. Indique se as frases abaixo estão certas ou erradas; se erradas, justifi-
que a resposta.
174
Garantias do Sistema Financeiro Nacional
(( Certo.
(( Errado.
(( Certo.
(( Errado.
a) hipoteca.
b) alienação fiduciária.
c) fiança bancária.
d) aval.
Gabarito
1.
a) Errado.
b) Errado.
2. C
175
Tipos de sociedade
e mercado de câmbio
Tipos de sociedade
As quotas dos sócios não podem ser penhoradas para pagamento de dí-
vidas pessoais, sendo este o único atrativo para que se constitua uma empre-
sa Sociedade em Nome Coletivo.
177
Tipos de sociedade e mercado de câmbio
Código Civil,
Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:
I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não
entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;
III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;
[...]
Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo,
respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
178
Tipos de sociedade e mercado de câmbio
Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste Capítulo e, no que
seja omisso, pelas do Capítulo antecedente.
Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas no art. 997, a firma
social.
Art. 1.043. O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se a sociedade,
pretender a liquidação da quota do devedor.
Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas enumeradas
no art. 1.033 e, se empresária, também pela declaração da falência.
Código Civil,
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de
suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da
sociedade simples.
Art. 1.054. O contrato mencionará, no que couber, as indicações do art. 997, e, se for o
caso, a firma social.
Seção II
Das Quotas
179
Tipos de sociedade e mercado de câmbio
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou
diversas a cada sócio.
§1.º Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente
todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.
Art. 1.056. A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência,
caso em que se observará o disposto no artigo seguinte.
§1.º No caso de condomínio de quota, os direitos a ela inerentes somente podem ser
exercidos pelo condômino representante, ou pelo inventariante do espólio de sócio
falecido.
§2.º Sem prejuízo do disposto no art. 1.052, os condôminos de quota indivisa respondem
solidariamente pelas prestações necessárias à sua integralização.
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente,
a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não
houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.
Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, inclusive para os
fins do parágrafo único do art. 1.003, a partir da averbação do respectivo instrumento,
subscrito pelos sócios anuentes.
Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem
prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, tomá-la para si ou transferi-la a
terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os
juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas.
Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a
qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se
distribuírem com prejuízo do capital.
Sociedades Anônimas
Características
As principais características das Sociedades Anônimas são: número
mínimo de dois sócios; o nome da sociedade é sempre uma denominação;
o capital é dividido em ações de igual valor; a responsabilidade dos sócios
é limitada ao valor das ações subscritas ou adquiridas; seu objeto pode ser
uma empresa de fim lucrativo; e é sempre de natureza mercantil, em razão
de sua forma, mesmo que o seu objeto seja civil.
180
Tipos de sociedade e mercado de câmbio
Formalidades de constituição
Existem formalidades preliminares que devem ser cumpridas, como a
subscrição do capital, pelo menos, por duas pessoas, de todo o capital social;
a realização da décima parte, no mínimo, desse capital, pelo pagamento de
10% do valor nominal de cada ação e o depósito em estabelecimento ban-
cário de toda a importância da entrada inicial.
menores e incapazes podem ser sócios sem que a sociedade seja nula.
181
Tipos de sociedade e mercado de câmbio
II - em prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele; ou (Redação dada pela
Lei 10.303, de 2001)
182
Tipos de sociedade e mercado de câmbio
III - na acumulação das preferências e vantagens de que tratam os incisos I e II. (Incluído
pela Lei 10.303, de 2001)
Sabendo que toda e qualquer pessoa pode exercer uma atividade empre-
sarial através de sua pessoa física (empresário singular) ou por uma constitui-
ção de uma pessoa jurídica (sociedade empresária). Temos como caracterís-
ticas principais de um empresário individual:
Mercado de câmbio
Ambiente onde se realizam as operações de câmbio (compra e venda
de moeda estrangeira), entre os agentes autorizados e entre esses e seus
clientes.
183
Tipos de sociedade e mercado de câmbio
Operadores autorizados
Bancos
São os únicos autorizados a operarem no mercado livre, e têm como con-
dições básicas:
Corretores de câmbio
As corretoras intermediam as operações entre os bancos e os clientes,
porém essa intervenção é facultativa.
Outros
Atuam apenas no mercado flutuante, são as corretoras e distribuidoras
de títulos e valores mobiliários; e os agentes de turismo e meios de hospeda-
gem (estes apenas para compra de moedas a clientes).
184
Tipos de sociedade e mercado de câmbio
185
Tipos de sociedade e mercado de câmbio
Tipo Compra
Transações de exportação, transferência financeira do exterior, operações
entre bancos, alteração e cancelamento (exportação).
Tipo Venda
Transações de importação, transferência financeira para o exterior, opera-
ções entre bancos, alteração e cancelamento (importação).
Câmbio Travado
É a operação de câmbio de exportação, contratada para liquidação futura,
sem a concessão de adiantamento.
Remessas
Os documentos comerciais exercem papel importante no comércio entre
os países, pois eles são emitidos por ocasião de um embarque de exportação
e devem chegar nas mãos do importador, para que este tenha acesso à reti-
rada da mercadoria na alfândega de seu país.
186
Tipos de sociedade e mercado de câmbio
Sistema Integrado
de Comércio Exterior (Siscomex)
O Siscomex é um sistema informatizado, administrado pelo Banco Central
do Brasil (Bacen), pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e pela Receita
Federal do Brasil, chamados de órgãos gestores, cuja finalidade é permitir ao
governo federal o controle do comércio exterior, envolvendo exportações,
importações e câmbio.
Dicas de estudo
Estudar bem as características da Sociedade Anônima e as diferenças
entre essa e as demais.
Atividades
1. De acordo com a Lei 6.404/76, a Companhia ou Sociedade Anônima
terá o capital dividido em ações, e será classificada como companhia
aberta ou fechada. Uma companhia é aberta quando os:
188
Tipos de sociedade e mercado de câmbio
(( Certo.
(( Errado.
Gabarito
1. D
2. Errado.
As taxas de câmbio são flutuantes, por isso são definidas pela lei da
oferta e da procura.
189
Anotações
191
Fundação Biblioteca Nacional
Série
ISBN 978-85-387-2959-4
Série
9 788538 729594
CONHECIMENTOS
Legislação Especial para Concursos (Direito do Idoso – Direito das
Pessoas Portadoras de Deficiência – Declaração Universal dos Direitos
Humanos – Direito da Criança e do Adolescente)
Questões Resolvidas de Língua Portuguesa para Concursos
Questões Resolvidas de Matemática para Concursos
BANCÁRIOS PARA
Questões Resolvidas de Raciocínio Lógico para Concursos
Questões Resolvidas de Direito Constitucional para Concursos
CONCURSOS
Jonas Barbosa Leite Filho