Conhecimentos Bancários 2
Conhecimentos Bancários 2
Conhecimentos Bancários 2
15 de Fevereiro de 2024
SUMÁRIO
1 Garantias .............................................................................................................................................. 3
1.1 Fiança .............................................................................................................................................. 5
1.1.1 Fiança Bancária ..................................................................................................................... 6
1.2 Aval .................................................................................................................................................. 8
1.3 Hipoteca....................................................................................................................................... 11
1.4 Penhor .......................................................................................................................................... 14
1.4.1 Penhor de objetos de valor .............................................................................................. 15
1.4.2 Penhor mercantil ................................................................................................................ 16
1.5 Alienação Fiduciária ................................................................................................................... 17
1.5.1 Alienação fiduciária de bens imóveis.............................................................................. 17
1.5.2 Alienação fiduciária de bens móveis............................................................................... 18
1.6 FGC: Fundo Garantidor de Créditos ....................................................................................... 19
2 Noções de direito aplicadas às operações de crédito............................................................... 22
2.1 Sujeito do Direito........................................................................................................................ 22
2.2 Objeto do Direito ....................................................................................................................... 23
2.3 Fato jurídico ................................................................................................................................ 24
2.4 Ato jurídico .................................................................................................................................. 25
2.5 Contratos ..................................................................................................................................... 28
3 Títulos de Crédito ............................................................................................................................ 30
3.1 Cheque ........................................................................................................................................ 30
3.1.1 Compe: Centralizadora de Compensação de Cheques .............................................. 33
3.1.2 CCF: Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundo .................................................. 34
3.2 Nota promissória ........................................................................................................................ 35
3.3 Duplicata ...................................................................................................................................... 35
3.4 Instrumentos de formalização das operações de crédito .................................................... 36
Resumo e Esquemas da Aula ................................................................................................................ 38
Questões Comentadas........................................................................................................................... 43
Lista de Questões.................................................................................................................................... 69
Gabarito.................................................................................................................................................... 80
INTRODUÇÃO
Olá!
Hoje vamos no que pode ser resumido como Aspectos jurídicos e Garantias:
(Sim, estou adiantando o curso, mais uma vez, tratando de uma vez o que estava previsto para
duas aulas com datas diferentes)
Esse é um assunto que tem tudo para ser muito pesado e cheio de “juridiquês”, pois sua principal
base é jurídica – incluindo o Código Civil, com seus 2.046 artigos, sem falar nos parágrafos,
incisos e alíneas. Além de várias outras leis.
Por isso, procurei usar exemplos, esquemas e um diálogo mais leve, para descontrair e você fixar
com mais facilidade por meio das situações fictícias.
A parte mais recorrente em provas é o tópico 4.3 (Garantias), então vamos sem economizar
recursos didáticos, para você fixar bem cada tipo de garantia, suas diferenças e, principalmente,
acertar todas as questões sobre o assunto.
Então, apesar de uma aula relativamente curta, está bem objetiva, com bastante conteúdo para
você fixar.
Vamos lá!
@profcelsonatale
1 GARANTIAS
O Mercado Financeiro, como qualquer mercado, é um local onde compradores e vendedores
se encontrar para fazer negócios e obter lucros.
É aí que entram as garantias: elas assumem diversas formas, mas têm em comum o fato de que
reduzem os riscos das operações as quais estão vinculadas.
Note, ainda, que uma garantia é uma obrigação acessória, ou seja, ela não é a obrigação
principal de um contrato financeiro. A obrigação principal, naturalmente, é o pagamento.
(Por isso, quando você for analisar uma operação de crédito, nem adianta falar para seu chefe que
a garantia é boa, apesar de o cliente ser mau pagador.)
Além disso, a garantia é condicional: se você compra um celular e ele tem garantia, significa que
o fabricante irá consertá-lo ou repô-lo caso apareça algum defeito.
GARANTIA
As garantias pessoais também são chamadas fidejussórias, e implicam em uma pessoa (física ou
jurídica) comprometendo-se com o pagamento junto com o devedor. Ou seja, um cliente
bancário pode oferecer como garantia de pagamento a pessoa de seu rico e confiável cunhado
(não literalmente), e assim o banco sabe que aumentam as chances de o pagamento ocorrer.
Já as garantias reais são bens, incluindo bens imóveis (casas, terrenos, apartamentos, lojas), bens
móveis (joias, automóveis, embarcações) ou até mesmo ativos financeiros (ações, títulos
públicos). Sendo assim, se a obrigação principal não for honrada, o credor pode ficar com a
garantia.
Tantos as garantias pessoais quanto as reais podem assumir diferentes modalidades, a depender
das condições para sua constituição (em que situações podem ser dadas em garantia) e
execução (como se dá o processo de acionamento da garantia).
Essas modalidades e regras estão previstas em leis e normas, dando segurança jurídica às partes.
Nosso trabalho, nesta aula, resume-se em identificar essas modalidades e suas características.
1.1 Fiança
A fiança é uma garantia pessoal, firmada por um terceiro: o fiador. Assim, temos uma relação
determinada entre três figuras:
1. devedor/afiançado
2. credor/beneficiário
3. fiador(es)
O fiador é uma pessoa (física ou jurídica) que se compromete, junto ao credor, a pagar uma
dívida, caso o devedor não pague.
Então vamos aos detalhes. E não se preocupe: depois, a gente esquematiza tudo!
Para começar, a fiança precisa ser por escrito. Ou seja, não há fiança firmada apenas
verbalmente.
Inusitado mesmo é o fato de que a fiança não depende de consentimento do devedor. Isso
significa que se sua sogra quiser ser sua fiadora naquele empréstimo, você não pode (e,
portanto, não precisa) fazer nada a respeito. Isso porque o contrato de fiança é firmado entre o
fiador e o credor, e não depende do consentimento do devedor.
Mas depende do consentimento do seu sogro ou, de forma mais genérica, a fiança depende de
autorização do cônjuge do fiador, exceto se forem casados com separação total de bens (afinal,
nesse caso os bens do cônjuge que não autorizar não serão atingidos de qualquer forma). Se o
banco “der mole” e aceitar uma fiança sem essa autorização, ela se torna sem efeito.
Mas e se o fiador omitir que é casado? Aí é caso de má-fé, e a fiança fica valendo. Vai tomar
bronca dupla do cônjuge: por omitir que é casado e por firmar uma fiança sem consultá-lo.
Isso, é claro, se sua sogra for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar
a fiança, e possuir bens suficientes para cumprir a obrigação. Caso contrário, o Código Civil
garante que o credor não será obrigado a aceitar o fiador.
Mas se é uma garantia pessoal, por que o fiador precisa ter bens suficientes para cumprir a obrigação?
Porque ao se comprometer pessoalmente, ele pode ser judicialmente acionado caso a dívida
não seja paga, e o credor pode pedir ao juiz que os bens do fiador sejam “tomados”.
Outra coisa que pode anular a fiança é caso o credor conceda moratória ao devedor sem
consultar o fiador. Ou seja, se o banco prorrogar o prazo para você pagar sua dívida sem
consultar sua sogra (fiadora), a fiança perde efeito.
A fiança, em regra, cobre toda a dívida, mas ela também pode ser parcial, ou seja, o fiador pode
comprometer-se com apenas parte da obrigação. Por exemplo: em uma dívida de R$100.000, o
fiador pode firmar garantia de apenas R$60.000, limitando o que lhe poderá ser exigido.
O benefício de ordem é um mecanismo existente na fiança, e significa que caso o devedor não
pague sua dívida, o fiador pode exigir que o credor, primeiro, busque satisfazer a dívida com os
bens do devedor.
O benefício de ordem deixa claro que a fiança é uma obrigação subsidiária. Ou seja, o fiador
fica subsidiariamente responsável pela dívida: ele só terá seus bens atingidos caso os bens do
devedor não sejam suficientes para a quitação.
O fiador pode renunciar ao benefício de ordem. Afinal, é um direito dele. Na prática, muitos
credores colocam essa cláusula de renúncia expressa, para tornar a garantia mais forte.
Por fim, saiba que o fiador pode abdicar do benefício de ordem, no contrato ou em juízo.
Para o credor é uma excelente garantia. Se você emprestar um dinheiro para um amigo e um
banco garantir o pagamento como fiador, a amizade de você tem chances bem melhores de
continuar.
Para o banco, a fiança bancária é um produto. Se seu amigo quiser a garantia do banco, ele
precisará pagar por isso, adquirindo uma carta fiança. Claro que contratos entre amigos não são
objeto de fiança bancária, na “vida real”. O mais comum é que aluguéis de imóveis ou transações
comerciais sejam garantidas por fiança bancária.
▶ contrato acessório
▶ obrigação subsidiária
▶ total ou, se especificado, parcial
▶ bancos múltiplos
▶ bancos comerciais
▶ bancos de investimento
▶ bancos de desenvolvimento
▶ caixas econômicas,
sociedades de crédito, financiamento e investimento (Financeiras)
▶ sociedades de crédito imobiliário
▶ companhias hipotecárias
▶ cooperativas de crédito
Sendo assim, apesar do nome “fiança bancária”, outras instituições financeiras também podem
oferecer esse tipo de garantia, e normalmente o fazem por meio de cartas fiança.
As instituições financeiras também devem observar normas gerais do Banco Central sobre
mitigação do risco de crédito, que é o risco de o devedor não honrar sua obrigação (dar “calote”).
Por fim, por ser uma garantia, não incide IOF sobre a carta fiança.
1.2 Aval
O aval é uma garantia pessoal, firmada por um terceiro – o avalista – em nome do devedor
(avalizado) em benefício do credor.
1. devedor/avalizado
2. credor/beneficiário
3. avalista(s)
Novamente, definimos apenas as figuras e reforçamos que o aval é uma garantia pessoal, sem
estabelecer as características específicas do aval. Então, vamos fazer isso!
Para começar, conforme determina o Código Civil, o aval é exclusivo para títulos de crédito,
dos quais são exemplos duplicatas, cédulas de crédito bancário, cheques, notas promissórias,
letras de câmbio1.
O aval ocorre com a simples assinatura do avalista no título. Se a assinatura for no anverso
(frente) do título, nem precisa de nenhuma outra informação. Se for no verso, aí pode precisar
ou não estar escrito explicitamente que se trata de aval, a depender do tipo de título.
Portanto, se alguém pedir para você autografar a cédula de crédito bancário que constitui um
empréstimo, desconfie!
Além disso, é importante registrar que o aval – ao contrário da fiança – não pode ser parcial.
Sendo assim, se alguém pedir para você ser avalista de apenas uma parte da dívida, desconfie
de novo!!
Exceto se o título de crédito for uma letra de câmbio, cheque ou nota promissória.
1
Falamos mais sobre eles na aula sobre Mercado de Crédito
Quer ver?
(2013/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
Um gerente participa de processo de treinamento sobre títulos de créditos e
garantias do Sistema Financeiro Nacional.
Durante a avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se
dedicou com afinco aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos
termos do Código Civil,
a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo
avalista.
b) é garantia típica dos contratos bancários.
c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito. <- foi considerada
errada
d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.
e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.
Por outro lado, o avalista tem o chamado direito de regresso. Significa simplesmente que o
avalista, caso seja obrigado a pagar a dívida, poderá exigir judicialmente do devedor original (o
avalizado), por meio da chamada “ação de regresso”.
Aí, na verdade, a coisa complica, com direito a jurisprudência do STJ e regras diferentes para
diferentes tipos de títulos de crédito.
Quer dizer que se meu cônjuge assinar como avalista sem minha anuência eu posso ter meu
patrimônio atingido? Não! Nesse caso, sua parte (meação) do patrimônio não é atingida.
Agora é uma ótima hora para distinguirmos as diferenças entre as garantias pessoais, né?
FIANÇA AVAL
devedor/avalizado
devedor/afiançado
credor/beneficiário
Figuras credor/beneficiário
avalista(s)
fiador(es)
Consentimento
A lei dispensa Não previsto em lei
do devedor
1.3 Hipoteca
A Lei Nº 14.711, de 30 de outubro de 2023, que ficou conhecida como Marco das Garantias,
promoveu alterações na forma como funcionam a hipoteca e a alienação fiduciária.
Vamos nessa!
Nossa primeira garantia real, a Hipoteca, tem por objeto de garantia bens imóveis, incluindo
terrenos, casas, apartamentos (ou até prédios inteiros), jazidas, minas etc.
Imóveis são a regra e o principal tipo de garantia, contudo, além deles, o Código Civil estabelece
que também podem ser objeto de hipoteca:
▶ Navios
▶ Aeronaves
No mercado financeiro, a hipoteca pode ser a garantia para financiamentos imobiliários, ficando
o próprio imóvel adquirido como garantia dos pagamentos do contrato. Mas também é possível
hipotecar um imóvel para obter recursos livres num empréstimo.
Agora vou tentar induzir você ao erro. Responda-me: é claro que um bem hipotecado não pode
ser vendido pelo devedor, né?
Errado!
O bem hipotecado pode ser alienado (vendido ou até doado). Tá achando estranho? Não é tanto
assim...
Se eu tiver uma hipoteca no meu apartamento, e decidir vender o apartamento para você, eu
posso. Contudo, a hipoteca continuará existindo, então você terá nas mãos um apartamento que
é garantia hipotecaria de uma dívida minha. Se eu não pagar, o banco vai tomar seu
apartamento.
Por isso, na prática, se você for comprar um imóvel hipotecado, tenha a certeza de pagar ao
banco para extinguir a hipoteca, e só depois pague ao vendedor o restante combinado.
Ali acima eu comentei que o pagamento integral da dívida extingue a hipoteca. Extinguir a
hipoteca significa que a garantia não tem mais efeito. E tem lógica, né? Afinal, ela sempre foi
apenas um acessório de uma obrigação principal. Se a obrigação principal não existe mais, a
hipoteca também não.
Além desse caso, o Código Civil prevê outras possibilidades de extinção da hipoteca:
Um mesmo bem pode ser hipotecado mais de uma vez, simultaneamente, tendo preferência o
credor que efetuou o primeiro registro (hipoteca de primeiro grau). Dessa forma, o segundo
credor (hipoteca de segunda grau) só poderá executar a garantia após vencida a primeira.
E isso é uma característica da hipoteca: o credor, antes do Marco das Garantias de 2023,
precisava acionar judicialmente o devedor para que o juiz determine que o imóvel seja levado a
leilão, onde o imóvel será vendido e levantado o dinheiro para quitar a dívida.
Isso significa que o credor não precisa mais recorrer a um juiz para poder “pegar” o imóvel. Ele
pode fazer isso extrajudicialmente, notificando o vendedor pelo cartório (registro de imóveis) em
caso de inadimplência.
Funciona assim:
Notificação Leilão
• Vencida a •Registra na
dívida no todo matrícula o início
•Via Registro de do procedimento • Realizado em
ou em parte Imóveis de excussão da até 60 dias
•Prazo de 15 dias garantia
para pagamento
contados da
averbação
Inadimplência Averbação
No primeiro, busca-se vender o imóvel por, no mínimo, o valor pelo qual foi avaliado quando foi
celebrado o contrato de garantia.
Caso isso não ocorra, ou seja, se não houver lance de pelo menos esse valor, é realizado um
segundo leilão, onde deve ser aceito o maior lance oferecido, desde que superior ao valor da
dívida (incluindo todos os custos adicionais, como tributos e taxas do cartório).
Em qualquer caso, se o valor arrecadado superar o valor da dívida total, o devedor deve receber
esse excedente no prazo de 15 dias, contados do pagamento feito pelo arrematante.
Nesse caso, o credor pode escolher ficar com o imóvel ou vende-lo de forma direta a terceiro.
Nos dois casos, o a dívida é considerada paga. Quem mandou realizar uma avaliação tão mal
feita do imóvel quando concedeu o crédito?
Quando há “concurso de credores”, ou seja, quando a hipoteca foi firmada com mais de um
credor, a prioridade será do credor de primeiro grau, e os valores arrecados que excederem
essa dívida poderão ser utilizados para quitar as demais, sequencialmente.
A gente vai concluir penhor e alienação antes de esquematizar tudo. Então, aguente firme!
1.4 Penhor
O penhor tem uma diferença fundamental em relação à hipoteca: o bem dado em garantia é
móvel, ficando vinculado ao cumprimento da obrigação.
Esse vínculo, assim como na hipoteca, é um vínculo real. Ou seja, o próprio bem é vinculado ao
cumprimento da obrigação, e não seu proprietário.
Por definição legal, bem móvel é todo bem que pode ser transportado sem alteração de sua
substância ou da destinação econômico- social.
Sendo assim, casas não são bens móveis, pois não podem ser movidas sem alteração de sua
substância, assim como o Cristo Redentor também não se enquadra, pois se for movido terá
alterada sua destinação econômico-social.
O bem móvel pode ser consumível ou não consumível, e ambos podem ser empenhados e
penhorados.
Outra diferença em relação à hipoteca, decorrente da própria natureza dos bens móveis, é que
o bem dado em garantia pode ficar em posse do credor. Na verdade, a regra é que o bem
empenhado realmente fique com o credor, mas há exceções:
Como a curiosidade deve estar grande, vamos especificar o significado de cada tipo de penhor.
▶ Penhor de veículos: Bom, você já sabe o que pode ser empenhado nesse tipo. Só para
não passar em branco, acrescentemos que o veículo empenhado deve ser previamente
segurado contra furtos, avarias e danos causados a terceiros.
Naturalmente, o devedor não pode vender qualquer dos bens empenhados sem consentimento
por escrito do credor. Se houver tal ameaça, o credor pode pedir que os animais sejam postos
sob a guarda de um terceiro.
E para fechar, observe que o penhor exige formalização bem mais rígida do que as garantias
pessoais.
Portanto, alguém que precise de dinheiro para um projeto, mas não quer se vender seu anel de
diamantes, pode entregá-lo em penhor para a Caixa e receber um empréstimo em dinheiro.
O valor do crédito concedido depende do valor do objeto dado em garantia, podendo ser de
até 80% do valor de avaliação por perito, e o prazo pode variar de 30 a 120 dias, podendo ser
renovado várias vezes, desde que o pagamento dos juros da operação esteja em dia.
Além dos juros, o cliente também precisa pagar tarifas para cobrir os custos de avaliação.
Nesse caso, os bens ficam em posse do credor (a Caixa) desde o início da operação. Caso o
pagamento atrase por prazo superior a 30 dias, a garantia passa a ser propriedade da Caixa, que
promove um leilão.
Aqui vai uma curiosidade que reforça o monopólio da Caixa nas operações de
empréstimo sob penhor de bens pessoais valor.
Você pode conferir os objetos que vão a leilão neste link:
https://vitrinedejoias.caixa.gov.br/
A propósito, a Caixa também pode emprestar sob garantia de penhor industrial, embora não
detenha o monopólio nesse tipo de operação.
Para fechar, tem uma coisa que as bancas gostam de perguntar “do nada”: se incide ou não IOF
(Imposto sobre Operações Financeiras). E, por força legal (Decreto nº 6.306/2007), as operações
de crédito com penhor de objetos valiosos da Caixa têm alíquota zero de IOF.
Denomina-se penhor mercantil o que se constitui mediante contrato, tendo por objeto:
Portanto, no penhor mercantil, pode-se empenhar garantias bem mais diversas do que
mercadoria.
Vale o aprofundamento sobre os warrants, dado o destaque que a banca fez no edital em
relação ao penhor mercantil.
Exemplo: imagine que você, agricultor, acaba de obter uma enorme colheita de soja. Com a
dupla intenção de guardar e negociar essa colheita, você procura um Armazém Geral, que é
justamente uma empresa especializada em guarda e conservação de mercadorias.
Então você deposita a mercadoria e recebe dois documentos emitidos pelo armazém:
1. O Conhecimento de Depósito
2. O Warrant
Portanto, caso deseje, você pode ir até um banco e empenhar sua soja, devendo apresentar o
warrant acompanhado do conhecimento de depósito. Assim, o banco passa a deter a
propriedade da soja, mas não sua posse.
Primeiro, por ser mais frequente em provas da área bancária. Segundo, por ser o tipo de garantia
real mais utilizada em contratos bancários. Ou seja, talvez, logo você estará formalizando
algumas.
Além disso, a melhor forma de compreender a alienação fiduciária é por meio da comparação
com as garantias que já vimos, pois é justamente essas diferenças que as bancas costumam
explorar.
Para começar, a alienação fiduciária pode ser tanto de bens móveis quanto de bens imóveis.
Em relação às garantias de bens imóveis, como ocorre com a hipoteca atualmente, em caso de
inadimplência o credor não precisa sequer recorrer ao judiciário. Ele faz a consolidação da
posse diretamente no cartório (Registro de Imóveis), bastante cumprir alguns requisitos como
notificar o devedor.
É por isso que os bancos preferem constituir alienação fiduciária em vez de hipoteca, já que esta
implica em processos judiciais que pode levar anos.
Após a consolidação da posse, com o bem em seu nome, o credor realiza um leilão com lance
mínimo no valor de avaliação do imóvel. Não havendo comprador, é realizado um segundo leilão
nos 15 dias seguintes, agora com valor mínimo de lance correspondente ao valor da dívida. Se
mais uma vez não houver comprador, o bem passa para o patrimônio do banco.
Mas a alienação fiduciária também tem uma desvantagem, do ponto de vista do banco: se o valor
arrecadado for inferior à dívida (ou se não houver comprador), a dívida é considerada extinta.
E qualquer valor conseguido pelo imóvel acima da dívida é devolvido para o devedor. Se não
houver comprador, ou se a venda for por um valor inferior à dívida, o devedor nada recebe.
No caso de bens móveis, as regras estão no Código Civil e, especificamente no caso do mercado
financeiro, na Lei nº 4.728/1965.
Mas, assim como ocorreu com a hipoteca, o Marco de Garantias passou a tornar possível a
execução extrajudicial da alienação fiduciária de bens móveis. Ou seja, caso o devedor fique
inadimplente, o credor pode iniciar realizar a cobrança extrajudicialmente.
Sendo assim, na hipótese de não pagamento voluntário da dívida no prazo legal, é dever do
devedor entregar ou disponibilizar voluntariamente a coisa ao credor para a venda extrajudicial,
sob pena de multa de 5% (cinco por cento) do valor da dívida.
Caso não ocorra essa entrega voluntária, além da multa, pode ser iniciada a busca e apreensão.
ALIENAÇÃO
PENHOR HIPOTECA
FIDUCIÁRIA
bens imóveis
Tipos de +
bens móveis bens móveis ou imóveis
garantias aeronaves e
embarcações
credor
exceções: penhor
Posse do bem devedor devedor
rural, industrial,
mercantil e de veículos
Propriedade do
devedor devedor credor
bem
Alienação
durante a não permitida permitida não permitida
vigência
FGC
Formalmente, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
cuja finalidade é proteger depositantes e investidores das instituições associadas (logo falaremos
sobre isso), e contribuir para a manutenção da estabilidade do SFN e para a prevenção de crises.
Sendo assim, o FGC funciona como uma espécie de garantia aos clientes dessas instituições
associadas: uma garantia de que poderão recuperar seu dinheiro, de acordo com os requisitos
e sujeitos aos limites de valor estabelecidos no Regulamento do FGC, em caso de decretação de
regime de intervenção (quando o BCB administra a IF temporariamente) ou de regime de
liquidação extrajudicial (quando o BCB retira a IF do mercado).
Mas o FGC não vai cobrir qualquer depósito! O FGC somente protege determinados – e não
todos – recursos depositados ou investidos em instituições associadas ao FGC.
E mesmo para as instituições associadas, não são cobertos pela garantia ordinária do FGC os
seguintes ativos:
Essas instituições contribuem com o fundo com 0,01% (um centésimo por cento) do montante
dos saldos das contas referentes aos instrumentos cobertos pela garantia ordinária.
E ainda tem mais um detalhe (para fechar), as instituições acima são obrigadas a se associar ao
FGC caso:
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto títulos de
emissão de empresa ligada.
E, com isso, fechamos a parte mais recorrente em provas, sobre garantias! Mas o que temos
adiante também é importante. Tenha foco!
Agora o juridiquês vai imperar. Mas não se preocupe. Embora alguns assuntos do edital possam
ser bastante aprofundados quando aparecem em Direito, aqui não precisamos ir muito além dos
conceitos.
É o que faremos.
Os sujeitos do direito são aqueles que possuem direitos e/ou obrigações no ordenamento
jurídico (conjunto de leis e normas que regem as relações sociais).
• Sujeito de Direito Pessoal: Refere-se a pessoas físicas, ou seja, indivíduos humanos que
são titulares de direitos e deveres. Todos os seres humanos são, em princípio,
considerados sujeitos de direito pessoal, possuindo capacidade jurídica, ainda que ela
possa ser limitada em alguns casos específicos, como para menores de idade ou pessoas
com incapacidades mentais.
• Sujeito de Direito Coletivo: São as pessoas jurídicas, entidades que, apesar de não
serem indivíduos humanos, possuem personalidade jurídica reconhecida pela lei, o que
lhes permite adquirir direitos e assumir obrigações em nome próprio. Exemplos de
pessoas jurídicas são empresas, associações, fundações e entidades governamentais.
É importante ressaltar que, para ser sujeito de direito, é necessário ter capacidade jurídica, ou
seja, a aptidão para exercer por si mesmo os atos da vida civil. Essa capacidade pode ser plena,
como no caso de adultos com discernimento, ou restrita, como nos casos de menores de idade,
que precisam de representação legal.
Segundo o Código Civil brasileiro, a personalidade jurídica, no caso todas as pessoas físicas,
é adquirida no nascimento. Ou seja, antes do nascimento, o embrião não é sujeito de direito
(embora a lei estabeleça alguns direitos ao ser humano concebido, mas ainda não nascido, ou
nascituro).
E os animais? Juridicamente, não são pessoas, então também não são sujeitos de direito.
Embora, mais uma vez, a lei possa estabelecer direitos para eles.
Nas operações de crédito, o sujeito pode ser tanto o credor (quem concede o crédito) quanto o
devedor (quem recebe o crédito). É importante conhecer as responsabilidades e direitos de cada
parte envolvida em uma transação de crédito.
O objeto do direito é o elemento sobre o qual recaem os direitos e obrigações das pessoas ou
entidades reconhecidas como sujeitos de direito.
Em outras palavras, o objeto do direito é o bem ou a finalidade que está sob a regulação e tutela
do ordenamento jurídico.
O objeto do direito pode ser material ou imaterial, e sua natureza varia de acordo com o tipo de
relação jurídica estabelecida. Alguns exemplos de objetos do direito incluem:
• Bens materiais: São objetos tangíveis, como imóveis, veículos, móveis, dinheiro e
quaisquer outros tipos de propriedades físicas. Os bens públicos, como rios e mares, por
exemplo, são objetos do direito.
• Bens imateriais: Referem-se a bens intangíveis, como patentes, marcas registradas,
direitos autorais, segredos comerciais, entre outros.
• Direitos: Em algumas situações, o próprio objeto do direito pode ser um direito, como o
direito a receber uma prestação, o direito à educação, o direito à saúde, entre outros.
• Obrigações: Em contrapartida aos direitos, o objeto do direito também pode ser uma
obrigação, como a obrigação de pagar uma dívida, a obrigação de prestar um serviço, a
obrigação de cumprir um contrato, entre outras.
• Relações familiares: Em matéria de direito de família, o objeto do direito pode ser a
relação entre cônjuges, filhos, pais, herança, entre outros.
• Contratos: No âmbito dos contratos, o objeto do direito é aquilo que as partes se
comprometem a fazer ou a dar, como em um contrato de compra e venda em que o objeto
é o bem a ser adquirido.
• Transações financeiras: Nas operações de crédito, o objeto do direito pode ser a quantia
em dinheiro concedida como empréstimo ou financiamento.
É importante destacar que o objeto do direito deve ser lícito, ou seja, não pode ser contrário à
lei ou à moral. Se o objeto do direito for ilícito, o contrato ou a relação jurídica poderá ser
considerado nulo ou inválido.
O conceito de objeto do direito é relevante para delimitar e garantir a segurança jurídica nas
relações entre as partes, uma vez que estabelece claramente sobre o que recaem os direitos e
obrigações de cada um, proporcionando uma base sólida para a resolução de conflitos e para o
funcionamento ordenado da sociedade.
Nas operações de crédito, o objeto é o próprio crédito concedido, representado por uma
quantia em dinheiro ou um bem a ser pago pelo devedor ao credor.
Fatos jurídicos são eventos ou acontecimentos que geram consequências no âmbito do direito.
De forma mais técnica e detalhada, fatos jurídicos são eventos ou acontecimentos que têm
relevância para o direito, ou seja, que possuem efeitos jurídicos e podem criar, modificar ou
extinguir direitos e obrigações para as pessoas envolvidas.
Esses eventos podem ser naturais ou humanos, intencionais ou não intencionais, mas, quando
ocorrem, produzem consequências legais.
Os fatos jurídicos são fundamentais para o funcionamento do sistema jurídico, pois estabelecem
as bases para a criação e aplicação do direito.
Os fatos não jurídicos, por extensão, seriam aqueles sem relevância jurídica.
Dessa forma, o mesmo fato pode ser jurídico ou sem relevância jurídica, a depender do contexto
em que ocorre.
Por exemplo: o simples fato de chover pode ser considerado um fato sem relevância jurídica
para o meu contrato de financiamento de automóvel, mas pode ser um fato jurídico para meu
crédito rural, caso afete minha safra positiva ou negativamente e esteja previsto em contrato.
Os fatos jurídicos são reconhecidos e regulados pelas leis e pelos princípios do direito, e seus
efeitos podem ser reconhecidos pelos tribunais e autoridades competentes, a fim de garantir a
ordem e a justiça na sociedade.
Os atos jurídicos são manifestações de vontade das partes que criam, modificam, ou extinguem
direitos e deveres.
• Atos Jurídicos Lícitos: São aqueles que estão em conformidade com as normas e leis
vigentes, ou seja, são atos permitidos e que não violam a legislação. Exemplos de atos
jurídicos lícitos incluem contratos, testamentos, doações, compra e venda de bens, entre
outros.
• Atos Jurídicos Ilícitos: São aqueles que violam as normas legais ou são contrários à
ordem pública. Esses atos não produzem efeitos legais válidos e podem ser anulados ou
considerados nulos perante a justiça. Exemplos de atos jurídicos ilícitos incluem contratos
que tenham por objeto atividades ilegais, fraudes, entre outros.
Os atos jurídicos também são fundamentais para a vida em sociedade, pois constituem a base
para a criação e aplicação do direito.
Nas operações de crédito, por exemplo, a concessão do crédito é um ato jurídico que estabelece
a obrigação do devedor em cumprir com as condições acordadas.
Talvez você esteja se perguntando qual é a diferença entre fatos e atos jurídicos.
Na verdade, não é tão simples definir, mas podemos resumir que o ato jurídico é um tipo de
fato jurídico humano.
Portanto, o ato jurídico é um fato jurídico que decorre da manifestação de vontade com
finalidade de criar, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos ou obrigações.
Mas nem todo fato jurídico é assim, como vimos no caso dos fatos jurídicos naturais.
Contudo, algumas coisas a respeito da validade do ato jurídico precisam ficar claras.
• Agente capaz
o É aquele que está apto a exercer pessoalmente os atos da vida civil.
Nesse sentido, caso não cumpra esses requisitos, o ato jurídico é considerado nulo, ou seja, não
produzirá efeitos jurídicos. O comprador do seu cunhado ou da Lua não terá qualquer direito de
posse ou propriedade.
MAS CUIDADO: nulo é diferente de anulável. Anulável é um ato jurídico por incapacidade
relativa do agente ou por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou
fraude contra credores.
Pois bem, os atos praticados por esse pessoal são anuláveis, ou seja, não são necessariamente
nulos, podendo ser validados judicialmente.
Direitos e obrigações
Obrigações
Relações familiares
Contratos
Transações financeiras
2.5 Contratos
Os contratos são elementos centrais nas operações de crédito, pois são os instrumentos que
formalizam os direitos e as obrigações entre as partes envolvidas.
Para que um contrato seja válido, é preciso que ele atenda a certos requisitos, como:
Contratos formais são aqueles que requerem uma forma especial de manifestação de vontade,
como é o caso dos contratos escritos.
Já os contratos informais podem ser estabelecidos de forma verbal ou por meio de condutas,
sem a necessidade de documento escrito.
Os contratos por instrumento público são aqueles lavrados em cartório ou por funcionários
públicos, com fé pública, conferindo-lhes maior segurança jurídica.
Já os contratos por instrumento particular são elaborados pelas próprias partes, podendo ser
igualmente válidos, mas com menor formalidade.
3 TÍTULOS DE CRÉDITO
Um título de crédito é um documento representativo de uma obrigação pecuniária, ou seja,
a obrigação de pagar determinada quantia em dinheiro.
No mercado financeiro, os principais títulos de crédito são aqueles que veremos a seguir. O
primeiro deles, de longe, o mais recorrente em provas.
Bem, na verdade, já falamos sobre alguns deles em aula anterior, porque apareceram no edital
também como um serviço bancário.
Portanto, se você já viu a aula 01, os próximos tópicos serão apenas uma revisão.
3.1 Cheque
O cheque é uma ordem de pagamento à vista. Cada palavra dessa definição é importante.
Bom, este é um cheque, caso você seja de uma geração mais nova (não fique “forçando” a visão,
iremos abordar o que é realmente importante para a prova):
Se você está pensando “Mas professor, tem gente que passa cheques para 90 dias, por que é à
vista?” – eu peço que tenha calma, que chegaremos lá.
Isso significa simplesmente que o cheque é um “pedaço de papel” onde você, titular de uma
conta corrente, declara:
“Querido banco, sabe esse dinheiro na minha conta? Então, pode pegar “X” reais e depositar na
conta que a pessoa cujo nome eu coloquei no cheque indicar.”
Eu disse “geralmente”, acima, porque o cheque pode não conter o nome do beneficiário. Nesse
caso, ele se torna uma ordem de pagamento ao portador, que é quem apresenta o cheque ao
banco depositário.
No Brasil, cheques acima de R$100,00 devem ser nominais, ou seja, não podem ser ao portador.
Agora, imagine-se que você é um favorecido de um cheque. Como você pode receber o
dinheiro?
Quando ocorre a efetivação do depósito ou do saque, dizemos que o cheque compensou. Mas
falaremos mais sobre a compensação adiante.
Por enquanto, tenha em mente que existe um risco de crédito: se o emitente/sacador não tiver
dinheiro disponível na conta para compensar o cheque, o beneficiário/favorecido não recebe
seu dinheiro, e o banco devolve o cheque para ele, que poderá tomar as providências legais
para tentar receber o dinheiro.
Então, o cheque sempre apresenta esse risco, mas há um cheque no qual o risco de crédito é
mínimo, simplesmente porque seu emitente/sacador é bastante confiável: estou falando do
cheque administrativo.
O cheque administrativo é um cheque emitido pelo próprio banco. Portanto, o dinheiro vai sair
da conta do próprio banco, e não do cliente, garantindo assim maior nível de segurança. Você
pode “comprar” um cheque administrativo no seu banco, por exemplo, para fazer um
pagamento de alto valor, e não correr o risco de ficar andando com um monte de dinheiro em
espécie.
O cheque especial foi o nome dado ao limite disponibilizado pelo cliente para compensação
de cheques, mesmo que ele não tenha o saldo inteiro disponível. Imagine que o cliente com
cheque especial emitiu um cheque de R$2.000, mas está com a conta zerada. Se ele tiver limite
Hoje, naturalmente, o cheque especial é um limite para a conta corrente, e pode ser usado para
compensar cheques ou qualquer outra operação, como compras a débito, pagamento de contas
etc.
O endosso em branco, por outro lado, ocorre quando o beneficiário apenas assina o verso do
cheque, sem indicar o novo beneficiário. Nesse caso, ele se torna uma ordem de pagamento ao
portador.
Ah! Eu fiquei de falar sobre a questão de o cheque ser à vista, mas as pessoas colocarem uma
data para compensação, né?
Acontece que esse costume de escrever no cheque, por exemplo, que ele só pode ser
depositado ou sacada em determinado dia (pré-datar o cheque) é apenas isso – um costume.
Em outras palavras, o favorecido não é obrigado a esperar a data, pois o cheque é uma ordem
de pagamento à vista. Não há qualquer lei ou regulamento que o obrigue. Mas o costume é
bastante forte, e em muitos anos como bancário, nunca vi um beneficiário o desrespeitar.
Ordem de Pré-datar é um
pagamento à vista costume, não regra.
Em branco: ao
portador
Pode endossar o
cheque
Em preto: nomina o
novo beneficiário
Beneficiário Pode depositar em
(favorecido) sua conta
Partes
(banco) Sacado
(banco) Depositário
Menor risco de
crédito
Administrativo
O banco é o emitente
Limite disponibilizado
Especial para o cliente em sua
conta
Operada pela BB
Compe
Regulada pelo BCB
Como as operações com cheques podem envolver mais de um banco, quando sacado e
depositário são diferentes, é preciso que eles “conversem” de alguma forma para fazer acontecer
o pagamento.
Essa “conversa” ocorre por meio de um sistema, uma câmara de compensação, chamado Compe
(Centralizadora de Compensação de Cheques).
A Compe, por envolver diversas instituições financeiras e por ser considerada importante para o
Sistema Financeiro Nacional, é regulada pelo Banco Central do Brasil, mas quem executa (faz
funcionar) o sistema é o Banco do Brasil.
Portanto, como bancos com carteira comercial (múltiplos ou não) e a Caixa Econômica Federal
são obrigados a ter conta Reservas Bancárias, também são obrigados a participar da Compe.
O Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos (CCF) registra clientes que, como o nome
indica, emitem cheques sem fundo.
Seu banco de dados é operado pelo Banco do Brasil, com base nas normas do Banco Central.
Podemos pensar no CCF como um “Serasa ou SPC”, mas apenas sobre cheques.
• o cheque que o cliente emitiu for devolvido pela segunda vez por falta de fundos (motivo
12);
• a conta estiver encerrada na data da compensação (motivo 13);
• pela terceira vez seguida, o cliente emitir cheque de valor menor que R$3,40 sem ter saldo
em conta para honrar (motivo 14).
Se o cheque foi devolvido por outro motivo, o nome do cliente não entra no CCF. Mas o
beneficiário do cheque pode tomar outras medidas para garantir o recebimento do valor,
mesmo que você não esteja no CCF.
Para excluir seu nome do CCF, é preciso que o cliente comprove ao banco responsável pela
inclusão que pagou o cheque. Para comprovar, o cliente pode:
O banco deve entregar um recibo desse pedido de exclusão, e pode cobrar uma tarifa pelo
serviço de exclusão do nome no CCF.
Dessa forma, ao contrário dos cheques, que são ordens de pagamento, as notas promissórias
são promessas de pagamento.
Na prática, é uma forma alternativa aos empréstimos de capital de giro para suas necessidades
de curso prazo, com a vantagem de não envolverem a remuneração de um banco intermediário
e não incidir IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Podem emitir commercial papers, para oferta pública, as companhias abertas ou fechadas,
mediante autorização específica da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Contudo, instituições financeiras, mesmo que sejam companhia abertas, não podem realizar
oferta pública de commercial papers.
Os commercial papers não têm garantia real, podendo oferecer garantia de fiduciárias de
terceiros, como fianças bancárias.
Os commercial papers podem ter remuneração pré (determinada desde o começo, como, por
exemplo, “12% ao ano”) ou pós-fixada (dependente de um índice, por exemplo: “105% do
IPCA”).
3.3 Duplicata
Quando ocorre uma transação comercial, especialmente entre grandes empresas, podem ser
emitidos três documentos: a nota fiscal, a fatura e a duplicata.
Os dois primeiros existem para fins de impostos (fiscais) e controle da empresa (operacionais),
mas a duplicata é emitida pelo vendedor e comprova o direito de receber determinado valor.
A duplicata é negociada no mercado de crédito, podendo ter sua titularidade transferida por
endosso, o que ocorre no caso de desconto de duplicata.
Esse desconto é o adiantamento de recursos aos clientes, feito pelo banco, sobre valores
formalizados em duplicatas (ou notas promissórias), para antecipar o fluxo de caixa do cliente.
Não é nossa intenção aprofundar as modalidades de crédito, mas tão somente os títulos que as
==2c35d4==
formalizam.
As cédulas e notas de crédito são de vários tipos, mas, de forma geral, formalizam transações de
empréstimos e financiamentos, que representam as condições do crédito concedido, como o
montante, as taxas de juros e os prazos de pagamento.
Esses documentos dão ao credor o direito de exigir o pagamento do devedor, uma vez que
servem como evidência das obrigações financeiras assumidas.
A Cédula de Crédito Bancário (CCB) é um título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica,
em favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de
pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade.
Note, portanto, que quem emite a CCB é o tomador do empréstimo, o devedor, e não a
instituição financeira.
E para ser favorecida em uma CCB, a instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro
Nacional, sendo admitida a emissão da Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição
domiciliada no exterior, inclusive em moeda estrangeira, desde que a obrigação esteja sujeita
exclusivamente à lei e ao foro brasileiros.
Na prática, ela é utilizada para diferentes tipos de operações de crédito, como empréstimos,
financiamentos, desconto de duplicatas, entre outros. Normalmente, quando um cliente toma
um empréstimo em um banco, ele assina uma CCB.
Ela permite que o valor do crédito seja definido de forma fixa ou variável, podendo ser atualizado
por índices de correção monetária ou juros ao longo do tempo.
Além disso, a CCB pode ser transferida por meio de endosso, ou seja, o credor original pode
ceder seus direitos a terceiros, possibilitando a negociação do título no mercado.
Essa transferência pode ocorrer de forma escritural (por meio de registros eletrônicos), ou por
meio de documento físico.
A Cédula de Crédito Bancário é uma alternativa muito utilizada por bancos para formalizar
operações de crédito, trazendo segurança jurídica para as partes envolvidas.
O crédito rural, por sua vez, é formalizado por diversos títulos, a depender da garantia vinculada
à operação:
Título Garantia
Cédula Rural Pignoratícia (CRP) ► Penhor
Cédula Rural Hipotecária (CRH) ► Hipoteca
Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária (CRPH) ► Penhor e Hipoteca
Nota de Crédito Rural (NCR) ► Sem garantia real
Cédula de Crédito Rural Bancário (CCB) ► Com ou sem garantia real ou pessoal
Em caso de impossibilidade de outros
Contrato ►
instrumentos
“Nota de crédito” é tanto um tipo de instrumento, bem pouco utilizado e pouco recorrente em
provas, cuja principal característica é a ausência de garantias.
Mas “nota de crédito” também significa uma nota (score) atribuída à qualidade de alguém como
credor, podendo ser um país ou uma empresa. Naturalmente, o sentido que importa nesta aula
é o primeiro, mas é importante você não confundir.
PARTICIPANTES DA FIANÇA
FIANÇA AVAL
devedor/avalizado
devedor/afiançado
credor/beneficiário
Figuras credor/beneficiário
avalista(s)
fiador(es)
Consentimento
A lei dispensa Não previsto em lei
do devedor
Notificação Leilão
• Vencida a •Registra na
dívida no todo matrícula o início
•Via Registro de do procedimento • Realizado em
ou em parte Imóveis de excussão da até 60 dias
•Prazo de 15 dias
para pagamento
garantia contados da
averbação
Inadimplência Averbação
ALIENAÇÃO
PENHOR HIPOTECA
FIDUCIÁRIA
bens imóveis
Tipos de +
bens móveis bens móveis ou imóveis
garantias aeronaves e
embarcações
credor
exceções: penhor
Posse do bem devedor devedor
rural, industrial,
mercantil e de veículos
Propriedade do
devedor devedor credor
bem
Alienação
durante a não permitida permitida não permitida
vigência
Direitos e obrigações
Obrigações
Relações familiares
Contratos
Transações financeiras
Ordem de Pré-datar é um
pagamento à vista costume, não regra.
Em branco: ao
portador
Pode endossar o
cheque
Em preto: nomina o
novo beneficiário
Beneficiário Pode depositar em
(favorecido) sua conta
Partes
(banco) Sacado
(banco) Depositário
Menor risco de
crédito
Administrativo
O banco é o emitente
Limite disponibilizado
Especial para o cliente em sua
conta
Operada pela BB
Compe
Regulada pelo BCB
QUESTÕES COMENTADAS
1. (2012/CEBRASPE-CESPE/BASA/Técnico Bancário)
Em relação às garantias do SFN, que incluem aval, fiança, penhor, hipoteca e Fundo Garantidor
de Crédito (FGC), julgue o item seguinte.
A fiança deve ser autorizada pelo cônjuge do fiador, sob pena de nulidade. O aval, por sua vez,
independe de autorização do cônjuge do avalista.
Comentários:
Sobre a fiança, está correto. Em regra, depende da autorização do cônjuge, sob pena de
nulidade. A verdade é que existe exceção: se o cônjuge negar a autorização sem motivo justo ou
lhe seja impossível conceder, o juiz suprirá essa ausência (Art. 1.648 do Código Civil).
Apenas para os títulos de crédito típicos existe um detalhe: se o cônjuge autorizar, sua parte do
patrimônio pode ser atingida, se não autorizar, sua parte fica preservada. Eu acredito que isso
também significa depender, embora seja discutível, mas a questão já estava errada ao
generalizar em relação ao aval.
Gabarito: Errado
2. (2010/CEBRASPE-CESPE/BRB/Escriturário)
Para aumentar a probabilidade de que os tomadores de crédito em operações de
empréstimos/financiamentos paguem seus compromissos nas datas pactuadas, analistas e
comitês de crédito podem exigir algum tipo de garantia para aprovar uma operação.
Considerando essa situação, julgue o item seguinte.
Em uma garantia por meio de fiança, há a condição de benefício da ordem, o que significa que
o credor deverá acionar primeiro o devedor e depois o fiador, exceto se o fiador renunciar ao
benefício.
Comentários:
O benefício de ordem é um mecanismo existente na fiança, e significa que caso o devedor não
pague sua dívida, o fiador pode exigir que o credor, primeiro, busque satisfazer a dívida com os
bens do devedor.
O benefício de ordem deixa claro que a fiança é uma obrigação subsidiária. Ou seja, o fiador
fica subsidiariamente responsável pela dívida: ele só terá seus bens atingidos caso os bens do
devedor não sejam suficientes para a quitação.
Gabarito: Certo
3. (2011/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
Uma carta de fiança bancária, garantindo uma operação de crédito, implica
a) a impossibilidade de substituição do fiador.
b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do fiador ao
benefício de ordem.
c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.
d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.
e) a obrigatória cobertura integral da dívida.
Comentários:
Esta questão é um bom “gancho” para aprofundarmos alguns detalhes da fiança bancária.
Errado. O fiador pode ser substituído, desde que o credor concorde. Isso vale para a fiança
comum também.
Gabarito: “b”
4. (2018/FGV/BANESTES/Técnico Bancário)
Durante a vigência de um contrato de fiança, o credor Atílio concedeu prorrogação do prazo
de pagamento da dívida (moratória) ao afiançado sem consentimento do fiador Jerônimo.
Com esse ato por parte do credor, é correto afirmar que:
a) deverá Jerônimo requerer a Atílio prorrogação do prazo de duração do contrato para se
adequar à moratória concedida ao afiançado;
b) Jerônimo, ainda que solidário pelo pagamento da dívida perante Atílio, ficará desobrigado
pela falta de consentimento com a moratória;
c) Jerônimo permanecerá obrigado pelo pagamento da dívida pelos 6 meses seguintes ao dia
do vencimento; findo tal prazo ficará desobrigado;
d) caberá a Atílio decidir se Jerônimo ficará ou não desobrigado da fiança com a concessão da
moratória;
e) Jerônimo poderá pedir a anulação do contrato porque é proibido ao credor conceder
moratória ao afiançado.
Comentários:
• Credor: Atílio
• Fiador: Jerônimo
• Devedor
O que ocorreu foi que Atílio concedeu uma moratória (prorrogação do pagamento) ao devedor,
sem consultar o fiador Jerônimo.
Sendo assim, Jerônimo fica desobrigado perante a dívida. Nosso gabarito é a letra “b”.
As demais alternativas foram “inventadas” pela banca, não encontrando suporte legal e estando
erradas, portanto.
Gabarito: “b”
5. (2018/FGV/BANESTES/Assistente Securitário)
Durante a prestação de fiança bancária deve ser verificada a documentação apresentada pelo
fiador, especialmente se este for casado, porque:
a) é proibida a prestação de fiança por pessoa casada, ainda que com autorização do cônjuge,
exceto no regime da separação absoluta de bens;
b) se o fiador se divorciar dentro do prazo de vigência do contrato garantido, ficará desobrigado
da fiança;
c) se o fiador casado for sócio de sociedade empresária, não poderá prestar fiança;
d) nenhum dos cônjuges pode prestar fiança, sem autorização do outro, exceto no regime da
separação absoluta de bens;
e) o fiador casado não poderá renunciar ao benefício de ordem, salvo no regime da separação
absoluta de bens.
Comentários:
Errado. Aí fica fácil, né? Mesmo em caso de divórcio, ele continua obrigado durante a vigência
do contrato.
e) o fiador casado não poderá renunciar ao benefício de ordem, salvo no regime da separação
absoluta de bens.
Gabarito: “d”
c) somente I e III;
d) somente II e III;
e) I, II e III.
Comentários:
I. O contrato de fiança pode ser celebrado verbalmente ou por escrito, admitindo, em qualquer
caso, interpretação extensiva.
Nada disso! A fiança deve ser por escrito. Também não é admitida a interpretação extensiva, um
termo jurídico que não vale a pena aprofundarmos, mas significa que não pode ser ampliado o
alcance da fiança firmada mediante interpretação do juiz.
Isso nos deixa entre “b” e “d”. Se tudo der errado, jogue uma moeda.
II. A fiança pode ser parcial e, nesse caso, o fiador não será obrigado além da parte da dívida que
toma sob sua responsabilidade.
Correto. A fiança, de fato, pode ser parcial, indicando justamente que o fiador não será obrigado
além da parte da dívida com a qual se comprometeu.
III. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído.
Correto. Essa possiblidade é prevista no Código Civil: se o fiador se tornar insolvente ou incapaz,
o credor pode exigir sua substituição.
Gabarito: ”d”
7. (2015/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
Ao conceder uma fiança bancária a determinado cliente, um banco garante o cumprimento de
uma obrigação pelo cliente, mediante uma remuneração.
A fiança bancária
a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.
b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham perfeita
caracterização do valor em moeda nacional.
c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.
d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.
e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Comentários:
Essa questão é problemática, pois a banca a baseou em bibliografia desatualizada, que por sua
vez foi escrita com base em norma revogada do Banco Central. Vamos analisar.
A fiança bancária implica, para o banco, um risco muito semelhante ao crédito. Afinal, se o
afiançado não pagar a dívida garantida, o banco precisará desembolsar recursos para tanto.
Por isso, o Banco Central determina uma série de exigência para a concessão de uma carta fiança,
e os bancos na prática realizam análises de crédito. Apesar de não ser uma operação de crédito,
o risco de crédito está presente.
b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham perfeita
caracterização do valor em moeda nacional.
Esta foi dada como gabarito. Tornando a questão mal formulada. Ela foi feita com base na
Circular BCB nº 29, de 1966, que está revogada desde 1996. Para piorar, um livro que é
referência em “Mercado Financeiro” também se baseia nessa norma, e está desatualizado.
I – Os Bancos somente poderão prestar fiança que tenha perfeita caracterização do valor em
moeda nacional e vencimento.
Contudo, além de ter sido revogada, hoje é muito comum os bancos prestarem fianças
referenciadas em moeda estrangeira, em operações de câmbio ou comércio exterior, por
exemplo.
Errado. A fiança bancária pode garantir, por exemplo, margens em contas na B3.
e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
8. (FGV/2018/BANESTES/Técnico Bancário)
A fiança bancária é uma operação tradicional no mercado brasileiro, em que um banco, por
meio da “carta de fiança”, assume o papel de fiador de uma outra companhia numa operação
comercial, concorrência pública ou de crédito.
Do ponto de vista dos riscos envolvidos para as partes, há mitigação do risco:
a) de crédito envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa);
b) de mercado envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
c) operacional envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
d) de crédito envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
e) de mercado envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa).
Comentários:
A fiança é uma garantia utilizada para mitigar o risco de crédito entre o devedor e seu credor.
No caso da fiança bancária, o banco ou instituição financeira assume esse risco, no papel de
fiador.
Portanto, o risco de crédito é mitigado entre afiançado e sua contraparte, tornando “d” a
alternativa correta.
Note que a letra “a”, apesar de falar corretamente em risco de crédito, fala que o risco mitigado
(reduzido) é entre fiador e afiançado, quando na verdade esse risco só passa a existir justamente
por causa da fiança.
Gabarito: “d”
9. (2013/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
Um gerente participa de processo de treinamento sobre títulos de créditos e garantias do
Sistema Financeiro Nacional.
Durante a avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,
a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.
b) é garantia típica dos contratos bancários.
c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.
d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.
e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.
Comentários:
Errado. Ela só pode ser parcial em títulos de crédito típicos. Vamos revisar nossa estratégia para
esse tipo de afirmação?
Errado. O aval cancelado considera-se não escrito, nos termos do Código Civil.
Gabarito: “a”
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
Errado. A responsabilidade no aval é solidária, ou seja, avalista e avalizado são responsáveis pelo
pagamento.
c) torna-se devedor solidário pelo pagamento perante o Banco X, podendo esse cobrar a dívida
tanto dele quanto do avalizado;
d) não se obriga pelo pagamento porque é nulo aval prestado em favor de instituição financeira,
caso do Banco X;
e) responderá pelo pagamento solidariamente com Alfredo, desde que esse celebre
simultaneamente contrato de fiança com o Banco X.
Errado. Responderá solidariamente ao firmar o aval, sem qualquer necessidade de firmar fiança
também.
Gabarito: “c”
12. (2010/CEBRASPE-CESPE/BRB/Escriturário)
Para aumentar a probabilidade de que os tomadores de crédito em operações de
empréstimos/financiamentos paguem seus compromissos nas datas pactuadas, analistas e
comitês de crédito podem exigir algum tipo de garantia para aprovar uma operação.
Considerando essa situação, julgue o item seguinte.
Os seguintes bens podem ser oferecidos como garantia na modalidade de hipoteca: imóveis,
aeronaves e navios.
Comentários:
Apesar de ser uma garantia que tem por objeto, em regra, bens imóveis, a hipoteca também
pode ter o empenho de aeronaves e navios.
Gabarito: Certo
13. (2010/CEBRASPE-CESPE/BRB/Escriturário)
Para aumentar a probabilidade de que os tomadores de crédito em operações de
empréstimos/financiamentos paguem seus compromissos nas datas pactuadas, analistas e
comitês de crédito podem exigir algum tipo de garantia para aprovar uma operação.
Considerando essa situação, julgue o item seguinte.
A hipoteca se extingue quando do vencimento do contrato principal.
Comentários:
Gabarito: Errado
14. (2010/CEBRASPE-CESPE/BRB/Escriturário)
Para aumentar a probabilidade de que os tomadores de crédito em operações de
empréstimos/financiamentos paguem seus compromissos nas datas pactuadas, analistas e
comitês de crédito podem exigir algum tipo de garantia para aprovar uma operação.
Considerando essa situação, julgue o item seguinte.
Um imóvel pode ser hipotecado junto a vários credores simultaneamente e, em todas as
situações, a preferência do credor será pela ordem do registro no cartório de imóveis de
circunscrição de localização do bem. Para assegurar o pagamento, o credor da hipoteca de
segundo grau poderá executar a garantia, promovendo venda judicial, antes do vencimento da
hipoteca do primeiro grau.
Comentários:
A questão só deslizou no final, quando afirmou que “o credor da hipoteca de segundo grau
poderá executar a garantia, promovendo venda judicial, antes do vencimento da hipoteca do
primeiro grau”.
O correto é justamente o contrário: o credor da hipoteca de segundo grau não pode executar
antes do vencimento da hipoteca de primeiro grau.
Gabarito: Errado
Comentários:
Poderia ser alienação fiduciária, não fosse a possiblidade de alienar o bem dado em garantia.
Gabarito: “d”
Comentários:
Fiança e aval são garantias pessoais, então A, C e D não podem ser nossa resposta.
A hipoteca (E) se adequa perfeitamente ao que pede o enunciado. Note que também poderia
ser alienação fiduciária.
Gabarito: “e”
Comentários:
Essa questão era errada em 2001. Mas, para contratos celebrados a partir de novembro de 2023,
está correta.
Na época da questão, apenas os créditos garantidos por alienação fiduciária é que poderiam
ser executados extrajudicialmente.
Gabarito: Certo
Comentários:
Nesse caso, o credor poderá continuar executando outros bens do devedor para exigir a quantia
restante.
Nesse caso, o juiz adjudicará o bem ao credor, e isso eximirá o devedor de pagar o valor da
dívida que eventualmente exceder a avaliação do imóvel.
Gabarito: Certo
Comentários:
Errado. Os penhores mercantil e rural tratam justamente de bens consumíveis, como colheitas,
frutos ou mercadorias.
Gabarito: Errado
Comentários:
Essa questão poderia ter como gabarito a letra “a”, mas “c” é uma opção melhor.
Afinal, a alienação pode se dar igualmente sobre bens móveis ou imóveis, enquanto a regra para
a hipoteca são os bens imóveis, excepcionalmente admitindo embarcações e aeronaves (com
espaço para discussão jurídica se são móveis ou imóveis).
Gabarito: “c”
Comentários:
Só tem um erro nessa questão: dizer que não há amortização obrigatória. Isso significaria que
não há obrigação de pagar as parcelas do financiamento, o que claramente é um absurdo.
Gabarito: Errado
a) Hipoteca
b) Penhor
c) Alienação Fiduciária
d) Aval
e) Fiança
Comentários:
E mesmo que a execução (excussão) da hipoteca possa ser extrajudicial, a garantia que implica
na transferência do registro do imóvel para o credor, desde o início do contrato, é a alienação
fiduciária. Lembre-se: na alienação, o imóvel é do banco (propriedade), e não do devedor.
Gabarito: “c”
Comentários:
Todas as afirmativas estão corretas, tornando essa questão um ótimo material de revisão e
aprofundamento sobre a alienação fiduciária, e correta a letra “e”.
Gabarito: “e”
Comentários:
O FGC não proporciona garantia para depósitos judiciais, que constam no rol de “não-
coberturas”, junto com recursos captados no exterior e de programas do governo. Isso torna a
afirmativa I incorreta, deixando-nos como possíveis gabaritos as letras “’a” e “c”.
Por fim, a afirmativa III está incorreta. Os recursos não são provenientes do BCB, mas sim das
instituições associadas, na proporção de 0,01% dos depósitos captados.
Gabarito: “c”
Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
Os animais não são sujeitos de direito. Soa duro, mas eles são considerados objetos. Portanto,
está errada a letra “a”.
O erro da letra “b”, e também na letra “c”, está no fato de que a personalidade jurídica é adquirida
no nascimento (e não na concepção). Um “embrião”, por definição, ainda não nasceu.
Por fim, a letra “e” está incorreta, pois a pessoa nascida com vida é sujeito do direito. Não existe
isso de “nunca tivesse nascido”. OBS: “ex nunc” é uma expressão que significa, basicamente,
retroativo.
Gabarito: “d”
27. (2005/UEG/PM-GO/Cadete)
O fato jurídico
a) não se opõe ao fato juridicamente irrelevante, quer dizer, ao evento cuja ocorrência não gere
a incidência de qualquer norma.
b) é o evento ao qual a norma atribui efeitos jurídicos.
c) guarda relação com fenômeno natural.
d) é somente o emanado de comando judicial, após sentença transitada em julgado.
Comentários:
a) não se opõe ao fato juridicamente irrelevante, quer dizer, ao evento cuja ocorrência não gere a
incidência de qualquer norma.
Errado. É claro que se opõem, ou seja, ou o fato é jurídico, ou ele é juridicamente irrelevante
(não produz efeitos jurídicos).
Veja, não considero essa alternativa errada, pois há os fatos jurídicos naturais. Contudo, a letra
“b” está “mais certa”, e é como devemos proceder na prova.
Gabarito: “b”
Comentários:
• Agente capaz
o É aquele que está apto a exercer pessoalmente os atos da vida civil.
o Basicamente, são os maiores de idade e aqueles que não possuem doenças
incapacitantes.
• Objeto lícito e possível
o Significa que aquilo de que trata o ato jurídico não pode ser ilegal. Você não pode
vender seu cunhado (ilícito vender pessoas) ou a Lua (impossível), por mais perfeita
que seja a escritura ou o contrato de compra e venda.
• Forma prescrita ou não proibida em lei.
o Em alguns casos, a lei determina a forma como deve se dar um ato jurídico. O
casamento é um exemplo e, para ter validade jurídica, precisa cumprir as
determinações legais.
o Contudo, quando a lei não determinar forma especial, ela não é necessária, valendo
a simples manifestação de vontade das partes. Nesse caso, vale a intenção das
partes, mais do que o sentido literal da linguagem utilizada.
Gabarito: Certo
Comentários:
Como vimos, o ato jurídico praticado por incapaz é nulo, se a incapacidade for absoluta, e
anulável, caso a incapacidade seja relativa. Correta, portanto, e letra “a”.
Aproveitamos para aprofundar, observando onde, no Código Civil, está essa questão:
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio
jurídico:
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra
credores.
Gabarito: “a”
Comentários:
I - O ato jurídico, para ter validade, requer agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não
proibida em lei.
Certo! Também precisa ter objeto possível, mas a falta desse elemento na frase não torna a
afirmativa incorreta. O que consta nela são requisitos de validade.
Errado. Nesse caso, o ato é nulo, e não “anulável”. Com isso, eliminamos as alternativas “a” e “c”,
e chegamos ao gabarito: letra “d”.
III - A validade das declarações de vontade não dependerá de forma especial, salvo quando
exigido expressamente pela lei.
IV - Nas declarações de vontade, atender-se-á mais a sua intenção que o sentido literal da
linguagem.
Gabarito: “d”
Comentários:
Gabarito: Certo
(1964), do Mercado de Capitais (1965) e de Criação dos Bancos Múltiplos (1988). O SFN pode
ser definido como sendo o conjunto de órgãos de regulação, instituições financeiras e
instituições auxiliares, públicos ou privados, que atuam na intermediação de transferência de
recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas ou governo) superavitários para os
deficitários. Acerca das atribuições e funções do BB, julgue o item seguinte.
A partir da instituição do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), o BB deixou de ser
responsável por executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis.
Comentários:
Apenas mentira. O BB não deixou de ser responsável pelo serviço de compensação de cheques,
e ainda o é, por meio da Compe.
Gabarito: Errado
Comentários:
Veja como as bancas gostam desse tema. Apesar de esta aula não ser sobre as competências do
BCB, sabemos que executar a compensação de cheques não é uma delas, tornando “a” nosso
gabarito. O BCB regula o serviço, mas não o executa. Não é ele quem compensa os cheques.
Por fugirem ao escopo desta aula, não perdermos tempo comentando as alternativas erradas.
Gabarito: “a”
Comentários:
A letra “a” está errada. Devido ao risco de crédito envolvido, as pessoas podem se recusar a
receber pagamentos em cheque, devendo indicar essa recusa expressamente.
A letra “b” está errada. A prática de “cheques pré-datados” é apenas um costume, não havendo
normas do Banco Central que impeçam o pagamento do cheque antes da data indicada. Afinal,
é uma ordem de pagamento à vista.
É possível, sim, impedir o pagamento de um cheque emitido, e por isso “c” está errada. A isso,
dá-se o nome de sustação. É algo comum, por exemplo, quando o serviço contratado ou o
produto adquirido não são entregues pelo vendedor. Naturalmente, sustar um cheque
indevidamente pode ter consequências para o emitente.
Por fim, “d” também está errada. O cheque pode ser protestado ou levado a juízo em caso de
não compensação nos termos acordados.
Nosso gabarito é a letra “e”, conforme aprendemos nesta aula: cheques superiores a R$100 não
podem ser “ao portador”.
Gabarito: “e”
Comentários:
Claro, é uma questão que vai muito além do que precisamos para nossos propósitos atuais, e
por isso não aprofundarei as demais alternativas, fazendo apenas alguns comentários.
Mas veja que a letra “a” está de acordo com o que aprendemos sobre o endosso. “Com ou sem
cláusula expressa à ordem” significa “com ou sem concordância expressa do emitente”. Ou seja,
o beneficiário do cheque não precisa de autorização do emitente para endossar o cheque.
▶ Não admite aceite considerando-se não escrita qualquer declaração com esse sentido.
Aceite é quando o emissor não é quem deve pagar um título de crédito. No caso do
cheque, naturalmente, esse mecanismo não se aplica, pois o emitente é o devedor
principal e o cheque é uma ordem de pagamento.
▶ O avalista que paga o cheque adquire todos os direitos dele resultantes contra o avalizado
e contra os obrigados para com este em virtude do cheque.
▶ A morte do emitente ou sua incapacidade superveniente à emissão não invalidam os
efeitos do cheque.
Gabarito: “a”
Comentários:
O primeiro é porque fiz você errar de propósito, para você se atentar aos prazos para
apresentação de um cheque, que serão apresentados agora:
▶ 30 dias: a contar da data de emissão, para os cheques emitidos na mesma praça do banco
sacado.
▶ 60 dias: a contar da data de emissão, para os cheques emitidos em outra praça.
▶ 6 meses: é o prazo de prescrição, decorridos a partir do término do prazo de
apresentação. Ou seja, se não apresentar em até 6 meses, não pode mais apresentar.
O segundo motivo é que a alternativa “d” também está errada. Afinal, é o Banco CENTRAL do
Brasil que regula o serviço de compensação de cheques, enquanto o Banco do Brasil o executa,
por meio da Compe.
Mas a banca entendeu que apenas a letra “c” está relacionada ao cheque ser uma “ordem de
pagamento à vista”, e deu essa alternativa como gabarito.
As demais alternativas ainda têm valor didático, por estarem corretas, e resgatarem conceitos
importantes:
Gabarito: “c”
Comentários:
Sendo assim, a instituição financeira não é obrigada a abrir conta para clientes com inscrição no
CCF, mas também não é proibida.
Gabarito: Errado
a) títulos públicos
b) hot money
c) commercial papers
d) factoring
e) títulos federais
Comentários:
Gabarito: “c”
Comentários:
Como a Lar Doce Lar não é uma empresa financeira, entre as alternativas, apenas os Commercial
Papers são uma opção em relação ao mercado bancário tradicional.
Se for uma S.A., ela pode, inclusive, ofertar ao público, desde que consiga uma autorização
específica da CVM para essa emissão.
Gabarito: “c”
Comentários:
A questão é boa como revisão, já que as duas primeiras afirmativas estão corretas. Quando à
terceira afirmativa e à nota de crédito, seu uso não se limita a operações de financiamento rural,
embora seja, na prática, um dos poucos casos em que ainda sejam usadas.
É assim porque as notas de crédito não comportam garantias, enquanto as cédulas de créditos
servem tanto para operações com ou sem garantias. Assim, para os bancos, é mais fácil usar
cédulas em todos os casos.
Gabarito: “c”
LISTA DE QUESTÕES
1. (2012/CEBRASPE-CESPE/BASA/Técnico Bancário)
Em relação às garantias do SFN, que incluem aval, fiança, penhor, hipoteca e Fundo Garantidor
de Crédito (FGC), julgue o item seguinte.
A fiança deve ser autorizada pelo cônjuge do fiador, sob pena de nulidade. O aval, por sua vez,
independe de autorização do cônjuge do avalista.
2. (2010/CEBRASPE-CESPE/BRB/Escriturário)
Para aumentar a probabilidade de que os tomadores de crédito em operações de
empréstimos/financiamentos paguem seus compromissos nas datas pactuadas, analistas e
comitês de crédito podem exigir algum tipo de garantia para aprovar uma operação.
Considerando essa situação, julgue o item seguinte.
Em uma garantia por meio de fiança, há a condição de benefício da ordem, o que significa que
o credor deverá acionar primeiro o devedor e depois o fiador, exceto se o fiador renunciar ao
benefício.
3. (2011/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
Uma carta de fiança bancária, garantindo uma operação de crédito, implica
a) a impossibilidade de substituição do fiador.
b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do fiador ao
benefício de ordem.
c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.
d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.
e) a obrigatória cobertura integral da dívida.
4. (2018/FGV/BANESTES/Técnico Bancário)
Durante a vigência de um contrato de fiança, o credor Atílio concedeu prorrogação do prazo
de pagamento da dívida (moratória) ao afiançado sem consentimento do fiador Jerônimo.
Com esse ato por parte do credor, é correto afirmar que:
a) deverá Jerônimo requerer a Atílio prorrogação do prazo de duração do contrato para se
adequar à moratória concedida ao afiançado;
b) Jerônimo, ainda que solidário pelo pagamento da dívida perante Atílio, ficará desobrigado
pela falta de consentimento com a moratória;
c) Jerônimo permanecerá obrigado pelo pagamento da dívida pelos 6 meses seguintes ao dia
do vencimento; findo tal prazo ficará desobrigado;
d) caberá a Atílio decidir se Jerônimo ficará ou não desobrigado da fiança com a concessão da
moratória;
e) Jerônimo poderá pedir a anulação do contrato porque é proibido ao credor conceder
moratória ao afiançado.
5. (2018/FGV/BANESTES/Assistente Securitário)
Durante a prestação de fiança bancária deve ser verificada a documentação apresentada pelo
fiador, especialmente se este for casado, porque:
a) é proibida a prestação de fiança por pessoa casada, ainda que com autorização do cônjuge,
exceto no regime da separação absoluta de bens;
b) se o fiador se divorciar dentro do prazo de vigência do contrato garantido, ficará desobrigado
da fiança;
c) se o fiador casado for sócio de sociedade empresária, não poderá prestar fiança;
d) nenhum dos cônjuges pode prestar fiança, sem autorização do outro, exceto no regime da
separação absoluta de bens;
e) o fiador casado não poderá renunciar ao benefício de ordem, salvo no regime da separação
absoluta de bens.
7. (2015/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
Ao conceder uma fiança bancária a determinado cliente, um banco garante o cumprimento de
uma obrigação pelo cliente, mediante uma remuneração.
A fiança bancária
a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.
b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham perfeita
caracterização do valor em moeda nacional.
c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.
d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.
e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
8. (FGV/2018/BANESTES/Técnico Bancário)
A fiança bancária é uma operação tradicional no mercado brasileiro, em que um banco, por
meio da “carta de fiança”, assume o papel de fiador de uma outra companhia numa operação
comercial, concorrência pública ou de crédito.
Do ponto de vista dos riscos envolvidos para as partes, há mitigação do risco:
a) de crédito envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa);
b) de mercado envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
c) operacional envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
d) de crédito envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
e) de mercado envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa).
9. (2013/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
Um gerente participa de processo de treinamento sobre títulos de créditos e garantias do
Sistema Financeiro Nacional.
Durante a avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,
a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.
b) é garantia típica dos contratos bancários.
c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.
d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.
e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.
12. (2010/CEBRASPE-CESPE/BRB/Escriturário)
Para aumentar a probabilidade de que os tomadores de crédito em operações de
empréstimos/financiamentos paguem seus compromissos nas datas pactuadas, analistas e
comitês de crédito podem exigir algum tipo de garantia para aprovar uma operação.
Considerando essa situação, julgue o item seguinte.
Os seguintes bens podem ser oferecidos como garantia na modalidade de hipoteca: imóveis,
aeronaves e navios.
13. (2010/CEBRASPE-CESPE/BRB/Escriturário)
Para aumentar a probabilidade de que os tomadores de crédito em operações de
empréstimos/financiamentos paguem seus compromissos nas datas pactuadas, analistas e
comitês de crédito podem exigir algum tipo de garantia para aprovar uma operação.
Considerando essa situação, julgue o item seguinte.
A hipoteca se extingue quando do vencimento do contrato principal.
14. (2010/CEBRASPE-CESPE/BRB/Escriturário)
Para aumentar a probabilidade de que os tomadores de crédito em operações de
empréstimos/financiamentos paguem seus compromissos nas datas pactuadas, analistas e
comitês de crédito podem exigir algum tipo de garantia para aprovar uma operação.
Considerando essa situação, julgue o item seguinte.
Um imóvel pode ser hipotecado junto a vários credores simultaneamente e, em todas as
situações, a preferência do credor será pela ordem do registro no cartório de imóveis de
circunscrição de localização do bem. Para assegurar o pagamento, o credor da hipoteca de
segundo grau poderá executar a garantia, promovendo venda judicial, antes do vencimento da
hipoteca do primeiro grau.
a) Hipoteca
b) Penhor
c) Alienação Fiduciária
d) Aval
e) Fiança
27. (2005/UEG/PM-GO/Cadete)
O fato jurídico
a) não se opõe ao fato juridicamente irrelevante, quer dizer, ao evento cuja ocorrência não gere
a incidência de qualquer norma.
b) é o evento ao qual a norma atribui efeitos jurídicos.
c) guarda relação com fenômeno natural.
d) é somente o emanado de comando judicial, após sentença transitada em julgado.
GABARITO
1. E 11. C 21. E 31. C
2. C 12. C 22. C 32. E
3. B 13. E 23. E 33. A
4. B 14. E 24. C 34. E
5. D 15. D 25. E 35. A
6. D 16. E 26. D 36. C
7. B* 17. C 27. B 37. E
8. D 18. C 28. C 38. C
9. A 19. E 29. A 39. C
10. C 20. C 30. D 40. C