Exercícios Resistidos

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EXERCÍCIOS RESISTIDOS

Definição: forma de exercício ativo na


qual uma contração muscular dinâmica
ou estática é RESISTIDA por uma
força EXTERNA
RESISTÊNCIA MANUAL

 Intensidade da força não é mensurável


 Utilizada....
 nos primeiros estágios do programa
 quando o músculo a ser fortalecido está fraco
 Quando a ADM deve ser controlada
RESISTÊNCIA MECÂNICA

 É dada por equipamentos e aparelhos

 A intensidade da força pode ser medida

 A força aplicável pode ser progressiva


METAS E INDICAÇÕES

MELHORAR A FUNÇÃO POR MEIO DE:


1.  DA FORÇA
  o trofismo muscular/celular (principalmente
FT2)
  o recrutamento de fibras
  da carga e  repetições
2.  da resistência à fadiga

 Habilidade de desenvolver exercícios


repetitivos de  intensidade (carga) por
período prolongado de tempo
 Programas aplicados para  a força, podem 
a resistência à fadiga (inclusive corporal)
3.  da potência

P = /tempo (= força X distância)

V = distância/tempo

P = força X velocidade
3.  da potência

 Força e velocidade são fatores que afetam a


potência
 A potência é melhorada quando tempo de
execução  para uma determinada força aplicada
 a variável velocidade é a mais manipulada nos
programas de treino de potência
3.  da potência

 Potência anaeróbia
 Exercícios de  intensidade realizados em curto
intervalo de tempo

 Potência aeróbia
 Exercícios de  intensidade realizados em longo
intervalo de tempo
 Desenvolve resistência à fadiga
Lembrar ....

 FT1 – tônicas / resistentes à fadiga


 FT2 – fásicas / pouco (não) resistentes à fadiga
 Composição de tipos de fibras é variável de músculo
para músculo
 M. posturais - > quantidade de FT1
 M. que produzem atividade repentina - > quantidade
de FT2
Os programas de exercícios podem ser
elaborados para recrutar diferentes tipos de
fibras nos músculos através do controle da:

intensidade, duração e velocidade


Exercícios com resistência
manual
Exercício ativo-assistido contra uma
contração dinâmica ou estática
 Qdo movimento é permitido, a resistência é
aplicada ao longo da ADM
 Usa-se diversos planos anatômicos, diagonais ou
movimentos funcionais
Exercícios com resistência
manual
Critérios básicos:
 Avaliar ADM, força e limitações funcionais
 Liberar as articulações que serão trabalhadas (retirar
vestes)
 Demonstre o movimento ao paciente
 Não permita manobra de Valsalva
 Use resistência na extremidade distal da articulação
a ser trabalhada (+ comum)
 Comandos verbais simples
 Estabeleça o número de repetições
Exercícios com resistência
manual
Cuidados adicionais
 Com articulações intermediárias
 Direção da resistência é oposta ao movimento
 Estabilize o segmento (normalmente na inserção
proximal)
 Esforço máximo - sem dor
 Movimentos bruscos, tremor, movimentos
substitutivos – trocar local da resistência
Exercícios com resistência
mecânica
Resistência aplicada por algum tipo de
equipamento
 Exercício resistido progressivo
 Treinamento ativo-resistido
 Treinamento com excesso de carga
 Exercício resistido com carga
Objetivo:
 força, potência ou resistência física
Exercícios com resistência mecânica
Variáveis
1. Intensidade: grau de carga (contrações sub-
máximas ou máximas)
Sub-máxima
  Resistência à fadiga
 Estágios iniciais de cicatrização
 (em isocinético) - para minimizar forças
articulares compressivas
Exercícios com resistência mecânica
Variáveis

CARGA: quantidade de resistência imposta


RM: maior quantidade de peso que o  move
por um número específico de vezes
 DeLorme usava 10 RM
 Outros pesquisadores usam 6 e 15 RM
 Os dinamômetros fornecem valores mais
precisos
Carga

 Para  resistência à fadiga:  número de


repetições com carga constante
 Para  o trofismo:  progressivamente o
número de repetições (pode  carga)
 Para  desempenho muscular: treinos com
carga submáxima, com repetições entre 5 e 20
Exercícios com resistência mecânica
Variáveis

2. Turnos e freqüência
 São executados com indivíduo descansado
após cada TURNO (série)
 Muitas combinações de TURNOS podem ser
executados
 FREQUENCIA: número de vezes que o
exercício é feito em um dia ou semana
Exercícios com resistência mecânica
Variáveis

3. Duração

 Número total de dias, semanas ou meses

 Para  força: realizar mais que 6 semanas de


treinamento
Exercícios com resistência mecânica
Variáveis
4. Velocidade do exercício
 Velocidade de contração afeta a tensão gerada
 Qdo a velocidade  a força  ( o músculo não tem
tempo de desenvolver um pico de tensão)

Exercício excêntrico:  velocidade – força = ou 


 velocidade – força 

 Treino isocinético: preconiza-se treino de


velocidades funcionais (movimentos rápidos ou médios)
Exercícios com resistência mecânica
Variáveis

5. Modo do exercício
 Tipo de contração
 Tipo de lesão
 Doença
 Estágio de cicatrização
 Tolerância
 Metas do terapeuta e paciente
Exercícios com resistência mecânica
Variáveis
6. ADM
- Depende das metas do terapeuta considerando:
 Limitações impostas pela doença

 Limitações impostas pelo doente


Exercícios com resistência mecânica
Variáveis

7. Cadeia cinética aberta X cadeia fechada


 Considerar o movimento funcional a que se treina
 Cadeia fechada gera > força
 Cuidado pois gera sustentação de peso (completa ou
parcial)
 Exemplo: sentado / usando polias / órteses / .....
 Iniciar com apoio bilateral / depois unilateral
 Superfície estável / depois instável
Regimes de exercício

1. Técnica de DeLorme = exercício com resistência


progressiva (ERP)
 Determinar a 10 RM
 Paciente então executa:
 10 repetições com ½ de 10 RM; ¾ de 10 RM; 10 RM
completa
 3 séries em cd sessão com período de repouso
  quantidade de peso semanalmente
2. Técnica de Oxford

 Executado para  a resistência ????


 Determinar a 10 RM
 Paciente então executa:
 10 repetições com 10 RM completa; ¾ de 10 RM; ½ de
10 RM;
 3 séries em cd sessão com período de repouso
  quantidade de peso semanalmente
3. Exercício resitido progressivo
de ajuste diário (ERPAD)

 Desenvolvido por Knight


 Determinar 6 RM (peso de trabalho)
 Paciente então executa:
 10 repetições com ½ de peso de trabalho;
 6 repetições com ¾ de peso de trabalho;
 Número possível de ¾ de peso de trabalho
 Número possível de ¾ de peso de trabalho ajustado (relativos ao
anterior)
3. Treino de peso com circuito

 Incluem exercícios de 8 a 10 RM de:


 Supino / exercício de perna / abdominais
ascendentes / exercícios de ombro /
agachamentos / flexão de cotovelo

 Repouso – 30-60 seg entre cada tomada


4. Treino pliométrico
(“alongamento – encurtamento”)
 Exercício de  velocidade e  intensidade para  a potência
e coordenação com atividades funcionais
 Empregado em estágios avançados da reabilitação
 Gera movimentos que incluem CE – CC
 Ex. saltar plataforma baixa e retornar
 Estimula proprioceptores, receptores neuromusculares,
reatividade muscular
 Usar padrões funcionais, cujos movimentos envolvidos
devem tb ser treinados em cadeia aberta e fechada
5. Treino pliométrico
(“alongamento – encurtamento”)

 Na CE, dar ênfase à velocidade e não à ADM


 Progredir de movimentos bilaterais para
unilaterais
 Progredir a carga
 Usar para MS faixas elásticas e “medicine balls”

 Progredir número de repetições ou séries


6. Exercício isométrico repetitivo
breve

 Podem ser usados para  força


 Utiliza-se uma contração voluntária máxima contra
máxima resistência mantida por 5 ou 6 segundos
 5 ou 6 x/semana
 Depois, outros estudos, sugeriram
 20 contrações mantidas por 6 segundos
 Respiração rítmica
7. Uso atual do isométrico
 O músculo deve ser repetitivamente sobrecarregado
 Apresenta pouco efeito sobre o desenvolvimento de
resistência à fadiga
 Melhores são conc, excênt e isocinética
 Treino deve ser feito em múltiplos Â
 Com extravasamento de 20 º a partir do  de treinamento
 Usado quando movimento articular é permitido, mas a contração
dinâmica desconfortável ou desaconselhável (ex. Inflamação crônica ou
cicatricial)
  carga gradualmente, sem a presença de dor
 Sugere-se 10 séries de 10 repetições de contrações de 10 seg a cada 10º
de ADM
8. Isocinético
 Escolhe-se geralmente 3 velocidades
 Mais comuns: 60 / 120 / 180 º/seg (ou 60 / 150 / 240 º/seg)
 6 a 10 repetições em cada velocidade, com repouso em cada
série
 Sugere-se iniciar reabilitação com programas de ↓ intensidade e
ao final, com  velocidade
 Observar que o extravasamento é de 15 º/seg
  velocidade
• Envolve + as atividades funcionais
• Geram menos torque e forças compressivas
• Aumentam a resistência à fadiga
Equipamentos

Cuidados devem ser tomados pelo


terapeuta para quantificar o ganho de força
1. Pesos livres (graduados)

 Barras
 Alteres
 Punhos / tornozeleiras (c/ velcro)
 Sacos de areia
 Botas com pesos
2. Dispositivos elásticos

 Thera-Band e Rehabilitation Xercise Tubing


 Possuem resistência variável
 Comprimentos variáveis podem ser impostos
 Usados em cadeia aberta e fechada
 Lembrar que:

A resistência elástica é progressiva com o


alongamento do material
3. Polias (livres ou
presas à parede – com pesos ou molas)

 Proporcionam resistência fixa ou variável


 Paciente pode ser ajustado em muitas posições
(CR, maca, em pé,....)

....Observar que a maioria dos recursos irá proporcionar


contrações concêntricas e excêntricas
verificar posicionamento e objetivos do tratamento
4. Bicicleta estacionária

  força MIs e resistência à fadiga e


condicionamento cardiovascular
 Variáveis: distância / duração / velocidade e
carga (resistência)
 Desenvolvem treino para movimentos
concêntricos
 Bicicletas motorizadas podem prover movimentos
conc. e excênt.
Precauções

1) Cardiovasculares
 Evitar manobra de valsalva durante execução
dos exercícios
 Sobrecarga cardiovascular
  o risco para pacientes com hipertensão, história de
AVC, infarto do miocárdio, ....
 Paciente deve expirar, contar ou falar enquanto
executa o movimento
Manobra de valsalva
Esforço expiratório com Contração dos
fechamento da glote músculos abdominais

 retorno venoso
para coração  pressão intratorácica e
abdominal
 FC e
 PA  PA
(+200mmHg)
Com a liberação
do esforço.... Contração pronunciada do coração
2. Fadiga - local e geral

 Local: é a  da resposta de um m. a um
estímulo repetitivo
 Há  na produção de força pela  amplitude dos
potencias das unidades motoras
 Ocorre devido: O2,  ácido lático,  energia,
inibição SNC,  condução mioneural, ....
  pico de torque e até gera dor e espasmo
Fadiga - local e geral

 Geral:  da resposta de uma pessoa durante


atividade física prolongada
 Em exercícios prolongados de  intensidade
  da glicose do sangue
  glicogênio no músculo e fígado
 Depleção de potássio (+ para idosos)
Fadiga - local e geral

 Geral: continuação...
 Associado à doenças clínicas específicas
 Esclerose múltipla (no meio da tarde para noite – à noite
a força melhora)
 Glicogenoses / mitocondriopatias
 Doenças cardíacas, disfunção vascular periférica,
doenças pulmonares
3. Recuperação do exercício

 Agudo: força retorna 90 a 95% das condições


pré-exercício em 3 ou 4 minutos
 há reposição das reservas de energia
 Ácido lático é removido para sangue após 1 hora
do exercício
 Glicogênio é reposto por vários dias
4. Exaustão

 Deterioração passageira ou permanente da


força como resultado de exercício
 Acomete indivíduos normais
 É mais observada em doentes, principalmente
portadores de dç não progressivas do neurônio
motor inferior que fazem exercícios vigorosos
5. Movimentos substitutivos

 Adequar a carga ou a resistência para que o


movimento seja executado com boa
estabilização
 Ex. abdução do braço com elevação do ombro e
inclinação lateral do tronco
6. Osteoporose -  da massa óssea
mineralizada

 Ossos susceptíveis à fratura


 Comuns: vértebras, quadris, punho, costela
 Fatores que  o risco de osteoporose
 Imobilização prolongada
 Desuso
 Uso crônico de corticóides
 Menopausa
 Programas de exercícios
 Treino de força de  intensidade
 Evitar movimentos torsionais
7. Dor muscular

 Fadiga:  fluxo sg e O2, acúmulo temporário


de metabólitos com ácido lático e potássio
 É transitória,  após o exercício
 Tardia: microtraumas induzido nas fibras
musculares e/ou tecido conjuntivo, causando
degeneração, necrose, inflamação e edema
 + comum após exercício excêntrico
Dor muscular tardia (continuação)

 Pode haver perda da flexibilidade e da ADM, assim


como da força muscular
 Prevenção:
 Fazer treinos prévios aumentando gradativamente a
intensidade e duração
 Fazer exercícios de aquecimento e resfriamento
 Fazer alongamento
 TENS – reduz a dor (pulsos de longa duração e 
freqüência)
 Exercícios leves de  velocidade – reduz a dor
Contra-indicações

 Inflamação
 Não indicados para tecidos e articulações
inflamadas
 Usar exercícios isométricos
 Dor
 Articular e muscular graves durante o exercício
(ou em repouso), após 24 horas da sessão
Tipos de exercícios resistidos

 Especificidade - considerar
 tipo de exercício / velocidade do exercício

 Envolve alterações musculares, aprendizado


motor e adaptações neurais - trabalhar a função!
Tipos de exercícios resistidos

 Treinamento cruzado (ou transferência de treinamento)


 De um membro exercitado para o contralateral
 Treino concêntrico melhora desempenho
excêntrico (e vice-versa)
 Treino de força que melhora a fadiga
 Efeitos menores que o treino específico
Exercícios Dinâmicos
(isotônicos)

1. Exercício concêntrico X excêntrico


 Maioria dos programas envolve ambos os tipos

 Contração concêntrica (CC) produz menos força


que contração excêntrica (CE)

 Em  velocidade, CEmáx gera > força que


CCmáx;
Exercícios isotônicos
2. Cadeia cinética aberta (CCA) X fechada (CCF)
 Um único músculo pode funcionar de maneira
diferente em condições de CCA e CCF
 CCA pode ser única opção qdo sustentação de
peso está contra-indicada
 CCF: Movimento que ocorre com o segmento
distal fixo
 Há descarga de peso sobre ossos, ligamentos, tendões e
cápsulas
 Há ativação mecanoceptores – geram co-contração e
estabilização articular
 Contra-indicado qdo não se pode fazer descarga de peso
Exercícios isotônicos

3. Resistência manual e mecânica

Resistência variável ou constante


 Equipamentos especiais que podem
trabalhar pontos específicos
Exercícios isocinéticos

Velocidade de alongamento e encurtamento é


controlada por dispositivo limitador que controla a
velocidade de movimento
 Movimento que ocorre em velocidade constante
 Resistência irá variar
 Músculo se contrai e trabalha maximamente em todos os
pontos da ADM (+ eficiente que outros programas)
 Velocidade do membro é controlável (de 15 a 400/seg)
Exercícios isocinéticos

 Extrapolações....
  da velocidade CC gera  de sua tensão
  da velocidade CE gera  de sua tensão
 No exercício manual a velocidade desenvolvida
é pequena
 No isocinético, a velocidade pode ser , sem
lesão muscular ou articular
Exercícios excêntrico
 Fonte de absorção de choque durante atividades
funcionais em CCF
 Desaceleração: descer escadas, abaixar o corpo contra a
gravidade, .... (com gasto de en < CC)
 CE com carga máx gera > tensão que a isométrica
 Recrutam menos unidades motoras que CC, para mesma
carga
 Talvez, iniciar programas de reabilitação para pacientes
fragilizados (+ fácil para o paciente)
 Utilizar em fases tardias, com carga > e atividades
funcionais
Exercícios excêntrico

 Precauções
 Sobrecarga sobre sistema cardiovascular
  FC e  PA
 Cuidado com hipertensos e idosos
 dano muscular
 Cuidado ao adicionar cargas nos estágios iniciais de
cicatrização
Exercícios isométrico

 Qdo objetivo é  força e resistência à


fadiga...
...Usar contrações isométricas realizadas contra-
resistência por pelo menos 6 SEGUNDOS

É o tempo, considerado mínimo, para que ocorra


desenvolvimento de pico de tensão e mudanças
metabólicas
Exercícios isométrico

 Contrações intermitentes: são de  intensidade


Objetivos: - relaxamento muscular

-  circulação local

-  dor e espasmo muscular


- mantem mobilidade das fibras
- melhoram a força – evitam atrofia
Exercícios isométrico

 Contrações isométrico-resistido
 Contra resistência manual ou mecânica
 São usadas para desenvolver força quando
movimento articular é desaconselhável ou doloroso
 Para desenvolver força: usar 60 – 80% da capacidade do
músculo
 Trabalhar diferentes amplitudes, resistências e posições
Exercícios isométrico

 Exercícios de estabilização
 Co-contração (principalmente tronco e cinturas)
 Usar cadeia cinética fechada
 Exemplos....
Exercícios isométrico

 Precauções
  Pressão sanguínea (depende da história e idade
do indivíduo)
 Usar respiração rítmica par reduzir resposta pressora
ou manobra de Valsalva

 Cuidados com indivíduos com história de AVC e


doenças cardiovasculares

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