Plus. Quim 2 - Transição Eletrônica

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BLOCO 2 DE QUÍMICA - TRANSIÇÃO ELETRÔNICA

Explosão de Cores!
Por LumberGeek

Não sabemos onde, exatamente, um elétron está. De acordo com o Princípio de Incerteza de
Heisenberg, é impossível saber ao certo onde se localiza um elétron, pois, simplificadamente, a
energia usada para visualizá-lo altera sua posição. Então usamos um modelo probabilístico de orbitais
para indicar em qual local, ao redor do núcleo, ele provavelmente se encontra - um avanço em relação
aos modelos anteriores de Rutherford e Bohr. Apesar disso, sabemos que, quando o elétron ganha
uma quantidade específica de energia, ele muda de um orbital para outro, saindo de seu estado
estacionário para seu estado excitado (transição eletrônica). Essa energia absorvida ficará
temporariamente "armazenada", principalmente, na forma de energia potencial. Depois, o elétron
retorna para seu estado habitual, mais estável, e "sobrará" energia. Essa energia liberada estará na
forma de uma onda eletromagnética, possivelmente com uma frequência dentro da faixa da luz visível.
Como átomos de diferentes elementos têm diferentes tamanhos e orbitais, as ondas emitidas
para cada mudança de estado do elétron também será distinta. Isso significa que cada elemento
químico tem seu próprio espectro de emissão e esse espectro pode ser utilizado como uma "impressão
digital" para a identificação do elemento. É dessa forma que sabemos a composição de estrelas a
anos-luz de distância. Captamos as cores emitidas pelo astro e verificamos qual combinação de
elementos emite ondas eletromagnéticas com comprimentos de onda iguais aos das cores detectadas.
À ciência que realiza esses estudos, damos o nome de Espectroscopia.
Também notamos tais emissões em nosso planeta durante grandes festividades. As várias
cores que observamos em cerimônias com fogos de artifício são criadas da mesma forma. Uma
explosão cede energia para átomos de elementos pré-selecionados. Essa energia mobiliza certo
elétron para um orbital mais externo, e, em seu retorno para o orbital de origem, uma cor específica
iluminará o céu. O cobre emite o azul, o cálcio emite o laranja, o sódio emite o amarelo e assim por
diante. Esse é o segredo da explosão de cores que vemos nas viradas para o ano novo.
Além disso, não podemos deixar de mencionar os fenômenos da fluorescência e fosforescência -
os famosos "brilha no escuro". Com a luz acesa, o composto que realiza um dos fenômenos recebe
energia e seus elétrons vão para estados excitados. Ao apagar a luz, você nota, indiretamente, os
elétrons retornando ao estado estacionário com um típico brilho. A fosforescência se diferencia da
fluorescência por, no geral, persistir por minutos ou horas após a ausência de luz (interruptores e
adesivos de estrelas). A fluorescência, por sua vez, emite luz mais imediatamente e costuma ocorrer
na presença de luz negra (roupas e acessórios em boates). É importante ressaltar que os compostos
não precisam ter flúor ou fósforo como, a princípio, os nomes sugerem.
O tópico "transição eletrônica", então, é muito mais complexo do que inicialmente se imagina.
Ele explica como diversos eventos do dia-a-dia ocorrem em um nível subatômico. Dele deriva a
geração de ondas eletromagnéticas e parte do espectro eletromagnético, temas que aparecem muito
nos vestibulares. E se você quiser saber um pouco mais sobre esses assuntos, eu discuto eles em
mais detalhes no meu vídeo "Propriedades da Luz!" ( https://youtu.be/AGRyumCcza8 ).

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